OJB EDIÇÃO 49 - ANO 2025

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ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

105ª Semana Batista: Salvador intensifica preparativos para receber milhares

de mensageiros em janeiro

Comissão organizadora reúne mais de 70 líderes na capital baiana e reafirma o compromisso de realizar uma Semana Batista marcada por unidade, visão missionária e participação nacional. Leia na página 13.

Radical

Missionário da Junta de Missões Nacionais comenta a sua participação no projeto

07

Vivendo a vocação

Roberto Maranhão compartilha resumo das suas ações missionárias em 2025

10

Devocionais

Diáconos Batistas do Brasil apresentam seu livro de devocionais na PIBRJ

13

Embriaguez

Artigo na Coluna Saúde de Corpo e Alma alerta sobre o vício no trabalho

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Missões Nacionais
Arte & Cultura
Notícias do Brasil Batista Saúde de Corpo e Alma

EDITORIAL

A Palavra que ilumina o caminho

Encerramos mais um ano, e dezembro chega como um convite à reflexão, à celebração e à renovação da esperança. No calendário da Convenção Batista Brasileira, este é o Mês da Bíblia, período em que voltamos nossa atenção para aquele que é o fundamento da nossa fé, direção da nossa caminhada e fonte inesgotável de vida: a Palavra de Deus. Ao longo do mês, diversas datas ressaltam nosso compromisso com a missão e com o ensino bíblico. Logo no início, no dia 03, tivemos a apresentação do novo currículo de EBD da Convicção Editora, um marco

importante para fortalecer o ensino nas Igrejas e preparar discípulos mais conscientes, maduros e comprometidos com o Reino. Em breve teremos mais informações sobre o evento nas páginas de OJB.

No dia 07, através da Junta de Missões Nacionais, vivemos o Dia de Missões, reafirmando nossa chamada contínua para ir enviar, orar e contribuir. Cada Igreja, cada família, cada crente é parte desse movimento que ultrapassa fronteiras e alcança vidas com o evangelho.

E no dia 14, celebramos o Dia da Bíblia, tradicionalmente no segundo

domingo de dezembro. Mais do que uma data, é um lembrete vivo de que somos um povo formado e sustentado pela Escritura. Em tempos de tantas vozes e ruídos, reafirmamos que é a Palavra do Senhor que permanece para sempre, trazendo luz às nossas decisões e firmeza à nossa fé.

Ao final do mês, duas datas nos convidam a olhar para o passado e para o futuro com o coração cheio de gratidão e esperança: o Natal, no dia 25, quando celebramos o maior presente já dado à humanidade — Jesus Cristo, a Palavra que se fez carne; e o Ano Novo, no dia 31, quando renova-

mos nossos votos e colocamos diante do Senhor os dias que virão.

Que dezembro seja um mês de renovação espiritual, de reencontro com a Bíblia e de celebração da fé que nos sustenta.

Que nossas igrejas vivam este período com gratidão, missão e alegria, lembrando que “lâmpada para os nossos pés é a Sua Palavra, e luz para o nosso caminho”.

O Jornal Batista segue ao seu lado, registrando e celebrando cada passo da caminhada batista no Brasil. Que Deus nos abençoe e nos conduza em mais um novo ano que se aproxima. n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946);

Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

Jonatas Nascimento

Dando continuidade à entrevista que concedi à professora Liliane Ravani, criadora do Podcast “O x da coisa” (www.oxdacoisa.com.br), vou responder à sexta pergunta:

Pergunta : Jonatas Nascimento, você acredita que a legislação brasileira atual favorece ou dificulta a formalização das Igrejas?

Resposta: A legislação brasileira, de modo geral, favorece a formalização das Igrejas, pelo menos do ponto de vista normativo e político. O Brasil adota um modelo de Estado laico, mas não laicista: isso significa que há separação entre Igreja e Estado, mas também um ambiente de cooperação e reconhecimento da relevância social e histórica das religiões. Essa postura se reflete diretamente no arcabouço jurídico que rege as organizações religiosas.

A Constituição Federal de 1988 garante liberdade de crença e de culto (art. 5º, VI), proteção aos locais de cul-

O retrato das Igrejas evangélicas no Brasil - VI

to (art. 5º, VII) e imunidade tributária às entidades religiosas (art. 150, VI, “b”). Além disso, o Código Civil (art. 44, IV) reconhece as organizações religiosas como pessoas jurídicas de direito privado, com autonomia para definir sua estrutura interna e funcionamento. Ou seja, do ponto de vista legal, existe um caminho institucional claro e protegido para a formalização dessas entidades.

Veja esse texto de ouro: § 1º “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”.

No entanto, o problema não está exatamente na legislação, mas sim em dois pontos principais: a ausência de políticas públicas voltadas à capacitação institucional das lideranças religiosas e a falta de fiscalização efetiva por parte do Estado. Isso cria um paradoxo: o ambiente legal é favorável, mas a informalidade ainda

predomina, especialmente entre Igrejas de pequeno porte ou recém-estabelecidas.

Outro ponto relevante do debate político é o fato de que setores religiosos possuem significativa representação no Congresso Nacional, o que tem garantido a manutenção e até o fortalecimento de privilégios institucionais, como isenções fiscais, desburocratização e blindagens legais. Em alguns casos, essa proteção tem sido utilizada como escudo para práticas administrativas frágeis ou até mesmo para desviar o foco da necessária prestação de contas.

do debate público.

A formalização das igrejas não deve ser vista como uma ameaça à liberdade de culto, mas como uma afirmação da ética republicana, que exige de todos os atores sociais, inclusive os religiosos, o compromisso com a legalidade, a transparência e o bem comum.

Sem querer fazer gol contra, no momento oportuno farei uma defesa mais contundente. Quero levantar uma bandeira... Vou defender a criação de um estatuto ou um marco regulatório das organizações religiosas no Brasil.

(Esta coluna é publicada aos primeiros e terceiros domingos de cada mês aqui em O Jornal Batista). n Jonatas Nascimento, diácono, profissional contábil. Autor da obra Cartilha da Igreja Legal. Pedidos pelo WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasdesouzanascimento@ gmail.com DICAS

Portanto, a legislação brasileira não dificulta a formalização das igrejas. Ao contrário, oferece garantias e facilidades que não são concedidas a outras formas de organização da sociedade civil. O que falta é um esforço político mais equilibrado entre garantir a liberdade religiosa e exigir a responsabilidade institucional que deve acompanhar qualquer organização que administra recursos, influencia comunidades e participa ativamente

Deus age no silêncio dos séculos

Samuel Barros

presidente da Associação dos Músicos Batistas Brasileiros

“Mas o anjo lhe disse: Não temas, Zacarias, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. Disse então Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu já sou velho, e minha mulher avançada em idade. E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas. Todavia ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas aconteçam, porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão de cumprir. E depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, concebeu, e por cinco meses se ocultou, dizendo: Assim me fez o Senhor nos dias em que atentou em mim, para tirar o meu opróbrio entre os homens” (Lucas 1.13, 18–20, 24,25).

Entre Malaquias e Lucas, Israel viveu cerca de 400 anos de silêncio. Nada de profetas, visões ou novas palavras do Senhor. O céu parecia fechado, mas o silêncio de Deus não

é ausência — é preparo. Enquanto o povo seguia sua rotina, Deus estava alinhando cada detalhe para a vinda do Salvador.

Nesse contexto, Zacarias continuava servindo. Era um homem fiel, ainda que suas orações parecessem não produzir resultados visíveis. E justamente ali, na normalidade do templo, Deus rompe o silêncio. Um anjo aparece e diz: “Não temas.” A primeira palavra depois de séculos é consolo, não condenação. Deus sabia das esperas longas, das angústias e das dúvidas silenciosas no coração humano.

O anúncio do nascimento de João mostra que Deus trabalha mesmo quando não percebemos. O que parecia esquecido estava sendo preparado. O silêncio não era abandono — era transição. Assim também acontece conosco: há períodos em que Deus nos forma, nos amadurece e nos convida a confiar mais no Seu caráter do que nas circunstâncias.

Zacarias nos ensina que a fidelidade no silêncio abre portas para experiências profundas com Deus. Ele continua agindo, mesmo quando não ouvimos nada de novo.

pastor & professor

Como ser feliz para sempre

“Guarda e ouve todas estas palavras que te ordeno, para que bem te suceda a ti e a teus filhos depois de ti para sempre, quando fizeres o que for bom e reto aos olhos do SENHOR teu Deus” (Dt 12.28).

A Bíblia determina que as leis espirituais que ela quer que obedeçamos sejam respeitadas sem acrescentar, nem tirar nada, como nos recomenda o autor do livro de Deuteronômio, “assim vocês e os seus descendentes serão felizes para sempre” (12.28). Consequentemente, antes de assumir o papel

Aplicação

A fé se revela quando caminhamos confiando, mesmo sem respostas imediatas. Pergunte-se:

• O que Deus pode estar moldando em mim durante este silêncio?

