Negócios em Pauta - 12/06/2021

VALE DO TAQUARI Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021 Edição 86

VAREJO

Dia dos namorados anima lojistas Projeção da CDL Lajeado aponta para um crescimento de 8% a 10% nas vendas da data na comparação com o ano passado. Resultados elevam expectativa de recuperação do comércio após perdas provocadas pela pandemia.

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ENTREVISTA

Flávio Meneguzzi administra a Kaimon Meneguzzi começou a empreender aos 21 anos, mas perdeu todo o patrimônio conquistado ao se tornar avalista de empréstimos tomados por terceiros.

Ele recomeçou a trajetória como gerente no ramo de automóveis e hoje é proprietário de concessionárias em Passo Fundo e Lajeado.

Páginas 2 e 3

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021

OPINIÃO

Realização

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

De Ilópolis para o mercado nacional Empresa com sede em Ilópolis, a Inovamate fechou parceria com a gigante multinacional Tetra Pak para a produção em grande escala de um chá à base de erva-mate, frutas e especiarias. Chamado Matequero, o produto foi desenvolvido com apoio de consultorias do Sebrae-RS, por meio do projeto de desenvolvimento da cadeia de alimentos e bebidas no Estado.

O contato com a Tetra Pak surgiu a partir da participação dos eventos do Sebrae. Neles, a empresa chamou a atenção da aceleradora Plug and Play Tech Center. Por intermédio da aceleradora, a Inovamate se inscreveu no processo seletivo que resultou na parceria com a Tetra Pak.

Agora, os chás, que eram produzidos na casa da empresária Ariana Maia, serão fabricados em

grande escala. O produto será comercializado líquido, pronto para consumo, em todo o Brasil.

MARCANTE E ATUAL Apoiadores

Sou um empreendedor com um pé bem fincado no chão.

Faço o que consigo de forma segura. O empreendedor precisa aprender todos os dias, porque as coisas mudam a cada instante. É preciso trabalhar 95% do tempo e 5% estar ligado para não perder o que está vindo de novo”

André Damiani

proprietário da Florense Lajeado e Sócio da Construtora DNW, em entrevista para o Negócios em Pauta de setembro de 2020

Proteção de marcas em debate

VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

A Acil e o MBA Internacional Branding & Business da Univates realizam workshop com o tema “Proteção da Marca: elemento de criação, de gestão e de comunicação”. A formação on-line terá quatro dias de duração (21, 23 e 29 de Junho e 1º de Julho) e será ministrada pela examinadora da Diretoria da Marcas do INPI, Elaine Vianna.

Doutora em Propriedade Intelectual, Elaine tem mais de 20 anos de experiência em como professora e instrutora de cursos sobre o uso estratégico do sistema de registro de marcas.

O workshop é dividido em dois módulos e as inscrições podem ser realizadas até 13 de junho de 2021 pelo e-mail educacaocontinuada@ univates.br. Associados da Acil,

estudantes e diplomados de curso superior, técnico, pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu da Univates, recebem 20% de desconto.

Golpes na rede atingem vinícolas Empresa com sede em Colinas e um dos pontos mais visitados do município, a vinícola Casa Tassinary é vítima de fraudadores que se utilizam do Instagram para roubar dados pessoais e bancários.

A dica veio da colega Larissa Santos: os golpistas criaram perfis falsos utilizando fotos e informações retirados da página oficial da empresa. Neles, simulam sorteios e pedem o número do telefone das possíveis vítimas.

De posse do número, enviam uma mensagem com um link malicioso, que abre a porta para a coleta de dados e a clonagem do Whatsapp (prática conhecida como Phishing).

Em seu perfil oficial, a Vinícola alerta os clientes sobre o golpe e reforça ter uma única página nessa rede social, no @casatassinary. Todos os outros endereços são de perfis falsos, que já foram denunciados diversas vezes, mas continuam no ar – uma falha de segurança grave da rede social que é, hoje, a queridinha das empresas do varejo.

