A Hora - 14 de setembro

ENTREVISTA ESPECIAL Prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Cezar Kohlrausch apresenta detalhes Páginas 4e5 sobre programa que leva o empreendedorismo e a inovação ao campo por meio da agroecologia.

Vale do Taquari

14 e 15 de setembro de 2019

Edição 48

Páginas 4 e 5

PRIVACIDADE

Lei punirá empresas por uso indevido de informações THIAGO MAURIQUE

Workshop promovido pela CDL Lajeado alerta para mudanças da Lei Geral de Proteção de Dados Realizado no auditório do Tecnovates, evento abordou a regulamentação das regras de privacidade e segurança de dados. Entre as punições previstas para empresas que descumprirem a LGPD estão advertências, multas, bloqueios, suspensões e proibições parciais ou totais do exercício de suas atividades.

Para palestrante, maioria das organizações não está preparada para a Lei, que entra em vigor em agosto de 2020

Conforme diretor de Cyber Segurança da Deloitte, Leonardo Moraes, empresas tem menos de um ano para se adaptar à legislação

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14 e 15 de setembro de 2019

OPINIÃO Realização

Dados, segurança e privacidade

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br Patrocínio

O Trem dos Vales precisa continuar FÁBIO KUHN

P

Apoiadores

otencial adormecido na região, o turismo recebeu forte impulso nos últimos dias. Por dois fins de semanas seguidos, o Trem dos Vales circulou pela Ferrovia do Trigo, passando por Guaporé, Vespasiano Corrêa, Dois Lajeados e Muçum com mais de 5 mil passageiros.

Coordenada por Rafael Fontana, a proposta acertou em cheio. Com paisagens que não devem em nada para a badalada Serra Gaúcha, a região precisa de iniciativas capazes de atrair e manter visitantes.

Recentemente conversei com um empresário do ramo hoteleiro que mostrou otimismo quanto ao avanço do turismo na região.

Em anos anteriores os hotéis en-

chiam na semana com o fluxo de representantes comerciais, mas esvaziavam nos fins de semana.

Hoje, o movimento se mantém, graças ao aumento de famílias que decidem visitar a região.

Ainda é pouco, mas é um forte sinal de avanço. O desafio agora é manter o funcionamento do Trem dos Vales e ampliar o trajeto para incluir mais cidades.

A região merece.

MARCANTE E ATUAL VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

Próximo workshop dia 19/9, na Acil em Lajeado Os novos formatos e desafios das empresas e profissionais de marketing

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO Direção editorial e coordenação: Fernando Weiss Produção: Thiago Maurique Diagramação: Gianini Oliveira

É preciso sempre respeitar a essência do negócio, mas não pode ficar parado no tempo. Ruim é a mentalidade de que sempre foi assim e vai continuar sempre assim em um mundo que está mudando.”

João Miragem Diretor-geral da Agência Escala, em entrevista para o Negócios em Pauta de setembro de 2017

Vendas esgotadas DIVULGAÇÃO

Maior evento de vendas do interior do RS, a Convenção Escola de Vendas está com os passaportes esgotados. Realizado no dia 26 de setembro no Teatro da Univates, a convenção é resultado da ousadia da Capital Verde, sendo 100% custeada pela venda de ingressos.

O sucesso antecipado mostra o quanto o tema é central para as empresas. Muitas apontam como “calcanhar de Aquiles” a dificuldade de contratar, treinar e manter

bons vendedores. O Grupo A Hora fará uma cobertura especial do

evento, que será publicada em um caderno exclusivo. Vale conferir.

O auditório do Tecnovates recebeu no dia 3 de setembro debate sobre um dos temas mais relevantes da atualidade: o destino dos dados gerados pelos milhões de usuários da internet. É uma nova legislação para a qual as empresas precisam se atentar para evitar punições, mas a nova Lei Geral de Proteção de Dados abre uma discussão ainda maior.

