AH - Você | 19 e 20 de novembro de 2016

FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE NOVEMBRO DE 2016 EDIÇÃO Nº 56

Verão de conforto Páginas 12 e 13

DIVULGAÇÃO

Eu curto

Ler Aurora Amélia Schmitd é mãe de sete filhos, tem 12 netos e sete bisnetos. Nasceu em 25 de junho 1913, quando o RS tinha ainda cerca de um milhão de habitantes. Governada por Borges de Medeiros, a população das grandes cidades passava para modernidade com uma herança administrativa colonial obsoleta.

Aurora Amélia Schmitd

Inspire-se Você sempre foi uma leitora assídua?

Eu lia algumas coisas na escola, porque era em alemão. Hoje gosto de folhear o jornal, olhar as fotografias.

Tenho um olho cego e o outro enxergo mal, então, para mim é difícil. Mas entendo muita coisa e outras peço para lerem para mim. Então quando tem jornal, eu faço questão de ver. Acho que assim eu me mantenho firme.

Como é sua rotina?

Minha rotina é acordar de manhã, organizar e escolher uma roupa. Daí vou sozinha ao banheiro, mesmo pela

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO voce@jornalahora.inf.br

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madrugada. Não preciso de ajuda. Sempre fui independente. Depois das minhas tarefas de quarto, vou à sala, com o andador. Sento numa poltrona e fico pensando em minha vida, em como fui

parar aqui. Mas eu sei que é preciso, pois tenho melhor atendimento.

Conte um pouco de como era antes.

Desde que meu marido

(...) então quando tem jornal, eu faço questão de ver. Acho que assim eu me mantenho firme.”

morreu, há mais de 40 anos, me viro só. Continuei a trabalhar na roça. E depois da morte de um filho, acabei morando sozinha na mesma casa que constituí a minha família. Foi muito doloroso.

Mas eu segui. Não queria parar para não pensar bobagem.

Então, hoje estou aqui, porque não foi mais possível morar sozinha e também porque meus filhos acharam melhor.

O que você pensa do futuro?

Não penso em futuro. Minha memória falha, mas vez ou outra sonho com a minha casa. Aprendi muito em relação à humanidade. Antigamente os vizinhos se ajudavam mais.

Agenda de eventos 23/11 Peça O Conserto 2 Local: Teatro do Sesc Lajeado. Horário: 20h.

Nesta quarta-feira é a vez do espetáculo O conserto 2, do grupo teatro Zip-Zap da Unimed, se apresentar no Projeto Portal Cultura do Sesc. O programa reúne todas as atividades culturais desenvolvidas pelo Sesc no RS, entre elas, teatro, música, artes plásticas, literatura e cinema.

2/12 Peça GPS Gaza Local: Teatro Univates.

Horário: 20h Duas atrizes e uma tela, diferentes vozes, projeções e cenas que vão do cômico ao dramático, percorrendo as inúmeras “Faixas de Gaza” espalhadas pelo mundo inteiro. GPS Gaza estreou em setembro de 2014 como espetáculo convidado do 21o Festival Internacional de Teatro Porto Alegre em Cena. No mesmo ano, foi indicado em cinco categorias do Prêmio Açorianos de Teatro (roteiro, atriz coadjuvante, atriz, direção e espetáculo).

Direção Editorial e Coordenação: Fernando Weiss - Produção: Tammy Moraes e Anderson Lopes - Arte: Gianini Oliveira e Fábio Costa Foto de capa: Anderson Lopes - Tiragem: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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RODRIGO MARTINI

Caminhos

Cidade das

Orquídeas O pequeno território de Mato Leitão tem localização privilegiada, entre os vales do Taquari e Rio Pardo

A

sede do município fica localizada a três quilômetros do pórtico, na RST453. Ao entrar na cidade, o visitante encontra ruas bem arborizadas e residências ostentando o colorido das flores. Em muitas casas, a flor símbolo tem lugar especial no jardim ou sacada. O interior é farto em eventos gastronômicos.