Casos semelhantes também foram relatados por vinícolas da Serra Gaúcha. No verão, foram as cervejarias artesanais que sofreram com a ação de golpistas no Instagram. O golpe tende a se espalhar, em especial em setores que utilizam de promoções e sorteios para ampliar o engajamento dos seguidores.

O caso levanta a reflexão sobre os cuidados necessários aos usuários das redes sociais. É fundamental conferir se os perfis acessados realmente pertencem às empresas ou personalidades buscadas, além de desconfiar de promoções extremamente vantajosas. Infelizmente, as empresas têm pouco ou nada a fazer para evitar esse tipo de ação.

Boa Leitura!

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021 INFORME COMERCIAL F L O R I C U LT U R A

U

m grupo de pequenos produtores fundou a Cooperativa Dália Alimentos há 74 anos.

Tratava-se de um “time” unido

e destemido, constituído por 387 agricultores que provavelmente não imaginavam que em 2021 a cooperativa, à época denominada Cooperativa dos Suinocultores de Encantado Ltda. (Cosuel), fosse crescer imensamente e, após plantada a sementinha, germinaria, brotaria e floresceria em uma pujante “Dália”.

Neste mês, a Dália Alimentos completa 74 anos ou seria o desabrochar de 74 pétalas de uma Dália em tons acentuados de dourado e bordô? Ao longo destas mais de sete décadas a Dália Alimentos passou por intempéries, tempestades, rajadas de vento, temporais, secas, dias ensolarados e nublados, mas jamais permitiu que uma

DÁLIA: UMA FLOR E SUAS 74 PÉTALAS Histórias para contar, amizades para levar e gratidão para abençoar

vel e vive com a esposa Andrea e os filhos Miguel (4) e Rafaela (2). Ele sente orgulho do seu trabalho, das amizades que construiu nestes anos e também da evolução que a cooperativa teve em termos de empresa em nível regional, estadual, nacional e até mesmo fora do país, além, claro, de suas conquistas pessoais. “A firma me acolheu”, diz ele, que possui somente o Ensino Médio e que, por algumas vezes, pensou em buscar por outro trabalho, mas se sentia mais valorizado e acolhido na cooperativa, então está na empresa há mais de 28 anos.

Adelcira soma 23 anos como funcionária da Dália, apenas dois a menos que a idade de sua filha Kátia, com 25 anos. Aliás, quando tinha 18 deixou a cidade natal, no interior do município de Doutor Ricardo, e mudou-se para Encantado com o marido Adilar Rizzi, que também é empregado da

Passamos toda a nossa juventude aqui dentro.”

cooperativa. “Eu era nova, sem estudo e foi aqui que consegui meu primeiro e úni-

de suas pétalas caísse, mantendo-se

“Passamos toda a nossa juventude aqui

florida e presente em diversos cantei-

dentro”. A afirmação é dos amigos insepa-

ros e jardins. A marca Dália Alimentos

ráveis e já com anos de Dália Alimentos, Mi-

tornou-se conhecida desde a fundação

guel Cândido (47), que acumula 28 anos de

da cooperativa, em 15 de junho de 1947

cooperativa, e Adelcira Sonaglio Rizzi (51),

e hoje assume um papel importante

que completou 23 anos de cooperativa no

perante ao agronegócio, destacando-se

dia 9 de junho. A dupla se conheceu dentro

encontrou empregabilidade e uma segunda

Nos dias de trabalho, também na Ins-

entre as maiores cooperativas do Rio

da Dália e com o passar dos anos cultivou

família. Sua admissão ocorreu em 11 de ja-

peção Federal e ao lado do amigo Miguel,

Grande do Sul e do Brasil.

uma bela e duradoura amizade.

neiro de 1993, inicialmente como emprega-

ela desloca-se do Bairro Porto XV, onde

Sempre em busca de sua melhor

co trabalho com carteira assinada. Minha filha tinha só dois anos quando comecei a trabalhar e hoje ela tem 25, faz faculdade

Miguel Cândido

e me orgulho em poder ajudá-la a pagar o curso na área de Recursos Humanos com o salário que recebo aqui”.