Com ela, o Brasil se alinha às regras que começam a ser adotadas globalmente para maior segurança e privacidade no meio digital. Sem entrar no mérito do texto brasileiro, fato é que precisamos discutir esse tema.

Não conheço ninguém que esteja imune das ligações insistentes de operadores de telemarketing. De alguma forma, o nosso número de telefone chega até essas empresas.

Esse é o exemplo mais simplório do que representa a venda ou o vazamento das informações pessoais.

As empresas de tecnologia tem muito mais do que o número do nosso telefone. Hábitos de consumo, preferências políticas, gostos musicais, lugares frequentados, trajetos e muito mais. Tudo é monitorado 24 horas por dia por dezenas de dispositivos eletrônicos com os quais optamos em compartilhar nossa vida.

A justificativa de Google, Facebook, Youtube, etc, para guardarem nossas informações é plausível. Por meio delas é possível personalizar algorítimos para oferecer produtos e serviços que vão ao encontro de nossos desejos e necessidades.

Porém, quando nossas informações são repassadas a terceiros, fica difícil controlar o que será feito com elas.

O documentário Democracia Hackeada, disponível no Netflix – outra empresa que se vale dos algorítimos para melhorar o próprio serviço –, mostra o lado obscuro. Informações de milhões de pessoas foram “roubadas” e repassadas a uma empresa chamada Cambridge Analytica. Essa, ganhou muito dinheiro ao vender estratégias para campanhas políticas com bases nesses dados.

Não é difícil pensar no potencial danoso do mau uso das informações pessoais, e o documentário mostra isso de maneira didática. Faz bem a CDL Lajeado em iniciar a discussão.

Aguardo pelas próximas.

Boa Leitura!

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14 e 15 de setembro de 2019 Apresentado por

BIBIANA FALEIRO bibiana@jornalahora.inf.br

BACKUP OLI SAVE EVITA PERDAS IRREPARÁVEIS

A

s informações de uma empresa costumam ser salvas em backups externos, como pendrives e discos, ou na nuvem, pela internet, geralmente por meio de sincronização de dados.

O backup nada mais é do que uma cópia de segurança de arquivos financeiros, projetos e documentos armazenados em computadores, e quando ocorre de forma sincronizada, as informações são passadas diretamente ao sistema de segurança. A partir disso, a Olicenter identificou um problema na recuperação destas informações quando o sistema é corrompido ou sofre crimes cibernéticos e criou o Backup Oli Save, lançamento da empresa.

A maior diferença deste software para outros sistemas de cópias de informações é pela ação ser realizada em outros lugares por meio da transmissão de dados pela internet e não pela sincronização. Desta forma, o backup é feito em horários específicos, normalmente após o expediente da empresa ou durante a madrugada.

“Os dados são criptografados durante a transmissão para o caso de serem interceptados”, explica o diretor da Olicenter, Tiago Johann.

Este sistema também permite restaurar dados copiados há dias ou meses.

As informações armazenadas no Backup Oli Save são salvas em quatro servidores em cidades diferentes do país, sob o gerenciamento dos técnicos da Olicenter. “Se o backup da empresa sofrer algum problema, seremos avisados e os técnicos entra-

TECNOLOGIA

Garanta a segurança dos dados da empresa

Benefícios do Backup Oli Save

• SEGURANÇA – os dados são criptografados no local, após enviados através de conexão SSL (Secure Socket Layer) para armazenamento; • INTELIGÊNCIA – utiliza compressão de dados em ratio de até 80% e realiza backup analítico, copiando apenas o que foi alterado desde a cópia anterior; • ALTA DISPONIBILIDADE E CONFIANÇA – os dados são armazenados em Data Center World Class Tier III no Brasil; • FLEXIBILIDADE – planos de acordo com a necessidade do cliente; • MONITORAMENTO das rotinas de backup e feedback ao cliente.

rão em contato com os clientes para solucionar a situação. Temos sempre alguém olhando o sistema”, explica Johann.

