A Hora - 11/01/2020

A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 | Ano 17 - Nº 2505 | Avulso: R$ 5,00

SEGURANÇA PÚBLICA

Férias descomplicadas Descubra como organizar a mala perfeita para aproveitar a sua viagem.

Vale encerra 2019 com menos crimes Menos homicídios, furtos e roubos. Esse é o resultado de 2019 apontado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) para o RS. A região acompanhou a

tendência e também fechou o ano com menos crimes. Para as polícias, esse é o resultado das ações conjuntas e da investigação para apontar autores de assassinatos. Página 8

Fechamento da edição: 19h

Nova família de coração

ARQUIVO PESSOAL

Após transplante, Lorival Silveira se encontra com a família da doadora. Uma visita cheia de emoções e que marca o início de uma bela amizade Página 9

MATEUS SOUZA

O FIM

DE UMA ERA Após anos como a última videolocadora do centro de Lajeado, a Calypso não resistiu mais ao tempo e está com os dias contados.

A ÚLTIMA DAS LOCADORAS

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Uma história coletiva O que o retrospecto do transporte público pode ensinar a Lajeado.

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Mesma chapa em 2020

Marcelo Caumo e Gláucia Schumacher tentarão reeleição.

Do apogeu na década de 90 ao declínio em meio à era digital. Após resistir durante anos contra as novas opções de entretenimento proporcionadas pelo avanço da internet, a última videolocadora do centro de Lajeado anuncia o encerramento das atividades Páginas 6 e 7

Página 2

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Me sinto privilegiada em fazer parte destes momentos lindos” Fotógrafa faz 13 anos, Ana Paula Zago, 28, diz que não escolheu a fotografia, e sim que a fotografia a escolheu. Especializada na área infantil e da família, já fez mais de 600 ensaios de gestantes, 200 ensaios de nascimentos e mais de 6 mil acompanhamentos mensais de bebês.

ARQUIVO PESSOAL

de um recém-nascido?

Fotografo nascimentos faz 6 anos. O meu grande desafio e objetivo é registrar cada momento de carinho, troca de olhar entre os pais e familiares, e qualquer suspiro que mostre a essência do que foi esse grande dia. Cada trabalho é único. Cada família é única. Me sinto privilegiada em fazer parte destes momentos lindos na vida das pessoas. É um trabalho que não permite erros, apenas um profissional de fotografia capacitado terá a sensibilidade necessária para executar com excelência o registro deste dia tão importante.

O fotógrafo deve envolver-se quando for preciso e manter a calma nos momentos mais tensos.

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

• Sempre quis ser fotógrafa?

Nunca sonhei com a profissão, ninguém da família trabalhava com fotografia. Foi ao acaso. Um certo dia, quando tinha 16 anos, fui fazer uma foto 3x4 e acabei deixando um currículo nesta empresa. Dias depois já estava contratada. Esse foi o meu primeiro contato com a fotografia.

Foi amor à primeira vista. Este ano completo 13 anos dessa profissão linda que me escolheu.

• Qual o diferencial da área em que se especializou?

Acredito que o grande diferencial seja focar em determinada área e estudar muito sobre o assunto. Em 2013 me formei em

Ato de amor ao próximo

• Quantos ensaios você já fez?

São 13 anos de profissão, é difícil mensurar em números. Acredito que já acompanhei mais de 600 ensaios de gestantes, mais de 200 nascimentos, mais de 400 ensaios newborn, e mais de 6 mil acompanhamentos mensais de bebês. Podemos dizer que já fiz algum milhão de clicks e já troquei inúmeras vezes de máquina.

fotografia pela Unisc, e desde então foram muitos cursos de aperfeiçoamento na área infantil e de família, já que esta demanda muitos cuidados e detalhes. Além de toda técnica em fotografia, devemos saber como lidar com esses pequenos seres.

Esse universo infantil é cheio de mistérios. Diferente de um ensaio adulto, onde dirigimos as pessoas, com as crianças é muito mais dinâmico. Precisamos entender os sinais do bebê e interpretá-los.

• Tem um que seja especial?

Todos os trabalhos são especiais. Mas os ensaios mais importantes que participei, não foram feitos por mim, e sim pela equipe da Âmago (empresa que trabalha), que foi o meu ensaio de gestante, nascimento e newborn da minha filha Olívia.

• Qual o sentimento ao fotografar os primeiros instantes

INDICADORES ECONÔMICOS Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS CEP 95900-104 www.jornalahora.com.br Fone: 51 3710-4200

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MÊS

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ICV (Dieese)

11/2019

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IGP - DI (FGV)

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ÍNDICE

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COMPRA

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OURO E PETRÓLEO OURO - B3 PETRÓLEO

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FECHAMENTO

DATA

grama R$ 213 09/01/2020 R$ 265,97

10/01/2020

PONTOS

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IGP - M (FGV)

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IBOVESPA

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DOW JONES (EUA)

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SALÁRIO MÍNIMO ANO: 2020 - R$ 1.031

HORÁRIO 00:00 10:45

DATA cotação do dia 10/01/2020 até as 18h

M

esmo que para muitos ainda seja um tabu, falar sobre doação de órgãos no ambiente familiar é de extrema importância. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 36 mil pessoas aguardam por um transplante no país.

O tema ganhou força em nível nacional, no fim do ano passado, a partir da morte do famoso apresentador de TV Gugu Liberato. A decisão da família de autorizar a retirada dos órgãos e tecidos, a partir do conhecimento sobre o desejo do próprio Gugu, e encaminhá-los a pessoas que aguardam na extensa fila de espera por doações serve de exemplo à sociedade. Dezenas de pessoas foram beneficiadas com o nobre gesto.

Recentemente, no Vale do Taquari, ganhou notoriedade o caso do vereador de Lajeado Lorival Silveira. A partir do ato de uma pessoa desconhecida, a sua vida foi salva por meio de um transplante de coração. Como mostra a reportagem desta edição na página 8, a família da doadora e o receptor se encontraram nesta semana em um momento carregado de emoções, gratidão e amor.

O Brasil tem o maior sistema público de transplante de órgãos do mundo.

Cerca de 96% dos procedimentos são custeados pelo SUS. Só perde para os Estados Unidos na quantidade de trans-

Manifestar aos familiares a vontade de conceder os órgãos e tecidos após a morte é um dos atos mais nobre que um ser humano pode ter..” plantes efetivados. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de janeiro a setembro de 2019, foram mais de 6,7 mil procedimentos realizados com êxito. É preciso frisar que, para se tornar doador após a morte, não é necessário nenhum documento oficial expresso. É muito mais simples do que parece. Basta manifestar a vontade e deixar essa intenção bem clara aos familiares, que serão os únicos responsáveis pela autorização.

Rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e córnea são os órgãos mais necessitados.

A recusa de familiares para a doação de órgãos de potenciais doadores, contudo, é o impedimento principal para que mais pessoas sejam salvas. Segundo a ABTO, foram quase 2 mil negativas dentre os 8.464 potenciais doadores notificados.

Manifestar aos familiares a vontade de conceder os órgãos e tecidos após a morte é um dos atos mais nobre que um ser humano pode ter. Cientes desse desejo, os parentes podem liberar o procedimento para que até dezenas de pessoas tenham uma nova perspectiva de vida.

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 FÁBIO KUHN

FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: fernandoweiss@jornalahora.inf.br

(INTERINO)

Caumo e Gláucia concorrem à reeleição.

Oposição ainda procura melhor caminho

“E

u vou. E a Gláucia também”, sentenciou o prefeito Marcelo Caumo esta semana, ao referir-se sobre a corrida à reeleição em outubro próximo. Que Caumo concorreria a um segundo mandato estava praticamente certo, no entanto, pairava uma dúvida quanto ao candidato a vice.

Segundo ele próprio, não resta dúvida. O PP repetirá chapa pura, com os mesmos nomes que chefiam o Executivo hoje.

Caumo sabe que terá que se explicar sobre aquele documento protocolado antes das eleições de 2016, onde promete não concorrer à reeleição. “Realmente vou descumprir aquele compromisso assumido. Mas os demais três que assumimos, já estão integralmente realizados. De quatro, vou descumprir um”.

Se a situação está com os nomes definidos dez meses antes do pleito, da oposição não se pode dizer o mesmo. Quando se desenha uma possível aliança entre os partidos oposicionistas, surgem novos fatos. Como por exemplo, a pré-candidatura de Sérgio Kniphoff (PT), que lançou o nome para prefeito a fim de colher um feedback das ruas.

Já o MDB continua sem uma definição entre Carlos Ranzi e Márcia Scherer. Fala-se que pesquisas serão os balizadores para ratificar a cabeça de chapa emedebista. Pelo que se sabe, pesquisas já foram feitas e mesmo assim, não houve uma decisão oficial. Ou, por alguma questão de estratégia, o partido espera a hora “certa” para fazer o anúncio de quem concorrerá.

Isso é do jogo.

Além de Caumo, Sérgio, Márcia ou Ranzi, tem ainda Daniel Fontana articulando pelas beiradas e se anunciando pré-candi-

Faltando cerca de oito meses para o início da campanha eleitoral, fica evidente a convicção situacionista, que já decidiu apostar todas as fichas na reeleição da dupla atual e muita incerteza do lado oposicionista”

dato a prefeito. Trata-se de um franco atirador, que ao fim e ao cabo, poderá ter o “passe” valorizado, dependendo para que lado pender.

Faltando cerca de oito meses para o início da campanha eleitoral, fica evidente a convicção situacionista, que já decidiu apostar todas as fichas na reeleição da dupla atual e muita incerteza do lado oposicionista. Ou talvez não seja tanta incerteza, mas sim, uma espera estratégica pelo melhor momento para anunciar os nomes.

A VOLTA DO PEDÁGIO Uma coisa é certa. Trafegar pela BR-386 desde que a CCR Via Sul assumiu a rodovia está muito melhor. Virou uma estrada decente, bem sinalizada, com pista de qualidade e ma-

nutenção permanente. Claro, a conta vem a partir de fevereiro, quando inicia a cobrança nas duas praças que ficam entre Lajeado e Porto Alegre.

