A Hora - 28/12/2019

Fundado em 1º de julho de 2002.

A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019 | Ano 17 - Nº 2496 | Avulso: R$ 5,00

Fechamento da edição: 19h MATHEUS CHAPARINI

ESTIAGEM CASTIGA O CAMPO

Perdas já ultrapassam 20% No início da estação mais quente do ano, o meio rural já percebe as consequências da estiagem que tende a agravar. Calor intenso, baixa umidade e pouca perspectiva de chuvas

para os próximos dias aumentam a preocupação de produtores. Perda média nas lavouras da região é de 20%. Em Canudos do Vale, cidade mais impactada, prejuízo é de 50%.

Páginas 6 e 7

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

DNA na política Um século depois, presidente da câmara assume cadeira do bisavô.

OPINIÃO ADAIR WEISS

Rota da Inovação Pro_Move supera etapa política para avançar na prática.

EDITORIAL Reféns do tempo Campo carece de políticas públicas para atenuar efeitos da estiagem.

PRO_MOVE LAJEADO

Câmara aprova projeto

Em sessão extraordinária nessa sexta, vereadores aprovaram por unanimidade o projeto que estimula empreendimentos de inovação e tecnologia. Quatro emendas seguem para apreciação do Executivo. Página 5

PREPARE O BOLSO

Gás de cozinha sobe 5% Pelo terceiro mês consecutivo, produto sofre aumento de preço. cumulado de outubro até dezembro chega a 14%. Novo aumento foi confirmado nessa sexta-feira pela Petrobras.

Página 8

Página 2

2

A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Tem tudo que uma casa tem, só que é pequeninho”

Reféns do tempo MATHEUS CHAPARINI

Evandro da Silva, 52, mais conhecido como Nakajima, tem uma fábrica de estofados em Fazenda Vilanova. No ramo desde 1998, percorre o estado com um motorhome, com o qual visita clientes, apresenta mostruários e viaja com a família nos momentos de folga. Para ele, a independência que o veículo proporciona é insubstituível MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

• Como surgiu a ideia de colocar uma casa dentro de um carro?

Em 2016, o mercado nacional começou a mudar e, como eu fazia muito a Móvel Sul, em Bento Gonçalves, conhecia bastante clientes de fora do Brasil. A crise foi grande e tive que encolher a fábrica. Aí resolvi procurar outro mercado e comecei a vender para América do Sul. Só que toda venda tem que ter acompanhamento pós-venda.

Quando ia visitar os clientes, não podia levar meus produtos. Resolvi fazer uma van, onde eu pudesse viajar e trabalhar com ela.

Poderia usar como meu hotel e, nos fins de semana, como lazer também.

• Você viaja com a família no motorhome?

Vamos eu, minha esposa, meu guri, que nasceu faz um mês, e três cadelinhas. São

• O que tem no motorhome?

Shiitzu, uma tem 12 anos e está cega e tem outra que tem oito anos e teve sinomose. A gente sempre teve dificuldade para achar lugar para deixar. Hoje a gente está indo a Gramado, para fugir do calor, e elas vão junto.

Tem microondas, geladeira, fogão, aquecedor a gás, chuveiro quente, o vaso sanitário é com caixa de esgoto embaixo. Tem televisão, DVD, home theater. Tem tudo que uma casa tem, só que é pequeninho.

• Por que é melhor viajar assim do que ir de carro e ficar em hotel?

• O que te atrai na estrada?

Independe se for para trabalho ou passeio, tem banheiro, chuveiro, não depende de posto de gasolina, nem hotel. Sai a hora que quer, para onde quer. Você está livre, quem faz seu horário é você. No caminho, se quiser parar, pode. É a vantagem de levar a casa junto contigo. Claro, é pequena. Um motorhome de maior tamanho dá mais conforto, mas em compensação não pode parar em qualquer lugar. Além da economia, por ser a diesel.

Trabalhei seis anos em motomecânica e comprava motos usadas. A grande maioria era em Santa Catarina. Eu saía na terça e voltava na sexta. Fui me acostumando com as viagens. Sempre sonhei em estar fora, mas dormir na minha cama. Qualquer um sabe que nada melhor do que deitar na sua cama, tomar banho no seu banheiro e usar as suas coisas. Hoje me arrependo de não ter feito isso dez anos antes.

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS CEP 95900-104 www.jornalahora.com.br Fone: 51 3710-4200 assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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4,518

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5,039

0,073

0,073

Fonte: Infomoney (dia anterior até às 20h).

