A Hora - 18/01/2020

A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro de 2020 | Ano 17 - Nº 2510 | Avulso: R$ 5,00

AMOR E CORAGEM

De peito aberto contra o câncer A jornalista Nicole Morás ressiginificou a forma de encarar a temida doença.

Publica nas redes sociais

uma espécie de diário do tratamento e conquista uma poderosa rede de apoio e solidariedade. Página 10 e 11

Fechamento da edição: 19h

A CONVITE DO PAPA

Lajeadense debate rumos da economia Conheça o empresário que está entre os 500 selecionados pelo Papa Francisco para uma ampla discussão sobre o futuro da economia global. Página 13

PARA SE JOGAR NO VALE

FÁBIO KUHN

Onde estão os melhores destinos turísticos para aproveitar a estação mais quente do ano no Vale do Taquari

VERÃO NA REGIÃO

Tranquilidade, proximidade e menor custo são vantagens para quem opta pelas piscinas, rios e cascatas da região como destino turístico. A Hora lista mais de 20 locais onde é possível curtir o veraneio sem a necessidade de se deslocar até o litoral Páginas 6 e 7

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Corrente do bem A linda história de Nicole é um grande exemplo de coragem.

OPINIÃO ADAIR WEISS

Em solo inconfidente

Cooperativa de crédito de Lajeado se fortalece em MG.

Página 2

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro de 2020

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Vale mais a pena arrumar do que comprar um novo”

De peito aberto MATHEUS CHAPARINI

Alexandro Dias mudou-se para Lajeado faz cerca de um ano para abrir um negócio próprio.

Na sua loja, garante que tem peças para quase todo tipo de aparelho eletrônico. E se não tiver, ele vai atrás. Em uma época de equipamentos cada vez mais descartáveis, Dias defende que consertar os estragados é econômico e ecológico.

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

• Quando você começou a mexer em aparelhos eletrônicos?

Aos 11 anos eu já desmontava meus rádios em casa. Quando não conseguia consertar, eu aproveitava as peças. Fazia pequenas invenções com motor, como ventiladores.

Aquela coisa de piá, só faz arte.

Com 18 anos, fui a Porto Alegre trabalhar como ajudante no ramo de assistência em refrigeração. Com seis meses de empresa, me tornei técnico formado. Aos 21 anos, eu tinha minha empresa de prestação de serviço. Fazia manutenção de equipamento de ar-condicionado e também elétrica e hidráulica.

• Você trabalha com diversos tipos de aparelho. Os clientes fazem

pedidos muito inusitados?

• Os aparelhos eletrônicos e os eletrodomésticos têm vida útil cada vez menor. Quando estraga, as pessoas jogam fora e compram novo. Qual a importância de consertar?

Tenho peça para cafeteira, aspirador, panificadora, liquidificador, panelas, forno, micro-ondas. Uma cliente queria peça para um vaporizador de roupa de uma marca chinesa.

Só tinha na matriz, em São Paulo. Consegui o contato e passei para ela.

Eu vejo como uma questão de conscientização, não só uma visão de profissional. A tendência é as empresas fazerem coisas mais descartáveis, para elas se manterem vendendo. Se o produto durar 15 anos, você vai levar esse tempo para comprar um novo.

Mas é importante também a questão ambiental. Por ser barato, joga-se fora muito fácil. Muitos não pensam que o lixo eletrônico é bem pouco reciclado hoje. Vale mais a pena arrumar do que comprar um novo.

• De onde vem a ideia do modelo da sua loja?

Eu pensava em abrir uma empresa de refrigeração, que era minha área. Uma vez cheguei na casa da minha mãe, em São José do Outro, e tinha que consertar o microondas, o cooktop, a centrífuga e me deparei com uma situação: não tinha peça na cidade. Isso me deu a ideia de trazer esse negócio para Lajeado.

INDICADORES ECONÔMICOS Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS CEP 95900-104 www.jornalahora.com.br Fone: 51 3710-4200

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MOEDA

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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4,52420

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5,3248

Peso Argentino

0,0681

0,0681

Fonte: economia.uol.com.br (dia anterior)

MÊS

% MÊS

% ACUMULADO ANO

ICV (Dieese)

11/2019

0,46

2,1986

IGP - DI (FGV)

12/2019

1,74

7,70

ÍNDICE

financeiro@jornalahora.inf.br logistica@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

COMPRA

CDI MENSAL (DEZ/20)

OURO E PETRÓLEO OURO - B3 PETRÓLEO

BOLSAS MUNDIAIS

MÊS

% ACUMULADO ANO

0,4146

0,41

0,10258 %

4,50

0,37%

5,96

FECHAMENTO

DATA

grama R$ 213 09/01/2020 R$ 265,97

10/01/2020

PONTOS

%

115076

-0,75

IGP - M (FGV)

12/2019

2,09

7,32

IBOVESPA

INPC (IBGE)

11/2019

0,54

3,22

DOW JONES (EUA)

28810

-0,51

NASDAQ (EUA)

9166,8

-0,04

DAX 30 (ALE)

13483,3

-0,09

INCC

12/2019

0,21

4,14

IPC-A (IBGE)

11/2019

0,51

3,12

SALÁRIO MÍNIMO ANO: 2020 - R$ 1.031

HORÁRIO 00:00 10:45

DATA cotação do dia 10/01/2020 até as 18h

O

debate sobre o câncer de mama precisa ser feito durante o ano inteiro. A doença é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.

Trata-se de uma das doenças que mais acometem mulheres no Brasil. Estimase que uma em cada 12 mulheres recebe diagnóstico de um tumor nas mamas até os 90 anos. Em nível nacional, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, a cada ano, cerca de 60 mil novos casos da enfermidade são diagnosticados.

De todo o território brasileiro, a região Sul é a área com os índices mais preocupantes (11 mil em 2016), e o RS concentra cerca da metade dos casos (5,2 mil).

Embora o câncer de mama seja considerado de bom prognóstico quando diagnosticado e tratado de forma precoce, as taxas de mortalidade continuam elevadas no país, muito em função de que a doença costuma ser diagnosticada em estágios já avançados.

Nesse cenário, o diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura

O diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura podem chegar a 95% quando o tumor é descoberto no início.” podem chegar a 95% quando o tumor é descoberto no início.

A edição do A Hora deste fim de semana trás nas páginas 10 e 11 a história da jornalista Nicole Morás, que conseguiu ressignificar a luta contra a doença. Em meio ao luto familiar devido à recente morte da mãe, Nicole foi diagnosticada com um tumor no seio e transformou o enfrentamento em uma bandeira de vida.

Por meio do seu talento enquanto comunicadora, passou a escrever e divulgar conteúdos nas redes sociais sobre as experiências vividas, trocando informações e relatos com pessoas de diversas partes do mundo. Além de criar uma ampla rede de apoio, o projeto conscientiza mulheres sobre a importância da prevenção.

O exemplo de coragem de Nicole é emocionante e inspirador, e merece todo o apoio da comunidade regional. Mais do que isso, é capaz de salvar vidas e sensibilizar a população sobre um dos temas de maior relevância na área da saúde.

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Pois se uma grande pedra se atravessa no caminho e 20 pessoas querem passar, não o conseguirão se um por um a procuram remover, individualmente. Mas, se as 20 pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão solidariamente afastar a pedra e abrir o caminho para todos.”

ADAIR WEISS adairweiss@jornalahora.inf.br

PADRE JESUÍTA, THEODOR AMSTAD

A

expansão da Sicredi Integração no estado de Minas Gerais se revela assertiva. Em poucos meses no solo mineiro, a cooperativa do Vale registra mais de 600 associados e um volume de R$ 20 milhões de negócios captados e financiados. Na quarta-feira foi inaugurada a terceira agência, com os mesmos rituais e envolvimento característicos daqui. Deu “liga”.

A convite da cooperativa, pude verificar in loco a estratégia do movimento da cooperativa local na região do entorno de Ouro Preto. Pelos menos 26 cidades congregam a área de atuação.

Visitamos cinco cidades, numa maratona que iniciava de manhã cedo e terminava à noite. A maior delas é Conselheiro Lafaiete, com 120 mil habitantes, seguinda de Ouro Preto, com 80 mil. As demais todas têm em média entre 15 a 60 mil habitantes, o que soma um contigente populacional de 560 mil pessoas. O número é quase cinco vezes maior do que a área de atuação da Sicredi Integração em Lajeado e as 10 cidades arredores.

O acerto não se dá apenas na escolha da área de atuação, mas na receptividade com que os mineiros tratam a nova cooperativa. Por lá, os bancos privados

...o próprio Banco Central quer que as cooperativas de crédito avancem no espectro de atendimento, atualmente, com apenas 4% do mercado financeiro nacional”.

O ACERTO DA SICREDI EM

MINAS GERAIS Cooperativa local estabelece relações sólidas rapidamente em solo mineiro. Pelo menos 12 profissionais saíram da região para desbravar o rincão dos inconfidentes. automatizaram tudo e abandonaram o atendimento personalizado. Eis a oportunidade da Sicredi, que levou 12 profissionais daqui do Sul para coordenar e treinar pessoas de Minas Gerais.

Durante quatro dias pude conversar e interagir com associados, funcionários, empresários e líderes mineiros, bem como a equipe que saiu daqui, todos entusiasmados com o sucesso. As ações sociais, a transparência na aplicação dos recursos e, principalmente, a forma como é realizado o atendimento são considerados grandes diferenciais.

O desafio é preparar gente.

Mesmo a equipe que saiu da região precisa de apoio. A maioria jovens recém-casados, alguns com filhos pequenos, ainda não se acostumaram com a nova rotina e cultura.

Mesmo assim salientam a oportunidade e o carinho dos mineiros.

Desbravar novos horizontes nunca é algo simples. Nova cultura, novos modelos modelos mentais, costumes diferentes e uma série de particularidades que precisam ser considerados. Talvez o vice-prefeito de Ouro Preto, Airton Miranda, tenha resumido bem o foco a perseguir. Destacou o espírito colaborativo e agradeceu a chegada do novo modelo financeiro. “Estive em Lajeado e pude perceber como trata os associados e funcionários. “É uma família no RS. E agora a Sicredi vem aqui para completar a família mineira”.

Outro acerto a ser confirmado deve ser no equilíbrio das novas agências. Diferente de algumas unidades aqui a da região – que demoraram vários anos para ficar no azul - a diretoria operacional estima que em Minas o tempo máximo será de dois anos. Algumas dão sinais de equilíbrio bem antes,

Cachoeira do Campo

O desafio é preparar gente. Mesmo a equipe que saiu da região precisa de apoio. A maioria jovens recémcasados, alguns com filhos pequenos, ainda não se acostumaram com a nova rotina e cultura”.

muito pela lacuna bancária naquela região.