Dois pedágios em um trecho

de 100 quilômetros é muita coisa. Vai pesar no bolso dos motoristas, das empresas e do cidadão. O certo seria termos estrada boa e sem pedágio, visto que já pagamos tributos que deveriam ser aplicados na manutenção das rodovias. Mas, já que estamos no Brasil, não restam muitas opções a não ser pagar duas vezes. Deixar as rodovias nas mãos do Estado já se mostrou ineficaz um par de vezes, vide a ERS -130, onde mesmo com pedágio, a situação é deplorável.

Para onde as greves

nos levam mesmo Desde a década de 70, os professores estaduais fazem greve no RS. Entra e sai ano. Entra e sai governo.

E nada muda, a não ser para pior. A constância das greves ao longo das últimas décadas gerou uma natural perda de impacto da iniciativa e não logrou mudar para melhor o quadro da educação pública. Depois de dezenas de greves, muitas delas por meses a fio, professores se mostram ainda mais insatisfeitos e desapontados com a carreira e a qualidade do ensino não evoluiu. Lamentável diante

da necessidade premente de elevarmos os índices educacionais para construirmos uma sociedade melhor.

A reclamação dos professores é mais do que coerente, a começar pela baixa valorização da carreira, em comparação com a nobreza da atividade em outros países. Também têm toda a razão em se preocupar com a violência e a indisciplina nas salas de aula, frutos de uma deterioração dos valores na sociedade e da erosão do respeito pela escola.

Pelo histórico, a solução para melhorar a vida dos

professores gaúchos não está em novas e extensas paralisações. O diálogo construtivo permanente e a pressão positiva da sociedade para corrigir os desvios que atingem a atividade educacional podem ser muito mais produtivos do que deixar milhares de alunos sem aulas.

Está consolidado que a estratégia por greve não favorece os professores, muito menos os alunos ou os pais dos estudantes. Está na hora de evoluirmos nesta área tão vital para o desenvolvimento da nação gaúcha.

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

Uma história coletiva!

RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Novo poço em Estrela O bairro Imigrantes vai receber investimento da Corsan já a partir desta segunda-feira, quando serão iniciados os trabalhos de perfuração de um poço artesiano, com prazo de 30 dias para a conclusão. A decisão sobre esse empreendimento foi confirmada na tarde dessa sexta-feira, entre o vice-prefeito Valmor Griebeler (PL), o presidente da Câmara de Vereadores, João Braun (PP), e o diretor de Expansão da Corsan, Julio Hofer, na sede da Companhia, em Porto Alegre. Durante o encontro, foi solicitado outro poço em Estrela e um também em Bom Retiro do Sul.

Cerbaro assume a 16ª CRS

U

m bom sistema de transporte público coletivo é primordial para garantir qualidade de vida. Esta certeza é histórica em Lajeado. O serviço existe desde os primórdios da cidade, nos indos e vindos do início do século XX. No entanto, e na contramão do desenvolvimento sustentável, o uso desta ferramenta de mobilidade urbana vem diminuindo ano após ano. A

partir deste novo contrato, a cidade terá uma nova chance de devolver qualidade a pleno à população.

Não será fácil. Garantir o bom funcionamento de um serviço tão complexo quanto esse é um desafio de séculos no mundo todo. O primeiro registro de ônibus público é de 1662, em Paris, uma criação de Blaise Pascal. Inicialmente o modelo popular agradou a todos.

Porém, durou apenas 15 anos devido ao aumento constante no preço do bilhete. Trezentos e cinquenta

e oito anos depois, os valores das tarifas ainda geram debates em boa parte do mundo.

Ao longo dos anos outros problemas atravessaram o caminho dos ônibus. A falta de investimentos por parte dos governos (na construção de corredores e terminais exclusivos para o transporte coletivo, por exemplo); os transportes clandestinos em médias e grandes cidades, principalmente; o sucateamento dos veículos em determinadas regiões; e, claro, toda a prioridade dada à implantação do sistema de transporte privado.

Lajeado não está livre de diversos desses problemas históricos. Desconfortos em relação à qualidade dos coletivos e ao preço cobrado pelos serviços são temas de abordagens recorrentes em matérias jornalísticas. E as queixas por parte dos passageiros, como podemos ler nesta mesma coluna, se multiplicam nas redes sociais a cada nova matéria

sobre transporte público. A imagem deste sistema está em ruínas. É preciso criatividade para recuperar um serviço tão primordial para o nosso desenvolvimento sustentável, e que ao mesmo tempo vem sendo tão desprezado ao longo dos últimos anos. É preciso mudanças físicas e, também, culturais. Aplicativos, bilhetagem eletrônica e determinados confortos são importantes. Mas é preciso um engajamento maior para garantir qualidade de vida a todos.

Em suma, a sociedade precisa ser mais coletiva e menos individual.

Ex-prefeito de Progresso, Edegar Cerbaro (PP) (direita na foto) assumiu na quinta-feira a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, cuja sede fica em Lajeado, mas pode rumar para Estrela. Nesta sexta-feira, ele recebeu a visita de Mareli Vogel, uma das principais coordenadoras regionais do PP no Vale do Taquari, e presidente da sigla em Teutônia. Quem participou do encontro foi o presidente do PTB de Teutônia, Ederson da Rocha, que é coordenador adjunto da 16ª CRS.

Incertezas

A cada semana, uma nova informação sobre a oposição em Arroio do Meio. A impressão é que as ideias e movimentos mudam conforme o vento que circunda o imponente Morro Gaúcho. PP e PDT estarão juntos. Mas seus correligionários batem cabeça para atingir um denominador comum. A dobradinha favorita é Danilo Bruxel e Adriana Meneghini Lermen. Mas tem quem aposte em Gustavo Kasper e Darci Hergessel. O mistério deve perdurar mais alguns meses. Ou semanas...

O povo tem a palavra: Nas redes sociais do A Hora, foram dezenas de manifestações a respeito da licitação do transporte público lajeadense, especialmente após a vitória – mediante sorteio – da empresa Expresso Azul e da confirmação da nova tarifa: R$ 3,93: “Absurdo o critério de sorteio!

Em caso de desempate a vencedora deveria ser a que ofertasse mais benefícios aos usuários, tipo frota com menor idade média, mais veículos com ar condicionado, etc.”

“São 34 ônibus, e quatro ou cinco 5 com ar condicionado. Fala sério né! Todos os 34 deveriam ser com

ar condicionado! Aqui é tão quente quanto em Dubai, sabiam!?”

“Faço um desafio aos vereadores de Lajeado. Peguem ônibus no verão a partir das 9h para ver como vão se sentir dentro de um coletivo. Aí vamos ver se cinco ônibus com ar condicionado dão conta da demanda.”

A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

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FIM

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

A ÚLTIMA DAS LOCADORAS

DEUMAERA

Após quase 25 anos como uma das principais videolocadoras de Lajeado, a Calypso fechará as portas. Proprietário revela que negócio ainda era rentável, mas começava a ficar inviável.

Segmento teve seu auge na virada do século e não resistiu aos avanços da internet MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

“F

ico muito triste, pois sou das antigas”. Há três anos, o jornalista e empresário Daniel Rech, 41, mudou-se de Porto Alegre para Lajeado. Cinéfilo convicto, logo encontrou na videolocadora um de seus locais favoritos. Em breve, porém, não terá mais onde locar filmes na cidade.

Situada na rua Bento Gonçalves, a Calypso Videolocadora resistiu ao tempo enquanto pôde. Mas agora está com data marcada para fechar as portas: 28 de fevereiro. “Para nós, que gostamos de ter os filmes físicos, é um pouco triste. Recebi com grande pesar a notícia do fechamento”, comenta Rech, que, em três anos, alugou 380 filmes.

Aberta em 1995, estava desde 2001 sob gestão de Jorge Machado de Souza, a Calypso. Das fitas VHS, ao DVD e ao blu-ray, viu aos poucos as demais videolocadoras do município sumirem. Até sobrar apenas ela.

Mesmo em um cenário desfavorável, Souza encerrará as atividades da Calypso com 668 clientes ativos – aqueles que locaram algum filme nos últimos seis meses. Por isso, afirma que o negócio ainda era rentável. Mas se tornaria inviável em pouco tempo.

“Ela dava retorno, ainda se paga. Sempre tem dinheiro para pagar as contas.

Mas a situação se agrava desde setembro, pois está diminuindo a quantidade de títulos. Se tu não tem mais lançamentos, fica sem clientes”, justifica.

De fato, os números ajudam a explicar como o mercado entrou em decadência.

No período de maior bonança, entre 2004 e 2006, a videolocadora tinha uma média de 150 a 180 novos títulos de filmes por mês para escolher. Até o ano passado, esse número variava entre 40 e 50. “Neste mês, por exemplo, tive a oferta de apenas 18. É totalmente inviável manter assim”, comenta Souza.

No seu auge, a Calypso chegou a registrar,

NÚMEROS No começo da década de 2000, estima-se que Lajeado tinha até

50

videolocadoras em atividade, espalhadas pelo Centro e bairros da cidade.

A Calypso, única ainda em funcionamento, chegou a registrar, num único dia,

1.824

locações de filmes. Apesar de estar perto de fechar as portas, ela conta com

668

clientes ativos, que tenham alugado filmes nos últimos 6 meses.

Conforme dados do IBGE (2019), cerca de

23%

das cidades brasileiras ainda contam com pelo menos uma videolocadora. Em 2009, esse percentual era de

69%

Estima-se que hoje cerca de

4 mil

locadoras estejam em funcionamento no país.

Em 2005, quando o mercado ainda estava no auge, esse número era de

14 mil

em 2003, a locação de 1.824 títulos num mesmo dia. “Era um sábado chuvoso, aquilo foi uma loucura. Naquela época trabalhávamos das 9h às 21h. A procura era muito grande”, lembra.

Fiel às origens

Com a queda repentina no movimento de clientes, videolocadoras precisaram se reinventar para não quebrar, mesclando outros serviços com a locação de vídeos. A Calypso, entretanto, manteve-se sempre fiel à sua proposta original.

