Negócios em Pauta - 11/07/2020

ENTREVISTA ESPECIAL Natural de Antônio Prado, André Versa Damiani seguiu a tradição empreendedora de diferentes gerações da família. Hoje, ele dirige a Florense Lajeado e a construtora DNW. Vale do Taquari

Fim de semana, 11 e 12 de Julho de 2020

Edição 66

INOVAÇÃO: da teoria à prática

Páginas 4 e 5

Gestores da Alvap, American Nutrients, BIMachine e Inovates apontam caminhos para agir Alberto Valdameri, Daiane Carvalho, Ana Paula Thesing e Michel Machado debateram práticas capazes de transformar a cultura das empresas na primeira Live Negócios em Pauta de julho. Páginas 6 e 7

Evento foi transmitido ao vivo pelo Facebook e 102.9 FM, na data que marcou o aniversário de 18 anos do Grupo A Hora e os 100 dias de Rádio A Hora

Página 4 e 5

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Fim de semana, 11 e 12 de Julho de 2020

OPINIÃO

Realização

Para não ficar no discurso

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

Pandemia e a digitalização das empresas

P

oderia ser de outra forma, mas a pandemia de coronavírus acelerou as tendências que já eram apontadas por especialistas para o futuro dos negócios. A digitalização das empresas é uma delas, muito falada, mas com poucos exemplos de aplicação na prática – até o advento do distanciamento social, quando a necessidade ficou posta.

O tema foi debatido pela Federasul no dia 8 de julho, durante live em que foi apresentado estudo sobre o comportamento do consumidor após os 100 primeiros dias

FEDERASUL

de isolamento. O CEO do hub estratégico G5, João Satt Filho, apresentou dados da pesquisa que, segundo ele, indica um amadurecimento coletivo e uma imersão forçada ao mundo digital.

Ao todo, 70% dos entrevistados afirmam que as mudanças no estilo de vida e consumo devem se manter após o fim da pandemia. Um dado relevante para o futuro dos negócios.

MARCANTE E ATUAL

Apoiadores

O consumidor passou a ser o principal elemento de pressão por mudanças dentro das organizações. É ele que exige respostas mais rápidas para o atendimento das suas necessidades.”

Julio Motin

diretor presidente da Dimed durante o Empreinove, em novembro de 2019

Fruki lança refrigerante exclusico para SC

VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

A Fruki anuncia lançamento de um sabor de refrigerante exclusivo para os consumidores de Santa Catarina. A Laranjinha Fruki chega ao mercado na segunda quinzena de julho, na versão PET 2 litros.

Presidente da empresa, Aline Eggers Bagatinin afirma que o novo sabor atende a uma demanda do público catarinense. “Sempre que

migramos para outras cidades, estudamos a realidade e comportamento do consumidor.”

Em fevereiro, a Fruki fez pesquisas em todas as regiões de Santa Catarina e ofereceu amostras do novo refrigerante para diversos parceiros, que já comercializam outros produtos da empresa. A resposta positiva levou à concretização do projeto.

A primeira Live do Negócios em Pauta de julho não poderia ter sido mais instigante. Com o tema Inovação: como sair do discurso para a prática, o evento foi transmitido ao vivo no primeiro dia do mês – na mesma data que marcou os 18 anos do Grupo A Hora e os cem primeiros dias da Rádio A Hora.

Tive a honra de mediar o debate, de altíssimo nível graças à qualidade dos convidados. Representando Alvap, BIMachine, American Nutrients e Inovates, Alberto Valdameri, Ana Paula Thesing, Daiane Carvalho e Michel Machado contribuíram com o conhecimento de quem vive a inovação no cotidiano.

Esse novo ambiente de negócios floresce na cooperação entre empresas de diferentes setores, no compartilhamento de ideias e nos projetos realizados em conjunto. Se torna robusto com o uso de metodologia científica e a busca incessante por conhecimento – o papel da academia nunca foi tão relevante.

Foram quase duas horas de conversa que podem ajudar a transformar o discurso e o conceito da inovação em ações práticas nas mais diferentes realidades. O conteúdo completo está disponível no Facebook do Grupo A Hora, uma das vantagens do formato Live, e o resumo nas páginas dessa edição do caderno.

