Negócios em Pauta - 11/01/2020

ENTREVISTA ESPECIAL

Vale do Taquari

11 e 12 de janeiro de 2020

Edição 56

Empresário Henrique Purper começou a trabalhar no setor de gráficas aos 14 anos e hoje é diretor da Rota, empresa referência no Estado em impressão de embalagens para o setor industrial Páginas 4 e 5

ALIMENTAÇÃO

Conheça a comida do futuro Sebrae-RS aponta as principais tendências para o mercado global de alimentos

OS PROFISSIONAIS

DO FUTURO

Comida feita por impressoras 3D, carne de origem não animal e insetos comestíveis estão entre as principais apostas do mercado

Página 6 e 7

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

OPINIÃO

As previsões e o imponderável

Realização

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

Sebrae elege BIMachine como Startup de destaque

O

Sebrae-RS publicou no fim do ano passado a lista das 15 startups para ficar de olho em 2020. A lista foi definida pela Coordenadora Estadual da Startups e Economia Digital, Débora Chagas, e tem entre os destaques a BIMachine.

Startup com sede em Lajeado, a BIMachine fechou 2019 com um crescimento de 80%. A empresa atua no mercado nacional com expansão internacional, com operações na Colômbia e América Central.

A BIMachine é uma Plataforma Data Driven completa e escalável, em formato SaaS, que permite agregar inteligência de dados para

DIVULGAÇÃO

melhorar a tomada de decisão e, por conseguinte, a gestão de empresas de todos os portes e segmentos.

Além de agilidade para tomada de decisões a plataforma provê insights mais ágeis e inteligentes para as empresas. Além da BIMachine, figuram na lista do Sebrae as star-

tups Arpac, Cowmed, Criativando, Deliery Much, Elysios, Essent Jus, FunRetro, Isend, Mutuus, O Amor é Simples, Prosumir, TrashIn, Ubots e Zeeng. Juntas, mostram que o ambiente de inovação do RS é propício para o crescimento que desejamos para o Estado.

MARCANTE E ATUAL

Apoiadores

“As empresas até podem alcançar resultados sem serem um ótimo lugar para trabalhar, mas, em uma realidade onde passamos a mais tempo no trabalho do que em qualquer outro lugar, o esforço para criar um ambiente adequado faz grande diferença. A valorização das pessoas deve ser autêntica para resultar em melhor desempenho.”

Cauê Oliveira

Diretor da área de educação do Greath Place to Work, durante matéria sobre o evento Inspiração Cacis, publicada no Negócios em Pauta de outubro de 2019.

Caça ao palito movimenta Lajeado e Estrela

VA L E D O TA Q U A R I

O começo de um novo ano quase sempre se repete. Previsões astrais e econômicas se misturam com notícias sobre possíveis saídas e chegadas nos clubes de futebol, migração em massa para as praias e o calvário do calor. Na economia, a retomada do otimismo é a principal manchete. Desde 2016.

No fim de 2018, parte dos economistas estavam eufóricos. Com Paulo Guedes à frente da gestão econômica do governo prestes a ser empossado, a previsão do “mercado” era de crescimento de 2,5% no PIB e dólar a R$ 3,80. Não deu. O PIB cresceu 1%, a moeda americana subiu para além dos R$ 4 e todos nós nos perguntamos o que aconteceu.

As explicações são muitas. Vão desde a guerra comercial entre os EUA e a China, passando pela crise na Argentina e a dificuldade para aprovação das reformas. Com um sistema baseado na exportação de commodities e importação de produtos de valor agregado, qualquer tremida no mercado internacional vira terremoto em terras tupiniquins.

Sabendo dessa realidade, como nossos especialistas erram tanto e de forma tão repetitiva? O professor de economia do Ibemec-SP, Roberto Dumas, tem a resposta: “No Brasil, somos mais torcedores do que analistas.”

Economia não é futebol. Deixar as paixões de lado é fundamental para tecer análises precisas, que consigam servir de orientação a uma população cansada de tantos erros na condução econômica. Vale lembrar que a nomeação de Joaquim Levy no governo Dilma Rousseff foi comemorada pelos mesmos analistas. O resultado, todos nós sabemos.