Para manter sua clientela, a estratégia era a mesma. “Sempre trabalhamos com a ideia de ser referência no mercado. E contávamos com um acervo diferenciado, incluindo cinema alternativo, filmes europeus e orientais”, lembra Souza.

Se a Calypso manteve suas origens até o fim, outra videolocadora tradicional da cidade buscou novos ares. Até 2017, a Ponto Forte se dedicava à locação de filmes. Mas os proprietários migraram para a venda de acessórios para celular e assistência técnica.

A Ponto Forte surgiu em 1995, sediada no bairro São Cristóvão. Em 2006, abriu uma nova unidade, na Bento Gonçalves, onde permanece até hoje com o mesmo nome.

“Nossa loja era bem forte. Nos sábados, vinham famílias e faziam quase um rancho.

Era uma época muito boa, interagíamos muito com as pessoas”, lembra Cristiano Mota, um dos proprietários.

Mota diz que só foi entender o porque da decadência das videolocadoras justamente quando passou a trabalhar com celulares.

“Foi um meio de interatividade que surgiu.

Perdemos o público adolescente e não tínhamos mais aquela cena das famílias vindo locar filmes para o fim de semana”, lembra.

“A internet acabou com tudo”

O ano era 1986. As fitas VHS eram moda

no Brasil e as videolocadoras se multiplicavam pelos grandes centros.

Lajeado contava com apenas duas, até que Luis Carlos Gressler, na época com 32 anos, decidiu abrir seu estabelecimento, na avenida Benjamin Constant, próximo à Padaria Suíça.

Loja de Mota se readaptou ao mercado,

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 MATEUS SOUZA

ARQUIVO

Xock Vídeos em seus últimos dias: atividades foram encerradas em 2011

LINHA DO TEMPO Década de 1980

• Surgem as primeiras videolocadoras no Brasil, embaladas pelo sucesso das fitas VHS (video home system).

Em Lajeado, os primeiros registros datam da primeira metade da década;

Década de 1990 Souza e o acervo de filmes: loja fica aberta até o dia 28 de fevereiro.

Cartazes indicam que consumidores podem adquirir alguns DVDs em saldão

Em pouco tempo, a Xock Vídeos se tornou a mais popular da cidade. “Das duas locadoras que existiam antes de nós, uma fechou e a outra compramos. No auge, chegamos a ter quatro lojas, sendo uma delas no Shopping”, lembra Gressler.

A chegada do DVD também foi impactante no mercado. Tão rápido quanto ela,

• As videolocadoras atingem o seu auge e estão presentes em quase todas as cidades brasileiras;

porém, foi a decadência. “Em questão de dois anos, a internet simplesmente acabou com tudo. Nós entramos no mercado certo, na hora certa. E também saímos dele no momento ideal. Se continuasse com o negócio até hoje, teria quebrado umas dez vezes”, admite.

Aos poucos, Gressler foi se desfazendo de suas lojas até fechar, em 2011, a última delas. Atualmente com 62 anos, trabalha como consultor de vendas. Para ele, a chegada das primeiras videolocadoras em Lajeado supriu uma lacuna.

“O final de semana era uma loucura na locadora, principalmente quando tinha

feriadão ou o tempo estava chuvoso. As locadoras eram o xodó do momento. Naqueles tempos, Lajeado tinha carência de cultura. Hoje temos o Teatro Univates, o teatro do Sesc, o Shopping. Antes. Nada disso existia”, pontua.

Futuro Jorge Machado de Souza recebeu três propostas para a ocupação do espaço onde hoje é a Calypso. Ele está avaliando as possibilidades para o futuro. Quanto ao acervo, é possível adquirir alguns filmes. Em uma das promoções, o cliente pode pagar R$ 20 por três DVDs.

MATEUS SOUZA

OS FILMES MAIS PROCURADOS Obras que tinham sequência estavam entre as favoritas dos clientes da Calypso “Sem dúvidas, o maior volume de locações que tivemos foi de “Harry Potter”. Tem cliente que assistia todos os oito filmes da franquia uma vez por ano”, recorda Souza.

Piratas do Caribe, A Era do Gelo,

Velozes e Furiosos e Os Incríveis também entram na lista. Dos títulos mais recentes, a série Vingadores era a mais procurada.

“Cheguei a comprar 55 unidades de Os Incríveis e 48 do Piratas do Caribe.

Números totalmente irreais atualmente”, diz Souza.

• Em Lajeado, o número de estabelecimentos foi crescendo significativamente. Filmes como Titanic (1997) arrastavam multidões às videolocadoras;

Década de 2000

• A virada do século traz importantes transformações tecnológicas, com a chegada do DVD. Aos poucos, ele foi tomando conta do mercado.

Lajeado atinge seu auge, com cerca de 50 videolocadoras em funcionamento; • Ao mesmo tempo, o serviço de TV a cabo crescia e a internet avançava. A pirataria também aumentava, possibilitando pessoas adquirirem filmes recém lançados a preços desleais ou através de donwloads na rede;

Década de 2010

• Com o acesso a internet cada vez maior, os serviços de streaming deslancham, com destaque para o Netflix e a Amazon; • Locadoras, que já registravam queda acentuada de clientes no final da década anterior, começam a encerrar suas atividades. Outras agregam diferentes serviços para sobreviver;

mudando de segmento em 2017

• Maior rede de videolocadora do mundo, a norte-americana Blockbuster, que chegou a ter mais de 9 mil lojas espalhadas, decreta falência e fechou suas últimas 300 unidades em 2013.

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

SEGURANÇA PÚBLICA

Vale encerra 2019 com menos homicídios, roubos e furtos

ARQUIVO A HORA

Secretaria Estadual de Segurança apresenta os indicadores criminais com queda nos principais crimes. Em dez anos, foram mais de 400 ocorrências de homicídios na região.

Ano mais violento foi 2018, quando foram 66 registros e 73 vítimas FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

Região teve queda nos indicadores em todos os crimes. Para órgãos de segurança, é resultado da ação conjunta e operações contra o narcotráfico

perações conjuntas em áreas deflagradas pelo tráfico, investigação persistente para descobrir a autoria dos assassinatos e o cerco contra gangues de drogas.

Para o delegado regional da Polícia Civil, José Romaci Reis, esses são os motivos centrais para a redução nos índices criminais.

Os dados foram apresentados nessa quinta-feira pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Pela análise do Piratini, 2019 teve a menor taxa de homicídios da década em relação ao total da população.

Dezembro chegou ao fim com acumulado de 1.793 vítimas de homicídio no ano, frente às 2.362 registradas em 2018. Foram 569 óbitos a menos – redução de 24,1%.

Com o resultado, considerando a mais recente estimativa de popula-

ção segundo o IBGE, de 11,37 milhões de moradores no RS, a taxa de homicídios caiu ao menor nível da década, para 15,8 a cada 100 mil habitantes no Estado.

A taxa é cinco pontos menor do que a de 2018, de 20,8 a cada grupo de 100 mil habitantes. O menor índice anterior (16,8) é de 2010, quando o Estado teve 1.801 mortes por homicídio para uma população de 10,69 milhões de habitantes.

Já no Vale do Taquari, 2019 teve 50 registros de homicídios, com um total de 54 vítimas. Na avaliação do delegado regional, esse resultado está ligado a nova política de segurança pública, em especial às operações contra o tráfico de drogas. “A maior parte dos crimes contra a vida estão ligados a venda de entorpecentes. Temos trabalhado muito para coibir tanto esse co-

O

mércio quanto à disputa relacionada a essa atividade criminosa.”

Uma das operações mais importantes citadas pelo policial é a deflagrada em maio do ano passado nos condomínios Novo Tempo.

Em Lajeado. Na ocasião, diversas forças policiais uniram esforços.

Foram cerca de 400 agentes, que cumpriram 43 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão.

Conforme Reis, o principal objetivo foi mostrar a força do Estado e coibir as organizações criminosas instaladas no local.

forças de segurança, Ministério Público, Defensoria Pública, sociedade civil organizada e administração municipal de Lajeado.

São feitas reuniões mensais, onde os integrantes avaliam ocorrências, com dados específicos sobre o horário, local, dia da semana dos crimes.

Em cima dessas informações, são criados planos de atuação intensiva.

De acordo com o secretário municipal de Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli, essa ação integrada tem auxiliado na redução dos índices criminais. Pelos dados, neste ano houve queda de 12% nos homicídios, de 46% nos assaltos a pedestres e de 61% no roubo de carros no município.

Homicídios na região

Menos 65 veículos roubados

O assaltos a mão armada para levar veículos também caiu na região. Em 2018, foram 164 casos, ante 99 no ano passado. Com relação aos furtos, a retração foi de 550 para 330. Tendência acompanhada em todo o RS. Conforme a SSP, foram quase 5 mil ocorrências a menos. Ao longo dos últimos 12 meses, houve 11.136 – queda de 31% em relação às 16.129 registradas entre janeiro e dezembro de 2018.

O acumulado do ano passado é o menor desde 2011, que teve 10.967 casos. A maior parte dessa redução ocorreu em Porto Alegre. Dos 4.993 casos a menos, dois terços deixaram de ocorrer na capital.

Atuação conjunta

Desde o ano passado foi instituído o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Lajeado. A organização é composta por integrantes das

Histórico de furtos

Roubos em uma década

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

NOVA CHANCE PARA VIVER

“É você que está com o coração da minha filha?”

CONSCIENTIZAÇÃO PARA SALVAR VIDAS • O número de famílias que recusam doar órgãos é alto. Em 2017, de 5.939 consultas, 2.571 disseram não (representa 43% do total). Em 2018, das 6.476 entrevistas, houve 2.716 negativas (42%); • De 97 a 2001, a lei era de doação presumida. Ou seja, todos eram potenciais doadores a menos que expressassem o contrário; • Hoje só familiares de primeiro grau (pais, filhos acima dos 18 anos e cônjuge) podem decidir o destino dos órgãos de alguém com morte encefálica; • O coração é o terceiro órgão mais transplantado no país. Atrás dos rins e do fígado;

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

• Em 2018, conforme estimativa da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, havia 39,6 mil pessoas na espera; • Já o número de procedimentos naquele ano foi de 22.668.