No princípio, quando a Sicredi anunciou seu desejo de expandir em um estado distante quase dois mil quilômetros, muitos associados ficaram com o “pé atrás”. Ao compreender a necessidade das cooperativas ampliarem suas bases e serviços de atuação é possível traçar uma análise positiva.

Afinal, o próprio Banco Central quer que as cooperativas de crédito avancem no espectro de atendimento, atualmente, com apenas 4% do mercado financeiro nacional.

A importância das cooperativas de credito se acentua com a globalização. Quanto maior e mais organizado for o sistema colaborativo e associativista, menos dependência e vulnerabilidade terão as pequenas regiões.

Não se trata de rejeitar os demais players, mas de equilibrar a matriz econômica local para não ficar refém de alguns poucos grupos econômicos, seja na área de crédito ou mesmo de produção, saúde e outros.

Não há dúvidas que a força do desenvolvimento regional do Vale do Taquari passa muito pela organização colaborativa. Desde a colonização, nossos antepassados souberam dar valor ao associativismo e, assim, fundaram um ecossistema virtuoso que nos coloca em vantagem perante muitas outras regiões.

Em Minas Gerais, nesta semana, pude perceber cristalina esta diferença. O longo período de escravatura acabou por travar um pouco mais a orientação do espírito mútuo e colaboração.

Menos mal que o cooperativismo avança e, aos poucos, chega aos rincões mais distantes do país.

Espero que o sistema cooperativo ora protagonizado pelo sistema de crédito possa despertar a cooperação também em outros setores.

Imprensa fraca Chamou atenção a pouca quantidade de jornais e rádios na região dos inconfidentes.

A maioria dos jornais são semanais e as emissoras radiofônicas de entretenimento. De certa maneira isso explica a desigualdade social e a desinformação em alguns dos rincões daquele estado comandado por feudos, tanto no passado, quando ainda hoje.

Os veículos de comunicação mais fortes são de grandes cidades e pertencem ou são comandados por poderosos, a maioria políticos.

O jornalismo isento e livre das pressões econômicas e políticas é algo que os mineiros não experimentam na maioria das cidades. Ainda assim, seu povo é culturalmente evoluído.

Difícil traçar um julgamento em tão poucos dias, mas me atrevo dizer que a falta de uma imprensa mais forte e atuante empobrece os inconfidentes, principalmente, no aspecto da distribuição de riqueza e renda.

Uma região com uma imprensa atuante e veículos de comunicação com linha editorial clara e isenta pode alemejar mais. É bom não perdermos nossa independência editorial, sob pena de ficarmos reféns da mensagem sem curadoria e nem responsabilidade.

Em tempos nebulosos como os vividos na era das notícias falsas, o jornalismo profissional se ergue vital para a democracia e o desenvolvimento social.

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As correntes do bem!

RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Na gaveta A Liberdade Econômica em Arroio do Meio segue engavetada. O anteprojeto do vereador Jose Elton Lorscheiter (PP), mais conhecido por “Pantera”, segue sob a análise de setores da prefeitura municipal.

Matéria semelhante já foi aprovada na Câmara e sancionada pelo prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup.

Novo estilo O novo presidente da Câmara de Vereadores de Arroio do Meio “chegou chegando”, como se brinca no interior. Logo no início da sua primeira sessão, Luís Both (MDB) suspendeu os trabalhos por cinco minutos. Tudo porque alguns colegas estavam atrasados. Já no fim dos trabalhos, ele pediu para todos desligassem ou silenciassem os respectivos telefones celulares.

PSD em Teutônia

O Presidente da Câmara de Vereadores de Teutônia Cleudori Paniz (PSD) estaria disposto a colocar o nome à disposição para ser candidato a vice-prefeito. Ele assumiu o Legislativo após manobra da Oposição. O nome indicado para tal era de Hélio Brandão (PTB).

Situação conflituosa?

A assessora jurídica da Prefeitura de Estrela Fernanda Goerck afirma que a Lei Municipal da Ficha Limpa— que proíbe a contratação de CCs ou nomeações em FGs de pessoas condenadas em transito em julgado – não se aplica ao Secretário de Meio Ambiente, Hilário Heidelwein, condenado por direcionamento de licitação, por ele se tratar de um “agente político”. “Como ele é secretário, ele não se enquadra. Ele é um agente político”, sustenta.

Há críticas nos bastidores ao fato dela atuar como advogada de Heidelwein em outro processo que também trata de improbidade administrativa, no caso o processo licitatório para o recolhimento de lixo e coleta seletiva. “Isso não tem nada a ver. Sou assessora do Gabinete do Prefeito. Meu papel é analisar a lei e esclarecer atos e consequências. O prefeito retorna segunda-feira e tomará a decisão. A decisão é única do prefeito. Não é minha.”

Rampa

O vereador Kiko Noronha (PTB) está satisfeito com a Administração de Arroio do Meio. Ao menos em alguns aspectos. Na sessão passada ele parabenizou o Executivo pelo projeto de instalação de uma rampa no balneário municipal, cujas obras iniciaram nesta semana. Além do espaço para as embarcações, estão previstas outras melhorias naquele espaço.

É

tocante ver a corrente em prol da menina Lívia Teles. Eu lembro quando tudo iniciou.

Li aquelas primeiras matérias sobre o tratamento e os custos astronômicos. Eu estava pessimista, confesso. Mudei. A cifra de R$ 9 milhões talvez ainda esteja distante. Mas nunca esteve

tão perto. E essa correnteza de solidariedade que se espalhou Brasil afora demonstra um lado todo nosso. Um lado essencialmente brasileiro, e tão esquecido nos últimos anos.

Não à toa surgem novas e novas correntes e campanhas. Na edição de hoje, a linda história da minha colega de jornalismo, Nicole Morás. Uma “pequena” grande guerreira. Perdeu a mãe faz poucos meses e hoje ela mesma enfrenta os riscos da temível doença. Aliás, para ela nem é tão temível assim, acredito.

E este baita exemplo de coragem acabou por encorajar amigos. Uma corrente espontânea foi arquitetada com solidariedade, amor, empatia e afeto para angariar recursos e custear um

tratamento para Nicole. Amigos, namorado, colegas, irmã, pai.

Ou mesmo desconhecidos. Todos de braços abertos para ajudar o próximo. Definitivamente, uma lição aos dias de hoje. Uma lição a cada um de nós, que reclama por tão pouco. Ou que se queixa por quase nada.

Pesquisa sobre a BR-386 O Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) quer manter o protagonismo no debate entre União, Estado, Concessionária CCR Viasul e sociedade. Em março a entidade realiza a primeira assembleia do ano. Neste momento serão divulgadas duas dinâmicas de trabalho. A primeira prevê a implementação de um grupo técnico para auxiliar os conselheiros. A segunda se trata de uma pesquisa de percepção.

De acordo com a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, é uma pesquisa para verificar a percepção da sociedade sobre o uso da rodovia. “Se ela precisou de algum serviço, se foi bem atendida. Questões sobre sinalização, condições da pista, satisfação com o andamento do contrato. São detalhes que o cidadão vai nos mostrar. Precisamos captar o que a sociedade está percebendo. E para isso, estamos formatando um formulário de pesquisa.”

Trevo da BRF Nesta semana o prefeito de Lajeado Marcelo Caumo (PP) participou de reunião com o Governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), para apresentar às autoridades e técnicos os projetos de mobilidade urbana da ERS-130, principalmente no trecho próximo à BRF, no entroncamento com a ERS-413. “Saímos otimistas da reunião diante das possibilidades construídas”, afirma o chefe do Executivo lajeadense. Vamos aguardar!

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VERÃO NO VALE

O que a região oferece para quem fica Tranquilidade, proximidade e menor custo são vantagens de quem opta pelos rios, piscinas e cascatas da região. A Hora lista mais de 20 locais onde é possível curtir o veraneio sem a necessidade de se deslocar até o litoral FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

s balneários com piscinas e atrações cada vez mais diversificadas.

Campings à beira do rio bem estruturados. Cascatas que exigem certa “aventura” para serem acessadas. Quem optar pelo veraneio na região encontra uma gama de opções possíveis de atender desde os que podem investir mais até os que preferem um passeios mais baratos.

A professora Michele Cardoso e o motorista Aldrovando Barbieri, de Nova Bréscia, foram alguns que escolheram o verão no Vale do Taquari. Em plena quarta-feira, 15, lotaram um ônibus com cerca de 50 pessoas. Destino era um centro de lazer em Arroio do Meio, localizado a cerca de 20 quilômetros. “Facilita pois é próximo. Saímos de meio-dia, vamos nos divertir o dia inteiro e voltar para casa felizes sem fazer uma viagem longa”, destacou Barbieri ao falar das vantagens de passar o veraneio na região.

“O custo é acessível e a estrutura não perde para outros balneários mais longes. Se não houvesse um local perto, muitos não teriam condições de vir”, complementa Michele.

Centro de lazer em Arroio do Meio investiu mais de R$ 1 milhão. Público cresceu 55% em uma temporada

Investimento que dá certo Localizado em Arroio Grande, o centro de lazer é administrado pela família Körbes.

Após mais de duas décadas com pesque-pague, proprietários decidiram instalar pisci-

Fuchs (esquerda) destaca o ambiente familiar em meio à natureza como atrativos dos balneários estruturados às margens dos rios

Mesmo com pouca estrutura, Santa Rita, em Estrela, é uma das cachoeiras mais visitadas pelos banhistas

nas com objetivo de ampliar as atrações e abranger um público maior. “Na pesca iam só os homens. Nossa ideia era ter algo para toda família”, comenta Neusa Körbes, 48.

Desde 2014, foi investido mais de R$ 1 milhão em toboáguas, quiosques, reforma de banheiros e até construção de uma loja de conveniência. Hoje, os açudes de pesca se tornaram apenas complemento do parque aquático.

“Foi um investimento acertado”, ressalta.

Cerca de 20 mil pessoas passaram pelo balneário entre 2018/2019, cita Neusa. O público foi 55% maior que a temporada passada e deve ampliar ainda mais neste veraneio. O centro de lazer abre de terça-feira a domingo, das 10h às 20h. O custo é R$ 20 durante a semana e R$ 25 no fim de semana.

Na beira do rio Um ambiente familiar com natureza que encanta. Essa é a explicação de Astor Fuchs para o sucesso do camping instalado nas terras da família, em Marques de Souza.

