JornalCana 258 (Julho/2015)

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TECNOLOGIA INDUSTRIAL

Junlho 2015

Nova levedura aumenta rendimento da fermentação Em momento de elevação do consumo de etanol, MSB turbina faturamento de usinas na luta contra os efeitos da crise

Itapecuru Bioenergia Rendimento da fermentação Safra 2014/15* 86,75%

Safra 2015/16* 92,74%

Aumento de 6,9% *35 dias iniciais de safra

R ENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

O surgimento de uma nova levedura que possibilita o aumento médio do rendimento da fermentação alcoólica em 5% está criando condições para ampliar os ganhos financeiros na produção de etanol em usinas e destilarias. Selecionada, estudada e testada pela Microserv Bio, de Maceió, AL, essa levedura foi determinante para a elevação de 6,9% no rendimento da fermentação na Itapecuru Bioenergia, de Aldeias Altas, MA, na comparação entre a safra passada e a atual. Com o reaquecimento do consumo de hidratado, a elevação da eficiência da fermentação está sendo considerada altamente estratégica para “turbinar” o faturamento de unidades e grupos sucroenergéticos que buscam alternativas para enfrentar os efeitos da crise econômica e setorial. A utilização dessa levedura produtiva é um dos destaques de um pacote tecnológico que pode dar um novo fôlego às finanças de

Teresa Cristina Vieira Possas, entre o químico Odevaldo Martins e Nelson Ferreira, gerente da Itapecuru

usinas e destilarias. Deve ser acompanhada de boa assepsia, controle eficaz da contaminação, inclusive com o emprego de um método de diagnóstico rápido e preciso – disponível no mercado – usado para quantificar a população bacteriana no processo fermentativo. Batizada com o nome de MSB, a nova levedura – que transforma menos ART em mais etanol – tem o seu desempenho

comparado a um milagre, segundo Teresa Cristina Vieira Possas, diretora da Microserv Bio, que faz parte do portfólio do Pró-Usinas, que viabiliza soluções voltadas ao incremento da eficiência e da rentabilidade de unidades e grupos sucroenergéticos. Teor alcoólico mais elevado em relação às leveduras mais famosas no mercado, produção de pouca espuma e condição muito rápida de multiplicação são as principais

características da MSB, afirma Teresa Cristina Possas. Consegue fazer cinquenta toneladas em cinquenta horas – ressalta. “Tivemos a oportunidade de colocar essa levedura em dez usinas”, informa. A MSB foi “descoberta” em uma unidade de Mato Grosso do Sul após dois meses de safra e começou a ser utilizada, a partir de 2010, em usinas dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Sergipe e Maranhão.


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