Encontro carregado de emoção. Nesta semana, Lorival Silveira e as filhas, Taís e Tamara, visitaram a família de Ivete

Essas foram as palavras de Paulo, pai de Ivete, doadora de órgãos e que ajudou a salvar a vida do vereador de Lajeado, Lorival Silveira. Nesta semana, o transplantado esteve em Bento Gonçalves, onde se reuniu com toda a família Domann FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

LAJEADO

D

o drama de estar perto da morte a uma nova vida. Tudo em um mês.

Internado no Hospital de Clínicas no dia 25 de março até o procedimento, um transplante de coração. Foram dias de muito medo, relembra o vereador de Lajeado Lorival Silveira (PP). Na época, respondia pela Secretaria Municipal do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas). Para agradecer a nova chance de viver, ele visitou a família da doadora, Ivete Domann, 39.

O encontro foi nessa quarta-feira, 8 de janeiro. Silveira foi até Bento Gonçalves. Foi recepcionado pelos pais, irmã, marido, os dois filhos

veira foi até o local e rezou. “Nessa hora o coração bateu forte. Fiquei muito emocionado. Não há como medir os sentimentos que tive. Parecia que eu conhecia eles. Me senti em casa, uma coisa inexplicável.”

As duas filhas de Silveira, Taís, 33 e Tamara, 26, estavam presentes no dia do encontro. “Lembro que o pai estava ansioso por esse momento. Antes de chegar, paramos um pouco no carro para nos organizarmos”, diz.

“Vendo ele abraçar a família foi muito emocionante. Nos sentimos em casa mesmo. Uma família muito boa. Fizemos uma amizade muito fácil”. Ao mesmo tempo que foi um momento de alegria, Tamara lembra dos cuidados necessários, pois se trata também de tristeza para os Domann. “Para nossa surpresa, eles também estavam nos procurando.”

De frente com a morte “Foi como se eu conhecesse eles”, afirma Lorival Silveira, que recebeu o novo coração em abril do ano passado

e sobrinhos da doadora. “Quando desci do carro, o pai de Ivete (Paulo) veio em minha direção e disse: ‘É você que está com o coração da minha filha. Aquilo me tocou. Senti algo muito forte. Não há como explicar”, relembra o vereador.

Desde quando saiu do hospital, um dos objetivos era conhecer a família. “Tinha de abraçá-los e agradecer. Eles salvaram minha vida.

Só eu sei o que estava passando.

Foi uma atitude muito nobre.” O vereador progressista tem 52 anos e foi diagnosticado com insuficiência cardio-respiratória.

Já a doadora, Ivete Domann Rener, era professora da rede municipal de Bento Gonçalves desde 2012. Ela morreu em 24 de março, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“Me senti em casa”

O encontro carregado de emoções precisou ser pensado. Silveira

tinha ideia de como poderia mexer com ele e se preparou, inclusive com medicação para evitar algum imprevisto. Conseguiu o contato telefônico dos Domann, marcou a hora e o dia da visita. “É uma família maravilhosa. Percebi que eles carregam consigo o sentido de ajudar as pessoas.”

Em homenagem a Ivete, os Domann construíram uma capela em frente da casa. Com a foto dela. Sil-

Tinha de abraçá-los e agradecer.

Eles salvaram minha vida.”

LORIVAL SILVEIRA, RECEPTOR DO CORAÇÃO DE IVETE DOMANN

Momentos antes do transplante, o encontro com a equipe médica mostrou a gravidade do quadro de saúde de Silveira. Ele foi internado dia 25 de março e já teve o diagnóstico da necessidade do procedimento.

O coração estava lento demais, faltava oxigênio para os outros órgãos.

A notícia é que ele teria no máximo um ano de vida caso não fizesse o transplante. Caso conseguisse, teria mais uns 15 anos de vida média. “Estava com os exames do procedimento na minha frente. Estava apavorado.”

Um exame de consciência começou nesses dias. Silveira relembrava os momentos em que se descuidou da saúde. “Foram vários arrependimentos. De não fazer o tratamento correto, de as vezes beber uma cerveja quando estava tomando remédios.”

Como o quadro era de risco de morte, foi colocado entre os primeiros na fila pela cirurgia. No dia 25 de abril foi informado de que havia um doador compatível.

Após assinar a documentação, foi duas horas de preparação para a cirurgia. Quando estava prestes a

entrar no bloco cirurgico, ouviu uma conversa entre dois enfermeiros. Um deles pediu para esperar, que a família do paciente estava chegando para dar um tchau. “Ali caiu a ficha. Eu poderia entrar e não sair mais. Lembro que pensei: acho que vou morrer.

Foi um choque.” Silveira entrou para a cirurgia em uma quinta-feira. Só acordou no sábado.

Vida quase normal

Depois do transplante, foram três meses em Porto Alegre, com visitas diárias ao hospital. O acompanhamento era necessário para verificar a reação do organismo ao novo órgão. Sem complicações, hoje pode fazer quase tudo que fazia antes.

A fraqueza de quando o coração não conseguia bombear oxigênio suficiente para os outros órgãos desapareceu. Hoje, Silveira voltou a viver. “Eu não conseguia caminhar, me mexer. Não tinha vontade de sair de casa. Agora consigo caminhar. Faço minhas tarefas com alegria. Voltei a ser quem eu era.”

Devido à imunidade mais baixa do que pessoas normais, tem restrições alimentares e não pode fazer muito esforço. “Antes eu caminhava com os amigos e ficava para trás. Me chamavam de preguiçoso. Eu não contava do meu problema. Agora são eles que ficam para trás”, conta.

Ivete era servidora municipal de Bento Gonçalves. Morreu em decorrência de um AVC

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

ESCASSEZ DE CHUVA

Planejamento ameniza prejuízos

GIOVANE WEBER

Cisternas viram alternativas para manter atividades em meio à estiagem.

Líderes cobram políticas públicas permanentes GIOVANE WEBER weberjornalismo@gmail.com

VALE DO TAQUARI

André Quinot, de Neu Deutschland, interior de Forquetinha, mantém 4 mil suínos no sistema de terminação. Por dia o consumo de água passa de 30 mil litros.

Para evitar a paralisação das atividades em épocas de estiagem, resolveu investir na construção de uma cisterna ao custo de R$ 50 mil.

A ideia surgiu faz 13 anos quando o primeiro galpão foi construído.

Sem água seriam obrigados a desistir do projeto. Depender do caminhão pipa era inviável e utilizar a água de poço artesiano, mantido pela associação, teria um custo muito elevado.

Pelo fato da área estar localizada em um local de grande altitude, dificilmente se obteria êxito na perfuração de um poço artesiano.

“Um vizinho perfurou mais de 150 metros e nem sinal de água”.

A saída foi instalar calhas e tubos para recolher a água da chuva e de vertentes. “Armazenamos 2,5 milhões de litros, o suficiente para fazer a engorda de um lote durante 120 dias. Dos meus vizinhos, ninguém mais tem água e dependem do abastecimento da prefeitura”.

Situação de emergência O caso de Quinot é raridade no RS, que enfrenta a pior estiagem desde 2012. Na quinta-feira de tarde, na Famurs, representantes da Secretaria da Agricultura (Seapdr), da Emater e de entidades do agronegócio discutiram alternativas para amenizar as perdas e auxiliar as famílias atingidas.

O número de cidades em situação de emergência chega a 16, entre elas Boqueirão do Leão, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul e Progresso, nos Vales do Rio Pardo e Taquari. Outras 12 analisam encaminhar o pedido.

De dez safras, sete têm perdas

Conforme o secretário em exer-

Para manter criação de quatro mil suínos na granja, Quinot instalou calhas e tubos para recolher e armazenar a água da chuva e de vertentes FERNADNO DIAS

AÇÕES DEFINIDAS EM RESPOSTA À ESTIAGEM • Aquisição de volume extra de 15 mil sacas de milho para atender ao programa Troca Troca de Sementes; • Estender o prazo de emissão de licenciamento ambiental do programa Mais Água Mais Renda, que vence em abril; • Emater deverá realocar técnicos para municípios que tenham um volume maior de solicitantes para agilizar a emissão dos laudos para acionar o Seguro Agrícola; Em reunião na Famurs, gestores discutiram medidas para reduzir prejuízos

cício, Luiz Fernando Rodrigues Júnior, historicamente, a cada dez anos, em sete deles é registrado algum comprometimento do potencial produtivo em função de restrição hídrica.

Uma das medidas anunciadas é a reprogramação da agenda de abertura

A discussão de projetos de irrigação começa, mas para assim que chove” CARLOS JOEL DA SILVA PRESIDENTE DA FETAG

de novos poços para municípios com maior carência hídrica. O presidente da Fetag Carlos Joel da Silva lamentou a falta de programas contínuos. “A discussão de projetos de irrigação começa, mas para assim que chove”, critica. Júnior concorda e diz ser necessário ações permanentes voltadas para a irrigação e armazenagem de água. Criado em 2012, o Programa Mais Água, Mais Renda, somou 21,01 mil hectares com 715 projetos, em 2014. Caiu para 165 projetos, com área de 3,56 mil hectares no ano passado. O Estado soma neste programa 86,1 mil hectares irrigados. Já a área cultivada na atual safra é estimada em 7,62 milhões de hectares.

“Só pensamos na prevenção quando tem seca”

Esta é a afirmação do prefeito de Boqueirão do Leão Paulo Joel Ferreira, município o qual decretou situação de emergência na quinta-feira em virtude das perdas avaliadas em R$ 24 milhões nas culturas como milho,

• Estado vai reprogramar a agenda de abertura de novos poços para priorizar os municípios em que a carência hídrica é maior; • Garantia de prazos e refinanciamentos da safra; • Agilidade para decretação de estado de emergência e rapidez na concessão de benefícios por parte dos governos estadual e federal.

soja, fumo e atividade leiteira.

“O valor é o nosso orçamento anual”, compara.

Sugere criar políticas permanentes para prevenir e amenizar os prejuízos em épocas de seca.