• Tenho confundido demora com descuido?

de professores das Escrituras Sagradas, nossa responsabilidade deve ser a de cumprir fielmente o texto bíblico.

Quando escreveu aos cristãos da Galácia, o apóstolo Paulo deixou bem claro o seguinte: “Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo a Lei de Cristo” (Gl 6.2). Meditando neste conselho dado por Paulo, acrescentemos o texto bíblico registrado no livro do Deuteronômio: “Obedeçam todas as leis que eu estou dando a vocês, sem acrescentar nem tirar nada” (12.32).

Deus não se cala para punir, mas para preparar.

Oração

Senhor, ajuda-me a confiar quando o céu parece silencioso. Que eu reconheça Teu agir mesmo quando não percebo sinais. Fortalece minha fé e ensina-me a descansar no Teu tempo. Amém. n

Perseverança na provação gera aprovação e a aprovação gera premiação

Nédia Galvão

membro da Igreja Batista da Restauração - Missão Batista em Macambira - SE; capelã escolar; especialista em Ciência da Religião; especialista em Docência (com ênfase em Educação Inclusiva); bacharel em Teologia

Na carta do irmão do Senhor Jesus, Tiago, no capítulo 1, verso 12, está escrito: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam.”

Sabemos que a provação é um teste com o objetivo de verificar e/ou moldar o caráter, os valores, as qualidades, os conceitos e a fé de uma

pessoa. Trata-se de uma submissão a um profundo e amplo exame. A provação não é algo fácil de se passar, vem como uma nuvem pesada, carregada, a despejar uma tempestade sobre nós.

Mas, Tiago nos ensina a ter perseverança na provação. Contudo, é interessante que no verso 3 deste capítulo, ele apresenta a perseverança como resultado da provação: “Pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.”

E, no verso 12, ele pronuncia uma bênção sobre aqueles que perseveram na provação, a aprovação. Vale ressaltar que Tiago evidencia que a provação deve ser concebida com alegria: “Meus irmãos, considerem motivo de

grande alegria o fato de passarem por diversas provações” (Tiago 1.2).

E esse é um dos paradoxos cristãos que uma mente natural não consegue entender, que o propósito de Deus na provação não é a nossa destruição, mas a nossa qualificação e purificação, como bem disse o apóstolo Pedro na sua primeira carta, capítulo 1, versos 6 e 7: “Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.”

A nossa alegria nas tribulações consiste na purificação e aprovação da nossa fé, que resulta em louvor, glória e honra quando Jesus Cristo for revelado. É bem verdade que a nossa humanidade se entristece por um pouco de tempo, como declarou o apóstolo Pedro. Pois, cristãos quando provados eram e são perseguidos, maltratados e martirizados. E isso causa dor e tristeza!

Todavia, a alegria sobrepuja, pois a promessa, a recompensa, é a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam (Tiago 1.12b).

Portanto, perseverança na provação gera aprovação e a aprovação gera premiação. n

Olavo Fe ijó
de Psicologia

O Ministério da música e sua importância na vida pessoal e da Igreja

membro da Primeira Igreja Batista de Bangu - RJ

A palavra ministério significa serviço, função, e pode ser entendido também como um dom ou ainda um talento vindo da parte do Altíssimo. Embasados na Palavra de Deus, chamada Bíblia Sagrada, e sem controvérsias em seus conceitos, os “grandes ministérios” são aprovados por Deus para edificar o corpo de Cristo, que é a Igreja, e para ajudar os fiéis a alcançarem maturidade espiritual.

O mês de novembro, para nós Batistas, é celebrado como o mês da música e do ministro de música. Em

primeiro lugar, é louvável reconhecer um legado de grandes homens e mulheres, trazendo à reflexão e à memória aqueles primeiros adoradores que, no passado, sem quase nenhuma formação, montavam seus corais e conjuntos masculinos ou femininos e simplesmente abriam seus corações ao nosso Senhor, levantando, como crentes, a bandeira do “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor” (Sl 150.6).

Como membro e músico da Primeira Igreja Batista de Bangu - RJ, antigo músico militar que, desde os meus 13 anos, se vê envolvido com música, louvor e adoração, tendo como referência a BBRJ (Banda Batista do Rio de Janeiro) e outras instituições musicais,

ao ler alguns dos artigos concernentes ao mês da música, gostaria também de dar a minha colaboração. Grandes ministérios, através da Bíblia, nos ensinam que o verdadeiro louvor a Deus não está confinado ao santuário. Podemos realmente louvar a Deus quando vemos toda a Sua grandeza e bondade e nos lembramos, em meditação, de tudo quanto Ele tem feito na criação, na redenção e em nossa vida pessoal.

Na perspectiva bíblica, não há distinção de valor entre ministérios “grandes” e/ou “pequenos”, pois todos são essenciais para a edificação do corpo de Cristo. Mas devemos reconhecer que “há diferentes tipos de ministérios na área da música (falo

É muito mais que a utilização de uma palavra

de grandes aportes financeiros e estruturais que envolvem rádios, mídias e televisão). Contudo, o Senhor é o mesmo”.

Finalizando, levar uma vida de adoração e louvor implica numa constante luta da carne contra o espírito, visto que muitos desejam a glória para si mesma. Como ensinamento, que não nos importe se sua Igreja é grande ou pequena, conhecida ou anônima. Dentro do espectro musical e do louvor e adoração, Deus nos vê a partir de uma só fonte: o mesmo Espírito, o mesmo Senhor e o mesmo Deus. Paralelamente, reflita sobre o que tem regido sua vida pessoal e motivado suas ações no crescimento da igreja através da música. n

Gleyds Silva Domingues

membro da Igreja Batista do Bacacheri - PR; pós-Doutora em Educação e Religião; doutora em Teologia; mestre em Educação; licenciada em Pedagogia e Educação Cristã; bacharel em Direito e Teologia; professora do Programa de Mestrado Profissional em Teologia das Faculdades Batista do Paraná e do Programa de Mestrado em Ministério da Carolina University

Uma questão recorrente no contexto das Igrejas Evangélicas e na sociedade está associada ao ato do empoderamento. É claro que o sentido que lhe é atribuído tem explicações divergentes, porém, isso tem trazido muita confusão e falta de clareza sobre o alcance dessa palavra, que, quando não bem situada, pode trazer um sentido que não lhe é próprio. Ao recorrer aos dicionários a fim de constatar a definição dada à palavra empoderamento, pode-se ler as seguintes explicações: “dar ou adquirir poder, autoridade e autonomia”. No sentido mais amplo pode-se referir ao processo de dar poder a grupos sociais, permitindo que tomem controle de suas vidas”. Essa forma já levanta algumas suspeitas sobre o seu signi-

ficado, uma vez que se tem uma perspectiva humanista e distanciada das Escrituras. De fato, ela se materializa no campo social, estando associada a bandeiras levantadas.

A parte mais crítica dessa definição reside na aquisição de poder, o que pode sugerir um processo de imposição, autossuficiência, orgulho e pretensão de ser para além do que se é. Essa perspectiva contraria os princípios de dependência, submissão à autoridade divina e humildade diante daquele que é, em essência e existência, Deus.

Complementa-se, ainda, que o ato de empoderamento tem a ver com estar cheio de conhecimento ou força, ou seja, é, portanto, adquirido pela via humana, por isso, está associado a questões ligadas às práticas sociais, como educação, recursos, direitos, ideologias e, geralmente vem com a necessidade de obter sucesso e conquistas pessoais.

A primeira vez que a palavra empoderamento surge no cenário social foi na década de 1970 nos Estados Unidos, associada a movimentos que lutavam por direitos sociais (raciais e civis), sendo mais tarde incorporada pelo movimento feminista. Esse é um ponto que precisa ser observado.

Assim, se a definição de empoderamento é vista e assumida pela sociedade com esse significado, então, isso pode soar estranho quando do seu uso pela igreja, porque pode não ser compreendido no sentido que se quer empregar, trazendo uma falsa expectativa sobre a sua ação, que não se refere à busca pessoal, mas a manifestação da plenitude do Espírito Santo, portanto, é algo que se recebe com uma finalidade específica.

Neste sentido, requer prudência e bom senso na sua utilização, visto que é um termo que nasce associado a causas e bandeiras sociais, portanto, humanas. Interessante, que na essência da fé cristã, o termo mais comumente usado era ser cheio do Espírito Santo, o que indica algo que é recebido, não conquistado. Aqui, a ideia é de dom dado por Deus, que confere aos seus filhos tal presente.

