Edição 15/07/2020

Fundado em 1º de julho de 2002.

A HORA | Quarta-feira, 15 de julho de 2020 | Ano 18 - Nº 2631 | Fechamento da edição: 21h

SALDO DAS CHEIAS

MISTÉRIO EM CRUZEIRO

Perícia reforça tese de incêndio criminoso Projétil foi achado no corpo de uma das vítimas. Polícia Civil acredita que fogo foi provocado para encobrir triplo homicídio ocorrido na última quinta-feira, Página 11 em São Miguel.

Avulso: R$ 2,50

Prejuízos já passam de R$ 100 milhões Somente em Encantado, empresas estimam perdas de cerca de R$ 50 milhões Após a enchente histórica, municípios do Vale do Taquari elaboram o balanço dos prejuízos. De acordo com levantamento feito pela reportagem do A Hora, seis cidades da região somam mais de R$ 100 milhões

em perdas. O valor é ainda maior, pois os números ainda não levam em conta Estrela e Colinas, cujos relatórios não estão concluídos. Boa parPágina 3 te dos estragos foi nas barrancas do Rio Taquari.

GABRIEL SANTOS

MESMO COM PERDAS

O alívio de voltar para casa Com o recuo do nível do rio, famílias começaram a retornar às residências e contabilizar os prejuízos.

Até a noite de ontem, 113 pessoas ainda permaneciam abrigadas no Parque do Imigrante, em Lajeado.

Página 5 Após uma semana fora de casa, famílias atingidas pela cheia retornam aos lares

MEDIÇÃO DO TAQUARI

EM MEIO À PANDEMIA

Empresários pedem melhor

controle

Movimento pede direito ao trabalho

Empreendedores se reúnem hoje, às 9h, com prefeito Marcelo Caumo.

Grupo quer sistema de alerta às enPágina 5 chentes mais eicaz.

Grupo criado em Santa Clara do Sul critica Distanciamento Controlado no estado. Abaixo-assinado conta com mais de 400 adesões. Página 9

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Respeitem a Defesa Civil Órgão fez o que pôde diante das escolhas de quem o controla.

ZONEAMENTO

Especialistas pedem obras longe do rio Técnicos defendem sistema de zonas e restrição às construções próximas ao rio para reduzir impactos de futuras enchentes. Página 6

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ABRE ASPAS

EDITORIAL

“As crianças querem saber quando volta, mas estamos de mãos amarradas” Voluntário e um dos fundadores do projeto Guarani Mirim, de Lajeado, Diomar Nunes, 64, estava acostumado com o movimento das crianças e dos adolescentes dos bairros Olarias, Campestre, Igrejinha e Planalto. Junto com os ilhos e com demais moradores do bairro, davam aulas gratuitas de futebol para 120 jovens.

A pandemia interrompeu as atividades e trouxe preocupação sobre a continuidade da iniciativa.

FILIPE FALEIRO\ARQUIVO

ergométrica aqui. Chuto umas bolas nas paredes. Estou sempre fazendo exercícios. É o que digo para a gurizada, para que se cuidem bastante. É lamentável ficar distante, mas é preciso. A saúde vem em primeiro lugar.

• De que maneira essa distância interfere nas amizades e na mobilização comunitária?

pados. Dizem que os ilhos estão inquietos em casa. Que estão quase derrubando as paredes de casa. (risos)

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

• Como foi se adaptar com o fechamento dos times?

• De que forma a pandemia interferiu sobre o clube e o projeto Guarani Mirim?

Está tudo parado. É muito ruim icar longe dos alunos, das famílias e da comunidade, sem ter como ajudar mais. Não podemos fazer eventos, temos diiculdades para reorganizar as contas, os documentos. Estamos ansiosos para retornar. Vemos que as crianças além de não poderem jogar bola também não vão para a escola.

Tem vezes que os pais nos ligam preocu-

Tentamos manter contatos com as crianças e com os pais. Meu filho repassa atividades para eles fazerem em casa, exercícios, treinar algo com bola. Eles nos ligam, querem saber quando voltam os treinos, mas não temos nenhuma previsão. É muito difícil, mas temos fé que vamos passar por isso logo.

A gente estava acostumado naquele ritmo de treinos todos os dias. Eu sou do grupo de risco, tenho problema no coração e estou me cuidado ao máximo. Corro em volta da casa, tenho uma bicicleta

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br inanceiro@jornalahora.inf.br logistica@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

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Isso está bem comprometido. Longe das pessoas o medo é que o projeto se perca, que acabe. Eu procuro sempre pensar positivo, vamos esperar passar essa pandemia e a hora que liberar os treinos e os jogos, vamos nos mobilizar de novo e não vamos deixar tudo o que construímos morrer.

Além disso, faz anos que tentamos renovar as lideranças. Nosso intuito sempre foi de envolver mais pessoas, para que mais gente ajude a fortalecer o clube e o projeto. Mas isso tem sido difícil, a maioria não quer compromisso. Inclusive teve um tempo que icamos sem diretoria. Mesmo assim as dívidas continuaram. É um desaio muito grande ter que cumprir o distanciamento sem deixar a ação comunitária morrer. Vamos fazer uma tentativa para quitar dívidas com documentações, no dia 8 programamos um galeto para juntar algum dinheiro e pagar esses compromissos.

• O que o senhor sentiu quando, de uma hora para outra, teve de interromper as atividades do Guarani?

Foi um desespero. A gente se perguntava, o que vamos fazer amanhã? Sem ter o encontro com as crianças, o treino de futebol que gostamos tanto. Às vezes os alunos vêm aqui na frente de casa, me chamam. Da janela eu atendo. As crianças querem saber quando volta, mas estamos de mãos amarradas.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Aceno para a competitividade

O

indicativo de reforma tributária apresentado pelo Executivo gaúcho vai ao encontro dos princípios defendido pelo mercado. Economistas, analistas inanceiros e o empresariado alertam sobre os efeitos nocivos do imposto sobre o consumo e sobre a produção. De como esse mecanismo reduz a competitividade dos empreendimentos estaduais.

Não só isso, o modelo tributário é um fator preponderante para manter a desigualdade social. O excesso de impostos trava o desenvolvimento econômico e dificulta o controle da inflação. Por consequência, torna ainda mais penoso e demorado o caminho para a recuperação econômica seja a gaúcha ou mesmo a nacional.

No RS, desde 2015 o ICMS bate nas alturas. É um dos estados com maior carga tributária. Modelo estabelecido pelo exgovernador José Ivo Sartori tinha o propósito de recuperar as inanças públicas para garantir o equilíbrio e a possibilidade de pagar os salários do funcionalismo.

Nenhum desses objetivos foi alcançado.

O governo mudou e o eleito Eduardo Leite prometeu rever a política tributária.

“O excesso de impostos trava o desenvolvimento econômico e diiculta o controle da inlação.”

Em entrevista concedida ao A Hora em janeiro de 2019, pediu tempo para reformular a política fiscal e garantiu que não manteria os 30% de patamar base do ICMS ao findar do segundo ano de gestão.

Ontem, o alto escalão do Piratini apresentou o conceito, a linha de pensamento para formulação dos projetos que chegarão na Assembleia Legislativa. Trata-se de um aceno para a competitividade. Menos tributos para quem produz e para quem compra.

Uma conta arriscada para um Estado falido, pois essa medida traz queda na arrecadação pública. Para compensar as perdas, pretende cobrar mais de quem tem mais, com um imposto sobre o patrimônio.

Esse é o momento para reformas estruturantes. A pandemia acelerou diversas mudanças no espectro social e seria contraproducente o setor público se manter alheio. Ainda assim, o trâmite burocrático no sistema democrático de representação impõe um tempo distinto em comparação com o segmento privado, onde as decisões são mais dinâmicas e reletem o momento.

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Prejuízos no Vale do Taquari passam de R$ 100 milhões Só em Encantado, projeção da ACI-E é de perdas de R$ 50 milhões para empresas da cidade.

Cruzeiro do Sul e Lajeado registram danos expressivos às margens do rio mateus@jornalahora.inf.br

DIVULGAÇÃO

OS PREJUÍZOS POR MUNICÍPIO NA REGIÃO (*)

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Arroio do Meio –

R$ 23 milhões Bom Retiro do Sul –

R$ 2,9 milhões Cruzeiro do Sul –

R$ 12 milhões Encantado –

MATEUS SOUZA

Encantado está entre os municípios que mais contabilizam estragos GABRIEL SANTOS

R$ 50 milhões Lajeado –

VALE DO TAQUARI

P

assada a enchente da última semana do rio Taquari, uma das maiores da história da região, é hora de iniciar a reconstrução. Dezenas de municípios foram afetados pela elevação das águas, desabrigando centenas de famílias e desalojando tantas outras, que, aos poucos, começam a voltar para casa.