Mesmo não sendo futebol, o imponderável também apronta das suas. O ano de 2018 tinha tudo para ser o da redenção, até que a inesperada greve dos caminhoneiros derrubou qualquer perspectiva de sair da crise.

Acordamos em 2020 com a notícia do ataque ao Irã por parte dos EUA. A chance de mais uma guerra no Oriente Médio é o imponderável desse ano que recém começou.

Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

Em tempo

QUEM FEZ ESTA EDIÇÃO Produção: Thiago Maurique Diagramação: Silvia Vian e Fábio Costa

A Chocolates Planalto e a Florestal Alimentos realizaram uma ação promocional de divulgação da nova linha de Gelatos da marca Planalto. O departamento de Marketing da Planalto/ Florestal Alimentos S/A escondeu 50 réplicas de palitos de picolé gigantes, com 1m de comprimento, pelos parques e praças das cidades de Lajeado e Estrela.

As pessoas que acharam os palitos receberam um kit com toda a linha de gelatos da

marca. A ação foi divulgada nas redes sociais da empresa, com mapas e pistas. A entrega dos Kits foi realizada no dia 18 de dezembro.

No mercado regional desde novembro, a linha é composta por 18 itens divididos entre gelatos no palito e nos clássicos potes. Todos os produtos estão disponíveis nos pontos de venda da região, em freezers que destacam a marca Planalto.

Falando em imponderável, fui derrubado por uma bactéria que me impediu de participar da edição anterior do caderno Negócios em Pauta. A última edição de 2019 só foi possível graças aos esforços de Amanda Cantú, Bibiana Faleiro, Jéssica Mallmann, Sandro Lucas e Silvia Vian. Meu total agradecimento a essa equipe da qual tenho orgulho de fazer parte!

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11 e 12 de janeiro de 2020 Apresentado por

JOVEM RETOMA MOTIVAÇÃO COM O GERAÇÃO FUTURA

COMO FUNCIONA O TREINAMENTO O Geração Futura tem dois meses de duração e é separado por oito encontros interativos nos quais os jovens têm acesso a ferramentas e estruturas que auxiliam a enfrentar as dificuldades do cotidiano.

O treinamento é baseado em cinco áreas críticas para o sucesso.

O objetivo é construir autoconfiança, aumentar as habilidades de comunicação, interpessoais, de liderança, a administração de atitude eficiente e incentivar o trabalho em equipe.

Os graduados no programa apontam a ampliação do foco em suas metas, facilidade na tomada de decisões e uma melhor preparação para a busca de vagas em universidades ou entrevistas de emprego.

Os pais participam na preparação e os jovens têm o acompanhamento da equipe da Dale Carnegie antes, durante e depois do treinamento.”

Projeto da empresa de treinamentos Dale Carnegie trabalha comunicação, organização e relações humanas com adolescentes de 12 a 17 anos FOTO DIVULGAÇÃO

mesma fase da vida”, ressalta. Para ela, a possibilidade de participar do programa ainda na adolescência é valiosa diante das dificuldades dessa fase.

O jovem se formou na primeira turma do Geração Futura de Santa Cruz do Sul, em dezembro

A

Além disso, ressalta que é mais fácil trabalhar essas questões na juventude do

rotina de Lucas Hammes, 15

Mesmo os passeios com a família nos

anos, causou preocupação na

fins de semana foram ficando de lado e os

que na vida adulta. “Se tivéssemos uma

família. Ao perceberem que o

pais estavam preocupados com a possibili-

oportunidade dessas na adolescência,

adolescente estava desmoti-

dade de uma depressão. Para Jaqueline, o

talvez não sofrêssemos tanto”, acredita.

vado com o grande número de tarefas

programa da Dale Carnegie foi como encon-

As questões trabalhadas no Geração Fu-

diárias e exigências na escola, o pai e

trar uma luz no fim do túnel.

tura são ainda mais importantes diante

a mãe do jovem, Jaqueline e Cristiano

“Ele voltou com outro ânimo já no primeiro

da complexidade de um mundo cada vez mais competitivo e exigente.

