Edição 23/01/2021

A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021 | Ano 18 - Nº 2763 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,00

GRE-NAL 429

MUITO MAIS QUE 3 PONTOS O Brasileirão recebe um dos clássicos mais importantes dos últimos anos. De um lado o Inter, líder e em sequência de sete vitórias. Do outro o Grêmio, invicto no returno e que não perde para o rival faz onze jogos. A bola rola no domingo, às 16h, no Estádio Beira-Rio.

O desafio do transporte coletivo FILIPE FALEIRO

Redução de passageiros interfere na sustentabilidade do serviço de ônibus em Lajeado Apontado por especialistas como estratégico para a mobilidade urbana, o transporte coletivo da cidade mais populosa do Vale atravessa um momento adverso. Sete meses após a Expresso Azul assumir o serviço, queda no número de usuários coloca o modelo em xeque.

Páginas 6 e 7

De uma frota de 34 ônibus, apenas 18 estão em operação. Pandemia e preferência cada vez maior pelo uso de veículos próprios ameaça o sistema

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Pluralidade indispensável O jornalismo profissional deve estar acima das paixões ideológicas.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Homenagens e escravidão Referência a Antônio Fialho de Vargas pode esbarrar em lei federal.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Já registrei todas as espécies de mamíferos no Vale” MANUELA KUNZLER

Jaime Luís Diehl, 50 anos, é representante comercial por profissão e ambientalista por convicção. Da paixão pelo ambientalismo, veio a prática das armadilhas fotográficas.

Desde 2011, ele registra animais silvestres no Vale do Taquari, com foco nos felinos. Já participou de pesquisas acadêmicas e até de uma reportagem na TV japonesa.

Diehl administra a página Gatos do Mato RS, no Facebook.

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

Como surgiu seu envolvimento com o ambientalismo?

A questão ambiental está relacionada com a ligação que sempre tive com a natureza. O ambientalismo surgiu a partir disso, vendo a necessidade de haver conscientização e ações em relação ao meio ambiente. Saí pequeno do interior, fui morar na cidade, mas acabei voltando depois de adulto. Hoje moro em Teutônia.

Quando começou a utilizar as armadilhas fotográficas?

Tenho usado desde 2011 essa metodologia para fazer amostragem de fauna na região do Vale do Taquari. Isso partiu da curiosidade. Tendo mais convívio em regiões preservadas, com cobertura de mata, acaba eventualmente avistando espécies mais raras. Conforme fui tendo esses encontros principalmente com felinos silvestres de pequeno porte, desenvolvi uma curiosidade para fazer registro fotográfico. A armadilha fotográfica é uma câmera acionada por sensor de movimento que fotografa e faz vídeo.

Meu foco é Teutônia, mas já fiz registros por toda a região.

Que tipo de animais costuma buscar com suas armadilhas?

Meu foco é nos felinos silvestres. Na região do Vale, ocorrem basicamente três espécies: gato-maracajá, gato-do-mato-pequeno-dosul e gato-mourisco, conhecido jaguarundi.

Qual animal mais raro que localizou?

Em termos de mamíferos, fiz dois registros de espécies bem raras: Gatodo-mato-pequeno-do-sul-melânico, que é preto, e outra, bastante rara, o veado anão, que foi registro único no Vale do Taquari, em 2014.

O que te atrai a seguir fazendo registros?

Sempre existe a esperança de você flagrar uma espécie nova. Isso nunca é descartado. Pode ter espécies a 40 km de distância, mas elas vão se reproduzindo e dispersando para outros lugares, onde tenham alimento e segurança. E outra questão é conhecer os comportamentos dos animais. Sempre que se faz uma

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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amostragem de 30, 45 dias, geralmente se descobre algum comportamento novo.

A preservação do animal na natureza depende de conhecimento sobre espécie.

Quanto mais se conhece, mais sucesso na preservação.

Você faz as armadilhas profissionalmente?

O trabalho é todo voluntário. Existe um projeto de tornar esse trabalho profissional e gerador de renda, mas isso é mais para adiante. Tenho colaborado com o Instituto Chico Mendes, com registros nos planos de preservação de felinos no Brasil. Em 2018, participei de reportagem sobre o gato-maracajá, em Teutônia, com a emissora TBS, do Japão. Tenho colaborado com amostragem de fauna para uma unidade de conservação, que está sendo criada em Boqueirão do Leão.

Em 2018, ajudei na etapa de uma pesquisa bem ampla com felinos no RS, com pesquisadores da UFRGS e do exterior, Holanda, Dinamarca. Também produzo muito material para educação ambiental.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Sustento de um modelo em crise

A

queda acentuada no número de passageiros nos ônibus provoca um desequilíbrio em todo o sistema viário de uma cidade. Diversas metrópoles brasileiras enfrentam o colapso na mobilidade e muito desse resultado tem haver com o sucateamento do transporte público.

Em Lajeado, o que surgiu como alento, se torna dor de cabeça. Após três décadas de serviço emergencial, o município licitou uma nova empresa. A concessionária assumiu em meio à maior pandemia dos últimos 100 anos.

Em sete meses de trabalho, completados nessa sexta-feira, os resultados em termos financeiros estão muito aquém do esperado e do necessário para o sustento do negócio. Pelos cálculos da concessionária, a receita está em 43% do previsto.

Para cumprir o contrato assinado no início de 2020, foi necessário investir na frota e em contratações. A única receita provém do pagamento das passagens.

No momento, insuficiente para as obrigações mensais.

“As variantes para garantir eficiência e sustentabilidade do sistema coletivo de transporte são complexas e exigem uma série de mudanças.”

Continuando esse comportamento, o sistema se tornará insustentável. Hoje o serviço prestado em Lajeado atende 60% das rotas e horários. Essa queda está prevista em contrato, e pode ocorrer frente a pouca demanda. Ainda assim, em diversas vezes nos dias, os ônibus trafegam com três, quatro ou cinco passageiros. À exceção fica por conta dos momentos de pico.

Vive-se um momento de redução no número de usuários muito pela pandemia, mas também pelas novas opções de deslocamento, em especial os aplicativos.

As variantes para garantir eficiência e sustentabilidade do sistema coletivo de transporte são complexas e exigem uma série de mudanças. Uma cidade como Lajeado, com um dos maiores índices de motorização do RS, está presa em um círculo vicioso. Quanto mais carro, mais chance de engarrafamentos. Para corrigir o fluxo de veículos, investe-se em mais vias, em ampliações das ruas.

O que, em breve, novamente estarão lotadas de veículos. É justo no transporte público que está uma das soluções para essa equação.

Porém, há um comportamento, uma cultura impregnada, de que ônibus é coisa de pobre. Enquanto esse pensamento persistir, mais presa nos engarrafamentos estará a sociedade.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

O jornalismo profissional e a pluralidade indispensável A pandemia colocou todos os setores à prova, inclusive a imprensa. Pressionados, grandes players apostam em modelos perversos, que mais conversam com a “favelização” das redes sociais do que com o jornalismo profissional ALESSANDRO LOIOLA

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HÉLIO SIMÃO

forma de atuação da grande mídia tem sido muito questionada por grande parte da sociedade desde o início da pandemia.

Reclama-se de tratamento desigual, o que segundo muitos, estaria alimentando a onda da polarização e da “espetacularização” que muitos líderes políticos e também empresariais surfam o tempo todo.

Ao mesmo tempo, existe um descontentamento flagrante com o “modus operandi” com o qual alguns players nacionais tratam as questões da covid, mais interessados em desconstruir narrativas que não lhe convêm do que com a missão essencial de informar, ensinar e esclarecer.

Jornalismo profissional se faz sem paixões, perseguições, crenças nem sensações. O que se percebe, infelizmente, é jornalistas catando pêlo em ovo ou chifre em cabeça de cavalo para emplacar narrativas que possam comprometer e/ou “incriminar” canhotos ou destros, dependendo do viés ideológico.

O jornalismo perde. Sai arranhado. Fazer jornalismo profissional, neste momento

FABIANO MARTINS

RAQUEL BIRCK

DE COMUM ENTRE TODOS: são profissionais da saúde, com diferentes formações e especializações. DE DIFERENTE: opiniões sobre kit covid, uso de máscara e sobre as vacinas. A VANTAGEM DOS OUVINTES: várias versões sobre os mesmos fatos e temas, tudo para que o cidadão possa formar sua própria opinião. Todas as entrevistas estão disponíveis em grupoahora.net.br

turbulento que o Brasil atravessa – mais um, alias – é tarefa árdua. Mas, indispensável. Fariam bem os meios e seus profissionais se descolassem das redes sociais e apostassem na originalidade e na autenticidade dos seus trabalhos e funções. É preciso jogar limpo com os ouvintes, leitores e telespectadores. Levar até eles, o máximo de opiniões, informações e narrativas, a fim de contemplar as mais diferentes facetas sociais e divergências de opiniões, para que cada cidadão possa tirar

LUIZ CARLOS DE CASTRO

as suas próprias conclusões.

Dou um exemplo. Nestes últimos dias, aqui na Rádio A Hora 102.9, entrevistamos pelo menos cinco profissionais da área da saúde, de diferentes áreas e formações.

O primeiro, no sábado passado, foi Alessandro Loiola. Para muitos ouvintes, a melhor entrevista dos últimos tempos. Para outros tantos, a pior. E assim sucederam-se outras quatro entrevistas ao longo da semana, com opiniões e linhas de pensamento divergentes, contrárias ou similares.

Jornalismo é isso. Pluralidade e imparcialidade. Alguns plantonistas hão de questionar este escrevinhador de que além de trazer as mais variadas opiniões e versões, jornalismo precisa trazer a verdade. E eu pergunto: existe apenas uma verdade em relação à covid?

Temos informações suficientes para afirmar que a opinião de um está 100% certa e a de outro 100% errada? Para mim, não. Cercear o cidadão de alguma dessas versões não atende ao princípio da pluralidade e imparcialidade.

