Negócios em Pauta - 16/05/2020

Workshops retornam em formato Live

Vale do Taquari

16 e 17 de maio de abril de 2020

Edição 63

O Grupo A Hora realiza na próxima quarta-feira, 20, o primeiro Workshop Negócios em Pauta no formato Live. O evento terácomo tema os pequenos negócios no pós-poandemia e será transmitido pelas redes sociais Facebook e Instagram do Grupo A Hora Página 5

ENTREVISTA

Márcio Dal Cin assumiu a administração da Chef Leon após acidente em que se tornou cadeirante Página 6

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Fim de semana, 16 e 17 de maio de 2020

Apresentado por

Olicenter completa 25 anos de dedicação à excelência EMPRESA FECHA PARCERIA COM F1 TECNOLOGIA PARA OFERECER SISTEMAS DE SEGURANÇA ELETRÔNICA

A

Olicenter completa 25 anos de atuação marcada pela excelência. Criada em 1995 por Carson Machado, a empresa hoje é administrada pelos irmãos Davi e Tiago Johann, que se dedicam a manter o legado de qualidade e profissionalismo conquistado ao longo da história, além de inovar em soluções para as necessidades dos clientes.

A empresa comemora o aniversário com uma novidade. A Olicenter agora se junta à F1 Tecnologia, empresa referência no mercado de cabeamento estruturado, câmeras e segurança eletrônica. De acordo com Tiago Johann, com essa nova frente, a Olicenter fica ainda mais completa para poder atender 100% das demandas de TI e segurança eletrônica das empresas e famílias.

“Também devemos anunciar nas semanas novidades no mercado de segurança e TI relacionados ao controle das normas recomendadas

Monitoramento em tempo real das empresas parceiras

pela OMS em espaços públicos e privados”, afirma. Para Johann, a Olicenter une a solidez da tradição com o espirito jovem e tem muitos planos para levar mais tecnologia e segurança às pessoas e empresas atendidas no Estado.

“Fico muito feliz por esses 25 anos que a Olicenter completa, em um país onde poucas empresas chegam nessa idade”, afirma. O trabalho tem o reconhecimento de clientes como a advogada Márcia Pierozan.

A empresa foi responsável pelo planejamento de TI das novas instalações do escritório de advocacia.

“A Olicenter construiu, conosco, um

O atendimento personalizado foi fundamental para o bom relacionamento profissional que atingimos.”

MÁRCIA PIEROZAN CLIENTE

planejamento para o aproveitamento dos equipamentos já existentes e a aquisição de novas máquinas, atendendo nossas exigências particulares e próprias da advocacia.”

Segundo Márcia, a Olicenter proporcionou agilidade ao trabalho e ofereceu flexibilidade na negociação dos valores. “O atendimento personalizado foi fundamental para o bom relacionamento profissional que atingimos.”

Conforme a advogada, a empresa conta com uma equipe de profissionais qualificados e prestativos, engajados em oferecer o que há de melhor e mais eficiente em tecnologia da informação.

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Fim de semana, 16 e 17 de maio de 2020

Os irmãos Davi e Tiago Johann assumiram a direção da empresa em 2016

“A Olicenter faz parte da equipe Márcia Pierozan Advocacia porque, ao conhecer nossa atividade na essência, tem facilitado, em muito, o nosso trabalho.”

DE CLIENTES A GESTORES A história de Davi Johann com a Olicenter começa como consumidor. Ele conhecia e utilizava os serviços da empresa devido ao reconhecimento regional como empresa série e de grande profissionalismo. “Em março de 2013 eu e meu sócio, Tiago Johann, começamos a fazer um trabalho de consultoria

Assistência técnica com profissionais especializados

financeira para o antigo proprietário.”

A parceria durou até 2015, quando Carson Machado decidiu se dedicar a outros projetos. “Começamos a organizar a empresa para ser vendida. Fizemos toda uma estruturação financeira e na época, chegamos a conclusão que poderíamos fazer esse investimento e comprar a empresa.”

No dia 2 de janeiro de 2016, os sócios reuniram a equipe e se apresentaram como novos diretores. Desde então, a empresa abriu novas lojas em Venâncio Aires, Estrela e uma no centro de Lajeado, além de empregar uma estratégia cada vez mais voltada para o cliente corporativo.

Hoje, atua com locação de impres-

soras, backup gerenciado, hospedagens de sites e e-mails e estamos preparando a empresa para o crescente mercado de virtualização (hardwares e softwares), acompanhando as tendências do mercado de TI.