MÊS

% MÊS

% ACUMULADO ANO

ICV (Dieese)

09/2018

0,55

3,15

IGP - DI (FGV)

08/2018

0,68

6,64

IGP - M (FGV)

09/2018

1,52

8,30

INPC (IBGE)

09/2018

0,30

3,14

INCC

09/2018

0,17

3,22

IPC-A (IBGE)

09/2018

0,48

3,34

ÍNDICE

Contatos eletrônicos:

COMPRA

Peso Argentino

S

e o calor está insuportável na cidade, os seus efeitos são drásticos para o campo. A cada verão, volta a preocupação quanto às consequências da estiagem para os produtores rurais. Em uma região em que o setor primário é a base produtiva, a seca representa perdas para milhares de famílias e prejuízos significativos para a economia local.

Lavouras comprometidas, poços e açudes secos, animais fracos e desnutridos. As altas temperaturas, a falta de chuva e de umidade, que perdura faz dias, e a pouca perspectiva de reversão das condições climáticas para o próximo período prenunciam um cenário dramático para os agricultores, a recém no início da estação mais quente do ano.

Para quem sobrevive da produção de grãos, o cenário é desolador. Em algumas localidades da região, como Canudos do Vale, por exemplo, a Emater estima a perda de mais de 50% da produção de milho. E a cena se repete pelo interior, em uma espécie de efeito dominó, visto que o milho é usado principalmente para a silagem dos animais, em especial a vaca leiteira.

SALÁRIO MÍNIMO ANO: 2019 - R$ 998,00

MÊS

% MÊS

% ACUMULADO ANO 6.98 6.4

TR

10/2018

0,00

0,00

CDI MENSAL

09/2018

0,47

4,81

OURO E PETRÓLEO

FECHAMENTO

DATA

HORÁRIO

OURO (Onça Troy)

US$ 1532,10

24/9/2019

00:00

US$ 66,55

28/6/2019

21:00

PETRÓLEO

BOLSAS MUNDIAIS

PONTOS

%

IBOVESPA

80352.94

+0.60

DOW JONES (EUA)

25316.67

-0.53

S&P 500 (EUA)

2818.82

-0.66

NASDAQ (EUA)

7630.489

-1.38

DAX 30 (ALE)

12798.2S

-0.48

NIKKEI (JAP)

22712.75

-0.74

DATA

cotação do dia 30/07 até 17h46min

Ainda são poucas ou insuficientes as políticas públicas voltadas ao campo, capazes de fazer com que a principal fonte de riquezas do estado não continue refém do tempo.“ Trata-se, portanto, de um efeito avassalador para uma região onde a produção de leite é um dos pilares da força econômica. As consequências, porém, atingem todos os segmentos da agropecuária, com reflexos importantes nos outros setores. Entre 2010 e 2011, em um dos períodos de estiagem mais críticos da história recente do Vale, o prejuízo no campo ultrapassou R$ 40 milhões.

Como enfrentar esse problema cíclico, que periodicamente assola as propriedades? São nesses períodos que se torna indispensável a presença do poder público e das organizações vinculadas ao campo. No entanto, as medidas não podem se restringir a ações paliativas, como a disponibilização de carros-pipas ou mesmo a possibilidade de renegociação das dívidas dos produtores.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, estado que depende eminentemente do setor primário, urge a criação de um sistema inovador de irrigação no meio rural. Ainda são poucas ou insuficientes as políticas públicas voltadas para o campo, capazes de fazer com que a principal fonte de riquezas do RS não continue refém do tempo.

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As competências do futuro

Política cidadã começa dia 2

Ninguém sabe direito como será o futuro. Mas fica cada vez mais notória a necessidade de se ter Pensamento Crítico, Flexibilidade Cognitiva, Execução Inovadora, Conhecimento sobre o Comportamente Humano e Criatividade.

No Negócios em Pauta de dezembro (ver matéria interna), os profissionais do futuro foram o tema dos quatro convidados. Ficou cristalino que não basta o conhecimento técnico ou tecnológico, mas o enredo de comportamentos necessários para compreender os diferentes modelos mentais das pessoas e da estratégia dos negócios. Sem esta estrutura de pensamento flexível e aberto, não participaremos do mercado de trabalho no futuro.

Dia 1º inicia o calendário eleitoral de 2020. A Hora começa a série de reportagens sobre política e cidadania no dia 02 de janeiro. Inicialmente, a Redação prepara reportagem sobre o calendário e a cobertura eleitoral do Grupo A Hora, que terá pesquisas e debates durante o ano. A primeira matéria também traz o posicionamento editorial do A Hora, com as devidas normas e regras para funcionários e colaboradores, bem como sobre as relações com candidatos, partidos e assessores. O propósito é garantir aos leitores o máximo de transparência sobre o pleito.

ADAIR WEISS adairweiss@jornalahora.inf.br

LAJEADO

Pro_Move se consolida como política de cidade

Aprovação unânime na câmara é etapa que faltava para legitimar o movimento comunitário

P

ara alguns, foi pressão.