Dos sete irmãos de Miguel, todos passa-

do locado no setor de desossa, e em 2012

reside em sua casa própria, de motoci-

versão, a Dália Alimentos preocupa-

ram pela cooperativa. Natural da cidade de

foi cedido para a Inspeção Federal do frigo-

cleta até a Dália para cumprir a jornada

-se com o econômico e o social,

Sarandi, há anos mudou-se para Encantado

rífico de suínos em Encantado.

na unidade de abate de suínos. “Acredito

gerando 2,8 mil empregos e cuidando

com toda a família e foi na Dália, após vol-

Com 28 anos de empresa, Miguel fixou

que fui acolhida justamente por ser uma

de suas três mil famílias associadas,

tar do quartel e trabalhar em uma fábrica de

residência no Bairro Lambari, local onde

pessoa simples, trabalhadora e honesta.

as quais atuam em três cadeias pro-

calçados e no extinto Frigorífico Costi, que

construiu sua casa, adquiriu seu automó-

Aqui fiz muitos amigos, além de ser valorizada, mesmo não tendo a possibilidade

e avicultura de corte.

de estudar. Sinto gratidão pela Dália, que

CARINA MARQUES

dutivas: suinocultura, pecuária leiteira São 74 anos de uma história que teve início na cidade de Encantado, com a instalação de um frigorífico de suínos, e que se alastrou em Arroio do

me proporcionou o primeiro trabalho com carteira assinada”.

Miguel e Adelcira falam do companheirismo em trabalhar juntos, no mesmo se-

Meio, cidade vizinha, onde a coope-

tor, e por participarem da evolução e do

rativa possui indústrias de lácteos e

crescimento da cooperativa nestes 74

também o frigorífico de frangos. Além

anos. “A gente faz parte de tudo isso e sa-

disso, a Dália ultrapassa limites e

bemos que a Dália é importante para mui-

fronteiras geográficas, com presença

tas famílias, porque aqui trabalham avós,

marcante em todos os estados da

pais, mães, filhos e netos”, diz a emprega-

República Federativa Brasileira e em

da. Miguel, se pudesse dizer uma palavra

cerca de 20 países do globo terrestre.

à cooperativa resumiria em gratidão.

Setenta e quatro anos que marcam a vida de muitos “Antônios” e “Janetes”, responsáveis pela produção da matéria-prima no campo, e de vários

Eu era nova, sem estudo e foi aqui que consegui meu primeiro e único trabalho com carteira assinada.”

“Migueis” e “Adalciras”, que transformam essa matéria-prima em produtos na indústria.

Que essas 74 pétalas logo deem abrigo à 75ª, em 2022, e que este aniversário seja lembrado por todos os associados e funcionários, afinal, sem eles essa flor não estaria tão bem regada e cuidada! Dália Alimentos, a história, somos nós que escrevemos!

Adelcira e Miguel com um sorriso largo

Adelcira Sonaglio Rizzi Produzido por: AI da Dália Alimentos

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021

ENTREVISTA

“Não poderia ter escolhido uma região melhor para investir” Empreendedor desde os 21 anos, Flávio Meneguzzi é sócio proprietário da Kaimon, concessionária Mitsubishi.

N

ascido no interior de Marau, Flávio Meneguzzi começou a trabalhar ainda na infância, na propriedade rural da família. Decidido a não viver no campo, aos 13 anos saiu da casa do pai para poder estudar. Aos 25 anos começou a empreender no ramo de insumos agrícolas e implementos.

Com sete anos de empresa, Meneguzzi havia construído um patrimônio considerável, mas perdeu tudo ao ser avalista de dois empréstimos tomados por terceiros. Teve que recomeçar do zero, como gerente de uma revenda de automóveis na qual depois assumiu de maneira terceirizada a oficina e o pós vendas.

