Você - 30/10/2021

FIM DE SEMANA, 30 E 31 OUTUBRO 2021 edição nº 315

As lendas do dia 31

Entre o Halloween e o dia do Saci-pererê, as tradições se misturam no Brasil, e refletem a influência da globalização na cultura nacional Páginas 6 e 7

Dica do Sesc

Bastidores

Uma festa de folclores e tradições

C

Esse é um costume mais recenurupira, Mula sem te, mas antes disso, outras tradições cabeça e o Saci-pererê são personagens foram adotadas de países estrangeide algumas das lenros e adaptadas ao Brasil. Como as das mais tradicionais do folclofestas de Natal. Mesmo que a data re brasileiro. Eu conheço essas seja celebrada pela religião, que independe de nacionalidade, ela histórias dos livros infantis que meus pais liam pra mim e meus é comemorada desta forma, com irmãos. Na minha infância, eles presentes e o Papai Noel por influtambém estavam em filmes e ência do cinema e da literatura, em um dos meus favoespecial, dos Estados Unidos. ritos era o Sítio do Picapau Amarelo.

Por isso, mesA Cuca também mo que dezembro era um personagem seja de calor aqui Quando dessas histórias e, no Brasil, de clima queremos por meio delas, as tropical, nossas deamericanizar os crianças de uns 15 corações são feitas anos atrás conhe- nossos costumes, com o Papai Noel ciam um pouco da deixamos alguns de vestes de invernossa cultura. no e até mesmo aldeles de lado.” gumas neves falsas.

Com o tempo, isso se tornou meE isto não é um nos frequente e, às vezes, a problema. O Natal, por exemplo, gente até esquece de algumas é a minha época favorita do ano. dessa figuras. As novas crianMas, nesse meio de influências ças talvez não os conheçam, trazidas pela música, pelo cineporque os tempos mudaram e ma, pela literatura e pelo próprio os livros infantis também. imaginário popular, algumas coiPor outro lado, outras tradisas vão se perdendo no caminho. ções foram ganhando cada vez Quem bom que criamos novas mais espaço no Brasil, como o tradições, mas quando queremos Halloween, que tem origem americanizar os nossos costumes, norte-americana. A conhecida por exemplo, deixamos alguns deles Festa das Bruxas rede lado e, aos poucos, as novas geraúne a criançada ções talvez se percam nessa mistura.

Não há uma receita certa. Mas as nas ruas para pedir doces escolas e as famílias ainda têm esse papel de ensinar o que é daqui. E a ou travessuras e os adulgente, de pesquisar, ler, entender e tos já se preperpetuar a nossa cultura. Já pensou em adotarmos no nosso calenparam com balas e dário um dia de festa em que tochocodos esses personagens, brasileiros, lates. americanos, europeus ou orientais sejam bem vindos? Bruxas, lobisomens, Sacis e Curupiras já teriam presença confirmada.

Boa leitura!

Bibiana Faleiro

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A sorte segue a coragem,

eixar as desculpas de lado e agir para a transformação. É sobre isso que fala o livro “A sorte segue a coragem!”, do escritor Mario Sergio Cortella, um dos favoritos do agente de cultura e lazer do Sesc Lajeado, Jéverson Mariani Oliveira.

A obra foi um presente que recebeu de formatura.

“Quando comecei a ler, me encantei com a forma com que o autor sugere que tenhamos bem definidos nossos desejos e a persistência pela busca dos nossos objetivos”, conta Jéverson.

Com a leitura, ele concluiu que esta é uma forma de desenvolver a coragem para abraçar melhores oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

“A sorte segue a coragem!” fala que, ao surgirem situações favoráveis no decorrer da vida, vistas como sorte, é preciso estar preparado para aproveitá-las. Sem preparo, por outro lado, a sorte em si não tem valor.

“A “má sorte” geralmente é usada para justificar os fracassos que muitas vezes ocorrem devido à falta de preparo. Já a “boa sorte” é empregada para justificar o sucesso de outras pessoas”, destaca.