O empreendimento iniciou em 1993 de forma modesta. Fuchs construiu um bar de madeira e vendia bebidas aos frequentadores da beira do Rio Forqueta. Um ano depois, já surgiram as primeiras barracas.

Com a fama se expandindo, pessoas de toda a região começaram a frequentar o espaço de lazer. “Um dia veio um homem pedir onde ficava o Camping da Pedra por causa de uma rocha que tem próximo, na BR-386. O nome acabou pegando”, conta.

Atualmente, o balneário tem 20 casas, praça para crianças e campo de futebol e vôlei. O bar ,agora de alvenaria, também vende lanches e produz até pizza em metro nas noites de sábado. “Tem gente que deixa de ir pra praia pra passar o veraneio aqui. Num domingo de sol, nosso público chega a 400 pessoas”, relata.

Custo para passar o dia no camping é R$ 7 nos fins de semana e feriados com presença de salvavidas. Durante a semana, entrada é gratuita.

Em Marques de Souza existem outros dois espaços para banho abertos ao público. São os campings do Germano e Riacho Doce, ambos instalados na Linha Perau.

Popularização das cascatas A falta de infraestrutura e acesso difícil não impede que cascatas como a Santa Rita atraiam dezenas de pessoas. Gratuito, o ponto turístico de Estrela segue sendo um dos locais mais populares para banho e acampamentos nos dias quentes do ano.

Em 2017, a área de 1,6 hectares em Linha São Jacó foi concedida para a empresa Salis Engenharia, de Porto Alegre. O contrato com duração de uma década prevê trilha guiada, área de recreação com churrasqueiras, banheiros ecológicos, lixeiras e mesas de proteção, além de usina de geração de energia e parque temático.

A necessidade de licenças obrigatórias da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) trava a obra. Permissão deve ser adquirida pela Salis Engenharia até fevereiro deste ano, conforme prevê edital. Investimento da empresa pode chegar a R$ 5 milhões .

Tem gente que deixa de ir para a praia pa ra passar o veraneio aqui” ASTOR FUCHS PROPRIETÁRIO DO CAMPING DA PEDRA

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ILÓPOLIS

Cascata da Baleia

TRAVESSEIRO

Camping do Írio

Localização: Ao lado da ponte entre Travesseiro e Marques de Souza Infraestrutura: Churrasqueiras, dois banheiros, bar e espaço para acampamentos Entrada: R$ 3 por pessoa

Localização: Cerca de dois quilômetros do centro Infraestrutura: Sem infraestrutura. Há uma escadaria com mais de 200 degraus que leva até a queda d'água Entrada: Grátis

ARVOREZINHA

Perau de Janeiro

Localização: Linha Primeira Infraestrutura: Churrasqueiras, campo de futebol, vôlei e bocha. Bar com venda de bebidas e lanches.

Espaço para banho.

Entrada: Gratuita desde que a pessoa não leve bebidas. Senão o valor é R$ 6

CAPITÃO

Dallas Country Club Localização: Estrada geral entre Capitão e Arroio do Meio Infraestrutura: Quiosque, estacionamento, copa, cozinha, três açudes para pesca e piscina Entrada: R$ 12 para adultos.

Crianças com menos de 8 anos pagam R$ 6.

PROGRESSO

ANTA GORDA

Camping Ponte Nova

Localização: Torres Gonçalves Infraestrutura: Área de camping, chalés para locação, churrasqueiras, pias, banheiro e bar Entrada: R$ 10 por pessoa. R$ 30 por dia para acampamentos

DOIS LAJEADOS

Parque Denardi

Localização: Próximo da ERS-129 Infraestrutura: Piscinas, restaurante, campo de futebol e vôlei, estacionamento, castelo labirinto e pedalinhos Entrada: R$ 18 para crianças e R$ 25 para adultos

VESPASIANO CORRÊA

Cascata Camping

Cascata Colônia Jardim

Localização: Linha Vitorino, a 100 metros do pórtico de entrada do município Infraestrutura: Cabanas para alugar, piscina, cascata com local para banho, churrasqueira, banheiros, quiosque e espaço para acampamento Entrada: Grátis, mas não é permitido com com bebida. R$ 30 para acampar

ATRAÇÕES PELO VALE

Localização: Estrada geral entre Boqueirão do Leão e Progresso Infraestrutura: Ao lado há um camping com espaço para acampamentos, churrasqueiras, quiosque, campo de futebol, bocha e salão de festas Entrada: Grátis

DOUTOR RICARDO

CANUDOS DO VALE

Gruta Nossa Senhora de Lourdes

Cascata do Trovão

MARQUES DE SOUZA

Localização: Estrada geral entre Canudos do Vale e Boqueirão do Leão Infraestrutura: Sem infraestrutura e com trilha ingrime até a queda d’água Entrada: Sem custo

Localização: Três quilômetros do trevo do município Infraestrutura: Escadaria até a gruta, bancos na sombra, churrasqueiras, banheiros, praça com brinquedos e espaço para banho Entrada: Grátis

Cascata do Dalmoro

Localização: Vasco Bandeira Infraestrutura: Banheiros, quiosque, churrasqueiras e espaço para acampamentos Entrada: R$ 5 para passar o dia e R$ 20 para acampamentos

WESTFÁLIA

Parque Aquático Paraíso Paissandu Localização: Linha Paissandu Infraestrutura: Piscina, 70 quiosques para churrasco, banheiros com água quente, área verde para acampamentos, dois lagos para pesca e jetski Entrada: R$ 15 por pessoa.

Acampamento é R$ 30

NOVA BRÉSCIA

FORQUETINHA

Paraíso das Pedras

SÉRIO

Camping Decker Localização: Linha Sampaio Infraestrutura: Churrasqueiras, banheiros com chuveiro quente, bar com lanches e bebidas e locais para banho no Arroio Sampaio Entrada: R$ 8 para adultos com adicional de R$ 8 por noite acampada. Crianças menores de R$ 10 não pagam

Camping Schedler

Localização: Linha Estefânia Infraestrutura: Piscinas , cancha de bocha, restaurante e espaço arborizado Entrada: Atende grupos fechados. Valores dependem do número de pessoas

Localização: Vila Haas Infraestrutura: Espaço para acampamento, banho, área verde, campo de futebol, vôlei e bocha, praça para crianças, lancheria, bar e banheiros Entrada: R$ 10 por pessoa (criança até 10 anos não pagam)

BOM RETIRO DO SUL

TAQUARI

Balneário Cupido Aquático Localização: Linha Lenz Infraestrutura: Lancheria, área de camping, piscina, campo de futebol, vôlei de areia e bocha Entrada: R$ 15 para adultos e R$ 10 para crianças

Lagoa da Harmonia

Localização: Linha Glória Infraestrutura: Piscinas, área verde, churrasqueiras com mesas, campo de futebol e vôlei, bar com venda de bebidas e lanches Entrada: R$ 15 para adultos. Crianças de 5 a 10 anos pagam R$ 10

Park Nativo

ESTRELA

TEUTÔNIA

Balneário da Amizade

Localização: Às margens da RST-287 Infraestrutura: Piscinas com toboáguas adulto e infantil, espaço arborizado, banheiros, churrasqueiras, mesas, quadra de vôlei, futebol e uma praça infantil Entrada: R$ 20 por pessoa

Localização: Linha Harmonia Infraestrutura: Churrasqueiras, banheiros, restaurante, mirante, trilhas e praça para crianças Entrada: R$ 7 por pessoa

PAVERAMA

Cascata Cabriúva Localização: Propriedade particular em Cabriúva Infraestrutura: Sem infraestrutura e com trilha em meio à mata para chegar até a queda d’água Entrada: Sem custo

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EXPANSÃO

ADAIR WEISS

Sicredi avança em Minas Gerais Com crescimento médio de 20% ao ano, cooperativa de crédito de Lajeado inaugura mais uma agência no estado mineiro.

LAJEADO

O

cooperativismo de crédito precisa se tornar relevante em serviços e ao sistema financeiro nacional. Esta é a meta do Banco Central que estimula a expansão das cooperativas que, atualmente, detêm 4% das operações financeiras no país. A adesão maior é das cooperativas melhor estruturadas e organizadas, em gestão e solidez financeira.

“Diluir custos, criar oportunidade de crescimento para o sistema e ampliar a geração de emprego e renda regional são razões que levaram a Sicredi Integração RS/MG avançar sobre solo mineiro”, na opinião do presidente Adilson Metz.

Nessa quarta-feira, 15, com a presença de conselheiros e diretores do RS, foi inaugurada a terceira agência na região de Ouro Preto, no distrito de Cachoeira do Campo. A localidade possui quase 20 mil habitantes e representa expressiva parcela da força econômica de Ouro Preto, cujo orçamento anual passa de R$ 300 milhões. As anteriores foram inauguradas nas

cidades de Conselheiro Lafaiete e Itabirito, respectivamente, com 120 mil e 50 mil habitantes. Ainda neste ano serão inauguradas outras duas agências – uma em Ouro Branco e outra em Congonhas, ambas com 50 mil habitantes.

Para Metz, a área concedida à Sicredi Integração em Minas representa um passo fundamental para o crescimento da cooperativa. “No Vale do Taquari estamos restritos, com atuação sobre 120 mil pessoas. Não há como crescer muito mais. Aqui em Minas são mais de 500 mil sob nossa abrangência”.

Isso permite abrir caminhos para a sustentabilidade, na opinião do diretor executivo, Luiz Mário Berbigier. “Quanto mais forte nossa

No Vale do Taquari estamos restritos, com atuação sobre 120 mil pessoas. Aqui em Minas são mais de 500 mil sob nossa abrangência”.

ADILSON METZ PRESIDENTE DA SICREDI

cooperativa, maior é sua capacidade de gerar riqueza aos associados e o seu entorno”. Ele cita os projetos sociais e o envolvimento em eventos da comunidade como valores essenciais para desenvolver as regiões, assim como a geração de riqueza por meio das parcerias, especialmente, com pequenas e médias empresas.

O crescimento da Sicredi Integração RS/MG permite olhar para novos horizontes. Em 2019, o resultado da cooperativa cresceu 14%, seu patrimônio líquido (R$ 220 milhões) subiu 15% e a distribuição de sobras aos associados teve um incremento de 11%. A movimentação financeira foi R$ 1,8 bi no ano, ou seja, 20% mais.

Os números oficiais serão apresentados até março durante as assembleias com os associados.

Em Minas, o volume de recursos administrados pela Sicredi Integração em 2019 alcançou R$ 20 milhões em apenas oito meses, desde a inauguração das duas agências – uma em abril e outra em agosto. O número de associados passa de 600, e a previsão é triplicar até o fim de 2020.