Depois, também ficou responsável pela área comercial, em um formato de franquia que permanece até hoje.

Com apoio de amigos recuperou o patrimônio e expandiu os negócios para o Vale do Taquari.

– Como começa a tua trajetória?

FLÁVIO MENEGUZZI – Sou natural do interior de Marau e sou

filho de agricultores. Perdi minha mãe muito cedo e fui criado por uma irmã e trabalhávamos na roça.

Naquela época podia trabalhar, desde meus oito anos eu ficava meio dia no colégio e meio dia na enxada.

Onde morávamos só tinha até a 5ª série do primário, aos 13 anos decidi estudar, porque eu nunca me imaginei ficando na roça. Então fui morar com meu tio e minha tia na comunidade de Taquari, na divisa entre Marau e Passo Fundo. Terminei o primeiro grau nesse colégio, que pertencia a Passo Fundo. Com 17 anos fui para a cidade e meu primeiro emprego foi em um armazém, vendia-se quase tudo, desde ferramentas a produtos alimentícios e rações, isso na cidade de Marau.

– Quais os ensinamentos dos primeiros passos profissionais?

MENEGUZZI – “Na época, ainda não existiam supermercados no município. Era uma loja com um grande balcão onde as pessoas chegavam com uma lista de compras e nosso trabalho era atender, pesar os produtos e embalar. Os cálculos eram feitos todos na caneta, acredito que desenvolvemos habilidades com números, raciocínio

rápido e lógico. Depois de um ano fui convocado para o exército, o que foi uma virada de chave na minha vida. Aprendi muito sobre disciplina, compromisso e cumprimento de metas. Trouxe tudo isso para minha vida pessoal. Depois trabalhei por mais um ano no armazém e passei por outras duas empresas antes de empreender.

Eu havia construído um bom patrimônio, casa, terrenos, salas comerciais e uma empresa bem constituída.

Mas perdi tudo por ter assinado como avalista em dois empréstimos tomados por terceiros."

– Porque você decidiu partir para o empreendedorismo?

MENEGUZZI – Um dia, conversando com um dos maiores comerciantes de Marau, e ele me disse uma frase que jamais esqueci e que deu um novo rumo na minha vida: “Se quiser ganhar dinheiro, você precisa trabalhar para que a sociedade te respeite. Mas, se quiser ganhar muito dinheiro, faça negócios”. Ele tinha uma loja muito grande e eu decidi abrir um comércio para mim. Aos 25 anos, montei uma revenda de insumos agrícolas. Na época não tínhamos telefone, então usava emprestado o telefone de uma vizinha para fazer os pedidos. Comecei sem capital de giro, então vendia o produto, depois comprava e repassava aos clientes.

Quando comecei a inflação era de 3% ao dia, então se ganhava muito mais dinheiro ao vender à vista e pagar em um prazo de um ou dois dias junto aos fornecedores, e aplicando o dinheiro. Eram tempos de inflação alta, essa correção era maior que a comissão da venda.

Formada dentro da Kaimon, equipe d

– Quais os motivos para sair do negócio?

MENEGUZZI – Eu havia construído um bom patrimônio, casa, terrenos, salas comerciais e uma empresa bem constituída. Mas perdi tudo por ter assinado como avalista em dois empréstimos tomados por terceiros. Na época

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021 FOTOS THIAGO MAURIQUE

uma situação atípica, pois é mais fácil vender do que comprar um carro. A capacidade da indústria está abaixo da metade devido a falta de componentes. Então, o mercado está captando menos da metade de usados também, porque a fonte dos usados é a troca pelo novo. É a primeira vez nesses 27 anos que a tabela Fipe sobe mensalmente e os seminovos estão chegando muito próximos dos preços dos 0km. Os usados estão valorizando todos os meses

– Como formar uma equipe de vendedores para este ramo?