Ao receber o presente, é necessário aceitar e aplicar em situações da vida para abençoar outros. Então, não é algo que visa a si mesmo, mas o próximo. Não ocorre de maneira única, mas visa continuidade. Por essa razão, cabe dizer que para ser cheio do Espírito Santo, é indispensável buscar a vontade de Deus, reconhecer sua

presença soberana e sua autoridade sobre todas as coisas. De fato, é ser dependente dele.

Quando a Igreja usa tal palavra, empoderamento, associada a movimentos de qualquer natureza corre o risco da imprecisão, não compreensão e do distanciamento com a finalidade que se deseja, visto o sentido que está sendo veiculada e aceita pela própria sociedade. Portanto, carece pensar: o que é melhor: distanciar-se da falsa aparência ou fazer uso de uma linguagem contendo conotação diversa? Será que de fato o uso dessa palavra vai fazer diferença real por ser tão imprescindível à fé bíblica? Ou se pode continuar trabalhando com o sentido da plenitude do Espírito Santo, mantendo um posicionamento mais centrado nas Escrituras?

Reflexões são necessárias nestes tempos de polissemia, multiplicidade de sentidos e valorização das subjetividades. Fluidez é o que as pautas sociais oferecem, mas a verdade que constrange em amor, vem de uma fonte inesgotável, portanto, permanecer nela precisa ser a escolha sempre. Com orientação do apóstolo Paulo “[…] se tem alguma virtude, nisso pensai”. Que Deus fortaleça a sua fé dia após dia. n

Em II Reis 23.21, encontramos um relato que pode e deve ser aplicado à vida familiar. O rei Josias, o mais temente a Deus entre todos os reis de Judá, após promover uma radical purificação no reino do Sul, a Bíblia nos diz que ele resgatou algo de suma importância para o povo: a celebração da Festa da Páscoa. Essa festa estava esquecida desde os tempos dos juízes e por todos os reis que o precederam. A Festa da Páscoa era fundamental para a tradição oral e para a continuidade da fé no único Deus. Não a celebrar, além de representar um perigo para a desintegração do povo, constituía um ato de desobediência à ordem de Deus, conforme lemos em Êxodo 12.14. Celebrar a Páscoa significava uma oportunidade para relembrar a identidade do povo – antes escravo, agora liberto. A Festa da Páscoa foi instituída por Deus para que os pais

A necessidade das festas

contassem aos seus filhos, de geração em geração, os grandes milagres que o Eterno realizara enquanto o povo estava no Egito. Trazendo esse exemplo de Josias para a vida em família, nós, como líderes, precisamos fazer o mesmo. Além de tomar atitudes firmes contra o pecado e buscar a face de Deus em nossos lares, tal como Josias fez em Judá, precisamos resgatar as festividades e celebrações familiares que, talvez, estejam se perdendo hoje. Sim, é imperativo resgatar e valorizar as celebrações familiares. Elas são importantes para manter a identidade da família, criar conexões profundas entre seus membros e transmitir o bastão da fé às gerações vindouras. Quando uma família se reúne, por exemplo, para celebrar Ações de Graças, Natal, Páscoa, aniversários, promoção profissional, aprovação em concursos, compra de uma casa, bodas de casamento, ou mesmo para

refeições à mesa, surgem oportunidades ímpares: para compartilhar as bênçãos de Deus sobre o lar, para os pais transmitirem a fé cristã e para que as próprias celebrações se tornem momentos de união familiar genuína.

Por que, muitas vezes, as celebrações familiares têm se perdido em nosso meio? Não estamos nos distanciando, cada vez mais, uns dos outros na família? Não temos substituído um abraço forte e caloroso por um emoji de uma mãozinha batendo palmas ou de uma bola estourando?

Não podemos nos tornar famílias cristãs que não celebram, que negligenciam as festas. Resgate as festas em sua família!

Existem, como já mencionamos, muitos motivos para celebrarmos em família. Cientes de que, como famílias cristãs, não podemos perder o foco essencial das celebrações. Elas devem, em primeiro lugar, servir para relembrar a bondade e a fidelidade de

Deus para conosco. Em todas as celebrações, este deve ser o principal foco. Além desse foco primordial, aproveitemos as celebrações familiares para testemunhar da bondade de Deus e transmitir o bastão da fé às novas gerações.

Concluindo, assim como o rei Josias resgatou a Páscoa para preservar a identidade e a fé de Israel, nós, como líderes de família, somos chamados a resgatar e valorizar as celebrações familiares. Longe de serem meros passatempos, essas festividades – seja o Natal, a Páscoa, aniversários, bodas ou simplesmente refeições à mesa –são pilares fundamentais para fortalecer a identidade familiar, criar laços profundos e, acima de tudo, transmitir a fé e o legado espiritual de geração em geração. n

Por: Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS oikos@ministeriooikos.org.br

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Você também pode ser um Radical!

Thales Emanoel Nogueira Soares missionário de Missões Nacionais, coordenador da Cristolândia São Paulo

O Programa Radical Brasil, da Junta de Missões Nacionais, é uma ótima oportunidade para jovens de 18 a 35 anos dedicarem um ano de suas vidas ao campo missionário. É um tempo de entrega, de dependência diária de Deus e de participação direta naquilo que o Senhor está realizando em nosso país.

Durante esse período, o jovem missionário radical aprende na prática que servir ao Reino é muito mais do que executar tarefas. É viver pela fé, experimentar milagres e testemunhar vidas sendo transformadas pelo poder do Evangelho.

Falo isso porque, em 2016, tive o privilégio de ser um missionário radical na Cristolândia, em Pernambuco. Aquele ano marcou a minha vida. Ali, aprendi que, quando obedecemos à voz do Senhor, Ele nos conduz por caminhos de crescimento e de amadurecimento e nos aproxima ainda mais do propósito dEle para as nossas vidas. Nesse tempo, estive próximo de pessoas que tinham perdido tudo, até mesmo a esperança. Ver cada uma delas sendo alcançada, restaurada e renovada por Cristo foi uma das maiores alegrias que já experimentei. Nada se compara ao poder da transformação acontecendo diante dos nossos olhos.

O Radical é mais do que passar um tempo longe de casa, dos amigos ou daquilo que nos é confortável. É, acima de tudo, um ato de obediência. É o momento em que nos colocamos inteiramente à disposição do Senhor, permitindo que Ele nos use e nos capacite para cuidar de vidas. É a chance de aplicar nossos talentos e dedicar nossos dias nas mãos dAquele que nos enviou ao mundo com a missão clara de fazer discípulos.

Que possamos agir como o profeta Isaías diante da pergunta do Senhor, que ecoa até os dias de hoje: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” – e responder: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).

Dizer “sim” ao chamado é abandonar sonhos que não são os sonhos de Deus para nós e abraçar o desconhecido, sabendo que o controle de todas as coisas está nas mãos do Senhor.

Se você é jovem e sente que Deus está falando com você sobre o campo missionário, não deixe que o medo ou a insegurança façam você parar. O Senhor continua levantando jovens dispostos a ir, a servir e a anunciar o Evangelho que transforma vidas, e talvez você seja o próximo a quem Ele está chamando. n

Arnaldo Silva

CONJUBANO 2025 reúne Juventude Batista Noroeste em Capim Grosso - BA

Congresso destaca evangelização, comunhão e renovação espiritual sob o tema “Conhecer a Deus e fazê-lo conhecido”.

presidente da Associação Batista Noroeste

Realizado de 21 a 23 de novembro, nas dependências do Colégio CETEP III/ Edna Daltro, em Capim Grosso, o Con gresso da Juventude Batista Noroeste 2025 (CONJUBANO) reuniu jovens, líde res e representantes de diversas Igrejas da região. Promovido pela Juventude Batista Noroeste (JUBANO), presidida por Iana Mendes, o encontro teve como Igreja hospedeira a Igreja Batista Nova Jerusalém, pastoreada por Arnaldo Ferreira. O orador oficial foi o pastor Abraão Neto, da Igreja Batista Boas Novas, em Itabuna - BA, que ministrou com base no tema “Conhecer a Deus e fazê-lo conhecido”, inspirado em Oséias 6.3.

Participantes realizaram ações evangelísticas durante Congresso

a Igreja hospedeira, que serviu com dedicação e excelência.

O congresso reafirmou sua identidade histórica como espaço de comunhão, aprendizado, serviço e adoração, celebrando o espírito de unidade entre

Um dos momentos marcantes ocorreu na manhã de sábado, quando jovens se mobilizaram em uma grande ação evangelística. Os grupos ocuparam diversos pontos da cidade — semáforos, ruas centrais, a UPA 24h, a Praça da Bíblia e a área do contorno de Jacobina — realizando entrega de folhetos, orações, evangelização pessoal, abraços e atividades com crianças. A mobilização reforçou

sus transforma. Participaram também o pastor Carlos César, mobilizador de Missões Estaduais na Bahia, sua esposa, uma jovem da Cristolândia e representantes da Juventude Batista Baiana (JUBAB).