Ele ainda destaca que uma pessoa considerada “sortuda”, nada mais é do que aquela que está preparada para fazer o que tem que ser feito. “Coragem não significa aventura ou impulsividade. Ela deve ser

por jéverson mariani Oliveira

encarada como uma iniciativa competente”, ressalta Jéverson.

Assim, o livro afirma que, para dar vida aos projetos pessoais ou profissionais é essencial manter o foco no que realmente interessa, estar disposto a fazer alguns sacrifícios e eliminar distrações.

Jéverson diz ter aprendido com a obra, a ter mais coragem para dar vida aos seus projetos.

Ele, que desde cedo gostava da leitura, tinha sempre um livro por perto e coleciona diversos exemplares que se apegou ao longo da vida, e que o ajudaram a cultivar o hábito.

“Gosto de desbravar narrativas. E o que seria da nossa vida se não tivéssemos uma história para contar?”.

Para ele, ler desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação e o senso crítico. O agente de cultura também acredita que a leitura estimula o raciocínio, a lógica, melhora o vocabulário, a escrita e a fala, além de aprimorar a capacidade interpretativa e proporcionar ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre diferentes assuntos.

Apresentado por

Planejamento para construir e realizar sonhos REPRODUÇÃO

Apesar da falta de produtos da construção civil no mercado nos últimos meses, Lucasa Construtora não parou trabalho, garantindo cumprimento de prazos e preços atrativos

VENDAS X MÃO DE OBRA

No início da pandemia, em razão de incertezas na economia, as vendas de imóveis tiveram uma retração.

Cenário, porém, que já mudou, avalia o diretor da Lucasa. "O mercado imobiliário vive um excelente momento.

Nossos cronogramas só não ganham um ritmo mais intenso por falta de mão de obra. Lajeado é um polo da construção civil, mas faltam pedreiros, serventes, pintores, azulejistas, gesseiros, várias profissões na área.

Em breve iniciaremos as obras de mais um prédio, o Le Blanc, no Bairro São Cristóvão”, antecipa.

Q

uem construiu ou reformou nos últimos meses reclama dos valores dos materiais de construção. E a elevação não foi pouca.

Segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), apurado pela Fundação

SAIBA MAIS

Getúlio Vargas, os preços registraram alta acumulada recorde de 32,92% no período de julho de 2020 a junho de 2021, segundo o Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI). O valor

Luiz Carlos Sartori destaca ritmo normal de obras no Condomínio Amazon

foi muito acima da inflação oficial, registrada em 8,35%.

Entre os itens que mais subiram no período avaliado estão tubos e conexões de ferro e aço (91%), vergalhões e arames de aço ao carbono (78%), condutores elétricos (76%),

sendo abastecidos e o setor projeta a retomada

está em obras a Torre A e todo o aço que será

tubos e conexões de PVC (64%), eletroduto

do seu ritmo. A tendência também é de que os

necessário para erguer a estrutura foi adquirido

de PVC (52%), esquadrias de alumínio (35%),

preços estabilizem", projeta. Apesar do cenário

antes do aumento dos preços dos materiais de

tijolo/telha cerâmica (33%), compensados

instável desde o começo da pandemia, Sartori

construção. "Isso repercute muito no momento

(30%), cimento portland comum (27%), pro-

reforça que a Lucasa Construtora não parou

da venda, pois o investidor tem a garantia que

dutos de fibrocimento (26%).

nenhum dia de trabalho. "Apenas suspendemos

a obra não será interrompida e conseguimos

atividades quando houve a publicação do decre-

manter os preços da negociação." A previsão de

to municipal restringindo o trabalho", recorda.

entrega da primeira torre é no final de 2023.