Com 27 anos de experiência no ramo automotivo, Flávio Meneguzzi iniciou operações na revenda Mitsubishi em Lajeado em 2019

de vendedores reflete a cultura e os valores da empresa a inflação era muito alta, e aquilo se tornou uma bola de neve. Isso me trouxe muitos aborrecimentos, mas também muitos ensinamentos. Aprendi muito com tudo isso, principalmente a não arriscar a empresa, a vida econômica dos colaboradores e principalmente da família para tentar ajudar os amigos

,que além de perder o dinheiro se perde a amizade.

– Como você se reergueu?

MENEGUZZI – Fui trabalhar como gerente de vendas na concessionária Fiat de um amigo meu, em Passo Fundo, no ano de 1996.

Coloquei uma meta de pagar todas as minhas dividas em quatro anos.

Demorou quatro anos e oito meses.

Depois disso veio a oportunidade de terceirizar a oficina mecânica da concessionária. Um ano depois veio a proposta de terceirizar também a área comercial, assumir toda a equipe de vendas e toda a estrutura comercial da filial de Marau, a qual ainda hoje tenho parceria. De lá para cá comecei a construir tudo de novo, devagar. Tive auxílio de amigos que me ajudaram a recomeçar e organizar a vida financeira. Aprendi muito com a dor, em especial a diferenciar quem são os amigos de verdade e quem são apenas parceiros de festa e churrasco. De lá para cá comecei a construir de novo. Hoje tenho um patrimônio que não é muito, mas é o que eu sempre sonhei.

– Porque a decisão de investir em Lajeado?

MENEGUZZI – Foi uma oportunidade. A proposta era de comprar uma concessionária fora de Marau

e, graças ao bom relacionamento com a família Betiolo, surgiu a oportunidade de comprar a loja da Mitsubishi. Fizemos uma pesquisa sobre a região e nos surpreendeu positivamente. Não poderia ter escolhido uma região melhor. Se um dia eu decidir mudar de cidade, certamente escolherei Lajeado para morar. Entramos em negociação e demoramos um ano para fechar, é preciso fechar a negociação entre o vendedor, o comprador e a fábrica.

Em 2019 começamos a operar aqui.

– Como o mercado de automóveis evoluiu ao longo desse período?

MENEGUZZI – Nesses 27 anos que atuo no ramo, o mercado mudou muito. Nós andávamos em carroças e hoje não devemos nada em qualidade e tecnologia para o mercado norte-americano, japonês ou europeu. O Brasil alterna entre o 7º e o 8º maior mercado do mundo em automóveis. Mas hoje vivemos

MENEGUZZI – Sou apaixonado por vendas e não saberia fazer outra coisa. O primeiro passo que dei para formar uma equipe foi me preparar para lidar com pessoas.

Cada pessoa é única, pensa de uma forma e tem seu próprio perfil. A grande maioria dos meus colaboradores são formados aqui dentro para que eu possa transmitir os valores da empresa. Eu prefiro formar meus colaboradores do que contratar alguém pronto do mercado. Se a pessoa tem boa vontade, a parte técnica ela treina. Sempre investi muitoem treinamento e um que transformou minha vida foi o de relações humanas com a Dale Carnegie. Mudou minha forma de enxergar as pessoas, como me relacionar e motivar elas e fazer com que trabalhem felizes.

– Quais foram os ensinamentos da pandemia?

MENEGUZZI – Nesta pandemia eu aprendi a dar mais importância e focar mais no resultado do que em faturamento e volume.

Minhas metas sempre foram em faturamento e volume. Hoje, todas as metas são voltadas para o resultado, independente de quanto tem que vender ou faturar.

Porque faturar milhões por mês pode satisfazer o ego, mas não garante resultado positivo no final de cada período. Quando veio a pandemia, refizemos todas as metas para patamares mais tímidos. No início havia um certo pessimismo, até as montadoras fizeram seu planejamento muito baixo mas a economia do Brasil reagiu surpreendendo a todos, chegamos ao final do ano com resultados bem acima do previsto. Se tivermos foco e dedicação no nosso negócio, é possível obter bons resultados mesmo com a pandemia.