Hammes, buscaram formas de retomar

dia”, destaca. Lucas percebeu que as noites de

o brilho característico do filho.

curso eram um momento no qual ele poderia

Segundo a trainer do Geração Futu-

conversar com colegas, trocar experiências e

ra, Beatriz Vieira, a principal mudança

perceber que todos passavam por situações

durante o treinamento é a tomada de

semelhantes, com expectativa de melhorar a

consciência sobre o autoconhecimen-

comunicação, organização e ansiedade.

to. “A gestão emocional traz clareza

Conforme Jaqueline, o programa Geração Futura foi um divisor de águas na vida do adolescente. Segundo ela, a intenção era encontrar algo que trouxesse motivação e fizesse sair da zona de conforto. “Ele tem duas provas por dia, mais trabalhos e todas as questões que envolvem a adolescência, fase onde ficamos meio perdidos e não costumamos nos abrir para os pais.”

A mãe afirma que o filho sempre foi um bom aluno, estudioso e dedicado, mas que no semestre passado acabou ficando em várias recuperações. “Quando conversamos em casa, ele me disse que estava cansado diante do grande número de atividades e a falta de tempo

A gestão emocional traz clareza nas escolhas e melhora o relacionamento familiar, autoconfiança e controle de estresse”.

BEATRIZ VIEIRA

Trainer Geração Futura

para jogar e sair com os amigos.”

MELHORA NO AMBIENTE FAMILIAR

nas escolhas e melhora o relacionamento familiar, autoconfiança e controle de estresse”.

Os resultados foram expressivos. Além

de melhorar o desempenho escolar, Lucas voltou a participar dos passeios em família e melhorou os relacionamentos. Desde então, Jaqueline se tornou uma entusiasta do Geração Futura.

“Em abril inicia uma nova turma em Santa Cruz do Sul e já inscrevemos nossa filha Isadora, que completará 15 anos, e indica-

GERAÇÃO FUTURAS PRÓXIMAS TURMAS Vale do Taquari (Lajeado) • 12/03 Vale do Rio Pardo (Santa Cruz do Sul) • 01/04

mos para nosso afilhado que passa pela

/dalecarnegievaledotaquari

(51) 9 9611.3279

henrique.kuhn@carnegie.com.br

Produzido por

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

ENTREVISTA

HENRIQUE PURPER

“Ser EMPREENDEDOR não é só ser dono de um negócio” Henrique Purper é sócio-fundador da Rota Indústria Gráfica, referência no Estado em impressão de embalagens para o setor industrial

A

valorização do trabalho e dos estudos foi o principal ensinamento recebido dos pais pelo empresário Henrique Purper. Nascido no interior de Lajeado, na localidade de São Bento,

Negócios em Pauta – Quais as experiências da infância que marcaram a sua futura trajetória como empresário?

HENRIQUE PURPER - Nasci e me criei no interior de Lajeado, em São Bento. Meu pai foi funcionário da prefeitura a vida toda e a gente não tinha área rural. Mas eu e meus irmãos trabalhamos com agricultura desde os 9 anos, com os vizinhos.

Ajudávamos na roça porque éramos muitos irmãos e meus pais queriam que a gente desse valor ao trabalho. Então trabalhávamos no turno inverso ao da escola. Trabalhei uma época na marcenaria de um vizinho, onde aprendi muita coisa, porque o dono era um senhor com bom índice cultural e lia muito. Ele tinha acesso a umas revistas da Alemanha, me contava histórias e dava ensinamentos. O objetivo dos meus pais com todos os sete irmãos era que aprendêssemos a trabalhar.

Nunca imaginei me tornar empresário. Até os seis anos eu só falava alemão. Aprendemos português na escola. Eu tinha muita vontade

Purper começou a trabalhar aos nove anos de idade, ajudando os vizinhos nas atividades rurais no turno inverso ao da escola.

Ainda na adolescência, aos 14 anos, iniciou os trabalhos na Gráfica Cometa ao mesmo tempo em

que completava os ensinos fundamental, médio e o curso superior em Ciências Econômicas na antiga Fates, hoje Univates.

Purper se destacou pela dedicação e chegou a se tornar sócio da Gráfica Cometa, até

decidir criar a Rota Indústria Gráfica, em 2001. Focada na impressão de embalagens, rótulos, caixas e demais demandas do setor industrial, a empresa cresceu rapidamente e se tornou referência no RS.

e convicção das coisas que queria.