HISTÓRIA RECONHECIDA A Olicenter nasceu para atender as empresas. Conforme Davi Johann, no início, era uma empresa pequena que atendia a manutenção de calculadoras e impressoras Olivetti, por isso o nome Olicenter.

“A essência sempre foi atender as empresas. Ao perceber uma lacuna no mercado, a Olicenter passou a atender também o consumidor final”, lembra. Para Johann, a Olicenter representa uma admiração e um desafio, seja pela caminhada construída pelo antigo proprietário ou pelos projetos colocados em prática hoje.

“Olhamos para frente, sem esquecer do passado que foi construído pelo Carson Machado”, destaca. Segundo ele, a Olicenter está sempre ligada nas novidades e buscando a excelência por meio de profissionais altamente qualificados.

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Fim de semana, 16 e 17 de maio de 2020

OPINIÃO

Estado de emerência

Realização

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

Projeto da Inovates recebe recursos da Fapergs

FOTO: ANJA INOVATES

Um projeto da estudante do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Univates, Anja Dullius, foi contemplado no edital Doutor Empreendedor, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e pelo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A empresa Syntalgae, pré-incubada na Incubadora Tecnológica da Univates - Inovates, na qual Anja é sócia, terá acesso a recursos para a realização de pesquisa, além de treinamentos na área de gestão realizados pelo Sebrae.

De acordo com Anja, a pesquisa realizada na empresa tem como o objetivo isolar microalgas e investigar seu potencial biotecnológico.

Apoiadores

O projeto irá desenvolver um aditivo animal com microalgas com potencial imunomodulador, podendo substituir o uso de antibióticos.

O projeto conta com a parceria internacional da Algatech, instituto localizado na República Tche-

ca que é referência na Europa nos estudos de biotecnologia de microalga, e com parceria nacional da empresa Nnatrivm Nanotecnologia, especializada em nutrição animal com o uso de nanotecnologia.

MARCANTE E ATUAL As pessoas que trabalharam comigo, todos eles hoje são loteadores. O Juca Richter encontrei na Alemanha e disse para voltar para o Brasil para trabalhar comigo. Teve o Paulo Pohl da Imojel, entre outros.

Todo mundo se deu bem. Eu não enxergo ninguém como meu concorrente, porque o sol nasce para todos.”

Auri Pedrinho Althaus, fundador da Imobiliária Antares e da Construtora Ômega em entrevista para o Negócios em Pauta de Março de 2020.

Acil entrevista diretor da Delivery Much VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO Produção: Thiago Maurique Diagramação: Silvia Vian

O Núcleo de Marcas da Acil promoveu na quarta-feira, 13, uma live com o CMO da Delivery Much, Vinícius Dambros.

O bate-papo teve participação da empresária e especialista em Branding e Business, Paula Thomas e abordou as inovações, oportunidades e desafios dos serviços de entrega diante das medidas de isolamento social provocadas pela

pandemia do novo coronavírus.

Além de estar à frente do marketing do aplicativo de delivery número um do interior do Brasil, Dambros foi designer nas melhores agencias de propaganda do RS ajudando a desenvolver marcas nacionais como Iguatemi, Tramontina, Claro e do Grêmio. Mais uma ótima iniciativa da entidade que sempre oferece oportunidade de qualificação aos empresários.

Passam os dias e os efeitos da pandemia se tornam cada vez mais claros. A dificuldade de compreender a dimensão da ameaça que estava chegando ao país e a demora para agir diante do inesperado nos trouxeram ao cenário de hoje. A crise política se soma à emergência sanitária e dessa forma não conseguimos preservar nem as vidas nem a economia.

Diante de uma situação nunca antes vista, os empresários setem falta de um direcionamento por parte das autoridades. A briga entre o governo federal e os estados é inútil e improdutiva na busca por soluções que preservem empregos, renda e, acima de tudo, vidas. Na sexta-feira., 15, vivemos mais um capitulo da crise institucional, com a demissão do Ministro da Saúde Nelson Teich, menos de um mês depois de assumir o cargo E a economia? Comentei em outra coluna que os economistas da linha neoliberal tem uma grande dificuldade de largar os seus dogmas diante de um cenário imprevisto. Me enganei. Até nomes como Armínio Fraga, Henrique Meireles e Guilherme Benchimol clamaram por intervenção do Estado diante da pandemia. Nem por isso se tornaram marxistas ou keynesianos.

Em momentos de crise, onde todos precisam empregar sua cota de sacrifício, nada mais justo do que cobrar uma contribuição mais generosa daqueles que mais lucraram ao longo dos últimos anos: os bancos.