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021

VAREJO

Dia dos Namorados renova expectativas do comércio Terceira data comercial mais importante do ano já supera os resultados de 2020 FOTOS THIAGO MAURIQUE

T

erceira data comercial mais importante do ano para o varejo, o Dia dos Namorados de 2021 se tornou o prenúncio da recuperação do setor, um dos mais penalizados pela pandemia de Covid-19.

Pela primeira vez em 2021, o comércio no RS teve pleno funcionamento nas semanas que antecedem um dia comemorativo.

Gerente de uma loja de departamentos de Estrela, Danúbio Scheer afirma que as vendas desse ano já superam as de 2020. Lembra que, no ano passado, a pandemia ainda estava no início e as pessoas estavam mais receosas, o que reduziu o movimento. “Junho foi um mês fraco em 2020 porque, além da pandemia, também tivemos uma enchente que prejudicou muitas pessoas e empresas.”

Conforme Scheer, as expectativas desse ano também foram mais positivas graças à campanha da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (Cacis), de incentivo ao comércio local. A entidade sorteará duas bicicletas entre os consumidores que

comprarem nas lojas credenciadas.

“Temos ofertas nos mais variados segmentos na cidade, lojas decoradas e produtos para todos os públicos. Tudo isso ajuda a ampliar o movimento nas ruas”, destaca. Na empresa onde trabalha, os produtos com mais procura

são os telefones celulares, seguido por itens de cuidados pessoais, colchões e utensílios domésticos.

Vendedora de uma ótica, Inajara Moraes afirma que o segmento não foi tão prejudicado ao longo da pandemia, por se tratar de um negócio ligado à área da saúde. Mesmo assim, a procura por presentes para o dia dos namorados chama a atenção.

Condições e descontos

Cláudia Cristina Vendedora

Números em alta

Podemos perceber que as pessoas estão mais afetivas, principalmente por causa da pandemia. O ato de dar presentes está mais valorizado" Aquiles Mallmann Presidente da CDL Lajeado

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), estima um crescimento de 2,5% no volume das vendas em todo o país.

A CDL Lajeado projeta um aumento de 8% a 10% nas vendas de Dia dos Namorados do município.

Presidente da entidade, Aquiles Mallmann afirma que a data envolve praticamente todos os setores do comércio. Segundo ele, a campanha da CDL desse ano visa dar visibilidade aos lojistas e incentivar o comércio local por meio do sentimento envolvido na data.

“Podemos perceber que as pessoas estão mais afetivas, princi-

palmente por causa da pandemia.

O ato de dar presentes está mais valorizado”, destaca. Conforme Mallmann, essa mudança de comportamento também reflete na idade média dos compradores. Se em anos anteriores o público jovem era o mais engajado ao Dia dos Namorados, neste ano a data movimenta todas as faixas etárias.

Presidente da Cacis, Andréa Zwirtes Kich destaca a grande adesão das empresas à campanha da entidade. Segundo ela, 72 lojas participam da ação, cuja expectativa é arrecadar mais de 50 mil cautelas até o sorteio, que ocorre no dia 16.

Neste sábado, 12, uma parceria entre a Cacis e a Riders movimentará o calçadão de Estrela, fazendo alusão ao sorteio das duas bicicletas. A ação também visa arrecadar alimentos que serão revertidos a entidades do município.

Danúbio Scheer Gerente

Inajara Moraes Vendedora

Vendedora em uma loja de calçados, Cláudia Cristina também ressalta o aumento da procura dos clientes na comparação com o ano passado. Segundo ela, a maioria dos consumidores chega à loja disposta a comprar, não apenas para pesquisar preços. “Muitas pessoas deixaram de comprar presentes no ano passado, estão compensando nesse ano.”

Mesmo com a elevação na intenção de compra, descontos, prazos e parcelamentos continuam sendo procurados pelos consumidores.