A tarde de sábado foi dedicada à integração, com uma programação esportiva que reuniu futebol, jogos de damas e xadrez, promovendo comunhão e alegria. À noite, a celebração ganhou tom especial com um pedido de casamento feito por um jovem de

Mundo Novo, emocionando os participantes. A música também teve presença marcante, com apresentações da banda RAP e da banda da Igreja Batista Filadélfia, de Jacobina, conduzindo momentos de louvor e entrega.

O congresso foi encerrado na tarde de domingo com a celebração da Ceia do Senhor, ministrada pelo pastor Arnaldo Ferreira. O momento de reverência, gratidão e renovação reafirmou o compromisso dos jovens com Cristo e com o Evangelho.

A ASBAN, a JUBANO e toda sua estrutura organizacional seguem firmes no compromisso com o Reino, com a Palavra e com a expansão do Evangelho no território Noroeste. O movimento reforça a missão de despertar e capacitar jovens para servir ao Senhor com coragem, discernimento e paixão. Louvamos a Deus por tudo o que Ele fez, faz e continuará fazendo. A Ele seja toda a glória. n

PIB Sete Lagoas - MG celebra Jubileu de

Diamante e relembra história, serviço e comunhão

Membros fundadores também participaram da programação.

Katia Brito

jornalista da Convenção Batista Mineira

A Primeira Igreja Batista de Sete Lagoas - MG celebrou, neste fim de se mana, seu Jubileu de Diamante, mar cando seis décadas de história com uma programação que reuniu memó ria, emoção e gratidão. As atividades ocorreram nos dias 15 e 16 de novem bro e atraíram membros, convidados e lideranças do movimento Batista. No sábado (15), a programação começou com um Café Compartilhado, seguido de um Almoço Festivo, em um dia dedicado à comunhão. À noite, o Culto Memórias uniu gerações para relembrar a trajetória da igreja e ministérios que marcaram a sua história desde os primeiros encontros na década de 1960. No domingo (16), as atividades continuaram com um culto em homenagem aos Pequenos Grupos Multiplicadores e realização de batismos, pela manhã, e, à noite, a Celebração de Gratidão, que encerrou oficialmente o Jubileu.

Para o pastor Edson, presidente da Igreja, a data marca um momento de profunda gratidão: “Tenho o privilégio de liderar esta agência do Reino de Deus há 23 anos, contando com o apoio, o comprometimento e a dedi-

Programação reuniu memória, emoção e gratidão

cação de cada discípulo do Senhor que faz parte deste corpo de Cristo. Como Igreja Multiplicadora, temos plena certeza de que a PIB Sete Lagoas continuará cumprindo fielmente sua missão, mesmo diante dos desafios, pois Jesus, que é o cabeça da Igreja, nos concede vitória em cada batalha”, disse.

Um breve histórico

Fundada em 1965, a Primeira Igreja Batista em Sete Lagoas - MG nasceu do trabalho missionário liderado pelo canadense pastor Frank Desmond, que iniciou pequenos grupos de estudo bíblico na cidade e deu origem à congregação. Com o passar dos anos,

a Igreja se tornou uma das referências do movimento Batista na região, ampliando ministérios, alcançando novas famílias e consolidando-se como espaço de formação espiritual e atuação comunitária.

Entre os momentos mais marcantes da celebração esteve a homenagem dos Embaixadores do Rei ao pastor Frank, reconhecido como líder pioneiro responsável pela formação espiritual de diversas gerações. Assim, a organização da PIB Sete Lagoas passou a se chamar oficialmente Embaixada Frank Desmond Reed. “Eu sou a história dele. Ele me criou e tem me sustentado nesses quase 100 anos de vida,” afirmou o missionário, emocionando o público.

Membros fundadores também participaram da programação, compartilhando lembranças dos primeiros cultos. Paulinho, um dos pioneiros, recordou: “A Igreja surgiu do movimento pentecostal da época, quando alguns membros se dividiram. Assim nasceu a Igreja Batista do Calvário – hoje Primeira Igreja Batista em Sete Lagoas. A comunidade evangelizava de porta em porta, alcançando pessoas de todas as idades. Lembro muito das sessões de filmes realizadas para as crianças, algo que marcou nossa memória.”

Legado e futuro

Ao celebrar seu Jubileu de Diamante, a PIB Sete Lagoas reafirma seu propósito e projeta o futuro com esperança. O evento destacou um legado de fé, perseverança e serviço comunitário que permanece vivo e relevante para Sete Lagoas e para o movimento batista em Minas Gerais.

O pastor Ramon Márcio, vice-presidente da Convenção Batista Mineira, prestigiou o evento e ressaltou a importância da igreja: “Fui profundamente edificado nesta noite, ouvindo e vendo os testemunhos. Isso é Igreja. A Primeira Igreja Batista em Sete Lagoas não é relevante apenas na região, mas também nos mais de 90 missionários que apoia e sustenta, nos jovens e adolescentes que envia e em tudo o que contribui como Igreja atuante em nosso estado.”

Nesses dias, a PIB de Sete Lagoas não apenas reviveu histórias, mas também abriu novos horizontes. Entre lembranças, homenagens e testemunhos, o legado construído até aqui continua a frutificar. A igreja segue avançando com o mesmo propósito que marcou sua fundação, convicta de que os próximos anos serão tão significativos quanto os que fizeram dela uma referência de fé e serviço na região. n

105ª Semana Batista da CBB se aproxima com ampla programação

Evento em Salvador já reúne mais de 2.400 inscritos e entra na fase final de inscrições.

Estevão Júlio

jornalista na Convenção Batista Brasileira

A pouco mais de um mês da 105ª Semana Batista da Convenção Batista Brasileira, Batistas de todo o país se preparam para o maior encontro anual da denominação. O evento será realizado de 19 a 25 de janeiro, em Salvador - BA, cidade que sediou a primeira Assembleia da CBB em junho de 1907. Até o momento, mais de 2.400 participantes já garantiram inscrição.

O último lote foi aberto em 1º de dezembro, com valores definidos por faixa etária e opção de kit do mensageiro nas versões digital ou impressa.

Categorias de Inscrição

CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

Não há necessidade de inscrição, e não haverá programação específica nem berçário. Será dispo nibilizado apenas banheiro familiar com trocador.

HOSPEDAGEM ECONÔMICA (OPCIONAL)

Disponível para todas as categorias.

R$ 250,00

Vagas limitadas aos 300 primeiros inscritos.

Preletores Confirmados

A programação trará nomes de destaque da denominação para os momentos de celebração, reflexão

CRIANÇAS DE 4 A 11 ANOS – Semana Batista Kids

R$ 150,00

Programação completa de 21 a 24 de janeiro (ma nhã, tarde e noite).

Vagas limitadas aos 150 primeiros inscritos.

ADOLESCENTES (12 A 17 ANOS)

Inscrição gratuita (não inclui o kit do mensageiro). Participação permitida na programação da Assem bleia, sem direito à palavra e ao voto. Vagas limita das aos 150 primeiros inscritos.

JOVENS – DIGITAL (18 A 35 ANOS)

R$ 185,00

Jedaías Ferreira de Azevedo, pastor da Igreja Batista do Olho D’Água - MA e presidente da Convenção Batista Maranhense;

Paschoal Piragine Jr., presidente da CBB e pastor interino da PIB

Inclui livro do mensageiro em formato digital e par ticipação com direito à palavra e ao voto.

JOVENS – IMPRESSO (18 A 35 ANOS)

R$ 200,00

Liderança Espiritual e Ministério

Pastoral

Abraão da Silva, pastor da Igreja Batista Metropolitana, SalvadorBA;

Juventude

Lucas Zub Dutra, pastor de Jovens da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR;

William Menezes, pastor de Adolescentes e Esportes na PIB Irajá

Inclui livro do mensageiro impresso e participação com direito à palavra e ao voto.

ADULTO – DIGITAL

R$ 370,00

Inclui livro do mensageiro em formato digital e par ticipação com direito à palavra e ao voto.

ADULTO – IMPRESSO

R$ 400,00

Crescimento de Igrejas

Pr. Fabrício Freitas, diretor-executivo da Junta de Missões Nacio-

Heber Aleixo, 1º vice-presidente da CBB, diretor-executivo da Lifeshape Brasil e pastor da Igreja Batista Vida - DF.

Painéis de Debate: reflexão e aprendizado Um dos momentos mais aguardados da 105ª Semana Batista são os Painéis de Debate, que abrirão espaço para escuta, diálogo e construção conjunta.

TEMAS E EXPOSITORES CONFIRMADOS

Inclui livro do mensageiro impresso e participação com direito à palavra e ao voto.

