A Hora 08-05-2021

Fundado em 1º de julho de 2002.

A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021 | Ano 18 - Nº 2838 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021 | Ano 18 - Nº 2838 | Fechamento da edição: 19h

MADRUGADA GELADA

Frio de inverno em pleno outono Massa de ar frio muda paisagens e dá uma amostra do que esperar na estação mais fria do ano.

Faltando mais de um mês para o inverno, fim de semana terá temperaturas abaixo dos 10°C pela manhã e tardes agradáveis com muito sol.

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CRISE NA AVICULTURA

Setor recorre ao presidente

Indústria pede isenção de impostos para importação de milho O Vale dos Alimentos enfrenta uma situação preocupante. Considerada insustentável pelos representantes das cooperativas locais. No cerne dos problemas, o aumento nos custos de produção. Segmento com mais

dificuldades é a avicultura, mas também há risco de impacto sobre a suinocultura. Representantes tentam agendar uma audiência com Jair Bolsonaro em busca de medidas para socorrer a indústria.

Página 5

O DESAFIO DE SER “MÃE ESPECIAL” Entre renúncias e as adversidades diárias, está a força infinita de mães de crianças com necessidades especiais OPINIÃO FERNANDO WEISS

O Vale da Saúde Região é terra fértil para ser um polo de saúde estado e país afora.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Inovação em Lajeado Consolidação de hub público ainda depende de uma série de fatores.

Avulso: R$ 6,90

Do diagnóstico à superação, a certeza de acompanhar o filho de perto para sempre. Conheça a história de Tatiane, Daniele, Cristiane e Ingrid, mães de

crianças portadoras de necessidades especiais, que deixam o medo e a incerteza de lado para dar todo o apoio necessário à felicidade dos filhos.

Páginas 8 e 9

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

ABRE ASPAS

“A gente sofre, a gente sangra.

Só temos de estar preparados” Natural de Bom Retiro do Sul, o sargento Eloir Pasch, 55, está faz mais de três décadas nos Bombeiros. Ao longo deste tempo, atuou em situações críticas e marcantes. Dessas experiências, procura levar consigo aquelas em que ajudou a salvar vidas. Ainda assim, há memórias difíceis que o acompanham.

Como aprendizado, está a certeza da responsabilidade, de que os bombeiros precisam sempre estarem preparados.

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

O que fez o senhor virar bombeiro?

Acho que esse é um sonho que acompanha muita gente. Quando criança, via os bombeiros passando, via a atuação deles. Isso mexeu comigo. Quando apareceu a oportunidade, fiz o concurso e passei.

Entrei na corporação em 1989.

Tinha pouco mais de 20 anos. Fui para Montenegro e depois trabalhei 15 anos em Esteio. Em 2004 veio a

FILIPE FALEIRO

E o contrário. Quais ocorrências trouxeram finais felizes?

As marcantes são aquelas que salvamos vidas. Lembro de uma menina, de 8 anos que se afogou na piscina em Arroio do Meio. Fomos chamados, chegamos muito rápido, fizemos a massagem cardíaca e conseguimos salvar.

Também teve uma enxurrada no Rio Forqueta, em que um pai e duas filhas ficaram presos na ilha. Eu entrei na água, atravessei o rio e fizemos uma tirolesa para resgatá-los.

No geral, as mortes, as tragédias, procuro não carregar comigo. Tento sempre lembrar das que os bombeiros salvaram, daqueles episódios em que fizemos a diferença.

oportunidade de atuar em Lajeado, onde estou até hoje.

Ao longo desses 32 anos de corporação, quais episódios mais difíceis?

Uma das ocorrências mais difíceis foi o acidente na serra de Pouso Novo, em que houve seis mortes. Todas as vítimas carbonizadas. Foi algo que foge muito da normalidade. Uma cena que ficou comigo por muito tempo.

Outras ocorrências traumáticas são os suicídios. Teve uma tentativa em Estrela, que uma senhora pulou da ponte. Ali consegui salvar. Eu estava esperando lá embaixo. Percebi que ela ia pular. Consegui agir rápido e tirar ela da água.

Há episódios muito difíceis, seja pela perda de vidas, ou mesmo pelo risco que os bombeiros correm.

Lembro de uma explosão de um posto de combustíveis em Muçum. É um fato de muita tensão. Temos de atuar, mesmo que isso possa custar a nossa

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

vida. São momentos que lidamos com o imprevisível.

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

CEP 95900-104

Como era a vida do senhor antes de ser bombeiro? E no que ela mudou?

Ser bombeiro é uma responsabilidade. Antes de entrar, eu trabalhava na indústria de calçados. Ia lá, cumpria o horário, voltava para a casa. Agora, minha obrigação é salvar vidas. Isso é uma mudança muito grande. Sei que quando somos chamados, temos de fazer a diferença entre a vida e a morte.

Muitas pessoas chamam os bombeiros de heróis. O senhor se considera um herói?

Não. Não sou herói. O herói tem superpoderes. Nos somos seres humanos. A gente sofre, a gente sangra. Só temos de estar preparados. Eu saio do quartel e vou fazer exercícios. Tenho 55 anos e cuido muito do meu físico.

Corro, nado, vou na academia. Tenho de estar bem para quando precisar atravessar o rio a nado, ou ter força para segurar uma pessoa descendo de rappel. Não posso relaxar.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Desarmonia no processo

P

reocupa a forma como avança o processo de imunização no Brasil. Além de iniciar atrasado em relação a outros países, a estratégia em andamento dá sinais de desorganização, improviso e falta de diálogo entre os entes federados.

No Rio Grande do Sul, atualmente, pelo menos 432,9 mil pessoas aguardam para completar a vacinação. Ou seja, receberam a primeira dose da Coronavac, o que é insuficiente para garantir a proteção contra o coronavírus. Agora, perdem o período adequado para a aplicação da segunda dose, e ainda não há perspectiva de quando receberão. No Vale, são mais de 15 mil nesta situação.

Neste sábado, uma nova remessa chega ao RS, mas será suficiente apenas

Além de iniciar atrasado em relação a outros países, a estratégia em andamento dá sinais de desorganização, improviso e falta de diálogo entre os entes federados.” para aplicação em menos de 15% do total de pessoas que esperam pelo reforço. O restante seguirá sem previsão.

Outro fator que evidencia a desarmonia no processo ocorreu no fim desta semana. A partir da chegada de um novo lote de Astrazeneca recebido na manhã dessa quinta, Estado e municípios pactuaram que as 243,4 mil doses serviriam para avançar a vacinação das pessoas com comorbidades no Rio Grande do Sul. No entanto, nova determinação do Ministério da Saúde na manhã dessa sexta-feira é de que o lote seja reservado integralmente para garantir segunda dose. Assim, as vacinas ficarão na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) até o momento adequado de envio aos municípios.

O fato é que a sociedade precisa com urgência de um ritmo mais acelerado na efetivação do Plano Nacional de Imunização. Se faltam imunizantes no mercado, vale lembrar da hesitação do governo federal para a compra das primeiras remessas. Como o Brasil largou atrasado na negociação, grandes fabricantes já venderam para outros países a grande maioria dos seus lotes.

Diante da escassez de imunizantes em nível global, o aproveitamento absoluto das doses disponíveis precisa ser a tônica do processo. Além da preservação de vidas em meio à maior crise sanitária das últimas décadas, trata-se de uma condicionante para a recuperação econômica do país.

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O SIM da semana FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

Jair Bolsonaro, presidente da República, prometeu ao prefeito de Encantado, Jonas Calvi, que virá ao Vale do Taquari em dezembro, inaugurar o Cristo Protetor. Se cumprir a promessa, Bolsonaro será um dos poucos presidentes da história do Brasil a pisarem em terras regionais. O último foi João Batista Figueiredo, na década de 80. Esperemos até dezembro.

O Vale dos Alimentos pode ser também o Vale da Saúde O aumento na oferta de serviços, o avanço da profissionalização e da qualificação e as oportunidades que se desenham fazem da região terra fértil para ser um polo de saúde estado e país afora

U

ma das veias econômicas mais promissoras do Vale do Taquari é o setor da saúde. A localização estratégica no estado, e até mesmo no Mercosul, faz a área da saúde

pulsar na região. O anúncio de instalação do Saúde Univates soma-se às dezenas de clínicas ou centros de saúde espalhados pelas 38 cidades que compõem o Vale do Taquari. Por outro lado, é mais um que busca um naco do mercado e aumenta a concorrência dentro do setor.

No frigir dos ovos, quem ganha é a sociedade, que passa a contar com mais oferta de serviços.

Faz anos, o atendimento em saúde aqui é melhor e mais acessível do que em outras regiões do estado, inclusive nos grandes centros. Muito em função de um ecossistema que se retroalimenta e que foi muito impulsionado pela conquista da Faculdade de Medicina pela Univates.

Temos players de excelência em várias áreas e especialidades, sem falar nas casas

de saúde que buscam aperfeiçoamento e fortalecimento permanentes. A saúde virou um grande negócio para a região e a prova contumaz deste potencial existente é o movimento que a Univates faz em torno do assunto, seja na área do atendimento público ou privado, da pesquisa ou de análises.

Para consolidar o Vale como um grande polo de saúde, é imperioso que se preserve o equilíbrio e a concorrência leal e saudável. Precisamos evitar que se crie algum player dominador ou predatório para que tenhamos um ecossistema sustentável. Se o Vale dos Alimentos é hoje uma marca reconhecida, a saúde pode trilhar o mesmo caminho, desde que tenhamos sabedoria e maturidade para chegarmos até lá.

O MELHOR O SIM da semana que ainda A liberação do trânsito na ponte sobre o arroio Boa Vista destravou um nó viário que se formou no fatídico acidente que vitimou Anderson Barbosa e comprometeu a estrutura da ponte na BR-386. Os seis meses iniciais de bloqueio previsto reduziram para menos de dois. Palmas à CCR Via Sul, que deu mais uma prova do quanto a iniciativa privada é mais competente do que o Estado para gerir estrada.