Por isso, quanto mais versões, mais análises, mais reflexões e menos paixões e sensações, melhor jornalismo entregamos à sociedade.

ENTRE NÓS A chegada da vacina contra a covid-19 está fazendo muita máscara cair.

Para o bem e para o mal!

O que está por vir

Na próxima terça-feira, Lajeado completa 130 anos. Além de uma revista que já está na gráfica, o Grupo A Hora prepara uma programação especial na rádio A Hora para este dia.

Entrevistas e programas alusivos para debatermos o futuro da cidade polo do Vale do Taquari.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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HOMENAGENS EM LAJEADO

proposta de homenagear o fundador de Lajeado, Antônio Fialho de Vargas, caiu por terra na Câmara de Vereadores. É um tema antigo.

Voluntários ligados à cultura já reivindicam uma distinção ao ex-proprietário da “Fazenda dos Conventos” faz anos.

Por muito pouco, e por outras razões, o novo parque construído às margens do Rio Taquari não foi batizado com o nome do homem retratado nas imagens deste artigo. Desta vez, a razão apresentada para desconstruir a denominação de uma via pública é mais complexa: a escravidão.

Para alguns lajeadenses, o “patriarca” da principal cidade do Vale do Taquari não é digno de homenagem por uma razão intricada: em suas fazendas, Vargas possuía escravos. Tal como a maioria dos fazendeiros da época, o fundador de Lajeado aproveitava a lei vigente naquele período da nossa história para garantir a mão de obra

mais barata possível. Ele não criou a lei. Mas, e ao que tudo indica, não lutou contra a norma que aterrorizou e humilhou gerações e gerações de seres humanos mundo afora. É um tema complexo, reforço. Não são poucos os empreendedores que foram beneficiados pelo trabalho escravo legal – que oficialmente perdurou de 1550 até 1888 - e que hoje são homenageados com ruas, avenidas, pontes, monumentos e afins em Lajeado, no Rio Grande do Sul, e no país inteiro. A singela homenagem lajeadense foi sugerida no ano passado pelo ex-vereador Ildo Salvi (PSDB). Durante reunião das comissões, o tema “escravidão” veio à tona. E Salvi optou, prudentemente, por evitar a polêmica. E retirou o projeto de lei do plenário.

Há uma lei federal contra a proposta do tucano, sancionada em 24 de outubro de 1977, durante a gestão do ex-presidente Ernesto Geisel, que “dispõe sobre a denominação

de logradouros, obras, serviços e monumentos públicos”. No texto da referida lei, consta que “é proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta”.

Tenho sinceras dúvidas sobre a aplicação desta lei ao fundador da nossa Lajeado. Vargas não criou o sistema desumano de captação de mão de obra.

Talvez o debate seja anda mais complexo e vá além deste contexto racial. Hoje existe uma ala de historiadores questionando a denominação de Antônio Fialho de Vargas como o “fundador de Lajeado”. Para muitos, o ex-fazendeiro não é e nunca foi o “patriarca” do principal município do Vale do Taquari. Mas esse é um assunto para mais tarde. Afinal, é muita história para um só artigo!

Câmara e hospital Fábio Hirsch, Coordenador de Engenharia da CCR ViaSul, confirma que o projeto original de duplicação entre Lajeado e Marques de Souza não contempla vias marginais no trecho marquesouzense. A reinvindicação é do novo prefeito do município, Fábio Mertz, que não participou das negociações para a concessão. Segundo o representante da

concessionária responsável pela BR-386, as obras de duplicação contemplam uma série de outras obras de arte (pontes e afins) naquele município e, qualquer nova intervenção que venha a ser acrescida ao contrato, inevitavelmente, vai repercutir no valor da tarifa de todos os motoristas. É um debate que está longe de terminar!

Vale alimentação Em Estrela, o governo municipal propõe reajuste de 4,52% no valor do vale alimentação dos servidores públicos. A proposta já foi encaminhada à Câmara de Vereadores. O PL altera o valor de R$ 18,55 para R$ 19,39 pro dia, e estipula o valor máximo mensal de R$ 426,54.

TCE x MP x Cloroquina O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) acolheu a representação do Ministério Público de Contas (MPC) que solicita que a área técnica do Órgão de Controle apure as aquisições, pelas administrações públicas, “de medicamentos sem eficácia comprovada para tratamento precoce de pacientes com Covid-19".

O MPC aponta que “diversos Executivos Municipais têm adquirido e disponibilizado medicamentos, tais como Cloroquina, Hidroxicloroquina, Azitromicina, Invermectina, entre outros, para suposto tratamento precoce da COVID-19”.

O MPC argumenta que os gestores que optarem por comprar as substâncias devem demonstrar o respaldo técnico que embasa a decisão,

a regularidade dos procedimentos licitatórios e a adequação aos preços de mercado. Em julho passado, o promotor de justiça Neidemar Fachinetto, do Ministério Público da Comarca de Lajeado, instaurou duas ações para verificar a compra do chamado “kit para tratamento precoce contra a covid-19” por parte do governo de Lajeado e pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa).

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TRANSPORTE EM XEQUE

Queda no número de passageiros desafia sistema Mobilidade urbana precisa de um modelo de transporte coletivo eficiente e sustentável, apontam especialistas. Para uma cidade como Lajeado, com alto índice de motorização, as vias começam a dar sinais de esgotamento. Para evitar o colapso, os ônibus são a aposta para racionalizar os deslocamentos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

LAJEADO

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lsira Noll mora no bairro Conventos. Usa o transporte coletivo de segunda a sábado. Embarca às 8h30min na parada em frente da escola Vida Nova. Nesta sexta-feira, no mesmo ponto estavam mais duas pessoas. Dentro do ônibus havia outras três.

“O ônibus está sempre com assentos sobrando”, comenta. O motorista confirma: “no início da manhã temos mais passageiros. O pessoal que vai trabalhar. Em outros horários, no meio da manhã ou no meio da tarde, faço o transporte de duas ou três pessoas. É complicado.”

Esse é um dos principais desafios para a empresa responsável pelo serviço. Conseguir tornar o modelo sustentável, com um equilíbrio entre as despesas para manter as rotas com a receita das passagens.

A Expresso Azul completou nessa sexta-feira sete meses à frente do transporte coletivo de Lajeado. “Tem sido sofrido. A pandemia interferiu muito sobre a demanda”, conta o diretor da empresa, Pedro Guarnieri.

Pelos cálculos, a receita dos ônibus está em 43% do previsto. “A despesa segue integral. Fizemos financiamentos para compra da frota.” De acordo com Guarnieri, o período de maior movimento vai das 6h às 8h da manhã. À tarde, há mais procura após as 16h até as 19h.

“Se fosse pensar como empresa, manteríamos o transporte apenas nestes horários. Mas como se trata de um serviço público, temos que atender as pessoas, mesmo que tenhamos prejuízos em algumas rotas.”

Devido a pandemia, também há uma série de protocolos sanitários para serem atendidos. Os coletivos podem rodar com no máximo 60% da ocupação. Representa o máximo de 54 pessoas por ônibus.

De 34 ônibus, 18 em operação

Conforme Guarnieri, os melhores horários tem uma média entre 30 a 35 passageiros. Esse número, diz, seria o ideal para a sustentabilidade das rotas caso fosse uniforme.

Diante da baixa demanda de passageiros, o contrato possibilita a redução de algumas rotas

e horários. “Mesmo assim, em percentual, temos mais viagens do que passageiros”, diz.

Segundo o diretor da Azul, dos 34 ônibus previstos para o serviço, 18 estão em operação.

“Para reduzir os custos, poderíamos vender os veículos, demitir alguns da equipe. Mas como faremos com a volta às aulas?”, questiona Guarnieri.

Em seguida complementa: “temos de ter a estrutura para atender caso volte a crescer a demanda. Isso não se faz de uma hora para outra. Leva tempo preparar os motoristas, como também é preciso ter os coletivos para voltar a atender nas rotas suspensas.”

Maiores demandas são das 6h às 8h e das 16h30min até as 19h. Para especialista, isso indica o perfil dos usuários, de trabalhadores com expediente no horário comercial

Transporte por aplicativo e clandestinos Além da pandemia, outro problema para o sistema coletivo tem sido o uso dos aplicativos e o transporte clandestino. “Sabemos

Bilhetagem eletrônica foi implementada no transporte de Lajeado. Ônibus também contam com rastreamento GPS

que tem motoristas que encostam na parada do ônibus, abrem a porta e chamam os passageiros”, adverte Guarnieri.

Sobre os aplicativos, o diretor da Azul destaca: “é um modelo que interfere sobre todo o transporte público. Esses serviços não têm as responsabilidades de uma empresa.” Para ele, é necessário ampliar o debate sobre a taxação dos aplicativos.

Equação complexa O

urbanista

e

professor

Frota da empresa tem 34 ônibus.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021 FOTOS FILIPE FALEIRO

DETALHES SOBRE O TRANSPORTE A Expresso Azul assumiu a concessão no dia 22 de junho de 2020.

• O contrato é de dez anos, prorrogável por igual período; • Para a continuidade, a concessionária deve comunicar o interesse de permanecer com antecedência de um ano; • Precisa manter um índice de cumprimento de viagens igual ou superior a 90%; • Manter um nível de aceitação do usuário, comprovada por meio de pesquisa, de 70% nos conceitos bons ou ótimo.