Cidades Estratégicas: Como alcançar os centros urbanos?

Pr. João Marcos Barreto Soares, diretor-executivo da Junta de Mis-

Doutrinas e Princípios Batistas

Luiz Roberto Silvado, pastor da Igreja Batista do Bacacheri - PR;

Discípulas – Do propósito à jornada

Raquel Zarnotti, diretora-executiva da União Feminina Missionária Batista do Brasil.

Durante as sessões da Assembleia da CBB, a programação incluirá também as Noites Missionárias, conduzidas pela JMM e JMN, além da Noite da Juventude, que marcará o encerramento das sessões da 105ª Semana Batista. No domingo, dia 26, será realizado o Domingo da Grande Comissão, com capacitações promovidas por nossas juntas missionárias. À tarde, haverá passeata e batismos na orla de Salvador, em um momento público de proclamação de que Jesus transforma. Não fique de fora desse tempo de crescimento, aprendizado e comunhão. Acesse www.bit.ly/semanabatista2026 e garanta sua inscrição.

Uma EBD relevante para hoje Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã da Convenção Batista Brasileira;

Centro de Convenções Salvador receberá 105ª Semana Batista
Batistas brasileiros caminharão nas ruas de Salvador declarando que só Jesus transforma!

ARTE & CULTURA

Vivendo a vocação do Ide em 2025

É maravilhoso poder olhar para trás e reconhecer tudo o que Deus fez e continua fazendo através de nossas vidas. Não existe alegria maior do que ser usado por Ele para Sua glória, por meio dos dons e talentos que recebemos.

De 24 de janeiro a 04 de fevereiro, servi como voluntário na Operação Jesus Transforma, durante a Convenção Batista Brasileira, em Fortaleza. Estivemos ao lado de irmãos de vários estados do país, cada um servindo com seus dons e talentos. Utilizamos teatro de bonecos, esportes, recreação e evangelização nas casas. A Operação Jesus Transforma é uma grande oportunidade para apoiar igrejas e missões locais em ações evangelísticas. Um dos momentos mais marcantes foi a marcha em direção à orla marítima, onde milhares de irmãos, vestindo a camiseta “Jesus Transforma”, celebraram um culto de louvor ao Senhor — um testemunho poderoso de unidade em Cristo, todos com o mesmo ideal: tornar Jesus, que salva e transforma, ainda mais conhecido.

De 27 de fevereiro a 04 de março, ministramos no retiro de Carnaval da Segunda Igreja Batista em Rondônia, a convite do querido pastor Eliel. Eu e minha esposa, Janisa, tivemos o privilégio de compartilhar o amor de Deus como preletores oficiais do retiro.

De 10 a 14 de abril, estivemos no Acampateen, um acampamento para adolescentes promovido por três irmãs apaixonadas pela obra missionária. Fomos convidados como preletores, e somente neste ano foram realizados dois acampamentos, onde vidas foram convertidas e desafiadas a viverem para a glória do Senhor.

De 01 a 04 de maio, ministramos em Ipatinga - MG, no acampamento de Embaixadores do Rei, com teatro de bonecos e a introdução do Pickleball para os acampantes.

De 06 a 19 de maio, participamos de ações missionárias em São Luís do Maranhão, apoiando o projeto PEPE e diversas ministrações da Palavra, além de cooperar com missões e Igrejas locais. Sempre busco oportunidades para fazer missões na minha terra natal, minha Jerusalém. É gratificante visitar a Igreja Tabernáculo Batista,

onde fui salvo, chamado, vocacionado e consagrado para a obra missionária. A maioria dos jovens da minha época hoje são pastores e líderes no Maranhão e em outros estados.

De 16 de junho a 29 de julho, ministrei em Portugal, em uma verdadeira maratona missionária de quase 50 dias, atendendo a diversos convites de parceria. A principal delas foi com a Associação Batista do Norte de Portugal, por meio do pastor Alexandre Glória, que nos desafiou a cooperar com o projeto de plantação de Igreja na cidade de Ovar, onde temos visto crescimento contínuo da Congregação. Também participamos do FIMO –Festival Internacional de Marionetes, com três apresentações, impactando portugueses e a comunidade internacional.

Além disso, ministramos por duas semanas no acampamento Palavra da Vida, em Ericeira, e visitamos cidades como Lisboa, Braga e Guimarães, levando a mensagem do amor de Deus. Também joguei Pickleball em seis localidades, onde um dos atletas aceitou Jesus, o que, por si só, já valeu toda a missão.

Depois, segui para a Alemanha, para orar e reencontrar meu antigo parceiro de missões com refugiados. Em seguida, ainda na Europa, passei por Amsterdam, onde mais uma vida foi ganha para Jesus. No total, a missão europeia deste ano resultou em mais de 25 vidas salvas e centenas de pessoas impactadas. Glórias a Deus!

De 14 a 19 de agosto, Deus nos levou ao Amazonas, onde ministramos para mais de 100 líderes de ministério infantil de comunidades ribeirinhas, em parceria com a Justice and Mer-

cy Amazon. Também visitamos uma comunidade ribeirinha, onde muitas crianças e adolescentes foram alcan çados por Jesus.

De 24 de agosto a 03 de setembro, retornamos à Venezuela. Ministrei no encontro de famílias pastorais Batistas, preguei em duas Igrejas em Caracas e estabeleci conexão com atletas de Pickleball da região. Implantamos o projeto de Pickleball em duas Igrejas locais e no Acampamento Batista em Carabobo, deixando uma ferramenta para fortalecer relacionamentos saudáveis através do esporte.

De 14 a 21 de setembro, fomos preletores no Acampateen, em São Gotardo - MG, onde vidas foram novamente salvas e impactadas pela Palavra.

De 004 a 6 de outubro, estivemos em Eunápolis - BA, ministrando no congresso infantil da Primeira Igreja, onde implantamos também o projeto esportivo de Pickleball

De 10 a 13 de outubro, fomos à linda cidade de Maceió - AL, como preletor no congresso infantil da cidade. Foi uma bênção reencontrar o pastor Roberto Amorim e sua família. Mais vidas foram salvas e impactadas.

De 24 a 28 de outubro, retornamos à cidade de Cuparaque - MG, para ministrar no congresso infantil. Vidas foram alcançadas e impactadas, e implantamos novamente o projeto esportivo de Pickleball

E, fechando o ano, de 30 de outubro a 05 de novembro, cooperamos com a Carreta Missionária e ministramos para as crianças da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF. Ali, fomos carinhosamente recebidos e hospedados na casa do meu querido conterrâneo, o ministro de música da Igreja, Henrique, e sua linda família.

interpreto o personagem Pr. Bill, um boneco idoso, pastor aposentado e comentarista lúdico, trazendo humor e reflexões relevantes ao programa. Também colaboramos como missionários voluntários, todos os dias, das 7h30 às 9h, no programa Nossa Pátria Brasil, junto ao pastor Katayama e ao pastor William.

Quando não estamos em viagens missionárias, servimos localmente em Belo Horizonte - MG, cooperando com projetos sociais como a Cristolândia BH, a Casa do Caminho (casa de passagem para pacientes com câncer), a Casa de Apoio Coragem e o Projeto Miguilim, voltado para a proteção de crianças vulneráveis.

Foi um ano maravilhoso, de muito plantio e colheita. Glórias ao nosso Deus, que nos capacita e nos concede oportunidades para continuar servindo ao Seu Reino.

Sou grato aos meus amados irmãos e amigos que seguram a corda, orando por nós e colaborando com nosso sustento missionário. Que Deus os abençoe grandemente! Cada vida ganha e impactada tem a participação de vocês. Não temos palavras para agradecer.

Roberto Maranhão e Janisa

Meditem sempre em I Coríntios 12.4-6 e nunca deixem de ser usados por Deus, através do Seu poder e para a Sua glória”. n

Arte e Cultura CBB @Roberto Maranhão Ministro de Arte e Esporte Internacional marapuppet@hotmail.com WhatsApp: (31) 99530-5870

Voluntários Sem Fronteiras visitam hospital em Rancagua, no Chile

No hospital da cidade de Rancagua, uma equipe missionária percorreu os corredores da enfermidade e chegou até a Unidade de Terapia Intensiva, um ambiente onde cada segundo carrega um peso imenso e onde a vida se equilibra entre máquinas, silêncio e expectativa. Em meio aos sons contínuos dos equipamentos, o grupo visitou pacientes, conversou com familiares e ofereceu orações àqueles que lutam pela recuperação. Durante a ação, relatos emocionantes marcaram a passagem da equipe. Três pessoas decidiram entregar sua vida a Jesus, gesto que, segundo os missionários, trouxe alento e renovação de fé naquele ambiente de dor e fragilidade. “Em meio ao sofrimento, vimos nascer esperança; diante do

medo, vimos surgir fé”, compartilharam.