A história de ser empresário veio dessa caminhada.

pude conviver com muitas pessoas e conhecer muita gente.

dança e, junto com os proprietários da época, fizemos a mudança em um único dia. Paramos apenas uma máquina por duas horas e continuamos produzindo. Depois aconteceram cisões na gráfica e, nos anos 1990, mudamos o foco para a área industrial. Na época, eu juntei alguns recursos e meu FGTS e me associei à gráfica Cometa. Fui proprietário entre 1990 e 2001, quando decidi fundar a Rota Indústria Gráfica.

Quando foi o ingresso no ramo gráfico?

PURPER - Aos 14 anos vim para a cidade trabalhar na Gráfica Cometa. Era 1977 e no início recebia meio salário mínimo, o que já era bom.

Dois meses depois passei para um salário inteiro. Assim fui aprendendo o ofício de gráfica. Meu primeiro trabalho foi fazer e armazenar matrizes off-set. Depois fui para as impressoras e acabei desenvolvendo toda a atividade industrial de gráfica. Por morar em São Bento eu ia trabalhar de bicicleta e estudava à noite, primeiro no Fernandes Vieira e depois no Castelinho. Durante todo esse período do segundo grau eu também trabalhei em uma churrascaria ao meio-dia e assim não precisava me deslocar. Depois do colégio eu ingressei na faculdade, na antiga Fates, hoje Univates. Me formei em Ciências Econômicas e acabei me dedicando cada vez mais ao trabalho na gráfica. Com isso

Como foi a sua evolução dentro da empresa?

PURPER - A gráfica foi evoluindo e o ramo foi mudando. Em 1988 fizemos a mudança da gráfica para a ERS-130. Assumi boa parte da mu-

Eu não tinha nenhuma expectativa de ser dono, mas meu foco sempre foi atender as necessidades dos clientes.

Quais foram os desafios de iniciar um novo negócio em uma área que exige grandes investimentos?

PURPER - Convivi durante 24 anos nessa empresa que tinha várias famílias. Naquele momento eu tinha uma porcentagem muito pequena e não tinha poder de decisão sobre os negócios da empresa.

Senti que estava um pouco deslocado em meio às famílias que comandavam a empresa. Eu estava com 38 anos e decidi que precisava me fixar bem na vida. Resolvi me retirar,

tudo numa boa. Recebi um valor porque tinha me dedicado muito e tirei pouquíssimas férias. A ideia não era nem fundar uma gráfica porque era um grande investimento e na época o Brasil estava em recessão.

Mas em função das pessoas que trabalhavam comigo e após visitar alguns clientes, decidimos criar uma empresa focada na linha industrial.

Como foi esse início?

PURPER – Foi de grandes dificuldades porque o investimento é muito alto. Fomos para São Paulo e para o Rio de Janeiro olhar e comprar máquinas. Lembro que comprei uma máquina de uma das grandes

Empresa tem 130 funcionários e inv

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 Hoje temos uma oferta grande de gráficas no Brasil, por isso o preço na ponta acaba caindo. Além disso, temos uma carga tributária muito elevada. No setor de embalagens chega a 40% no preço final. Existem muitas empresas que, em vez de pagar o imposto devido, ficam com esse recurso e depois fazem Refis, renegociam dívidas e fazem essa jogada desonesta. Isso resulta em concorrência desleal para as empresas como a Rota, que paga os impostos em dia.

O setor exige mão de obra especializada.

Como a Rota trabalha para contratar e manter profissionais?

PURPER – Hoje temos 130 funcionários em duas empresas produtivas, a Rota e a Rota Flexo, que trabalha na área de flexografia, focada em etiquetas, rótulos e impressões em plástico. A mão de obra é um problema, porque não existe pronta. Precisa ser treinada.

Não temos ninguém na região que treina. No Estado, apenas em Porto Alegre, mas não pegamos pessoas de lá porque é muito difícil contratar

multinacionais do setor com um cheque pré-datado meu. Comprei máquinas usadas, alugamos uma impressora em Porto Alegre. Assim começamos. Nosso diferencial é que conhecíamos bem o mercado e o produto, além de sabermos produzir. O mais difícil foi ter o capital para comprar equipamentos e atender os clientes. Crescemos bastante, muito rápido. Fomos nos preparando e em 2006 compramos equipamentos da Alemanha e do Japão e conseguimos evoluir.