Ao mesmo tempo, gestores, empresas, entidades e famílias estimam as perdas decorrentes da cheia. Os prejuízos, conforme levantamento feito pela reportagem do A Hora ontem, já passam dos R$ 100 milhões. O montante ainda não é deinitivo, pois alguns municípios informaram valores parciais, enquanto outros vão divulgar dados oiciais somente após a conclusão do balanço.

Só em Encantado, os prejuízos podem passar dos R$ 50 milhões nas empresas da cidade, segundo uma previsão feita pela Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E). “É uma estimativa, que pode ou não se con-

R$ 10 milhões Muçum –

R$ 10 milhões (*) Dados de Roca Sales e Taquari serão informados hoje. Estrela ainda não concluiu o balanço. A reportagem não obteve retorno da situação de Colinas OBS: Boa parte dos valores informados pelos municípios são parciais, como é o caso de Bom Retiro do Sul, ou estimados, caso de Muçum.

irmar. Muitas empresas tiveram prejuízos de estoque. izemos essa previsão justamente para se antecipar junto ao governo federal, buscando agilidade na liberação de crédito”, avalia.

Para o coordenador da Defesa Civil de Encantado, Diego Pretto, esse montante pode ser ainda maior. “Acredito que passe disso. Tivemos muitas casas daniicadas, quatro creches que tiveram um va-

União cria sistema para agilizar verbas

Em Lajeado, estimativa de prejuízos está em torno de R$ 10 milhões

lor considerável em prejuízos com mobiliário afetado”, comenta.

Os municípios preparam seus decretos de situação de emergência e esperam por um rápido reconhecimento do governo federal, para que se consiga a liberação de recursos.

Prejuízos às margens do rio Em Cruzeiro do Sul, segundo o secretário municipal de Agricultura, Gerson Kolling, os prejuízos chegam a R$ 12 milhões. A maior preocupação é com os deslizamentos às margens do rio Taquari.

“É a situação mais preocupante de todas, pois tivemos três pontos com desmoronamento. Mas também tivemos muitos prejuízos nos bairros, com casas daniicadas, e também em uma creche e numa escola municipal”, explica.

Situação semelhante vive Lajeado. Dos R$ 10 milhões contabilizados em prejuízos até o momento, segundo o prefeito Marcelo Caumo, metade é somente com estragos na barranca do rio. “Estamos montando os projetos. Tivemos reunião com a bancada gaúcha, onde apresentamos os estragos, que foram impressionantes”, relata.

Desde a noite de ontem, 4, municípios afetados pela enchente do Taquari devem pedir socorro ao governo federal em documentos oiciais encaminhados a Defesa Civil nacional. Com isso, as prefeituras terão acesso a recursos para amenizar prejuízos das cheias.

Esse foi o principal encaminhamento de reunião coordenada, na tarde de ontem, pelo deputado Giovani Cherini (PL) entre prefeitos, deputados da bancada gaúcha federal e representantes da Defesa Civil nacional e estadual.

A Defesa Civil abriu duas salas de bate-papo online, que funcionam 24 horas, a partir da noite dessa terça para auxiliar os pedidos de socorro. Com a escassez de recursos nas esferas municipal, estadual e nacional, é importante que os requerimentos sejam pontuais e certeiros, para correr menos risco dos trâmites burocráticos desacelerar o encaminhamento da verba.

FGTS a atingidos Durante a reunião, a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aos trabalhadores afetados pelas cheias foi conirmada pelo deputado Alceu Moreira, MDB. No entanto, a medida será realizada apenas quando as emergências forem aceitas pela Defesa Civil. Os gerentes da Caixa Econômica Federal do Vale do Taquari já foram notiicados. Os detalhes em relação a esses repasses serão informados pelo banco e o Ministério da Economia nos próximos dias.

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Respeitem a Defesa Civil RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Defesa Civil

Ontem, o subchefe da Defesa Civil do Estado, tenente-coronel Rodrigo Dutra, conversou por videoconferência com o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, o Secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, e o chefe da Defesa Civil local, Heitor Hoppe. Em debate, a interligação do sistema municipal com o Centro de Operações da Defesa Civil Estadual, em POA, que é conectado com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Lá, além das medições, há hidrólogos, geólogos, engenheiros e meteorologistas calculando dados de forma permanente.

Defesa Civil III

Sobre o evento da semana passada, Dutra informa que a Defesa Civil Estadual também emitiu uma série de alertas aos municípios do Vale do Taquari, e que trabalha constantemente com esse sistema de avisos. Em conversa com este colunista, ele demonstrou preocupação com municípios que se baseiam apenas nos dados da CPRM, mas fez um elogio à resposta da região à tragédia. “Não houve ação similar no Estado.” Ele se refere à remoção e demais cuidados das famílias atingidas. “A sociedade também está de parabéns”, reforça.

Defesa Civil II Defesa Civil IV Com essa interligação, o principal município do Vale do Taquari não dependerá apenas das medições e eventuais boletins emitidos pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, a CPRM. Segundo Dutra, e tal como a capital gaúcha, a região de Lajeado (o Coordenador da Defesa Civil de Estrela também participou da videoconferência) será enquadrada como Área de Risco Maior pela Defesa Civil Estadual. Com isso, os coordenadores municipais do sistema serão ainda mais abastecidos com dados técnicos e “oficiais”, alerta o tenente-coronel.

Dutra falou sobre a resistência de muitos moradores no momento da evacuação.

“Isso ocorre aqui, e também em qualquer parte do mundo. É complexo. As pessoas não acreditam, ou temem deixar suas casas. E não é crime permanecer dentro de casa. Não há tipificação para tal”, afirma.

Para amenizar os danos, ele reforça a necessidade de políticas públicas para evitar ocupações irregulares em áreas de risco, e também a realização de intervenções sociais em escolas e comunidades carentes, para trabalhar culturalmente o tema junto à população.

N

a quinta-feira passada, em meio à pior enchente dos últimos 64 anos na região, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul completou 50 anos de fundação. No Vale do Taquari, porém, não houve celebração. As minguadas equipes estavam exaustas e poucos lembraram a importante data. Muitos servidores não dormiram entre quarta e sexta-feira. Em Estrela, um dos responsáveis sofreu com a hipoglicemia. Diante deste quadro, é essencial debater, aprimorar e melhor acompanhar o sistema no âmbito municipal.

A enchente da semana passada nos expôs ao caos. E comprovou que nossos sistemas de alerta e monitoramento avançaram, sim, mas ainda estão aquém da expectativa e da necessidade do cidadão. Acima de tudo, os mecanismos não são infalíveis. Foi a maior enchente em 64 anos. E mesmo com todos os recentes avanços, e mesmo com toda a tecnologia e a nossa expertise regional, as seis décadas foram insuicientes para nos protegermos de forma mais adequada contra as cheias do Rio Taquari. E essa insegurança também passa pelo desprezo à Defesa Civil.

Até poucos anos atrás, o serviço da Defesa Civil era praticamente um trabalho voluntário no âmbito municipal. Ainda hoje, muitos prefeitos optam pela nomeação de correligionários em detrimento aos profissionais técnicos ou especializados na área – em alguns casos, vice-prefeitos ou secretários incorporam o cargo.

O mesmo costuma ocorrer no Setor de Trânsito. Nos últimos pleitos, a maioria dos candidatos não fez questão alguma de debater sobre o tema, mesmo quando provocados. Ora por desconhecimento, ora por desprezo, mesmo.

Em Lajeado, o plano de governo vencedor do pleito de 2016 ainda está disponível no site do TSE. E este documento, assinado pela coligação Juntos Podemos (PP, PSDB, PSD e PMN), não cita em momento algum as palavras “enchente” ou “inundação”, e tampouco “áreas alagáveis”.

Não há qualquer menção à Defesa Civil.

Próximo à água, apenas duas propostas: “Revitalização da praia do Rio Forqueta com Rio Taquari” e “Melhoria estrutural no Porto dos Bruda e imediações”. E só.