“Só pensamos nisso quando temos estiagem. Se tivéssemos auxílio para abertura de poços e açudes, maior seria a reserva de água e menores as chances de perdas”, opina.

O município aguarda faz dois anos pela liberação de um recurso de R$ 1 milhão da Funasa e iniciar a construção de redes de água para beneficiar mais de 80 famílias.

“Levamos por dia 15 mil litros para garantir o consumo humano. Dez associações começaram o racionamento. A morosidade precisa terminar”, finaliza.

PERDAS NO RS

33%

do milho

13%

da soja

20%

do leite Mais de 5,5 mil famílias acionaram o seguro agrícola (milho, soja e feijão) Fonte – Fecoagro

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

MISTÉRIO DESVENDADO

Câmeras flagram meteoro em Teutônia Época do ano é prolífica para a ocorrência de chuvas de meteoros CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

U

m feixe de luz não identificado foi flagrado pelas câmeras da Estação Meteorológica de Teutônia, no Morro das Antenas, na madrugada de quinta-feira, 09. Em um vídeo, é possível ver uma rápida aparição por volta das 4 horas. A estimativa é de que a luz seja de um meteoro.

No mesmo dia, câmeras de observação em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, registraram um meteoro do estilo fireball, considerada raro. Com magnitude de -4, o fenômeno foi visto a 96,4 quilômetros de altitude e caiu no oceano, a uma distância de 495 quilômetros, a sudeste do município.

O forte feixe de luz emitido pelo meteoro se deve à sua magnitude, de -4. Quanto mais negativo é o número, maior é a luminosidade provocada, por fatores como o

DIVULGAÇÃO

tamanho do corpo celeste, a velocidade e o ângulo de entrada na atmosfera. Meteoros de magnitude a partir de -4 passam a ser considerados bolas de fogo.

Segundo a professora de Física da Univates, Sônia Elisa Marchi Gonzatti, os fenômenos devem ser objetos distintos, pois essa época do ano é conhecida por ocorrências de chuvas de meteoros. “É muito provável que o caso de Teutônia seja um meteoro diferente daquele avistado em Taquara. Estamos em um período de intensa chuva de meteoros, e em alguns casos eles são bem incandescentes e brilhosos.”

Conforme a professora, a chuva de meteoros ocorre quando há um epicentro, um ponto a partir do qual se irradiam vários meteoros. “É quando se tem uma taxa grande, cerca de dez a vinte ocorrências”, comenta.

A estimativa desta chuva, que iniciou no dia 4 de janeiro e se estende até o dia 12, é de até 100 meteoros por hora. “Por questões de luz e horário, para nós do hemisfério sul, é mais complicado de observar, pois sempre ocorre na madrugada.”

Câmeras do Morro das Antenas flagraram objeto flamejante no céu

Sol e instabilidade marcam o fim de semana na região MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

Quem sair de casa durante o fim de semana no Vale do Taquari não deve esquecer do guardachuva. Isso porque a previsão do tempo indica que tanto o sábado, 11, quanto o domingo, 12, serão marcados pela instabilidade. Entretanto, o sol deve aparecer em ambos os dias.

Segundo dados do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, o sábado inicia com o sol aparecendo entre nuvens. Nos períodos mais encobertos do dia, podem ocorrer chuvas isoladas e passageiras. O amanhecer será de temperatura amena e as máximas seguem altas na região, mas um pouco mais amena em relação aos últimos dias.

Já no domingo, a previsão indica um dia de sol e nebulosidade variável no Vale. Deve ocorrer

pancadas de chuva fraca e isolada, principalmente em direção a noite. A Somar Meteorologia alerta para o risco de tempestades, com ventos de até 19km/h.

Para a próxima semana, con-

forme o NIH, a previsão é de que o calorão dê uma trégua, com as máximas não ultrapassando os 33ºC. O tempo continuará instável, com possibilidade de pancadas de chuva.

PREVISÃO PARA OS PRÓXIMOS DIAS Sábado (11)

O sol aparece acompanhado de nuvens. Podem ocorrer chuvas isoladas e passageiras devido à atuação de instabilidades sobre o estado.

Mín: 22ºC | Máx: 32ºC | Chuva: 8 milímetros

Domingo (12)

O dia começa com sol e nebulosidade variável no Vale. Permanece a possibilidade de ocorrer pancada de chuva fraca e isolada, principalmente em direção a noite.

Mín: 22ºC | Máx: 34ºC | Chuva: 3 milímetros

Segunda-feira (13)

O dia começa com sol e nebulosidade variável. Há possibilidade de pancadas de chuva durante o dia.

Mín: 23ºC | Máx: 31ºC | Chuva: 5 milímetros

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 PATRESE LEHNHART

HORÓSCOPO ÁRIES: O céu anuncia um sábado superanimado e cheio de novidades para você. Mas terá que segurar os gastos. Sinal verde para festas e passeios. A paixão está no ar e pode surpreender seu coração.

TOURO: A Lua fortalece a sua ligação com a família e você vai querer passar mais tempo com os parentes.

No romance, Marte vai deixar o clima quente e sedutor. Atração por um ex-amor pode ser irresistível.

GÊMEOS: Seu jeito alto-astral vai encantar todo mundo ao seu redor.

Sucesso absoluto para quem trabalha com comércio: use e abuse do seu poder de comunicação. A dica também vale na paquera.

CÂNCER: Bom momento para peneirar as amizades e investir em quem realmente merece sua confiança. Invista na sua saúde e qualidade de vida.

Dia de decisões a dois: podem realizar um sonho de consumo.

LEÃO: À tarde, pode ter atritos com um chefe ou ter que abrir mão de algo que planejou. Encare os desafios com paixão e otimismo e tudo ficará bem. Use e abuse do seu charme na paquera e no romance.

VIRGEM: Se você ainda vai trabalhar, procure ficar mais no seu canto. Concentre-se no que for essencial. Pode ter imprevistos numa viagem. Na união, aposte num programa só a dois e renda-se à paixão.

LIBRA: Pode ter alguma decepção com amigos à tarde, mas nada que uma conversa franca não possa resolver.

Vida social agitada! Fase descontraída e parceira no romance. Boa sintonia com seu bem.

ESCORPIÃO: De olho no sucesso, você fará tudo que tiver ao seu alcance para se destacar no trabalho. Quem está livre vai escolher a dedo seus pretendentes, mas se decidir conquistar alguém, o alvo não vai escapar SAGITÁRIO: Bom astral para estudos e concursos.

O trabalho pode ter alguns imprevistos, mas sua determinação dará conta do recado. Poder de sedução acentuado: escolha o alvo e tome a iniciativa.

CAPRICÓRNIO: Bom astral para concluir o que está pendente, para repaginar o visual ou dar uma geral em suas coisas. No campo sentimental, vai ser fácil chegar ao coração de quem deseja.

Palpites: 71, 89 e 98. Cor: prata.

AQUÁRIO: Nem pense em ficar sozinha hoje, pois é ao lado de pessoas queridas que vai aproveitar as melhores energias deste sábado. Na vida a dois, quanto mais companheirismo melhor.

PEIXES: Cuidado com mal-entendidos, sobretudo à tarde. Reserve um tempo para cuidar da saúde e da alimentação. Seu charme pode atrair alguém do trabalho ou uma pessoa muito disputada.

CTGs de todo o Estado participam do 68º Congresso do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Evento terá plenárias e eleição para presidente da entidade

CONGRESSO DO MTG

Rumos da tradição serão definidos em Lajeado Congresso do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) vai até domingo no Parque dos Imigrantes.

Duas candidatas concorrem à eleição da gestão 2020/2021. Confira as suas principais propostas.

PATRESE LEHNHART

QUEM SÃO AS CANDIDATAS

patrese@jornalahora.inf.br

LAJEADO

N

a noite de sexta-feira, 10, um dos símbolos da história do Rio Grande do Sul foi aceso mais uma vez pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). A 3ª Região Tradicionalista (RT) chegou em Lajeado e entregou a Chama Crioula para a 24ª RT para marcar o início do 68º Congresso da entidade.

Conforme a expectativa da coordenadora da 24ª, Luce Carmen da Rosa Mayer, cerca de 2,5 mil pessoas participarão do evento. “Teremos delegados eleitores, plenárias e congressos”.

De acordo com ela o número de delegados eleitores inscritos pelo site foram de 778. “Mas pode aumentar porque faremos cadastro na hora”, revela.

Sobre as chapas que concorrem a presidência no sábado, 11, a coordenadora afirma que cerca de 30 eleitores são da região. “Que as propostas sejam iluminadas pela chama e que eles os eleitores tenham dis-

Elenir explica que se dedica ao tradicionalismo há 50 anos. “Desde pequena participava de CTGs com os meus pais”.

Para ela os desafios a enfrentar para manter o tradicionalismo gaúcho no Estado deve ter foco nas crianças e nos jovens. “Fazer um trabalho que envolva eles. Ouvindo os mais velhos, trocando ideias em conjunto. No sábado iremos ouvir as propostas discutidas no local para decidirmos como vai ser o norte do tradicionalismo para o movimento como um todo”.

Gilda diz que se dedica ao tradicionalismo gaúcho desde 1967, quando começou a participar de um grupo de dança na categoria mirim e depois auxiliou o marido em diversas funções em atividades tradicionalistas. “Os jovens ou participam da vida artística ou de lazer, as duas coisas eles não tem condições. Então nós temos que ter criatividade e buscar recursos para inserir mais jovens nos CTGs, porque todo jovem que participa de qualquer sociedade não tem desvio de conduta”, afirma Gilda sobre os desafios de manter o tradicionalismo no Estado.

Principais bandeiras

Principais bandeiras

• Propagar valores a crianças, jovens e adultos.

• Envolver o público tradicionalista na construção das diretrizes do MTG. • Valorizar a vida tradicionalista.

• Fortalecimento e o repovoamento das entidades tradicionalistas.

• Parceria com as instituições privadas e públicas para ajudar as entidades tradicionalistas.

• A transparência da gestão através de um portal.