Em tempo Parceira do A Hora no projeto Negócios em Pauta (e em muitas outras iniciativas), a Acil também aposta nas Lives para retomar os tradicionais eventos de qualificação empresarial promovidos pela entidade. No dia 30 de junho, a associação realizou evento virtual com o sócio-diretor da Docile Alimentos Ricardo Heineck, com o tema “A retomada da indústria pós-pandemia.”

Boa Leitura!

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Fim de semana, 11 e 12 de julho de 2020 Apresentado por

Reconhecimento facial inteligente:

mais segurança em sistemas de CFTV Equipamentos instalados pela Olicenter agregam diversas funções de inteligência artificial

A

linha de câmeras inteligentes para circuito fechados (CFTV) disponibilizada pela Olicenter agrega funcionalidades que ampliam a segurança de empresas e instituições.

A instalação dos equipamentos fabricados pela empresa catarinense Intelbras faz parte dos serviços oferecidos a partir da fusão entre a Olicenter e a F1, empresa especializada em sistemas de CFTV. A Inteligência Artifical embarcada

nos produtos desempenha um papel-chave ao integrar-se a sistemas de segurança e vigilância baseados em vídeo, aumentando sua eficácia e alcance. O sistema de CFTV que conta com IA integrada analisa o ambiente e utiliza a capacidade de aprendizado para compreender sua rotina.

Também reconhece situações atípicas e alerta imediatamente os responsáveis, que, desincumbidos das tarefas agora executadas pelo sistema, podem dedicar-se à rápida solução do problema. Com foco no que é essencial, o operador toma decisões mais precisas, e o risco de falha humana diminui consideravelmente.

Uma das tecnologias integradas no sistema é a de reconhecimento facial.

Sua utilidade é bastante variada, indo desde a autenticação do acesso a ambientes restritos com base na leitura do rosto de pessoas autorizadas até a identificação de criminosos e infratores, cujas ações são captadas por câmeras de monitoramento.

A tecnologia de reconhecimento fa-

Combate à covid-19 cial pode ser utilizada em diferentes setores da economia. No caso do varejo, pode ser aplicada tanto para identificar a entrada de clientes VIP na lojas quanto para evitar furtos e roubos.

Projeções apontam que o mercado de Biometria Facial deve valer mais de R$ 7 bilhões em 2020. Seja no combate à violência, na restrição de acesso a ambientes e dados ou em qualquer outra aplicação possível, o uso dessa tecnologia cada vez mais refinada e eficaz se expande dia após dia.

A linha de equipamentos inteligentes também ajuda nas ações de combate à pandemia de Covid-19. O sistema verifica a temperatura das pessoas que aparecem nas imagens, dispara um alarme e reconhece o rosto de quem estiver com febre.

Ainda é capaz de distinguir uma pessoa de um animal ou objeto quente, podendo ser usada também na medição de temperatura de equipamentos, controle de incêndio e invasões. A inteligência artificial do sistema também verifica se a pessoa está ou não de máscara.

Capaz de medir a temperatura e reconhecer até 15 pessoas simultaneamente, a ferramenta agiliza o controle de acesso em locais de grande circulação, evitando filas e aglomerações.

Produzido por

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ENTREVISTA

ANDRÉ DAMIANI

"Empreender é aprender todos os dias" André Damiani dirige a Florense Lajeado e também é diretor da construtora DNW

N

ascido em Antônio Prado, na Serra, André Versa Damiani tem o empreendedorismo como herança de família.

Filho de lojistas, neto e bisneto de pioneiros do empreendedorismo na Serra Gaúcha, aprendeu desde cedo o valor do trabalho e de servir outras pessoas.

No fim dos anos 1980, aos 18 anos, se mudou para Porto Alegre para cursar Administração de Empresas na Pucrs e iniciar a trajetória profissional. Trabalhou no governo do Estado, na Assembleia Legislativa e como bancário e gerente, antes de entrar na primeira sociedade.

Aos 24 anos e sem dinheiro, recebeu a oportunidade de comandar a franquia da Florense em Lajeado. Hoje, a loja é responsável por atender uma área que inclui as regiões de Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo e Santa Rosa. Além de administrar a franquia, ele divide com outros dois sócios a direção da construtora DNW.

- De onde vem o seu interesse pelo empreendedorismo?