Não é essa a causa da tragédia. Foi um evento atípico, eu sei. Mas em nada ajuda descuidar do sistema. Com equipe reduzidíssima, e sem pessoas técnicas ou especializadas no comando, o sistema sofreu para receber, decifrar e retransmitir informações. Com equipe reduzidíssima, e sem pessoas especializadas no comando, o sistema não teve capacidade para cumprir à risca e a pleno os planos de contingência. À míngua, a Defesa Civil municipal fez o que pode diante das escolhas de quem a controla. Que sirva de lição!

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Famílias iniciam volta para casa Até a noite de ontem, 113 pessoas ainda permaneciam abrigadas no Parque do Imigrante.

Moradores contabilizam estragos MATEUS SOUZA

Empresários cobram melhor controle sobre cheias FÁBIO KUHN

Inundação causou prejuízos às empresas que ficam nas margens do Rio Taquari. Grupo liderado pela Acil se reúne hoje, a partir das 9h, com o governo municipal FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

LAJEADO

Terça foi intensa à família de Braz, que levou os móveis de volta para casa MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

H

á dois anos, Alexandre Miranda Braz mudou-se com sua família para uma casa na parte baixa do Centro de Lajeado, na área conhecida como Cantão do Sapo. Natural de São Miguel, interior de Cruzeiro do Sul, ele conhecia a realidade do bairro, uma das primeiras áreas afetadas por enchentes na cidade. Mas não esperava enfrentar, em pouco tempo, a maior cheia do século.

Depois de quase uma semana abrigados no Parque do Imigrante, Braz, enim, retornou para casa na manhã de ontem, aproveitando que as águas do rio Taquari baixaram. Ao chegar no local, se deparou com um cenário de devastação.

“A outra cheia que pegamos mal chegou no pátio. O quarto do ilho foi completamente afetado. Também tivemos perdas na cozinha e na sala. Tudo isso que está aqui na frente de casa são coisas que perdemos com a enchente”, relata Braz.

Sofá, colchão, cadeiras, armários e pneus estavam entre os objetos perdidos na cheia. A casa da frente, que estava abandonada após um incêndio, também icou completamente destruída pela cheia. “Estamos felizes por ter voltado. Devagar, vamos conseguindo as coisas aos poucos, se Deus quiser”, salienta Braz.

Na ila por nova moradia Débora Linhares da Silva não vê a hora de voltar para casa. Ontem, marido e ilhos iniciaram a limpeza da residência da família, na rua Carlos Spohr Filho. Será mais um

momento de reconstrução para quem mora há 38 anos no local.

A família está na lista de suplentes dos residenciais Novo Tempo I e II. É a esperança de conseguir uma moradia digna distante das cheias.

“Estamos desde o ano passado esperando. Ali onde estamos é muito bom de morar. Nem precisamos pegar ônibus. Mas chega uma hora que cansa enfrentar tantas enchentes. Cansei de comprar armários, roupeiro novo, cozinha. Tenho até tendinite de tanto fazer força carregando coisas”, comenta Débora.

Parque ainda tem 113 pessoas Dezenas de famílias retornaram para casa ontem. Permaneceram abrigadas no Parque do Imigrante 113 pessoas. Algumas devem voltar hoje às suas moradias.

Equipes da Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) começam hoje a fazer a transição do atendimento das pessoas desalojadas para a sede da Sthas. As pessoas atingidas pela enchente que necessitarem apoio poderão buscar ajuda no Parque do Imigrante e também na secretaria.

A partir de quinta-feira, o atendimento icará centralizado na Sthas.

A maior enchente dos últimos 60 anos desabrigou centenas de famílias e também trouxe prejuízos para empresas. Como o nível da água subiu muito rápido, muitas não tiveram como salvar equipamentos e produtos.

Para evitar novos episódios como o da semana passada, a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), junto com um grupo de sete empresários, se reúne na manhã de hoje com o prefeito Marcelo Caumo.

A associação quer respostas sobre os encaminhamentos da cidade para ampliar o sistema de monitoramento e cobrar para que o alerta seja mais eicaz. Em cima disso, o intuito dos empresários é melhorar a comunicação entre os setores de controle com a sociedade civil e empresas, para que seja possível ter mais tempo de ação antes da chegada da água.

Uma das empresas mais atingidas foi a STW Automação. A

Empresas que icam na rua Bento Rosa estão entre as mais prejudicadas

sede ica na rua Bento Rosa. “A água começou a chegar pouco depois das 15h. Começamos a levantar os equipamentos e produtos, mas foi insuiciente”, conta o diretor Ricardo Kober.

A organização trabalha com painéis eletrônicos para automação de indústria. Materiais que não podem pegar umidade e nem molhar.

“Ao que nos parece, as medições foram falhas. Como não tínhamos experiência com inundação, acabamos tendo um grande prejuízo.”

Encomendas que estavam prontas para a entrega foram perdidas. O muro e a cerca da empresa também caíram. Além disso, diversas máquinas foram daniicadas. No escritório, conta Kober, a água alcançou 50 centímetros.

Pelos cálculos preliminares, o prejuízo alcançou R$ 200 mil. “Se tivéssemos sido alertados antes, poderíamos pegar algumas carretas, carregar e salvar boa parte das máquinas, equipamentos e

produtos”, lamenta. Na avaliação dele, as empresas deveriam ser alertadas com no mínimo 12 horas antes do episódio.

Na sexta-feira da semana passada, o Grupo A Hora promoveu um debate com os prefeitos das maiores cidades atingidas pela enchente e também com a participação do pesquisador e professor do Departamento de Hidromecânica e Hidrologia da Ufrgs, Walter Collischonn.

Na ocasião, as autoridades municipais se comprometeram em criar uma comissão regional, unir entidades como a Univates, Codevat, Amvat e Famurs para a retomada do sistema de monitoramento iniciado por meio de recursos da Consulta Popular há cinco anos.

Também de buscar audiências com os órgãos responsáveis pelo monitoramento das situações climáticas para ter uma resposta sobre como ocorreu à análise dos dados sobre essa enchente.

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Especialistas defendem construções distantes do rio ALDO CÉSAR LOPEZ

COMO FUNCIONA O ZONEAMENTO:

Para reduzir impactos das enchentes, sistema de zoneamento das construções é apontado como saída adequada à realidade regional

Com base em critérios técnicos como profundidade e velocidade do rio, são determinadas três zonas. O sistema regra as ediicações que podem existir em cada área da cidade de acordo com risco.

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

ocorrência de duas enchentes seguidas em poucos dias, sendo uma delas a maior em décadas, alerta para a necessidade de a região pensar formas de reduzir o impacto de futuros fenômenos.

Ainda que o evento possam ser considerado atípico, cheias com algum impacto às cidades ocorrem no Vale do Taquari quase todos os anos. O desaio que se coloca é como a região que se desenvolveu ao longo do rio pode melhorar o convívio com o manancial e evitar prejuízos.

Especialistas ouvidos pela reportagem descartam obras estruturais, como a construção de diques e reservatórios, e sugerem medidas não estruturais para amortecer o impacto das enchentes. Entre elas estão a melhoria do sistema de monitoramento e alerta e a criação de diversos pontos de medição disponíveis à população em áreas alagáveis.

Professor da UFRGS e doutor em recursos hídricos e saneamento, Fernando Dornelles descarta os reservatórios, que são indicados apenas para bacias hidrográicas menores, e a construção de um

1ª Zona - passagem

Enchente histórica escancarou necessidade de melhorar sistema de prevenção

dique, que seria uma obra grande e custosa - ainal, o Taquari subiu cerca de 14 metros - e traria um impacto urbanístico grande.

Uma saída apontada pelo professor é o sistema de zoneamento, onde a cidade é demarcada e é deinido o tipo de construção permitida em cada área.

“Hoje em dia o que mais se busca é o zoneamento, deinir o que são zonas de passagem de cheia, onde não pode ter construções. E teria que ter um processo de adequação das ediicações que estão na zonas de restrição para o convívio com as cheias”, avalia.

Mais barato que dragas O geólogo Everaldo Ferreira, que já coordenou o sistema de monitoramento do Taquari,

aponta que cidades ribeirinhas mais antigas, como as europeias, aprenderam a conviver com seus rios afastando as edificações da margem, por meio de zoneamento. Ele cita Paris e Londres como exemplos de lugares onde as construções foram sendo distanciadas do rio, deixando as áreas alagáveis para atividades de lazer e convívio, como parques.