Sobre a frota:

• Ônibus terá a idade máxima de rodagem de 15 anos; • A média entre toda a frota tem de ser igual ou inferior a 8 anos; • Tem de ofertar 15% da frota com condicionadores de ar; • Ônibus com roleta eletrônica; • A frota tem 34 ônibus. Destes, 18 estão em operação;

Situação atual

• A receita com a venda de passagens está 57% abaixo do previsto; • O motivo para a redução da demanda tem como principal fator a pandemia; • Junto disso, também a popularização dos aplicativos de transporte e a presença de motoristas clandestinos; • Nos horários de pico, no início da manhã e fim da tarde, a média de passageiros fica entre 30 a 35 pessoas; • Nos horários intermediários, o número de passageiros é inferior a dez;

Augusto Alves destaca a importância de um sistema de transporte coletivo eficiente e sustentável. “Torna a mobilidade da cidade mais racional, pois evita uma grande concentração de veículos individuais, tem-se menos engarrafamentos e também poluição.”

Lembra o debate que ocorre em Porto Alegre, onde o poder público subsidia o sistema para evitar uma alta sobre os preços das passagens. “Olhando para o que acontece na capital, é uma equação que não fecha. Parece

não ter saída.”

Em Porto Alegre a revisão no preço do transporte indica um preço da passagem acima dos R$ 6. “É muito caro, pois quem mais depende do transporte são as pessoas com menor renda.”

Para Lajeado, Alves alerta: “não estamos muito diferentes.

Se temos muitas rotas sem passageiros, logo chegaremos a um limite. Talvez, em um futuro breve, também seja necessário um subsídio público para manter o sistema. É uma equação bastante complexa.”

ENTREVISTA Carolina Becker, engenheira e professora da Univates

“Pensar a integração entre os diferentes tipos de transportes pode ajudar na sustentabilidade” Os desafios para o sistema de transporte coletivo também passam por uma mudança cultural, acredita Carolina Becker.

Para a engenheira e professora, é preciso criar um estímulo para o uso dos ônibus.

A Hora - O transporte público coletivo nas cidades do país enfrenta dificuldades. Como é possível tornar o sistema sustentável?

Carolina Becker – Penso que a mudança de comportamento no que se refere à maneira com que nos deslocamos é, antes de tudo, uma questão cultural.

Um sistema de transporte sustentável leva em consideração o planejamento de ações de curto, médio e longo prazo para as diversas possibilidades de deslocamento. Além do veículo individual e do sistema de transporte público, existem outras alternativas. Cabe a cada município ou região pesquisar sobre a viabilidade técnica, econômica e ambiental de cada uma, para planejar um sistema que seja eficiente e atenda às necessidades da população.

Neste sentido, pensar a integração entre os diferentes tipos de transportes pode ajudar na sustentabilidade. Por exemplo: projetar bicicletários junto a pontos de parada de ônibus, linhas cicloviárias que tenham conectividade e placas de sinalização para rotas de pedestres.

Dezoito estão em operação. Os demais, ficam guardados na garagem

– Lajeado tem um dos maiores índices de motorização do estado. Perto de um veículo por habitante. Neste contexto, qual o impacto disso sobre a malha viária?

Carolina Becker – O nosso modelo de transporte pode ser caracterizado como um círculo vicioso, ou seja, os investimentos são feitos na tentativa de dar conta da demanda de veículos individuais que circulam nas vias.

Com isso, os usuários cativos do transporte público vão sendo desestimulados, tornando este sistema cada vez menos atrativo.

Como quebrar com esse círculo?

Carolina – O transporte individual passa a ser desincentivado por meio de cobrança de taxas em áreas centrais, por exemplo. Os recursos captados são aplicados na melhoria do transporte coletivo, o que beneficia os usuários cativos e atrai novos usuários, aumentando os recursos, que são

reinvestidos, e tornando o modo mais vantajoso.

Para que haja esse interesse, no entanto, é necessário analisar diferentes fatores que podem influenciar na escolha pelo transporte público, como: segurança, confiabilidade, conforto, pontualidade, assiduidade, itinerários, entre outros.

Atender às expectativas dos passageiros, com um valor de passagem atrativo e que, ainda, dê lucro à empresa, é uma equação complexa.

Qual o impacto dos aplicativos de transporte sobre os modelos de transporte das cidades, em especial dos ônibus e lotações?

Carolina – Penso que há demanda suficiente para todas as ofertas. Além disso, o aumento de alternativas de deslocamento acaba gerando uma concorrência que beneficia o usuário, pois tende a reduzir preços.

A cada década vemos os saltos que a tecnologia promove com relação ao deslocamento. A trajetória é repleta de sucessos no que diz respeito à diminuição do tempo de viagem e aumento do conforto durante o percurso.

Acredito que ainda há muito a evoluir neste sentido, portanto, resta nos adequarmos aos novos paradigmas e procurar fazer uso consciente dos recursos que temos disponíveis.

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Região permanece em bandeira vermelha Das 21 regiões, quatro receberam bandeira laranja. As demais estão em alto risco epidemiológico

Governo federal anunciou que envio de doses aos estados deve ocorrer neste fim de semana, após análise de segurança por parte do Ministério da Saúde PAÍS

ESTADO

O

mapa preliminar da 38ª semana do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta-feira, 22, reflete a alteração de indicadores monitorados pelo sistema estadual de enfrentamento à pandemia, com leve queda de internações e óbitos por Covid-19.

Com isso, a classificação prévia traz quatro regiões com bandeira laranja, sendo que no mapa preliminar da semana passada, havia apenas uma e, no mapa definitivo, ficaram duas laranjas após o deferimento de um dos recursos.

Ainda assim, a grande maioria das regiões segue em bandeira vermelha, ou seja, com risco alto para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no Estado. As 17 regiões em vermelho somam 78,4% da população gaúcha.

Para o total do Rio Grande do Sul, houve redução no número de pessoas confirmadas com Covid em leitos clínicos (-9%) e estabilidade nos internados em UTI. Foi registrada, ainda, estabilidade no número de casos ativos e, no acumulado desta semana, considerável redução dos óbitos (-19%).

Mesmo com o início do plano de vacinação, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforça que a pandemia não acabou, e o mapa preliminar continua refletindo

Vacina de Oxford chega ao Brasil

Regiões em bandeira vermelha somam 78,4% da população gaúcha

a gravidade da situação do Rio Grande do Sul. “A vacina chegou, mas a quantidade ainda é pequena diante da população que deverá ser vacinada. Portanto, mais uma vez, salientamos a importância do cuidado individual, com o próximo, do uso dos equipamentos de proteção, especialmente a máscara, de lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e ter cuidados básicos. O mapa de hoje revela justamente que a maioria das regiões está em risco alto. Toda a população deve continuar em estado de alerta porque o vírus segue circulando”, afirma Arita.

REGRA 0-0 De acordo com o mapa preliminar da 38ª rodada, 408 municípios (do total de 497) estão clas-

sificados em bandeira vermelha, somando 8,9 milhões de habitantes, o que corresponde a 78,4% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).

Desses, 149 municípios (650,5 mil habitantes, 5,7% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

Na região, os municípios que se encaixam na Regra 0-0 são: Capitão, Colinas, Dois Lajeados, Marques de Souza, Muçum, Nova Bréscia, Poço das Antas, Pouso Novo, Relvado, São José do Herval, São Valentim do Sul, Travesseiro e Vespasiano Correa.

A chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca, permitirá que mais pessoas sejam imunizadas contra a covid-19 no Brasil. A expectativa, segundo presidente Jair Bolsonaro, é que as doses comecem a ser distribuídas ainda neste fim de semana com auxílio da Força Aérea Brasileira para agilizar distribuição.

As vacinas chegaram no final da sexta-feira, em São Paulo, vindas do Instituto Serum, na Índia.

Após a verificação da qualidade de segurança, rotulagem e etiquetagem, elas devem ser enviadas aos estados.

Até o envio das vacinas ao Brasil, o país indiano havia liberado apenas o envio de remessas de vacina gratuita a países vizinhos.

No entanto, agora, o território brasileiro e o Marrocos foram beneficiados com voos comerciais.

A Secretaria Estadual da Saúde recebeu a informação do Ministério da Saúde sobre a chegada das doses, mas ainda não sabe quantas devem ser destinadas aos gaúchos. Além disso, não se sabe se as doses que devem ser encaminhadas ao Estado serão todas do lote de 2 milhões de doses da Fiocruz ou se, em parte, já virão vacinas do lote de outras 4,8 milhões de doses da CoronaVac, do Instituto Butatan, que teve pedido de uso emergencial aprovado na sexta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Sputnik V

O Brasil começou a produzir em território nacional doses da vacina russa contra a covid-19, a Spunik V. No entanto, o imunizante ainda não foi autorizado no país. A produção iniciou em lote-piloto de Insumo Farmacêutico Ativo (IEA), o princípio ativo do imunizante. No pais, será possível produzir cerca de 8 milhões de doses por mês, assim que a planta da farmacêutica em Brasília, a Bthek, estiver operando em capacidade máxima.

No momento, o Brasil não possui quantidades suficientes de IEA para dar continuidade à vacinação com o imunizante produzido pelo Instituto Butatan/Sinovac nem como o da Universidade de Oxford/AstraZeneca.

CONTINUIDADE DA 1ª FASE O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) também aguarda parecer do Ministério da Saúde sobre como se dará a continuidade da primeira fase da vacinação no Rio Grande do Sul. As primeiras doses da CoronaVac chegaram na segunda-feira, 18, ao Brasil.

Em entrevista à Globo News nesta semana, o vicepresidente de Produção e Inovação em São da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendou que, inicialmente, o regime de aplicação da vacina de AstraZenaca/Oxford seja o de dose única. Se o Ministério seguir a recomendação, é possível que mais pessoas sejam imunizadas com esse lote que chega da Índia.

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Recuperação das margens será concluída até fevereiro ARQUIVO A HORA

Município está na fase final de obras em pontos prejudicados pela enchente histórica de julho de 2020

ARQUIVO A HORA

BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

LAJEADO

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ais de meio ano depois de uma das maiores cheias da história do Rio Taquari, os trabalhos para a reconstrução de pontos danificados na orla continuam. A administração de Lajeado está na fase final do projeto de reparação dos locais danificados na barranca do rio.