André Versa Damiani – Sempre trabalhei em busca de um propósito e o fato de ser, hoje, também construtor, tem a ver

com entregar algo concreto. É tentar conduzir o sonho de alguém. Ouvindo as histórias da minha mãe, hoje com quase 80 anos, percebo essa relação familiar. Na década de 1920, 1930, meu avô transportava os porcos de Antônio Prado, atravessava o Rio das Antas de balsa e levava os animais até Torres, para vender em um frigorífico. Depois, ele teve uma casa comercial e acabava sendo intermediário entre o colono da redondeza e o industrial. Na cultura em que

me criei, o servir sempre fez parte do espírito da família. Do outro lado, meu bisavô era muito empreendedor. Ele fundou a vila Versa, em Vacaria, fundou escola, foi vereador e fez igreja.

– Qual a sua formação ?

Damiani - Minha infância foi na cidade de Antônio Prado. Quando terminei o ensino fundamental, com 14 anos, eu pedi para estudar em um internato em Bento Gonçalves. Me formei em Técnico de Agropecuária. Depois, fiz

vestibular para Administração na Pucrs e na UCS. Passei nos dois e perguntei para o meu pai se ele me dava oportunidade de morar em Porto Alegre. Ele fez um esforço muito grande para que eu pudesse morar na Capital. Precisava alugar apartamento, conseguir fiador e um mundo de coisas que nem sabíamos. Minha mãe ficou trabalhando na loja e ele foi comigo para resolver tudo. Eu tinha que fazer a matrícula da faculdade e ainda não tinha comigo a avaliação do meu trabalho de conclusão. Saímos de Antônio Prado, passamos em Bento Golçalves no internato para pegar o documento e depois fomos para Porto Alegre.

Depois da matrícula, fomos atrás do apartamento e aí meu pai se deu conta de que eu iria estudar apenas de noite. Assim começou também a minha vida profissional.

– Como foi o início?

Ser também construtor, tem a ver com entregar algo concreto. É tentar conduzir o sonho de alguém."

Damiani - A dona Elza Sartori mora bem perto da nossa casa em Antônio Prado. Meu pai tinha o telefone do José Ivo Sartori e na época ele nos recebeu na Secretaria do Trabalho. O pai pediu se ele arrumava serviço para eu não ficar sem fazer nada durante o dia. Ele disse que tinha serviço, mas não trabalho, porque não poderia pagar. Fiquei mais de seis meses trabalhando sem

cargo, sem nada, mas foi o compromisso que assumi com meu pai para ficar em Porto Alegre.

Logo, o Sartori saiu da secretaria e foi para Assembleia Legislativa. Lá ele tinha um salário para mim. Isso era 1988, antes do Collor. Naquele momento tinha um preconceito com quem trabalhava no poder público. Minha experiência era de tentar outra oportunidade de emprego e não achava, porque as pessoas tinham preconceito com quem trabalhava na Assembleia.

– Quando começou a sua relação com o mercado de móveis?

Damiani – Meu primo tinha uma fábrica de móveis em Antônio Prado. Em um período de férias perguntei se poderia aprender sobre como funciona uma indústria. Fiquei três semanas trabalhando lá. Ele fez um roteiro e passei em todos os setores da produção. O último estágio foi analisar os custos e preencher as planilhas. Depois, ele me indicou para um representante de móveis em Porto Alegre, onde eu ganhava muito pouco. Como minha família era de lojistas, ajudei a tocar uma loja. Mas logo arrumei emprego em um banco, com um outro primo meu. Também não

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Viemos para Lajeado e buscamos um indicador técnico para tomar a decisão. Fui na prefeitura e pedi o guia do IBGE. Quando olhei o perfil da região, baseada em mini-fúndios, sabia que estaria em casa."

eles ampliaram, chegaram a abrir quatro unidades. Eu ganhava por parte de uma loja e trabalhava por quatro, então decidi sair. gostei daquilo. Teve uma greve e, quando terminou, pedi para sair. Daí, procurei o Zé (Sartori) novamente. Ele disse que eu sempre teria emprego porque trabalhava sábado, domingo, de noite, qualquer hora. Fiz uma campanha inteira e, quando terminou, perguntei a um amigo que tinha um negócio de móveis se poderia trabalhar. Ele ia abrir uma nova loja e fechar uma antiga, no bairro Petrópolis, em Porto Alegre. Eu disse que se ele me pagasse cinco por cento do que for vendido eu abria e fechava a loja, faria entregas e a montagem. Comecei a empreender alí.

mais ser autônomo e ganhar só para pagar contas e fazer festa.