No início, o nome do local era Fazenda Boa Vista, pertencente à família do coronel João de Freitas Leitão, morador de Rio Pardo. Vem daí o nome da cidade, originário dos habitantes das colônias próximas que denominavam a região de “Leitão’s Wald”,

o que em alemão significa mato do senhor Leitão.

Logo na chegada, na principal avenida, a Igreja Matriz Santa Inês dá um toque de modernidade. Inspirada em obras de Oscar Niemeier, foi construída na mesma época de Brasília. Seu estilo futurista e imponente aparece em todo material de divulgação do município. Na praça, a paróquia promove todos os anos o Terno de Reis, que atrai adeptos de várias cidades.

Comércio, órgãos públicos e as principais indústrias se encontram na via principal.

Quase no fim dela, localiza-se a Sociedade União Boa Vista, palco dos principais eventos, entre os quais a

Passear pelo interior do município é fácil.

As estradas de chão têm boa sinalização e os moradores são prestativos nas informações.”

Exposição Estadual de Orquídeas (bianual) que ocorre sempre em ano par, no primeiro fim de semana de dezembro, com visitantes e expositores de todo país.

Passear pelo interior do município é fácil. As estradas de chão têm boa sinalização e os moradores são prestativos nas informações. Em direção a Sampaio, as vias são mais sinuosas, mas reservam um passeio agradável em meio à natureza, pontes de ferro e casas antigas, muitas delas, fechadas ou em ruínas.

A cultura alemã está pre-

sente em todos as localidades, exceto na Vila Santo Antônio. Lá, os lusos predominam no cultivo diversificado e ostentam com orgulho vários eventos importantes durante o ano: rodeio crioulo, veloterra e os Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (Jergs). Em sinal de valorização, o município construirá um parque de eventos na localidade, a ser denominado de Parque das Orquídeas. A escola da localidade integra as organizações e um de seus eventos é o Festicanto, bianual.

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Fala Doutor

Cirurgia ortognática: correção de mordida Além do viés funcional, o procedimento ajuda na estética, melhorando a harmonia do rosto

V

inda do latim, a definição de cirurgia ortognática é dividida em “orto”, que significa correto, e “gnatos”, que vem de maxilares. Trata-se então de colocar os maxilares na melhor posição, para promover estética facial e uma melhor mordida. A cirurgia, apesar de funcional, tem caráter estético quando

se coloca os maxilares no posicionamento adequado. Isso faz com que a face mude.

Não se trata de uma cirurgia isolada, pois faz parte de um tratamento chamado cirúrgico ortodôntico. Esse pode ser realizado antes e depois da cirurgia. Em alguns casos, a cirurgia pode ser realizada antes mesmo do tratamento ortodôntico. Isso é chamado de benefício antecipado e ocor-

O antes e o depois Para se realizar a cirurgia, é necessário checar os distúrbios sistêmicos que contraindicam uma anestesia geral.

A cirurgia ortognática é contraindicada para pacientes que não vão cooperar com as medidas pós-operatórias, que incluem alimentação restrita, e para pacientes que têm distúrbio neurológico.

A fase de avaliação e preparação para a cirurgia leva cerca de um ano e meio. Durante esse período, o tratamento ortodôntico vai corrigir a mordida e a função mastiga-

tória com o uso de aparelhos ortodônticos convencionais.

Isso colabora com resultados mais rápidos após a cirurgia.

Os testes pré-operatórios requisitados são os exames laboratoriais comuns, pedidos em qualquer tipo de cirurgia e exames solicitados para um tratamento ortodôntico comum.

A recuperação é indolor, mas o recomendado é que o paciente fique fora de suas atividades e trabalho por pelo menos 15 dias. Na primeira semana de pós-operatório,

Apoiadores

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será necessário se alimentar só de líquidos, e depois, gradativamente inicia-se ingestão de alimentos pastosos. Já as carnes são alimentos liberados apenas depois de três meses, e atividades físicas depois de seis ou nove meses.