Para facilitar a execução das melhorias, os pontos de recuperação foram divididos em dois lotes que totalizam 13 etapas. O investimento total é de R$ 4,2 milhões e são recursos oriundos do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Enchente de julho de 2020 foi uma das maiores da história do Rio Taquari

Obras de reparo custaram R$ 4,2 milhões. Recursos são do governo federal

O lote um inclui as oito primeiras etapas, sendo de responsabilidade da Construtora Giovanella. Já o lote dois, que será executado pela Construtora e Urbanizadora PAP, abrange da etapa nove à 13. O local com mais pontos de reconstrução é a rua Oswaldo Aranha, que compreende desde a etapa três até a 11. Já as etapas um e

receber intervenções e as obras devem ser entregues até o final de fevereiro. “Iniciamos agora a recuperação do penúltimo ponto. É uma série de serviços que precisam ser realizados, como por exemplo a reconstrução das calçadas de passeio e a pavimentação”, comenta.

Fornari destaca a importância da recuperação da orla do

dois são na rua Bento Rosa, no bairro Hidráulica, e as etapas 12 e 13 são na Beira Rio. As empresas foram contratadas por meio de processo licitatório.

De acordo com o vereador Isidoro Fornari - que atuou como coordenador de Projetos Especiais da gestão 2017/2020 -, dois locais ainda precisam

Rio Taquari. “Se não existisse a possibilidade de recuperar esses espaços, certamente teríamos que fechar as vias prejudicadas, já que as ruas não teriam condições de serem utilizadas. É uma obra importante para fortalecer a orla e a barranca do Rio Taquari, e assim ajudar a diminuir os impactos e efeitos de futuras cheias”, finaliza.

Amvat troca diretoria na sexta-feira ARQUIVO A HORA

Prefeito reeleito de Santa Clara do Sul, Paulo Cezar Kohlrausch, será o novo presidente da entidade VALE DO TAQUARI

A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realiza na próxima sexta-feira, 29, a primeira assembleia

Kohlrausch é o indicado do MDB para comandar a associação em 2021

geral da entidade neste ano. O encontro acontece a partir das 9h, no Estrela Palace Hotel, em Estrela. A principal pauta é a eleição da nova diretoria da entidade. Mantendo acordo de vários anos, o MDB, partido que elegeu o maior número de prefeitos na região, vai indicar o presidente, estando já definido o nome do prefeito reeleito de Santa Clara do Sul, Paulo Cezar Kohlrausch.

Além do presidente, a diretoria é formada ainda por 1º e 2º vice-presidentes, 1º e 2º secretários, 1º e 2º tesoureiros e três membros titulares e três suplentes do Conselho Fiscal. Conforme Kohrausch, a chapa com a nominata completa será apresentada na assembleia.

Os trabalhos serão conduzidos inicialmente pelo presidente Celso Kaplan, ex-prefeito de Imigrante e atual secretário da Saúde de Estrela. Kaplan assumiu a Amvat no início de junho de 2020 e destaca o trabalho

feito ao longo dos meses, quando a entidade tomou frente em questões como a pandemia do novo Coronavírus e a enchente, que assolou a região no mês de julho do ano passado. “O que mais me surpreendeu neste período foi como a entidade conseguiu crescer, como ela mostrou a sua importância no cenário regional. Conseguimos passar o recado aos municípios de como é importante ter o Vale unido, trabalhando por uma mesma causa”. Kaplan também destaca que foi um momento de crescimento pessoal. “Foi uma honra, ao mesmo tempo que foi um desafio enorme, ser presidente da Amvat nesse momento ímpar que vivemos no ano passado”, salientou.

Além da posse da nova diretoria, o encontro tratará de assuntos gerais, como o distanciamento controlado e demandas para o ano de 2021, e respeitará todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

Novo poço artesiano reforça abastecimento no Santo Antônio Moradores do bairro sofriam falta de água recorrente. Obra atende cerca de 1,5 mil pessoas LAURA MALLMANN

As tratativas para a construção iniciaram há cerca de seis meses com a administração municipal, que cedeu espaço para locação e instalação da estação. O poço fica junto ao ginásio e a pista atlética. “A água encontrada do local é de qualidade e atende a todos os critérios e análises da companhia”, revela.

laura@jornalahora.inf.br

O

abastecimento de água no bairro Santo Antônio, de Lajeado, foi alvo de constantes reclamações por parte de moradores nos últimos meses. Na sexta-feira, 22, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) inaugurou de forma emergencial um novo poço que promete atender a demanda local e reforçar o bombeamento do atual.

O novo poço fornece cerca de 20 metros cúbicos de água por hora.

Conforme o gerente da Corsan no município, Alexander Pacico, com esse reforço, 500 residências serão atendidas compreendendo 1,5 mil moradores.

Inauguração emergencial Para suprir a demanda do bairro e interromper a sequência de desabastecimento, o poço foi inaugurado assim que concluída a construção. Por conta disso, a distribuidora de energia local, a RGE, não conseguiu ligar a construção na rede para fornecer a energia ao poço.

Conforme o coordenador operacional da Corsan, Cristian Freitas, a ligação temporária tem cinco dias úteis para ser feita. “Enquanto isso, instalamos um gerador para já fornecer água à população”, explica.

A Corsan aguarda ainda a insta-

LAURA MALLMANN

lação de uma rede elétrica C8 que garante o funcionamento pleno do poço. Freitas explica que o prazo estimado para a demanda é de 60 dias, segundo a RGE. “A atual, uma C7, supre a necessidade inicial”, relata.

Obras paralelas Enquanto o poço não era inaugurado, obras paralelas foram realizadas para amenizar o desabastecimento constante no bairro.

Conforme Freitas, a Corsan instalou uma nova adutora junto ao poço antigo, após constatação da presença de ar nos tubos de abastecimento. “O ar causava a baixa pressão da água nas casas, além de apresentar coloração branca em algumas ocasiões”, relata.

Outra medida foi a interligação da rede com a do bairro Jardim do Cedro. A manobra dividiu o abastecimento entre os bairros e a situação foi normalizada. “Conseguimos manter os níveis de água para não faltar em nenhum local”, esclarece.

Poço fornece abastecimento para até 500 residências

Situação corrigida

Luana Amaral, moradora do condomínio Novo Tempo II, sofreu com o desabastecimento em julho do ano passado. Conforme ela, as obras emergenciais resolveram a situação de

forma momentânea.

Ela relata que houve desabastecimento nos primeiros dias deste ano. “Ficamos cerca de cinco dias sem água, mas como temos caixa foi possível realizar tarefas básicas”, relata.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

“A estrutura do estado e país não está cabendo nas contas públicas”

Presidente da Federasul defende uma reforma administrativa que ajuste contas brasileiras e gaúchas.

Além disso, fala sobre os desafios impostos pela tecnologia aos empresários ANA CAROLINA BECKER jéssica@jornalahora.inf.br

ESTADO

“N

ão acreditamos que seja um ano de superação da pandemia. Nesse sentido, entendemos que temos que trabalhar unidos, público e privado, em prol daquelas grandes reformas que muito se debatem no país”. A afirmação é do presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Anderson Cardoso, durante entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na sexta-feira, 22.

Conforme ele, a reforma administrativa e tributária em nível federal, além de projetos que seguem na esteira em nível estadual, são projetos importantes para serem aprovados para o enfrentamento do deficit fiscal do governo gaúcho e federal. “No âmbito regional, importante que tenhamos avanço nas privatizações”, pontua, referindo-se a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), entre outras.

Sobre a reforma administrativa dos militares, que ainda deve ser debatida, julga fundamental. “A estrutura do nosso estado e país

Presidente da Federasul concedeu entrevista à Rádio A Hora 102.9

não está cabendo nas contas públicas. Por isso é necessária uma reforma que ajuste o estado já que estamos diante de uma nova era com a digitalização e prestação de serviços de forma digital.”

ENTREVISTA • Quais os desafios para os empresários diante da revolução tecnológica?

As empresas que já estavam em processo de transformação digital e inovação nos seus processos internos, relação com o cliente, na entrega e na prestação de serviço. Elas se saíram muito melhor durante a pandemia. Aquelas que não estavam trabalhando de forma tão eficaz com a tecnologia, foram ágeis nessa mudança. As empresas passaram a ter novos processos internos digitalizados, permitindo o gerenciamento a distância. A inovação é uma bandeira que a nova diretoria traz para a Federasul para o ano.

• Quais as metas da Federasul para 2021?

No dia 29 teremos uma reunião de alinhamento estratégico do ano, onde vamos solidificar os temas do ano, certamente a inovação vai ser um deles, sustentabilidade e diversidade, temas que são importantes de serem debatidos, assim como a manutenção de talentos, saúde, educação. Inovação é o tema central porque isso que dá competitividade para as empresas, inovação com o desenvolvimento de novos processos internos, no produtor, na forma de entrega, na forma de enfrentar e melhorar a competitividade para enfrentar a nova economia que vem surgindo.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

VELHA GUARDA DOS GAMES

Colecionador tem mais de 60 Ataris ARQUIVO PESSOAL

Raridades Em tempos de videogames super A coleção começou com um item nem tão raro, um Mega Drive, lanrealistas, o culto ao çado em 1988. A ideia era criar uma clássico dos jogos sala com jogos retrô na empresa de computação gráfica que mantém eletrônicos mobiliza com um sócio. apaixonados.

O projeto não evoluiu, o console foi para sua casa e deu início à coleEmpresas se dedicam ção. Desde 2013, o foco é o Atari.

