Você - 14/05/2022

FIM DE SEMANA, 14 E 15 MAIO 2022 edição nº 342

Umbanda como filosofia de vida Caridade, cura e bem-estar. É isso o que busca uma das mais populares religiões brasileiras de matriz africana. Apesar da intolerância, terreiros ganham cada vez mais adeptos na região.

Páginas 6 e 7

Bastidores

Uma profissão de sensibilidade

J

ornalismo é uma profissão sensível.

No meio das pautas dentro do barro, trilhas na natureza e viagens pelos interiores, como vocês talvez já tenham lido por aqui, ainda sobra tempo pra gente se emocionar. Seja por ver algo, ouvir ou sentir.

Essa semana, passei por momentos como esses. No segundo andar de um prédio no centro da cidade, fui recebida por um senhor de pouco mais de 70 anos. Com uma bengala na mão direita, ele se desculpou por nos cumprimentar com a esquerda, e nos convidou a entrar.

A casa minuciosamente arrumada e de amplas janelas, deixava o Sol entrar por muitos cantos. Ali, com certeza, vivia uma família feliz. Mas, também, um senhor que, aos 3 anos, passou por uma infecção que deixou sequelas pra vida toda.

Ao contar sua história, ele falou dos irmãos, dos amigos e da família. E, quando lembrou do

pai, não conseguiu continuar a história, já que as lágrimas já escapavam pelo canto dos olhos.

Nessas horas, é difícil a gente também não se emocionar.

Quando somos apenas ouvintes, a gente só imagina a dor do outro. Mas, em situações como essas, parece que podemos sentir um pouquinho do que aquele senhor carrega com ele há quase 70 anos.

Jornalismo é uma profissão sensível, porque é preciso essa humanidade para entrar na casa das pessoas e, com humildade, sentar para ouvir. Às vezes, as pessoas nos contam coisas que, pra elas, podem ser muito difíceis. E, a gente, sem poder fazer mais do que compartilhar sua história, ainda carrega o sentimento de querer fazer mais.

Mas, por outro lado, o jornalismo também nos faz conhecer pessoas que mexem com a gente e nos instigam a querer mudar. Nem que seja um passo de cada vez, com uma doação, com uma informação, ou com o nosso tempo e companhia.

O jornalismo é uma profissão sensível, com pessoas sensíveis que, ao procurarem uma nova história a cada dia, são transformadas por aqueles que passam pela gente no caminho. Pelo menos, é assim que me sinto a cada dia que fecho a porta da redação.

Boa leitura!

Bibiana Faleiro Expediente:

Produção: Bibiana Faleiro e Júlia Amaral

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Cultura

Obra de Augusto Cury ganha os palcos do Teatro da Univates Adaptação do livro "O Homem Mais Inteligente da História" será apresentada neste domingo, 15, a partir das 19h Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

O

Teatro da Univates recebe uma programação especial neste domingo, 15.

Com reflexões sobre a vida e a mente de Jesus, a peça teatral adaptada da obra "O Homem Mais Inteligente da História", de Augusto Cury, será apresentada a partir das 19h.

A peça é assinada pelo próprio escritor, em um trabalho em conjunto com Cristiane Natale. Parceria que também deu vida à adaptação de “O Vendedor de Sonhos”, espetáculo lançado em 2018, que marcou a estreia da obra de Cury no teatro. Luciano Cardoso é responsável pela montagem e produção executiva das turnês das apresentações do escritor.

Quem interpreta o

personagem principal de "O Homem Mais Inteligente da História", Marco Polo, é o ator Daniel Satti. Ele conta a história de um homem que se considera ateu e é desafiado por uma plateia de intelectuais a estudar a mente, a inteligência e a personalidade de Jesus.

A partir da pesquisa, o personagem descobre coisas que não imaginava, começa a se questionar e passa a acreditar em coisas que, antes, achava que não existiam. “Ele começa a entender como era a vida desse homem, como ele lidou com a sua gestão emocional, e por isso tamanha inteligência, no sentido de como gerenciar a si mesmo, seus pensamentos e emoções”, conta Satti.