Até que o pessoal da loja perguntou se eu queria ser sócio. Meu pai vendeu o carro que tinha, comprou um Fusca e, com a diferença, ficamos com uma porcentagem pequena da unidade que ficava na Cristóvão Colombo. Naquela época era uma área de muito glamour, o centro moveleiro da cidade. Fiquei como gerente dessa loja por dois anos. Depois

– Como foi assumir essa responsabilidade?

Damiani - Eu sentava nos fundos para fazer montagens, em cima tinha uma mesinha e atrás várias caixas. Fiquei quase um ano nessa lojinha e esse meu colega arrumava muita coisa diferente para vender, bateria, saxofone, móvel e tudo que era tralha. Era quase um brick. Depois de um certo tempo, resolveram fechar e eu fui para a loja original dele. Isso era abril ou maio de 1991. Eu estava acabando a faculdade, com 21 anos. Fiquei 3 meses naquela loja e ganhei bem.

Me formei e comecei a procurar um trabalho para mim. Não queria

Damiani é filho, neto e bisneto de empreendedores da Serra Gaúcha

– Quando começa a sua relação com a Florense?

Damiani - Nessa época, vendíamos uma linha da Florense e fui na fábrica perguntar se tinha oportunidade de ir para outro lugar com a marca deles. Comecei a negociar para ir para Curitiba, o que era loucura. Eu era um piá, de 24, 25 anos, e não tinha nem dinheiro. Eu dividia apartamento com o Renato e um dia ele me disse que a Florense ofereceu uma franquia no interior. Era meu sonho de consumo ser franqueado da Florense.

Isso foi dezembro. No dia 7 de janeiro eu estava franqueado. Nós podíamos escolher Santa Maria e Santa Cruz do Sul, ou Santa Cruz e Lajeado. Fomos para Santa Maria e vi que não teria muito espaço ali. Chegamos em Santa Cruz e gostamos do lugar. Viemos para Lajeado e buscamos um indicador técnico para tomar a decisão. Fui na prefeitura e pedi o guia do IBGE. Quando olhei o perfil da região, baseada em mini-fúndios, falei para o Renato que a gente era colono de Antônio Prado e Flores da Cunha, então aqui estaríamos em casa.

Talvez, a gente nunca ganhe muito dinheiro, mas não vamos perder, porque o pequeno produtor sempre guarda uma reservinha, então iriam nos pagar. A partir daí montamos a Florense Santa Cruz

e, depois de três anos, a Florense Lajeado. Nunca investimos dinheiro, sempre trabalhamos com financiamento. Precisei que as pessoas acreditassem no meu trabalho, no meu esforço e competência. A minha trajetória de estar na Florense, depois na DNW, foi buscar credibilidade para ter crédito.

riamos fazer produtos com custo-benefício muito bom para o cliente e fomos construindo. Cuidamos muito para fazer a melhor obra que conseguimos fazer.

– Por que a decisão de empreender também na construção civil?

Damiani - Na loja de móveis, eu não vendo meu showroom. Se eu passar o mês inteiro fazendo orçamento e não vender nada, só tenho custo. A Florense hoje é a principal marca do Brasil e da América Latina.

São só quatro lojas no RS, uma delas em Lajeado. Tem em Porto Alegre, Pelotas, Caxias, São Paulo, Nova Iorque, Chicago. É uma bandeira forte.

Mas, se eu for mal, tenho custo. Na construtora, se eu for mal, tenho o imóvel. Tenho um respaldo muito forte da Florense, a garantia de que os clientes vão receber, não importa o que aconteça comigo, mas não tinha garantia de que minha família talvez tem que ter algo. Eu sou um empreendedor com um pé bem fincado no chão. Faço o que consigo de forma segura. O empreendedor precisa aprender todos os dias, porque as coisas mudam a cada instante.

Damiani - É uma coisa antiga, porque meu pai sempre gostou de comprar terreno e eu olhava muito isso. Gostava de entrar e sair de obras e ver o que dava certo. Era uma oportunidade de gerar renda.

Naquele momento a minha Florense atendia apenas o Vale do Taquari.