São mais de 60 Ataris, de todos a criar novos jogos ao modelos já lançados. Desde os oriconsole lançado mais ginais, fabricados pela Atari Corpode quarenta anos atrás ration, dos Estados Unidos, até os MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

ESTRELA

J

ogos hiper-realistas com gráficos cada vez mais complexos, controles com sensor de movimento e ampla variedade de jogos e fases não são exatamente os atributos buscados por Marino Muxfeldt em um videogame.

Aos cenários tridimensionais capazes de transportar o jogador para dentro de um mundo ficcional, ele prefere as relíquias, capazes de transportá-lo do quarto de casa para outro universo, o nostálgico mundo da infância.

“Eu gosto muito de Atari, mas não sou purista de dizer que o antigo é melhor. O que me atrai nos jogos retrô é a nostalgia mesmo. Eu acho que é um resgate que a gente faz da infância. Quando o cara era piá tudo era bom, não precisava pagar boleto”, diz.

Muxfeldt só teve seu primeiro videogame na idade adulta.

“Quando eu era novo, não tive videogame. Sempre ia jogar nas casas dos amigos. A primeira vez que joguei foi em 1988, na casa do patrão da minha irmã. A gente morava no interior, eu nunca nem tinha visto”, recorda.

O primeiro jogo ganhou de presente da irmã, no natal de 1992, era a fita de Seaquest. Seu irmão havia comprado um videogame, que acabou sendo negociado alguns meses depois.

Hoje, Musxfeldt coleciona Ataris. Pela internet, descobriu que a prática é mais comum do que se possa maginar. É administrador de um grupo no Facebook com cerca de quatro mil colecionadores.

Neste mês, a Atari Corporation começou a entregar as primeiras unidades do recém lançado Atari VCS. A nova edição do game clássico conta com suporte a mouse e teclado, conexão Wi-Fi e foi anunciado como um híbrido entre console e PC.

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

vários “clones”, como são chamadas as versões de marcas nacionais do clássico dos games.

O colecionador cerca de 150 cartuchos do jogo que ganhou da irmã e que ainda hoje é o mais jogado por ele. Nos grupos, tornou-se “o maluco do Seaquest”.

Depois de adulto, Marino passou a colecionar os videogames que não teve na infância

Quase 50 anos de videogames Ja comprei itens a preço de chiclete que valem R$ 2 ou 3 mil.”

MARINO MUXFELDT COLECIONADOR DE VIDEOGAMES

Das doações às peças caras Entre as peças mais raras está um Onix Junior, clone nacional de Atari fabricado pela Microdigital, o único da época com botão de pause, que ganhou de um colecionador que conheceu pela internet.

O que tem valor para um, pode não ter para outro. Esse Onix Junior, por exemplo, pode custar até R$ 1,5 mil em sites de compra e venda.

“Tem o lado do cara com paciência, que consegue os itens com tempo. E tem o cara que está com grana e está disposto a pagar. Ja comprei itens a preço de chiclete que valem R$ 2 ou 3 mil.”

Novos jogos para antigos aparelhos A crescente procura por games antigos fez surgir um mercado de desenvolvimento de novos jogos. São chamados de Homebrews, nome que deriva das cervejas caseiras.

Desde 2015, o músico e designer gaúcho Leandro Câmara desenvolve jogos para Atari. Hoje, vive em Portugal.

Começou colecionando cartuchos e passou a desenvolver jogos, primei-

PRÉ-HISTÓRIA

Antes de os jogos migrarem para dentro dos televisores, se tem registros de protótipos e aparelhos desenvolvidos por cientistas desde a década de 1940. Já nos anos 1970, foi criado o Pong, lançado no Brasil em 1977, com o nome de Telejogo.

DÉCADA DE 80 TERCEIRA GERAÇÃO

Após anos de crise, surge a geração que marcou uma mudança na história, com uma evolução nos gráficos. Em 1983, foi lançado o NES (Nintendo Entertainment System) e o SG100, da Sega. Master System e Atari 7800 também fazem parte desta geração.

1998-2004 SEXTA GERAÇÃO

É marcada pela entrada da Microsoft no mercado dos videogames. Os consoles ficaram mais velozes e com maior quantidade de memória. Gabe Cube, Play Station 2 e X Box são alguns dos mais conhecidos.

ro para consumo próprio. Em 2019 recebeu a premiação internacional Atari Homebrew Awards por seu jogo Rally Racer.

1972 - MAGNAVOX ODYSSEY

É considerado o precursor dos videogames. O aparelho rudimentar não reproduzia sons e cores. Teve 27 games lançados.

Foi criado por Ralph Baer, William Harrison e William Rusch, que venderam o projeto à Magnavox.

Foram vendidas cerca de 330 mil unidades.

1987-96 QUARTA GERAÇÃO

Marcada por processadores 16 bit, controles com mais botões, cores mais elaboradas e som stereo.

Super Nintendo, Neo Geo e Mega Drive são os modelos mais conhecidos.

2004-2009 SÉTIMA GERAÇÃO

Geração marcada pelos sensores de movimento. Entre os consoles mais vendidos dessa geração estão o Xbox 360, o Nintendo Wii e o Play Station 3.

2011-2019 OITAVA GERAÇÃO

Tem o início marcado pelo lançamento Wii U pela Nintendo.

Também fazem parte o PlayStation 4 , Xbox One e o Nintendo Switch.

“Existe um grande meio de colecionadores e entusiastas que consomem esses itens. No mercado americano, já ocorre há mais de 10

1977 - ATARI 2600

O mais popular dos videogames antigos, é considerado precursores da segunda geração.

Estima-se que tenham sido vendidas cerca de 30 milhões de unidades do console. Inovou, ao comportar cartuchos, ampliando a variedade de jogos.

1993-99 QUINTA GERAÇÃO

O Atari Jaguar foi o primeiro console com processador de 64 bit. Foi um fracasso de vendas e a Atari deixou o mercado de consoles domésticos. Os videogames mais vendidos nesta geração foram Sega Saturn, Play Station e Nintendo 64.

2020…

NONA GERAÇÃO

Os mais recentes videogames lançados são considerados a nona geração dos consoles.

Entre eles estão o Play Station 5 e o Xbox Series.

anos, com feiras e demonstrações de novos jogos para plataformas antigas. No Brasil esse cenário está se firmando”, avalia.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

Resumo da novela

OBITUÁRIO MARIA THEREZA HAUSCHILD faleceu nesta sexta-feira, aos 89 anos. O enterro aconteceu ontem no cemitério católico de Linha Santa Rita.

A força do querer Rubinho se emociona com o presente de Bibi. Caio confidencia a Selma que a polícia está pronta para invadir a comunidade dominada por Rubinho. Selma questiona Caio sobre Bibi. Simone confronta Dita sobre acobertar as atitudes de Silvana.

Ritinha despista as desconfianças de Zu. Ruy e Zeca se lembram da

profecia do índio. Cibele briga com Ruy por causa de Ivana. Ruy revela a Dantas que Cibele fez um exame de DNA em Ruyzinho sem o seu consentimento. Rubinho se insinua para Carine e presenteia Bibi. Garcia pede a Aurora que não apresente Rubinho a Elvira. Jeiza descobre que Zeca e Ritinha se beijaram.

AMÁBILE BRONCA faleceu nesta sexta-feira, aos 91 anos. O enterrou aconteceu ontem no cemitério de Linha Marches do Herval - Picão em Roca Sales.

Para informar falecimentos:

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL La (?), festa folclórica espanhola "Zero Hora" e "Correio do Povo" Contato permitido no jogo de futebol

Portão, em inglês

Acusação dos EUA ao Irã Aparato auxiliar no içamento de pesos

(?) Pagodinho, cantor de "Jura" DesvirEntretanto tuados

Saudação coloquial Cálculo aritmético

Sucesso de Elis

Pedido da criança pequena à mãe

Gafes Barraca comum nas feiras livres Condição política do Brasil até 1815

Pé (?) pé: vagarosamente Elemento infiltrado em uma quadrilha

Haja Coração a moça mentiu para ela. Fedora sugere que Leozinho seduza Safira para conseguir seu apoio na candidatura à presidência do Grand Bazzar. Rebeca se irrita com o sucesso que Aparício faz com Penélope e Leonora. Dinalda encontra a carteira de Aparício e descobre que ele é o presidente do Grand Bazzar.

Golpe do cavalo Religiosa do convento

(?)-delta, tipo de corte de cabelo

Lugar longínquo (p. ext.)

Intensa

Nevoeiro muito espesso

Nitrogênio (símbolo) Grande confusão

Solução Tomam providências

Repetição de sons As Nações Unidas

Marcelo (?): dirigiu o "CQC"

Fluido de pneus Enguia, em inglês

Conceito de Lao-Tsé 1.600, em romanos

Saudação coloquial Cálculo aritmético

33

Nevoeiro muito espesso

ogênio bolo) ande fusão

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Pedido da criança pequena à mãe

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Acusação dos EUA ao Irã Aparato auxiliar no içamento de pesos

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© Revistas COQUETEL

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PEIXES: O melhor é se concentrar nas suas atividades e cuidar bem das suas emoções, já que Mercúrio continua botando fogo no parquinho!

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VIRGEM: Se estiver se dedicando aos estudos ou se precisar fazer contato com gente que mora longe, observe oscilações do seu humor.

Solução

Z A G O D EC O R PO A R I A O I C T A S O L O E T E N D A C O T A O F O R M A N TE L C D A R C O I C E R E C O U N DO I S O L A R S A N L I A C U T I S G I A A GE M U D OS I S M O

AQUÁRIO: Um encontro mágico entre a Lua e Plutão deve atrair um ex-amor. Talvez, você receba essa reaproximação com um pé atrás, mas o que custa dar uma chance?

33

F R E I R A

LEÃO: Quem busca um tigrão/uma tigrona vai fugir de aventura. Pode pintar interesse por colega de serviço ou profissão.

DAS DIRETAS

BANCO

CAPRICÓRNIO: A rixa entre a Lua e Mercúrio pode levar você a comprometer sua grana em produtos ou serviços não tão urgentes. OIho vivo, xuxuzinho!