P.S. Que a liberação da ponte não esmoreça o movimento regional pela construção de mais ligações sobre o Rio Taquari.

não veio

O início das obras de duplicação da BR-386 entre Lajeado e Marques de Souza depende de um aval do Ibama. Esta semana, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, esteve em Brasília e recebeu a confirmação da liberação da boca do ministro do Meio Ambiente e do Diretor do Ibama. Ainda assim, a CCR Via Sul ainda não recebeu o documento que autoriza o roncar das máquinas no trecho. Pelo contrato, as obras eram para começar em fevereiro. E já estamos em maio.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

“Não encha o saco” Laboratório de

O presidente Jair Bolsonaro utilizou o Twitter para se defender da CPI da Covid, armada às pressas e com o célebre Senador Renan Calheiros (MDB) à frente do processo. “Uns médicos receitam a cloroquina, outros a ivermectina. E o terceiro grupo (Mandetta) manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de

ar (para ser entubado).

Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”. Pela declaração, ele não parece tão melindrado com a CPI armada às pressas e com o célebre Senador Renan Calheiros à frente.

FRUSTRAÇÃO

O governo de Teutônia promoveu um evento para abrir a “cápsula do tempo”, um espaço construído junto ao Centro Administrativo, em 1984. A expectativa era encontrar documentos da época. Mas o plano restou frustrado. Após a retirada da pedra, os presentes foram surpreendidos com a maior parte do material deteriorado. Apenas algumas moedas ficaram intactas. Mesmo assim, a administração tenta restaurar os objetos e apresentar o resultado em uma live, agendada para o dia 22 de maio. Já no dia 24 de maio será criada uma nova cápsula, para ser aberta daqui a 30 anos. Aliás, a cápsula antiga, segundo os planos iniciais, deveria ter sido aberta há 10 anos.

Inovação

O

Laboratório de Inovação Governamental e Social do Município de Lajeado (Labilá) já nasceu com duas parcerias formadas: uma com o Parque Científico e Tecnológico da Univates (Tecnovates), e outra com a Unimed VTRP, por meio do Vibee. Mas a consolidação do hub público ainda depende de uma série de fatores para ficar semelhante às inspirações (fotos). Entre esses, a contratação ou designação de servidores para atuarem no local, o custeio da reforma do prédio, e ainda o investimento necessário para equipar o espaço nobre do Centro Histórico. Por ora, não há prazo para inaugurar o prédio na rua Marechal Deodoro. Mas são todos detalhes que devem ser acelerados após o efetivo lançamento da ideia.

Defesa Alunos na Univates Civil e o Cristo O aluguel de 10 salas de aula da Universidade do Vale do Taquari (Univates) está gerando confusão. Os espaços foram locados para atender às regras de distanciamento e alocar 210 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio do Colégio Evangélico Gustavo Adolfo.

Não é nada contra o Gustavo Adolfo, me parece. O problema, segundo alguns universitários, é o pagamento integral da mensalidade da Univates e a manutenção das aulas virtuais. “Por que outros alunos podem utilizar o campus de forma presencial?”, questiona um acadêmico.

Beira do rio

Em Lajeado, já passou da hora do governo municipal investir em obras próximas ao Rio Taquari, com o intuito de recuperar as ciclovias nas ruas Osvaldo Aranha e Bento Rosa. É o nosso cartão-postal!

A consolidação do Cristo Protetor de Encantado vai mexer com a segurança do Vale do Taquari. O aumento no número de turistas nas proximidades da estátua e também em outros pontos turísticos da região requer um novo planejamento por parte dos órgãos de segurança e, ainda, da nossa Defesa Civil. Mais do que nunca, é preciso melhor estruturar a Defesa Civil Regional.

“Só Por Hoje”

A Clínica Central completa 35 anos nesta segunda-feira.

São mais de três décadas salvando vidas e resguardando a união de milhares de famílias.

São 35 anos de uma história iniciada por Roque Lopes, e transformada em realidade pelas mãos de inúmeros pacientes, consultores, admiradores e voluntários. A Clínica Central é um patrimônio de Lajeado.

Vida longa. E “só por hoje”.

Atestados e comorbidades As más línguas avisam: se já havia um comércio de atestados em algumas alas da medicina nacional, o problema tende a aumentar de forma considerável com a inclusão de “pessoas com comorbidades” na lista de prioritários para a vacinação contra a Covid-19.

Tomara que não aconteça por aqui. Já nos basta aquela parcela da sociedade que viu vantagem em pegar, mesmo sem necessidade, o Auxílio Emergencial destinado aos mais necessitados.

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VALE DOS ALIMENTOS

Cadeia produtiva busca reunião com Bolsonaro Instabilidade motivada por alta no preço do milho e do farelo de soja interfere na produção regional. Cooperativas alertam para risco de desindustrialização.

Entidades representativas do segmento reivindicam isenção de impostos para importação dos insumos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ARQUIVO A HORA

Na cooperativa, diz Bayer, as condições atuais resultam em prejuízo de R$ 14 milhões por mês na avicultura. “O milho, que pagávamos R$ 45 a R$ 50 no ano passado, está em R$ 110. Hoje, se precisarmos comprar o grão aqui no estado, não tem.”

Esse alto custo dos insumos atinge duas das principais forças econômicas do Vale do Taquari. Na suinocultura, ainda que haja aumento nos custos, o impacto é um pouco menor, em especial pela exportação, que garante algum lucro. Já a avicultura, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 12 meses, esse setor teve um aumento no custo de 43,3%.

Deste total, as empresas conseguiram repassar 26,6% desse valor para o consumidor.

VALE DO TAQUARI

O

custo de produção na indústria alimentícia, em especial na produção de aves e suínos, foi o assunto principal da assembleia geral da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). O encontro virtual teve participação dos presidentes das cooperativas Languiru, Dirceu Bayer, e da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini.

Por meio da entidade representativa do segmento agroindustrial, foi encaminhada uma carta ao Ministério da Agricultura e ao presidente Jair Bolsonaro. O grupo tenta agendar uma reunião com as autoridades federais para a próxima semana.

O intuito é apresentar o cenário preocupante da produção alimentícia. Conforme Dirceu Bayer, o segmento de carnes nunca passou por uma dificuldade tão grande. “O alto custo de produção, em função do preço do milho torna a situação insustentável. Vemos notícias falando que o agro está bem, mas é uma falsa impressão. O processo de desindustrialização é seríssimo.”

De acordo com o presidente da Languiru, é preciso sensibilizar os governantes sobre a condição das indústrias.

“Este é um ano perdido” Durante a explanação aos prefeitos da Amvat, Bayer afirmou que não há expectativa de melhoria no setor avícola para os próximos meses. “Este é um ano perdido. O mercado interno não reage e a exportação tem pouca expressão.”

O presidente da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini, acrescentou ainda o risco de desestruturação do sistema integrado existe no Vale do Taquari. “O apoio que precisamos também é dessa relação política. Para que se tenha um olhar sobre essas dificuldades.

A parceria da Amvat neste momento é valiosa para tornar público.”

Na audiência com o presidente da República, a defesa dos pleitos vão no sentido de buscar medidas para reduzir os custos do milho, diz Piccinini. “Temos o milho mais caro do mundo. É preciso ter um sistema para isentar as importações, com a suspensão do PIS/Cofins. Só nisso, fica R$ 10 mais barato a saca.”

O presidente da Amvat, prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, considera

Setor avícola é o mais atingido pela instabilidade. Baixo consumo interno e dificuldade na exportação trazem prejuízos

fundamental que os prefeitos façam contatos com deputados estaduais, federais e senadores para informar sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor. Considera ser necessário ampliar a pressão política para que sejam adotadas medidas para auxiliar as indústrias.

O documento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lista umas série de medidas governamentais para socorrer o setor avícola.

Confira algumas:

Energia elétrica

• Retirada temporária do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) aos países extra-MERCOSUL;

No início da reunião da Amvat, o consultor de Negócios da RGE, Umberto Ossig, abordou os projetos da concessionária para o Vale do Taquari. Os prefeitos ressaltaram a necessidade de mais agilidade para atendimentos em casos de oscilações e falta de luz, em especial nas áreas rurais.

O representante afirmou que há equipes de manutenção em prontidão e que o esforço da concessionária é para atender as expectativas da região.

A RGE atua em 25 municípios do Vale, além de cidades da região de Guaporé.

Conforme Paulo Kohlrausch, o intuito da Amvat é criar proximidade com o representante da empresa responsável pelo abastecimento de energia com os prefeitos. “Se der problema, queremos buscar uma resolução objetiva e assertiva, em um nível administrativo”, afirmou.

REIVINDICAÇÕES DO SETOR

• Autorização excepcional para importação de milho transgênico dos EUA para uso na ração animal até o fim do ano;

• Suspensão temporária (até dezembro) da cobrança de PIS/ Cofins sobre a importação de grãos; • Suspensão temporária da cobrança de PIS e COFINS incidente sobre o custo do frete nas operações interestaduais de transporte de grãos; • Ampliação do acesso a crédito para armazenagem voltado às agroindústrias e cooperativas de proteína animal; • Instalação de programas de incentivo ao plantio de insumos, em especial, nos entornos dos polos produtores de proteína animal do Brasil.

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“O modelo de bandeiras se esgotou” Presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza avalia que o sistema de distanciamento controlado funcionou no começo da pandemia, mas se desgastou com o tempo. Ele defende a implantação de um novo modelo

ANA CAROLINA BECKER

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

Em agenda pela região, Souza foi entrevistado na Rádio A Hora 102.9

eputado estadual em segundo mandato e presidente da Assembleia Legislativa pela primeira vez, Gabriel Souza cum-

priu agenda nessa sexta-feira, 7, no Vale do Taquari. Visitou municípios como Cruzeiro do Sul, Santa Clara do Sul, Muçum e Lajeado, ouviu lideranças e deman-

D

das. E também falou da situação atual do estado.

Em sua passagem por Lajeado, concedeu entrevista à Rádio A Hora 102,9. O foco da conver-

sa foi, sobretudo, o modelo de distanciamento controlado, que será substituído na próxima semana pelo governador Eduardo Leite. Souza, inclusive, participou de reuniões e opinou sobre a mudança nas regras, que darão maior autonomia às regiões e municípios.

“Eu disse para o governador que esse modelo de bandeiras se esgotou. Lá no começo da pandemia, ele nos serviu. Ele tinha um fluxo, tinha um padrão, trouxe a cultura dos protocolos. Mas, durante o período, ele foi sofrendo alterações e ficou muito complexo, sem credibilidade. Quase teve desobediência civil”, avalia.

Para o deputado, as normas devem ter legitimidade na sociedade, o que se perdeu a partir do momento em que o modelo foi modificado, e defende a possibilidade de maior autonomia aos prefeitos. “É mais lógico a região deliberar sobre o que funciona ou não. Essa lógica funciona melhor.