Além disso, a peça também fala sobre autocontrole, criatividade, solidariedade e amor, assim como temas polêmicos como depressão

e violência contra a mulher.

Para o autor, a experiência tem sido surpreendente e, cada vez que estuda o texto, passa a observar a própria vida.

A atriz Francis Helena Cozta interpreta a neurocientista Sofia, amiga de Marco Polo, que também embarca na experiência de estudar a mente de Jesus, sendo mediadora de um interessante debate.

No elenco, são seis atores e 18 personagens. A peça está em cartaz desde 2021 e, este ano, segue em turnê pelo Brasil.

Augusto Cury Cury é considerado um dos maiores escritores da atualidade pela Forbes, e figura nas listas de mais vendidos no país. É médico psiquiatra, professor, palestrante e empreendedor. Além da carreira acadêmica, se dedica a escrever, sendo autor de obras publicadas em 70 países.

CONTEÚDO PATROCINADO

Quentes ou gelados, no local ou para levar

todo dia é dia de café

VOCÊ PRECISA CONHECER

O Cold Mocha é um café gelado e é sucesso em todo o Brasil. Ele é feito com gelo de café, macadâmia, calda de chocolate, canela, leite e chantilly. É a experiência perfeita para conhecer o Mais 1 Café.

Localizada no Centro de Lajeado, ao lado do Hospital Bruno Born, a Mais 1 Café traz à cidade um formato de cafeteria inspirada na cidade de Nova York

U

ma manhã fria com chuva pede café. Uma tarde de sol e céu azul pede café.

No fim das contas, todo dia é dia de café. Por sinal, o Centro de Lajeado ganhou em março uma nova opção de qualidade para quem é amante da bebida. A Mais 1 Café, rede de cafeterias presente em mais de 120 cidades no Brasil, chega a sua sexta unidade no Rio Grande do Sul com as melhores alternativas de cafés quentes e gelados, para levar ou consumir no local.

Aqui, entregamos qualidade, agilidade, modernidade e, claro, um café irresistível.

Diego Conte

Segundo Diego Conte, um dos nomes à frente da Mais 1 Café em Lajeado, a operação é inspirada nos modelos de cafeterias de Nova York e tem o propósito de trazer qualidade com os aspectos inovadores destes novos formatos.

“Aqui, entregamos qualidade, agilidade, modernidade e, claro, um café irresistível.

E isso para quem está com pressa, pegar e sair, e também para quem pode sentar e aproveitar o ambiente”, explica.

Inaugurada há pouco mais de um mês, a Mais 1 Café já tem engajado o público.

De acordo com Patrícia Pereira, sócia do negócio, os consumidores têm um perfil plural. Porém, o queridinho do cardápio

tem um nome: o Cappuccino Italiano, que une café espresso com leite vaporizado, o que traz uma cremosidade bem característica à bebida.

“A Mais 1 Café tem como uma de suas marcas o conceito ‘Coffe To Go’, que está vinculado a ideia de agilidade, de pedir, ser rapidamente servido e já partir. Porém, aqui também contemplamos o público que gosta de se acomodar e apreciar a experiência. É uma particularidade que busca contemplar um hábito da região”, conclui.

PARA FAZER EM CASA Todo dia é dia de café. Pode ser na operação do Mais 1 Café, mas também em casa, com os produtos da marca. Isso porque a unidade de Lajeado disponibiliza três tipos de café para preparo em casa ou no escritório: as cápsulas, o tradicional em pó e o drip coffee.

• As cápsulas de café foram desenvolvidas para serem usadas em cafeteiras como a Nespresso; •Já o café em pó, basta preparar o seu coador, de pano ou de papel, e colocar a água para esquentar; •Enquanto isso, o drip coffee também é conhecido como café de bolso. Afinal, o café moído vai em um sachê, que já funciona como um filtro individual.

Rua Carlos Von Koseritz, 451 - Centro, Lajeado (próximo a Lotérica) Atendimento de segunda a sábado 7h30 às 19h30 @mais1cafe.lajeado Produzido por FIM DE SEMANA, 14 E 15 MAIO 2022

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CONTEÚDO PATROCINADO

Ingressos para a Festa de Maio estão esgotados A 7ª edição da Festa de Maio vai ser sucesso. Marcada para ocorrer no dia 04 de junho, a tradicional noite do Clube Tiro e Caça já está com os ingressos esgotados.