J O R N A I S G A U C H O S

CÂNCER: Cautela ao lidar com papéis ou dinheiro ligados a impostos, seguros e contratos. Se necessário, leia os documentos mais de uma vez.

Atitude da pessoa nostálgica

A C

SAGITÁRIO: Vale a pena extravasar sua sensibilidade para lidar com as exigências do seu emprego, cujo clima pode ficar mais tenso.

Tomam providências

N D A T A O A N TE A R E R E C O L A R L I T I S A GE M S M O

GÊMEOS: Um bate-bola entre a Lua e Plutão deve expandir seus canais sensíveis na intimidade, gerando muito mais prazer na vida a dois.

Produz som agudo Festa licenciosa

E T E C O F O R M L C D C O I C U N DO I S O S A N A C U G I A U D OS I

ESCORPIÃO: Vamos sossegar o facho, ô, cristalzinho de rocha? Será um bom dia para estudar e fazer contatos, sobretudo com pessoas da sua geração.

O maior órgão do corpo humano

F R E I R A

TOURO: Perto da hora do almoço, as coisas complicam no trabalho: tudo pode parecer cansativo demais e sem chance de entendimento.

Marcelo (?): dirigiu o "CQC"

3/eel. 4/gate. 7/caligem. 8/tomatina.

LIBRA: A vida a dois ganha um estímulo de Mercúrio, que beneficia programas capazes de expandir ideias e horizontes.

Repetição de sons As Nações Unidas

Afastar Fécula usada em mingaus

HORÓSCOPO ÁRIES: Você saberá exercitar sua criatividade na convivência com seu bem, tornando a relação muito mais especial. Na paquera, será fácil adivinhar os desejos do crush. Que lacre, hein?

Fluido de pneus Enguia, em inglês

Tipo de TV de baixo consumo elétrico

N A I S G A U C H O S

Penélope mente para Beto sobre o apartamento em que mora com as amigas. Bruna coloca a família de Giovanni contra ele, dizendo a Francesca que o filho se aliou a Aparício. Murilo pensa que Afonso está viajando e se prontifica a ajudar Carol. Bruna descobre que Giovanni contou para Camila que ela foi sua namorada e deduz que

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A HORA | Fim de semana, 16 e 17 de janeiro de 2021

SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE E CAETANO PRETTO

Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

CRAQUES DO VALE

DIVULGAÇÃO

DE BOM RETIRO À ELITE DO PARANÁ

Depois de boa passagem pelo Novo Hamburgo, zagueiro Kesley Mattes atuará no Azuriz EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

D

epois de uma boa temporada atuando no Novo Hamburgo e no São Luiz, o zagueiro Kesley Mattes vai em busca de novos ares.

Desde segunda-feira está treinando no Azuriz, time que estreia na primeira divisão do Campeonato Paranaense.

O acerto com a equipe veio após uma conversa entre o seu empresário e a diretoria do time. “A ideia é essa, sair para um mercado novo. É um clube empresa, que preci-

sa fazer negócios para sobreviver, pensei que seria melhor para o meu futuro vir para cá.”

Sobre o trabalho, a expectativa é muito grande, uma vez que a comissão técnica está fazendo uma excelente pré-temporada. “O Fabiano Daitx é um cara muito verdadeiro, acredito que se todos abraçarem a ideia vamos fazer um grande campeonato.”

O zagueiro comenta que o objetivo do Azuriz é disputar o Brasileirão Série D e a Copa do Brasil em 2022. “É uma baita vitrine para todos jogadores que atuam aqui.”

INSPIRAÇÃO Na temporada passada, o conterrâneo Mateus Quaresma se destacou com o Cascavel e conseguiu uma transferência para o Arouca, de Portugal.

“Crescemos juntos e jogamos

bastante no amador, espero poder estar trilhando o mesmo caminho. Sempre almejando o melhor.”

TEMPORADA PASSADA O ano iniciou no Novo Hamburgo, onde disputou o Gauchão e foi titular em grande parte da campanha. “Foi muito especial para mim, pois com 20 anos consegui atuar em grande nível no Gauchão, isso agregou muito no meu currículo.”

Depois do Novo Hamburgo, foi emprestado para o São Luiz, onde disputou o Brasileirão Série D.

CONHEÇA O AZURIZ

O clube paranaense foi fundado em fevereiro de 2018 pelo empresário Pedro Weber e um fundo de

Depois de excelente temporada com o Novo Hamburgo, Kesley disputará a primeira divisão do Campeonato Paranaense

investidores que incluem o jogador Marcelo, do Real Madrid. A sede está localizada na cidade de Marmeleiro, mas o clube manda seus jogos no estádio do Pato Branco Esporte Clube.

Sua estreia no futebol profissional aconteceu no dia 18 de agosto de 2019, na terceira divisão do Paranaense. Em 2020, devido à desistência do Foz do Iguaçu FC e o impedimento do

Arapongas EC, o time ganhou o direito de disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense. Na tarde de 2 de dezembro de 2020, sagrou-se campeão da segunda divisão, quando venceu o Maringá FC por 3 a 0. “Não tem como comparar com outros lugares. A estrutura aqui é fantástica, de primeiro mundo. Nunca tinha trabalhado em lugar parecido”, salienta Mattes.

FUTSAL FEMININO

EZEQUIEL NEITZKE

A TRÊS JOGOS DO TÍTULO

Alaf disputa neste domingo a última fase da Copa Sul Riograndense Três finais, assim estão sendo tratados os jogos decisivos da Copa Sul Riograndense, agendados para o dia 24 de janeiro, em Santa Rosa. Faltando poucos dias para a decisão a equipe realiza os últimos ajustes.

Segundo o coordenador e um dos treinadores da equipe, Nei Jung, as atletas estão muito

comprometidas com o trabalho e estão buscando a cada treino a perfeição. “Houve muito empenho e comprometimento por partes das atletas. Elas querem muito esse título.”

Segundo o coordenador, é possível conquistar o título, para isso, as meninas saem neste sábado de Lajeado e ficam hospedadas em um hotel para estarem bem descansadas para a decisão. “No dia do jogo tudo pode acontecer, pois sabemos que jogo é diferente de treino.

Estamos focados em fazer o nosso melhor.”

FÓRMULA DE DISPUTA Diferente das outras, a fase final será no sistema mata-mata.

Perdeu está fora. A estreia da Alaf é contra a LP, de Erechim.

Se vencer enfrentará o vencedor do duelo entre Zueira Fênix, de Viamão, e Polar FC, de Frederico Westphalen.

Ainda estão disputando o torneio as equipes Nacional (Passo Fundo), Nonoai (Nonoai), A.S.E (Santa Rosa) e Peñarol (Santa Maria).

Alaf está invicta no torneio, o primeiro que disputa na categoria feminino

JOGOS

9h – Nacional x Peñarol 10h – A.S.E x Nonoai 11h – Alaf x LP Erechim 14h – Zueira Fênix x Polar FC 15h – Semifinal 1 16h – Semifinal 2 17h30min – Disputa do terceiro lugar 18h30min – Final

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 16 e 17 de janeiro de 2021

FUTEBOL 7

SOGES ENCERRA TEMPORADA 2020

Xtotz United, Diretoria, Nárnia e Tô Com Sede foram os grandes campeões da temporada

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

SÉRIE OURO

N

a grande final da noite, o Xtotz United faturou o bicampeonato da Série Ouro da primeira divisão da Copa Soges. A conquista veio após vitória no tiro livre. Rica em um belo chute do meio campo abriu o placar para o Xtotz United aos 20min do primeiro tempo. O gol do empate do Brocadores veio aos 9 com Alex Andrade.

Com o empate em 1 x 1, o jogo foi para a prorrogação, onde as equipes já exaustas pouco conseguiram produzir.

SÉRIE PRATA No tiro livre brilhou a estrela do goleiro Ismael Krindges, o “Mael”, que defendeu duas cobranças e garantiu o título ao Xtotz United.

DESTAQUES

Campeão: Xtotz United Vice: Brocadores Artilheiro: Gui Zart (Brocadores) Goleiro menos vazado: Mael e Carlesso (Xtotz United) EZEQUIEL NEITZKE

O cenário da Série Ouro se repetiu na Prata. Muita emoção, poucos gols e decisão no tiro livre. Asim foi a conquista do título do Diretoria. Aos 15min, Negretti chutou e a bola sobrou para Wesley que de cabeça abriu o placar e colocou o Diretoria na frente.

Aos 4min Diego salvou em cima da linha o que seria o gol de Negretti.

Dois minutos depois, Diego chutou de fora e empatou o jogo. Ambas as equipes tiveram diversas oportunidades de

matar o jogo, mas não conseguiram.

No tiro livre, o Diretoria foi mais competente e converteu todas as cobranças.

DESTAQUES

Campeão: Diretoria Vice: Firma Artilheiro: Moisés Seidl (Interditados) Defesa menos vazada: Marcelo Hauschild (Firma) EZEQUIEL NEITZKE

Diretoria venceu o Firma no tiro livre e faturou o troféu da Série Prata Com apenas uma derrota, Xtotz United faturou o bicampeonato da Série Ouro

SÉRIE BRONZE Na quarta final disputada na Soges, o Nárnia conquistou o quarto título. Na noite de quarta-feira venceu o Super 10 Original e conquistou a Série Bronze.

Com 45 segundos, Ramon abriu o placar. No lance seguinte João fez bela jogada individual e na ânsia de afastar, Ramon tocou contra o patrimônio.

Aos 13, Andryon acertou um lindo chute de fora da área e recolocou o Nárnia na frente. No segundo tempo, logo aos 15 segundos, Negretti ampliou a vantagem. Aos 14 do segundo tempo, Betão descontou de cabeça para o Super 10 Original.