Vários motivos forçaram os reajustes, mas o principal, conforme o diretor da Lucasa Construtora, de Lajeado, Luiz Carlos Sartori, foi a redução da oferta de produtos,

SIMONE WACHHOLZ

PLANEJAMENTO

causada pela pandemia, enquanto que a de-

Sartori enfatiza que a receita da empresa

manda cresceu. "Com as restrições da pan-

para minimizar impactos é o planejamento a

demia, as pessoas passaram a ficar mais

médio e longo prazos. "Sempre que possível

em casa e perceberam a necessidade de

realizamos compras antecipadas para nossas

fazer reformas, ampliações e até mudanças

obras e, no momento em que houve falta de

para espaços maiores. Isso aumentou a de-

materiais no mercado, isso fez total diferença.

manda por produtos, ao mesmo tempo em

Ao mesmo tempo que garantimos a entrega do

que a indústria diminuiu o ritmo. Agora, mes-

imóvel dentro dos prazos, pois não paramos os

mo a indústria retomando a produção, ainda

serviços, conseguimos segurar os preços e pra-

há falta de itens no mercado", explica.

ticar valores atrativos", aponta. "Só repassamos

ESTABILIZAÇÃO O empresário acrescenta que a expectati-

Atualmente, a Lucasa Construtora finaliza o projeto de 19 apartamentos no Edifício Le Castella, que será entregue em dezembro, já com todos os imóveis vendidos; e intensifica as obras no Amazon, no Bairro Universitário, com quatro torres de apartamentos em um moderno condomínio fechado.

Recentemente, a empresa concluiu o Edifício Ferrara, no São Cristóvão, que ainda conta com duas unidades de 1 dormitório à venda.

Para o próximo investimento, o Edifício Le Blanc, a expectativa de vendas também é positiva. Em breve, o projeto será divulgado.

o reajuste do INCC, que nos últimos 12 meses aumentou 17%, enquanto que alguns materiais subiram até 90%", compara.

va, a curto prazo, é de que a situação come-

O empresário cita o exemplo do empreen-

ce a normalizar a partir dos próximos meses.

dimento Amazon, um projeto de quatro torres

"Aos poucos, os estoques das lojas estão

com 28 apartamentos cada uma. No momento,

atendimento@lucasaconstrutora.com.br |

Sartori (centro) com parte da equipe que será ampliada para início de novo projeto residencial

51 99733-7600 |

@lucasaconstrutora

Produzido por

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CONTEÚDO PATROCINADO

Temporada de piscinas do CTC inicia-se neste sábado Complexo de lazer terá horário de funcionamento diferenciado para possibilitar medidas de higienização

Horário de funcionamento

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LUCAS UEBEL CTC

Outubro e novembro: segunda das 14h às 20h e demais dias das 9h às 20h Dezembro a Fevereiro: segunda das 14h às 21h e demais dias das 9h às 21h para evitar aglomerações e atender aos protocolos de prevenção à Covid-19. Tam bém serão adotadas medidas especiais de higienização para garantir que todos pos sam frequentar a área com tranquilidade.

Seguindo uma determinação do governo estadual, a apresentação do Passaporte Vacinal será obrigatória e os sócios que ainda não solicitaram, podem enviar o comprovante por Whatsapp (51) 98216-0058 ou apresentar na Secretaria para inclusão no cadastro de sócio.

Copa CTC de Tênis confirma-se como um dos mais importantes eventos de tênis do RS Mais de 260 atletas marcaram presença na 9ª edição da Copa CTC de Tênis, realizada entre os dias 22 e 24 de outubro. O evento, um dos mais importantes do Rio Grande do Sul, teve disputas em mais de 20 categorias e reuniu os tenistas da casa, de outras cidades gaúchas e competidores de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Uruguai. Os jogos ocorreram no CTC e na Soges.

Neste ano, o torneio distri-

06/11: Rodada da Copa CTC/Construtora Diamond de Minifutebol 2021 13/11: Baile de Debutantes do CTC

A

partir deste sábado (30/10), os sócios do Clube Tiro e Caça (CTC) poderão aproveitar os dias de calor no complexo de piscinas.