Elenir Winck,

Gilda Galeazzi,

da chapa “De Coração pela Tradição”, tem 61 anos, e professora aposentada. Natural de Cruz Alta, diz que se criou em Panambi onde reside até hoje.

cernimento de votar e escolher o que seja melhor para o movimento”, declara Luce.

Três CTGs do município tam-

da chapa “Fazer agora”, tem 65 anos, é administradora de empresas. Natural de Marau, reside atualmente em Passo Fundo.

bém confirmaram presença: Bento Gonçalves, Tropilha Farrapa e Raízes do Sul. Essa é a primeira vez que uma

mulher assumirá a presidência do MTG. Duas candidatas concorrem à eleição da gestão 2020/2021.

AH

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 VENDE-SE equipamentos de agroindústria: caldeira, tanques de inox c/ serpentina, rotuladora, tanque p/ salmora, máquina de descascar ovos e gaiola p/ codorna. Tr.: 99148-4688 ou 3762-5354.

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Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

RAIO-X DO AMADOR

DEZ CIDADES ORGANIZAM CAMPEONATOS MUNICIPAIS

Roca Sales, Progresso e Boqueirão do Leão dão a largada neste fim de semana. Demais copas iniciam até a primeira semana de março.

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

em dois grupos com quatro. O primeiro colocado de cada chave se classifica para a semifinal. O segundo e o terceiro colocado fazem um jogo extra.

No grupo A estão Gaúcho, Cruzeiro de Tiririca, Sempre Unidos e Amizade. Já na chave B estão Flamengo, Achados e Perdidos, São João e Internacional.

Já na categoria veterano disputam o título Flamengo, Cruzeiro de Tiririca, Gaúcho, Amizade e São João.

BOQUEIRÃO DO LEÃO

O Campeonato municipal terá a participação de seis equipes. São José (Matão), Grêmio 5 de Junho

(Centro), EC São Roque (São Roque), Internacional (Pedras Brancas), Esportivo (Linha Data). A novidade fica para o São Brás, de Linha Moisés. O time retorna neste ano sob o comando de Rudimar Golin, o “Maravilha”.

A competição é disputada nas categorias aspirante e titular. Na primeira fase, cada clube jogará três jogos em casa e três fora. Em janeiro e fevereiro, haverá uma partida por domingo. A partir de março, haverá um jogo ao sábado e outro ao domingo.

A rodada de abertura será em Matão. O São José, atual campeão, recebe o Grêmio 5 de Junho. O jogo aspirante inicia às 15h enquanto que os titulares começam às 17h.

DEMAIS COMPETIÇÕES Travesseiro – A Litrafa estará organizando no próximo dia 22, a

reunião com os times que disputarão o campeonato municipal de futebol de campo de 2020. Na noite será feito o recolhimento das fichas e relação de atletas. Também será realizado algumas definições pontuais para o campeonato que iniciará dia 09 de fevereiro. Ser Cultural, Ser Juventude, Guarani, EC Juventude, Grêmio União São João, Travesseirense e SC Cairu disputam o título.

Nova Bréscia – O campeonato municipal tem previsão de inicio Doze competições iniciam neste primeiro semestre. Roca Sales será a primeira, neste sábado EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A

cada início de ano, as atenções se voltam aos campeonatos amadores do Vale do Taquari. Levantamento realizado pelo A Hora mostra que pelo menos dez cidades da região organizam competições municipais neste primeiro semestre. Além deles, dois torneiros promovidos pela Aslivata integram municípios que não conseguem fazer competição própria.

Roca Sales é um dos destaques do Vale. O campeonato terá início neste sábado. Quem também dá o pontapé inicial neste fim de semana são Boqueirão do Leão e Progresso.

Promovido pelo governo muni-

cipal e Departamento de Esportes, o certame de Roca Sales terá a participação de nove clubes na categoria titular e quatro na veterano.

Pelo titular, os times jogam todos contra todos em turno único. Os dois primeiros colocados se classificam para a semifinal. Enquanto que terceiro, quarto, quinto e sexto fazem um jogo extra no campo do terceiro colocado. Os três últimos são eliminados.

Disputam o título da competição: Botafogo, Juventude, Copalto, Amigos da Serrinha, Toma 10, Esperança, Rio Branco, XV de Novembro e Real Lions.

Na categoria veterano, Copalto, Independente, XV de Novembro e Juventude disputam o título. Os clubes jogam todos contra todos

na primeira fase. Todos se classificam para a semifinal.

A primeira rodada será em Fazenda Lohmann, neste sábado. Às 14h jogam Real Lions x XV de Novembro e Rio Branco x Esperança. Já no domingo as partidas ocorrem em Linha Constância.

No primeiro confronto o Toma 10 pega o Amigos da Serrinha. Logo após o Botafogo encara o Copalto.

PROGRESSO

A 30ª edição do campeonato municipal inicia neste domingo com jogo em Xaxim. O Flamengo recebe o São João, às 14h. Logo depois às 16h, o Gaúcho encara o Cruzeiro de Tiririca. No total, a competição terá a participação de oito clubes. Eles foram divididos

para o dia 16 de fevereiro. Esperança, Cristal, Botafogo, Imigrante, Juventude e Atlético Caçadorense disputam o título nas categorias titular e aspirante.

Encantado – Indefinido Muçum – A competição será realizada apenas após as eleições, em novembro.

Mato Leitão – Não haverá municipal em 2020. Clubes tentam a liberação para jogar o municipal de Venâncio Aires.

Arroio do Meio – O municipal terá o lançamento no dia 30 na

Lancheria Dona Rita. No dia 2 de fevereiro o jogo único entre Forquetense e Sete de Setembro abre a rodada. Os demais serão disputados no dia 9 de fevereiro. Rui Barbosa, Esperança, Cruzeiro e Juventude também disputam o título nas categorias titular e aspirante.

Os organizadores cogitam fazer um campeonato veterano. Até o momento três equipes confirmaram a participação.

Cruzeiro do Sul - Indefinido Bom Retiro do Sul – Rudibar, Largados, Floriano, Grêmio,

Bragantino, Aecosajo e Pinhal disputam o título nas categorias titular e aspirante. Na segunda-feira os clubes terão que apresentar as listas dos jogadores inscritos. A previsão inicial é de que a competição inicie no dia 26 de janeiro.

Taquari – São José, Juventude, Colorado, Flamengo e Taquariense

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

CORRIDA E CAMINHADA SÓ ELAS

INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS

Em 2019, Cruzeiro do Sul realizou municipal com sete clubes. Em 2020, competição está indefinida e corre risco de não sair disputam o título nas categorias titular e aspirante. A competição inicia no dia 1º de março. Juventude x Flamengo, Colorado x Taquariense fazem a rodada inaugural.

Teutônia – A competição inicia no dia 26 de janeiro e terá a participação

de oito clubes. Eles disputam o título nas categorias veterano, titular e aspirante. Disputam o certame: Alto Taquari (São Jacó), Flamengo e União (Linha Germano), Juventude (Linha Frank), Ouro Verde (Alesgut), Atlético Gaúcho (Loteamento Oito), Boa Vista (Boa Vista) e Esperança (Languiru).

A única alteração no veterano fica por conta da entrada do Ribeirense (Linha Ribeiro) no lugar do Esperança.

Copa Aslivata – A competição que substitui a Taça da Amizade

também inicia no dia 26 de janeiro. Doze clubes, divididos em duas chaves disputaram o troféu de campeão nas categorias aspirante e titular.

Disputam a competição: Juventude e Palmeiras (Westfália), Aimoré, Imigrante e Atlântico (Estrela), EC Poço das Antas e 11 Amigos (Poço das Antas), Riograndense e Ecas (Imigrante), Esperança (Maratá) e Boavistense (Boa Vista do Sul).

Capitão – Não haverá campeonato municipal de campo.

Taça Integração – O torneio que integra as cidades de Forquetinha,

Marques de Souza, Canudos do Vale, Sério, Santa Clara do Sul e Lajeado realizou a primeira reunião no dia 26 de dezembro e teve a participação de cinco clubes. O próximo encontro será no dia 23 de janeiro, em Forquetinha. A comissão organizadora trabalha com participação de até dez clubes. A rodada inaugural está prevista para o dia 16 de fevereiro.

Venâncio Aires – Segundo Vianei Hammes, presidente da Assoeva, no

dia 14 de janeiro será feito uma reunião para ver a participação de times de Mato Leitão e Passo do Sobrado no municipal. A tendência é de que a competição tenha de oito a dez agremiações

Paverama – Não haverá competição de futebol de campo em 2020.

AGENDA SÁBADO ROCA SALES - FAZENDA LOHMANN

Toma 10

x Amigos da Serrinha

Botafogo

x Copalto

DOMINGO ROCA SALES - LINHA CONSTÂNCIA

Toma 10

x Amigos da Serrinha

Botafogo

x Copalto

PROGRESSO - XAXIM

Evento esportivo será no dia 8 de março, com largada a partir das 9h EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Interessadas em participar da segunda edição da Corrida e Caminhada Só Elas/Rola Moça podem se inscrever pelo site www.centraldacorrida.com.br O evento contará com corrida e caminhada 3 e 5 quilômetros, mais Kangoo jumps. Prova ocorrerá no dia 8 de março com largada a partir das 9h no Parque Princesa do Vale, em Estrela.

O evento integra a comemoração do Dia Internacional da Mulher.

No primeiro lote até 31 de ja-

neiro, a inscrição custa R$ 49 para a corrida e R$ 34 para a caminhada. Já o segundo lote custará R$ 59 (corrida), R$ 39 (caminhada).

Atletas com idade igual ou superior a 60 anos terão direito a desconto de 50% no valor final da inscrição da corrida (desconto automático no momento de efetuar a inscrição pela internet).

Grupos a partir de dez integrantes terão direito a descontos especiais e espaço no local do evento (contato pelo segundotempo@ estrela.rs.gov.br). A participante terá direito ao kit atleta, com cami-

sa, chip, número no peito, medalha de participação, taça de espumante e brindes dos participantes.

PREMIAÇÃO Os cinco primeiros colocados geral na corrida e kangoo levam troféu. Já por categoria a premiação será em troféu para as três primeiras colocadas e medalha para a quarta e quinta colocada. O grupo com mais participantes também recebe prêmio. Todos que concluírem a prova recebem medalhas.