Essa linha que o governador está seguindo é uma linha que eu concordo”, comenta Souza.

Videoconferência Souza participou, no fim da tarde dessa sexta, de uma videoconferência com o governador Eduardo Leite, líderes de bancadas da Assembleia, presidentes das associações regionais e da Famurs para discussões sobre o novo modelo de distanciamento que será implementado. Inicialmente, ele seria apresentado ainda nessa semana, mas Leite adiou o anúncio.

“Estamos em 14 meses de pandemia no Estado. Já entendemos que a doença é perigosa, mata e não escolhe pacientes. A maioria das pessoas entendeu. O negacionismo diminuiu, os anti-vacinas também. E há uma luta interna no comitê científico, mas acho que já aprendemos muito. Agora, esse novo modelo parece ter boa possibilidade de acertos”, destaca.

ENTREVISTA GABRIEL SOUZA • PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA -RS

“Só teremos a volta do investimento público no RS com a privatização da CEEE-D” • Quais são as pautas prioritárias e como está sendo a experiência de presidir a Assembleia num momento como este?

Quando iniciei, em 3 de fevereiro, imaginávamos que o ano seria muito mais calmo. E duas semanas depois, tudo mudou e as demandas vão se arrastando. A pauta principal hoje vira o combate à pandemia e a segunda também, seja na área da saúde e também na investi-

gação, pois temos uma CPI em andamento que investiga os preços dos medicamentos. A Assembleia está sendo pró-ativa. Nós criamos também política pública, de passar recursos para 55 municípios nos pronto-atendimentos.

• Em relação ao plebiscito para venda de estatais, qual sua expectativa em relação a este assunto, sobretudo a privatiza-

ção da Corsan?

Só vamos ter a volta do investimento público no Rio Grande do Sul por conta da privatização da CEEE-D. No governo anterior, se teve a coragem de inaugurar essa agenda, que era um tabu desde os anos 90. O grande ganho financeiro do Estado a partir do ano que vem não é o valor simbólico que ela vale, e sim que vamos voltar a ganhar ICMS. E agora a CEEE-T vai ser

leiloada e colocará no caixa do Estado cerca de R$ 1,7 bilhão. E está definido que a sobra desses recursos serão investidos em rodovias.

• Há uma grande expectativa sobre o futuro da EGR. Ela se mostrou ineficiente há muitos anos. Qual deve ser o encaminhamento dela, no seu ponto de vista?

O fim dela será no ano que

vem, já está programado. Não vai mais existir EGR. A maioria da Assembleia votou favorável a tornar a EGR uma concessionária comum, porque aí vamos conseguir tirar dela as concessões e fazer editais novos, com outorga.

A ideia é passar as concessões dela em bolsa para que novos players operem estas rodovias. E a EGR, ficando sem rodovia, será extinta.

Esse é o caminho.

Ministério da Saúde determina reserva de vacinas Medida cancela envio de remessa aos municípios previsto para a sexta-feira

DIVULGAÇÃO

ESTADO

Diante de determinação do Ministério da Saúde para que as doses da AstraZeneca já recebidas sejam reservadas para segunda dose, o governo do Estado cancelou a distribuição da remessa prevista para a tarde de ontem.

As vacinas que seriam distribuídas chegaram no início da manhã de quinta-feira, 6, ao RS. Em reunião ocorrida nesta quinta, Estado e municípios pactuaram que as 243,4 mil doses serviriam para avançar a vacinação das comorbidades no Estado. A nova determinação do governo federal é de que o lote seja reservado integralmente para segunda aplicação.

As vacinas ficarão na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) até o momento adequado de envio aos municípios. Com a reserva, serão atendidos os vacinados com doses da 5ª remessa, distribuída no RS em 25 de fevereiro, da 9ª remessa, distribuída em 22 de março, e da 10ª remessa, distribuída em 26 de março.

Para as D2 dessas três remessas, são necessárias 233,8 mil doses.

O lote enviado na quinta-feira ao Estado é de 243,4 mil. A diferen-

Doses chegaram na quinta no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre

ça, de 9.450 doses, também ficará armazenada na Ceadi.

“Quando chegar próximo ao vencimento da segunda dose, distribuiremos os quantitativos aos municípios para que possam atender 100% dessas três remessas”, explica Tani Ranieri, chefe

da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

No início da manhã de sábado, 8, deve chegar ao Estado uma remessa de 63.600 doses da coronavac, que serão utilizadas integralmente para segunda aplicação.

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Prefeito anuncia intenção de vacinar profissionais da Educação DIVULGAÇÃO

Decreto será elaborado no início da próxima semana.

Município levanta dados sobre o cenário da pandemia para embasamento jurídico. Lajeado projeta imunização das redes municipal, estadual e privada

feira, 5. A imunização iniciou para os funcionários de 40 a 59 anos. O município vacina pessoas com comorbidades da mesma faixa etária.

O plano segue cronograma elaborado pela secretaria de Educação junto às 30 instituições municipais de ensino. A perspectiva é começar a vacinação da rede estadual e privada na segunda-feira, 10.

Em Lajeado, o prefeito Marcelo Caumo afirma que os fatores são analisados pelo comitê municipal, porém, a prerrogativa legal que permite a antecipação dos professores na fila de vacinas é o contexto específico da cidade.

RAMIRO BRITES

Sindicato dos professores

ramiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

O

prefeito Marcelo Caumo adiantou nessa sexta-feira pelas redes sociais a intenção de criar um decreto para possibilitar a vacinação de professores. Como base legal, o chefe do Executivo utiliza uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) emitida na segunda-feira, 3, sobre a vacinação de docentes do Rio de Janeiro.

No início da semana, o ministro Ricardo Lewandowski negou o pedido de inclusão dos professores no grupo prioritário. O juiz afirmou que estados e municípios podem modificar os planos de imunização, desde que haja um detalhamento da realidade local. Conforme ele, os pedidos de troca de ordem da vaci-

Decisão do Supremo Tribunal Federal para o Rio de Janeiro serve como base para a intenção de Lajeado

nação "precisarão, na motivação do ato, explicitar quantitativa e qualitativamente as pessoas que serão preteridas, estimando o prazo em que serão, afinal, imunizadas".

A partir dessa fundamentação, o município levanta dados sobre o cenário local da pandemia. O prefeito garante que a preferência a vacinação dos professores é possível, a partir do momento em que a categoria está no rol do Plano Nacional de Imunizações. “Com os grupos

que estão na lista, a gente estabelece as preferências. A inclusão de uma outra categoria que não esteja relacionada seria proibitiva”, afirma Caumo.

O chefe do Executivo afirma que, após nove dias de aulas presenciais, não foi notada repercussão nos casos ativos de covid-19.

O município quer priorizar a imunização de todos os trabalhadores da Educação que estão em contato direto com os alunos.

Vacinação de professores pelo RS A prefeitura de São Leopoldo iniciou a vacinação de professores na terça-feira, 4.

Após a vacinação dos grupos prioritários nos postos de saúde, diariamente, o município recolhe os frascos utilizados. As sobras do imunizante nos recipientes são aplicadas em educadores.

Em Esteio, a vacinação dos servidores da Educação iniciou na quinta-

Conforme a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Lajeado (SPML), Rita de Cássia Quadros da Rosa, as doses para os profissionais da Educação garante a manutenção das escolas abertas. “A gente sabe da importância dessa segurança para que não seja necessário ficar fechando escolas, reabrindo escolas”, afirma.

Ela defende que a vacinação inicie pelos trabalhadores que atendem a Educação Infantil. “Quanto menor o estudante atendido, maior precisa ser o contato com os profissionais”, argumenta.

Rita de Cássia acredita ser coerente que a vacinação prossiga em ordem crescente da idade dos alunos.

MPT-RS assina nota conjunta pedindo que municípios respeitem ordem de vacinação ARQUIVO A HORA

Entidades que atuam no Judiciário, além da Secretaria Estadual de Saúde, manifestaram preocupação que prefeituras alterem sem justificativa técnica relação de grupos prioritários

Instituições que atuam junto ao Judiciário, entre elas o Ministério Público do Trabalho (MPT), e a Secretaria Estadual de Saúde divulgaram nesta sexta-feira (07/05) uma nota conjunta para conclamar as prefeituras do Estado a cumprirem sem distorções as diretrizes do plano nacional de vacinação contra a Covid-19. O documento manifesta a preocupação do conjunto de entidades com possíveis descumprimentos e alterações injustificadas, nos municípios, da ordem de prioridade de vacinação, contrariando as diretrizes estabelecidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

A recomendação reconhece que algumas adaptações a cada realidade local podem ser feitas pelos municípios nas suas respectivas Notas e Informes Técnicos, e nas pactuações havidas no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite do Rio Grande do Sul (CIB/ RS), mas que nenhuma delas justifica

a alteração da ordem de vacinação sem argumentos de robusta base técnica Além do MPT-RS, assinam a nota representantes da Procuradoria Geral do Estado (PGE), do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Estado (MP) e da Defen-

soria Pública da União. Pelo Ministério Público do Trabalho-RS, assinam a nota os procuradores Priscila Dibi Schvarcz, Ivan Sergio Camargo dos Santos, Rogério Uzun Sanfelice Fleischman, além do vice-procurador-chefe Rafael Foresti Pego.

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

A FORÇA INFINITA DE Do diagnóstico à superação.

Conheça a história de quatro mães que deixam o medo e a incerteza de lado para dar o apoio que os filhos com necessidades especiais precisam para serem felizes BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

A

gravidez não foi fácil para Daniele Carine Wolff Immich, 34. Durante sete meses, diversas internações e outros problemas de saúde resultaram no nascimento prematuro de Vitória Carolina. 24 horas depois, a menina, com hoje quatro anos e meio, teve complicações e entrou em coma. Entre problemas pulmonares, a necessidade de transfusão de sangue e intubações, Vitória ganhou alta hospitalar e foi considerada um milagre.

Aos três meses, ela teve uma gripe grave e, depois de voltar à UTI,

PRIMIÊ FOTOGRAFIA

Daniele se dedica integralmente ao cuidado dos filhos João Victor e Vitória

teve uma parada respiratória e problemas no desenvolvimento. “A Vi chorava muito, gritava, ela era rígida, era difícil para dar banho, trocar fralda”, conta a mãe. Com nove meses e diversos exames, descobriram que a menina tem microcefalia. Ela também foi diagnosticada com esquizencefalia, paralisia cerebral, espinha bífida, disfagia, recusa alimentar extrema, e epilepsia de difícil controle.