A moderna e ampla área de lazer conta com piscinas para adultos e crianças e espaços para prática de atividades físicas. Além disso, os sócios e visitantes também encontram deliciosas opções de lanches e petiscos para acompanhar os momentos de lazer.

A abertura oficial da temporada de piscinas 2021/2022 foi realizada na noite de sex ta-feira, com show da banda Franchicos e pagodeira com Tego Arce & Banda. Para acessar o complexo, o públi co deve ficar atento às regras

30/10: Abertura da temporada de piscinas 2021/2022

buiu mais de R$ 22 mil entre os mais bem colocados de cinco categorias e também estreou a premiação em dinheiro para a 1ª Classe Feminina.

A 9ª Copa CTC de Tênis foi uma realização do Clube Tiro e Caça, com patrocínio de Toyota Motolândia, CBM Materiais Elétricos e Sicredi. Para o próximo ano, a diretoria de Tênis do CTC promete mais um grande evento e muitas novidades.

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Acesso às piscinas A apresentação da carteira social é obrigatória para in gresso na área das piscinas. O valor da permissão de Acesso ao Complexo de Piscinas é de R$ 30 por mês ou de R$ 60 para a temporada, sendo obrigatório para sócios a partir de 4 anos de idade completos.

A permissão poderá ser adquirida na Secretaria ou solicitada por e-mail, com pagamento feito por bole to bancário com vencimento

Março: segunda das 14h às 20h e demais dias das 9h às 20h *Menores de 11 anos não podem ingressar ou permanecer no complexo de piscinas sem um adulto responsável

máximo de cinco dias ou autorização de débito automático em conta. Na guarita das piscinas, será dispo nibilizado um formulário de autorização para compra da permissão de acesso.

Segunda fase da Copa CTC/Construtora Diamond termina no próximo sábado A segunda fase da Copa CTC/Construtora Diamond de Minifutebol 2021 está che gando ao fim. No próximo sábado (06/11) serão definidos os semifinalistas de cada divisão da Série Ouro e Série Prata do campeonato. Em função dos feriados, os confrontos de semifinais serão realiza dos no dia 20 e a grande final está marcada para o dia 27 de novembro, com uma progra mação especial para atletas e sócios do CTC.

Sócios elegem nova diretoria e 2/3 do Conselho Deliberativo Na segunda-feira (25/10), o CTC realizou a eleição de 2/3 do Conselho Deliberativo e da nova diretoria para o biênio 2022/2023. A Assembleia Geral Ordinária ocorreu no Salão Panorâmico e a eleição do Conselho contou com 245 sócios votantes.

Durante a reunião, o presidente Ney Arruda Filho apresentou o balanço das atividades desenvolvidas durante sua gestão e agradeceu o apoio

Diretoria do CTC para a gestão 2022/2023 Presidente: Fernando Röhsig Vice-presidente Administrativo: Guilherme Kuhn Vice-presidente de Patrimônio: Robledo Muller Vice-presidente de Esportes e Lazer: Rafael de Oliveira 1° Tesoureiro: Felipe André Da Silva 2° Tesoureiro: Cassiano Roveda

dos sócios e demais integrantes da diretoria e Conselho da entidade. O atual vice-presi-

dente Administrativo, Fernando Röhsig, assume a presidência nos próximos dois anos.

Cultura

Lajeado recebe IV Mostra Sesc de Cinema

Com exibição de seis produções no Teatro do Sesc, evento está programado para 8 de novembro.

O ingresso é a doação de 1 kg de alimento não perecível

C

om curtas e longas produzidos no Vale do Taquari e no estado, o Teatro do Sesc Lajeado recebe a IV Mostra Sesc de Cinema no dia 8 de novembro, das 19h às 20h. No

município, serão exibidas seis produções.

Com público limitado, os ingressos estão disponíveis no setor de atendimento ao cliente do Sesc, com a doação de 1kg

de alimento não perecível. Será obrigatório o uso de máscara e apresentação do passaporte vacinal ou carteirinha de vacinação que comprove as duas doses.