Mesmo com a menor taxa Selic da história, os juros pago por nós, meros mortais, continuam entre os maiores do mundo. Com tanto dinheiro sendo drenado para o sistema financeiro, sobra muito pouco para circular na economia real, do cotidiano. Haverá vontade política e coragem para mudar esse cenário?

Em tempo Na quarta-feira, dia 20, o Grupo A hora promove a primeira Live Neócios em Pauta. O evento será transmitido pelas redes sociais e debaterá o futuro dos pequenos negócios após a pandemia. É mais um evento da série de Woorkshops iniciada em fevereiro de 2017 com o objetivo de trazer debates e informações qualificadas para o setor empresarial. Desde o lançamento, foram 36 eventos seguidos, em uma série que só foi interrompida devido a pandemia.

Boa Leitura!

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QUALIFICAÇÃO

Workshop aborda os pequenos negócios na pós-pandemia Evento em formato de live dá sequência aos debates do projeto Negócios em Pauta

THIAGO MAURIQUE

Live Negócios em Pauta Dia: 20/05 Horário: 19h Plataformas: Facebook (facebook.com/ahoradovale) e Instagram (@ AHora) Debatedores: André Bücker, Fernando Rösig e Rômulo Xavier Vier

Debate será transmitido ao vivo para as redes sociais, diretamente dos estúdios panorâmicos da Rádio A Hora

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Grupo A Hora realiza na próxima semana o primeiro Workshop Negócios em Pauta em formato de Live. O evento ocorre a partir das 19h da quarta-feira, dia 20, e será transmitido pelas redes sociais Facebook e Instagram do Grupo A Hora.

Participam do debate o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado, André Bücker, o consultor em gestão empresarial, Fernando Rohsig e o empresário, diretor das Lojas Prata, Rômulo Vier, com mediação do Diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss.

O evento será transmitido de dentro dos estúdios da Rádio A Hora e seguirá todas as regras e protocolos de distanciamento social necessários diante da pandemia do novo coronavírus.

A live dá sequência a série de Workshops mensais iniciada em fevereiro de 2017, com o objeti-

vo de proporcionar qualificação para o setor empresarial.

Desde então, foram 36 eventos, sequência que só foi interrompida em março desse ano, com o início das regras de isolamento social.

Os encontros tiveram participação de grandes nomes do cenário empresarial. Entre eles, Nelson e Aline Eggers (Fruki), Nelson Spritzer (Dolphin Tech), Claudir Dullius (Lojas Dullius), Martin Eckhardt (Sorvebom), Ervino Scheeren (Poolseg) Alexandre Dullius (Rola Moça) e Leonardo Taufer (Imec).

Os workshops Negócios em Pauta foram realizados nas cidades de Lajeado, Estrela, Arroio do Meio, Teutônia, Encantado e Guaporé. O evento é realizado em parceria com a Acil, com o patrocínio de Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, Poolseg Corretora de Seguros, Bebidas Fruki e Prefeitura de Lajeado. O projeto também tem o apoio da CDL Lajeado, Univates, Sebrae-RS, CIC-Vale do Taquari e Sincovat.

André Bücker, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura de Lajeado

Rômulo Vier, Diretor das Lojas Prata

Fernando Röhsig, Consultor em Gestão Empresarial

O Vale do Taquari:

potencial pólo de inovação Muito prazer, caro leitor.

Aislan Menk falando. A partir de hoje venho escrever no jornal A Hora. Possuo formação em Economia e Administração, e experiência em estratégias de negócio, análise de mercado e finanças corporativas. Atuei em estratégia na Apsan Consulting Group, Booz&Co, bancos de investimentos e varejo.

Atualmente, sou CEO e fundador da Stars, maior aceleradora de startups do interior do Brasil. Nascida no Rio Grande do Sul, temos como missão auxiliar o desenvolvimento de empresas, através da inovação.

A inovação potencializa os ganhos e a rentabilidade. É um fato! Interessante é que o Brasil investe apenas 1,27% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento. A Coreia, por exemplo, investe 4,23%, e o Japão 3,14%. Isso indica a oportunidade que temos.

Devido a pandemia, novos mecanismos de gestão e práticas de inovação compartilhada são essenciais. Elas ajudam no desenvolvimento do município através da retenção de talentos, capacitação de lideranças, desenvolvimento

Aislan Menk CEO Stars Aceleradora

de startups e diversificação econômica. Co-inovando os resultados são melhores.

Sem dúvidas o Vale do Taquari possui o necessário para se tornar um centro de inovação. É um pólo estudantil, econômico e industrial. Em especial, possui indústria alimentícia desenvolvida e cultura associativista referência.