“O diagnóstico foi difícil, mas eu disse que daria o meu melhor pra ela viver”, lembra a moradora de Lajeado.

Tem dias mais difíceis do que outros, mas a relação das duas ensinou a mãe sobre o amor e paciência, e foi reforçada pela fé. Muitas vezes é preciso tentar alimentar a menina por mais de 15 minutos e mesmo assim, a recusa faz com que ela fique

mais de dez dias sem comer. Mas Vitória é forte e hoje balbucia algumas palavras e está sempre sorrindo. As fisioterapias ajudam, mesmo que ela não possa caminhar.

Logo que a filha nasceu, a mãe deixou o emprego e, ao mesmo tempo em que se dedicava à Vitória, também criou o filho João Victor, de sete anos. Daniele e João são parceiros, tanto na educação dele quanto no cuidado da irmã, e o que a família mais gosta de fazer é brincar.

“Sempre tentei ser uma mãe presente também para o João. Ele é minha joia. Soube entender e me ajuda, às vezes até nos exercícios da Vi. Quando fico meio pra baixo ele vê meu sofrimento, mas fica lá do meu lado. Ele é a minha base”, conta Daniele. Ser mãe de João e Vitória mudou a vida dela, que faz de tudo para vê-los felizes.

“A parte mais difícil é o emocional”

Perto das 6h, Ingrid Eichler, 39, já está de pé com o filho Fernando, de três anos, no colo. É assim que começa a rotina de cuidados do menino diagnosticado com gangliosidose GM1. Sem que ele consiga ver, sorrir ou mexer nenhum músculo, 24 horas do dia de Ingrid são dedicadas ao filho desde que ele nasceu.

Fernando foi diagnosticado aos nove meses. Depois de diversos exames, os médicos deram um prazo de dois anos de vida para o menino. “Foi muito difícil receber

ARQUIVO PESSOAL

Ingrid é mãe de Fernando, Anna Clara e Mariana. Maternidade sempre foi um sonho

o diagnóstico, perdi o chão”, conta.

Mas ela não desistiu, e se alternava entre os cuidados do menino e o trabalho. Foi só quando a doença se agravou que ela conseguiu um auxílio doença pelo INSS e passou a se dedicar integralmente a Fernando que divide o amor da mãe com Anna Clara, 15, e Mariana, 10.

“Recentemente o Fê ficou 61 dias na UTI. Minhas filhas se acos-

O diagnóstico foi difícil, mas eu disse que daria o meu melhor pra ela viver”.

DANIELE CARINE WOLFF IMMICH

Muitas vezes olho pra cima e peço pra Deus me orientar, porque um erro meu pode custar a vida dele”.

INGRID EICHLER

tumaram com os momentos em que não posso dar atenção a elas e entendem. É um constante aprendizado. Muitas vezes olho pra cima e peço pra Deus me orientar, porque um erro meu pode custar a vida dele”, conta.

Além dos medicamentos, Fernando passa por diversos procedimentos durante o dia. Perto da meia noite, ela coloca o filho na cama, mas não lembra a última vez que teve uma boa noite de sono, já que está sempre atenta aos aparelhos.

Apesar dos desafios que ela enfrenta todos os dias, o sonho de Ingrid sempre foi ser mãe e a alegria faz parte da rotina da família que vive em Boqueirão do Leão. “Estar com meus filhos é maravilhoso. Acho que a parte mais difícil é o emocional. O medo constante, a angústia, a responsabilidade, a incerteza. Cuidar do Fernando é um prazer, mas o medo de errar é grande. Só quero que ele tenha qualidade de vida, assim como minhas filhas, e que ele não sofra pelo tempo em que estiver com a gente”, diz a mãe.

“Uma mãe nunca deixará de fazer algo por seu filho” Largar tudo e se dedicar integralmente aos cuidados da filha. Esta foi a solução encontrada por Cristiane de Oliveira Schneider, 39. Moradora de Cruzeiro do Sul, ela viu sua

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SER MÃE ESPECIAL ARQUIVO PESSOAL

BIBIANA FALEIRO

ENTREVISTA

“Se faz necessário a construção de uma rede de apoio” A psicóloga Tayna Rodrigues fala sobre a importância da saúde mental e emocional das mães de crianças especiais.

A Hora: Como lidar com situações onde a dependência dos filhos tende a se manter no futuro?

Tayna - Se faz necessáris a construção de uma rede de apoio, onde a mãe aciona pessoas de confiança para o auxílio nos cuidados diários e necessários. Também para que a mãe tenha alguém para dividir angústias, sofrimentos, questões emocionais e alegrias.

A possibilidade de dar uma vida melhor à Luana é o que motiva a mãe Cristiane

Tatiane se dedicou integralmente ao cuidado de Gabriel por 18 anos

vida mudar quando a pequena Luana, na época com um ano de idade, sofreu uma encefalite viral.

A enfermidade atingiu o cérebro da menina, que acabou perdendo todos os movimentos, além de não conseguir falar. Desde então, necessita de um acompanhamento 24 horas por dia. Cristiane, que trabalhava desde a adolescência, deixou o emprego para ficar ao lado da menina.

A rotina diária mudou. Enquanto o marido e o filho mais velho, hoje com 18 anos, trabalham fora, ela acompanha Luana em casa, na Apae, em Lajeado, ou nas sessões de fisioterapia. “Ela se alimenta por sonda, usa fraldas. É totalmente dependente de mim. Mesmo quando ela vai para a escolinha eu tenho que estar por perto”, comenta.

O que move Cristiane, mesmo com tantas adversidades, é a possibilidade de dar uma vida melhor para Luana, que completa sete anos este mês. A luta é diária, mas o sentimento materno, para ela, sempre falará mais alto.

“Os médicos não nos dão muita expectativa, mas estou sempre correndo atrás. Vou fazer de tudo para que ela tenha uma vida melhor, pois a fé é a última que morre e não perco minha esperança. Uma mãe nunca deixará de fazer algo pelo seu filho.

Tudo o que estiver ao meu alcance, eu vou fazer”, afirma.

Mesmo com toda essa dedicação e o pouco tempo livre para si, Cristiane busca formas também de se manter forte mentalmente. “Preciso cuidar um pouco de mim também,

casa. Logo que acorda, deixa a cama arrumada e ajuda a pôr a mesa do café. Apesar de, hoje, mais independente, o Gabi vai ser sempre criança no coração dos pais. Principalmente da mãe Tatiane Ávila Silva, 37, que se dedicou integralmente ao cuidado do filho por 18 anos.

Com um mês de vida, Gabriel teve convulsões e passou oito dias internado. Teve alta hospitalar com a epilepsia controlada, mas com desenvolvimento comprometido, de modo que a idade mental do menino não é a mesma da física.

“Um de nós sabia que ia ter que abrir mão de uma vida profissional naquele momento para se dedicar exclusivamente a ele, então eu fui de braços abertos para essa nova rotina de ser mãe 100% do dia”, conta Tatiane.

Atendimentos de fonoaudiólogos, neurologistas e fisioterapeutas eram sempre acompanhados pela mãe e aos dois anos e meio, Gabriel deu os primeiros passos e arriscou as primeiras palavras.

“Foi uma das partes que mais nos alegrou, porque ele demorou muito pra falar e assim que começou, não parou mais”, conta Tatiane. Na época, a família morava em Porto Alegre e se mudou para Lajeado em 2012.

Na nova cidade, Gabriel fez amigos na escola e ganhou mais independência. Quando ele tinha pouco mais de 10 anos, Tatiane voltou a estudar, mas foi só quando ele fez 18 que ela voltou ao mercado

agora voltei a fazer caminhada quando ela está na Apae. E, quando vamos em um restaurante, ou até na praia, sempre levamos ela. Nunca deixamos de fazer as coisas”.

“O meu fã número um sempre foi ele” Gabriel, 20, gosta de ouvir música e ajuda a mãe nas tarefas de

Vou fazer de tudo para que ela tenha uma vida melhor.

Não perco minha esperança”.

CRISTIANE DE OLIVEIRA SCHNEIDER

Como mãe, a gente se preocupa muito, mas essa foi a melhor coisa que aconteceu.

Com o Gabi a vida é mais colorida”.

TATIANE ÁVILA SILVA

de trabalho, na área de contábeis, deixando o filho com uma cuidadora. Mesmo assim, ela ainda faz questão de buscar o filho na escola e ajudar nas tarefas.

“Eu sempre tive aquele meu companheiro de todas as horas, agora sinto falta disso. O meu fã número um sempre foi ele”, conta. Hoje, Gabriel já fala em ir para a faculdade e trabalhar e a mãe acredita no futuro do filho.

Mas seu maior medo é que ele não seja aceito.

“Como mãe, a gente se preocupa muito, mas essa foi a melhor coisa que aconteceu. Eu olho pra trás e não vejo minha vida antes do Gabi. As coisas boas, e todos os aprendizados que a gente teve, foi tudo muito intenso. Com o Gabi a vida é mais colorida, tudo é melhor com ele”, afirma.

Quais os principais cuidados para que as mães mantenham um equilíbrio mental?

Tayna - Primeiramente não anular sua individualidade, necessidades e desejos. Realizar atividades que atendam suas necessidades, desejos, bem estar, momentos prazerosos, saudáveis, dar atenção a sua rotina e que proporcionem conexão com elas mesmas.

A Hora: Como vocês, profissionais, trabalham a autoestima destas mães?

Tayna - Buscamos trabalhar a sua individualidade, fazendo entender a necessidade de se priorizar, a importância de se permitir relaxar e fazer atividades prazerosas, nesses casos é muito importante focar no que ela consegue modificar e entender se a situação está ou não no seu controle. Também é trabalhando a auto aceitação, manejo de suas emoções, conflitos, aceitação da realidade e confiança em si.

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Vereadores estudam projeto para limitar pets por residência Ideia está em estudo na câmara e foi tratada por parlamentares em sessão nesta semana FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

ARROIO DO MEIO

U

ma proposta para limitar o número de animais de estimação pode ser criada pelo Legislativo de Arroio do Meio.