Ferreira reconhece que a medida não é simples, pois depende de um esforço conjunto da comunidade de do poder público. Além disso, seria necessária a remoção gradual das famílias que moram em áreas alagáveis. “É caro, mas não tanto como uma medida estrutural. Comprar terreno é mais barato do que botar dragas no Rio Taquari ou erguer um grande dique.”

de cheia: Na zona onde a água corre com velocidade.

Zona deve ser delimitada e proibidas as ediicações, inclusive com retirada gradual de famílias.

2ª Zona - uso restrito: Pode ter construções, mas com requisitos estabelecidos, como casas de dois pavimentos, com o segundo fora da cota de inundação. Não pode ter construções como escolas, sede dos bombeiros, Defesa Civil, ou locais públicos usados no atendimento a enchentes. Também não são permitidas atividades industriais que possam causar contaminação.

Agenda de Lives Quarta-feira, 15/07 19 HORAS BENEFÍCIOS DO SISTEMA DE FRANQUIAS EM UMA EMPRESA ESTRUTURADA O coordenador de franquias da Tomasi Logística, Christian de Souza, recebe o conslutor Júlio Augusto da Rocha, do Vant Group para discutir o tema • Onde: no instagram @ tomasilogistica.

Sexta-feira, 17/07 20 HORAS LIVE SOLIDÁRIA #RECOMEÇO A Rádio A Hora apoia a transmissão ao vivo do show do Tininho, vocalista do grupo de pagode “Nosso Jeito”. A live arrecada fundos para as famílias de Bom Retiro do Sul afetadas pelas cheias, e também, para a menina Lívia Teles, de Teutônia

Segunda-feira, 20/07 19 HORAS RELEVÂNCIA E VANTAGENS DO PLANEJAMENTO PATRIMONIAL FAMILIAR E SUCESSÓRIO Os advogados e presidentes do Núcleo do Vale do Taquari do Instituto Brasileiro do Direito de Família do Rio Grande do Sul, Braulio Dinarte da Silva Pinto e Liamara Reis debatem o assunto.

• Onde: No instagram @ ibdfamrs

3ª Zona - baixo risco: Áreas consideradas com risco mínimo de impacto em caso de cheias, onde não há restrição às ediicações em função de enchente.

Para divulgar atividades na Agenda de Lives do A Hora, envie informações para:

lives@grupoahora.net.br

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DETALHES

REFORMA TRIBUTÁRIA DO RS

“Conceito é coerente, mas quero ver levar adiante” Presidente do Codevat, a economista Cintia Agostini avalia a diretriz de pensamento que embasa a elaboração do pacote de revisão do modelo tributário gaúcho. Governo estadual apresentou ontem o caminho que norteia a elaboração dos projetos que serão levados à Assembleia Legislativa FILIPE FALEIRO

Na apresentação de ontem, o governo airmou: • É prioridade modernizar o sistema tributário; • A mudança é urgente e o tema está em voga para todo o país. O Estado, além de apoiar a reforma tributária nacional, antecipa as medidas no âmbito local; • A redução de alíquotas de ICMS no im do ano precisa de medidas inanceiras compensatórias, tendo em vista a fragilidade iscal do Estado, das prefeituras e a crise mundial.

Pilares da reforma • Auxiliar o equilíbrio: manter a arrecadação e buscar sustentabilidade iscal; • Tributar melhor: desenvolver o Estado, favorecendo os negócios, melhorar a competitividade, observar práticas internacionais e alinhar com a reforma tributária nacional; • Promover tributação mais justa: redistribuição mais equitativa da carga tributária do Estado e entre empresas e cidadãos.

Redução dos impostos sobre a produção e o consumo está prevista na reforma tributária estadual FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESTADO

A

s linhas gerais que embasam o pacote de medidas para a revisão tributária gaúcha foram apresentadas na manhã de ontem para deputados estaduais. O Executivo gaúcho considera as propostas como encerramento do ciclo de reformas iniciado em 2019.

Por meio de uma videoconferên-

cia, o governador Eduardo Leite e os secretários estaduais, discorreram por mais de duas horas para os deputados estaduais sobre o conceito das medidas.

Foi o primeiro encontro entre Piratini e Legislativo sobre o assunto. Na quinta-feira, uma nova reunião está marcada.

Na oportunidade, o governo gaúcho promete ser mais especíico sobre a elaboração dos projetos de lei.

Entre os fundamentos da reforma, está a ideia de reduzir impostos sobre a produção e o consumo, com maior tributação sobre o patrimônio. O governo gaúcho almeja cobrar menos das famílias de baixa renda, pelo fato do ICMS onerar quem tem menos dinheiro.

Para a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), a economista Cintia Agostini, essa

é o formato mais usual no mundo.

“O liberalismo defende esse tipo de conduta”, frisa.

De acordo com ela, é difícil fazer uma análise mais aprofundada neste momento, tendo em vista que não há detalhes de como essas mudanças serão feitas. Ainda assim, realça que o governador está cumprindo um compromisso assumido ainda durante a campanha. “Quando era candidato, airmou que reduziria o ICMS. Que iria voltar aos 17%. O governador sabe que o imposto sobre a produção e o consumo traz perda de competitividade ao RS.” A economista faz um alerta: abrir mão de receita do ICMS é um risco muito alto para o Estado que já vive uma crise iscal faz décadas. No início da gestão, o governador Eduardo Leite havia prometido que não renovaria a majoração do ICMS em 30%. A lei proposta pelo governador anterior, José Ivo Sartori, foi aprovada pelo parlamento em 2015 e perde validade no im deste ano.

O “supersecretário” Por de trás das diretrizes da reforma tributária está o secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Claudio Gastal.

Vindo do setor privado, implantou procedimentos organizacionais no setor público.

Para Cintia, ele sabe o peso da carga tributária para as empresas e à sociedade. E agora, em meio à pandemia da covid-19, mais do que nunca, a pressão por mudanças é mais contundente. “O governo se movimenta para dar respostas à população e ao empresariado, que está vendo seus negócios minguando há quatro meses.”

Revisão dos incentivos iscais As políticas públicas de concessões iscais para determinadas atividades econômicas são históricas no Brasil e no RS. Por vezes, as justiicativas de auxílio para algumas organizações em detrimento de outras ocasiona divergências entre os setores público e privado.

Na apresentação do Estado, esse modelo também será revisto.

“Tirar incentivos de alguns setores será bem difícil. De forma geral, o conceito é coerente, mas quero ver levar adiante.” Como exemplo de um erro governamental na concessão de benefícios foi a instalação da Lactalis em Teutônia.

“O antigo governo desonerou impostos da companhia estrangeira, que chegou para competir com as empresas gaúchas.”

Para ela, esse é um erro estratégico que deve ser evitado pela reforma tributária. Como ainda não há um texto sobre a matéria, outro aspecto importante para ser visto é o modelo de lei para atuação das cooperativas. Há benefícios legais instituídos para essas organizações, que por outro lado precisam cumprir com preceitos sociais envolvendo as famílias associadas.

Caso haja mudanças nas normas, realça Cíntia, as cooperativas podem perder competitividade no mercado. “Mas ainda não dá para airmar nada. De maneira geral, o tema reforma tributária é debatido faz anos, mas sem avanço. Ao que tudo indica agora teremos algo mais concreto. Se vai beneiciar ou não a nossa região, ainda é muito prematuro para dizer.”

A HORA | Quarta-feira, 15 de julho de 2020

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Movimento pede liberdade do trabalho em meio à pandemia DIVULGAÇÃO

Grupo formado em Santa Clara do Sul promoveu abaixoassinado e pretende levar reivindicação para a Assembleia Legislativa

CONTRAPONTO DO ESTADO Conforme a assessoria do Comitê de Dados do governo do RS, o sistema de Distanciamento Controlado serve para possibilitar a continuidade da atividade econômica sem o risco do chamado “lockdown” (fechamento completo).

A assessoria destaca o número de óbitos no RS abaixo da média brasileira. O estado registra 1.060 mortes. Se acompanhasse a média nacional, seriam 4 mil, sustenta o governo.

Abaixo-assinado foi apresentado em sessão da câmara na semana passada

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

SANTA CLARA DO SUL

R

espeitar os protocolos de higienização e distanciamento social, mas continuar trabalhando. Essa é a reivindicação de um grupo denominado Movimento Popular, em Santa Clara do Sul. Formado por proissionais de diversas áreas, eles criticam as restrições econômicas promovidas pelo Modelo de Distanciamento do RS e pedem a “preservação de direitos e de empregos”.