Na loja de Cláudia, a opção mais procurada inclui parcelamento em dez vezes e primeiro pagamento para agosto. “As condições ajudam muito na hora de fechar o negócio.”

A tendência é confirmada por Eline Mesquista, gerente de uma loja de moda íntima. “As promoções e os pagamentos estendidos são ferramentas fundamentais para o aumento nas vendas”, ressalta. Para ela, a ampliação do movimento no Dia dos Namorados reforça a esperança da retomada dos índices pré-pandemia.

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021 Apresentado por

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

CURSO ELEVA RESULTADOS NAS NEGOCIAÇÕES Empresários destacam os benefícios do Negotiation Mastery da Dale Carnegie

L

ajeado recebeu nos dias 28 e 29 de maio, mais uma edição do Negotiation Mastery, curso de maestria em negociação

da Dale Carnegie. Voltado para empresários e executivos estratégicos, a qualificação foi ministrada pelo CEO da Dale Carnegie MG/PR, Guilherme Amaral, em formato de imersão.

Advogado e ouvidor público, Luciano Rohde foi um dos participantes da formação. Ele afirma que a rotina diária envolve diversos testes de negociação com os clientes, e o curso da Dale Carnegie permite não só o aprimoramento das técnicas utilizadas nas negociações, mas também métodos para suportar pressões e controlar a ansiedade natural.

“São abordados todos os passos

Henrique Kuhn, diretor dale Carnegie Vale do taquari; Guilherme Amaral trainer do Negotiation Mastery e franqueado Dale Carnegie Minas Gerais; Alexandre Silva, trainer Dale Carnegie Vale do Rio Pardo; Felipe Liemberger, empresário Santa Cruz do Sul

para realizar uma boa negociação, desde a preparação e o conhecimento necessários dos temas negociados, os diversos perfis de negociadores e a me-

Luciano Rohde Advogado e Ouvidor Público

lhor técnica de abordagem para cada perfil”, destaca. Conforme o advogado, os aprendizados foram colocados em prática no dia seguinte à qualificação.

“Facilitou muito para que o trato das

mental do seu cotidiano, tornando ainda

do instrutor, Guilherme Amaral, para

maior a relevância da qualificação. Segun-

ele um mestre na transmissão de

do ele, o curso ajuda a mudar a cultura de

conhecimento por meio de práticas e

que negociar é baixar valores.

analogias. “Foi um investimento que

negociações tenha resultado positivo

“Na verdade, negociar é conseguir ajus-

para ambas as partes”, ressalta. Afir-

tar os pontos para que fique bom para as

recomendo a todos.”

duas partes, o que engloba todo o servi-

Diretor da Dale Carnegie Vale do Ta-

ço e não somente o preço”, destaca. As

quari, Gabriel Garcia afirma que um dos

ferramentas trabalhadas ajudam a cons-

maiores diferenciais das qualificações

truir uma relação de ganha-ganha entre

da empresa de treinamentos é o acom-

todas as partes, de forma a todos ficarem

panhamento dos participantes. “Antes

satisfeitos com o resultado.

de iniciar, conversamos para identificar

ma que o curso atendeu todas as suas necessidades, por meio de um trabalho diferenciado e que eleva o nível de

Felipe Kammer Corretor de Imóveis na Construtora Diamond

seus participantes.

Corretor de imóveis na Construtora Diamond, Felipe Kammer afirma que o principal benefício do Negotiation

Josué Lopes Faria Diretor da Solled

Mastery são as ferramentas de autoconhecimento, que permitem compreender também a outra parte envolvida na negociação. “Fica mais fácil enten-

já está nos trazendo retorno, por isso

quais as necessidades da pessoa e no

ACOMPANHAMENTO CONSTANTE Diretor da Solled, Josué Lopes Farias

que ela quer avançar para que o curso alcance resultados de forma prática.”