A mostra é resultado do edital nacional para seleção de filmes nas modalidades curta, média e longa-metragem. O projeto tem o intuito de contribuir na difusão da produção cinematográfica brasileira e incentivar a linguagem audiovisual.

Depois de 2020 sem o evento, a iniciativa bateu um recorde de inscrições, com mais de 1,9 mil obras de cineastas de todas as regiões do Brasil. No estado, serão 19 produções que representam o panorama atual da produção audiovisual gaúcha. Destes, três filmes foram produzidos com temáticas indígenas e as mulheres estão à frente de 13 obras selecionadas.

Além disso, dois filmes tiveram direções do Vale do Taquari: Corpo mudo, de Marce-

la Schild, e Cacicus, dirigido por Gabriela Dullius e Bruno Cabral Gassen.

Além de aspectos técnicos e narrativos, a seleção considerou também elementos sociais, diversidades de linguagens, representatividades de gênero, raça, cor e territórios. As obras tratam sobre questões de paradigmas sociais e contemporâneos, que falam sobre resiliência, isolamento, traumas psicológicos, superação, apagamentos históricos, presença e invisibilidade.

A mostra gaúcha conta com trabalhos de 10 cidades. Entre elas, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Três Passos, Canoas, São Francisco Paula, Santa Maria, Restinga Seca, Pelotas, São Miguel das Missões e Viamão.

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COMPORTAMENTO

Do folclore brasileiro ao Além do Dia das Bruxas, no 31 de outubro é também comemorado o dia do Sacipererê. No Brasil, as celebrações se misturam nas fantasias das crianças e, além dos fantasmas e vampiros, alguns personagens das lendas brasileiras também são vistas pedindo “doces ou travessuras” nas ruas da região

B

ruxinhas, vampiros, fantasmas e lobisomens começam a aparecer nas fantasias de crianças no fim de outubro. O dia 31 foi escolhido para celebrar o Dia das Bruxas, também conhecido como Halloween. Apesar de uma tradição de cultura norte-americana, a festa tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil e passou a fazer parte do calendário nacional em 2003.

A história da celebração iniciou com os povos celtas e romanos, que cultuavam deuses como o da morte e a deusa dos pomares e jardins há mais de 3 mil anos, conforme conta a professora de Língua Inglesa Salanda Lourenço Sant’ Ana. Os celtas também celebravam o fim do verão e a passagem do ano em um festival que iniciava dia 31 de outubro e terminava em 02 de novembro. Naquela época, acreditava-se que no dia 1º, os mortos voltavam e toma-

vam conta do corpo dos vivos, por isso as pessoas se vestiam de fantasmas, bruxas e outras fantasias que assustavam os espíritos.

Aqueles que recebessem visitas e tivessem algo para dar seriam protegidos dos maus espíritos” Salanda Lourenço Sant’Ana professora de Língua Inglesa

No Colégio Mellinho, as crianças se fantasiaram de diferentes personagens para celebrar o Dia das Bruxa

Salanda destaca que o Halloween é uma festa pagã e recebe o nome por ser celebrada na véspera do dia de todos os santos (All Hallows Eve). Na data, em países como Irlanda, Inglaterra, Escócia e, em especial, Estados Unidos e Canadá, as cidades são decoradas para o Halloween, assim como as escolas e as casas, e

as crianças vão às ruas fantasiadas pedindo “doces ou travessuras”.

“Isso está relacionado com o início da história da data, quando as pessoas iam umas às casas das outras e pediam donativos, verduras, frutas e doces. Na época entendia-se que aqueles que

recebessem a visita de outros e tivessem algo para dar seriam protegidos dos maus espíritos”, conta Salanda.

O despertar da tradição Para os brasileiros, a data ga-

nhou força nas escolas tradicionais e de idiomas e, no Colégio Mellinho, as crianças se fantasiaram e receberam um lanche coletivo para comemorar o Halloween na sexta-feira.

A tradição também está nos lares com crianças, grupos de adolescentes e famílias.