Ainda em fase de estudos, a ideia foi abordada na sessão da quarta-feira, 5, durante os pronunciamentos de Vanderlei Majolo e Alessandra Brod, ambos do PP. A preocupação com o sossego público está entre os motivos para regrar a quantidade de pets.

Conforme Majolo, pessoas já vieram o procurar em função de queixas a casas com muitos animais de estimação.

“Tem o barulho com os latidos

FÁBIO KUHN

e animais que acabam soltos nas ruas. Nossa ideia é que a pessoa tenha animais que possa cuidar sem interferir na convivência com os demais vizinhos”, pontuou o pepista.

Alessandra elabora uma proposição para ser apresentada na câmara. Nas pesquisas, descobriu que já existe lei federal delimitando a quantidade de sete animais por residência, entretanto sem definir o tipo de pet. “É bom a pessoa ter um animal até pela relação com a natureza. Mas temos que nos preocupar com a boa convivência entre todos”, acredita.

Para Majolo, a proposta poderia prever um período educativo para adaptação da sociedade. O vereador também sugere que os tutores com animais a mais atualmente possam manter os bichos e se adaptar à regra após os óbitos dos animais. “Não queremos obrigar ninguém a se desfazer de seus cães ou gatos”, reforça.

O vereador propõe ainda que a quantidade de animais varie de acordo com o tamanho das residências.

Ainda em estudo, proposta precisa definir pontos como quantidade máxima de pets por casa

Opiniões na sociedade Voluntária da Associação de Proteção aos Animais Arroiomeenses (Apaam), Solange Beneduzi percebe que a proposta pode dificultar o trabalho das cuidadoras que abrigam cães de rua.

Ela teme mais casos de abandono se o regramento vigorar.

Na avaliação de Solange, o

governo deveria investir mais na castração de pets, em especial, entre as famílias de baixa.

Outra proposta seria usar chips nos animais para identificar os tutores em caso de abandono ou maltrato.

Arroio do Meio já tem um programa de castração que atende cerca de 30 pets por mês. Entretanto, a assistente social, Leopoldina Oliveira percebe

que a quantidade nem sempre é suficiente. “Temos uma fila de espera. Na pandemia, aumentou muito a procura pelas castrações”, afirmou.

Favorável a limitação no número de pets, Leopoldina acredita que a proposta pode melhorar qualidade de vida dos bichos e possibilitar aos donos realizar investimentos necessários para a saúde animal.

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021 FELIPE NEITZKE

Clientes do Posto Faleiro pilotam simulador de F1

THIAGO MAURIQUE

Termômetros em Boqueirão do Leão marcaram 2°C na madrugada dessa sexta-feira

Fim de semana de inverno em pleno outono Temperaturas próximas dos 0°C na região alta do Vale marcam o fim de semana do Dia das Mães. Para a próxima semana, estimativa é de dias chuvosos, com mais intensidade a partir de quarta-feira FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

F

im de semana com jeito de inverno em pleno outono. Temperaturas mínimas abaixo dos 10ºC. Nas regiões mais altas da região, os termômetros marcaram 2ºC nessa sexta-feira. Para sábado e domingo mais frio.

O RS já teve até mínimas abaixo de zero e geada na se-

mana passada, mas o frio se limitou ao período da noite e do começo da manhã. Conforme o meteorologista da Metsul, Luiz Fernando Natchtigall, as tardes serão agradáveis, com máximas próximas aos 20°C. “Depois, com a chegada da noite, esfria rapidamente. A madrugada será abaixo dos 10°C”, diz.

O frio mais intenso já se despede na segunda-feira. A previsão é de temperaturas máximas acima dos 26°C para Lajeado.

O aumento das temperaturas são um prenúncio da chuva, que deve ser mais intensa na quarta-feira.

Expectativa do inverno A estação mais fria do ano começa no dia 21 de junho. Conforme Nachtigall, os prognósticos apontam para um período com chuvas abaixo da média histórica. Com relação às temperaturas, o inverno não será tão rigoroso.

PREVISÃO DO TEMPO

Sábado Massa de ar seco e frio ocasiona um dia de sol.

Pela manhã e à noite, sensação de muito frio, em especial nas áreas mais altas. Há risco de geada.

Min.: 9ºC Máx.: 22ºC Domingo Condições do tempo similares a de sábado.

O dia das mães será ensolarado, com sensação de mais frio pela manhã e à noite. Já a tarde será agradável.

Min.: 11ºC Máx.: 24ºC Segunda-feira Sol com poucas nuvens Min.: 13ºC Máx.: 27ºC

Ação começou na quinta e segue até este domingo, 9, das 9h às 18h

Equipamento simula cock-pit de uma Ferrari e pode ser acessado em promoção na unidade de Lajeado LAJEADO

O Posto Faleiro proporciona a experiência de pilotar um simulador de Fórmula 1.

Até domingo, clientes que consumirem acima de R$ 20 no Shell Select ou abastecerem R$ 100 de gasolina VPower no Shell Box ganham uma volta no equipamento que imita uma Ferrari.

A ação começou na quinta-feira, 6, e segue até este domingo, 9, das 9h às 18h, e segue todos

os protocolos de segurança. O uso de máscara é obrigatório e o equipamento é higienizado com álcool gel antes e após a utilização.

O simulador da empresa Pro-racing consiste em um cockpit modelo Fórmula, com medidas idênticas aos carros de corrida, estrutura em ferro e laminado em fibra de vidro pintura automotiva e banco em formato concha.

O carro tem volante com sistema de marchas Paddle Shift (Cambio Borboleta), botões como DRS e Kers, além de um display com todas as informações de tempos de volta, velocidade, marcha, RPM e telemetria. O simulador ainda dispõe de três telas, que somam 3,3 metros de envergadura e proporcionam ao piloto sensação de estar dentro de um carro de Fórmula.

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Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021 | A HORA

Apresentado por

SICREDI OURO BRANCO - Teutônia

T

ransformar vidas e contribuir para o crescimento da comunidade. É isso que a Sicredi Ouro Branco RS faz há 40 anos. Por meio do cooperativismo de crédito, promovemos o desenvolvimento econômico e social em 21 municípios do Vale do Caí e Taquari, com mais de 68 mil associados.

Com o propósito de “construir juntos uma sociedade mais próspera” - atuamos com responsabilidade na oferta de soluções financeiras ao mesmo tempo em que contribuímos com iniciativas sociais e ambientais que geram impactos positivos e agregam valor às comunidades.

Na Sicredi, os recursos são reinvestidos na comunidade. Um exemplo é a Distribuição de Resultado, que este ano somou R$ 14,94 milhões distribuídos aos sócios da Cooperativa. Os benefícios ao ser associado vão além da participação nos resultados financeiros.

DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS SICREDI OURO BRANCO

R$ 11,46 MILHÕES

DEPOSITADOS NAS CONTAS-CORRENTES DOS ASSOCIADOS (PROPORCIONAL A UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS DA COOPERATIVA)

R$ 2,75 MILHÕES

CREDITADOS EM FORMA DE JUROS NO CAPITAL SOCIAL

R$ 730 MIL DESTINADOS AO FUNDO SOCIAL, QUE BENEFICIOU SETE HOSPITAIS DA REGIÃO

SICREDI - ONDE SEU DINHEIRO RENDE UM MUNDO MELHOR! DIFERENCIAIS DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA COOPERATIVA

SICREDI OURO BRANCO O Sicredi estabelece um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Na prática, as pessoas que possuem recursos excedentes, são denominados de poupadores. Eles depositam suas economias na cooperativa, que por sua vez, remunera o capital investido e oferece crédito para outros associados que buscam recursos para financiar seus projetos.

Anualmente são realizadas assembleias, reuniões (Programa Pertencer) e capacitações (Programa Crescer) para oportunizar e qualificar a participação dos associados no negócio.

A Cooperativa também fomenta, a partir de seu resultado, Programas de Educação nas Escolas como Educação Financeira, Cooperativas Escolares e o Programa A União faz a vida, que há mais de 25 anos, através dos valores da cooperação e cidadania contribui com a educação.

FÍSICO E DIGITAL Nossas agências contam com espaço amplo e moderno, feito para o associado se sentir em casa. O atendimento é diferenciado, prestado por colaboradores capacitados e que são consultores dos associados. Mais de 100 colaboradores estão habilitados para serem multiplicadores da educação financeira junto à comunidade.

Canais digitais estão disponíveis aos associados para contatar a sua agência, através do APP, Internet Banking ou Whatsapp. Também está disponível o Conecta, uma plataforma de negócios onde os associados podem se cadastrar para divulgar e comercializar seus pro-

dutos e serviços, uma rede de compra e venda entre os associados do Sicredi.

Durante a Pandemia, estivemos mais próximos dos associados, ampliando o horário de atendimento das nossas agências, disponibilizando canais de atendimento online e contatando os associados para atender suas necessidades.

Estar ao lado da sociedade é o nosso plano. Incentivamos iniciativas da comunidade, por meio de apoios e patrocinando ações promovidas pelos associados. Além das iniciativas de voluntariado promovidas pela cooperativa, colaboradores e associados fazem a diferença na vida das pessoas por meio da solidariedade.

PENSAR COOPERATIVISMO FAZ TODA A DIFERENÇA PARA A NOSSA REGIÃO Principais resultados constatados em municípios com presença de cooperativas de crédito

+15,7 % +6,2 % +1 % +5,6 % número de de empregos de salários no PIB estabelecimentos comerciais

formais

O número de empresas saltou nessas regiões.

Foram 79 mil novas empresas e 278 mil empregados.

per capita municipal

Nos 1,4 mil municípios que passaram a contar com uma cooperativa de crédito, entre 2006 e 2016, o impacto agregado na renda foi de 48 bilhões de reais.

FONTE: pesquisa Fipe 2019

Produzido por

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DIVULGAÇÃO

Ação ocorreu em 340 metros do Arroio Estrela e recolheu mais de meia tonelada de lixo

Voluntários limpam Arroio Estrela ESTRELA

A

primeira edição do programa Arroio+Limpo ocorreu nessa sexta-feira.

Servidores municipais e voluntários retiraram mais de meia tonelada de lixo das margens do Arroio Estrela.

A Secretaria de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade (Sedis), por meio do Departamento de Meio Ambiente, promoveu a ação.

“Pretendemos retomar e reforçar as ações de fiscalização nas áreas próximas aos arroios e rios em toda a área do município.” Durante a ação, também foram encontrados vários pneus, oito de grande porte, no meio do arroio.