Neste processo não há a necessidade de parar com o backup tradicional, porque um não interfere no outro, ambos se complementam e, quanto maior a segurança das informações, melhor.

O investimento para utilizar o Backup Oli Save vai de R$ 49,90 a R$ 799,90, com armazenamento de 10 GB a 1 TB.

Principais causas de perdas de informações A ocorrência dos incidentes pode estar ligada a falhas como de aplicativos, equipamentos, procedimentos, falhas humanas, assim como eventos naturais, ataques e invasões cibernéticas.

Produzido por

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Entrevista

PAULO KOHLRAUSCH

“A produção de orgânicos precisa se tornar um negócio"

M

aster coach com mais de 20 anos de experiência em gestão pública e liderança, Paulo Cezar Kohlrausch é prefeito de Santa Clara do Sul, cargo que ocupa pelo terceiro mandato. Ele lidera o processo de inovação voltado para a produção de alimentos orgânicos, que proporciona renda à agricultura familiar ao mesmo tempo

em que incentiva a alimentação saudável. É a primeira vez que um programa com essas dimensões ocorre de forma planejada e com articulação público-privada na região.

Nomeado Santa Clara Mais Saudável, o programa completou dois anos com resultados expressivos, que serão apresentados ao público regional durante a Santa Flor 2019. Totalmente voltado

para a sustentabilidade, o evento ocorre entre 19 a 22 de setembro e serve de fórum para debater os desafios e as oportunidades dessa tendência.

Para marcar a iniciativa, que alia empreendedorismo, inovação e sustentabilidade, a entrevista do caderno Negócios em Pauta desse mês desvenda os mecanismos do programa, seus desafios e potencialidades.

Produção agroecológica e a sustentabilidade serão tema da feira Santa Flor 2019

- Como foi a implementação do programa?

- Como surge o programa Santa Clara Mais Saudável?

Paulo Kohlrausch - O programa está alinhado com o propósito de permitir a evolução dos indivíduos. Por meio da produção agroecológica é possível trabalhar a saudabilidade, a sustentabilidade e o desenvolvimento. Seguimos uma metodologia já utilizada outras vezes no município, da mesma maneira como construímos a produção de flores. Fizemos um diagnóstico na região e fora dela para ter uma ideia do que era produção orgânica, se isso era uma tendência de fato ou só um modismo e se tinha viabilidade para se implementar.

Quando começamos, em 2017, ainda não se falava tanto sobre orgânicos. Já existiam segmentos trabalhando com isso, mas sem tanta visibilidade. Mas se percebia a possibilidade de crescimento exponencial desse mercado.

Kohlrausch - Nos certificamos que era viável e conversamos com várias pessoas, de produtores a empresários. Todos foram simpáticos a ideia. Buscamos parceria com a Emater de Porto Alegre para trazer um técnico especializado na área da agroecologia. Fizemos algumas visitas na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas e na secretaria de desenvolvimento rural de Porto Alegre para buscar apoio, entre outras parcerias externas. Contratamos uma bióloga com especialização em agropecuária para coordenar o programa por parte da prefeitura. O lançamento ocorreu no dia 29 de junho de 2017. Chamamos todo mundo e apresentamos o projeto e fizemos o cadastro dos produtores interessados. A segunda etapa foi a qualificação dos produtores.

- De que forma os agricultores foram preparados para a produção agroecológica?

Orgânicos produzidos no município são identificados com selo Kohlrausch - Um projeto em uma área virgem demanda um ano para conseguir a certificação. Quando é preciso fazer a transição, porque tem uma produção convencional, vai a quase dois anos, porque requer um tempo de descontaminação. As instituições com as quais buscamos parcerias trouxeram conhecimento para essa qualificação específica de produção. Foi o primeiro passo.