Personagens do Halloween

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Lobisomem

Bruxa

Fantasma

diz a lenda que, nas noites de lua cheia, um homem se transforma em lobo e ataca as pessoas na rua. O personagem é conhecido tanto na cultura brasileira quanto norteamericana.

representada pela figura de uma mulher idosa, com nariz grande e verrugas, além do vestido preto e chapéu pontiagudo, e com poderes mágicos.

também conhecido como alma penada, sua aparência tradicional é representada por um lençol com buracos.

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Vampiro figura mitológica que se “alimenta” de sangue humano. O mais conhecido é o Drácula.

costume do Halloween BIBIANA FALEIRO

Essa tradição ainda existe mas, em muitos casos, foi deslocada para outros ambientes” Cesar Goes

sociólogo e professor

Para resgatar a cultura

as. Além das mais tradicionais, no Brasil, heróis e figuras de séries e filmes também são encontradas No loteamento Mallmann, em Lajeado, é o quarto ano que os moradores se reúnem para organizar uma festa das bruxas. A cada edição, cerca de 40 crianças saem em grupo para pedir doces nas casas mais próximas.

A ideia surgiu em um grupo

de mães que se reunia no final do dia para tomar chimarrão enquanto os filhos brincavam.

Um dia, resolveram fantasiar as crianças para o Halloween, e assim foi criada a tradição. Quem tomou a frente foi Claudia Arend, mais conhecida como Toti, que também ficou respon-

sável por, todo ano, criar um convite e deixar nas caixas de correio dos moradores.

Este ano, a festa foi nesta sexta-feira e, depois da atividade das crianças, as famílias organizaram uma confraternização, com direito a doações de uma rede de supermercados.

O 31 de outubro, no entanto, é também o dia do Saci-pererê, criado a partir de um projeto de lei que tem como objetivo resgatar mitos do folclore nacional.

E, mesmo no Brasil, a celebração não é tão conhecida quanto o Halloween. Por outro lado, na própria festa das bruxas, alguns personagens do folclore nacional aparecem, como o Curupira, a Mula sem cabeça ou o Lobisomem, que é também uma figura tradicional norte-americana.

O sociólogo e professor da Universidade de Santa Cruz do Sul, Cesar Goes explica que o Halloween passou a fazer parte do calendário nacional a partir da globalização. Ele destaca que nos países latino americanos já existem tradições lúdicas e festivas que fizeram com que o Brasil absorvesse o Dia das Bruxas, mas com novos perso-

nagens e costumes.

Goes explica que o folclore é criado a partir de narrativas constituídas pela memória de um grupo social particular. “São expressões vinculadas a tradições que se transformam em lendas, questões que simbolizam a vida desse grupo. Elas estão nas pinturas, encenações, danças, e na linguagem artística”, comenta.

Pela extensão do Brasil, no entanto, essas lendas são diferentes em cada região. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o Negrinho do Pastoreio é um personagem conhecido, que simboliza os negros que, como escravisados, trabalhavam em propriedades rurais. Outras figuras que aparecem no sul são o João-de-barro, Sepé Tiaraju, Boitatá, quero-quero e Salamanca do Jarau.

Mas, a partir da década de 30, a literatura, em especial com Monteiro Lobato, fez com que personagens como o Curupira e o Saci-pererê deixassem de ser apenas regionais e passassem a ser reconhecidos em todo o território nacional.

Por gerações, essas lendas eram lidas para as crianças antes de dormir. Hoje, o processo se modernizou. “Essa tradição no círculo familiar ainda existe mas, em muitos casos, ela foi deslocada para o ambiente escolar e para outras produções. Hoje é também ofertada pelas mídias, uma característica das gerações a partir dos anos 80”, destaca Goes.

Personagens do folclore brasileiro Curupira

Boitatá

menino com cabelos vermelhos e pés virados para trás. Protetor da fauna e da flora, o Curupira assobia e deixa pegadas com os pés virados, para enganar os desbravadores.

de origem tupiguarani, significa “cobra de fogo” e é representado por uma grande serpente de fogo que protege os animais e as florestas.