Após a cirurgia, o paciente deve continuar utilizando aparelho ortodôntico por um período que pode variar de seis a 12 meses, dependendo do caso. O resultado, no entanto, traz melhoras significativas tanto na estética facial quanto na qualidade de vida

dos pacientes, devolvendo a harmonia do rosto.

Para otimizar os resultados

do procedimento, também pode ser usado um laser de baixa intensidade no pós-

Coluna re apenas quando os dentes têm engrenagem, observada nas análises dos modelos. Se não, o tratamento deve ocorrer antes do procedimento.

A indicação da cirurgia é para pessoas que têm desarmonia facial. Isso vai além do caráter estético. Geralmente, são resultado de um crescimento exagerado ou inadequado de algum dos ossos que envolvem a face, como mandíbula, maxilar, queixo, nariz ou malar.

A assimetria facial ocorre nesses casos e essa alteração começa durante a fase de crescimento e se estabiliza na idade adulta. Isso compromete a harmonia do rosto. O procedimento também é indicado para tratamento de apneia obstrutiva do sono, quando associado à deformidade dentofacial.

operatório, que facilita a recuperação do amortecimento dos lábios e regride o edema

Dúvidas frequentes Qual a indicação da cirurgia ortognática? É indicada para pacientes com alterações de crescimento ósseo dos maxilares, que causam deformidade na face e alterações na mordida. Essa deformidade pode ou não provocar dores na musculatura ou nas articulações.

Como ela é feita? Na maioria dos casos, a cirurgia é realizada por dentro da boca.

Raramente é feita com corte no rosto. O procedimento consiste basicamente em “soltar” o maxilar superior, o inferior (mandíbula) ou o queixo – e, às vezes, todos eles. A fixação na nova posição é feita com placas e para-

mais rápido.

Fonte: Minha Vida Saúde

fusos geralmente de titânio. É preciso usar aparelho antes da operação? O tratamento com aparelho antes da cirurgia é necessário. Se os dentes estiverem desalinhados, com alturas diferentes ou tortos, é difícil fazer o encaixe na posição correta durante o procedimento.

Quais são os benefícios?

A cirurgia está sempre voltada para questões funcionais: quando os pacientes sentem dores, não conseguem morder direito, respiram pela boca. Porém, entra também a questão estética.

Fonte: M de Mulher

Os testes préoperatórios requisitados são os exames laboratoriais comuns, pedidos em qualquer tipo de cirurgia e exames solicitados para um tratamento ortodôntico comum.

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Zika vírus e a oftalmologia Zika vírus é uma espécie pertencente à família Flaviridade gênero flavivirus, identificado em 1947 em macacos na floresta de Zika na África. Em 1954 foi detectado em humanos na Nigéria e tornou-se endêmico na África e depois na Ásia. O vetor principal de transmissão é o aedes. No Brasil, o primeiro caso foi detectado há um ano e desde então tem aumentado especialmente na Região Nordeste.

A associação do zika vírus à microcefalia, confirmada por exame do líquido amniótico de bebês afetados, desencadeou uma série de recomendações pela OMS, especialmente para gestantes. Dentre essas, orientações para as grávidas não viajarem para regiões onde ocorre a doença.

A microcefalia vem aumentando cada vez mais em nosso país e, com ela, suas consequentes disfunções neurológicas, lesões oculares e alterações variadas como deficiência intelectual e auditiva, além de musculo-esqueléticas.

Na área oftalmológica, são encontradas hipoplasia do nervo óptico (já descritas na hipoplasia cerebral) associadas a alterações da retina, como alterações pigmentares da macula e atrofia corio-retiniana, bilaterais e irreversíveis, determinantes de severas reduções da visão, até mesmo cegueira.

Os consensos indicam que para diminuir os casos de infecção por zika vírus é preciso controlar o vetor biológico, o mosquito aedes.

Portanto, ações governamentais e da sociedade são fundamentais, não só por meio do uso de larvicidas, mas principalmente combater focos de água parada.

Estimativas otimistas indicam que podem haver mais de um milhão de brasileiros infectados até o fim de 2016. A OMS estima em dois milhões no Brasil e quatro milhões no mundo.

Naturalmente que crianças com suspeitas de microcefalia congênita devem ter descartadas toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis e HIV, além das causas genéticas.

As mães são assintomáticas em 80% dos casos. Sintomas, quando presentes, são artralgias de mãos e pés, febre, prurido. Não houve conjuntivites. A suscetibilidade é maior no primeiro trimestre da gestação.

Não há tratamento específico. A melhor forma de prevenção é evitar viajar para áreas endêmicas, particularmente mulheres grávidas.

Nédio Castoldi oftalmologista

Sociedade

FOTOS LEILA FRANZ

Mariana Sassi, Claúdia Schakofski, Ana Schweiger, Cláudia Maia DIVULGAÇÃO

Moda em foco

Mateus Gugel e Angélica Coradi

Angélica Weber, Letícia Delavald e Juliana Friedrich

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João Braun e Diego Berteli

Com muito requinte, um desfile e coquetel sushi bar, a Caoba apresentou as grandes novidades da Lança Perfume, em uma Glam Party. Os convidados puderam conferir em primeira mão as tendências para as próximas estações.

Rute Oppliger e Daia Schmidt

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

Grasiani Scherner, Jorge Schmitz, Joana Schmitz e Alan Giampietro

Tainá Paludo e Scheila Muniz

Anelise Giongo, Leandro Conte e Vanessa Ahne

Prestigiando Nenhum de Nós Uma das bandas mais tradicionais do cenário gaúcho, a Nenhum de Nós apresentou espetáculo memorável no Teatro do Centro Cultural na quinta-feira, 10. Com consistente marca de mais de 1,9 mil shows e participações em festivais, além de milhares de discos vendidos, a banda já recebeu inúmeros prêmios e destaques. O grupo tem uma legião de fãs no Brasil e em países do Mercosul.

Ilaine Bruch e Leomar Vorpagel

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Saúde

Ruído em excesso prejudica o organismo DIVULGAÇÃO

Muito além de danos na audição, os barulhos contínuos podem causar problemas neurológicos

em uma rua barulhenta, do lado da sala tem um ginásio de esportes, corredor com pessoas falando o tempo todo, então, tudo influencia e deve ser percebido, diz.

Proteção natural

O

ruído é considerado a terceira causa de poluição no planeta, depois somente da água e do ar. Também é o principal causador da perda de audição. De uso comum hoje, os fones de ouvido com música alta contribuem para danos auditivos.

Segundo a fonoaudióloga Sandra Weber, o ideal é utilizar headphones, em vez dos fones que são introduzidos dentro do conduto auditivo, pois esses amplificam ainda mais o som. O som sempre deve ser baixo, e não passar de 50% da capacidade do volume. O ideal é fazer intervalos depois de duas horas de uso, diz Sandra.

“Ouvir continuamente ou dormir de fones de ouvido pode trazer problemas auditivos e de saúde em geral.”

A música em volume excessivo também é considerada ruído, e isso não afeta so-

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mente o sistema auditivo. O organismo é atingido de uma forma sistêmica, com efeito cumulativo. “Isso não se percebe nos primeiros anos de exposição.”

Entre os sinais, estão zumbido, tontura, dor de cabeça, dificuldade digestiva, irritabilidade, dificuldade de concentração e pressão alta.

Esses danos se estendem a problemas neurológicos e

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efeitos negativos no sistema endócrino e digestivo. Segundo Sandra, a pessoa pode ter essas queixas, mas nem imagina que seja por conta da exposição à música alta, por jogar videogames com amplificadores ou por conta do barulho no ambiente de trabalho. “O trânsito também é uma fonte de ruído e estresse.”

Em casa, o ruído de itens como liquidificador, secador, aspirador, cortador de grama, lava a jato e furadeira pode ser de risco para a saúde. A dica é

atentar quando comprar um eletrodoméstico e verificar qual o ruído especificado no selo do equipamento. Quanto menos ruído produzido, melhor. Se não tiver forma de reduzir o ruído, deve-se diminuir a exposição e usar o protetor auditivo. “Tanto o plug quanto o concha funcionam. Depende da adaptação.”

Segundo Sandra, essa é uma questão importante até mesmo em sala de aula. Às vezes o aluno tem baixo rendimento porque a escola é localizada

A cera de ouvido é uma produção das glândulas ceruminosas que estão dentro do conduto auditivo. Ela tem a função de lubrificar e proteger de corpos estranhos. Segundo Sandra, quando se fala e mastiga, se faz um movimento autolimpante, que traz a cera para fora. Depois do banho, o correto é usar a ponta do dedo ou uma toalha para remover o que já foi expelido, diz. “Não é sujeira, é uma proteção natural do ouvido.”

Com o uso da haste flexível, pode-se empurrar a cera ou machucar o conduto, que é bastante sensível. Em algumas pessoas, esse sistema auto-limpante não funciona, diz a fonoaudióloga. “Geralmente, elas produzem mais cera ou o conduto é pequeno e deixa acumulado.” Nesses casos, é necessário visita ao otorrinolaringologista periodicamente para remover a cera. Mas esses são casos que fogem à regra.

DIVULGAÇÃO

Sem erro

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Entre lentes e armações

C

om os dias quentes cada vez mais presentes, as atenções se voltam novamente aos óculos de sol. Entre as tendências do ramo, estão os modelos redondos, charmosos e estilosos. As lentes espelhadas aparecem nos mais variados tipos de óculos. Os de design mais ousado são os queridinhos, mas os básicos ainda têm seu espaço garantido.

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Moda

Coluna

Partir e ficar partido Aos 7 anos ela, minha primogênita, estava partindo pela primeira vez para uma viagem de estudos com os colegas de aula. Feliz, ansiosa para acessar as novas descobertas que estavam por vir em um mundo para ela ainda não experimentado, preparou-se para uma viagem de ônibus na companhia dos amiguinhos. Levava uma mochila recheada de lanches e guloseimas e o melhor, uma generosa porção de liberdade que a permitiria respirar por algumas horas longe do amoroso olhar da mamãe e do papai. Sim, o destino era bacana, mas certamente qualquer destino teria sido igualmente festejado e esperado. Partir era o objetivo maior. Eu estava radiante, orgulhosa e tão ansiosa quanto ela.

Foram entrando no ônibus um a um os viajantes. Na intenção de abanar para ela quando partissem, corri ao lado do ônibus ainda parado para ver se encontrava o assento onde ela estaria. Avistei-a e, quando vi aquela mãozinha linda acenando um tchau para mim em um movimento delicado e faceiro, sacudindo aqueles dedinhos de um lado para o outro, foi o momento em que tive o insight de que há partidas que nos deixam felizes e outras que nos partem em pedaços.

No dia anterior, esse mesmo gesto de aceno meigo e carinhoso havia sido feito por ela ao despedir-se da sua bisavó. Mesmo com todas as falas do tipo “ela viveu uma vida plena e longa” despedir-se de alguém que amamos quando essa partida é inesperada, quando nosso olhar não poderá mais alcançar o olhar do ser que parte, quando a memoria terá que dar conta do recado, francamente, é o tipo de partida que nos parte em muitos pedaços.