O segundo passo foi a gestão

da propriedade, porque é preciso ter produção, logística e mercado. Nós garantimos mercado aprovando uma lei para consumo na rede municipal de ensino, de forma a assegurar alguma margem de segurança para o nosso produtor local.

Tivemos apoio do Sebrae e da Emater na questão da gestão da propriedade. Hoje, já temos 17 produtores certificados para a feira e os demais estão em vias de certificação.

- Como a Santa Flor desse ano se insere nesse processo?

Kohlrausch – Será o ápice de visibilidade da nossa produção orgânica. Demos um sentido diferente para a Santa Flor, que era uma exposição comercial e da produção de flores. Ela será um ponto de comércio, mas também de discussão de ideias, sobre o tema. Servirá para apresentarmos Santa Clara do Sul como um local para receber investimentos na área do turismo, gastronomia e agroecologia. As pessoas que compram produtos agroecológicos são consumidores com propósito, que pensam no consumo consciente. Não compram apenas pelo gosto, mas por saber que o alimento faz bem à saúde e não agride o ambiente.

Esse segmento estará presente na feira para discutir, participar e ajudar a fortalecer a ideia.

- Os orgânicos são uma opção rentável?

Kohlrausch – Sem dúvida. O consumo de orgânicos aumentou 85% em um ano, mas no Brasil, esse número ainda é reduzido.

Tem um mercado muito grande para ser explorado. O que faz o nosso projeto dar certo é o fato de que não encaramos eles com romantismo. O idealismo é importante, mas não esquecemos que precisa ser um negócio, precisa de uma gestão profissionalizada. Tem que ser

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- Algumas pessoas ainda pensam que produzir orgânicos é um retrocesso. Porque?

Kohlrausch - Pensar que a agroecologia é voltar ao tempo em que não existiam agroquímicos, que é usar enxada e arado de boi é um erro. Agroecologia é tecnologia. É usar o meio para proteger o meio.

Por isso estamos buscando pessoas jovens. O programa trabalha com a perspectiva de sucessão rural, e esse é outro ganho fantástico: conseguimos despertar no jovem que tem relação com a área rural. A produção de alimento está no DNA do nosso povo. A ideia é oferecer um trabalho onde ele é dono do seu negócio e pode estar contribuindo com a evolução da humanidade, com a preservação do meio ambiente, com a sustentabilidade, produzindo alimento que vai fazer bem para a vida das pessoas.

economicamente sustentável.

Se o produtor que está envolvido no processo chegar ao longo de alguns meses sem uma rentabilidade que garanta uma vida

confortável e tranquila, ele não vai permanecer. Precisamos que as pessoas tenham qualidade de vida que vem da lucratividade e do nível de profissionalismo.

-Como funciona a cadeia logística?

Kohlrausch - Nós temos uma vantagem muito grande. Estamos em um raio de 80km de qualquer município do Vale do Taquari.

Estamos próximos de Santa Cruz do Sul à Garibaldi, Taquari à Arvorezinha. É um mercado consumidor enorme. Se conseguirmos abastecer nosso município e microregião, já vamos crescendo.

Temos cerca de 7 mil habitantes que tomam café, almoço e janta.

São 21 mil refeições dia. Esse é o mercado desse pequeno município. As pessoas conseguem

Temos uma vantagem muito grande. Estamos em um raio de 80km de qualquer município do Vale do Taquari."

enviar produto de São Paulo aos nossos mercados. Como nós não vamos conseguir abastecer aqui?

Para o futuro pode se pensar no Vale dos Alimentos, de forma a acrescentar produtos nesse portfólio, não precisa ser uma região com exclusividade do leite, frango e suínos.

- A agricultura convencional deixará de ser opção?