No fim da partida brilhou a estrela do goleiro Marcos Flach, com três defesas incríveis, salvou o Nárnia

SÉRIE COBRE de tomar o gol do empate. Faltando 1min30seg para o fim do jogo, em um contra ataque rápido, Badanha deu números finais ao jogo. Nárnia 4 x 2 Super 10 Original.

DESTAQUES

Campeão: Nárnia Vice: Super 10 Original Goleiro menos vazado: Marcos Flach (Nárnia) Artilheiro: João de Moura (Super 10 Original) – 27 gols

Disputando pela primeira vez um torneio na Soges, o Tô Com Sede levantou o título da Série Cobre. A equipe venceu o Estrelas do Futuro B por 5 x 1.

Cadinho abriu o placar para o Tô Com Sede aos 15min do primeiro tempo. Logo aos 2min da etapa final, Japa empatou após linda jogada individual.

A reação do Estrelas do Futuro parou aí.

Logo aos 4min, Rodrigo Kayser de Assunção chutou de fora da área e recolocou o Tô Com Sede na frente. No lance seguinte, Jusso aproveitou rebote e ampliou a vantagem.

EZEQUIEL NEITZKE

Em sua quarta final, o Nárnia conquistou o quarto título na Soges

Nos minutos finais Gabi e Ivan marcaram para o Tô Com Sede e deram números finais ao jogo.

DESTAQUES

Campeão: Tô Com Sede Vice: Estrelas do Futuro B Artilheiro: Marquinhos Guevedi (Meninos da Vila) Goleiro Menos Vazado: Cristian Eidelwein, o “Dumbo” (Passabola) EZEQUIEL NEITZKE

Com direito a goleada por 5 x 1, Tô Com Sede conquistou o título da Série Cobre

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

GRE-NAL 429

Liderança, invencibilidade e hegemonia: tudo em jogo Clássico de domingo tem tudo para ser um dos melhores dos últimos anos. Líder do Brasileirão, Colorado quer estender a boa fase ao clássico e voltar a vencer após mais de dois anos. Na sexta colocação, Grêmio defende hegemonia recente contra o maior rival e longa série invicta no campeonato CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Campeonato Brasileiro recebe neste final de semana um dos clássicos mais importantes dos últimos anos. O Gre-Nal 429 representa muito para a Dupla. Líder do Brasileirão, o Internacional chega à partida em uma sequência de sete vitórias consecutivas. Na briga pelo G4, o Grêmio não perde faz 16 jogos no campeonato. Quando o árbitro apitar o início de jogo, às 16h, muita coisa estará em jogo no Estádio Beira-Rio. A temporada 2020 tem sido marcante para a história do clássico. A partida de domingo será o sétimo encontro entre as duas equipes desde o início do ano passado. A vantagem é do Tricolor, com quatro vitórias e dois empates. Mais do que isso, o Grêmio não perde para o Internacional desde setembro de 2018.

Até por isso, a partida é mais valiosa para o Internacional. O

Colorado de Abel Braga é quem vive o melhor momento. São nove jogos sem derrota no Brasileirão, sete vitórias seguidas. Mais do que isso, o Inter assumiu a liderança na última rodada e luta para conquistar um título que não vence desde 1979.

INTER: APOSTA NA JUVENTUDE Depois de golear o São Paulo por 5 a 1, o Colorado chega com moral ao clássico.

Para a partida, Abel tem poucos desfalques. Em relação

ao último jogo, a única baixa é a do jovem atacante Caio Vidal, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Em seu lugar deve atuar o também jovem João Peglow. Quem também pode aparecer na partida é Thiago Galhardo, que deve

iniciar no banco.

Desde que chegou, o técnico tem feito uma grande aposta nos atletas jovens ou oriundos da categoria de base. Cinco devem iniciar o clássico: Lucas Ribeiro, Dourado, Praxedes, João Peglow e Yuri Alberto.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

PARA ACREDITAR

NO INTER

• A sequência de sete vitórias consecutivas é a melhor no Brasileirão desde 1978. Contra o Grêmio, o Colorado pode igualar seu recorde, que são 8 vitórias.

• O Inter é dono do melhor ataque do campeonato, com 53 gols marcados.

• O último levantamento apontou que o Colorado tem 50% de chance de ser campeão brasileiro.

HISTÓRICO

428

JOGOS

156 136 136 VITÓRIAS DO INTER

EMPATES

NO GRÊMIO

• O Tricolor não perde há 11 clássicos, a última derrota ocorreu em setembro de 2018.

1 a 0 gol de Edenilson.

• O Tricolor não perde pelo Brasileirão faz 16 partidas, a última derrota ocorreu contra o Santos, no dia 11 de outubro.

• O Grêmio é dono da melhor defesa da competição, com apenas 25 gols sofridos

BEIRA-RIO, 16H

INTER Marcelo Lomba Rodinei Lucas Ribeiro Cuesta Moisés Rodrigo Dourado Praxedes Edenilson Patrick Peglow Yuri Alberto Técnico: Abel Braga

GRÊMIO: RETORNOS IMPORTANTES O time de Renato Portaluppi tem duas grandes missões e que estão correlacionadas na partida: acabar com a sequência de empates e manter a hegemonia recente sobre o grande rival. Se está invicto faz 16 jogos no Brasileirão, o Grêmio é quem mais empata na competição.

15 partidas terminaram com igualdade entre o time e o adversário.

VITÓRIAS DO GRÊMIO

JOGOS

23 17 19 47 42 29 VITÓRIAS DO GRÊMIO

EMPATES

VITÓRIAS DO INTER

VITÓRIAS DO INTER

EMPATES

VITÓRIAS DO GRÊMIO

INTERNACIONAL

GRÊMIO

Vitória – Pode subir para a quinta colocação.

Empate – Também pode subir, pois tem a mesma pontuação do Palmeiras.

Derrota – Fica na sexta colocação

Vanderlei Victor Ferraz Geromel Kannemann Diogo Barbosa Matheus Henrique Lucas Silva (Darlan) Alisson Jean Pyerre Pepê Diego Souza

ENQUETE

Quem é o favorito para o Gre-Nal 429?

“A máxima de que Gre-Nal é um campeonato à parte é muito verdadeira. É um mundo diferente. Em alguns dos últimos clássicos nós já jogávamos um futebol superior e não vencemos. Acredito que agora seja o momento em que estejamos mais perto de quebrar esse ciclo de invencibilidade azul. Não somente pela sequência de vitórias, mas pelo ânimo e pela forma com que o grupo se colocou nas últimas partidas.”

JÉSSICA SALINI

Técnico: Renato Portaluppi

Campeões mundiais por Inter e Grêmio, Abel Braga e Renato Por-

118

JOGOS

Vitória – Mantém a liderança e pode até abrir dois jogos de vantagem para o segundo colocado.

Empate – Mantém a liderança mas pode ter o São Paulo o igualando em pontos.

Derrota – Pode manter a liderança, mas depende de resultados. São Paulo passa se vencer.

GRÊMIO

DUELO DE TREINADORES

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NO BEIRA-RIO

O QUE O CLÁSSICO REPRESENTA

ESCALAÇÕES

Para a partida, Renato tem notícias boas e ruins. As boas são o retorno de Pedro Geromel, que está recuperado e deve iniciar o jogo, e do volante Matheus Henrique.

Por outro lado, tanto Lucas Silva quanto Maicon são dúvidas.

PELO BRASILEIRÃO

taluppi farão duelo inédito no Gre-Nal 429. Mesmo com longa história pelos clubes, os treinadores jamais se enfrentaram no clássico gaúcho. Em duelos contra o grande rival, a vantagem é de Renato. O técnico disputou 24 clássicos. São 9 vitórias, 12 empates e 3 derrotas.

Aproveitamento de 54%.

Já Abel, pelo Inter, enfrentou o Grêmio em 19 jogos. São 5 vitórias, 8 empates e 6 derrotas. Aproveitamento de 40%.

“O Inter está em uma fase legal, de moral com seus torcedores e sete vitórias seguidas. O Grêmio vem em uma sequência de empates mas está na final da Copa do Brasil. Para mim o favorito no Gre-Nal é o Tricolor, pois se tratando da rivalidade, o Grêmio mostra a sua raça. A camisa pesa contra o maior adversários do sul. O Grêmio tem entrado nos clássicos com a cabeça erguida e tem conseguido os resultados. Acredito sim num resultado positivo para o Grêmio.”

REGINA WOHLER “Acredito que o Inter chega como favorito. Tenho uma opinião de que o futebol é momento, e o momento da equipe de Abel Braga é muito superior ao da equipe de Renato Portaluppi. O Inter chega ao clássico em uma sequência de sete vitórias seguidas, com um grande rendimento de jogadores como Patrick e Yuri Alberto. Já o Grêmio chega instável e com alguns jogadores em baixa, como é o caso do Jean Pyerre.”

LUCAS FROZZA “O Grêmio é o favorito. Em Gre-Nal o nosso Tricolor vem sempre com tudo, querendo ganhar. Sabemos que o Inter está mudando o seu perfil de jogo no campeonato, mas a rivalidade é algo à parte. Os últimos jogos falam por si só. Temos jogadores tecnicamente melhores, sem falar na raça. Para o Grêmio, o Gre-Nal é como uma final. Vamos ir para ganhar.”

VERA LUCIA NORBERTO

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

HUGO SCHÜNEMANN

CAROLINE LIMA SILVA

Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

ARTIGO

Vulnerabilidade: a certeza de se ser humano

V

ulnerabilidade passou a ser palavra esquecida do dicionário.