O morador, Saul Severo, também participou. “É meu local de pesca.” Os resíduos foram encaminhados para a Usina de Tratamento de Lixo do município.

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Resumo da novela Império João Lucas e Maria Marta fazem as pazes e Silviano se emociona. José Alfredo deixa o hospital. Fernando procura Cristina. Fernando decide falar com Cora sobre Cristina. José Alfredo e Maria Marta se enfrentam. José Pedro e Maria Clara repreendem os pais pela discussão. Cora faz insinuações sobre Cristina

e Vicente para Fernando. Jurema procura Reginaldo. Cláudio e Beatriz acompanham Leonardo até o hospital. Fernando chega ao restaurante de Enrico para falar com Vicente. João Lucas defende Maria Marta para os irmãos. Cora avisa a Cristina que Fernando a procurou. Vicente e Fernando se encontram.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Willian Bonner e Sandra Annenberg Ultrassom e ecocardiografia fetal

Profissão (?) de de Robert patrão: Scheidt animal de competições

É formada Flores (?): pela sedi- margarida mentação e dentemarinha de-leão

Unha (?), técnica de manicure Línguamãe do português Estilhaço

Estilo musical tocado em festas juninas

A vida da Gente Celina confessa a Nanda que ficou abalada com o encontro que teve com Lourenço. Iná dá de presente um computador para Ana e fala sobre o blog criado por Manuela enquanto ela estava em coma.

OBITUÁRIO IVO VON MUHLEN, 81, faleceu quinta-feira, 6, em Westfália. Sepultamento foi sexta-feira, 7, no Cemitério Evangélico de Paissandú, em Westfália.

ARMIN OTTO SCHERER, 64, faleceu quinta-feira, 6, em Marques de Souza. Sepultamento foi sexta-feira, 7, no Cemitério Evangélico de Picada Felipe Essig, em Travesseiro.

SILIANDRA DA CONCEIÇÃO DIAS, 38, faleceu quinta-feira, 6, em Estrela. Sepultamento foi sexta-feira, 7, no Cemitério Santo Antão, em Encantado.

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai

Central de atendimento de uma empresa Mar de (?), lago da Ásia Central "(?) Deum", hino solene cristão Formiga, em inglês São maioria em relação a homens de mesma idade Limitada, anônima e cooperativa

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"24 (?)", série com Kiefer Sutherland

Solução

Raio (abrev.)

"(?) pronto!", expressão de impaciência

Cifra do acorde de ré maior (Mús.)

Formato do sacarolhas

Arte de Daniel San (Cin.)

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

Maior território das ilhas do Caribe 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

E S T R E S

Central de atendimento de uma empresa

P

Riqueza agrícola de São Paulo (Hist.)

O

O

"(?) I Love Her", sucesso dos Beatles

C

"Pequeno", em "ilhota" Apenas

H O R A S

Flores (?): margarida e dentede-leão

S H O A V E A F N A C A I R Ç A T D E

É formada pela sedimentação marinha

I C I E C O S T E I R A

2/te. 3/

A S S A S T C A A M O N A D S S OR C A N S U L A L A O B R T A T O SA S C I E D

© Revistas COQUETEL

Solução

R E F E R E N D O

21/03 a 20/04

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C

PEIXES: O desejo de encontrar e conversar com amigos será enorme, mas não fure o isolamento social: faça contato por telefone!

Raio (abrev.)

A

21/03 a 20/04

Cifra do acorde de ré maior (Mús.)

N

21/03 a 20/04

Reavivar o fogo (?) de cena: desaparece

O R A S

21/03 a 20/04

Serviçal evangélico Transtorno psicológico

"(?) pronto!", expressão de impaciência

C A M P E S T R E S

21/03 a 20/04

Arte, em inglês Item de maquiagem

H O R A S

21/03 a 20/04

BANCO

"24 (?)", série com Kiefer Sutherland

A D T I O S H O A V E A F N A C A I R Ç A T D E

VIRGEM: A Lua chegará à Casa 8 e você pode querer mudar algumas coisas na sua rotina. Bom momento para descartar coisas que não usa mais

AQUÁRIO: Nas primeiras horas da manhã, a Lua em sextil com Vênus e Plutão enviará boas energias para as sua finanças.

Arte de Daniel San (Cin.)

P L A N I C I E C O S T E I R A

LEÃO: Quem planeja uma viagem receberá bons estímulos da Lua, desde que respeite as regras do distanciamento.

CAPRICÓRNIO: Vai esbanjar carisma, encantar facilmente as pessoas e pode conseguir tudo que quiser com palavras e atitudes gentis.

A Torá, para o Judaísmo (var.)

I M A P S U T E L I C A S S A T C A A M O N A D S S OR C A N S U L A L A O B R T A T O SA S C I E D

CÂNCER: Os astros indicam uma boa fase para investir em uma sociedade com alguém de confiança e que tem ideias bem parecidas com as suas.

SAGITÁRIO: Plutão estimula as finanças e você tem mais é que aproveitar qualquer oportunidade de aumentar seus ganhos.

Lição de casa A cultura do folclore

Consulta popular sobre projeto de lei

R E F E R E N D O

GÊMEOS: Encontros e agitos continuam contraindicados, mas a tecnologia está aí para aproximar quem está longe: faça contato!

ESCORPIÃO: Sempre que puder, prefira trabalhar de casa e fazer contatos por telefone. Mas se tiver que trabalhar fora, siga à risca as regras.

Formato do sacarolhas

E X M A M E S P O R P E C N O A T A I S

TOURO: Aprenda tudo que puder com o exemplo, os conselhos e a sabedoria de quem já chegou aonde você quer chegar.

LIBRA: Seu dia começará agitado, com mudanças importantes e positivas no trabalho ou bons acontecimentos relacionados à família.

Composto químico usado em refrigeração

Riqueza agrícola de São Paulo (Hist.)

HORÓSCOPO ÁRIES: Já que a ordem é ficar em casa, faça contato com amigos, parentes e paqueras para colocar o papo em dia.

Na união, vai estimular o diálogo.

Resultado do permanente Viril

M E S P R E N A T A I S

NELCI DALFERTH, 77, faleceu sexta-feira, 7, em Teutônia. Sepultamento foi sábado, 8, no Cemitério Evangélico Paz do bairro Teutônia, em Teutônia.

DIRCEU WASSEN, 77, faleceu sexta-feira, 7, em Forquetinha. Sepultamento foi no Cemitério Evangélico de Forquetinha.

NESTOR VOLKEN, 64, faleceu sexta-feira, 7, em Encantado. Sepultamento foi no Cemitério São Pedro, em Encantado.

Especialidade italiana É, em francês Estado da Usina de Itaipu (sigla) O comportamento de maiorias intolerantes

Maior território das ilhas do Caribe

"(?) I Love Her", sucesso dos Beatles

(?) Palma, jornalista

2/te. 3/and — ant — art — est. 4/mari. 11/encapsulada.

Júlia fica tímida na presença de Ana. Celina desconfia de que Lúcio esteja interessado em Ana. Júlia faz diversas perguntas sobre Ana para Rodrigo. Ana não permite que Alice fale sobre Manuela.

DAS DIRETAS

"Pequeno", em "ilhota" Apenas

(?) de descarga, peça modificada em motos

A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

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Creci 1512.

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

POR UMA VAGA NA FINAL

RICARDO DUARTE

INTER E JUVENTUDE BUSCAM QUEBRAR TABU DE CINCO ANOS

Campeonato de 2016 marcou o último título colorado e a última decisão do time da Serra CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

N

a semana em que fez a sua maior goleada na história da Libertadores, o Internacional precisa se provar também no Campeonato Gaúcho. Depois de perder a ida por 1 a 0 para o Juventude fora de casa, o

Colorado precisa reverter o placar no Beira-Rio para avançar à grande final.

A partida ocorre no sábado, às 19h.

O 6 a 1 sobre o Olimpia provou mais uma vez que o time do Inter tem vocação ofensiva. No entanto, no Gauchão, o time terá a baixa de Taison, que não está inscrito na competição. Além dele, Miguel Ángel Ramírez também não contará com Patrick, ainda se recuperando de uma lesão muscular.

Sem poder contar com dois de seus pontas, o técnico deverá escalar Marcos Guilherme e Carlos Palacios. Outra opção é a utilização de Yuri Alberto aberto ao lado de Thiago Galhardo.

Como perdeu por 1 a 0 na ida, o Inter precisa vencer por dois gols de

diferença para avançar à final. Vitória por um gol leva a semifinal para os pênaltis. O Inter não joga a final do Gauchão desde 2019 e venceu o estadual pela última vez em 2016.

Juventude chega à partida em vantagem após vencer a ida por 1 a 0

CINCO ANOS LONGE DA FINAL

Marcelo Lomba Rodinei Zé Gabriel Víctor Cuesta Moisés Rodrigo Dourado Edenilson Mauricio Palacios Thiago Galhardo Marcos Guilherme

O Juventude tem a vantagem do empate no Beira-Rio. A tendência é que o técnico Marquinhos Santos faça o time jogar da mesma forma que atuou em Bento Gonçalves. O Juventude quer chegar a uma final de Gauchão depois de cinco anos. A última final que disputou foi em 2016.

ESTÁDIO BEIRA-RIO - SÁBADO, 19H

INTERNACIONAL

Técnico: Miguel Ángel Ramírez

ESCALAÇÕES

JUVENTUDE

Marcelo Carné Paulo Henrique Cleberson Rafael Forster Eltinho João Paulo Matheus Jesus (Guilherme Castilho) Wescley Capixaba Marcos Vinicios Matheus Peixoto Técnico: Marquinhos Santos

GAUCHÃO

GRÊMIO E CAXIAS REEDITAM FINAL DE 2020

LUCAS UEBEL

ARENA - DOMINGO, 16H

GRÊMIO

Brenno Rafinha (Vanderson) Pedro Geromel Ruan Cortez Thiago Santos Darlan Léo Pereira Maicon Ferreira Diego Souza Técnico: Tiago Nunes

ESCALAÇÕES

CAXIAS Marcelo Pitol John Lennon Guilherme Mattis Thiago Sales Bruno Ré Juliano Tontini Gustavo Ramos Marlon Jhon Cley Giovane Gomez Técnico: Rafael Lacerda

O Grêmio chega com moral à Arena. Após quatro jogos o time mantém os 100% com o técnico Tiago Nunes.