Além disso, iniciativas como Taquari Valley e Promove qualificam mais a região para o desenvolvimento da inovação. Fomentam o ecossistema e exibem o resultado dos esforços da região para transformar o Vale do Taquari em referência de inovação.

Também não podemos esquecer que possui alto índice de qualidade de vida.

Isso indica um bom local para viver e desenvolver bons negócios. Em 2018, o índice Firjan de Desenvolvimento Municipal indicou Lajeado como o 6º maior em qualidade de vida entre os mais de 5 mil municípios brasileiros.

Estarei aqui duas vezes por mês. Meu objetivo é colaborar com o ecossistema de inovação da região.

Juntos caminhamos para o desenvolvimento do Vale do Taquari!

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ENTREVISTA

MÁRCIO DAL CIN

“As condições não serão sempre perfeitas. É PRECISO ARRISCAR”

Proprietário da Chef Leon, Márcio Dal Cin começou a empreender após um acidente que o colocou na condição de cadeirante

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ascido em uma família humilde no interior de Santa Catarina, Márcio Dal Cin veio com os pais e os irmãos para Lajeado aos 15 anos em busca de melhores oportunidades de vida. Ele começou a trabalhar logo ao chegar no Vale do Taquari e conseguiu crescer profissionalmente até que, aos 33 anos, sofreu um acidente que o deixou em uma cadeira de rodas.

Depois de uma difícil recuperação, ele decidiu comprar a pizzaria da qual era cliente, a Chef Leon, e empreender uma série de mudanças na empresa. Com processos aprimorados, novos equipamentos e aposta na automação, a pizzaria se tornou um grande case de sucesso da região.

Quais as características da infância que se tornaram decisivas para empreender?

Marcio Dal Cin - Nasci no interior de Santa Catarina, extremo oeste do estado. Meus pais tinham uma pequena propriedade em uma encosta e plantavam para nossa subsistência. Até meus quatorze anos de idade não tínhamos energia elétrica nem água encanada em casa.

Nosso banheiro era uma “capunga” que ficava distante da casa e tomávamos banho com uma lata cheia de água pendurada por uma corda. Como vivíamos na roça, não tinham muitas possibilidades de crescimento ou oportunidades de melhoria de vida. Pouco antes de completar quinze anos nossos pais perceberam que não teríamos futuro lá, colocaram nossa mudança em cima de um caminhão e nos mudamos para Lajeado. Fomos morar em seis pessoas num porão alugado de uma casa no bairro montanha. Se comparar as dificuldades daquela época com empreender posso dizer que a coragem, a vontade de mudar um cenário podem ser o início de tudo – o medo pode dei-

xar a gente manter o pé no chão mas não pode impedir de tentar.

As condições não serão sempre perfeitas. É preciso arriscar e melhorando no caminho, no processo, com os aprendizados.

Como foram as suas primeiras experiências profissionais?

Dal Cin - Logo depois que chegamos em Lajeado fomos colocar paralelepípedos em ruas para ganhar um dinheiro, mais tarde comecei a trabalhar na antiga Cartel Embalagens, fiquei até ir para o quartel. Quando retornei, fui demitido. Durante este período parei de estudar pois achava que não era necessário. Fiquei alguns meses sem conseguir emprego até que fui trabalhar de servente de pedreiro. Fiquei um mês no emprego e costumo dizer que foi o dia D da minha vida. Decidi que ia voltar a estudar e buscar uma vida melhor. A partir daí tive outras experiências profissionais sem muito sucesso. Como queria crescer logo dentro das empresas acabava me frustrando com algumas coisas, mas tive grandes aprendizados principalmente

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Fim de semana, 16 e 17 de maio de 2020 Como a Chef Leon atua para conseguir destaque em um mercado tão concorrido?

sobre relacionamentos interpessoais, processos produtivos e qualidade de produto. Gerenciei algumas equipes e isso me fez crescer muito profissionalmente.

Você passou por um acidente que resultou na condição de cadeirante.

Como isso aconteceu?

Dal Cin - Estava numa viagem a trabalho quando uma carreta atravessou na frente e colidi contra os pneus dela. Com o impacto acabei quebrando as vértebras 6 e 7 da coluna cervical e lesionei a medula.