Conforme Garcia, durante o programa, o participante recebe orientação para

der o que a outra pessoa quer dizer

acredita que o Negotiation Mastery é

buscar as ferramentas necessárias para

com suas atitudes, linguagem corporal

extremamente assertivo e eficaz pela sua

alcançar as metas estabelecidas. “Após

e suas ideias.”

metodologia de imersão completa e uma

o treinamento, acompanhamos nosso

didática focada nos resultados. “Engloba

cliente para verificar como que aquele

diversas técnicas que podem ser interpo-

resultado está sendo aplicado e criamos

ladas entre si para aumentar a eficiência

encontros de sustentabilidade para verifi-

das negociações.”

car se os objetivos, metas e os indicado-

Para ele, o curso permitiu uma “virada de chave” para entender os anseios dos clientes. Com mais de dez anos de atuação como corretor Kammer afirma

Gabriel Garcia Diretor da Dale Carnegie Vale do Taquari

que as negociações são parte funda-

/dalecarnegievaledotaquari

Farias ainda destaca a qualidade

res traçados foram alcançados.”

(015 53) 99152-2326 | Gabriel Garcia - Diretor da Dale Carnegie Vale do Taquari

Produzido por

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Fim de semana, 12 e 13 de junho de 2021

Diamond abraça campanha de construção do Cristo Protetor VALE DO TAQUARI

A

Construtora Diamond é a mais nova parceira do projeto de construção do Cristo Protetor de Encantado.

Durante reunião entre os diretores Daniel e Gustavo Schmidt e o prefeito Jonas Calvi, na manhã de quinta-feira, dia 10, foi formalizada a participação da empresa na campanha.

De acordo com o diretor da Diamond, Daniel Schmidt, a construção do Cristo Protetor é um marco para o Vale do Taquari. “É com grande satisfação que vamos participar desse importante passo dado não só por Encantado, mas por toda a nossa região. O Cristo trará investimentos e ajudará no desenvolvimento do Vale do Taquari como um todo.”

O prefeito Jonas Calvi agradeceu a confiança da empresa e destacou

Diretores da Diamond, Daniel e Gustavo Schmidt receberam a visita do prefeito de Encantado, Jonas Calvi e do procurador-geral do município, José Caetano Turatti Ost a importância da participação da região na construção do Cristo Protetor, que vai proporcionar turismo e crescimento de todo o Vale do Taquari. “O Cristo é de todos os gaúchos.”

Saiba mais O Cristo Protetor de Encanta-

do possui 43 metros de altura, o equivalente a um prédio de 14 andares. A estátua é cinco metros mais alta que a do Rio de Janeiro, que até então era a terceira maior do mundo. O Cristo de Encantado está sendo erguido no Morro das Antenas, na Lagoa da Garibaldi.

Sicredi reforça apoio a pequenos e médios empreendedores ESTADO

O Sicredi segue comprometido com o desenvolvimento de seus associados no Rio Grande do Sul. Durante 2020, os recursos liberados pela linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) chegaram a mais de R$ 707 milhões em quase 17 mil operações.

O Sicredi liberou crédito via Pronampe em 454 cidades, o que equivale a 92% dos municípios gaúchos. Além disso, mais de 80% dos recursos do Programa, concedidos via Sicredi, foram destinados a microempresas e empresas de pequeno porte de municípios com população de até 100 mil habitantes, representando volume de R$ 584 milhões.

De acordo com o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudes-

te, Márcio Port, o levantamento mostra que os recursos liberados não foram concentrados em uma única região. Segundo ele, esse auxílio aos associados por meio das linhas emergenciais foi fundamental para a sustentação dos negócios.

“São municípios de pequeno e médio porte que têm na economia local uma das principais fontes de renda para a região”, afirma. Conforme Port, a proximidade com os associados permite compreender melhor as necessidades e buscar alternativas que possam contribuir para a manutenção de empregos e renda.

No total, o Sicredi liberou mais de R$ 1,4 bilhão em linhas emergenciais no Rio Grande do Sul, por meio do Pronampe, do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC FGI) e do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE).