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Aprendendo para ensinar

Raimundo Ribeiro Passos colaborador da Ordem de Educadores Cristãos Batistas do Brasil

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (Jo 6.27)

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Como é importante observar a data de validade de um alimento. Alimentos são perecíveis e merecem atenção devido os riscos que podem causar. O processo de industrialização do alimento pode dar um prazo maior de armazenamento, mas sempre haverá uma data de validade. Mas que comida é essa que Jesus aconselha a se trabalhar e que é imperecível?

Após presenciarem um acontecimento que agora fazia parte da memó-

“geração eleita, povo adquirido”, deveríamos estar afiados dentro da Palavra para dizermos da “razão da esperança que há dentro de nós”, mas… continuamos a mostrar, um resultado pobre, abaixo do esperado e do desejável, quando se trata de aprender para ensinar as coisas de Deus.

Vamos pensar juntos sobre aprender para ensinar?

Aprender para ensinar é abrir o coração para a comunicação e para as relações com tranquilidade. Os professores e professoras sabem muito bem o quanto recebem todos os dias em sala de aula. A troca, as dúvidas, a bagagem, as experiências não são via de mão única: é por isso que temos ouvido muito o termo ensino-aprendizagem que, nada mais é que o acolhimento e compartilhamento de saberes. Significa que, uma avó ensina ao neto, mas o neto também tem o que ensinar à avó. Os tempos tecnológicos dei- xam claro que a nova geração dá um banho nos mais experientes quando o assunto é internet, celular, jogos e tudo mais, não é?

Aprender para ensinar é reconhecer sua identidade, sua inteligência e a identidade e inteligência do outro. Quando entendemos a riqueza de sermos Corpo de Cristo, com dons e propósito diversos e complementares, damos um salto de qualidade na vida cristã e, então, aprender para ensinar fica bem mais resolvido dentro da mente e do coração. Somos membros uns dos outros e, nossa força, está em reconhecermos que nossas fraquezas e limitações estarão amparadas pelo outro. Que bonito é essa comunhão, quando ajustada! O que o cientista Gardner chamou de Inteligências Múltiplas, a Bíblia já ensina faz muito tempo. Será que já aprendemos?

Aprender para ensinar é um exercício constante. Nossa natureza tem a tendência de se acomodar na “Síndrome de Gabriela” (eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim…), mas a Bíblia propõe a renovação da mente para que experimentemos a “boa, perfeita e agradável” vontade de Deus. Nunca é tarde para estudar, para ampliar o que já conhece, para ter mais sabedoria, sobretudo quando ela vem do Pai das Luzes. “Ah! Quanto amo a tua lei…”, disse o salmista. Podemos fazer coro com ele?

Aprender para ensinar nos coloca, inevitavelmente, prostrados diante do trino Deus, reconhecendo que, sem o Espírito Santo nos inflamando em poder e submissão, nossa luz não terá o brilho que pode ter. Nosso sal salgará menos do que pode salgar. Salvar. Discipular. Ministrar. Tocar. Fazer. Orar. Abençoar. Adorar. Ser.

Vivamos perseguindo o desejo de aprender para ensinar. Os céus se abrem para quem se dispõe a ouvir e a obedecer a voz do Mestre. n