Mais do que isso, chega à semifinal tendo feito 8 a 0 no meio de semana.

No domingo, às 16h, tem ainda a vantagem do empate contra o Caxias para avançar à sua quarta final consecutiva.

A vitória por 8 a 0 sobre o Aragua na Copa Sul-Americana foi a maior goleada tricolor deste século. Mesmo assim, o Tricolor não pode entrar no oba-oba.

Precisa confirmar a classificação contra o Caxias depois de vencer a ida por 2 a 1.

Para domingo, Tiago Nunes deve ter os desfalques de Matheus Henri-

que e Jean Pyerre. O volante teve um entorse no tornozelo e será reavaliado antes da partida. Já o meia sentiu dores musculares e não deve jogar. Em seus lugares devem entrar Maicon e Darlan.

Como venceu a ida por 2 a 1, o Tricolor avança com qualquer vitória ou empate.

CAXIAS QUER SEGUNDA FINAL

A vantagem é do Grêmio após vencer a ida por 2 a 1 em Caxias

O Caxias fez um bom jogo na ida e se ampara nisto para tentar chegar à sua segunda final consecutiva. Mais do que isso, nos últimos anos tem tido um bom

desempenho na Arena. Para isso, conta com um bom jogo da dupla Gustavo Ramos e Giovane, responsáveis por 50% dos gols da equipe na temporada.

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

CICLISMO

MTB RIDERS GANHA O BRASIL DIVULGAÇÃO

Os irmãos Paulo e Fred Sehn são os grandes idealizadores do MTB Riders

Evento promovido pelo Riders teve 293 participantes EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O

MTB Riders deixou de ser um evento regional e ganhou destaque no Brasil.

Com um formato diferente, o evento promovido pelo grupo de ciclismo Riders movimentou 293 participantes de 50 cidades do país.

Diferente das últimas edições onde os ciclistas tiveram que vir até Estrela para participar do desafio em um único dia. Nesta edição, os participantes tinham o mês de abril inteiro para per-

correr dois trajetos. Curto (30km e 350m de elevação acumulada), ou longo (65km por 800m de elevação acumulada).

Segundo Paulo Sehn, um dos promotores do evento, a distância percorrida entre todos os participantes foi superior a 10 mil quilômetros. “Foi excelente.

A galera realmente se engajou no desafio.”

O organizador ressalta que receberam muitos elogios, principalmente de pessoas que viram no desafio proposto um incentivo para começar ou recomeçar a pedalar.

Sobre a proposta do virtual, Sehn comenta que ela veio de encontro ao momento em que vivemos. “Assim, incentivamos a prática esportiva sem provocar aglomerações, já que cada

DADOS

293 participantes 50 cidades diferentes Cidade mais longe do RS: Engenheiro

Coelho - São Paulo Quilometragem percorrida:

+ de 10 mil km um poderia pedalar, durante o mês de Abril, no seu tempo e no seu roteiro.”

Para outubro será realizado novamente o Desafio das Montanhas. “Certamente levaremos em conta a possibilidade virtual, dado o engajamento dos participantes na proposta.”

CENTAUROS

DE VOLTA AOS TREINAMENTOS

Equipe realiza primeira atividade neste sábado, a partir das 15h30min

O Centauros Rugby retorna com os treinamentos neste sábado. A partir das 15h30min os atletas das equipes masculina e feminina vão se reunir no campo em frente ao Parque Princesa do Vale, em Estrela.

Em nota, a equipe esclarece que o novo decreto, publicado no dia 22 de abril, libera as atividades de clubes esportivos com restrições, e também permite treinos coletivos de atletas federados.

A direção do time salienta que tem o compromisso de preservar a segurança e saúde dos atletas, por isso seguem medidas de segurança, conforme protocolo já implantado no clube desde o início da pandemia e devidamente autorizado pelo governo municipal.

“O Centauros Rugby Clu-

DIVULGAÇÃO

Equipes treinam no campo em frente ao Parque Princesa do Vale

be sempre respeitou todos os decretos estaduais e municipais, sendo que todas atividades executadas em período de pandemia tiveram a devida autorização prévia da prefeitura municipal. Enquanto estivemos em bandeira preta, nenhuma atividade foi realizada em nome do clube. Reforçamos, ainda, que nosso campo sede é um espaço público, portanto não nos responsabilizamos pelas atividades realizadas no campo por outras entidades”, esclarece.

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

JONAS RÜCKERT

Diretor do Colégio Teutônia

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EDSON BRUM

ARTIGO

Rir é um ato resistência

i nos muitos sorrisos desta semana lágrimas de alegria em expressões de comoção. Eram mães, pais, funcionários e professores incontidos pelo retorno de crianças e jovens aos espaços escolares. Nos sorrisos, ainda que por debaixo das máscaras que seguem tão necessárias, a resistência a tempos e circunstâncias de grande instabilidade deu lugar para um sentimento de mansidão.

O título, assim como todos os fragmentos entre aspas deste texto são de Paulo Gustavo, comediante, ator, dramaturgo que nesta semana nos deixou, face a seu óbito. Paulo Gustavo foi e seguirá sendo uma das grandes referências da comédia brasileira. Nas

“‘Rir é um ato de resistência’ à ignorância da sociedade, escancarada pela pandemia.” redes sociais muitas homenagens e alguns comentários, a exemplo de “porque é famoso comentam” ou, ainda, “milhares estão morrendo e são anônimos.”

Paulo Gustavo foi um sucesso, é inegável e possivelmente poucos sabiam das suas angústias, dos seus desafios, das suas batalhas. Permaneceram anônimas. Era famoso, tornou-se famoso e seguirá sendo por duas razões: tinha talento, como poucos, para nos fazer rir.

Tinha, na mãe, a coragem para ir ao encontro da felicidade pelas escolhas que fez, a partir do amor

incondicional da Dona Déa Lúcia.

Faço da afirmativa de que “rir é um ato de resistência” uma proposição de ação diária. Resistência nada mais é do que ir contra. Contra nosso ímpeto da reação, do impulso, do deu aqui, leva ali. Precisamos de mais leveza. A discordância de opiniões e as diferenças não se resolvem nem com palavras, muito menos com ações agressivas. “Rir é um ato de resistência” à ignorância da sociedade, escancarada pela pandemia. Paulo Gustavo nos fez rir muitas vezes, provocando-nos em relação às coisas banais do cotidiano. Rimos, muitas vezes, da nossa limitação, da nossa ignorância por conta da capacidade que ele tinha de nos demover.

Amanhã será Dia das Mães. Ao pensarmos nela conseguimos sentir o efeito do sorriso que nos causa ou causava.

Este que em tantas vezes se colocou no lugar de uma reação impulsiva diante de uma marotisse da infância por entender que “amar não pode ficar somente na declaração . Amor se faz na prática, na ação!” Amanhã será um belo dia para relembrarmos a importância de um sorriso. A partir de segunda-feira recomendo que seja um ato de resistência. O sorriso “cura, alivia, transforma, salva e traz esperança para a vida da gente”.

Termino registrando que na semana que se encerra tenho dores nos músculos da face. Há tempos não sorria tanto! Estou feliz por ver tantas crianças sorridentes e felizes nas escolas. Por ter sorrido com pais e mães aliviados e por poder, amanhã, receber o sorriso e sorrir para a mãe de minhas filhas e para minha mãe, ao tempo em que desejo um abençoado Dia das Mães a todas as mães desse mundo!

Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS

ARTIGO

Cristo do desenvolvimento

N

as últimas semanas, vimos o projeto do Cristo Protetor ganhar destaque na imprensa nacional e internacional. Jornais, rádios, sites e televisões de países do mundo inteiro repercutiram a obra antes mesmo de ser concluída no Morro das Antenas, em Encantado. Certamente, uma repercussão que surpreenderia até o grande idealizador da iniciativa, o ex-prefeito e saudoso amigo Adroaldo Conzatti.

O Conzatti sempre foi um visionário. Lembro do entusiasmo dele ao nos contar sobre a proposta, há quase três anos. Ele sabia que a obra

“A iniciativa é um exemplo que merece ser exaltado, apoiado e seguido.” se tornaria um marco na história não apenas do município, mas de todo o Vale do Taquari. Assim como a comunidade, que percebeu a oportunidade que surgia e abraçou com ele o projeto, criando a Associação do Cristo, responsável por angariar recursos para a construção sem usar um centavo sequer de dinheiro público.

O Cristo de muitas mãos trará desenvolvimento, por meio da geração de emprego e renda, e novos horizontes para a região. É o início de uma nova era, que requer mais investimentos para

que o Vale do Taquari seja consolidado como polo turístico.

Temos que integrar a nova atração, por exemplo, ao passeio de trem Muçum-Guaporé, à Rota do Pão e Vinho e ao aeroporto de Caxias do Sul. Além disso, inspirados no Cristo, novas estátuas gigantes devem surgir em municípios nas proximidades, como a da Santa Clara, em Santa Clara do Sul, e a de Nossa Senhora de Lourdes, em Anta Gorda, originando um novo roteiro turístico.

As mudanças que chegam com o Cristo seguirão exigindo colaboração. Por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, temos nos colocado como parceiros do município para que seja disponibilizada uma estrutura que proporcione segurança e conforto às centenas de turistas que já visitam o local.

Aliado a isso, precisamos dar atenção ao setor privado. Durante a interiorização da Sedec em Encantado, apresentamos os programas oferecidos pelas agências de fomento que são de nossa responsabilidade que permitem aos empreendedores ter acesso a linhas de crédito, afinal, novos negócios ou a ampliação dos atuais irão surgir com a expansão do turismo no Vale.

São questões que demonstram que a grandiosidade da obra de Encantado não está apenas em seu tamanho físico, ao se tornar a maior estátua de Cristo do Brasil, mas por todos os benefícios decorrentes dela. Em um momento em que buscamos a retomada da economia, a iniciativa é um exemplo que merece ser exaltado, apoiado e, se possível, seguido.

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A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de maio de 2021

HUGO SCHÜNEMANN

JOÃO TASSINARY

Professor do curso de Estética da Univates

ARTIGO

O que faz o segmento da Estética crescer em plena pandemia?

O

s avanços em protocolos sanitários e a intensificação das pesquisas em conjunto com a produção de vacinas permite aos otimistas vislumbrar um amanhã mais próximo da “normalidade”. Porém, tudo indica que o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a sociedade, com transformações no mercado de trabalho e nas relações humanas, é definitivo.