Como o setor de gráficas trabalha diante da necessidade

veste em tecnologia constantemente

de constante inovação e atualização?

PURPER – Nossa dificuldade é que todos os equipamentos são importados. Não existe produção no Brasil. A gente arrisca tudo que é possível para trazer equipamentos com tecnologia de ponta. Temos hoje uma impressora que pesa 59 toneladas e só existe mais uma no Estado.

Mas são equipamentos caríssimos e tudo financiado. Temos que produzir para que a impressora se pague. Na nossa atividade, se quiser crescer um pouco, tem que reinvestir todo o resultado no negócio. Não é uma atividade atrativa para investidores, porque não permite aventura.

Qual a diferença entre trabalhar com embalagens ou impressos tradicionais?

PURPER – A embalagem precisa de equipamentos e técnicas diferentes do impresso comercial e promocional. O tradicional é basicamente impressão, enquanto as embalagens exigem acoplagens, colagens, acabamentos diferenciados e investimento em equipamentos diferenciados. Isso resulta em um valor agregado maior aos produtos.

A gente percebe que muitas gráficas tradicionais acabam fechando.

Muita gente entra no negócio pensando ser formidável, mas depois percebem as dificuldades.

Por que isso acontece?

PURPER - Depois que uma impressão está pronta você não consegue mudar mais. Se tiver um erro, em 50 mil impressos, o cliente não vai aceitar e você vai perder tudo. Se a pessoa não tem conhecimento no assunto, acaba investindo mal, cobrando errado e tornando o negócio insustentável.

para morar no interior. Nós mesmos treinamos, principalmente jovens, que aprende os ofícios e se tornam profissionais pela prática do dia-a-dia. Temos uma rotatividade muito baixa. Quem se efetiva aqui acaba ficando, porque é uma atividade interessante e que não é pesada.

Que conselho você daria para os jovens que desejam ser empreendedores?

PURPER – Eu sempre digo para os jovens que ser empreendedor não é só ser dono de um negócio.

Podemos empreender em qualquer atividade, mesmo não sendo dono. É uma questão de vontade e dedicação. Sempre tive isso muito forte. Eu saía da faculdade e ia de madrugada para a gráfica. Abria a empresa e tocava imprimindo até as 7h, quando chegava os profissionais mais experientes . Depois, dormia, acordava meio-dia, servia carne na churrascaria, comia e às 13h30min estava na gráfica novamente. Para cumprir um prazo, se precisasse eu fazia tudo sozinho no fim de semana. Eu não tinha nenhuma expectativa de ser dono, mas meu foco sempre foi atender as necessidades dos clientes.

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

Sebrae-RS aponta tendências do mercado de alimentos Mudanças no comportamento e avanço da tecnologia devem revolucionar a forma como comemos

O

s negócios do setor alimentício passam por profundas transformações. As

mudanças no comportamento do consumidor, a tecnologia cada vez mais avançada e o cenário econômico exigem uma

nova postura por parte dos empresários.

Região com vocação para a produção de alimentos, o Vale

Futuro da alimentação IMPRESSORAS DE ALIMENTOS

A empresa espanhola Foodini criou uma impressora de alimentos 3D. Ainda distante dos lares, a impressão de comida está em teste em hospitais e casas de repouso para atender pessoas com dificuldades para mastigar e engolir.

A empresa Biozoon Food desenvolveu o conceito de “Smoothfood”, onde os ingredientes são transformados em uma pasta e são “impressos” na sua forma original. Outras pesquisas buscam criar alimentos personalizados por meio da impressão 3D.

PROTEÍNAS ALTERNATIVAS

Substitutos de produtos de origem animal já são encontrados nas gôndolas dos supermercados. A intenção dos pesquisadores é criar produtos com sabores próximos aos dos originais. A substituição alcança desde hambúrgueres até produtos lácteos. Novas empresas surgiram para atender a crescente demanda por fontes alternativas de proteína como algas, insetos e carnes de laboratório.

Durante a Jornada da Alimentação de 2019, o empresário português César Couto Ferreira ministrou o painel “Fabricando o Futuro”, onde falou sobre o Impossible Burguer, alimento criado com carne de laboratório que já está disponível para o consumidor.