Kohlrausch - Uma coisa não se sobrepõe a outra. Temos agricultores que produzem em nível convencional e respeitamos isso. Precisamos distensionar as relações. Trabalhar com a conscientização é diferente de impor uma nova cultura. As pessoas não são obrigadas. Nós apresentamos a ideia, a filosofia e a possibilidade de rentabilizar. Mas temos produção de suínos, leites, aves, soja e milho que também são respeitadas e recebem incentivo do governo. Temos que trabalhar com pontos de convergência, até para que no futuro eles possam perceber que a produção agroecológica é a melhor opção.

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PRIVACIDADE

Workshop esclarece Lei Geral de Proteção de Dados Empresas tem menos de um ano para se adequar à Legislação

THIAGO MAURIQUE

ser feitas para demonstrar a precaução com temas que podem expor a um possível vazamento de informações.”

Multas pesadas

O

auditório do Tecnovates recebeu no dia 3 de setembro oficina sobre as regras previstas pela Lei Geral de Proteção de Dados. A partir de 16 de agosto de 2020, todas as empresas que ofereçam serviços ou tenham operações no país envolvendo tratamento de dados precisam se adequar à Legislação.

Diretor de Cyber Segurança da Deloitte, Leonardo Moraes apresentou o cenário global de regulamentações de privacidade, abordando as tecnologias emergentes como robôs, internet das coisas, big data e blockchain. Segundo ele, entre os principais riscos à privacidade estão o acesso e uso indevido dos dados.

“Hoje o que mais se percebe é o tratamento de informações,

Diretor de Cyber Segurança da Deloitte, Leonardo Moraes apresentou medidas para evitar punições muitas vezes sem solicitar o consentimento, mas para viabilizar a entrega de serviços e uso das tecnologias”, afirma. Conforme o Palestrante, em um ano o nível de exposição que as empresas terão, a vulnerabilidade, demandas e sanções da lei, causarão alto impacto.

Conforme Moraes, existem

boas práticas de privacidade e segurança que não exigem alta tecnologia, especialmente na Europa. Para ele, as pequenas e médias empresas podem tomar essas iniciativas como exemplo na hora de elaborar um plano de adequação. “O que é decisivo, sim, é a conscientização das par-

tes envolvidas e uma mudança de processo.”

Mesmo assim, ressalta a necessidade de tomar medidas de segurança elementares para evitar o vazamento de informações na Web, como manter um antivírus sempre atualizado. “São soluções que minimamente precisam

Para o especialista, a maior parte das organizações ainda está despreparada para a proteção adequada dos dados, e com isso corre risco de sofrer penalidades.

Entre elas estão advertências, multas, bloqueios, suspensões e proibições parciais ou totais do exercício de suas atividades.

As multas podem chegar a 2% do faturamento da organização, com um limite de R$ 50 milhões por infração. Segundo Moraes, as empresas que se adaptarem e instituírem uma política transparente em relação ao uso dados serão reconhecidos pelo mercado, alcançando maior aceitação.

O evento foi promovido pela CDL Lajeado, em parceria com a Retta Informática e Associação das Empresas de Tecnologia da Informação dos Vales do Rio Pardo e Taquari (Ativales), com apoio da CDL Porto Alegre.

SWL transforma ideias em negócios DIVULGAÇÃO

Vai até domingo a 6ª Startup Weekend Lajeado. Realizado pelo grupo Taquari Valley em parceria com o Núcleo Crie da Univates, o evento proporciona a transformação de ideias em ações práticas de empreendedorismo e inovação.

A programação é voltada para a aplicação da tecnologia ao mercado da alimentação, com incentivo à criação de foodtechs.

Durante o Startup Weekend os participantes passam por uma jornada empreendedora, na qual precisam tirar uma ideia do papel e transformá-la em um negócio.

A abertura do evento ocorreu na noite de sexta-feira, 13. Durante a palestra inicial foram passadas

instruções sobre as atividades.

Em seguida, os participantes apresentaram e escolheram as ideias que serão desenvolvidas durante o fim de semana. No domingo acontece a exposição dos trabalhos desenvolvidos para uma banca de jurados, com a escolha dos três vencedores.