O evento será open bar e open food e terá como atrações a banda Moog, de Porto Alegre, seguida do embalo de DJs. O cardápio contará com opções de en-

trada e cumbucas, enquanto o bar oferecerá algumas opções de bebidas, que incluem cerveja, espumante, vinho, drinks, água, refrigerantes e energético.

Participe do torneio interno de Beach Tênis Entre os dias 20 e 22 de maio o CTC realizará o torneio interno de Beach Tênis.

Os jogos serão disputados entre duplas, nas categorias Open, B e Iniciantes (masculino, feminino e misto). Interessados ainda podem se inscre-

Torneio mães e filhos é neste sábado Para marcar as atividades alusivas ao mês das mães, o CTC realiza no sábado, dia 14, um torneio interno de tênis para mães e filhos. A atividade de integração inicia às 9h e será disputada entre x duplas, em três categorias, sendo elas:

• Nascidos em 2017/2016/2015 • Nascidos em 2014/2013/2012 • Nascidos em 2011/2010/2009

Em caso de chuva, as disputas serão realizadas nas quadras cobertas de tênis.

AGENDA 14/05 - Torneio Mães e Filhos 14/05 - Copa CTC Construtora Diamond 17/05 - Torneio Master e Veterano de Minifutebol

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20 a 22/05 - Torneio interno de Beach Tennis 04/06 - Festa de Maio CTC

ver na secretaria do Clube.

Além de ser uma competição, o torneio é uma oportunidade para os sócios confraternizarem, já que seu objetivo é promover o entretenimento, a integração e a competitividade saudável.

Master e Veterano CTC/Construtora Diamond de Minifutebol realizam primeiros jogos As equipes de Minifute bol começaram a entrar em campo pelo Torneio Interno Master e Veterano CTC/ Construtora Diamond. A competição iniciou no dia 26 de abril e segue as dis putas todas as terças-feiras, a partir das 19h, nos cam -

pos A e B. Na categoria Veterano, as nove equipes inscritas foram divididas em dois grupos, sendo primeiro formado por cinco equipes e o segundo por quatro. Já no Master, há apenas um gru po com quatro equipes.

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BIBIANA FALEIRO

Caminhos abertos

Guiados pelos Religião brasileira de matriz africana, a Umbanda atrai cada vez mais pessoas. Para desmistificar o trabalho nos terreiros, adeptos buscam compartilhar informações sobre os ritos e os guias espirituais Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Júlia Amaral

juliaamaral@grupoahora.net.br

M

ais de 90 pessoas já formavam fila no bairro Carneiros, em Lajeado, em cadeira de praias, com café e chimarrão, antes das 19h de uma sexta-feira. Ali, fica um Templo de Umbanda, religião brasileira de matriz africana, que atrai centenas de pessoas para participar da “gira”, que começa às 19h30. Todos ganham uma ficha numerada, que garante lugar na hora de receber as energias dos orixás.

Em um espaço de paredes brancas, um altar iluminado ao fundo chama a atenção dentro do Templo Escola de Umbanda Mensageiros de Aruanda. É ali que Pai Fernando da Silva e Mãe Maria Gabriela Aires se posicionam com os mais de 50 médiuns e assistentes vestidos de branco e de pés descalços. Ao fundo, ficam os consulentes, como são chamadas as pessoas que participam da celebração.

Pai Fernando começa a palestra e os médiuns recebem as entidades presentes na noite enquanto a comunidade assiste, de pé ou sentada. Muitos também colocam seus colares coloridos feitos de miçanga, que são chamados de guias.

Depois, a banda toca. E, ao som alegre da guitarra, violão e atabaque, santos e orixás são saudados. A comunidade acompanha, com palmas e danças. Até o fim da noite, cerca de 200 pessoas se juntam ao grupo.

Entre eles, está Michele Cristine dos

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Santos, 40, de Cruzeiro do Sul. Todas as sextas-feiras, ela tem um compromisso marcado, e não falta uma gira do templo. Ao fim da celebração, também aguarda para receber o passe, uma espécie de bênção, com direito a conselhos dos guias espirituais. É em fila que a comunidade espera para receber a energia dos orixás. No momento, são acesas velas e queimadas plantas para purificar os consulentes. “É um momento que tu sai de tudo o que passou a semana toda, aquela pressão, aquela correria, tu te conecta com teus orixás e sai com a

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Foi bem interessante, porque eu não conhecia ninguém que frequentava, fui lá sozinha e senti que precisava conhecer” Luísa Rosa

Os encontros ocorrem toda sexta-feira, às 19h. Cantos, orações e bênçãos fazem parte do ritual

energia renovada”, descreve Michele. Além disso, diz que o momento traz autoconhecimento, e a faz enxergar outras versões dela mesma.

Mensageiros Quem dá o passe são os médiuns, pessoas capacitadas para passar a mensagem dos guias espirituais. Para isso, existem cursos, como o de desenvolvimento mediúnicos

e o sacerdócio. Luísa Rosa, 21, já fez o primeiro, e agora termina o segundo.

Foram anos de pesquisa sobre religiões até chegar na Umbanda. Antes disso, ela passou pela igreja católica, evangélica e budismo até se aprofundar nas religiões de matriz africana. Em 2020, conheceu o Templo Escola de Umbanda Mensageiros de Aruanda e já na primeira gira que participou, se identificou e sentiu que aquele

Candomblé, Umbanda, Catolicismo

ENTREVISTA

“Oferecemos os passes com a finalidade de promover a cura o bem estar”

Apesar da semelhança e de serem confundidas com frequência, umbanda e candomblé não são a mesma coisa. O candomblé veio da África por meio dos negros escravizados e é considerada uma religião afrobrasileira.

Nesta prática, não há incorporação nem mediunidade.

O que as entidades fazem é oferecer energia e comunicação por meio dos búzios.

Já a umbanda apresenta forte sincretismo com o catolicismo.

De modo geral, a religião dos escravizados era o candomblé, mas eles não podiam cultuar suas divindades livremente. Por isso, os escravos começaram a associar suas divindades com os santos católicos.

A umbanda é diversa e possui várias linhas. Na casa da Mãe Heloísa, de Lajeado, por exemplo, a gira é diferente dos Mensageiros de Aruanda.

Para você, o que caracteriza a Umbanda?

A umbanda tem por objetivo despertar para que se desenvolvam com uma consciência religiosa totalmente alicerçada em conceitos próprios fundamentadas na sua existência. É olhar a manifestação como único fim

era o seu lugar.

“Foi bem interessante, porque eu não conhecia ninguém que frequentava, fui lá sozinha e senti que precisava conhecer. Me identifiquei tanto que parece que era pra eu ir”, lembra.

No terreiro que frequenta, acredita-se que todas as pessoas são médiuns, mas nem todos sabem trabalhar com isso. Para poder fazer parte da corrente mediúnica da casa, durante as giras, é necessário ter completado o curso de desenvolvimento.

Durante seis meses, além de aprimorar a mediunidade, os participantes também estudam a religião. Conforme Luísa, além da Umbanda, também é estudado o catolicismo e o espiritismo. “A Umbanda é uma junção de tudo isso”, reforça.

Já no curso de sacerdócio, a especialização é maior. Neste caso, também é estudado a

de promover a caridade, a cura, o aconselhamento, por meio dos médiuns que passam por doutrinas, e após, no seu desenvolvimento, por meio da gira.

Como funciona o rito em sua casa?

Para iniciar nossos ritos, defumamos toda a corrente mediúnica. Todos devem estar de roupa

branca, as mulheres de saia e os homens de calça, e defumamos assistência e o congá, que é o local onde ficam as imagens sagradas. Em seguida, nós rezamos um pai nosso e entoamos o hino da Umbanda também. A partir daí, se dá o cântico dos pontos. Oferecemos também os passes com a finalidade de promover a cura o bem estar, o aconselhamento de fé e força para dias melhores.

Alguns dos orixás Iemanjá

Nossa Senhora dos Navegantes

Divindade dos mares e oceanos, considerada mãe de outros orixás. O seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá e significa “mãe cujos filhos são como peixes”.

Iansã

Santa Bárbara

Conhecida como divindade dos ventos e das tempestades, senhora dos raios e dona da alma dos mortos.

No Templo Escola Mensageiros de Aruanda, o altar reúne imagens de santos católicos e orixás

fundo cada uma das forças da natureza, base da teologia da Umbanda. Para ela, esses cursos são importantes, porque por muito tempo não existiam informações claras sobre a religião disponíveis para leigos.

Depois de formada, Luísa será uma representante da religião e poderá fazer batizados, casamentos e até mesmo abrir um terreiro. “O sacerdócio é um mergulho para dentro de si mais profundo ainda que o desenvolvimento”, completa.

Nas redes sociais Os Mensageiros de Aruanda produzem um podcast semanal, com o intuito de oferecer informações sobre seus trabalhos.

“Você não é médium apenas no terreiro”, ressalta o Pai Fernando durante o episódio “Como tudo começou”, publicado há um mês. Para ele, a Umbanda é uma maneira de viver. Ela exige conhecimento sobre a religião e, em especial, sobre si mesmo.

Conforme conta no episódio, aos 13 anos a mediunidade de Pai Fernando estava

aflorada. No mesmo período, a família se mudou, por coincidência, para frente de um terreiro. Assim que escutou o barulho do atabaque, ele correu para rua para ver do que se tratava e, na semana seguinte, começou a participar das giras. “Conversei com o Pai Beira Mar que me disse que eu era cavalo de Umbanda. E aí, como se desenvolve?

Bota a banca e vem trabalhar’’, recorda.

Para ele, começar a fazer parte dos encontros sem ter estudado, como fez, não é o melhor caminho. Em 2014, os Mensageiros de Aruanda abriram os trabalhos e o solo sagrado. “Não sabíamos nada. O guia pedia sempre para buscar e estudar”, lembra.

O primeiro e o segundo espaço de encontros rapidamente precisaram ser substituídos por uma casa maior. Segundo ele, a tendência da umbanda é mostrar que a religião tem força, e está crescendo.

Ele e a Mãe Gabi abrem o terreiro que fica na R. Bento Rosa, 3813, nas sextas-feiras. E pessoas de todas as religiões são bem-vindas para participar. Hoje, eles estão angariando fundos para um novo templo.

Ogum São Jorge

Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso.

Oxum

Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora da Conceição

Oxum é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras. É também deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor.

Exu

Santo Antônio

Orixá guardião da comunicação, mensageiro entre os homens e os deuses. Só por meio dele é possível invocar os orixás.

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As consequências físicas e psicológicas da fobia dos tempos modernos Depois do período crítico de isolamento social, foram publicados mais estudos sobre a dependência das telas. Cada vez mais, essa se torna uma preocupação não apenas dos pesquisadores, mas também de pais e responsáveis, já que a compulsão atinge, em especial, os adolescentes Júlia Amaral

de estudo e trabalho.

Em pesquisa rápida no PUBMED (plataforma de pesquisa com publicações científicas da área da saúde), percebi que existem pouco mais de 100 estudos sobre. Ainda é preciso desenvolver mais pesquisas, buscando um diagnóstico, as comorbidades e um tratamento.

Há uma discussão se a nomofobia é um vício ou se ela deve ser considerada de fato uma fobia, porque é difícil diferenciar se a pessoa se torna nomofóbica devido ao vício do celular ou se a pessoa tem um transtorno de ansiedade que se manifesta com sintomas nomofóbicos.

É comum sentir um pouco de ansiedade quando estamos longe dos celular ou redes sociais?

Existe um limite?

RAFAELA - O celular virou uma ferramenta indispensável na nossa vida e vai para além da comunicação.

Se estamos aguardando uma mensagem, e-mail, uma ligação ou precisamos do celular para resolver algo, é normal sentir um pouco de ansiedade.

Ela se torna patológica quando se torna uma preocupação excessiva e deixa a pessoa agitada, nervosa, irritada, com dificuldade de concentração, cau-

sando medo extremo ou outros sintomas físicos. É difícil colocar um limite, porque cada pessoa usa o celular para fins específicos. O limite é a consciência dos prejuízos que cada um tem após esse uso “não consciente”.