PODER DOS SMARTPHONES

O impacto que a tecnologia trouxe para o consumo de alimentos e bebidas impressiona. Por meio de smartphones, os consumidores pesquisam e decidem onde realizarão as refeições e consultam informações sobre a experiência de outros consumidores nas redes sociais. A publicação de fotos e informações detalhadas sobre os processos, produtos e preços praticados ajuda no momento de decisão sobre o que e onde consumir.

DELIVERY EM ALTA

A tecnologia facilitou a interação dos consumidores com os restaurantes e fez a entrega de comida em casa crescer. O principal aplicativo de delivery avançou mais de 120% nos últimos anos no Brasil. Ainda assim, a experiência de entrega ainda é um desafio para as empresas. Para avançar nesse quesito, é necessário melhorar a logística, a tecnologia utilizada em todos os pontos do processo e o treinamento dos profissionais envolvidos.

INSETOS COMESTÍVEIS

Startups de todo o mundo estão apostando em produtos desenvolvidos a partir de insetos. O consumo dessas espécies faz parte do cardápio de 2 bilhões de pessoas e começa a ganhar destaque, principalmente pelo uso no formato de farinha. O produto já é encontrado em barras comestíveis que focam no público em busca de alimentação rápida e de energia para a prática esportiva. A projeção é que o comércio de proteínas alternativas à base de insetos atinja a marca de 1,2 bilhão de dólares até 2023.

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 do Taquari se prepara para o futuro do setor. Iniciativas como a criação do Grupo Técnico de Alimentos (GTA), que uniu profissionais de diferentes empresas para discutir desafios e inovações do setor. O GTA resultou no Workshop de Alimentos, hoje Jornada da Alimentação, evento anual que reúne em Lajeado os principais players do setor.

Outra iniciativa importante foi a definição do foco em alimentos para o Parque Científico e Tecnológico da Univates (Tecnovates). A partir disso, empresas do Vale e de outras regiões se aproximaram da academia para desenvolver produtos e soluções para o setor.

As tendências apontadas pelo Sebrae-RS foram selecionadas a partir da NRA, associação norte-americana que

Sebrae-RS promove imersão na principal feira mundial de alimentos, restaurantes e hospedagem, a NRA Chicago Show congrega os empresários do segmento. Entre os dias 16 e 19 de maio, a NRA realiza a

principal feira mundial da área de alimentos, restaurantes e hospedagem. A entidade gaú-

PROTEÍNA DE ORIGEM ANIMAL

O aumento de consumidores veganos, vegetarianos e flexetarianos (que não eliminam, mas reduzem drasticamente o consumo de carne de origem animal) é inegável. Diante disso, cada vez mais empresas precisam pensar nos vegetais como a principal fonte de energia. Incentivar o consumo de produtos sazonais e regionais pode atrair esta fatia de consumidores que está mais preocupada com a saúde e o sabor dos alimentos.

REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO

Pesquisa realizada pela NRA em 2018 apontou, pela primeira vez, a tendência de redução no desperdício de alimentos. Esse é o resultado de um consumidor mais sensível a práticas sustentáveis. Controle de compras, gestão de estoque e processos padronizados podem fazer com que os resultados financeiros melhorem e os consumidores fiquem satisfeitos com a redução do impacto da operação no ambiente.

PRODUTOS REGIONAIS

A valorização dos produtos locais é uma das principais tendências. Fornecedores locais de carnes, vegetais e demais produtos regionais começam a se tornar parte da rotina dos restaurantes.

A utilização de produtos frescos, artesanais, resgatando a aproximação com pequenos produtores rurais pode facilitar o acesso a insumos diferenciados, com a qualidade e exclusividade que os consumidores procuram.

cha promove uma imersão no evento, que ocorre em Chicago, nos EUA. As inscrições estão

abertas até o dia 21 de fevereiro pelo site http://conteudo.sebraers.com.br/nra-2020.

COMIDA COMO REMÉDIO

A parceria entre a indústria farmacêutica e alimentícia também foi um dos pontos abordados na Jornada da Alimentação 2019. A ideia é enriquecer os alimentos com medicamentos para doenças, específicas, sensibilidade ou na terceira idade. Para idosos, alimentos são enriquecidos com proteínas que combatem deficiências e possuem textura que facilita a ingestão ou para comer sem talheres (para pessoas com Alzheimer).