INTERCAMPING

CAMPING DA PEDRA

RECEBE RODADA

O Intercamping realiza neste sábado a sétima rodada do Intercamping. Os jogos serão disputados no Camping da Pedra, em Picada May. A rodada inicia com o Os Guri da 24 x Paganada pelo força livre. Ela segue com União Assistencial x Agro Comercial Progresso (força livre), Guarani x Desimpedidos (sub 18), Demonhos x Illuminatis (força livre), Us Guri da Catequese x Os Sombras (força livre) e Parceiros x União (municipal).

CLASSIFICAÇÃO Livre

Chave A: News Car (9 pontos), Agro Comercial Progresso e União Assistência (3) e VC Amigos (sem pontuar) Chave B: Baile de Munique (6 pontos), Demonhos (4), Illuminattis (3), América (1); Chave C: Os Penetra’s (6 pontos), Wasserstadt (3), Us Guri da Catequese e Os Sombras (sem pontuar); Chave D: Maravilha (9 pontos), Largados (4), Paganada All In (1) e Os Guri da 24 (sem pontuar);

Flamengo

x São João

Gaúcho

x Cruzeiro de Tiririca

BOQUEIRA DO LEÃO - MATÃO

São José

Largada da corrida e caminhada para mulheres ocorre no Parque Princesa do Vale, em Estrela

x Grêmio 5 de Junho

Municipal

Chave única: Aprovados (9 pontos), Jurupita (5), Parceiros (3), Pançudos e União (1)

Sub 18

Chave A: Guarani (6 pontos), Sabotagem e Desimpedidos (3) e Picada Flor (sem pontuar); Chave B: Reis do Danone e Inter de Limão (6 pontos), Gaúcho (3) e Atlético Tamanduá (sem pontuar);

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020 RICARDO DUARTE

INTERNACIONAL

DOURADO NÃO TEM PREVISÃO DE RETORNO

Rodrigo Dourado atuou pela última vez no dia 10 de julho, em duelo contra o Palmeiras pela Copa do Brasil CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

U

m dos pilares e capitão do Internacional nos últimos anos, Rodrigo Dourado ainda não tem previsão de volta aos gramados. O volante não joga desde julho de 2019 devido a uma lesão no joelho esquerdo, que o levou a passar por uma artroscopia.

Depois do procedimento, Dourado teve constatado um edema

ósseo. O atleta segue em tratamento até agora. Nos próximos dias, os médicos do clube devem conceder uma entrevista para falar sobre o tema com a imprensa.

O jogador acabou sentindo dores no joelho ainda no primeiro semestre do ano passado. Em maio, foi submetido a uma artroscopia e retornou para o duelo contra o Palmeiras, em julho, pela Copa do Brasil. Atuou durante os 90 minutos, mas desde

aquela partida não entrou mais em campo.

Inicialmente, o clube optou por um tratamento convencional, sem intervenção cirúrgica. A decisão foi alterada em outubro, quando um novo procedimento foi feito. A partir de então, o retorno aos gramados não foi mais projetado.

Dourado esteve presente na reapresentação do plantel na quarta-feira, 8, Atualmente, com Musto e Rodrigo Lindoso

Volante que atuou pela última vez em julho deve perder as fases iniciais da Libertadores à disposição, o retorno do capitão ainda é aguardado, mas sem a pressa de outros momentos. A intenção é de que a recuperação seja bem sucedida, mesmo que demore.

Segundo o clube, o departamento médico deve se manifestar nos próximos dias para explicar os detalhes do tratamento. A tendência é de que Rodrigo Dourado não atue nas fases iniciais da Libertadores.

ATLETAS CONVOCADAS Três jogadoras do Inter foram convocadas para períodos de treinos com a Seleção Brasileira Sub-20. A goleira Mayara, a leteral Bruninha e a zagueira Isa Haas são as atletas coloradas que fazem parte da lista do treinador Jonas Urias. Elas se apresentam na Granja Comary, em Teresópolis, entre os dias 23 de janeiro e 6 de fevereiro.

A Seleção se prepara para disputar o triangular final da Liga Conmebol Sul-Americana Feminina Sub-19, entre os dias 7 a 9 de fevereiro, em Yaracuy, na Venezuela.

GRÊMIO

DIVULGAÇÃO

MAICON TREINA

E AFASTA RISCO DE CIRURGIA Sob forte calor que deixou a sensação térmica em 38º, o Grêmio fez atividades físicas no segundo dia de sua pré-temporada. A grande novidade foi a presença do volante Maicon, que treinou normalmente e, em entrevista coletiva, descartou a possibilidade de realizar cirurgia no joelho esquerdo.

Conforme relatos do capitão gremista, as dores na articulação, recorrentes ao longo de 2019, diminuíram bastante durante o período de férias, em que realizou alguns exercícios específicos. Com isso, Maicon fará a pré-temporada completa com a equipe gremista.

O próprio Maicon não descartou que precise realizar o

procedimento cirúrgico no futuro. Mas o descanso das férias aliado a algumas atividades feitas pelo atleta deram confiança em encarar 2020 com menos dores no joelho esquerdo. “Nas férias você descansa, não tem a rotina de jogos e viagens. Estou confiante, quero fazer a pré-temporada e acredito que não vou precisar fazer a cirurgia”, comentou.

O Grêmio terá treinos em dois turnos até segunda-feira, 13. O regime de concentração inicia neste sábado, depois do trabalho da manhã. O técnico Renato Portaluppi foi liberado dos dez primeiros dias de pré-temporada por conta do curso feito em dezembro pela CBF.

As dores no joelho de Maicon diminuíram durante as férias. Ele iniciou a pré-temporada normalmente

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro 2020

TORNEIOS DE VERÃO

COMPETIÇÕES INICIAM NA PRÓXIMA SEMANA

Partidas de minifutebol voltam a movimentar o CTC, Sete e Soges EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A

pós as festas de fim de ano, Clube Tiro e Caça, Sete de Setembro e Soges iniciam na próxima semana os Torneios de Verão de Minifutebol.

O Clube Tiro e Caça realizou nessa semana a reunião para definir todos os detalhes do torneio. Neste ano serão 16 times disputando as taças das séries Ouro e Prata. Os jogos iniciam na próxima terça-feira, às 19h.

Na primeira fase as 16 equipes foram divididos em quatro grupos com quatro clubes. Os dois primeiros se classificam para a Série Ouro. Terceiros e quartos colocados ficam na Série Prata.

Na segunda fase, os times serão divididos novamente em gru-

ARQUIVO A HORA

pos de quatro equipes. Os dois primeiros se classificam para a semifinal.

SOGES

A competição inicia no dia 14 de janeiro e as inscrições foram encerradas nessa sexta-feira. A reunião entre as equipes para alinhar os grupos, será neste sábado, às 9h30min, na Sede Campestre. Os jogos ocorrem sempre nas terças e quintas-feiras, a par-

GRUPOS Chave A: Lesionados FC, Supérfluos, Four e Toca Água; Chave B: Borussia, Smurfs, Capitão América e Shark Attack; Chave C: Coroas Mirim/ Lyall, Aliança, Bitterflex e Exxtraclasse; Chave D: Amnésia, Resenha FC, 100 Pressão e UsGuri;

Jogos do Clube Tiro e Caça iniciam na próxima terça-feira, a partir das 19h

tir das 19h15min.

Até o momento, 16 clubes confirmaram presença: Só Resenha , Diretoria, Tô Com Sede, Brocadores , Xtotz United, Meia Boca Juniors, Saidera, Demonhos, Sem Bronca, Limitados/Sombras, Eutanasia, Sokanelinhas, Nárnia, Super 10 Original, Velha Guarda e Os Kururus.

SETE O Torneio de Verão terá 21 equipes. Na próxima segunda-feira, a partir das 19h30min,

CAPOEIRA

ocorre a reunião entre os representantes para definir todos os detalhes da competição. O início está previsto para o dia 16 de janeiro. Os jogos serão sempre nas segundas, quartas e quintas-feiras.

Disputam o título do torneio: Kitufo, Dinamite, Tapa Furo, Tabajara, Coringa, Kanxeiros, Renegados, Meia Boca Jr, Mercenários, Cataluna, Avaí, Tocafogo, Real Madruga, Saragossa, SNS, Arranca Toco, JéDuCa, Cervejetarianos, SPC, Futebolzinho e Mundo Real.

AMADOR

FINAIS DA A LIGA

A quarta edição do Campeonato Amador de Futebol de Campo A Liga realiza neste domingo, em Vila Terezinha, o primeiro jogo da final.

A partir das 14h o União encara o Avante. Já às 16h a AERT duela com o Avante. Ingressos custam R$ 5.

As equipes entraram em acordo que o Avante joga por dois empates devido ter melhor campanha na geral, no caso de uma vitória de cada equipe a decisão será nos pênaltis.

A partida de volta será definida na segunda-feira, 13. Os clubes querem fugir das finais da Taça da Amizade, outra competição que ocorre em Venâncio Aires.

A partida de volta será no campo do Avante, em Linha Andréas.

DIVULGAÇÃO

AERT recebe o Avante na final

ARQUIVO A HORA

PROJETO SOCIAL TÊM INSCRIÇÕES ABERTAS

O mestre Paulo Narciso, o “Karkará” em partceria com a Secretaria de Cultura Esporte e Lazer de Lajeado (Secel) realiza mais uma edição do Projeto Capoeducando.

HORÁRIO DAS AULAS

O projeto serve para disseminar a Capoeira por meio de oficinas.

As aulas ocorrem no Parque dos Dick, Ginásio Nelson Brancher e no Quiosque dos Dick. Elas são

Terça: 15h às 17h e 19h às 21h Quarta-feira: 10h às 12h, 15h às 17 e 18h às 20h

gratuitas e abertas para a população. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 39821140 ou no 39821080, ou ainda pelo e-mail secel.esporte@lajeado.rs.gov.br.