Mula sem cabeça diz a lenda que ela se manifesta quando uma mulher namora um padre e, por maldição, ela é transformada em mula.

Saci-pererê

menino negro que possui uma perna só, fuma cachimbo e usa uma carapuça vermelha com poderes mágicos. Travesso e brincalhão, o Saci aparece como um redemoinho e gosta de assustar pessoas.

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Lente Social

Dia de festa do Porto de Estrela Leila Franz

Bibiana Faleiro

Lisi Costa

O dia bonito e o clima agradável foram essenciais para tornar a abertura da Estrela Multifeira um sucesso. No primeiro dia de evento, empresários e entidades marcaram presença no Porto para o início da primeira grande feira da região desde o início da pandemia.

Os seis dias de evento prometem trazer ne-

gócios, inovação e muito entretenimento, com shows de bandas regionais e estaduais. Não vai faltar opção para a comunidade curtir os dias de temperaturas mais amenas que já aparecem por aqui. Além do gostinho de participar das programações culturais mais uma vez!

Confira alguns cliques da abertura!

Aline Franz, Daniele Scheibel Diehl e Airton Mattes Angela Simone de Castro e Maira Decker

Clair Sibila Firnkes e Marlia Muller

Sergio Lindemann e Luciani Valentini

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E

m meio às árvores, um varal de luzinhas e um moinho na entrada de uma residência ampla em tons terrosos.

Esse é o cenário para quem visita a Casa do Moinho, Livraria e Café, localizada na Estrada Arroio Grande, 1350, em Arroio do Meio. É lá que vive Gustavo de Freitas Bildhauer, com a mãe Rita de Cássia Freitas de Assis, o padrasto Samuel Gattermann e os dois irmãos. Mas, com o gosto da família por livros e cafés, surgiu a ideia de abrir a residência para também receber clientes e amigos.

Assim, o andar de cima foi reservado para a moradia, e o térreo e a área externa serviram para montar o estabelecimento gastronômico e comercial, com venda de livros, lanches e bebidas quentes e geladas.

Um deck foi construído para atender a demanda e proporcionar um ambiente ao ar livre, com luzes amarelas que trazem aconchego para espaço bem arborizado. Na decoração, também está um moinho que ficou em construção durante um ano.

O espaço está aberto nas sextas-feira, das 14h às 21h, nos sábados, das 9h às 21h e nos domingos das 11h às 20h.

Com apenas quatro meses de atendimento, a casa já ganhou o gosto dos visitantes e, hoje, oferece almoços com massas e risotos no valor de R$ 24 a R$ 35. Entre os sabores, estão risotos de damasco com gorgonzola, frango sálvia e laranja e escondidinho de aipim com carne de panela.

Além de sete tipos de massas acompanhadas por molhos de tomate seco cremoso, queijos ou pesto.

Além disso, também é possível marcar um dia de piquenique nos jardins da residência, com uma cesta colonial composta por produtos da região, como queijo, linguiça e

Sabor e aconchego na Casa do Moinho DIVULGAÇÃO

geleias, e uma cesta gourmet, com um paladar mais refinado, composta por presunto, queijo gruyère e outros alimentos. O ideal é que, neste caso, o pedido seja feito com 24h de antecedência.

Também no cardápio, estão pastéis, quiches, cheesecakes, tortas, mini pudim e churros, vendidos entre R$ 3 e R$ 17.

Além de uma tábua de frios, cafés a partir de R$ 4,50 e bules de chá (R$ 18).

Para os dias mais quentes, foram pensados em drinks e

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caipirinhas. Além da opção de batatas e polentas fritas, batata sorriso e anéis de cebola para acompanhar cervejas das marcas Heineken, Corona, Stela e Budweiser, assim como a carta de vinhos e espumantes.