Município de Conselheiro Lafaiete é o primeiro e o maior entre as 26 cidades abrangidas pela Sicredi Integração RS/MG

DIVULGAÇÃO

Oportunidade profissional Os desafios estão na formação de pessoas. Para imprimir a visão, missão e valores da Sicredi gaúcha nas agências de Minas, um grupo de 12 profissionais foi deslocado para liderar o processo de expansão.

Fabrício Cloos é um dos executivos que aceitou o desafio. Foi de mala e cuia com a família em 2019.

Ele comanda a operação no estado mineiro, supervisionado por Berbigier que, ao menos uma vez por mês se desloca para dar apoio.

Para Cloos, a oportunidade da Sicredi está no relacionamento.

“Os bancos daqui não prezam pelo atendimento. A mesma política que fez a Sicredi crescer no Vale do Taquari estamos aplicando aqui. As pessoas estão adorando”.

Para a gerente Francine Bergmann, a participação da Sicredi em eventos tem surpreendido a comunidade. “Nos envolvemos e mostramos um novo modelo financeiro”.

Para o gerente da unidade de Cachoeira do Campo, Rafael Schneider, a receptividade dos mineiros é muito grande. “Antes mesmo de inaugurar

a agência, já tínhamos 150 associados. Eles estão surpresos e muito entusiasmados com o nosso jeito de trabalhar e se relacionar”.

O grupo deslocado a Minas tem outra tarefa: formar equipes com profissionais locais. Dar oportunidade de trabalho aos mineiros e fazê-los participar deste ciclo de crescimento e distribuição de emprego e renda é o que caracteriza a cooperativa. “Temos de inserir a comunidade num todo, não apenas associá-la, mas também empregar e formar profissionais das pró-

prias comunidades onde atuamos”, destaca Berbigier. Assim completa-se o ciclo, complementa.

A mesma política que fez a Sicredi crescer no Vale estamos aplicando aqui. As pessoas estão adorando”.

FABRÍCIO CLOOS

Ato de inauguração apresentou equipe que atua em Cachoeira do Campo. Na foto, com Luiz Mário Berbigier e o presidente Adilson Metz

GERENTE REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Quanto mais forte for nossa cooperativa, maior é sua capacidade de gerar riqueza para os associados e o seu entorno”.

Participação em eventos já é realidade, como na Feira Campolina Marchador

LUIZ MÁRIO BERBIGIER DIRETOR EXECUTIVO

Equipes presentes nos eventos

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020

A visão dos mineiros O técnico em mineração Alexssander de Carvalho e sua esposa, Helmara Lúcia, se associaram em outubro de 2019. Eles já tinham escutado sobre a Sicredi, porém, foram buscar informações na própria agência. “Quando comparamos o trabalho da Sicredi com outro bancos, não tivemos mais dúvidas”, diz Carvalho. A clareza e a naturalidade geram confiança imediata, também na opinião de Helmara.

“Tiramos o nosso dinheiro do banco antigo e colocamos na Sicredi. E ainda estamos indicando para todo mundo”, salienta.

O vice-prefeito de Ouro Preto, Airton Miranda, durante a inauguração da agência em Cachoeira do Campo, disse que testemunhou no RS o modelo virtuoso da Sicredi. Ele integrou a comitiva que visitou a cooperativa em Lajeado no ano passado. “É uma família no RS. E agora a Sicredi vem aqui para completar a família mineira”.

A lojista Maria Beni Pires Lage é associada em Itabirito, desde o primeiro dia da agência no município. Ela prestigiou a inauguração na cidade vizinha e reforçou a expectativa da comunidade. “O bom atendimento, taxas melhores e a facilidade de relacionamento. E agora vamos confirmar o discurso sobre as assembleias e as sobras. Isso

Alexssander e Helmara

dará ainda mais credibilidade”, ponderou.

Grande entusiasta é o empresário José Geraldo dos Santos, da cidade de Conselheiro Lafaiete. “A maneira de gerar riqueza e renda compartilhada, o trabalho às entidades sociais e o apreço às pessoas no atendimento são

realmente diferentes. Me tornei ‘sangue verde”, brincou, em alusão às cores da cooperativa. Ele comenta que ordenou sua agente financeira movimentar mais de 80% da operação na Sicredi. “É muita diferença mesmo”, repetiu.

O casal Welington e Rosana Lacerda atua no ramo moveleiro e não esconde o entusiasmo com a vinda da Sicredi. “Nós vamos formar uma grande cooperativa aqui. A Sicredi veio nos mostrar um novo jeito de gerar riqueza e renda”, diz Welington.

O ex-reitor Caio Bueno e a esposa Abadia Abreu administram uma pousada e restaurante. Ela destaca a abordagem simples e amigável da equipe, assim como o atendimento rápido e descomplicado. “Conseguem envolver a todos. E vimos isso também quando fomos ao Rio Grande do Sul. Agora temos aqui”.

Casais Welington e Rosana, e Caio e Abadia

ECONOMIA PREDOMINANTE A matriz econômica da região de Ouro Preto se caracteriza pela extração de minério e exploração do turismo. Grandes mineradoras formam lastros de empregabilidade, apesar das diferenças na distribuição de renda. Diferente do Vale do Taquari, existe mais desigualdade social, muito pelo modelo do negócio da mineração que se concentra em grandes companhias.

Entretanto, a riqueza gerada por estas, e o turismo em franca expansão, fazem circular bastante dinheiro nas cidades.

A Sicredi tem sob sua abrangência 26 municípios, com um total de 560 mil habitantes.

O funcionalismo público municipal emprega expressivo contingente populacional. Em Itabirito, por exemplo, são mais de 3,4 mil

funcionários na prefeitura para um orçamento de R$ 300 milhões. A extensão das áreas geográficas implicam em um custeio mais acentuado.

O comércio e serviços, especialmente, nas áreas de transportes e alimentação empregam outra parcela de mão de obra e geram riqueza, apesar da informalidade ser ainda bastante grande.

Para o prefeito de Ouro Preto, Júlio Pimenta, a vinda de um sistema de crédito como a Sicredi tende a consolidar um novo modelo de investimentos. “Ela combina com nossa visão administrativa. Nós enxugamos a máquina pública e trabalhamos para entregar melhores serviços. A Sicredi tem um espírito de geração e renda para a comunidade. Isso nos agrada”.

ADAIR WEISS

Diretoria executiva e conselheiros visitam agências em Minas. Na foto com a equipe da unidade de Conselheiro Lafaiete

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro de 2020

COM AMOR E CORAGEM

De peito aberto para enfrentar o câncer FOTOS FILIPE FALEIRO

Nicole Morás tem 31 anos. Descobriu ter uma mutação genética que aumenta a incidência de câncer. Ela começa a quimioterapia na próxima quarta-feira

Em meio à dor pela morte da mãe, a jornalista Nicole Sberse Morás descobriu portar uma mutação genética. Há pouco mais de um mês, foi constatado um tumor no seio. Da experiência traumática vivida pela família, Nicole resolveu ressignificar a luta contra o câncer FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

E

screver. Contar as sensações, as transformações, o tratamento e também informar. Essa foi a forma encontrada pela jornalista Nicole Sberse Morás, 31, para lidar com o câncer.

Como resultado, fez uma legião de seguidores e passou a trocar experiências com pessoas de todo o país.

Essa história começou faz pouco mais de um mês, logo quando

veio o diagnóstico de um tumor maligno em um dos seios. “O pior momento para mim foi quando esperava o resultado dos exames.

Conviver com aquela ansiedade do sim ou não foi muito difícil.”

Ela se preparou para o pior.

Projetou os seus movimentos e decidiu que era hora de tornar a dificuldade em força. Funcionária do setor de imprensa da Univates, criou o perfil no instagram @ deumpeitoaberto.

O diário sobre o tratamento se tornou em mais um objetivo de vida. Sempre quis algo autoral, um espaço para escrever sobre aquilo que gosta. A primeira opção seria sobre viagens, livros, filmes, comportamento. No fim, o tema se tornou a luta contra o câncer.

“Veio da necessidade de mostrar às pessoas o que acontece. O que sinto. Afinal, tentar educar. Falar da importância da prevenção e o que temos disponível.”

Antes de colocar o perfil na web, precisava contar para os amigos mais próximos. Adotou como estratégia falar da situação por meio de vídeos. Foi uma forma de evitar as reações de espanto, sofrimento e pena. Tudo acompanhado de perto pela irmã Larissa, 24.

“Me tornei uma digital influence”, brinca Larissa. “Sim, ela fica me cobrando. Tem que postar isso.

Vamos lá, faz um history de tal coisa”, reforça Nicole. Nestes pouco

mais de 30 dias do perfil, já passa de mil seguidores. “Recebo muita força. Muitas mensagens de carinho. Está sendo uma experiência maravilhosa”, diz a jornalista.

Chegam relatos de mulheres de todo o país. “Muito bom compartilhar essas experiências. Mostra que não sou a única.” Lidar com a situação fez com que também explorasse novas formas de ver o mundo.

Nicole se transforma. Começou

O pior momento para mim foi quando esperava o resultado dos exames.

Conviver com aquela ansiedade do sim ou não foi muito difícil.”

NICOLE MORÁS JORNALISTA

Fotos de Vania pela casa ilustram a luta de toda a família contra a doença.

A mãe de Nicole e Larissa enfrentou o câncer por três anos

cortando o cabelo. “Para mim, mulher de cabelo curto transparece força. Preciso disso e também já estou me acostumando para quando o cabelo cair por causa da quimioterapia.”

Nicole e a irmã Larissa são portadoras da mutação BRCA 1. Essa alteração ficou mais conhecida após a atriz de Hollywood Angelina Jolie retirar as duas mamas. Provoca no corpo mais dificuldade em

combater células cancerígenas.

Pessoas com essa genética têm 85% a mais de chance de desenvolver câncer. Atinge tanto mulheres como homens. Na maioria dos casos, é transmitida pelo DNA. Com o diagnóstico positivo, é aconselhado o acompanhamento semestral e também a retirada das mamas até os 40 anos. Isso diminui a chance de desenvolver o câncer para 5%.

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro de 2020

“Minha mãe salvou minha vida”

As duas irmãs passaram por exames genéticos. Em Larissa não houve indicativo de tumor. Para evitar a doença, inclusive já programa a retirada das mamas. A procura por uma explicação sobre a incidência na família surgiu com a história da mãe delas.

Vania lutou contra o câncer por três anos. Ela morreu no dia 28 de setembro do ano passado aos 57 anos.

Descobriu a doença no fim de 2016. Naquele período, relembra Nicole, a família enfrentava problemas devido ao quadro de saúde da avó, que estava sofrendo de ansiedade. A mãe da jornalista apresentava os sintomas, mas não tinha o diagnóstico.

Até que descobriu o câncer colorretal. Em janeiro de 2017, Vania começou a quimio e a radioterapia.

Sofreu muitas reações e ela perdeu parte do intestino. “Foi um processo bem complicado. Ela ficou todo aquele ano de cama. Não podia trabalhar, mudou tudo.”

Na época, Nicole fazia mestrado em Porto Alegre. “Era uma jornada tripla. Continuei trabalhando, estudando e ficando o máximo que podia ao lado da mãe.” A descoberta da doença uniu a família. “Encontramos uma força que não sabíamos.”

Após todo o tratamento do câncer no intestino, um exame para ver se estava curada mostrou um novo tumor no seio. O ano de 2018 começou com um novo desafio. Sessões de quimio e radioterapia de novo. Vania enfrentou bem essa etapa, conseguiu recuperar a vida quase na normalidade.

Em 2019, porém, apareceram metástases do primeiro câncer no fígado.

O corpo mostrava que não tinha mais condições de se recuperar.

Na casa deles, as fotos mostram o impacto da doença em Vania. Lembrar desses dias emociona a todos.

“Passamos por muita dificuldade.

Agora temos mais uma luta para enfrentar. Agora vai ser diferente”, acredita o pai de Nicole, Vilso, 63.

A luta de Vania ensinou muito a Nicole. “Minha mãe salvou minha vida.

Passamos por muita dificuldade.

Agora temos mais uma luta para enfrentar. Agora vai ser diferente” VILSO MORÁS PAI DE NICOLE

Pois tudo o que ela enfrentou, me fez ir atrás e descobrir a doença. Ela me preparou para esse momento”.

O câncer de Nicole está na fase inicial, tem pouco mais de um centímetro e está em um dos seios. O que representa mais chance de vencer a doença. Ela começa as sessões de quimioterapia na próxima quartafeira. Ao todo serão 16 aplicações.

O tratamento termina na metade do ano. Depois disso, fará uma cirurgia para retirada das mamas.

Em busca de autoconhecimento

Tudo o vivido por Nicole durante os três anos de tratamento da mãe e o diagnóstico no fim do ano passado mudaram a forma dela ver o mundo.

“Nós passamos a ter menos ambição material. Na família toda, começamos a valorizar mais os momentos juntos, as pessoas, o convívio. Para mim, a doença se tornou uma oportunidade de ressignificar o câncer.”

Desde a morte da referência feminina dela, precisou se voltar para si própria. “Preciso me conhecer melhor. Ter consciência de como reajo às emoções, pensamentos e sensações.”

Essa forma diferente de lidar com a doença tem por objetivo superar

toda a dificuldade vista a partir da experiência da mãe. Para conseguir um pouco mais de força, ganhou de presente dos pais de uma amiga uma viagem para o Canadá, para visitar o namorado, Anderson. “Pude passar uns dias com ele antes de começar o tratamento. Pegar essa força, esse carinho.”

O namorado virá ficar com ela quando estiver na metade do tratamento. Junto com esse apoio de diferentes frentes, também conta com acompanhamento psicológico e dedica alguns dias por semana para praticar ioga.

Em meio aos exercícios de meditação, busca nos ensinamentos da filosofia oriental formas de estar mais conectada com o presente. Uma técnica para reduzir o sofrimento com as preocupações futuras.

Campanha nas redes

Gostaria de ser mãe? Nicole não tem resposta para esta pergunta agora. Justo por isso, resolveu congelar óvulos e pesar após vencer o câncer. Esse procedimento custa pouco mais de R$ 20 mil. Para ter essa possibilidade de escolha, criou uma vaquinha online.

A quimioterapia pode gerar infertilidade. Por isso, Nicole abriu essa campanha. Nesta semana foi feita a coleta dos óvulos. “Não é simples.

Estou fazendo isso para futuramente, se eu quiser ser mãe, ter essa oportunidade, pois neste momento não tenho condições de saber se vou querer ter filhos ou não.”

Para contribuir e saber mais sobre a campanha, acesse: https://www. vakinha.com.br/.

O CÂNCER DE MAMA NO PAÍS · Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no ano passado houve 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019; · O número corresponde a 28% de todos os diagnósticos da doença registrados no país; · É segundo tumor mais incidente entre as mulheres. Só perde para o câncer de pele; · O diagnóstico precoce é fundamental, pois as chances de cura podem chegar a 95% quando o tumor é descoberto no início; · Uma em cada 12 mulheres receberá o diagnóstico de um tumor nas mamas até os 90 anos; · O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular na região das mamas ou axilas; Pode haver inchaço, alterações na cor da pele. Ao notar os sinais, é importante buscar atendimento médico.

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Univates terá painel do grafiteiro Kobra Artista que tem mais de 500 obras espalhadas pelo mundo vai retratar Clarice Lispector, Darcy Ribeiro e Paulo Freire DIVULGAÇÃO

Artista pintou painel de 2,5 mil m² nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Reconhecido internacionalmente, foi contratado como responsável por ilustrar parte da estrutura da Univates MATHEUS CHAPARINI

MATHEUS CHAPARINI

matheus@jornalahora.inf.br

NEY LAZZARI • O reitor da Univates, Ney Lazzari, fala sobre a escolha do artista e das personalidades que serão retratadas na parede externa do prédio 1.

LAJEADO

D

epois de pintar painéis em diversas cidades dos cinco continentes, o grafiteiro Eduardo Kobra vai deixar sua marca no Vale do Taquari.

Reconhecido por pintar rostos de personalidades icônicas em enormes dimensões, o artista vai retratar três pessoas ligadas à educação no brasil: Paulo Freire, Darcy Ribeiro e Clarice Lispector.

O artista deve chegar a Lajeado no domingo e iniciar o trabalho na segunda-feira. A obra terá cerca 62m X 33m e ocupará uma parede externa do prédio 1 da universidade.

A pintura deve estar concluída em dez dias. A inauguração está prevista para março, logo após a volta às aulas.

No início do ano passado, ele pintou o rosto de Mário Quintana Colégio Farroupilha, em Porto Alegre. Em 2010, ele pintou um painel na biblioteca pública municipal Henrique Bastide, em Santa Maria.

Reforma de prédio e nova praça A pintura do painel faz parte da ampla reforma que a universidade promoveu no prédio 1,

ENTREVISTA

“Três educadores com visões de mundo diferentes” Dois artistas da equipe de Kobra já trabalham no local na preparação do painel

QUEM É O KOBRA? Como é comum a muitos grafiteiros, a trajetória do artista começou na clandestinidade. Durante a adolescência, pichava muros, o que lhe rendeu três detenções por crime ambiental.

Kobra ganhou maior reconhecimento com o projeto “Muros da Memória”, em que o artista recria cenas da cidade de são Paulo da primeira metade do século XX. Em 2017, pintou um paredão de 5,7 mil m² às margens da Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo.

Em 2018, o artista foi eleito uma das personalidades do ano pelo guia cultural americano Time Out.

inaugurado em 1974.

Ao longo do primeiro semestre, será construída uma praça aberta em frente ao prédio, onde hoje

funciona o estacionamento. De acordo com a universidade, o espaço deve ser inaugurado no início do segundo semestre.

• Qual a importância para a universidade de contar com uma obra do Eduardo Kobra? Por que este artista?

O Kobra, pelo simples nome que ele tem e pela sua história, é inquestionável como um dos muralistas mais importantes do mundo neste momento. Por isso pensamos nele. Para comemoração dos 50 anos do ensino superior no Vale, reformamos o prédio 1. Nesta reforma, demos uma modernizada e uma obra de arte de impacto, que tem a ver com o Brasil e com a história brasileira.

• Como se deu a escolha das personalidades que serão retratadas?

Foi uma escolha conjunta. Discutimos muito internamente e trabalhamos vários nomes com o Kobra. Cerca de dois meses atrás, houve um consenso. O grande

critério da escolha é a questão da educação. São três educadores com visões de mundo diferentes um do outro, que influenciaram a educação no país.

• No atual momento político, em que o presidente da república se manifesta publicamente chamando Paulo Freire de “energúmeno”, qual a importância de valorizar figuras como estas?

A manifestação do presidente se dá muito depois da escolha.

O critério não foi de agradar ou não o presidente, foi a escolha de pensadores, educadores importantes, que tenham obra, produção.

Paulo Freire é o autor brasileiro mais citado em artigos científicos no mundo inteiro. Darcy Ribeiro foi o cara que pensou o modelo da Universidade Nacional de Brasília. E a Clarice Lispector tem uma produção na área do romance, da literatura.

Tempo seco e calor marcam o fim de semana VALE DO TAQUARI

Depois de dois dias de temperaturas amenas, vento e nebulosidade, o calorão vai retornar no fim de semana à região, antecipando mais um período abafado e de pouca chuva.

Conforme dados do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH/Univates), as máximas devem voltar a ultrapassar a marca dos 30ºC nos municípios do Vale do Taquari. O clima será seco

e com amplo predomínio de sol.

O sábado, 18, será marcado pela amplitude térmica. O amanhecer ainda será ameno e as mínimas devem beirar os 14ºC na região. À tarde, as temperaturas se elevam e os termômetros devem registrar até 31ºC. Já no domingo, 19, segue o predomínio de sol. Podem ocorrer nevoeiros isolados na região. Mesmo assim, a manhã já não será tão amena e as mínimas devem ficar em 19ºC. No decorrer do dia, o ca-

lor aumenta e as máximas podem chegar a 34ºC.

Fim de mês será seco De acordo com a coordenadora do NIH/Univates, Carolina Heinen, a próxima semana começa com clima ensolarado e altas temperaturas. “Na segunda-feira, pode fazer 36ºC aqui na região”, comenta.

Sábado (18)

O tempo seco segue predominando e ocorre mais um dia de sol com poucas nuvens no Vale Mín: 14ºC Máx: 31ºC

Domingo (19)

As condições do tempo pouco mudam, e o sol predomina na maior parte do dia. Nas primeiras horas, pode ocorrer nevoeiros isolados Mín: 19ºC Máx: 34ºC

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020

DE LAJEADO À ITÁLIA

A convite do papa, para debater os rumos da economia global Jovem empresário de Lajeado, Thiago Guerra está entre as 500 pessoas que participarão de um congresso sobre economia com o Papa Francisco, em março LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

COLABORAÇÃO MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

Papa Francisco convidou economistas, estudantes e empresários de todo o mundo para se reunirem e discutirem novos modelos de economia. Foram convocados jovens de todo o mundo para o evento “The Economy of Francesco” que ocorre durante três dias na Itália.

Para o congresso completo, de cinco dias, apenas 500 pessoas de 120 países foram selecionadas.

O morador de Lajeado, Tiago Guerra, 33, é um deles. O graduado em Engenharia de Produção pela Univates e o único jovem empresário do Rio Grande do Sul a ser escolhido.

Para Guerra, as expectativas para o evento mundial, que ocorre de 24 a 28 de março, são, principalmente, de avançar na construção de um modelo econômico mais completo, que leve as pessoas em consideração e que compreenda de melhor forma o uso de recursos naturais disponíveis no planeta.

O Brasil está entre os países

com maior número de inscritos para o evento, organizado pela Diocese de Assis, em parceria com o Instituto Seráfico, Município de Assis e Economia de Comunhão, em colaboração com as famílias Franciscanas.

Estados Unidos, Argentina, Espanha, Portugal, França, México, Alemanha e Grã-Bretanha também estão entre os países com mais representantes no The Economy of Francesco. Ao todo, foram mais de 3 mil pedidos de participação, com 2 mil jovens credenciados.

Saiba mais O The Economy of Francesco é um evento onde jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo são chamados a participar para estudar e praticar uma economia diferente, que faz viver, inclui, humaniza e cuida da criação.

ENTREVISTA THIAGO GUERRA • Empresário de Lajeado selecionado para participar do debate

“ Indiferente de direita e esquerda, penso que todos querem ver a evolução da humanidade” A Hora - Por que acreditas que foste escolhido entre tantos inscritos?

Tiago Guerra – O processo de seleção ocorreu por meio de um site, no qual as pessoas podiam inscrever seus currículos, contendo as atividades que já realiza. Existiam três categorias de inscrição: para jovens de até 35 anos, nas classes de estudantes de doutorado, promotor de mudanças sociais e empresários. Me encaixei na categoria de empresários. Acredito que fui selecionado em função das práticas que já venho realizando na região com os demais integrantes da Colmeia, uma empresa instalada no Tecnovates. Na qual, utiliza metodologias como comunicação não-violenta, Art Hosting, Dragon Dreaming e Gaia Education. E, somado também, ao meu currículo e formação na área de Engenharia de Produção e negócios.

socialismo ou capitalismo, direita ou esquerda. Dessa forma, avançar em propostas de um modelo econômico mais implosivo que leve o meio ambiente em consideração. A igreja católica, nesse meio, utiliza de toda sua influência para promover essa discussão. Eu acho muito bacana essa iniciativa. Promove uma discussão multidisciplinar que convoca

DIVULGAÇÃO

A Hora - De que maneira a igreja católica pode contribuir na economia mundial?

Guerra – O intuito do evento é justamente, na minha visão, é sair dessa discussão rasa de tentar descobrir o que é melhor: Evento é idealizado pelo Papa Francisco

Guerra é o único jovem empresário do RS a participar do congresso completo de cinco dias

empresários, estudantes e pessoas que buscam promover mudanças sociais e principalmente, trazer economistas de renome para agregar na vontade dos jovens.

Acredito que sairão resultados muito positivos do evento. Indiferente de direita e esquerda, penso que todos querem ver a evolução da humanidade, o fim da pobreza extrema e a redução da desigualdade, neste evento podemos avançar num modelo econômico mais sustentável a longo prazo.

A Hora - Como você visualiza o futuro da economia global?

Guerra – Eu vejo o futuro da economia com grandes mudanças a médio e curto prazo, pensando que, o modelo econômico atual, de modo geral, não considera que os recursos do mundo são finitos. É inviável seguir da forma que as coisas estão estruturadas hoje, para a sobrevivência, trabalharmos da forma como trabalhamos atualmente. Então, vejo que novidades estão por vir, com a construção de novos hábitos também de consumo das pessoas e com uma economia baseada nas pessoas e não em uma economia baseada no mercado financeiro como ocorre no agora.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020

INTERNACIONAL

PRIMEIRO TESTE DA TEMPORADA

Colorado faz jogo-treino contra o São José na manhã de sábado

EC AMERICANO/COROAS

4 ° CAMPEONATO INTERNO DE FUTEBOL SETE Começa neste sábado a quarta edição do Campeonato Interno de Futebol Sete do Americano Coroas. A competição contará com quatro equipes neste ano:

RICARDO DUARTE

A JATO FC OS HERMANOS SÓ BUCHA FC SEM LIMITES Os jogos começam às 15h. A primeira rodada terá A Jato FC versus Os Hermanos e Só Bucha FC versus Sem Limites.

Este campeonato foi criado com a intenção de envolver todos os atletas de todas as categorias para uma maior integração e desenvolver o companheirismo, parceria e amizade do grupo.

DIVULGAÇÃO

Seguindo as ordens de Coudet, atividade de sábado contra o São José será com os portões fechados CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Internacional realiza o primeiro jogo-treino da temporada neste sábado. Às 9h, recebe o São José no CT Parque Gigante. Será o primeiro teste do time treinado por Eduardo Coudet, que estreia no Campeonato Gaúcho na próxima quinta-feira, 23, em Caxias do Sul, contra o Juventude.

O Colorado já tem dez dias completos de pré-temporada e, até o momento, o técnico argentino vem mantendo mistério em relação a qual o time que pretende pôr em campo na sua estreia e

na Copa Libertadores.

Mantendo o padrão que vem utilizando no começo do trabalho, a atividade será realizada com portões fechados. A ideia de Coudet é utilizar o jogo-treino para acertar os últimos detalhes antes da abertura oficial da temporada em Caxias do Sul. A tendência é que o argentino escale uma equipe mista no Alfredo Jaconi e os titulares atuem contra o Pelotas, dia 26, no Beiro-Rio.

INTENSIDADE MARCA ATIVIDADES Na sexta-feira o Colorado completou o décimo dia de trabalho

na pré-temporada. A atividade teve como principal característica a intensidade. A ausência do treinamdo foi Rodrigo Moledo. Após o aquecimento, o zagueiro foi leavado até a academia do CT para realizar atividades físicas específicas. A princípio, o zagueiro não será desfalque para o começo do Campeonato Gaúcho.

Assim como nos outros dias, a troca de passes e a pressão para recuperar a bola foram os principais fundamentos trabalhados. Em pequenos quadrados demarcados no gramado, quatro jogadores trocavam passes, enquanto outros dois buscavam a recuperação da posse.

Família Batata, campeão e vice da terceira edição do campeonato DIVULGAÇÃO

CIRCUITO SESC

PARQUE PÉROLA DO VALE RECEBE ETAPA REGIONAL

Arroio do Meio realiza neste sábado a etapa do Circuito Verão Sesc de Esportes. Os jogos iniciam 8h30min e ocorrem na Área de Lazer Pérola do Vale.

Oito duplas disputam o título nas categorias feminino e mas-

culino. Oito equipes também disputam as primeiras colocações no beach soccer masculino enquanto que o feminino terá cinco times.

A organização é uma parceria entre Prefeitura Municipal/Departamento de Esporte e Sesc

Lajeado. Os vencedores serão premiados com medalhas até o terceiro lugar e transporte para os classificados representarem o Município na etapa estadual, a realizar-se em Torres, nos dias 7 e 8 de março.

Confraternização de entrega da premiação ano 2019

Bom fim de semana.

Se beber, não dirija!

Esporte Clube Americano/Coroas Esta história não pode parar!

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020 EZEQUIEL NEITZKE

DIVISÃO DE ACESSO

LAJEADENSE APRESENTA MAIS NOMES

Esperança, de Carli,busca a segunda vitória seguida em Roca Sales

AMADORES

Parte do elenco chega à Arena Alviazul na próxima terça-feira, às 15h. Demais devem ser revelados no dia 27 de janeiro ARQUIVO A HORA

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

F

altando pouco menos de dois meses para o início da Divisão de Acesso, o elenco do Lajeadense começa a ganhar forma. Na próxima terça-feira, uma parte do elenco se apresenta para o início dos trabalhos. Os demais devem iniciar os treinamentos apenas no dia 27 de janeiro.

Gerente de futebol do clube, Thiago Matos conta que a direção está conversando com diversos atletas, mas enquanto que eles não assinarem contrato, não podem ser anunciados. Além disso, a direção espera o término da Copa São Paulo de Futebol Júnior para ver quais atletas da dupla Gre-Nal serão disponibilizados.

Matos conta que os primeiros trabalhos serão no dia 21, próxima terça-feira, a partir das 15. Se apresentam ao técnico Serginho Almeida, os atletas que estão morando aqui no Vale do Taquari, são os casos de Bindé, Marquinhos, Vitor Dadalt, Cidinho, Roger Werkhausen, Maicon Bamberg, Alan, Alan Bald, Kikinho, Gregori, Gean Luca, Nascimento, Lucão e Talis. “Aqueles contratados novos

Meia Roger Werkhausen é um dos jogadores que se apresenta no dia 21 de janeiro

que quiserem iniciar os trabalhos antes, estão a vontade para começar, mas se não o inicio mesmo da temporada será dia 27 de janeiro.”

A COMPETIÇÃO

A estreia do Lajeadense está agendada para o dia 1º de março, em Lajeado. O adversário será o Grêmio Bagé. A equipe do Vale do Taquari está no grupo 1, ao lado de Guarany, Guarani, Inter-SM, São Gabriel, São Paulo e Avenida.

Os quatro primeiros se classificam para as quartas de finais. Enquanto que o lanterna do grupo será rebaixado.

APRESENTAÇÃO NO DIA 21 Bindé, Marquinhos, Vitor Dadalt, Cidinho, Roger Werkhausen, Maicon Bamberg, Alan, Alan Bald, Kikinho, Gregori, Gean Luca, Nascimento, Lucão e Talis.

INTERCAMPING

JOÃO JUNG/DIVULGAÇÃOA

COMEÇA A FASE ELIMINATÓRIA

Partidas das oitavas de final da categoria força livre ocorre no Camping Riacho Doce EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O Intercamping, tradicional torneio de futebol 7 do Vale, realiza neste sábado os primeiros jogos das oitavas de finais da categoria força livre.

Os confrontos ocorrem no Camping Riacho Doce, a partir das 13h.

No primeiro jogo, o Sabotagem precisa vencer o já eliminado Picada Flor para se classificar na categoria sub 18. Se perder ou empatar, estará eliminado. Ainda pela categoria, Gaúcho e Inter de Limão fazem confronto direto pela última vaga. Empate garante o Inter. Quem vencer segue na competição.

Pelo municipal, o Pançudos enfrenta o União precisando da vitória para se classificar a semifinal. Derrota ou empate, elimina a equipe.

A rodada também terá dois jogos de oitavas de final da categoria for-

Pançudos precisa vencer para se classificar

ça livre. O multicampeão Maravilha enfrenta o VC Amigos. Já o News Car encara o Us Guri da Catequese.

JOGOS Picada Flor x Sabotagem (sub 18) Jurupita x Aprovados (municipal) Gaúcho x Inter de Limão (sub 18) Pançudos x União (municipal) Maravilha x VC Amigos (força livre) News Car x Us Guri da Catequese (força livre)

EQUIPES ESTREIAM NO FIM DE SEMANA Sete clubes disputam o primeiro jogo oficial na temporada 2020 em três municípios EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O fim de semana será de estreias. Sete clubes iniciam a disputada da temporada 2020. Os jogos ocorrem em Progresso (sábado), Roca Sales e Boqueirão do Leão (domingo).

Em Roca Sales, o Juventude disputa o primeiro jogo oficial. A equipe enfrenta o Amigos da Serrinha, em Linha Júlio de Castilhos. A rodada ainda marca o encontro de duas equipes que iniciaram o torneio goleando.

Esperança e XV de Novembro se enfrentam em Linha Fazenda Lohmann.

O fim de semana será de estreias. Sete clubes iniciam a disputada da temporada 2020. Os jogos ocorrem em Progresso (sábado), Roca Sales e Boqueirão do Leão (domingo).

Em Roca Sales, o Juventude disputa o primeiro jogo oficial.

A equipe enfrenta o Amigos da Serrinha, em Linha Júlio de Castilhos. A rodada ainda marca o encontro de duas equipes que iniciaram o torneio goleando. Esperança e XV de Novembro se enfrentam em Linha Fazenda Lohmann.

PROGRESSO

Os confrontos serão disputados no sábado, na praça de esportes do São João, em Alta Picada Serra. Pela categoria veterano, São João e Amizade abrem o campeonato. Logo depois, Cruzeiro e Sempre Unidos se enfrentam pela categoria titular.

BOQUEIRÃO DO LEÃO A segunda rodada será disputada em Linha Data. O Esportivo recebe o Internacional. As partidas iniciam às 15h (aspirante) e 17h (titular.)

AGENDA SÁBADO PROGRESSO – ALTA PICADA SERRA São João x Asses pe Cruzeiro

x Boavistense

DOMINGO BOQUEIRÃO DO LEÃO – LINHA DATA Cruzeiro x Internacional ROCA SALES - FAZENDA LOHMANN Real Lions x Toma 10 Esperança

x XV de Novembro

ROCA SALES - LINHA JÚLIO DE CASTILHOS Amigos da Serrinha x Juventude Rio Branco

x Copalto

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020

SETE

TORNEIO COMEÇA EQUILIBRADO Em cinco partidas, três terminaram empatadas

Mercenários iniciou o ano vencendo o Coringa por 2 x 0. Gols de Juninho Agnoletto e Teteu

O

Torneio de Verão do Clube Sete de Setembro iniciou nessa quinta-feira com a realização de cinco partidas. O destaque ficou para os resultados equilibrados. Em cinco duelos, três terminaram empatados.

No primeiro jogo, o Mercenários enfrentou o Coringa. Aos 11min do primeiro tempo, Juninho Agnoletto abriu o placar.

Marcando o primeiro gol da temporada do Clube Sete de Setembro. Teteu marcou o outro gol na vitória por 2 x 0.

O outro time que venceu na rodada foi o SNS. Aos 6min do primeiro tempo, Luis Kurz chutou quase do meio campo e marcou o único gol na vitória em cima do Renegados.

Os outros três encontros terminaram empatados.

jara. Os confrontos seguem com Real Madruga x Cataluña. Só Pela Ceva x Kanxeiros, Tocafogo x Saragossa e Dinamite x Kitufo.

RESULTADOS Coringa 0 x 2 Mercenários

JOGOS SEGUEM NA SEGUNDA-FEIRA

Futebolzinho 3 x 3 Cervejetarianos

A segunda rodada ocorre na segunda-feira. Os confrontos iniciam às 19h com o jogo pela grupo C entre FuteBar Avaí e Taba-

Meia Boca Jr 1 x 1 Arranca Toco

Renegados 0 x 1 SNS

Mundo Real 1 x 1 JéDuCa

CLASSIFICADOS A PRÓXIMA FASE O Clube Tiro e Caça realizou nessa quinta-feira a segunda rodada da fase classificatória do Torneio de Férias. Os jogos classificaram as primeiras equipes para a Série Ouro.

Na chave A, o Lesionados goleou o Toca Água por 4 x 0 e se garantiu na Série Ouro. O Four deixou escapar a classificação ao empatar em 2 x 2 com o Supérfluos. Agora, o time precisa de um empate na última rodada para seguir na Ouro.

No grupo B, o atual campeão Shark Attack venceu o Smurfs por 1 x 0 – gol de Vini Masiero e se garantiu na Série Ouro. O outro time que avançou foi o Borussia. O time derrotou o Capitão América e agora na próxima semana disputa a liderança do grupo com o Shark Attack. Smurfs e Capitão América terão que se contentar com a Série Prata.

DEMAIS JOGOS

A rodada também marcou a estreia de oito equipes. O destaque ficou para a vitória de goleada do Coroas Mirim/Lyall em cima do Exxtraclasse – 5 x 0. Já o 100 Pressão aplicou 4 x 1 no 100 Pressão.

PRÓXIMOS JOGOS

A próxima semana será decisiva no Torneio de Férias. Na terça-feira os grupos C e D jogaram a segunda rodada, enquanto que na quinta-feira, ocorre a última rodada da primeira fase.

CLASSIFICAÇÃO

RESULTADOS

Chave A: Lesionados FC (6), Four (4), Supérfluos (1) e Toca Água (0);

Exxtraclasse 0 x 5 Coroas Mirim/ Lyall

Chave B: Borussia (6), Shark Attack (6), Smurfs (0), Capitão América (0);

SOGES

2ª RODADA COM POUCOS GOLS A Soges realizou nessa quinta-feira a segunda rodada da fase classificatória do Torneio de Verão. Diferente da abertura, os confrontos tiveram poucos gols.

No primeiro confronto da noite, o Brocadores venceu o Meia Boca Jr por 2 x 1. Já o Os Kururus NC ganhou do Nárnia FT por 1 x 0. Por fim, o Sem Bronca ficou no 1 x 1 com o Saidera.

CTC

PRÓXIMA RODADA

Na próxima terça-feira, quatro equipes estreiam na competição. O Tô Com Sede enfrenta o Velha Guarda. Logo após o Limitados/Sombras encara o Demonhos Jr. A rodada fecha com o jogo entre Sokanelinhas e Nárnia FT. Nesse jogo pode pintar o primeiro classificado para a Série Ouro. Se vencer o Sokanelinhas estará na próxima fase.

RESULTADOS Meia Boca Jr. 1 x 2 Brocadores Os Kururus NC 1 x 0 Nárnia FT Sem Bronca 1 x 1 Saidera

Chave C: Coroas Mirim/Lyall (3), Aliança (3), Bitterflex (0) e Exxtraclasse (0); Chave D: 100 Pressão (3), Amnésia (3), UsGuri (0) e Resenha (0);

Bitterflex 0 x 1 Aliança Resenha 1 x 4 100 Pressão UsGuri 0 x 1 Amnésia Shark Attac 1 x 0 Smurfs Borussia 3 x 0 Capitão América Four 2 x 2 Supérfluos Lesionados 4 x 0 Toca Água

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo mensal, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

CAROLINE LIMA SILVA Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

Nunca vivemos num mundo de tantas possibilidades e opiniões. Opiniões que são, não raras vezes, evasivas, críticas, destrutivas e construtivas. Tal fato se dá principalmente em relação às redes sociais, cujo contexto virou pano de fundo das mais variadas relações entre as pessoas. Neste sentido, vivemos mediados pelas relações virtuais, já que elas têm um poder de influência e penetração no imaginário humano. Se a internet é o meio atual de confabulações

Em que mundo estamos vivendo? e também de assertivas, em que mundo estamos vivendo hoje?

Segundo muitos estudiosos da Sociologia e Psicologia, o momento atual da sociedade sugere um período de transição.

Um período de transformação de velhos paradigmas para uma consciência coletiva em torno dos conceitos como tolerância, não julgamento e respeito pela diversidade. Se pararmos para avaliar isso, podemos perceber que há uma busca pelo empoderamento em relação às minorias, que são grupos menos favorecidos pela sua condição no que condiz ao gênero, ao status social, à raça e a alguma deficiência.

Assim, por que todas essas questões se

Presidente do Sindicomerciários

Deputado Federal PSDB/RS

De volta à competitividade

virtude dos incentivos fiscais estaduais. Em 2007, a indústria calçadista gaúcha representava 40% do valor de produção nacional, após uma década essa participação caiu para 29%, conforme a Abicalçados. Em termos nominais, isso significou o fechamento de 28,3 mil empregos na última década.

Mesmo com toda a estrutura e expertise, a indústria gaúcha vem sendo assolada pela de outros estados, que oferecem vantagens tributárias e limitam a capacidade de concorrência daquelas que aqui ainda estão instaladas. A produção de calçados em Santa Catarina, por exemplo, acumulou crescimento de 132% entre 2007 e 2017. Isso porque o governo local

contradições, tensões, caracterizado pela dualidade necessária entre o bem e o mal, já que nosso nível evolutivo ainda necessita disso para valorizar o que se tem. Ao mesmo tempo, muitas pessoas já estão se voltando para o lado positivo da vida, a projetos que contemplem a inclusão, a empatia, a compreensão, o diálogo, o amor incondicional, enfim. São pessoas que despertaram suas consciências para o verdadeiro sentido de viver: a aprendizagem através do amor a si e ao próximo. Nada tão difícil que não possa ser impulsionado para a grande maioria do nosso planeta Terra. Nada tão mundano como a escolha.

Que tipo de mundo você tem criado?

MARCO D. ROCKEMBACH

LUCAS REDECKER

No apagar das luzes de 2019, e depois de um longo período de negociações, o setor coureiro-calçadista gaúcho teve atendido, pelo governo do Estado, pleito aguardado há anos: a redução das alíquotas de ICMS de 12% para 4%. A medida devolve a competitividade e praticamente põe fim ao assédio que as nossas indústrias vinham sofrendo de outros estados.

O decreto, na definição dos próprios players, estimula a retomada do setor, que encolheu no RS ao longo da última década. Parte dessas perdas deve-se ao deslocamento da produção local para outros estados brasileiros em

tornaram tão polêmicas no mundo de hoje como se fossem uma grande descoberta para as pessoas?

Talvez uma das respostas possíveis seja a necessidade de tomada de consciência das pessoas para o respeito às diferenças.

Mas não o respeito falado, mas sim aquele vivenciado, que legitima as mesmas oportunidades a todos. O mesmo respeito que dignifica a pessoa a ser livre para realmente escolher o seu lugar no mundo, deixando uma marca única. Será que esse mundo é tão ruim mesmo ou estamos mirando nossa percepção para o lado negativo da existência?

Sem dúvida, vivemos num mundo de

detectou falta de competitividade e concedeu incentivos que culminaram com essa expansão. Este ano teremos a oportunidade de aprovar na Câmara dos Deputados a Reforma Tributária e, com isso, corrigir distorções como a guerra fiscal, que é nociva não apenas para as empresas, mas também para os estados.

Atualmente, o setor coureiro-calçadista RS representa 11,2% do PIB (Valor Adicionado) da indústria de transformação gaúcha e mesmo com a perda de participação do segmento na indústria de transformação do RS, ele segue sendo, historicamente, o principal empregador industrial. Não restam dúvidas sobre a importância desse setor para a economia gaúcha e da sua capacidade de corresponder rapidamente aos estímulos, como ocorreu com a indústria Bebecê, por exemplo, que anunciou a retomada de 100% das suas operações poucas horas após a assinatura do decreto que definiu as novas alíquotas.

Enquanto não colocamos fim à guerra fiscal, o RS está fazendo a sua parte e passando a mensagem que o Estado é um lugar seguro para investir e com um ambiente favorável aos negócios. A decisão do governo de desonerar este e outros setores é sábia, pois ela significa um passo em direção a geração de emprego e renda que, no fim das contas, vai proporcionar muito mais divisas do que as que estão deixando de ser arrecadadas neste momento, criando assim um ciclo desenvolvimentista que é positivo para todos.

Lucas escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ele: dep.lucasredecker@camara.leg.br

RETROSPECTIVA E PERSPECTIVAS Nasci um mês após o golpe militar. Durante a minha adolescência e juventude só conheci uma forma de governo – a ditadura militar.

Nela, o cidadão não podia se expressar livremente, as pautas dos veículos de comunicação eram aprovadas por censores do governo, os opositores do regime eram perseguidos, entre tantos outros atos autoritários.

Quando ingressei no mercado formal de trabalho com 15 anos de idade, por necessidade de ajudar no orçamento familiar, os militares continuavam no governo e o país crescia 10% ao ano, mas com os agravamentos do endividamento do setor público e da desigualdade social. Relacionando com os dias atuais, temos 12,5 milhões de pessoas

desempregadas, 32 milhões de pessoas na informalidade e os jovens continuam precisando ingressar o mais cedo possível no mercado de trabalho para ajudar a família.

Tais fatos relevam uma coincidência ou nada mudou de lá para cá?

Seguindo o raciocínio, lembro que em março de 1979 assumiu a Presidência da República João Batista Figueiredo, o último dos generais. Era o início do fim da perseguição e tortura. No final de 1983 e início de 1984 explode o movimento “Diretas Já”, com o povo nas ruas pedindo eleições diretas e o fim da opressão, e os partidos de direita e de esquerda uniram-se em prol da redemocratização do país. Em 2018, provavelmente

pelo desconhecimento do que foi a ditadura militar, muitos brasileiros, sobretudo jovens, foram às ruas pedir a volta dos militares ao poder. E conseguiram, elegeram um militar.

Resgatando novamente o passado, em janeiro de 1985, com a Nova República, Tancredo Neves é eleito de forma indireta. Foi o primeiro presidente pós-ditadura militar, e por ironia do destino faleceu, assumindo o cargo seu vice, José Sarney. Em fevereiro de 1987 criou-se a assembléia constituinte que elaborou e votou em 1988 a nova constituição, chamada “Constituição Cidadã”, a mesma que o atual governo, juntamente com o Poder Judiciário (STF), está ignorando.

Ao longo dos 34 anos da redemocratização tivemos 8 presidentes. De Sarney, um vice oportuno, a Bolsonaro, o militar que louva o torturador Brilhante Ustra e prega a volta do AI-5. Acredito que estamos enfrentando as mesmas dificuldades do passado, porém com alguns elementos a mais no presente: a falta de conhecimento e de capacidade de governança. Nada tão diferente do governo estadual que, muito provavelmente, seguirá parcelando o salário dos servidores. E do governo municipal, qual a perspectiva para 2020? Ah, o ano promete fortes emoções com as eleições municipais em outubro. De um lado existe a promessa de não haver reeleição, inclusive registrada em cartório, de outro uma provável coligação, que a convivência já se mostrou ser difícil pelas diferentes ideologias. Não faltam excelentes nomes para assumir os cargos públicos de Lajeado, é preciso apenas superar as vaidades pessoais para juntos trabalhar em prol do desenvolvimento local e regional.

Marco escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ele: sec.lajeado@seclajeado.com.br

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A HORA | Fim de semana, 18 e 19 de janeiro 2020 GABRIEL SANTOS

artigo ardemio@bewnet.com.br

ARDÊMIO HEINECK

Pedágios jurássicos O ginásio da Escola Municipal São José, no bairro Conventos, passava por reformas desde novembro e foi destruído pelos fortes ventos que atingiram a região nesta semana. A vice-diretora Sandra Feil lamenta o acontecimento, mas se diz aliviada pelo fato dos alunos Mande sua foto para o A Hora. estarem de férias e ninguém ter se machucado.

WhatsApp (51) 9 92487689.

FRASES DA SEMANA

“Não temos mais a obrigação, mas mesmo assim vamos publicar” MARCELO CAUMO, PREFEITO DE LAJEADO, acerca da determinação judicial para que o município divulgue os nomes das empresas terceirizadas.

“O rio não tem divisas.

Os municípios devem se unir para chegar a uma solução” CRISTIAN PRADE,

BIÓLOGO DE ROCA ROCA SALES, sobre espuma que apareceu no Rio Taquari.

“Não me cuidei para me dedicar ao município. Queria fazer obras, mas não construí uma casa para mim. Hoje poderia estar melhor” ANTÔNIO EDGAR CHILELLA

EX-PREFEITO DE BOM RETIRO DO SUL, sobre as dificuldades para enfrentar o câncer aos 70 anos.

A concessão de rodovias no Estado foi implantada no Governo Britto (1995/1998). Lembro da nossa caótica malha rodoviária. A BR 386, cheia de crateras, causando pneus e rodas quebrados e horas de espera, por socorro. A free way, esclerosada, com apenas duas pistas de cada lado. Foi um alívio quando, então, inúmeras estradas foram concedidas à inciativa privada e arrumadas.

Em contrapartida, começou-se a pagar para utilizá-las. Segundo o Presidente da CIC Vale do Taquari, Pedro Barth, no A Hora destes dias, “os pedágios são um mal necessário”. De um lado, geram indignação. Pagamos tributos para termos estradas boas e investimentos nas rodovias, só que são insuficientes para União e Estado atenderem as necessidades. De outro lado, provocam alívio e dão segurança com as estradas em boas condições que nos disponibilizam.

O Vale do Taquari ficou cercado com postos de cobrança. Indo a Encantado, Venâncio, Porto Alegre, Garibaldi ou Pouso Novo, lá estavam eles.

Haviam gargalos que geravam indignação diária, mal gerenciados.

Dois exemplos: o pedágio entre Farroupilha e Caxias, e o entre Gravataí e Porto Alegre. Milhares de pessoas eram oneradas porque obrigadas a passar por ali diariamente por residirem numa cidade e trabalharem noutra. Na nossa região, a indignação também foi crescente. Pagávamos, aumentando nosso custo logístico sem que grandes obras de melhorias e duplicações acontecessem. Apenas a manutenção da pista de rodagem e do acostamento. Talvez não tivessem sido negociadas, já que a pressão, à época, era termos, ao menos, rodovias em condições de trafegabilidade. O alargamento da 386 entre Tabaí/ Canoas e a duplicação Lajeado/Estrela/ Tabaí aconteceram com verbas federais, não dos pedágios, graças à mobilização regional, tornando-nos privilegiados na conexão com a Região Metropolitana.

Com dezenas de vidas poupadas e com ganhos econômicos.

A pressão levou à não renovação dos contratos das concessões no Governo Tarso Genro (2011/2014). Veio a EGR para nossas RSs e a 386 ficou sem pedagiamento.

Em 2017 discute-se novo programa de concessão de rodovias federais, inclusive a BR 386. Licitado no fim do Governo

(...) agora não há o que fazer. Nossa luta deve ser para que nosso Estado, nas concessões de RSs que anuncia, não incorra no mesmo equívoco. “ Temer, suscita questões incômodas como: 1º) por que lançar programa desta envergadura nos últimos três meses de um Governo? 2º) a colocação de dois postos de pedágio entre Lajeado e Porto Alegre. Nos onera com custo logístico tremendo, sujeito a inibir novos investimentos por aqui. Financiaremos boa aparte da duplicação até Carazinho, pois nos 110 km entre Paverama e Fontoura Xavier (o próximo posto), não há cobrança. Milhares de veículos transitarão por ali sem custo, quando o ônus poderia ter sido melhor distribuído; 3º) a jurássica e onerosa forma de cobrança em postos fixos de pedagiamento.

A CIC Vale do Taquari e a Federasul defenderam, sem sucesso, a cobrança eletrônica, com redução de custos e nas tarifas, sem congestionamentos e maior agilidade. Como já acontece em outros países, ao passar-se por portais colocados a cada 20 km, a cobrança impacta em um chip colocado nos carros. Pagase mensalmente os quilômetros efetivamente rodados.

Os novos postos de pedágio em Triunfo e Paverama que começam a cobrar em fevereiro, até o absurdo que vemos na free way, na obra faraônica em implantação para receber o novo posto de cobranças, substituindo o de Gravataí, deixam a sensação de que não evoluímos no modelo de concessão de rodovias. Continua igual ao da década de 1990. Jurássico.

Infelizmente, agora não há o que fazer. Mas a nossa luta deve ser para que nosso Estado, nas concessões de RSs que anuncia, não incorra no mesmo equívoco. É imprescindível a modernidade da cobrança eletrônica das tarifas.