Hoje atendemos também o Vale do Rio Pardo e as regiões de Santa Maria, Passo Fundo e Santa Rosa. Já era amigo dos meus dois sócios, o Leandro Wendt e o Marcos Nesello e tínhamos a mesma característica de querer fazer o melhor. Fomos construindo um negócio juntos.

Nós testamos fazer duas obras juntos, antes da DNW. Construir é um aprendizado e é apaixonante. Que-

– Qual a diferença entre trabalhar nessas duas áreas?

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WORKSHOP

Gestores mostram como inovar na prática Live do Negócios em Pauta aponta as ações que tornaram Alvap, American Nutrients e BIMachine em empresas inovadoras

P

alavra da moda no universo do empreendedorismo, a inovação se tornou necessária diante do avanço tecnológico, das mudanças no comportamento dos consumidores e do surgimento de negócios disruptivos. Diante da pandemia, inovar se tornou urgente, assim como ficou evi-

O processo para trabalhar com ozônio iniciou em 2003, quando eu ainda era estudante na PUCRS e tive acesso a uma bolsa de pesquisa” Alberto Valdameri

dente a dificuldade de transformar o discurso da inovação em ações práticas.

A primeira Live do Negócios em Pauta no mês de Julho reuniu gestores de empresas inovadoras da região e da Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates) para abordar o tema. Participaram do evento o diretor da Alvap, Alberto

No ano passado tivemos dois projetos contemplados no edital Gaúcho de Inovação, pelo qual desenvolvemos dois novos produtos, um deles com base em nanotecnologia” Daiane Carvalho

Valdameri, a CMO da BIMachine, Ana Paula Thesing, a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da American Nutrients, Daiane Carvalho e o Gestor da Inovates, Michel Machado.

Alberto Valdameri afirma que o processo de inovação faz parte da história da Alvap.

Segundo ele, a empresa pesquisa, cria e produz soluções para colocar no mercado com uso de ozônio. “O processo para trabalhar com Ozônio iniciou em 2003, quando eu ainda era estudante na PUCRS e tive acesso a uma bolsa de pesquisa para investigar o uso do elemento no tratamento da água do Arroio Dilúvio.”

Valdameri ficou responsável por criar o gerador de ozônio do sistema. Lembra que na época não havia nenhum livro na biblioteca da PUCRS sobre o elemento. Após três anos de pesquisa, foi possível construir uma estação de tratamento com ozônio que dispensa o uso de produtos químicos.

“Quando me formei, desenvolvi esse gerador de ozônio e fui contratado pela empresa WAP, de Curitiba. Lá, ajudei a desenvolver um lava-jato para desinfecção”, lembra. Depois de um ano e meio na WAP, Val-

dameri foi contratado por outra empresa para desenvolver um sistema de tratamento de efluente para aviação agrícola, onde ficou por três anos. “Depois disso, abriu edital na Univates, em Lajeado. Eu estava cansado de Porto Alegre, sempre gostei daqui e vi que era hora de caminhar sozinho.”

O primeiro projeto da Alvap foi para a criação de um sistema de tratamento de água para hidroponia. Hoje, a empresa desenvolve projetos principalmente para o agronegócio, segurança de alimentos e, recentemente, também nas áreas de saúde e estética.

Uma das parcerias da Alvap no setor de alimentos é com a

Fornecemos aplicações analíticas com as quais você conecta os dados e consegue ter uma série de 10 anos na palma da sua mão ou onde você estiver” Ana Paula Thesing

empresa American Nutrients, com sede em Teutônia. Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Daiane Carvalho afirma que a American Nutrients tem como missão produzir e comercializar produtos com base em ciência e inovação.

Segundo ela, a empresa criou em 2019 o projeto “Nutre Idéias”, que incentiva os colaboradores a contribuirem com idéias de melhorias em todos os processos e inclui uma premiação no fim do ano. “No ano passado tivemos dois projetos contemplados no edital Gaúcho de Inovação, pelo qual desenvolvemos dois novos produtos, um deles com base

O único prérequisito para participar do Inovates é ter uma inovação.

Pode ser social, tecnológica ou ser um serviço inovador” Michel Machado

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Fim de semana, 11 e 12 de Julho de 2020 valor para o processo de tomada de decisão.