Fiquei dezesseis dias na UTI e mais onze no quarto do hospital. Como consequência da lesão na medula perdi todos os movimentos do peito para baixo. Não tenho sensibilidade nem movimento em 80% do corpo, nem controle sobre intestino e bexiga. A lesão reduziu também os movimentos e força dos braços e muito significativamente o movimento dos dedos das mãos. A recuperação foi muito difícil pois além de todo quadro da lesão enfrentei outros problemas por falha numa cirurgia de tratamento. Sem contar a questão psicológica de aceitar a nova condição e adaptar a vida a ela. Acabei indo quatro vezes para Brasília no hospital Sarah Kubischeker que é referência nesse tipo de tratamento. Depois de aproximadamente dois anos e duas novas cirurgias, clinicamente eu estava bem, o que me permitiu a sair mais da cama e com coragem me adaptar à nova condição.

Como o acidente transformou sua vida?

Dal Cin - Mudou completamente.

Tinha 33 anos, num dia de manhã você sai de casa para ir ao trabalho e de noite está num hospital sem poder mexer nada do corpo e respirando com ajuda de aparelhos.

Eu era muito ativo, tinha muitas conquistas, muitos sonhos. Estava cursando administração, gostava de jogar futebol e, principalmente, estava construindo uma família com minha esposa e uma filha de um ano e meio na época. Ficava imaginado como ia fazer para pegar ela no colo ou brincar com ela.

Depois de período de recuperação e de muitos questionamentos decidi que não ia aceitar aquela situação como definitiva. Via minha esposa se dedicando ao extremo para manter o trabalho dela, a casa e os cuidados com a nossa filha e eu precisava fazer ago de diferente.

Depois de estar clinicamente bem eu precisava fazer alguma coisa, não queria ser um passivo para minha esposa e para a sociedade.”

Márcio Dal Cin

Dal Cin – Definimos métodos e padrões para todas as etapas e tarefas do processo, desde o atendimento ao telefone até as quantidades de matéria prima necessária para produzir um recheio. A partir daí buscamos equipamentos melhores e mais automatizados e desenvolvemos um sistema de pedidos.

Melhoramos o visual da marca e colocamos um significado muito particular nosso que acabou virando o slogan do negócio que é “A felicidade está nas coisas simples”. Não enxergamos o negócio de dentro para fora mas ao contrário, de fora para dentro a partir da percepção do cliente que avalia o produto depois de ser consumido. Nos colocamos no lugar dele e imaginamos o que o faria comprar novamente.

Quais os planos para o futuro da empresa?

De que forma a Chef Leon passou a fazer parte da tua vida?

Dal Cin - Depois de estar clinicamente bem eu precisava fazer alguma coisa, não queria ser um passivo para minha esposa e para a sociedade. Pegava pizza na Chef Leon quando ela abriu e depois de um certo período percebi que o antigo dono não estava feliz. Fiz uma brincadeira com ele se não precisava de um sócio no negócio, ele desconversou. Trinta dias depois voltei para pegar outra pizza e fiz a mesma pergunta. Ele disse que sociedade não dava, mas que se eu quisesse comprar ele vendia.

Percebi que era a grande oportunidade da vinha vida e disse que iria dar uma resposta na semana seguinte. Saí da pizzaria e já fui fazendo um planejamento estratégico na minha cabeça. Cheguei em casa contei para minha esposa que iríamos comprar a pizzaria. Ela não acreditou. Compramos a pizzaria sem que eu pudesse entrar nela pois não tinha acesso para cadeirante. A primeira obra foi fazer uma porta mais larga e uma rampa num degrau. Entender o funcionamento e o processo desde a compra da mercadoria até a entrega no cliente também foi desafiador.

Dal Cin - Nossa ideia é que o negócio tenha longevidade, não pensamos no imediatismo de querer resultado a curto prazo.

Temos outros valores e propósitos que buscamos para além do lucro.

Traçamos um planejamento para os próximos cinco anos e tomamos decisões em cima disso. Um exemplo foi a mudança de endereço a três anos atrás e a reforma que realizamos no prédio a pouco tempo. O crescimento pessoal e profissional das pessoas que trabalham conosco nos estimula na caminhada. Estamos desenvolvendo outros produtos onde poderemos utilizar a capacidade ociosa da estrutura e dos equipamentos, vem novidade por aí.

Como a inovação traz novas perspectivas para o negócio?

Dal Cin - Enxergando as oportunidades do mercado, estamos criando uma pequena empresa na área de tecnologia, especificamente de sistema, temos um produto muito bom que desenvolvemos internamente aqui e que consideramos uma boa oportunidade de negócio.

Esta empresa não está vinculada a Pizzaria Chef Leon mas terá direito de comercialização dos módulos do sistema de pedidos interno, pelo site, aplicativo e painel administrativo. É uma aposta neste momento onde as pessoas estão cada vez mais se adaptando a novas formas de fazer compras e pagamentos.

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