Recentemente, o Fórum Econômico Mundial descreveu o futuro próximo em seu novo relatório intitulado The Future of Jobs. O texto indica mudanças abruptas que provavelmente serão permanentes na forma como os seres humanos irão desempenhar suas atividades de vida diária. Esse cenário acelerou a adoção das tecnologias da 4ª Revolução Industrial,

“Diante de um cenário tão preocupante, sentir-se bem consigo mesmo é um ato que favorece a saúde.” uma vez que grande parte da sociedade passou a depender de computação em nuvem, inteligência artificial, velocidade da rede 5G e big data, entre outras.

Além do mundo da tecnologia, a pandemia ascendeu e desenvolveu áreas talvez inimagináveis a “olho nu” neste momento, e trouxe aos holofotes uma maior valorização da saúde física e mental, contemplando diretamente os cuidados com os seres humanos, inclusive com a parte estética. Prova disso é que o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos (HPPC) fechou 2020 com crescimento de 5,8%, de acordo com Dados de Mercado da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Esses números são ainda mais relevantes se pensarmos no encolhimento do PIB do país nesta mesma época.

O grande destaque da área da Estética está relacionado aos tratamentos faciais; e, somente em produtos, apresentou 91% de crescimento. Além do aumento da expectativa de vida da população, fator que impulsiona continuamente tal segmento da área, a atenção e o autocuidado nesta época se intensificaram.

Diante de um cenário tão preocupante, sentir-se bem consigo mesmo é um ato que favorece a saúde. Afinal, a autoestima é um indicador diretamente influenciador da qualidade de vida.

Por esse motivo, a Estética é um dos poucos segmentos fora da Economia Digital a se manter aquecido durante a pandemia.

Os procedimentos minimamente invasivos já vinham registrando alta desde 2017, quando a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica divulgou que a busca por esse tipo de tratamento cresceu 390% em dois anos. Agora, além da rapidez na recuperação, o fato de o paciente não precisar de internação é uma das grandes vantagens desse tipo de procedimento.

Naturalmente, os períodos de lockdown afetaram a rotina de clínicas de Estética em diversas cidades do Brasil.

Porém, observa-se que, em geral, o rigor sanitário — inerente à prática de qualquer profissional qualificado dessa área —, aliado a protocolos de segurança e controle no fluxo de pacientes, traz um ritmo de trabalho importante para a sustentabilidade de uma clínica, o que reforça a contribuição da área à manutenção das atividades econômicas.

Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

R

ARTIGO

A piranha e o rio

ecentemente houve um alerta, por parte dos pescadores locais, da presença de piranhas nas águas do rio Taquari e dos prejuízos que já estão trazendo à pesca local e que provavelmente impactarão a atividade de forma mais intensa no futuro. A espécie, considerada exótica, vem fazendo estrago e representa perigo para as populações de peixes do Taquari e afluentes, interferindo no equilíbrio natural. O assunto já foi matéria em vários meios de comunicação e soma-se a muitos outros casos, que representam o desastre que a intervenção humana causa, muitas vezes, de forma desapercebida, no ambiente natural. No estado, os exemplos são muitos.

No mundo, mais ainda. E as consequências costumam ser desastrosas.

Existe uma caturrita, com dorso verde e peito cinza, que vive no Pampa, fronteira com Uruguai. Fazia seus ninhos nos arbustos e estes por sua vez, eram

“A espécie, considerada exótica, vem fazendo estrago e representa perigo para as populações de peixes do Taquari e afluentes, interferindo no equilíbrio natural.” atacados por gatos do mato, graxains e outros predadores. É a forma de se manter o equilíbrio. Ocorre que houve uma predileção por plantas, eucaliptos naquela região. A consequência foi que as caturritas transferiram seus ninhos para o topo destas árvores, fora do alcance dos predadores. O resultado disso foi o aumento da população de forma tão intensa que estas barulhentas aves tornaram-se ameaças às plantações de arroz.

No início dos anos 80, algo pior aconteceu.

Navio vindo da Ásia esvaziou seu lastro (quantidade de água usada para fazer o contrapeso no navio, para mantê-lo em equilíbrio) nas

águas do Guaíba, sem se dar conta que um pequeno crustáceo, o Mexilhão Dourado, estava sendo despejado junto. O Mexilhão Dourado adorou as águas da bacia do Guaíba e se proliferou de forma espetacular.

O Mexilhão Dourado gosta de águas limpas e por isso penetrou na rede de distribuição da DMAE, órgão que distribui água em Porto Alegre, causando prejuízos gigantescos e exigindo a manutenção de equipamentos de mergulhadores que penetram nas tubulações para mantê-las livre desta ameaça.

Mas o problema foi além. Proprietários de barcos levaram-nos ao litoral, levando o problema para o sistema de lagoas da costa, com consequências imprevisíveis.

As espécies exóticas representam ameaça, pois como normalmente não encontram inimigos naturais se proliferam de forma descontrolada, competem por alimento e espaço e desbancam o ser vivo que habita neste nicho, muitas vezes destruindo-o.

Na Austrália, onde a inocente introdução de cães e gatos foi catastrófica para o meio ambiente, levando várias espécies a extinção ou próximo disto. E o governo lá, hoje, gasta fortunas para tentar controlar o problema.

Nos EUA, a simples fuga de algumas poucas Pitons, cobra de origem asiática que atinge cerca de 9 metros, virou um problema para o estado da Flórida, que possui um banhado parecido com o nosso Pantanal (Everglades) e onde estas cobras encontraram condições propícias para desenvolvimento não só para a fauna local, mas também para seres humanos, já que esta cobra tem capacidade de devorar serem humanos. Mas isto é la, nos EUA. Aqui os órgão responsáveis são atacados, tentam evitar episódios como este das piranhas (palometas) que vai se tornando problema de difícil manejo.

A possibilidade de que um inocente canal de irrigação tenha aberto uma via de trânsito para que os animais pudessem se dirigir aos outros mananciais cíclicos e por fim ao rio Taquari (já há registros no Jacuí) parece ser a causa mais provável. É a mão humana. Consequências impensáveis?

Fim de semana,

8 e 9 de maio de 2021

MÍN: 12º MÁX: 23º

Sol com algumas nuvens.

Não chove.

DE ENCANTADO PARA A JORDÂNIA

VIDA E FUTEBOL NO ORIENTE MÉDIO Filho do Vale do Taquari, Joel Cornelli embarca para sua segunda temporada no comando do 6 Yard Club, da capital Amã CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

N

ascido em Encantado, criado em Caxias do Sul, amigo de Tite e com larga experiência no futebol da Ásia e Oriente Médio. É essa a cartilha de Joel Cornelli, 54, que irá para sua segunda temporada no comando do 6 Yard, time da Jordânia.

A história de Joel no futebol começou no Caxias ainda na base. Fez toda a iniciação no esporte no time da Serra, por onde também se profissionalizou. Como profissional, ainda atuou por outras equipes do estado.

Ainda jovem, aos 27 anos, decidiu pendurar as chuteiras e se dedicar à outra área.

Iniciou a carreira como treinador também na base do Caxias. Foi subindo categorias até chegar ao profissional, como auxiliar técnico. Foi aí que sua história se ligou a um grande nome do futebol: Tite. “É um privilégio ser amigo do melhor técnico brasileiro, treinador da Seleção Brasileira. Trabalhei sete anos ao lado dele, fomos campeões estaduais no Caxias em 2000. Depois disso estivemos juntos em muitas ocasiões, inclusive cheguei ao Oriente Médio por indicação dele”, lembra Cornelli.

EXPERIÊNCIAS NO EXTERIOR A porta de entrada do treinador

ARQUIVO PESSOAL

no exterior foi o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, em 2007. Na época Tite treinava a equipe principal e indicou o amigo Joel para o comando da equipe Sub-18. No país ainda passou pelo Al Shabab, entre 2014 e 2016, antes de retornar para o Al Ain em 2017.

Após outros trabalhos, que foram do Brasil à China, o técnico chegou ao 6 Yard, da Jordânia, em 2019.

Cornelli diz que treinar e viver fora de seu país natal sempre foi um de seus sonhos. “Sempre quis sair do Brasil, usufruir da cultura e conhecer outros países. Tive boas experiências em todos lugares que passei, tanto nos Emirados Árabes, quanto na China e agora na Jordânia. A questão financeira também ajuda muito, mas o que mais pesa para mim é a experiência e a diversidade cultural”, comenta.

VIDA NA JORDÂNIA A oportunidade de chegar à Jordânia veio em 2019. Em um primeiro momento, houve um temor por saber que o país ficava no Oriente Médio. “A Jordânia fica no centro de tudo. Está ao lado de países como Arábia Saudita, Síria, Palestina, Israel e Iraque. Claro que fiquei assustado e apreensivo ao receber o convite e considerar a proposta”, lembra.

No entanto, ao ler e estudar sobre o local, ficou surpreso ao ver que a realidade era diferente do que imaginava. “Descobri que é um país muito seguro e, desde os anos 70, fez um acordo com os vizinhos. É uma zona neutra. Como não pende para nenhum lado em qualquer guerra, está sempre tranquila e sem conflitos.”

Mais do que isso, se encantou com a cultura local. “É um país rico de história, praticamente o berço da civilização.”

Depois de passar por Emirados Árabes e China, técnico chegou à Jordânia

FUTEBOL ÁRABE

Quando falamos em futebol, no entanto, a realidade é bem diferente da brasileira. Na Jordânia há uma filosofia do clube valorizar os jogadores do país.

A seleção nacional está no segundo nível do futebol árabe, ainda engatinhando rumo à resultados maiores. “Os clubes e a seleção aqui são pouco desenvolvidos, mas é um bom lugar para o treinador se projetar, ganhar experiência, conhecer outro idioma e buscar outros mercados”, aponta. Cornelli diz ainda se espelhar em outros técnicos que alcançaram projeção no futebol árabe, casos de Fábio Carille, Mano Menezes, e Odair Hellmann.

De contrato assinado para a

ARQUIVO PESSOAL

Joel foi parceiro de Tite em vários times, entre eles o Corinthians

sua segunda temporada no 6 Yard Club, time sediado na capital Amã, Joel Cornelli embarca na terça-feira, dia 11, para mais uma aventura na Jordânia.

Técnico treina o 6 Yard Club, time sediado na capital Amã

Fim de semana,

8 e 9 de maio de 2021