No ano passado, as primeiras colocadas foram classificadas para ingressar na Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates). A proposta vencedora foi a do aplicativo Smart Waste, voltado para facilitar a reciclagem de tecidos.

Em segundo lugar, ficou a Techfy Consultoria, que desenvolveu uma plataforma de consultoria

Com foco na criação de foodtechs, Startup Weekend Lajeado segue até domingo para compra de dispositivos eletrônicos, como computadores e

smartphones. Em terceiro, a Count Stamp, plataforma para facilitar a

contratação e busca de pacotes para viagens.

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VOCÊ OU “

”?

CONHEÇA AS DIFERENÇAS:

U

m dos grandes desafios das organizações é a retenção de talentos, que não é um trabalho apenas do Recursos Humanos e sim dos gestores e líderes. Inclusive, segundo Dale Carnegie, “os maiores êxitos profissionais devem-se à habilidade para dirigir as pessoas”. Neste sentido, saber delegar é umas das competências fundamentais de gestão de pessoas. E quando ocorrem falhas é porque há medo dos gestores em delegar, ou eles não sabem como delegar bem.

Ainda é muito comum a confusão entre “delargar” e “delegar” e as consequências que esse equívoco pode gerar são terríveis. O líder, quando “delarga”, transfere ao liderado a autoridade na execução da atividade. O liderado vai lá e faz. Porém, como não tem a responsabilidade do resultado, pode não fazer ou fazer errado, gerando retrabalho e desperdício de tempo e recursos, aspectos que estão cada vez mais escassos nas empresas.

O pior é que a responsabilidade é do líder, porque, quando se “delarga”, transfere-se autoridade na execução de algo e não responsabilidade. Se algo der errado, não adianta dizer que o liderado fez errado.

Quem você acha que será cobrado pelos erros? O líder ou o liderado? De quem é a responsabilidade? Este artigo será dedicado a ensinar como e por que delegar e não “delargar”. Confira a seguir!

Se por um lado a ação de “delargar” significa “transferir a tarefa junto com a responsabilidade”, em que o líder anula seu papel e costuma colocar “a culpa” da falta de resultado no outro, delegar é muito mais do que isso. É desenvolver e acompanhar todo o processo, fazer girar esse ciclo, sabendo a

hora de “entrar e sair de cena”. Você não precisa conduzir, aprovar, nem mesmo conhecer todos os detalhes, mas precisa ter mecanismos que assegurem que todos estão caminhando com os mesmos valores e para a mesma direção.

Podemos pensar que há dois extremos em um contínuo de delegação de atividades: de um lado, há o gestor que não delega nada, ou quando delega faz a micro gestão de seus subordinados. Ficam sobrecarregados e não conseguem se concentrar em questões mais estratégicas. No outro extremo o gestor “delarga” e não estabelece pontos de verificação.

Os subordinados se sentem abandonados e o gestor é frequentemente pego de surpresa com resultados ruins daquilo que delegou.

Como dissemos, é muito comum gestores que acreditam que delegar tarefas é apenas uma forma de deixarem de lado aquilo que não é importante, isto é, conseguirem se livrar de uma série de coisas que qualquer pessoa pode fazer.

Esta apreciação incorreta os leva a despejarem atribuições nas mãos de quem ainda não está preparado para assumi-las e mais à frente, é claro, se deparam com uma performance aquém

“Os maiores êxitos profissionais devem-se à habilidade para dirigir as pessoas” DALE CARNEGIE

do liderado e a frustração de ambos. Contudo, tal atitude não pode ser intitulada como resultado da delegação e sim da “delargação”.

“Delargar” é exatamente isto: repassar a responsabilidade pela execução de uma tarefa para alguém que não possui experiência ou conhecimento suficiente para tal e aguardar uma boa entrega logo adiante. Afinal de contas, “delargadores” creem que delegar é simplesmente redistribuir responsabilidades, pouco importando tudo mais que precisa ser feito.