O movimento iniciou faz cerca de uma semana, quando integrantes do grupo conversavam informalmente sobre as diiculdades em meio à pandemia do coronavírus. “Nossa crítica é a generalização. Como vou dizer que meu trabalho não é essencial se comparado com o de um farmacêutico, se também preciso do emprego?”, argumenta um dos representantes do grupo, Tiago Schorr.

Em dois dias da semana passada, o grupo juntou 428 assinaturas para um abaixo-assinado – a maioria de moradores de Santa Clara do Sul. No documento, destacam

insatisfação com decisões tomadas pela “Câmara de Deputados, Senado, STF e governo do Estado” que tiram “direitos do povo”.

Para Schorr, a adesão mostra o descontentamento da população sobre a forma como o governo estadual conduz as estratégias contra a pandemia.

Apoio na câmara Integrantes do movimento popular participaram da sessão da câmara de vereadores de quartafeira, 8. Na tribuna, Schorr expôs o abaixo-assinado e pediu o im do “abre e fecha” do comércio, assim

Câmara protela votação de auxílio a desalojados DIVULGAÇÃO

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

Os impactos das duas enchentes da semana passada pautaram boa parte dos discursos dos vereadores na sessão de ontem. A maioria das falas foi crítica à capacidade de resposta do poder público ao fenômeno. Dois vereadores defenderam a nomeação de técnicos para a coordenação da Defesa Civil. “É uma indicação política. É uma pessoa formidável, mas, assim como eu, não entende nada de enchente”, airmou Ederson Spohr (MDB).

Waldir Bau fez coro à crítica. Ele defendeu ainda que o município distribua materiais de construção para as família que tiveram suas casas afetadas pela enchente, mesmo as localizadas em áreas de risco.

Parte dos parlamentares criticou as projeções equivocadas em relação ao tamanho da cheia. “Na era da tecnologia é quase inadmissível aceitar uma previsão tão diferente do que ocorreu”, airmou Neca Dalmoro (MDB).

Para Nilson do Arte (PP), as informações fornecidas pelo Serviço Geológico Federal não ajudaram na resposta à crise. “Se a pre-

Cheias dos últimos dias predominaram o debate na sessão de ontem

feitura tivesse agido conforme a CPRM, não teria tirado ninguém.

Se o Heitor Hoppe tivesse números eicientes na mão, teria agido com eiciência”, defendeu.

O vereador Ernani Teixeira (PP) descartou explicações técnicas e apelou à religião. “Não é só hoje nem é por causa dos prefeitos anteriores que Lajeado é contemplada com enchente. Quem conhece a bíblia, por fora ou por dentro, sabe que isso vai vir”.

Plano Diretor Fabiano Bergmann (PP) chamou atenção para o Plano Diretor.

De acordo com o vereador, há propostas de liberação de loteamentos em áreas do bairro Carneiros que teriam sido atingidas. “Vamos ter

muita cautela, caso o vereador não retire a votação. Teremos de discutir mais, em função do que ocorreu na nossa cidade”, airmou.

Bergmann pediu um prazo de discussão maior para o plano, que tem votação marcada para 4 de agosto.

Verba adiada A mesa diretora apresentou uma resolução para devolver ao Executivo o valor de R$ 1,6 milhão para os prejuízos das enchentes. Houve debate acalorado. Waldir Blau e Paulo Tori (ambos do MDB) foram contra a votação. Eles questionaram a destinação dos valores e o curto tempo para debate. Presidente em exercício, Sérgio Kniphoff (PT) retirou o requerimento.

Para a assessoria do Comitê de Dados, o sistema de monitoramento permitiu a estruturação do sistema de saúde, tanto que nenhum paciente da covid-19 deixou de ser hospitalizado no período da pandemia, informa.

A assessoria também defende que o modelo é inovador e necessita de ajustes que estão sendo realizados durante o processo de distanciamento.

como o incentivo do trabalho.

Presidente do Legislativo, Márcio Haas destaca que os vereadores se sensibilizaram com a causa. “Hoje se perde um emprego, amanhã outro. Esse movimento está preocupado com isso. Tem a covid-19, mas o abre e fecha pode ser pior”, analisa.

Uma moção de apoio ao movimento deverá ser votada na sessão de hoje, informa Haas. Se aprovada, a moção deverá ser encaminhada para outras câmaras da região e deputados estaduais.

Conforme Schorr, objetivo do movimento popular é que o tema seja tratado na Assembleia Legislativa.

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A HORA | Quarta-feira, 15 de julho de 2020

ENSINO PÚBLICO NO VALE

Cerca de 77% dos alunos usam plataforma digital Acompanhamento da rede estadual do Vale tem adesão maior do que a média estadual.

Por outro lado, análise prévia das atividades mostra percentual baixo de entrega dos trabalhos por parte dos estudantes FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

U

ma nova etapa do modelo de ensino durante a pandemia começa nas escolas estaduais. Após três semanas de treinamentos, cadastros de professores e alunos, a plataforma “Google Classroom” passa a ser usada para aulas e envio de atividades.

Algumas escolas da região começaram essa a usar essa ferramenta e já conseguem uma prévia da participação dos estudantes. Os dados sobre acessos e entrega dos trabalhos são tabulados por disciplinas, turmas e escola para depois ser repassado à análise da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

De acordo com a CRE, do total

de 20.738 alunos matriculados nas 89 escolas estaduais do Vale, 16.028 (77%) estão cadastrados no sistema. Para alcançar esse índice, superior à média estadual, diz a coordenadora de Educação, Cássia Benini, os professores e diretores izeram diversos mutirões para auxiliar os alunos e garantir o acesso à plataforma.

Na outra ponta, as escolas não conseguiram chegar para 4.707 (ou 23%) estudantes. Para estes, os colégios disponibilizam os conteúdos de maneira impressa. Conforme Cássia há uma busca ativa para ampliar o número de alunos logados ao sistema. “Estamos satisfeitos, pois estamos chegando para mais estudantes do que a média estadual, por outro lado, queremos mais.”

Chegar a 100% dos alunos é quase impossível, reconhece a coordenadora. Entre os motivos estão diferenças socioeconômicas das famílias e até o alcance dos sinais de telefonia. “Temos índices baixos em escolas pontuais. Algumas por estarem em locais de vulnerabilidade social e outras mais afastadas dos centros urbanos.”

Para chegar a mais lares, o governo do Estado pretende inalizar essa semana o processo para contratação de uma operadora de internet às comunidades escolares. Essa empresa irá fornecer acesso à plataforma “Google for Education”

CADASTROS NO GOOGLE CLASROOM NÃO LOGARAM:

LOGARAM:

16.028

4.707

TOTAL DE ALUNOS:

20.735

cado a volta das aulas. Foram ouvidas 1.520 entidades representativas. Espera-se para esta semana o resultado da pesquisa.

Aumento da evasão

Mais de 4,7 mil alunos não estão cadastrados na ferramenta de aulas digitais

para todos os alunos matriculados na rede pública estadual.

Aulas presenciais

Análise permanente

Em reunião das coordenadorias de Educação com o secretário estadual Faisal Karam, foram apresentados os comitês educacionais de cada instituição de ensino. Essas organizações serão responsáveis de elaborar os planos de contingência das escolas.

Depois disso, diz Cássia, equipes de saúde do estado passam a avaliar a possibilidade de uma retomada gradativa e escalonada das aulas presenciais.

“A escola não será a mesma. Sabemos disso. Não será possível ter todos os alunos juntos. Por enquanto não temos previsão de retomada”, realça Cássia.

O governo estadual abriu uma consulta para a população votar em qual cenário seria mais indi-

Diretores, professores e coordenadoria fazem reuniões semanais para análise do funcionamento das atividades virtuais.

Além disso, há o monitoramento por parte da CRE das aulas e trabalhos oferecidos aos alunos.

Nesta semana, conta Cássia, as escolas entregam os relatórios de participação. À priori, os alunos estão recebendo os materiais, mas a entrega está abaixo do esperado. “A rede de ensino do Vale tem conseguido se adaptar.

Agora os conteúdos têm chegado aos alunos só que os professores relatam que não voltam”, airma a coordenadora.

O Colégio Castelo Branco, de Lajeado, é a maior escola pública da região. São quase mil alunos matriculados. Entre 70 a 75% izeram o cadastro na ferramenta digital, airma o diretor Marcos Dal Cin. As atividades começaram a ser enviadas na segunda-feira da semana passada, conta. Pela análise inicial, pouco mais de 50% dos alunos entregaram os trabalhos.

Houve também aulas por videoconferência dentro da plataforma digital. “É algo novo para alunos e professores. Neste início, é normal que existam diiculdades”, realça.

O menor percentual de entrega está nos anos iniciais do Ensino Fundamental e nas turmas do noturno. “São dois extremos. Primeiro os mais jovens, que chegaram a pouco no colégio e do outro alguns com 17, 18 e 19 anos, que já trabalham. Neste caso, o estudo ica em segundo ou terceiro plano.”

Nas reuniões entre professores e diretores, uma preocupação crescente é justamente com a evasão desses alunos. O momento de pandemia, a preocupação com o sustento ou ajuda inanceira às famílias afasta esses jovens da escola. “Nosso temor é que na volta às aulas, esses alunos abandonem a escola”, estima o diretor.

Professora de Mato Leitão é inalista de prêmio nacional DIVULGAÇÃO

LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

MATO LEITÃO

O projeto “As Surpresas dos Buracos: a vida e as Potências das Minhocas”, desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Vó Olga no primeiro semestre do ano passado, com alunos do nível 4 A, concorre ao prêmio nacional “Educador Nota 10”. A professora da turma e coordenadora do projeto, Chalimar da Rosa, é uma das 50 inalistas da premiação. A classiicação inal, que seleciona apenas 10 projetos, deve ocorrer ainda neste mês.

O “As Surpresas dos Buracos” surgiu a partir de uma formação pedagógica chamada União faz a Vida, com proissionais do Sicredi, Vale do Rio Pardo, e da Univates, que propôs saídas investigatórias com os alunos. Conforme Chalimar, em uma destas saídas, as crianças perceberam buracos na terra. “Uma das perguntas foi: ‘Existe vida ai dentro, professora?’”, relembra.

O projeto surgiu a partir dos questionamentos dos alunos. Chalimar conta que as minhocas foram levadas para a sala de aula e foram estudadas de forma lúdica. “Desenvolvemos um habitat e alimentamos elas con-

forme era necessário”, explica.

No mesmo período, a instituição também desenvolveu uma horta. .

“Presenteamos a horta com nossa terra fértil com minhocas. Desenvolvemos nas crianças o pensamento de cooperação”, avalia. O projeto também contou com o apoio dos pais dos estudantes e das colegas Marieli Fagundes, Juliana Lizardi e da estagiária Patrícia Pilz.

Para Chalimar, estar entre os inalistas é gratiicante. “Percebemos e sentimos os desaios da categoria no cenário nacional e estadual. Sinto que o prêmio é uma forma de valorizar a educação,

além de provar que é possível transformar por meio dela”, avalia.

O prêmio ‘Educador Nota 10’ contempla iniciativas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os 50 inalistas já receberam certiicação e uma assinatura digital da revista Nova Escola para o período de um ano.

Os 10 inalistas do prêmio recebem uma quantia em dinheiro que contempla o professor e a escola.

Conforme Chalimar, entre os 10, ainda é escolhido o ‘Educador do Ano’, que recebe mais um valor referente a premiação especial.

Alunos estudaram minhocas de forma lúdica e entregaram animais à horta da escola

A HORA | Quarta-feira, 15 de julho de 2020

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Incêndio teria sido provocado para ocultar triplo homicídio GABRIEL SANTOS

Projétil achado no corpo de uma das vítimas reforça suspeitas da Polícia Civil de que fogo foi provocado de forma intencional

amigos de Sinésio.

Na autópsia dos corpos carbonizados, os peritos encontraram um projétil de pistola calibre 380 na cervical de Mirela. Já em Sinésio e Leandro, não foi possível constatar a causa da morte. “Não sabemos se eles foram baleados.

Apenas há suspeita de que um deles tivesse sido alvejado, devido ao estado dos corpos”, descreve o delegado.

Dinarte acredita que o incêndio tenha sido provocado de forma intencional, com o uso de algum combustível. Um veículo Corsa, usado por Leandro, também foi atingido pelas chamas.

GABRIEL SANTOS gabriel@jornalahora.inf.br

CRUZEIRO DO SUL

O

incêndio na última quinta-feira, dia 9, que deixou três mortos em São Miguel, interior de Cruzeiro do Sul, ainda é cheio de mistérios. As vítimas foram identiicadas como Sinésio Ghillardi, 29, que era o caseiro do local, e o casal Mirela da Silva e Leandro Arruda, que moravam no galpão há seis dias.

Vizinha de Sinésio, Rita de Cassia Martins percebeu o sinistro por volta das 19h. Foi ela quem resgatou o ilho de 4 anos do ca-

Ocultação de cadáver Incêndio ocorreu na quinta passada. Impactos da enchente prejudicaram acesso do Corpo de Bombeiros

sal, que estava em uma residência próxima do galpão. Com a estrada alagada em função da cheia do rio Taquari, o Corpo de Bombeiros teve diiculdades para chegar até o local e combater o incêndio.

As circunstâncias em que os corpos foram encontrados geram dúvidas na polícia, que não descarta a possibilidade de um triplo ho-

micídio. Essa é uma das linhas de investigação do delegado responsável pelo caso, Dinarte Marshall Júnior. “Atearam fogo no galpão para esconder os corpos das vítimas”, suspeita.

Os três corpos foram encontrados por populares em uma sala dentro do galpão de alvenaria e madeira, um dia após o incêndio.

O que se sabe até o momento Silvana Machado, 50, é a proprietária do local e já foi ouvida pela Polícia Civil. Foi ela quem contratava Sinésio para cuidar do espaço junto com a esposa.

Mirela e Leandro Arruda residiam no galpão de favor e eram

Para Dinarte, não haveria motivos para as vítimas permanecerem no galpão em chamas, pois as portas e janelas eram de fácil acesso. A perícia também constatou que o fogo teria iniciado próximo aos corpos, o que reforça o indicativo de que alguém tentou escondê-los. O projétil no corpo de Mirela reforça essa suspeita.

O inquérito ainda está aberto.

PRF apreende mais de R$ 1 milhão na BR-386 Um Toyota Corolla, com placas de São Paulo, foi abordado em Montenegro. É a segunda grande apreensão de dinheiro sem procedência em rodovias gaúchas nos últimos dias ESTADO -

Na manhã dessa terça-feira, dia 14, na BR-386, em Montenegro, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de um milhão de reais

sem comprovação de origem que estava sendo transportado por um homem, em um Toyota Corolla.

Durante ação de combate ao crime, os agentes federais abordaram o veículo, com placas de São

DIVULGAÇÃO

Paulo. Ao realizarem a vistoria , os policiais veriicaram que havia uma enorme quantidade de dinheiro dentro de uma bolsa e em algumas caixas.

Como o homem não comprovou a procedência dos valores, ele foi encaminhado à polícia judiciária local, com a quantia apreendida.

Já são mais de R$ 13 milhões sem procedência apreendidos pela PRF em rodovias do Rio Grande do Sul em 2020.

OBITUÁRIO CLARICE MARIA FERRARI, 68 anos, faleceu ontem em Encantado. O velório será realizado hoje a partir das 7h, na igreja da Comunidade da Barra do Guaporé. O sepultamento está marcado para às 11h, no Cemitério da Barra do Guaporé.

NELSON STUMM faleceu em Lajeado. O sepultamento foi realizado no Cemitério Municipal do Florestal.

ROVANI GIOVANELLA faleceu em Lajeado. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Florestal.

Para informar falecimentos, contate o A Hora

WALMOR QUINOT, 78 anos, faleceu no Hospital de Cruzeiro do Sul. O sepultamento foi realizado no Cemitério Evangélico Sampaio de Mato Leitão.

EVERTON SILVA ARAÚJO faleceu em Estrela. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Novo Paraíso.

EGIDIO ADELINO KRONBAUER, 73 anos, faleceu no Hospital de Estrela. O sepultamento foi realizado no Cemitério Católico de Boa Esperança Alta.

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200

• E-mail: editor@jornalahora.inf.br

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A HORA | Quarta-feira, 15 de julho de 2020

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A HORA | Terça-feira, 15 de julho de 2020

Cruzadas

Resumo da novela Fina Estampa

Griselda oferece dinheiro para Íris revelar o segredo de Tereza Cristina

www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Passo óleo Classificação indicaOsparques tiva de filmes infantis Agitação quevisitam Animal coausente na mo Bambi (?) vivo, objeto de calmaria pequenas (Cin.) cidades estudo da Biologia

ProfissioDiz-se das nal que apessoas companha marginali- o cirurgião zadas socialmente Agir como a vidente

Área de suporte de informática (sigla)

Tipo de caixa de transmissão de carros Publicação científica Local do happy hour

Fazer retumbar (som) Estrela dos 15 anos Imperador romano

Certa régua usada em desenho

(?) Vargas: 1930 a 1945 (Hist.)

(?) falho: expressa desejo oculto

Griselda tenta argumentar com Renê, mas ele não a perdoa. Pereirinha e Enzo estranham a quantidade de malas de Teodora. Tereza Cristina acredita que Griselda conheça seu segredo. Chiara procura Letícia.

Renê e Tereza Cristina se preocupam

com o sumiço do filho. Tereza Cristina suspeita que o amigo secreto de Crô ainda esteja vivo. Beatriz ameaça contar para Esther sobre sua filha, e Danielle se desespera. Griselda oferece dinheiro para Íris revelar o segredo de Tereza Cristina.

Modo de funcionamento comum em máquinas de café expresso modernas

Fazero(?), decisão natural da pessoa honesta

Por (?): neste momento LLL

Membros acessórios do pinguim Demarcação do raio Escura; caliginosa

Transporte mais usado em favelas (pl.)

Capital potiguar O desafiante, no boxe

A era das discotecas

Direção apontada pelabússola (abrev.)

HORÓSCOPO LIBRA: Seu lado solidário e prestativo fica mais evidente e as coisas devem fluir de acordo com as suas expectativas.

TOURO: Touro, o dia de hoje não merece palmas, merece o Tocantins inteiro, minha filha!

ESCORPIÃO: Hoje a Lua finaliza seu rolê por Touro, seu signo oposto, e forma aspectos maravigolds com os astros.

GÊMEOS: Gêmeos, meu cristalzinho, hoje a Lua atravessa o terceiro decanato do seu inferno astral, só que não vai dar ruim, não.

SAGITÁRIO: Se depender dos astros, você terá ótimas oportunidades nesta quarta-feira: pode dar um up nas suas finanças.

CÂNCER: Se depender das energias astrais que chegam do céu, hoje você vai ficar mais perto dos seus sonhos.

CAPRICÓRNIO: As energias que fluem hoje do céu serão generosas para o seu signo e vão favorecer você em vários sentidos.

LEÃO: Hoje os astros vão despejar excelentes vibrações em seu Horóscopo e avisam que você está com tudo.

AQUÁRIO: A Lua fica numa boa com vários astros hoje e anuncia um período muito benéfico para os seus interesses.

VIRGEM: Sua estrela vai brilhar e os astros garantem que você terá sorte em vários setores da sua vida.

PEIXES: Hoje as estrelas estão de ótimo humor e o cenário que se forma no plano celeste é dos mais favoráveis para você.

Encontra casualmente (pop.)

Cartilha de alfabetização

Portal de vagas de empregos Burro, em inglês A peça de museu

Imbecil; ignorante Louco, em inglês

Tipodeaçúcarquecontém micronutrientes Instrumento do exame de colonoscopia

Denominador de uma fração (Mat.) Eliane Giardini, atriz paulista

Forma do olho mágico

Material de telhas (símbolo)

Condição de Anastácia (Rel.) (?) déco, estilo arquitetônico Que se dedicam a uma causa

L I S I V ER R A E B U A T A R O S M A T A S E T N E I A B C E R A O E S C G A J

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U I N V A N T E S O A T D E C R T O U I M OT O E N A N O S T OP A A N D E M S O N DA A R T E N V E I S E T I N A I S T A N TE O E M E R A E T A DE L N C E N T A S E P A S S R A U A A L R A V A A D O S

Solução

BANCO

3/art — ass — mad. 4/sine. 5/sonda. 8/demerara. 9/tenebrosa.

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Quarta-feira, 15 de julho de 2020

DUPLA GRE-NAL

AGENDA DO

TREINO COLETIVO MARCA A VOLTA DE RODRIGO DOURADO RICARDO DUARTE/DIVULGAÇÃO

ATLETAS GREMISTAS TESTAM POSITIVO PARA COVID-19

Inter e Grêmio trabalham visando a volta do Gauchão na próxima semana CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Internacional avança na preparação para a retomada do Gauchão.

Na manhã de ontem, o técnico Eduardo Coudet comandou atividade técnica no CT Parque Gigante. A grande novidade foi o retorno de Rodrigo Dourado aos treinos coletivos.

Recuperado de um edema ósseo no joelho esquerdo, o volante participou normalmente do treinamento. Dourado não atua pelo Colorado há mais de um ano.

A expectativa é de que ele possa ser liberado para voltar aos gramados ainda no Gauchão, mas o clube evita dar um prazo especíico para o retorno. Após passar por duas artroscopias, o jogado só vol-

Rodrigo Dourado não atua pelo Internacional há mais de um ano

tou a trabalhar com bola em maio.

Há uma semana do retorno, que será marcado logo com um Clássico Gre-Nal, os atletas realizaram uma série de trabalhos com cam-

po reduzido. O elenco colorado volta a treinar na manhã de hoje e na tarde de amanhã. A sexta-feira será de folga, com mais dois treinos no im de semana.

SÉRIE A

CBF DIVULGA CALENDÁRIO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

O Tricolor confirmou dois casos de jogadores infectados pelo novo coronavírus. O clube afastou os atletas, que estão assintomáticos, e não divulgou o nome dos mesmos.

A bateria de exames ocorreu antes da primeira atividade com permissão para contato físico no estado. Desta vez foram feitos 79 exames. Ao todo, o Grêmio já realizou 487 testes entre funcionários e atletas.

Dos dois casos, um não era novidades para o clube e estava afastado desde a semana passada. O outro jogador infectado passou por novos testes e iniciou o período de isolamento.

Perguntado sobre quem seriam os atletas e se seriam baixas consideráveis para o técnico Renato Portaluppi, o médico do Grêmio, Márcio Dornelles, disse que os atletas não são jogadores da linha de frente e que provavelmente não seriam utilizados.

rer no dia 24 de fevereiro de 2021.

O Grêmio estreará em casa contra o Fluminense, enquanto que o Inter enfrentará o Coritiba, fora de casa.

O Clássico Gre-Nal do primeiro turno acontecerá no im de semana de 3 e 4 de outubro, na Arena. O do returno, no Beira-Rio, será disputado apenas em 23 ou 24 de janeiro.

As seis rodada iniciais serão disputadas logo no primeiro mês, com as equipes encarando uma maratona de jogos e entrando em campo duas vezes por semana. A exceção ica por conta do dia 26 de janeiro, onde a entidade priorizará os duelos de volta da terceira fase da Copa do Brasil.

CAMPEONATO CARIOCA 21h

Flamengo

x Fluminense

CAMPEONATO CEARENSE 16h

Ferroviário

22h30min Ceará

x Caucaia x Fortaleza

CAMPEONATO INGLÊS – 1ª DIVISÃO 14h

Bunrley

14h

Manchester City x Bournemouth

14h

Newcastle

16h15min Arsenal

x Wolves

x Tottenham x Liverpool

CAMPEONATO INGLÊS – 2ª DIVISÃO 13h

Brentford

x Preston

13h

Bristol City

x Stoke City

14h

Birminghan

x Charlton

14h

Nottingham

x Swansea

1ª RODADA 8, 9 E 10 DE AGOSTO Flamengo x Atlético-MG Botafogo x Bahia

ITALIANO

Palmeiras x Vasco da Gama

14h30min Milan

x Parma

14h30min Bologna

x Napoli

14h30min Sampdoria

x Cagliari

16h45min Roma

x Verona

16h45min Lecce

x Fiorentina

16h45min Sassuolo

x Juventus

16h45min Udinese

x Lazio

Santos x Bragantino A Confederação Brasileira de Futebol divulgou ontem a nova tabela básica do Campeonato Brasileiro de 2020. Devido à paralisação do calendário nacional, por conta da pandemia do coronavírus, icou estabelecido que o campeonato iniciará no im de semana de 8 e 9 de agosto. A rodada inal está prevista para ocor-

FUTEBOL

Corinthians x Atlético-GO Grêmio x Fluminense Sport x Ceará Coritiba x Internacional Fortaleza x Athletico Goiás x São Paulo

A HORA ESPORTE | Quarta-feira, 15 de julho de 2020

15

VOO LIVRE

VALE DO TAQUARI É REFERÊNCIA NO ESPORTE DIVULGAÇÃO

Com quatro rampas, a região recebe praticantes de diversas cidades do Rio Grande do Sul EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

C

om etapas decisivas dos principais campeonatos de voo livre do estado e região sul, o Vale do Taquari vem se tornando referência na prática do esporte. Com quatro rampas, a região recebe dezenas de praticantes de diversas cidades do sul do país.