O uso saudável é ultrapassado quando a pessoa deixa de socializar, relacionar-se, sair com a família ou amigos, fazer as atividades do dia a dia ou passar tempo olhando as redes sociais.

Quais são os maiores riscos da nomofobia?

RAFAELA - Na saúde física, a nomofobia pode causar problemas muscu-

juliaamaral@grupoahora.net.br

A

compulsão por estar conectado às telas já tem um nome, é a Nomofobia. Conhecida como a fobia dos tempos modernos, estudos apontam que adolescentes e jovens adultos são mais vulneráveis ao transtorno. A psicóloga da Univates, Rafaela Schwertner, fala sobre os sintomas físicos e psicológicos que podem se desenvolver.

A HORA - Essa é uma compulsão relativamente nova.

Há quanto tempo a ciência começou a prestar atenção nesse comportamento?

RAFAELA - O termo foi usado pela primeira vez em 2008, em um estudo no Reino Unido. Em 2021 houveram mais publicações. Naquele momento, o celular passou a ser o principal dispositivo

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O uso saudável é ultrapassado quando a pessoa deixa de socializar, relacionarse, sair com a família ou amigos, fazer as atividades do dia a dia ou passar tempo olhando as redes sociais” Rafaela Schwertner Psicóloga

loesqueléticos, dor no pescoço, dor no polegar, dores de cabeça, fadiga, esforço e lacrimejamento nos olhos, dor nas costas, no ombro e punho e problemas para dormir.

Quanto à saúde mental, pode desencadear ansiedade, estresse, depressão, somatização, comportamentos de obsessão e compulsão.

Como tratar essa compulsão?

RAFAELA - A nomofobia ainda não foi incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, então atualmente as opções de tratamento são bastante limitadas. Alguns estudos promissores apresentam o tratamento com a terapia cognitivo-comportamental (TCC) combinada com intervenções farmacológicas. É importante ressaltar que os medicamentos usados são para transtornos de ansiedade ou fobias específicas, não para a nomofobia diretamente. De qualquer forma, o diagnóstico deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra.

Há algumas atividades simples que podem ser realizadas como, evitar o uso do celular durante as refeições, antes de dormir, quando está acompanhado de amigos e familiares. Praticar mais atividades ao ar livre e procurar outras formas para se entreter em momentos de tédio também podem ajudar.

Um novo espaço para a moda sustentável Leila Franz

Bibiana Faleiro

Lisi Costa

Fórum das Mulheres O Salão de Eventos da Acil lotou na terça-feira, 10. Mulheres empresárias de todas as idades participaram do segundo café da manhã do ano do Fórum das Mulheres. A palestrante da manhã foi Cíntia Agostini, economista, vice-presidente do Codevat e coordenadora do Tecnovates.

O momento foi para falar sobre a relevância do desenvolvimento regional, e deu voz ao empreendedorismo feminino na região.

Confira alguns cliques do evento!

Para unir moda e sustentabilidade, Rosângela Faedo abriu um novo negócio na Rua Capitão Leopoldo Heineck, em Lajeado, o Garimpos da Rô. Com peças vindas do Rio de Janeiro, São Paulo, e outras guardadas da família e amigos, o espaço foi montado dentro da casa dela, que é formada em moda.

Além do vestuário, o brechó também tem a proposta de reunir artistas com exposições.

A primeira delas é Louise Lampert, que faz peças como pratos, vasos e jogos de mesa em vidro.

O espaço estará aberto nas terças e quintas feiras, das 14h às 19h.

Risângela Faedo e Louise Lampert

Pratas da Casa recebe Banda Linck Adriana Abreu e Cristiane Schneider

Francine Martins, Anderson Johann e Ana Becker

Tais Berté, Sheila Ferrari Berté e Luciana Dreon

Cynara Arenhart e Aneli Kochhann

O Teatro do Sesc Lajeado recebeu a Banda Linck na quarta-feira, 11, para o terceiro show do ano do Projeto Pratas da Casa.

Quem se apresentou foi a Banda Lick, que atua na música há mais de 10 anos.