Quinta-feira: 10h às 12h, 15h às 17 e 19h às 21h Sábado: 10h às 12h Domingo: 16h às 19h

Projeto Capoeducando busca disseminar a Capoeira no Vale do Taquari

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo mensal, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

JONAS RÜCKERT

EDSON BRUM

Diretor do Colégio Teutônia

Deputado Estadual MDB/RS

Desprendimento é...

Neste primeiro texto do ano minha saudação e desejos de um vibrante 2020.

Terminamos 2019 com preocupações que não evaporaram em 31/12. Adentramos 2020 com grandes expectativas que neste momento são minimizadas pela estiagem que castiga o setor primário, pela instabilidade política e, portanto, diplomática na relação com Estados Unidos e o contexto do Oriente Médio, pela equivocada forma dos políticos avaliem a data de corte para ingresso de crianças no Ensino Fundamental e pelas questões de todas as ordens que, no entorno, seguem nos desafiando para o ano em questão.

A boa notícia é que estamos vivos e nos foi concebida a possibilidade de mais um ano.

Então a pergunta é: o que faremos dele?

Desprendimento é desapego. Essa me parece uma boa proposta para 2020.

Afinal, temos carregado “nosso carrinho existencial” com uma série de questões que pouco nos ajudaram em 2019. Aliás, nos atrapalharam frente ao tamanho de angústias e ansiedades que nos geraram.

E estas, por sua vez, denotaram para outras questões.

No dia de hoje o Conjunto Instrumental do Colégio Teutônia viaja para a sua terceira turnê na Europa. Crianças e jovens de 09 a 18 anos acompanhados de professores e da cantora Laura Dalmás estão

levando nossa cultura, nosso jeito de ser, evidenciados pela leveza do repertório que será executado nos Concertos no velho continente. Acompanhando viajarão 20 pais, totalizando 50 pessoas. O que pude perceber na organização desse projeto foi um alto grau de desprendimento mediado por lucidez e reflexão para com as coisas deste mundo consumista. O projeto será financiado por cada família que de forma desprendida encarou o desafio percebendo a singularidade da formação educativa, cultural, linguística, social...

Avalio a decisão de cada família sob a perspectiva do investimento educacional, da formação.

Não estão como peixes no vidro do aquário esperando que alguma coisa caia na água ou algo se forme no vidro. É desprendimento mesmo, desapego puro na intenção de possibilitar algo para vida. Isso significou abrir mão da praia, da troca do carro, da compra da geladeira dos sonhos, do aquecimento da piscina...

O ano recém começou. É período de férias, oportunidade para bons momentos de entretenimento, descanso, lazer e, por que não de reavaliar algumas questões bem práticas na relação com a vida e com nosso viver?

Desprendimento é uma característica fortemente percebida em grandes líderes.

Já a incapacidade do desapego se manifesta no campo da mediocridade humana.

Isso não é uma acusação. Mas, uma conclusão de profissionais que se ocupam com estudos relacionados ao comportamento humano.

Proponho uma tentativa a cada um que lê essa coluna e garanto que o primeiro sintoma que se manifesta junto ao desapego é a felicidade. Experimente! É o que penso. É minha opinião.

Rückert escreve sempre no segundo fim de semana do mês. Fale com ele: direcao@colegioteutonia.com.br

Por que o Estado ainda não superou a crise?

O discurso da terra arrasada, da falta de recursos, das contas que não fecham está se esgotando. Ninguém nega as colossais dificuldades enfrentadas pelo comando do Palácio Piratini. Entretanto, as promessas de campanha sugeriam uma administração mais ágil, disposta a enfrentar a crise com modernas técnicas de gestão e muita criatividade. Pelo jeito, isto não basta.

Como, do mesmo modo, não bastam os ingressos de novas receitas que,

embora insuficientes, vêm acontecendo. O governo do Estado recebeu, aos primeiros dias de janeiro, R$ 219.362.554,92. O recurso provém bônus do leilão do volume excedente da cessão onerosa, realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível. Trata-se do direito de exploração do excedente de produção na Bacia de Campos, em Búzios e Itaipu. São mais de duzentos milhões de reais, dinheiro que vem do Pré-Sal, do qual nem o governo Sartori ou as administrações anteriores não foram beneficiados. Há novos leilões da mesma natureza previstos.

De outro lado, o Poder Executivo

sobretaxou 360 produtos, que passarão a pagar mais impostos. Os itens vão desde alimentos até materiais de construção, com grande penalização da cadeia produtiva que gera emprego e renda em todo o Rio Grande. Não é por acaso que estamos perdendo para outros estados tantos empreendimentos e postos de trabalho.

Com novas receitas federais e impostos estaduais majorados, o comando do Piratini já poderia se considerar até privilegiado, em relação aos gestores que o antecederam. Porém, insiste em penalizar o funcionalismo público, inclusive o magistério, com duríssimos cortes de benefícios e uma verdadeira interrupção de perspectivas. No pacote batizado pelos autores como Reforma Administrativa, encontra-se somente um conjunto de mudanças fiscais de eficácia questionável que, ainda por cima, punem os menores, que ganham menos e que estão na ponta da prestação dos serviços públicos mais essenciais.

Nunca votei aumento de impostos, jamais fui signatário de medidas que considerei socialmente injustas.

Ainda assim, respeito a gravidade dos desafios que parecem paralisar os gestores do Poder Executivo. Mas um ano se passou desde a posse e houve tempo mais que suficiente para que o governo mostrasse a que veio, lamentando-se menos e apresentando mais, entregando mais do que pedindo, amparando mais do que punindo aqueles que, ao fim e ao cabo, faz girar a pesada roda da economia gaúcha.

Brum escreve sempre no segundo fim de semana do mês. Fale com ele: edson.brum@al.rs.gov.br

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A HORA | Fim de semana, 11 e 12 de janeiro de 2020

CARLOS CYRNE

Professor e vice reitor da Univates

O que dizer?

Em pleno centro de Lajeado, na esquina entre as ruas João Abott e Pinheiro Machado, um imóvel em estado de abandono salta aos olhos de quem por ali circula. Todo pichado e com partes destruídas, a antiga sede da Secretaria Municipal de Saúde tornou-se ponto de drogadição em uma das áreas mais nobres do município e motivo de preocupação para a comunidade.

Mande sua foto para o A Hora. WhatsApp (51) 9 92487689.

FRASES DA SEMANA

“Vamos pagar, mas teremos melhorias.

O pedágio é um mal necessário”

Pedro Barth

presidente da CIC-VT, sobre os novos pedágios da BR-386, cuja início da cobrança ocorre até fevereiro.

“Pagamos nossa conta e não temos uma energia confiável.

Queremos uma solução”

Paulo Grassi

agricultor de Arroio do Meio, acerca das quedas de energia que geram prejuízos na produção.

“Ficamos sem uma gota de água.

Tive que coletar água da chuva com baldes e chamar os bombeiros para encher as caixas”

Idelci Bohnenberger

moradora do bairro Canarinho, em Cruzeiro do Sul, com problemas no abastecimento de água desde dezembro.

Eis que mais um ano começa, com os tradicionais desejos de que seja melhor do que o findo. Mas, os desafios parecem ainda maiores, exigindo mais esforço para que possamos ultrapassá-los. Assim me parece ser. Neste contexto há profusão de temas para abordar, o que pode parecer algo bom, mas aí surge o dilema: sobre o que escrever? O que dizer quando se tem tanto sobre o que falar?

Localmente, abordar o paradoxo da estiagem versus a enchente de 10 anos atrás, como fez o amigo Fernando Weiss? Poder-se-ia buscar explicar os, distintos, fenômenos a partir de bases científicas, nas ações do ser humano que trata da natureza como se fosse algo que está aí para ser explorada e permitir que tenha o máximo de conforto por meio de um consumo irresponsável.

Outro tema que deverá tomar espaço cada vez maior em nosso cotidiano são as eleições municipais que ocorrem neste ano. Quais serão as movimentações no Vale

do Taquari? Teremos convergências? Teremos a formação de coligações entre ideologias distintas, colocando opositores nos âmbitos estadual e nacional juntos, para fazer frente aos possíveis favoritos?

Poderíamos falar sobre o início da cobrança dos pedágios, que durante anos mobilizou diferentes atores, alguns querendo a suspensão da cobrança outros defendendo a continuidade por um preço justo e um serviço satisfatório.

No âmbito estadual poderíamos falar da continuidade da justa paralisação dos professores, que levará a postergação do término do ano letivo com reflexos diretos sobre os alunos da rede.

Nacionalmente, teremos ou não a cobrança do DPVAT? Vamos ter de pagar ou não? Já nem sei mais. E, podemos também olhar para além-mar, a possibilidade de conflito entre Irã e Estados Unidos, quais os impactos sobre os habitantes do distante Vale do Taquari? Afinal de contas “a guerra gera empregos e aumenta a produção” (parte da letra da música: O Senhor da Guerra, da Legião Urbana). Mas, como esse é tema delicado talvez seja melhor silenciar (ou não).

Depois de ter dito tudo isso, ou seja, nada, peço que remetam sugestões de possíveis temas que gostariam de ver contemplados neste espaço (cccyrne@hotmail. com), assim o desafio poderá ser mais fácil de transpor. Um bom 2020 para todos nós.

Fim de semana 11 e 12 de janeiro de 2020

MÍN: 22º MÁX: 32º

OPINIÕES

RAIO-X DO AMADOR

APÓS AS FESTAS, MUITO FUTEBOL

Roca Sales terá o inicio neste sábado em Fazenda Lohmann Passadas as festas de fim de ano, os campeonatos amadores começam a ser organizados no Vale do Taquari. Roca Sales, Progresso e

Sol aparece acompanhado de nuvens com chances de chuvas isoladas

Boqueirão do Leão têm início neste fim de semana. Até março, outras dez competições devem começar.

Página 18 e 19

THIAGO MAURIQUE

As previsões e o imponderável Caderno Negócios em Pauta

EDSON BRUM

Por que o Estado ainda não superou a crise?

Página 22

JONAS RÜCKERT

Desprendimento é...

Página 22

CARLOS CYRNE

O que dizer?

Página 23

AMANDA CANTÚ

Novos passos Caderno Você