Fundado em 1997 por um grupo de amigos, admiradores de voo que criaram a Associação Vale do Taquari de Voo Livre (AVTVL).

Eles foram até a cidade de São Vendelino, na Serra, para aprender a arte do voo livre. Segundo Anderson Bruch, tesoureiro da entidade, os pilotos desbravaram a região em busca de lugares para praticar o esporte.

Atualmente a AVTVL possui 70 associados de diferentes cidades do Rio Grande do Sul. “Muitos pi-

lotos se atraem pela nossa região por causa dos voos de longa distância.” Bruch conta que além do clima, a região dos Vales tem uma maior liberdade no espaço aéreo.

RAMPAS Atualmente o Vale do Taquari conta com rampas em Encantado, no Morro do Paraglider. O local possui duas rampas, uma para saltos lestes e outro para saltos sul. Em Roca Sales existe a rampa norte, enquanto que na Lagoa da Harmonia ocorrem os saltos oeste. “Essa rampa é muito bonita e boa para voos de longa distância.

A rampa de Teutônia tem uma geograia muito própria e boa. Dali dá para se fazer grandes voos”, conta.

Por falar em longas distâncias, Bruch destaca que a temporada de voos longos é de outubro a abril.

Ele acredita que a maior distância já percorrida após um salto no Vale foi de 246 quilômetros. O piloto comenta que de maio a setembro ocorre a temporada de voos locais, onde são usadas a cordilheira e a geograia do local.

EVENTOS Todos os anos o Vale do Taqua-

ri recebe etapas do Campeonato Gaúcho. No começo de 2020, Encantado sediou uma etapa do Sul Brasileiro que recebeu mais de 100 pilotos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Atualmente, a diretoria da AVTVL trabalha para receber uma etapa do Campeonato Brasileiro. “Isso vai trazer muitos benefícios na questão de turismo, além de dar uma visibilidade e divulgação melhor ao esporte.”

PARA O INÍCIO NO ESPORTE Bruch relata que o Vale do Taquari conta com uma escola de voo que é a Latitude 29. Quem tiver interesse pode entrar em contato pelas redes sociais da entidade. “Vamos orientar melhor as pessoas a respeito de aulas, voos duplos e como iniciar na atividade.”

O piloto comenta que os alunos passam por aulas teóricas e práticas até fazer o primeiro voo solo monitorado. “Quem decidir por esse caminho vai se realizar muito. É um prazer, uma situação indescritível, só quem voa para poder explicar.”

Atualmente a AVTVL possui 70 associados no Rio Grande do Sul

ENTREVISTA

“A ADRENALINA E UMA SENSAÇÃO BOA TOMAM CONTA DA GENTE” Tesoureiro da AVTVL, Anderson Bruch relata como iniciou a paixão pelo voo e dá dicas para quem quer iniciar no esporte

• Como você descobriu o voo livre?

Anderson Bruch – Desde pequeno fui atraído por esportes. Sempre tive o sonho de pular de paraquedas, de voar, o velho sonho de criança de ver passarinhos e voar igual. Certo dia fui fazer um passeio na praia com um amigo e ele levou o parapente. Eu nem sabia que existia no Vale do Taquari. Ele me apresentou o Ricardo Majolo para fazer o voo duplo e no momento que a gente aterrizou, me encantei pelo esporte e pedi para começar as aulas. É algo fascinante. Dali para frente aumentou a vontade de estar no ar.

SOLIDARIEDADE

ESCOLINHA PROMOVE VAQUINHA VIRTUAL A Escolinha CFM Centro Esportivo juntamente com os atletas Ronei Gebing, Guilherme Dal Pian e Paulo Henrique Gianezini realizam uma ação solidária para a arrecadação de fundos para ajudar os afetados pela maior enchente da história

de Encantado.

A parceria entre escolinha e atletas sorteará cinco camisetas doadas pelos atletas. Serão duas da Chapecoense, uma do Lajeadense, uma do Veranópolis e uma do Criciúma. Cada R$ 5 depositados dão

• Qual o voo mais marcante que você fez e porque?

Bruch – Acho foi o primeiro, pois você ica naquela tensão. Quando tu chega lá em cima, tu pensa: nossa o que estou fazendo? Até o momento que você quebra aquele momento de tensão, decola e sai voando. A adrenalina e uma sensação boa tomam conta da gente. Depois vieram outros, quando a gente vai aprendendo manobras e habilidades do voos.

• Quais são os principais riscos de voar?

Bruch – É um esporte radical que existe riscos. A gente tenta diminuir eles se preparando, fazendo

direito a um número.

Para participar do sorteio, deve ser depositado o valor desejado na conta do CFM no Banco Sicredi. Agência: 100; Conta: 1 0136 95389-6; CNPJ: 07.229.500/000149. Após o depósito, deve ser enviado o comprovante para a página do CFM Centro Esportivo no Instagram ou Facebook. Logo após a conirmação do depósito será dado o número para participar do sorteio. O sorteio será realizado no dia 19 de julho.

cursos, praticando, só dessa maneira você reduz o risco do esporte. Assim como em todos os outros esportes existem os riscos, no nosso também existe. Se você estiver preparado para fazer, estará fazendo de maneira consciente, fazendo com que esses riscos sejam anulados. Temos equipamentos de segurança que em alguma eventualidade pode ser usado. Para perder o medo é só indo até a rampa e fazendo um voo duplo com alguém preparado. Essa é a melhor maneira de quebrar o tabu e medo, sabendo que a pessoa que vai fazer é bem habilitada para fazer ele. Ele vai escolher o melhor momento para a pessoa fazer esse voo.

Quarta-feira, 15 de julho de 2020

MÍN: 01º MÁX: 15º

O tempo irme e ensolarado.

Faz muito frio no começo do dia e poderá ter ampla geada em quase toda a Região.

EM PROL DO LAJEADENSE

CAMPANHA ATINGE META INICIAL ARQUIVO A HORA

EMPRESAS PARCEIRAS

Torcedores conseguiram arrecadar todos os mantimentos para a produção dos 1,5 mil cachorros-quentes

Pães: @Café By Chapola, Fruteira da Hidráulica, Padaria Pão Quente, Padaria Delícia e Sabor, Padaria Schu e Padaria Doce Mania; Salsicha: Carli Klepker, Açougue do João, Airton Kappes, Ilvo Persch, Zé Potoca, Leandra De Nez e Lorensini Vidros.

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O

primeiro objetivo da torcida organizada Fiel Alviazul foi alcançado ontem. Por meio de doações, conseguiram arrecadar todos os mantimentos para a produção dos cachorrosquentes. A ação solidária ocorre no dia 8 de agosto.

O produto está à venda por R$ 10 no Tonho Automóveis, Cascão Esportes, Estofaria do Fabiano, Pizzaria Da Hora, Açougue do João e @Café By Chapola. A re-

Batata palha: Tigrão, Q10 Arroio do Meio e um empresário que não quis aparecer; Azeite: Tigrão e Nenê Desde o início do ano, torcedores do Lajeadense fazem ações para deixar o Estádio Alviazul em dia

tirada será no dia 8 de agosto, a partir das 11 horas na Pizzaria Da Hora. A ideia da torcida é vender 1,5 mil cachorros-quentes. Todo valor arrecadado será para o pagamento da luz do clube.

Além disso, a torcida promoverá vendas nas sinaleiras de Lajeado nos dias 24, 25 e 30 de julho e 1º de agosto. Nos dias 24 e 30 a ação ocorre a partir das 18h. Já no dia 25 e 1º de agosto, serão comercia-

lizados ao meio-dia.

Mais informações podem ser obtidas com Estevão (995042525), Paulo (996048961), Tigrão (991713380) ou Maninho (993420228).

Catchup: Emili Mostarda e Ervilha: Gustavo Heberle; Ovos: Pizzaria Chef Leon Molho: Pizzaria Chef Leon Milho: Sílvio Peralta Camargo