Com a presença de público nesta edição, o evento reuniu famílias que foram prestigiar o show ao som de pop, reggae e rock. Hoje, a banda é composta pelos músicos Luis Henrique Pitol Teixeira, Stéfano Lasta Collet, Leonardo Sulzbach e Vinicius Costa Ghilardi.

Dá uma olhada em quem esteve presente!

Tiago Martini, Luciane Dullius Martini e Murilo

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“De comer com a boca e falar com as mãos”

U

m amor de família que virou um empreendimento entre irmãos. Esse é o Massavero, inaugurado em dezembro do ano passado, no bairro São Cristóvão. O restaurante oferece 13 sabores de massas, combinadas com molhos, que podem ser entregues por delivery ou consumidas no local.

Milânia Wulff morou em Porto Alegre por 15 anos e, sempre que vinha para Lajeado, sentia falta de opções diferentes no mercado gastronômico da região. Na capital, ela teve um café que fechou durante a pandemia.

De volta a Lajeado, começou a estudar a possibilidade de abrir um novo negócio e percebeu que o irmão, Pierre Wulff, estava disposto a dividir a empreitada.

Tendo como referência um empreendimento da de Porto Alegre e seguindo padrões em todos os pratos, o Massavero tem agregado os lajeadenses. “Foi

uma boa recepção. O que ouço das pessoas é que faltava mesmo uma opção diferente para comer”, conta MIlânia.

Ao entrar em aplicativos de delivery, o primeiro passo na Massavero é escolher o molho, depois o tipo de

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massa e, por fim, os adicionais. Milânia conta que o cardápio será alterado em breve. “Vamos separar as carnes dos molhos. Assim deixamos os clientes mais à vontade para escolher seu prato”, explica. Lá, os produtos são orgânicos e,

de preferência, de produtores locais.

O restaurante, que fica na rua Coelho Neto, 362, em frente ao Parque Piraí, tem espaço para receber cerca de 20 pessoas. O prato mais barato custa R$16,50 e o mais caro, R$32. Há tam-

bém opções de saladas para acompanhamento e massa vegana, feitas de legumes.

O Massavero abre das 11h às 14h e das 19h às 22h de terça a sábado. Nas segundas, o empreendimento abre as portas somente ao meio dia.

Doce de uva Ingredientes

• 1 cacho grande de uvas sem sementes

Para o brigadeiro branco: • 1 lata de leite condensado • 1 colheres de margarina • 1/2 lata de creme de leite

Para o brigadeiro tradicional: • 1 lata de leite condensado • 1 colheres de margarina • 2 colheres de sopa de achocolatado em pó • 1/2 lata de creme de leite

Modo de preparo:

• Tire as uvas do cacho, lave, seque, coloque em um refratário de vidro e reserve. Separe seis uvas para enfeitar.

Para o brigadeiro branco, coloque o leite condensado e a margarina na panela e mexa o tempo todo até aparecer o fundo da panela.

• Acrescente o creme de leite e deixe esfriar.

• Para o brigadeiro tradicional, coloque o leite condensado, o achocolatado e a margarina na panela, e mexa o tempo todo até aparecer o fundo do recipiente. Acrescente o creme de leite e deixe esfriar. Cubra as uvas com o brigadeiro branco e, em seguida, cubra com o brigadeiro tradicional. Enfeite com as seis uvas.

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Lugar de arte, cultura e educação

IMAGENS JEANDRES ROSA

APRESENTA

APRESENTA

Alessandra Westenhofen

Formada pela Univates em 2021/B Orientador: Jauri dos Santos Sá

Débora Caterine Costa

debo_costa94@yahoo.com.br Bibiana Faleiro

Elementos conectam empresas e comunidade Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes

F P

bibiana@grupoahora.net.br

“Os materiais também se acilitar a interação riência diferenciada aos usu- Nos espaços internos, cada para trabalhar.