“Fornecemos uma série de aplicações analíticas com as quais você conecta os dados e consegue ter uma série de 10 anos na palma da sua mão ou onde você estiver”, destaca.

Ana lembra que muitas empresas ainda possuem gestores e analistas que gastam 80% do tempo compilando informações em uma planilha, quando poderiam utilizar os dados já compilados para tomar decisões mais assertivas.

Nascedouro de empresas

em nanotecnologia”, destaca.

Com 13 anos de história a serem completados no dia 17 de julho, a American Nutrients está em franco processo de expansão baseado nos conceitos de inovação. “Somos uma empresa com tecnologia brasileira e atuação global.

Hoje, estamos presente no Brasil inteiro e exportamos para países da Ásia e da América Latina”, enaltece.

Conforme Daiane, mesmo diante da pandemia, onde muitas empresas estão contendo gastos, a American Nutrients continua crescendo e investiu R$ 1,8 milhão na expansão da fábrica.

Modelo de Startups Empresa de TI nascida na Incubadora Tecnológica da Univates, a BIMachine se destaca no mercado com um modelo de negócio de startup, inovador por natureza, escalável e repetível.

CMO da empresa, Ana Paula Thesing a empresa trabalha com a implantação de um software de Business Inteligence (BI), que analisa dados de forma a gerar

informações para facilitar o processo de tomada de decisão dos clientes.

De acordo com Ana, uma das principais diferenças entre o modelo de startup e o tradicional é a velocidade de desenvolvimento, validação e adaptação dos produtos desenvolvidos ao longo do processo. “Assim, não precisamos esperar até o fim do projeto para saber se dará certo.”

No caso do BI, Ana lembra que todas as empresas geram uma enorme quantidade de informações a cada minuto. Segundo ela, esses dados, quando analisados de forma isolada, não geram

Além de serem inovadoras, BIMachine, American Nutrients e Alvap tem em comum uma estreita relação com o Parque Tecnológico da Univates (Tecnovates), complexo que abriga o Inovates. Gestor da Incubadora, Michel Machado ressalta o grande número de empresas que nasceram na Inovates e hoje são grandes players do mercado.

Segundo ele, a incubadora serve tanto para empreendedores que já têm uma estrutura mais organizada quanto para aqueles que querem validar uma ideia. “O único pré-requisito é ter uma inovação, pode ser social, tecnológica ou ser um serviço inovador.”

Conforme Machado, a incubadora não abrigaria uma pizzaria, por ser um negócio tradicional, mas poderia receber uma empresa que produz equipamentos para pizzarias, por exemplo. Após a aprovação da ideia, a proposta passa pela pré-incubação, processo no qual as pessoas físicas envolvidas passam por mentorias para transformar a ideia em negócio.

Depois de finalizar o planejamento estratégico do negócio, a proposta passa por uma banca de avaliação. Caso seja aprovada, a empresa passa para a fase de incubação. “É quando começa a implantação da empresa, a busca por um ponto de equilíbrio para começar a ter lucro.”

Machado afirma que o processo está aberto para pessoas dos mais diferentes perfis e áreas de atuação. Os interessados podem entrar em contato com a Inovates por telefone, e-mail ou mídias sociais.

A NOVA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE: A VERSÃO 5.0 Em um planeta que só possui vida por causa das mudanças, e onde as mutações são constantes, é natural que a forma dos seres humanos se organizarem mude no mesmo ritmo. As formações sociais não permanecem as mesmas por muito tempo. Hoje, possuem formatos semelhantes, porém um tanto distintos de acordo com a cultura dos locais nos quais se estabelece.

Diante de tantas mudanças, podemos classificá-las em cinco formações principais: Sociedade 1.0 (caça e coleta), 2.0 (agricultura), 3.0 (indústria), 4.0 (informação) e atualmente uma nova organização tem tomado forma: a Sociedade 5.0, também conhecida como Sociedade Super Inteligente.

A Sociedade 5.0 foi proposta em 2016, pelo governo japonês. Nesse plano, há o desenvolvimento de uma sociedade comum, para uma sociedade super inteligente.

O projeto tem como objetivo promover a inovação e a internacionalização.

Algumas das propostas do governo japonês com relação à Sociedade 5.0, são: maiores avanços científicos, smart home, robôs, entregas e atendimentos via drones, veículos autônomos, transporte integrado, fintechs, monitoramento de infraestrutura e gestão na nuvem.