PROBIÓTICOS

As vendas globais de probióticos cresceram de 30,4 bilhões de dólares em 2010 para 39,9 bilhões em 2016. Na China, estes alimentos são adicionados em bebidas e até nas batatas fritas.

Alimentos fermentados como a kombucha e o kefir fizeram com que grandes multinacionais como a PepsiCo comprassem startups e desenvolvessem marcas próprias.

RASTREABILIDADE

A tecnologia de armazenamento e transmissão de informações descentralizada, transparente e segura, está sendo usada para apontar os caminhos dos alimentos até a mesa do consumidor. A Languiru foi uma das pioneiras do processo na região por meio do Leite Origem.

Por meio de um QR Code nas caixinhas do produto, o consumidor pode acompanhar o processo de fabricação da propriedade rural até às gôndolas. O leite também é envasado em no máximo 24 horas, sem a utilização de estabilizantes.

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11 e 12 de janeiro de 2020

Fruki Guaraná realiza ação no litoral Nova campanha inicia em janeiro e homenageia os 12 personagens mais comuns da praia

LAJEADO

A

marca de refrigerantes mais querida dos gaúchos encontrou uma forma de homenagear a estação mais quente. Depois de abordar os comportamentos e lugares rotineiros da temporada, chegou a hora de falar sobre os protagonistas: as pessoas. A campanha “Viva os Clássicos de Verão”, da FRUKI Guaraná, homenageia os personagens que sempre são encontrados nessa época do ano. A campanha conta com ativações, shows, superpromoção e uma kombi personalizada que levará as atrações clássicas do verão para o litoral.

“Desenvolvemos essa campanha para realizar uma pequena homenagem aos clássicos da cultura do verão, os retornos já estão sendo muito positivos.

Teremos várias atrações com objetivo de reforçar nosso posicionamento e trazer mais alegria para o verão”, destaca a coordenadora de Marketing da Bebidas Fruki, Jaqueline Hartmann.

Programação

Para realizar a programação nas praias, a FRUKI escolheu o veículo mais clássico de todos, uma kombi. Durante três finais de semana, a FRUKI vai realizar ativações e levar atrações clássicas do verão que vão agitar na beira da praia. Em 18 de janeiro,

das 16h às 19h, acontece o Luau FRUKI Guaraná, com shows de Rafa Malenotti e Claus & Vanessa. No dia 25 de janeiro, das 11h às 14h, é dia de Rangos Clássicos, com foodtruck de churrasquinho e crepes. Já em 1º de fevereiro, das 11h às 14h, ocorre uma partida de Futevôlei, com a participação de ex-jogadores do Grêmio e Internacional. Todas as atrações acontecem no Largo do Baronda, em Capão da Canoa.

Além disso, durante quatro domingos, uma superpromoção vai levar pessoas para

aproveitar o dia no Acqua Lokos, o parque mais clássico do litoral. Mais informações sobre a promoção serão divulgadas em breve nas redes sociais da marca.

Personagens

Doze personagens vão retratar os comportamentos mais comuns do verão. Estes clássicos foram escolhidos através de uma pesquisa nas redes sociais, o objetivo é gerar identificação e alegrar o verão gaúcho. Os personagens são:

• Pimentão: passa o ano na sombra e quer ficar bronzeado num dia; • Rebelde: praia não é bem a sua praia; • Surfista de Areia: está sempre esperando a onda perfeita. Não existe onda perfeita; • Churrasqueiro: no verão, é capaz de comer churrasco em todas as refeições; • Motora: abre mão da bebida pra ninguém abrir mão da diversão; • Farofeiro: parece que vai para a beira da praia de mudança; • Escalado: só pensa em garantir seu lugar ao sol; • Rei do Camarote: é entrar na festa que ele fica rico; • Influencer: escolhe o lugar na beira da praia pelo sinal de internet; • Pinguim de Geladeira: 100% condicionado ao ar-condicionado; • Peladeiro: as partidas dele também tem dois tempos: manhã inteira e tarde inteira; • Morcego: que acorda quando o sol se põe.