O que dizer então daquelas partidas misteriosas, em que a pessoa que partiu permanece ao nosso lado fisicamente, porém, não nos informa o destino para o qual mandou sua alma? Há dezenas de relacionamentos que conheço e que são assim. Casais que moram juntos e mantêm uma vida partida, porque, em algum momento, um ou mesmo os dois, embarcou para um destino traduzido em desejos, esperanças e objetivos bem opostos. Mas sejamos mais positivos não esqueçamos que há também aqueles casais que partem unidos. Sim, partem para uma vida cheia de sonhos e desejos compartilhados. Partem para a primeira, segunda, terceira lua de mel. Delícia. Nesses casos é só felicidade!

Partidas existem aos montes e em vários formatos: há filhos que saem de casa porque passaram no vestibular; viagem de férias; mudança de domicílio; partir para outro emprego; partir para outro amor; embarcar em uma aventura; partir para um intercâmbio... Às vezes são partidas com volta. Outras, sem. Mas a sempre nos causam emoverdade é que se ções.

Bem, e eu parto pa (inteira!) desta nossa conversa me valendo das palavras da canção do Milton Nascimento...

“Coisa que gosto é poder parsem ter planos, melhor tir se ainda é poder voltar quanaind do quero...”.

Raquel Winter cronicasraquel@gmail.com

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Aposte no simples

O

s looks com as pernas de fora são o carro-chefe de qualquer estação de calor. Além de confortáveis, são cheios de estilo e fáceis de montar. Para dar um toque a mais, não esqueça dos colares. O básico continua em alta, nas cores branco, cinza, preto e no jeans. Estampas tropicais e militar despontam como tendências.

Créditos: Loja participante deste editorial: Gang (3748-4494) / Modelo: Luiza Kronbauer e Douglas Mallmann (Mädchen Models) Beleza: Bel Room – Betina Lenhard (9944-7612) / Fotografia: Anderson Lopes / Produção: Tammy Moraes

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Cultura

Lucas Brolese lançará disco em três idiomas Artista se mudará para Santos (SP), mas continuará com agenda mensal na região

O

cantor e compositor Lucas Brolese pretende lançar um disco em 2017 com a participação de músicos da Costa Rica, Chile e Cuba. O álbum será em três idiomas: inglês, espanhol e português e foi gravado nos Estados Unidos e no Brasil.

Para ele, é uma forma de dar mais compreensão às letras e ampliar o entendimento do conteúdo de cada música. O encarte do álbum deve ser em braile. “Ficamos

muitas horas envolvidos neste trabalho.”

O projeto conta com financiamento coletivo. “Espero conseguir apoio ao financiamento e tenho certeza que serei apoiado. As bandas Nega Frida e Vocal em Cena continuam com a agenda.” A previsão de lançamento do disco é para fevereiro.

O financiamento coletivo deve durar três meses.

Espero conseguir apoio ao financiamento e tenho certeza que serei apoiado. As bandas Nega Frida e Vocal em Cena continuam com a agenda.”

Lucas Brolese, artista

Arte contemporânea Depois da criação do Coro de Queixas, em Teutônia, em 2011, Brolese pretende emplacar um curta-metragem do novo Coro de Queixas, versão 2016. “Intenção é investir na área de cinema.” Relata que alguns dos seus trabalhos estão em exposição na Costa Risca e busca apoiadores para apresentá-los em outras regiões.

Depois do lançamento do disco em três idiomas, o artista pretende apresentar o primeiro LP do Sexteto Tempero Brasil, com musicas experimentais e autorais, em parceria com o maestro Astor Dalfrat. O

grupo existe faz seis anos.

Lucas Brolese se mudará para Santos (SP) em 2017.

Garante que continuará os trabalhos mensais na região.

“Vou continuar com o apartamento em Estrela. A ideia é seguir os trabalhos, mas é preciso abrir o mercado no centro do país”, conclui.

DIVULGAÇÃO

ANDERSON LOPES

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