A iniciativa, conduzida com espírito de compaixão e serviço, teve como objetivo levar apoio emocional e espiritual para além do que os tratamentos médicos alcançam. Funcionários e pacientes receberam palavras de consolo, ânimo e vida, criando um clima de acolhimento em setores habitualmente marcados pela tensão.

A equipe deixou o hospital convicta de que a fé continua a ser uma força presente nos locais onde a dor se revela com mais intensidade. Para eles, a experiência reafirmou a convicção de que Cristo continua a tocar, restaurar e trazer esperança mesmo nos ambientes mais desafiadores. Não foram levadas apenas palavras, mas uma expressão viva de esperança que, segundo o grupo, permanece como um sopro de luz naquele espaço de luta e superação. n

A consolidação da Igreja Batista em Torres Vedras

A jornada da Missão Batista, agora oficialmente Igreja Batista em Torres Vedras, é marcada pela fidelidade e pela direção constante de Deus. Desde o concílio examinatório e o culto de organização, realizados no início do segundo semestre, vemos o mover do Espírito Santo em cada novo passo, consolidando a fé dos crentes e abrindo portas para o evangelho em diversas localidades.

Ao olhar para trás e recordar o caminho percorrido, percebo que cada etapa foi cuidadosamente preparada por Deus. O concílio não foi um ponto final, mas um novo começo. Desde então, começamos a orar e a refletir sobre como fortalecer a comunhão e o discipulado dos irmãos, ao mesmo tempo em que alcançamos os que estão afastados.

Foi neste espírito de oração e dependência que nasceu o projeto dos Grupos de Partilha e Comunhão (GPC`s), com uma simples visão: levar a igreja para dentro dos lares, como faziam os primeiros cristãos, que “todos os dias perseveravam unânimes no templo, e partiam o pão de casa em casa, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo” (Atos 2.46-47), e voltar ao início do nosso trabalho em Torres Vedras que foi num pequeno grupo na cidade, em 2019. Com esta convicção, começamos

a desafiar os irmãos para que se envolvessem e abrissem os seus lares. Iniciamos abrindo a nossa casa e outros seguiram o nosso exemplo. O resultado foi surpreendente e foi motivo de grande encorajamento para todos nós. Começamos em agosto e já temos nove casas em quatro zonas da cidade que vão até duas cidades vizinhas. Conseguimos mobilizar por volta de 30 pessoas por semana, e temos visitantes que participam dos nossos GPC´s.

Cada grupo tem a sua identidade própria, mas todos partilham o mesmo

propósito: estudar a Palavra, viver em comunhão e ser uma presença missionária nas suas comunidades. Estudamos a Bíblia, partilhamos nossas vidas e oramos uns pelos outros.

Ore conosco por esse ministério, para que o Senhor traga pessoas para que conheçam a Jesus e glorifiquem o Pai.

Ore também por um novo espaço para a Igreja, que sirva tanto para os cultos como para atividades de ensino, evangelismo e apoio social. Atualmente, nos reunimos em um local alugado, que está começando a ficar pequeno

para a quantidade de pessoas que o Senhor vem acrescentando. Outro pedido importante é por sabedoria na formação de novos líderes. Temos irmãos dispostos a servir, mas precisamos investir tempo e orientação para que sirvam com maturidade e fidelidade. A nossa meta não é apenas formar frequentadores, mas discípulos firmes, capazes de discipular outros.

Continue a orar por Portugal. Interceda pelos missionários, pelos pastores, pelos líderes e pelas Igrejas locais. n

Congresso de Missões no Pará inspira jovens a viver o chamado missionário

Seminário Equatorial doa bolsa integral de Teologia por meio do Fundo Orman Gwynn.

William Costa

membro da Primeira Igreja Batista em Murinin - PA e jornalista voluntário para o Seminário Equatorial

Entre cânticos, abraços e testemunhos missionais, o Congresso Jovem de Missões Vocacionados VII se tornou, mais uma vez, um terreno fértil para quem deseja compreender e viver o chamado de Deus. Promovido pela Missão Vocação e Ação, o encontro deste ano trouxe como tema “Raízes”, inspirado em Colossenses 2.7 — “enraizados e edificados nEle, confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças”. Mais de 250 jovens participaram do congresso realizado na última semana de outubro, no Acampamento Paraíso Batista, em Castanhal, no Pará.

Mais do que um evento, o Vocacionados VII se firma como um movimento de reencontro com a essência da fé e com o compromisso de servir. Jovens de diversas igrejas batistas do Pará, Maranhão, Amazonas, Espírito Santo e Sergipe, líderes e vocacionados de várias partes do estado paraense se reuniram para um tempo de comunhão, aprendizado e despertamento missionário. Ali, a palavra “raiz” ganhou nutrientes, corpo, som, lágrimas e profundidade.

“Ser vocacionado é entender que a semente que Deus plantou em nós

precisa frutificar onde Ele nos enviar”, destacou o pastor David Bresciani, preletor do congresso, durante uma das ministrações do fim de semana. Palavras que ecoaram entre os participantes que puseram a mão no arado, como um convite a permanecer firmes, mesmo quando o terreno da vida parece árido.

Entre os momentos marcantes, estiveram os tempos de oração e os testemunhos compartilhados por missionários e participantes. Brenda Belmira, coordenadora de Missões da Juventude Batista Brasileira (JBB), lembrou que missão é mais do que atravessar fronteiras geográficas — é atravessar corações.

Da Junta de Missões Nacionais (JMN), Eleama Frankling – Radical Amazônia, também participou do congresso e testemunhou sobre como é servir na região reforçando a necessidade de mais vocacionados ao campo.

A coordenadora do Congresso, Ana Lídia Silva, reforçou que o propósito do Vocacionados é mais profundo que um simples congresso: é sobre cultivar raízes espirituais que sustentem o envio.

“Nós não viemos apenas aprender, viemos nos firmar. O chamado não é passageiro — é um processo de enraizamento em Cristo, para que cada um volte à sua igreja disposto a servir

com amor e constância e, se for ao campo, saiba que Deus sustentará”, afirmou.

Ao encerrar o congresso, a sensação comum entre os participantes era de gratidão e propósito renovado — como árvores firmadas na Palavra, prontas para lançar raízes mais profundas e dar frutos que permaneçam.

Seminário Equatorial doa bolsa integral para curso de Teologia

Com a promoção dos cursos de bacharelado, licenciatura, de música e de formação eclesiástica, o Seminário Equatorial, parceiro da Missão Vocação e Ação, participou do evento e doou, por meio do Fundo Pastor Orman Gwynn, uma bolsa integral do curso de Teologia presencial para um dos participantes do Congresso.

“Neste ano, participamos do Congresso com a doação de uma bolsa integral e outras parciais para jovens que estiveram presentes na programação, pois entendemos que o congresso é um despertar para novos vocacionados e precisamos capacitá-los para que voltem aos campos com a formação de excelência de nossa casa”, ressalta a diretora administrava do Seminário Equatorial, professora doutora Vanessa Galúcio.

Sobre o Fundo Pastor Orman Gwynn Criado em 2025, após uma doação financeira pela família do ex-reitor do Seminário Equatorial, professor pastor Orman Gwynn, o valor fora aplicado e com os rendimentos serão viabilizadas bolsas integrais e parciais para vocacionados batistas de igrejas ligadas à Convenção Batista Brasileira. O fundo foi criado para garantir que estudantes com vocação ministerial possam prosseguir em seus estudos, mesmo diante de limitações financeiras. Por meio dele, o Seminário Equatorial reafirma seu compromisso com a educação teológica acessível e de qualidade, contribuindo para o fortalecimento do ministério cristão em nossa região e além. Anualmente, estão previstas, no mínimo 10 bolsas ofertadas pelo fundo.

Sobre a Missão Vocação e Ação

A Missão Vocação e Ação é um projeto criado em 2017, pelo pastor e ex-professor do Seminário José Leonel (in memoriam) e segue cumprindo seu papel de ponte entre a juventude e o campo missionário, entre o desejo e a ação, entre o “ide” e o “aqui estou” com capacitação curricular teórica e prática em áreas como princípios bíblicos batista, capelania, louvor e adoração, sobrevivência e outras, na região Nordeste do Pará. n

Mais de 250 jovens participaram do congresso realizado na última semana de outubro, no Acampamento Paraíso Batista, em Castanhal, no Pará
Seminário Equatorial, parceiro da Missão Vocação e Ação, participou do evento e doou, por meio do Fundo Pastor Orman Gwynn, uma bolsa integral do curso de Teologia presencial para um dos participantes do Congresso.

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Diáconos Batistas realizam pré-lançamento da Meditação Diária “Bom Diácono com Jesus”

Pré-lançamento reúne liderança diaconal e marca novo capítulo na história do ministério no país.