A ideia é também abrir o espaço para eventos. Casamentos e formaturas já foram organizadas no lugar, além de locação para ensaios fotográficos. Os agendamentos podem ser feitos por meio do instagram @casadomoinho.

FOTOS BIB

IANA FALE

IRO

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IMAGENS JEANDRES ROSA

APRESENTA APRESENTA

Luana Stefani dos Santos Arquiteta e urbanista formada em 2021/A Orientador: Jauri dos Santos Sá

Débora Caterine Costa

debo_costa94@yahoo.com.br

D F

ar luz a problemas sociais que ageram granacilitar interação de impacto na vida com a comunidadedee é a funcionaofamílias ambiente externo lidade doéIpês Residence - Cona grande aposta do junto de Habitação de Interesse projeto da arquiteta recémSocial.

O projeto da arquiteta -formada pela Univates, Déebora urbanista Luana Stefani doso Caterine Costa, para Santos, formada pela Univates Trabalho de Conclusão de em 2021/A, foi O orientado Curso (TCC). prédio, pelo penprofessor Sá, sado comoJauri umados novaSantos sede para como de Conclusão de as trêsTrabalho empresas que formam Curso (TCC) e busca dar ateno Grupo Popular, também posção ao sistema habitação sosui espaço paradeabrigar outros cial do Brasil. empreendimentos.

De acordoe visuais com Luana, pesSacadas forama adoquisa buscou responder tados para garantir uma quesexpetões pertinentes para projetos futuros, a fim de contribuir para o desenvolvimento social e humano. “A proposta visa a concessão de habitações a suprir esse déficit atual de Lajeado. O projeto contemplará em torno de 180 famílias e, dentre elas, famílias carentes que vivem em situação precária ou que ficam desabrigadas por enchentes”, destaca a arquiteta.

Além de atender a demanda habitacional, a ideia é também proporcionar melhor qualidade de vida aos atendidos. A estrutura propôs um condomínio de edifícios, buscando manter características de uma arquitetura sustentável e com qualidade, que acomodará apartamentos de um, dois e três dormitórios.

Acessibilidade e inclusão em um condomínio habitacional Elementos conectam empresas e comunidade Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes riência diferenciada aos usuários, explica a profissional.

A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”.

Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas Para transmitir incluir a população para sensação de baixa renda, odestaca condomínio está aconchego, Débora. projetado em um local com potencial de crescimento econômico, próximo a equipamentos urbanos, áreas comerciais e a linhas de transporte público. Assim, é possível garantir uma moradia digna, com padrões mínimos de acessibilidade, sustentabilidade e segurança.

Já para o suporte dos moradores, o conjunto conta com estacionamento individual para cada apartamento, quadra poliesportiva, um centro comunitário voltado para a Avenida dos Ipês, e lojas térreas que ficam no bloco voltado para a Avenida Benjamin Constant.

“A estrutura é composta por alvenaria estrutural e lajes em concreto. Além das esquadrias e corrimãos em alumínio preto.

PATROCINADORES PATROCINADORES

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Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado conforme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa.

A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor.

Os demais espaços possuem uma paleta de cores semeNos dutos porém de ventilação utilhantes, mais foi claras, lizado cobogó de concreto para o queogarante mais conforto o fechamento e para compor a fachada”, destaca Luana.

Os edifícios foram pensados de forma modular e, apenas com a movimentação das portas, os apartamentos do térreo podem ser adaptados para atender pessoas com deficiência. Além disso, os acessos são feitos por rampas e escadas.

para trabalhar.

Entre as texturas, destaque para o equilíbrio entre os brises de madeira e o concreto aparente. Na parte interna, também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.

Segundo a profissional, a escolha dos materiais considerou a disponibilidade no mercado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.

“Os materiais também se destacam pela durabilidade.

O carpete, por exemplo, tem uma durabilidade média.

Pode ser substituído com facilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura bastante tempo”.

Por fim, para destacar a fachada, foram adotados materiais como o concreto e revestimentos metálicos. Esquadrias piso-teto e pilares demarcados também marcam a identidade do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.

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