Parece uma ameaça à positividade que idealizamos para nós, reforçada nas redes sociais como saída para a felicidade plena. Entretanto, ela não é de todo ruim. Trago à tona tal conceito, porque, com humanos, nos são próprios sentimentos tanto bons, quanto maus, bem como todo o espectro diverso de sensações entre eles. Falar sobre vulnerabilidade significa perceber que o estado de fragilidade também nos compõe dentro

“Ter vulnerabilidades e dificuldades é saber que são partes do processo de crescimento humano, nos ampliando a noção de humildade e de eternos aprendizes diante da grandiosidade da existência.” de nossa subjetividade, despertos em momentos de crise, ansiedade, situações limite, com os quais, não raras vezes, nos deparamos em nossas vidas. Enfrentar nossas “aparentes” fraquezas nos auxilia no autoconhecimento de nossos aspectos sombrios e pouco explorados, possibilitando transformá-los em fortalezas internas e ferramentas de autogerenciamento emocional. Significa maturidade psíquica em perceber que o equilíbrio somente existe se apararmos as arestas que ainda teimam em serem pontos

cegos dentro de nós.

Nossa cultura reverencia muito os aspectos vitoriosos das pessoas, o que de fato devemos celebrar e cultivar como realização na vida. Mas o que chamo a atenção é a dificuldade do contato íntimo próprio de cada um consigo e da profundidade de visão advinda disso. Lembremos a flor de lótus, representação simbólica da filosofia hindu, que surge das profundezas do pântano lodoso para desabrochar em oito pétalas de cores, ou seja, a sabedoria que advém do material caótico interno. Assim, ter vulnerabilidades e dificuldades é saber que são partes do processo de crescimento humano, nos ampliando a noção de humildade e de eternos aprendizes diante da grandiosidade da existência. É firmar a estrutura para podermos crescer plenamente em direção à luz que merecemos, por sermos seres pertencentes ao Universo, tal qual a raiz das plantas que lhes sustenta para delas florir.

Dessa forma, a vulnerabilidade não nos faz nem piores, tampouco melhores a nada, nem a ninguém. Ela consiste simplesmente em algo que ainda não foi transformado, um potencial adormecido e ainda não plenamente fortalecido dentro de nós. Talvez seja esse aspecto que nos ajude a sermos mais empáticos, tolerantes e compassivos diante das fraquezas dos outros, percebendo que todos somos falíveis e errantes na vida. E essa consciência nos aproxima como humanidade, burilando nossos sentimentos para vermos o melhor em cada um sempre.

Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

ARTIGO

A quimioterapia no câncer

D

e início empírico, o uso de drogas no tratamento do câncer tornou-se ferramenta extremamente valiosa e abriu perspectivas reais para o controle da doença, ainda que de forma lenta.

Compreende-se aqui, que quando falamos em câncer, falamos de mais de 200 doenças diferentes e que acometem órgãos diferentes e que se disseminam de formas diferentes.

Assim, temos que um câncer de mama é diferente de um câncer de intestino, se comportam de maneira diferente, se espalham de forma diferente. E, por isso, precisam de tratamentos diferentes.

O conhecimento sobre o ciclo celular (os mecanismos que fazem uma célula se multiplicarem) e a biologia do tumor, ou história natural da doença – isto é, como ela frequentemente

“Compreende-se aqui, que quando falamos em câncer, falamos de mais de 200 doenças diferentes“ surge, como se manifesta, de que forma evolui – permitirei compreender a doença e estabelecer estratégias para o seu combate.

Já para constar, existem tumores que precisam de 65 dias para duplicar seu número de células, enquanto outras, precisam de esperar 12 dias para fazê-lo.

Imagine as implicações terapêuticas disso? Existem tumores que crescem localmente (como tumores primários do sistema nervoso central) e outras que precocemente se disseminam e de forma agressiva (como alguns tipos de câncer de pulmão, por exemplo). Esse entendimento tem que ser levado em consideração no momento de estabelecer

estratégias para combater o câncer.

Usualmente, a combinação de drogas é a estratégia mais adequada.

Entre as inúmeras disponíveis, são escolhidas aquelas que têm a maior chance de destruir as células malignas e são combinadas e partir de conhecimento de como fazer isso na célula maligna, isto é, como cada droga atua no ciclo celular, para que a combinação de drogas que atuem em momentos diferentes deste ciclo, impedindo a reprodução das células e levando-as à morte. Assim, é comum o uso de duas, três ou mais drogas, administradas juntas ou não, para atingir o maior efeito.

O intervalo entre as sessões de quimioterapia, encontrem sua explicação nas mesmas bases: usar do conhecimento do ciclo celular e da biologia do tumor, a associação de drogas pretende causar a maior destruição de células malignas, no espaço de tempo. Há um fator limitante. As drogas usadas atualmente não são desprovidas de toxicidade. E esta termina por limitar o uso delas.

Então, no momento em que o paciente recebe a dose do seu potoco (protocolo é à combinação de drogas) (drogas são os remédios), o alvo são as células malignas, mas, infelizmente, células saudáveis serão atingidas e destruídas também. Por isso, vemos que muitas vezes temos queda de cabelo e/ ou diminuição no número de glóbulos brancos (queda na imunidade) durante o tratamento.

Ficar careca é ruim, traz transtornos e angustias, mas não impede a sequência do tratamento. Já a queda nas defesas é ponto inicial e pode expor o paciente a desnecessário risco de vida.

Por isso o intervalo entre as sessões de quimioterapia são importantes, pois, elas permitem a recuperação das células sadias que possam ter sido atingidas pelos remédios.

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A HORA | Fim de semana, 23 e 24 de janeiro de 2021

ARDÊMIO HEINECK ardemio@bewnet.com.br

ARTIGO

“Guerra” contra a prevenção beira o ridículo

T

enho estranhado a campanha de grupos – políticos e de comunicações – contra medicamentos usados na prevenção e cura da covid-19. Matéria desta sexta-feira no portal de rede de comunicações gaúcha puxa uma manchete neste sentido, tal qual o faz diariamente, só que, desta vez, buscando assustar os leitores transcrevendo as contraindicações da bula de algum destes medicamentos. Sim, aquelas bulas de letra miúda que os médicos recomendam não se leia, sob pena de não se ingerir mais remédio algum, amedrontado.

A justificativa (esdrúxula) desses grupos é a falta de comprovação científica quanto à eficácia. Pois aí fico a imaginar como teriam sobrevivido os povos da idade média, os índios e os imigrantes que desbravaram nossos grotões, mato adentro, longe de vizinhos, de médicos e de hospitais. Sobreviveram e se

procriaram, muito às custas de medicamentos, plantas e práticas medicamentosas que passaram longe de comprovação científica.

Banho de querosene nos locais das mordidas de aranhas e de cobras. Emplastro de babosa ou de farinha para drenar furúnculos. Pó de café para estancar sangramentos oriundos de cortes, com posterior aplicação de banha limpa para cura. Chás de todos os tipos, cultivados nas hortas de cada propriedade rural, para os rins, vesícula, outras dores, etc.

A questão avançou há alguns meses, quando vinte médicos de Lajeado – grupo posteriormente engrossado por mais dezenas de profissionais – firmaram protocolo para uso de determinados medicamentos na prevenção e, no caso de infecção pela covid-19, de eliminação do vírus na sua primeira fase. Evitar-se-ia, assim, os efeitos danosos das fases seguintes da infecção. Compro-

vação científica? Ainda não, mas em andamento, com pesquisas já autorizadas pelo Ministério da Saúde. Comprovações factuais?

SIM! Baseadas em experiências exitosas com pessoas pelo

“Quem sabe, os que insistem com o tema, ao invés de assustar, levem a devida orientação às pessoas.” mundo afora. Inclusive, já agora, em muitas pessoas daqui, algumas, próximas a nós.

O esclarecimento decisivo tive com a entrevista do médico Alessandro Loyola, autor do livro “Covid-19: a fraudemia”, na Rádio

A Hora, último sábado. Segundo matéria publicada no Portal A Hora, conforme ele, há negação sobre a existência de tratamentos preventivos que possam evitar o óbito por Covid-19.

Citou medicamentos como a ivermectina, hidroxicloroquina, zinco e vitamina D. “Metade das pessoas que usam o kit precoce são salvas. Se for correto o número de 200 mil mortes no Brasil pela covid-19, o kit precoce poderia ter salvo 100 mil brasileiros”, defendeu. Vale ler a matéria e ouvir a entrevista no site A Hora. Com números e argumentos, contrapõe os “especialistas” usados pelos grupos que disseminam a intranquilidade e o medo.

Daí me pergunto: por que o fazem, se tais medicamentos não trazem riscos, ainda mais, ingeridos com recomendação médica?

Aliás, a hidroxicloroquina e a azi-

tromicina, integrantes do combo de medicamentos utilizados, com sucesso, na prevenção e combate à covid-19, só são obteníveis mediante receita médica. Que dizer: sob controle e orientação destes profissionais.

Vejo três motivações. Uma, política. Não política partidária.

Política de dominação econômica por um eixo formado pelos controladores das redes sociais e dos meios de comunicações mais expressivos do Planeta, aliados a grupo seleto de pessoas extremamente ricas. Outra, financeira: subsidio recebido. A terceira, ideológica. Amedrontar a sociedade, visando o poder.

Quem sabe, os que insistem com o tema, ao invés de assustar, levem a devida orientação às pessoas.

Ou, se ocupem com outros temas relevantes como alcoolismo, drogadição, deterioração da célula familiar, deterioração dos valores nacionais, etc.

Fim de semana,

23 e 24 de janeiro de 2021

MÍN: 22º MÁX: 33º

Sol e aumento de nuvens de manhã.

Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Clássico que nunca sai de moda Um dos primeiros consoles da história dos videogames segue atual para os aficionados Lançado há mais de quarenta anos, o mais clássico dos videogames ainda desperta paixão e nostalgia entre seus colecionadores.

Morador de Estrela tem mais de 60 itens de todas as versões já lançadas de Atari.

Empresas desenvolvem jogos novos para o velho console e criam um mercado, que está em ascensão.

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