Portanto, para delegar corretamente é necessário que o líder compreenda que ele precisa reservar tempo ao liderado. Acompanhá-lo enquanto ele aprende as novas funções e ainda não está seguro para caminhar sozinho.

Demonstrar-se disponível para que as pessoas tenham a liberdade de fazer as perguntas que evitarão erros tolos mais adiante.

Este processo precisa ser percebido como uma estratégia não apenas para que você consiga mais tempo em sua agenda e sim um meio para promover o amadurecimento de sua equipe de trabalho, principalmente quando combinado com empowerment. Mas, o que o empoderamento significa exatamente?

Praticar empowerment é enriquecer o cargo de alguém com responsabilidades que proporcionam o seu desenvolvimento. Destacar novas atribuições que ampliam o horizonte de percepção deste profissional e viabilizam oportunidades futuras para o mesmo na companhia sem que, a curto prazo, ele necessariamente tenha que mudar de cargo.

Contudo, tenha sempre em que mente que você delega a execução da tarefa e a corresponsabilidade ao liderado, mas o encargo maior pelo resultado da tarefa ainda continuará em suas mãos. Como um técnico de futebol que possui autonomia para escolher quem irá escalar na equipe titular, o jogador que baterá o pênalti decisivo e qual esquema tático será utilizado, são os bons resultados que o sustentarão no cargo. Muitas pessoas que se frustram ao delegarem tarefas e voltam a atuar como centralizadores por acreditarem que seus liderados são incapazes de assumir novas funções não sabem conduzir este processo corretamente.

/dalecarnegievaledotaquari (53) 8111.3279 henrique.kuhn@carnegie.com.br

DICAS PARA SER QUEM DELEGA E NÃO QUEM “DELARGA” Como aconselhou Dale Carnegie, “a melhor maneira de nos prepararmos para o futuro é concentrar toda a imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje”. Então, para ajudar o gestor a melhorar a produtividade e diminuir a rotatividade de seu time, compilamos algumas dicas fundamentais para quem precisa aprender a delegar de forma correta e evitar “delargar”.

Apesar de parecer simples, os erros são muito comuns e causam impacto negativo na produtividade das organizações. Para delegar corretamente é preciso: Encara a delegação de atividades como uma oportunidade de desenvolver as pessoas de sua equipe; Prepare-se para delegar: defina o que será uma tarefa bem-sucedida e quem da sua equipe é a pessoa mais adequada para se desenvolver com a tarefa.

Comunicar, estabelecer prazos e metas, ouvir se há questões e não ficar no caminho.

Estabeleça pontos de checagem, ou seja, as informações que precisam receber no curso da tarefa que está sendo executada.

Diga os “quês” e “porquês”, deixe o “como” fazer com seus subordinados.

Descubra quais as melhores tarefas para delegar. Por exemplo, delegue o tático, fique com o estratégico, delegue o que é de curto prazo, fique com o que é de longo prazo.

Delegue para as pessoas que podem ser bem-sucedidas na tarefa porque delegar é uma ótima maneira de desenvolver e motivar as pessoas.

Dê um prazo realista, ou seja, mais tempo do que você mesmo precisaria para a mesma tarefa.

Monitore, mas não fique obcecado com as tarefas que foram delegadas, estabeleça pontos de verificação e esteja disponível para tirar dúvidas.

Uma vez dominada, a delegação torna-se parte de seu DNA gerencial e você obterá consistentemente excelentes resultados. Então não tenha medo de delegar tarefas. Se você sentir interesse em aprimorar ainda mais suas habilidades de delegação, entre em contato com a Dale Carnegie que desenvolve treinamentos baseados em pilares fundamentais de capacidade de confiança e comunicação necessárias a quem deseja aprender a delegar com eficiência.

Em setembro em Lajeado Treinamento de Liderança para Gestores Informações: 51 99611.3279

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