Gerência de Comunicação da CBB com informações de Eduardo Martins Pires, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil

Os diáconos e diaconisas Batistas do Brasil viveram, na manhã de 30 de novembro, um momento significativo para sua história. Foi iniciado o pré-lançamento da meditação diária “Bom Diácono com Jesus” para 2026, um projeto considerado abençoado e de grande importância espiritual para o ministério diaconal.

A Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro (PIBRJ) voltou a fazer parte desse legado. Há 24 anos, o templo sediou o 1º Congresso Nacional dos Diáconos Batistas do Brasil. Agora, torna-se a primeira Igreja Batista do país a receber um exemplar oficial da nova meditação, já destinado ao acervo de seu museu histórico. O exemplar leva dedicatória assinada pelo presidente da ADBB, diácono Eduardo Martins Pires, conteúdo que poderá ser visto apenas pelos visitantes da igreja e de seu museu.

Durante o ato, expressou-se grati dão a Deus pela PIBRJ, por seu pastor, Ivan Dias, pelo Ministério Diaconal e por toda a membresia. Também fo ram registrados agradecimentos aos Batistas do Brasil e do mundo e ao idealizador do projeto, pastor Wellington Santos, que realizará outro pré-lançamento no mesmo dia, diretamente do Mato Grosso do Sul.

Os Diáconos e Diaconisas Batistas do Brasil celebram mais esse passo na caminhada ministerial e convidam aqueles que desejam obter um exem-

plar, impresso ou virtual, inclusive personalizado para Igrejas e ministérios diaconais, a entrarem em contato com o conselheiro espiritual da ADBB, pas-

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Reunião do Comitê Local impulsiona organização da 105ª

Semana Batista

Encontro realizado na IB da Graça destaca alinhamento estratégico, visão espiritual e expectativa de grande participação na assembleia em Salvador.

Gerência de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

As ações para a 105ª Semana Batista, que acontecerá de 19 a 25 de janeiro de 2026, em Salvador - BA, seguem em ritmo intenso. O Comitê Local, responsável pela organização de todo o evento, realizou mais uma reunião na sexta-feira (29/8). Coordenado pela Convenção Batista Baiana e formado por 28 comissões, o grupo reuniu mais de 70 participantes na Igreja Batista da Graça, para debater propostas, alinhar atividades e definir os próximos passos dessa grande mobilização.

Na abertura, o presidente da Convenção e do Comitê, pastor Erivaldo Barros, reforçou a visão espiritual que orienta cada preparação: “Nosso objetivo é realizar uma assembleia que abençoará os Batistas brasileiros, alcançará vidas e glorificará o nome de

Jesus”. Uma meta que não é apenas organizacional, mas profundamente missionária.

A condução do encontro ficou a cargo do diretor-executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Fernando Brandão, que apresentou um panorama geral das ações planejadas. Segundo ele, a expectativa é reunir quatro mil mensageiros,

vindos de todos os estados do país, para participar de encontros, congressos e celebrações que fortalecerão a cooperação e a visão estratégica dos Batistas brasileiros. “Será um tempo de unidade, inspiração e renovo para nossas Igrejas”, destacou. Nos próximos dias, os coordenadores seguirão trabalhando com suas equipes para avançar nos pla-

nejamentos e transformar cada ideia em ação. A 105ª Semana Batista será um marco. E você pode fazer parte dessa história.

Participe, ore, envolva-se e venha viver esse momento que certamente impactará vidas e glorificará o Senhor! Inscreva-se agora: bit.ly/semanabatista2026 n

Capa do Devocional
Pré-lançamento no Mato Grosso do Sul
Pré-lançamento na PIBRJ
Pr. Fernando Brandão, diretor-executivo da CBB, apresentou um panorama geral das ações planejadas

Ele Vem Vencendo

Uma Pequena Reflexão Sobre o Hino 112

Wanderson R. Monteiro

membro da 1° Igreja Batista Natal, de São Sebastião do Anta - MG

Existem hinos que não são apenas cânticos; são declarações de grandes realidades teológicas e espirituaisindo completamente na contramão da realidade evangélica atual, onde a grande maioria dos cânticos já estão passando longe de revelar verdades bíblicas, focando somente em exaltar o ser humano. O hino 112 do Cantor Cristão, “Vencendo Vem Jesus”, hino extremamente conhecido, pertence a essa categoria de melodias que não se limitam à estética do culto, mas carregam em si um chamado, uma convocação. Mas, principalmente: carrega um lembrete de que a história humana não caminha entregue ao acaso, mas que está nas mãos dAquele que a está fazendo se cumprir segundo a Sua própria vontade. Em seus versos, ecoa uma verdade que muitos insistem em esquecer: por trás das inúmeras crises que vemos atualmente, por trás das guerras, das guerras de narrativas, das sombras da pós-modernidade e das estruturas corrompidas de nosso mundo, há um Rei que avança. Um Reino que se aproxima dia após dia. Um Rei que não negocia com as trevas, que não se intimida com impérios, que não se curva às ideologias. Um Rei que vence. E, talvez, seja justamente isso que mais incomode a nossa geração: a ideia de um Cristo vitorioso, um Cristo soberano, um Cristo com olhos de fogo que “vem vencendo”. Uma sociedade acostumada a editar os termos da fé, a relativizar absolutos, e a moldar Deus à própria imagem, resiste à figura desse Cristo que não pede licença à história — Ele a governa. Enquanto muitos tentam transformar Jesus em símbolo, metáfora ou produto, o hino recorda que Ele é Rei. E que Sua glória, quer o mundo queira, quer não, já começou a refulgir.

Os versos do conhecido hino proclamam que “os sinais de Sua vinda mais se mostram cada vez”. E esse é um fato impossível de negar: vivemos numa época em que os abalos se tornaram constantes. Crise moral, crise de integridade, crise de sentido

— crises que tenho descrito ao longo dos anos, em diferentes artigos, e que apontam para uma sociedade que perdeu seu eixo, que caminha a passos rápidos rumo ao caos. Uma sociedade que trocou a verdade por narrativas, a integridade por conveniência, a fé por projeções psicológicas, pela conveniência e facilidade de se adaptar aos ensinos da religiosidade atual, e não aos ensinos de Cristo. Mas, justamente quando o caos parece se intensificar, a promessa do retorno de Cristo ressurge como um clarão que rompe a escuridão acumulada. Ele mesmo já adiantou que seu retorno seria precedido por trevas e caos, coisas que temos visto aumentar a cada dia. O hino não fala de um Cristo ausente, distante, que deixou o mundo à deriva, à sua própria sorte, mas de um Cristo que se move, que age, que já conquistou e que continua conquistando.

Quando o hino declara que “o clarim que chama os crentes à batalha já soou”, reconhece algo que muitos cristãos contemporâneos tentam negar: viver a fé é entrar em conflito. Não um conflito de armas, mas de consciências. Não de ódio, mas de discernimento. Não de força bruta, mas de soberania espiritual. A batalha não é contra carne ou sangue — é contra sistemas que tentam “redefinir” o que Deus já definiu, contra ideologias que tentam substituir a verdade eterna por modismos passageiros, contra a sedução de uma cultura que prefere as sombras e as trevas desse mundo do que a luz. Em meio a tudo isso, Cristo não está atrás, observando. Ele está à frente, conduzindo um povo que muitas vezes nem percebe que está marchando.

Enquanto alguns imaginam que a fé é uma fuga da realidade, o hino nos lembra que Cristo não nos retira da história — é Ele que entra nela! Ele desce. Ele governa. Ele julga. Ele restaura. Os versos finais, biblicamente corretos, falam de um Cristo que muitos querem ignorar: um Cristo que julga. Que julga o pecado, que julga o pecador, que julga as intenções. Um Cristo que vem para julgar, como nos diz a letra do hino que: “por fim entronizado, as nações há de julgar”. Em

uma época em que a justiça humana é corrompida, negociada, comprada ou sequestrada por interesses pessoais e escusos, é reconfortante saber que existe um Juiz diante do qual ninguém manipula evidências, ninguém compra sentenças, ninguém corrompe tribunais. O Cristo que vem vencendo é o Cristo que julga com equidade e justiça — e isso deveria trazer esperança aos íntegros e temor aos que insistem em se esconder na escuridão, pois o Cristo que veio mostrar o amor e a misericórdia de Deus, é o mesmo Cristo que virá julgar com justiça e juízo, e que lançará o pecador no lago de fogo e enxofre, para a segunda morte.

Mas o hino não é apenas escatologia; é convocação moral. Ele nos lembra que, enquanto Jesus vem vencendo, nós não podemos viver como quem está perdendo. A glória que já refulge não pode ser ignorada por aqueles que dizem segui-Lo. Se Cristo está avançando, não faz sentido uma igreja recuada. Se Cristo está conquistando multidões, não faz sentido um povo que vive como derrotado. Se Cristo governa, não faz sentido discípulos que negociam princípios para adaptar-se a uma sociedade em colapso moral. A esperança cristã não é passiva; ela molda posturas, gera coragem, sustenta integridade, reacende responsabilidades.

O hino termina com um canto de triunfo: “Glória, glória, aleluia!”. Esse é o canto dos remidos. E é significativo que o refrão se repita como uma espécie de afirmação que insiste em ecoar acima das circunstâncias. Em tempos de escuridão, repetir a glória de Cristo é um ato de resistência. Em tempos de corrupção, proclamar Sua vitória é um gesto de rebeldia contra o caos. Em tempos de desesperança, afirmar que Ele “vem vencendo” é declarar que o mal não terá a palavra final, pois o controle e o destino do mundo e da História estão nas suas mãos.

E é por isso que, ao cantar esse hino, não o faço como quem repete uma tradição emocional, mas como quem declara uma realidade inevitável. Não canto como espectador — canto como testemunha de um mundo que já cambaleia sob os sinais que de-

nuncio há anos. Canto como alguém que vive em meio a essa crise cultural, moral e espiritual que tantas vezes tenho denunciado. Canto como quem vê a estrutura moral deste século ruindo diante dos próprios pecados, como quem observa a cultura se desfazendo diante de suas escolhas, como quem percebe que o colapso espiritual que tantas vezes apontei não é o fim: é o prelúdio de algo maior, mais santo, mais terrível e mais glorioso.

Canto como quem sabe que o Cristo que vem vencendo não virá pedir explicações, não virá negociar com a humanidade, não virá tentar convencê-la. Ele virá julgar. Ele virá separar. Ele virá pôr fim ao império das trevas que muitos insistem em romantizar. Virá revelar aquilo que a pós-modernidade tentou ocultar sob camadas de relativismo: a verdade absoluta, inegociável, inescapável.

E quando Ele vier — e Ele virá — todos os impérios ruirão. Todas as narrativas colidirão com a Palavra que não pode ser revogada. Todos os discursos serão silenciados pelo brilho de Sua glória. Todos os poderosos da terra tremerão. Todas as máscaras cairão. Nada permanecerá de pé além do Seu Reino.

Por isso, enquanto o mundo tenta anestesiar sua própria consciência e montar um teatro de normalidade em meio ao caos, eu escolho permanecer desperto. Porque sei que o mesmo Cristo que venceu no Calvário, que vence hoje em meio ao colapso moral da humanidade, é o Cristo que vencerá definitivamente quando rasgar os céus com poder e grande glória.

E nesse dia — o dia para o qual toda a história se inclina — não haverá espaço para dúvidas, nem para discursos, nem para desculpas. O leão rugirá. O trono se erguerá. O Juiz falará. E toda a criação saberá que Ele sempre foi Rei.

Por isso eu afirmo, contra o desespero, contra o caos, contra os sistemas, contra as trevas e contra o próprio tempo: “Vencendo vem Jesus”.

E quando Ele vier, nada — absolutamente nada — permanecerá como está. n

Pastores embriagados

Em geral, quando falo em congressos, seminários e palestras para pastores, costumo citar I Timóteo 5.23, onde o apóstolo Paulo aconselha o jovem Timóteo: “Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades.” É então que faço aquela velha brincadeira: “Vejam! Um pouco de vinho pode. O que não pode é ficar embriagado.”

A verdade, porém, é que a embriaguez é um problema sério na vida de milhares de pessoas — inclusive na de alguns crentes e até mesmo de alguns pastores. O reverendo Don Jones descreve sua dura batalha contra o alcoolismo no livro “O sol ainda brilha: a lenda de um pastor bêbado”. Antes de julgarmos com pressa, vale lembrar que, desde 1967, a OMS classifica o alcoolismo como uma doença, frequentemente associada a sintomas de ansiedade, angústia, insegurança, rejeição e predisposição genética. Vale considerar também que alguns pastores do primeiro século provavelmente enfrentavam problemas com o alcoolismo. Não por acaso, Paulo recomenda que o bispo “não seja dado ao vinho” (I Tm 3.3). Se ele faz tal alerta, é porque havia quem exagerasse na dose. É interessante notar como a Bíblia trata de assuntos da vida real, mas que, por uma má interpretação ou por um farisaísmo incubado, por vezes deixamos de enxergar.

Como outros vícios, o alcoolismo é uma forma de fuga. A expressão “beber para afogar as mágoas” revela essa tentativa de escapar de uma realidade dura ou de um trauma não reconhecido, seja pelo álcool ou por qualquer outro vício. O problema é que, quando esse caminho passa a ser usado como válvula de escape, estabelece-se a dependência, tanto química quanto emocional.

Mas há uma outra forma de embriaguez que tem atingido um número ainda maior de pastores hoje — e que passa quase despercebida: a embriaguez laboral, a embriaguez pastoral. Há muitos pastores workaholics, viciados em trabalho. Em conversas informais com colegas, é comum ouvirmos a frase: “O ministério pastoral é uma cachaça.” Isso se confirma no tom das conversas em congressos e retiros, onde os diálogos giram sempre em torno das mesmas perguntas: “Quantos membros sua igreja tem?”, “Qual é a entrada mensal?”, “Quantas pessoas você batizou este ano?”. Raramente se fala sobre saúde emocional, família, sonhos, frustrações. Contar uma piada, então nem pensar. Parece que o mundo do pastor se resume a Igreja, Igreja e Igreja. Sinceramente, confesso que tenho tendência ao vício do trabalho. No início do meu ministério, há trinta e oito anos, adotei o slogan do então candidato ao governo do Rio, Moreira Franco: “meu nome é trabalho”. Era muito neófito naquela época. Meu primeiro pastorado foi abençoado, a igreja cresceu de maneira extraordinária e

eu, pretensiosamente, acreditava que tudo era fruto do meu trabalho e da minha dedicação exclusiva à igreja. Ledo engano. Se não fosse a graça de Deus sobre mim e sobre minha família… Sobre essa tendência de endeusamento do trabalho, o filósofo Byung-Chul Han, em Favor fechar os olhos: em busca de um outro tempo, afirma que hoje “não temos outro tempo que não o tempo do trabalho. O tempo de trabalho totalizou de modo a tornar-se o tempo” (p. 35). Vivemos aprisionados em um tempo chapado e totalmente preenchido, que nos impede até mesmo de “fechar os olhos” — inclusive para orar. Trabalhamos muito; oramos pouco. Dizemos que trabalhamos para Deus, mas, contraditoriamente, não conversamos com Ele.

O pastor embriagado pelo trabalho não consegue parar. Não dorme direito, porque até o momento que deveria ser de descanso é invadido pela mente inquieta: a agenda do dia seguinte, o casal em crise, a conta da igreja sem recursos, a programação do culto, o sermão de domingo. Assim, noite após noite, mantém-se acordado — porém nunca verdadeiramente desperto. Han observa com precisão: “A grande quantidade de informações acelerando-se sufoca o pensamento. O pensamento precisa de silêncio. É preciso poder fechar os olhos.” (p. 32).

A embriaguez laboral na vida do pastor é sutil, aceitável e perigosa. É aplaudida por alguns, admirada por outros e alimentada silenciosamente pelo nosso próprio coração, que con-

funde ativismo com fidelidade, sucesso e realização. Mas o ministério pastoral não foi desenhado para ser uma corrida interminável, muito menos um esconderijo para nossas inseguranças. A verdade é dura, mas libertadora: quem vive embriagado pelo trabalho não consegue ouvir a Deus, não cuida da família e tampouco de si mesmo. É urgente investir em ações que tirem o pastor da roda viva do ministério, sem que abandone a fidelidade ao Deus que o chamou. A questão não é deixar de trabalhar nem fazer um elogio à preguiça, tampouco abandonar o ministério. É preciso equilibrar as ações, a partir de um equilíbrio espiritual e emocional, considerando que, na base de todo vício, sempre existe uma insatisfação pessoal. É preciso permitir que o silêncio cure, que a graça reorganize, que o Espírito realinhe. Por vezes, para vencer a embriaguez laboral — a embriaguez pastoral — é necessário buscar ajuda. Há pastores que querem parar, querem pausar, mas não conseguem, devido ao alto nível de contaminação emocional e, por que não dizer, espiritual. Por isso, é fundamental buscar auxílio para falar, expor, nomear as causas dessa sutil e terrível embriaguez. Reconhecer é o primeiro passo para a sobriedade. E pastores também precisam voltar a ser sóbrios — diante de Deus, diante da família e diante de si mesmos. n

Ailton Gonçalves Desidério Pastor PIB Lins Psicólogo clínico e palestrante

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