Entre as texturas, destaque destacam pela durabilidade. com e ários, explica a profissional. ambiente foi projetado conensara comunidade na cidade como oum ambiente espaço externo cultural eA construção busca ampliar a forme as necessidades dos para o equilíbrio entre os bri- O carpete, por exemplo, tem é a grande aposta do visibilidade e a interação das usuários, mas a partir da ses de madeira e o concreto uma durabilidade média. social foi a proposta do projeto da arquiteta recém- empresas com a comunidade, mesma estratégia de cores da aparente. Na parte interna, Pode ser substituído com faTrabalho de Conclusão também foram adotados car- cilidade, se necessário, mas -formada pela Univates, Dé- por isso, o projeto também área externa. do Curso (tcc) da arquiteta A cafeteria possui tom de petes para ajudar no conforto com o devido cuidado, dura bora Caterine Costa, para Aleso prevê uma cafeteria no andar sandra TrabalhoWestenhofen, de Conclusãoformada de térreo. “A ideia é atrair tanto concreto, laje e esquadrias acústico, além de painéis em bastante tempo”. pela 2021/B.penAssim,o público que trabalha e fre- escuras. A madeira, utiliza- MDF para compor cada área, Por fim, para destacar a faCursoUnivates (TCC). em O prédio, chada, foram adotados mateconforme a finalidade. da tanto nos brises, como no quenta o prédio, como a cosado como uma nova sede para foi criado o projeto MOSAICO riais como o concreto e revestiSegundo a profissional, a mobiliário, busca proporciomunidade em geral”. as três empresas que formam – Centro de Integração e Artísti- enquanto as áreas públicas como working e a biblioteca de artes, to- tempéries nos pavimentos abaixo. de um centro cultural e artístico, mentos metálicos.

Esquadrias escolha dos materiais considenar um ambiente acolhedor.

Na parte externa, cores neuo Grupo Popular, também posca, em um terreno no centro de a praça, o café-livraria, a área de dos acessados pelas vias laterais. Já A materialidade da edificação foram utilizadas cinco cores, de sui espaço para abrigar outros tras como cinza, preto e tom Os demais espaços possuem rou a disponibilidade no mer- piso-teto e pilares demarcados Lajeado, na esquina entre as ruas exposições e o auditório foram im- no pavimento superior, foi implan- é composta por estrutura metáli- diferentes tonalidades, em móde madeira foram escolhidas uma paleta de cores seme- cado, beleza, funcionalidade, também marcam a identidaempreendimentos.

Benjamin Tiradentes no sensação pavimentode inferior. espaço ensino,custo-benefício disposto ca preta, madeira cumaru, vidroe garantem veis, decorações e equipamentos, de do prédio mais e qualidade lhantes, tado porém mais de claras, transmitir Sacadas Constant, e visuais foram ado- epara plantadas Pinheiro Machado, com área aproNo pavimento intermediário com o objetivo de criar terraços e e concreto, tornando o projeto trazendo vida e alegria aos espapersonalidade ao projeto. tados para garantir uma expe- aconchego, destaca Débora. o que garante mais conforto acústica e térmica.

ximada de 2470m². ficam o setor administrativo, o coA partir do conceito inicial, a proposta buscou integrar os três principais temas do trabalho orientado pelo professor Jauri dos Santos Sá: a arte, o ser humano e o espaço público de Lajeado. De acordo com Alessandra, o programa de necessidades do projeto foi dividido em sete setores: economia criativa, centro cultural, comercial, administrativo, de ensino, de serviços e praça interativa.

“A distribuição e implantação destes setores partiu de três importantes premissas, manter parte da vegetação existente, aproveitar o desnível do terreno e criar conexões entre a edificação e a cidade, com as três fachadas voltadas para as ruas”, destaca a arquiteta.

PATROCINADORES Para isso, os setores foram divididos em blocos independentes, mas que se conectam entre si por meio de espaços abertos e passarelas. As áreas técnicas e o estaciona12 | Você. | FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE FEVEREIRO DE 2021 mento foram alocados no subsolo,

PATROCINADORES

12| |FIM Você. | FIM DE SEMANA, 14 E 15 MAIO 2022 12 DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020

gerar sombras e proteção contra in-

versátil e atemporal. Por se tratar

ços de integração.

Projeto desenvolvido para Trabalho de Conclusão de Curso, com possibilidade de ser executado.

REALIZAÇÃO

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