O mundo inteiro começou a questionar sua formação social desde o início da crise. A pandemia tornou o

Aislan Menk CEO Stars Aceleradora

modo de vida das pessoas bem diferente. O vírus é altamente transmissível por contato físico. Devido a isso, população passa mais tempo em casa e passou a utilizar mais serviços virtuais. Os atendimentos online e serviços de entrega começaram a fazer parte da vida de muitas pessoas. Características da Sociedade 5.0.

A perspectiva dos é de que a vida das pessoas não volte a ser a mesma após o COVID-19. Por isso, é necessário se adaptar a novas práticas, e aprender a conviver com um mundo onde o contato físico seja um pouco mais restrito.

Todos os dias nos aproximamos ainda mais da realidade da Sociedade 5.0, já que ela contorna boa parte dos problemas sociais que envolvem o vírus.

O mundo inteiro começou a questionar sua formação social desde o início da crise. A pandemia tornou o modo de vida das pessoas bem diferente. O vírus é altamente transmissível por contato físico. Devido a isso, população passa mais tempo em casa e passou a utilizar mais serviços virtuais.

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INFORME COMERCIAL

Dália doa refeição e leite a famílias desabrigadas FOTO: CARINA MARQUES

COOPERATIVA ESTÁ AJUDANDO A FAMÍLIAS ATINGIDAS PELA ENCHENTE EM ENCANTADO E ARROIO DO MEIO

C

omida quentinha e saborosa preparada no refeitório da Cooperativa Dália Alimentos foi servida

às famílias atingidas pela enchente que deixou centenas de famílias desabrigadas na quarta-feira, dia 9, em decorrência da cheia do Rio Taquari, em Encantado.

Foi doado feijão, arroz, panquecas, carne, saladas, sanduíches e caixas de leite, refeições para abastecer cerca de 250 pessoas. A entrega foi realizada pelo Dália Supermercados de

Refeições foram entregues às famílias que estão abrigadas no Parque João Batista Marchese, em Encantado

Encantado, através dos motoristas e funcionários Leandro Radaelli e Sérgio Capalonga. A doação visou ajudar

ajudar o próximo, mesmo que a coo-

aos desabrigados, tendo em vista que

perativa também tenha sido vítima da

muitas das famílias afetadas pelas

enxurrada, causando danos à unidade

cheias são funcionárias da cooperati-

frigorífica.

va. Além disso, a Dália Alimentos pre-

Freitas também contatou com o de-

za pela comunidade onde atua e se

putado estadual Edson Brum, parceiro

solidariza àqueles que necessitam de

da Dália e defensor do cooperativis-

ajuda. A doação de alimento para as

mo, para que ele oferecesse uma aten-

refeições prosseguirá nos próximos

ção especial às famílias atingidas pela

dias, até que as famílias consigam

cheia em Encantado e Arroio do Meio,

retornar às suas casas e a situação

intermediando junto à Defesa Civil do

volte à normalidade.

Estado o envio de itens de higiene e

Já a manhã desta quinta-feira foi de

limpeza, agasalhos e mantimentos.

limpeza intensa na unidade frigorífica

“Em conversa com o Coronel Rocha,

de suínos em Encantado. A água inva-

da Defesa Civil, conseguimos cober-

diu a casa de máquinas, a parte admi-

tores, roupas, mantimentos e Equipa-

nistrativa e outros setores de apoio,

mentos de Proteção Individual (EPI´s),

além do ambulatório. Devido a isso,

visando a saúde também de quem

o abate foi suspenso e ainda não há

trabalha na linha de frente durante a

previsão de retorno das atividades. O

enchente e em prevenção à Covid-19.

presidente Executivo da Dália Alimen-

A Dália é uma cooperativa pela qual

tos, Carlos Alberto Figueiredo Frei-

tenho o maior respeito pelo trabalho

tas, enalteceu que o mínimo a fazer

que desenvolve nas áreas econômica

diante de tudo que vem ocorrendo é

e social”, destacou o parlamentar.

Dia de limpeza intensa na planta frigorífica de suínos, em Encantado

Gerente da unidade frigorífica, Roberto Crippa, mostra onde o nível da água chegou na casa de máquinas Produzido por: AI da Dália Alimentos