Para outros, uma necessidade simbólica de que o Pro_Move Lajeado está acima de partidos e poderes. Pouco importam os adjetivos, o que vale é que ninguém ousará duvidar da importância do movimento depois da aprovação unânime da Rota de Inovação na Câmara.

Aqui faço um reconhecimento à presidente Neca Dalmoro (PDT).

Não fosse sua firmeza e articulação interna, o projeto ficaria protelado ao ano eleitoral. Aliás, já estava engavetado.

Filha do ex-presidente Selvino Dalmoro (in memorian), Neca honrou o cargo máximo do Legis-

lativo e colocou a Câmara em convergência com os demais órgãos, entidades e líderes envolvidos no Pro_Move.

Mais do que viabilizar a aprovação de lei tão importante, o gesto integrou a Câmara ao movimento apartidário. Um acerto elogiável na última sessão do ano presidida

Atuação de Neca Dalmoro foi chave na votação. Emocionada, exibiu a foto do pai, Selvino Dalmoro, falecido enquanto presidia a casa.

com serenidade. Sérgio Kniphof (PT) sintetizou bem ao enaltecer que as mulheres – Neca e Mariela Portz (PSDB) – , deveriam ser em maior número na política, devido à sua sensibilidade humana.

Aos demais vereadores – inclusive, aos que fizeram “elogios” ao jornal A Hora pela aprovação da matéria – vai o meu apreço. Todas as manifestações – concordemos ou não – são legítimas no contexto democrático.

O vereador tem papel de questionar e defender seu ponto de vista. Em momento algum isso deve ser constrangedor ou interpretado como afronta pessoal.

Pelo contrário, a crítica permite o exercício da reflexão sobre a outra parte. Tenho certeza que este também foi o sentimento dos demais expectadores que desejam uma cidade ou política mais evoluídas.

E sobre as emendas, penso que a Câmara também está no seu direito, ainda que seu efeito possa ser questionado em duas das quatro aprovadas.

O peso e revés das críticas Feito o registro acima, quero me ater aos vereadores em geral. Eder Spohr (MDB), já na saída, defronte ao Genesworkshop, me abordou sobre as críticas nesta coluna. “Adair, queria te dizer que as tuas colunas me fazem repensar se continuo na política. A Câmara recebe paulada de todos os lados e minha família está me cobrando”.

Continuei a ouvi-lo e o indaguei sobre quais os pontos mais divergentes. Spohr seguiu seu desabafo e, infelizmente, não concordamos em quase nada.

Ele relatou os gastos para se eleger, para atender as “mordidas” e várias outras demandas enquanto legislador. “No fim me sobra uns R$ 2 mil”, disse ele. “Melhor seria receber nada”.

Pois, foi nesta última frase que concordamos. Eu mencionei que a política não deveria ser a do “toma cá,dá lá”. Afinal, se a remuneração de um vereador fosse menor, talvez as “mordidas” e os “gastos em campanha” não existiriam. Nossa conversa continuou amistosa e só foi interrompida pelo sol escaldante de 40 graus, na calçada da Benjamin Constant.

Compreendo o esforço do vereador Spohr e dos demais

legisladores em agradar o eleitorado, mas penso que as coisas estão invertidas. Reside, justamente, nestes detalhes acima, minha discordância sobre o atual modelo ou prática legislativa. Tenho certeza que há vereadores que me acompanham nesta opinião.

Pessoalmente, considero o parlamento mais importante do que qualquer outro poder. Afinal, os vereadores são os legítimos representantes do povo. Os demais poderes – Executivo, Judiciário e MP – , são servidores. O papel de um legislador não é servir em serviços, mas de representar o cidadão no ofício de fiscalizar e legislar.

Eis, onde começa a confusão.

Para a maioria dos vereadores, o papel não é esse. Pior, a população também acha que vereador é para prestar favores, executar serviços, realizar obras e por aí vai. Sugerir e pedir melhorias faz parte, mas não é o ofício principal.

Prestar serviços básicos e melhorias cabe ao Executivo. Ao Ministério Público é atribuída a tarefa de denunciar e, ao Judiciário, julgar.

Cada um nas suas prerrogativas legais e jurídicas que, na prática e ao entendimento popular, estão longe da real função.

Com isso, encerro minha última coluna do ano. Desejo que possamos ter mais resiliência, compreensão e racionalidade sobre o verdadeiro papel dos poderes constituídos e, principalmente, sobre a força popular no contexto democrático.

O Pro_Move serviu de lição para os envolvidos, inclusive, à própria Câmara que, pressionada pelo movimento social, foi sensível e se curvou ao desejo da sociedade.

Encerramos 2019 com acertos e desafios. Quem venha 2020!

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Um século depois...

RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Novo “paraíso” É no mínimo curiosa a relação de suplente de vereador e secretário municipal com uma entidade religiosa beneficiada pelo Governo de Estrela. A matéria dessa sexta-feira assinada pelo jornalista Matheus Chaparini é reveladora. “União dos Pastores Evangélicos do Vale (Upev) é presidida pelo pastor Valmir Turatti, suplente de vereador, e tem como vice o secretário do Desenvolvimento Social, José Alves”. Ambos são do PTB. Ainda de acordo com a matéria, Alves esteve na câmara antes da sessão para uma reunião privada com vereadores. Alves é também vereador eleito e se licenciou para assumir o cargo no Executivo.

Existem indícios de conflito de interesses na doação de uma área de 20 mil metros quadrados em Novo Paraíso. No mínimo, coloca em dúvida a boa intenção do governo ao beneficiar tal entidade. E não seria a primeira “boa ação” envolvendo religiões.

Debandada e Oposição São fortes os rumores sobre uma eventual “debandada” de correligionários do MDB de Arroio do Meio. Até o ex-prefeito, Sidnei Eckert, teve o nome citado. Eckert diz que fica no partido. Mas os rumores são fortes, reforço. Já na Oposição, cresce a chance de Danilo Bruxel (PP) fechar dobradinha com Adriana Lermen (PDT).

Mas Gustavo Kasper (PP) ainda está na briga.

Calor extremo Secretário de Saúde de Lajeado, Glademir Schwingel.

A imagem foi fotografada na quinta-feira, às 15h07min, em frente ao prédio 1 da Univates, no bairro Universitário – um dos mais arborizados da cidade.

E se a sensação lá está assim, imagine no Centro...

Diárias Em Teutônia, os poderes Executivo e Legislativo gastaram juntos pouco mais de R$ 222 mil em diárias só neste ano. Em 2018, o gasto total foi de R$ 169 mil em 12 meses.

O

município de Encantado reserva uma história um tanto quanto inusitada no mundo da política.

A cidade tem um novo presidente na Câmara de Vereadores. Logo em seu primeiro mandato, o Progressista Diego Pretto assume a principal cadeira do plenário no ano eleitoral e terá um motivo a mais para comemorar. Há exatos 100 anos, o bisavô dele, Augusto Pretto, comemorava o

Lorival, a presidência e a Oposição Em seu quinto mandato como vereador de Lajeado, o Progressista Lorival Silveira assumirá a presidência da Câmara pela terceira vez. E o seu retorno ao plenário ocorre meses após uma delicada cirurgia de transplante de coração. No momento da posse, nessa sexta-feira, ele vestiu uma camiseta com mensagens de apoio às campanhas de doação de órgãos.

Um gesto nobre e necessário.

A eleição de Silveira foi unânime no plenário. Mas nos bastidores houve divergências internas no PP. O colega de bancada, Waldir Gisch (PP), também queria a presidência da casa legislativa. Mas o acordo já estava feito. E Silveira, todos sabem, foi fiel ao acordo durante toda a legislatura. Tão fiel que aceitou fechar a chapa ao lado de Sérgio Kiphoff, do PT, e Carlos Ranzi, do MDB. Ambos são pré-candidatos a prefeito pela Oposição.

mesmo feito.

Além de presidente da Câmara em 1920 – exerceu cargo de vereança até 1924 –, Augusto Pretto foi prefeito de Encantado entre 1928 e 1931. Também era empresário e, entre os seus empreendimentos, a obra da Lagoa Garibaldi. Quem também faz parte da história do Legislativo é o neto de Augusto e pai de Diego, Irno Pretto, presidente em 2002.

Indiscutivelmente, a família Pretto tem a política no DNA. Diego, o mais recente agente público do clã, já tentou inclusive ser Deputado Federal em 2018 e não descarta nova tentativa. Em Encantado, ele busca, tal como seus antecessores, cravar o nome na história. E para isso, a bandeira é a construção e criação do Jardim Botânico da cidade. Uma ideia lançada pelo pai, inspirada na Lagoa construída pelo bisavô.

Pro_Move Lajeado O projeto que institui como “política pública” o movimento Pro_Move Lajeado enfim foi aprovado na Câmara. A presidente Neca Dalmoro (PDT) acertou ao colocar em votação a matéria.

Mostrou maturidade política. Ela participou de muitos debates e sabe que a sociedade tem a chance de buscar, por meio da quádrupla hélice, o desenvolvimento sustentável de toda a cidade por meio da inovação e da tecnologia.

Pro_Move Lajeado II Uma das emendas aprovadas pelos vereadores coloca em risco a chamada “Rota da Inovação” – trecho que interliga as ruas Bento Rosa e Osvaldo Aranha, às margens do Rio Taquari. A ideia de garantir isenções para negócios inovadores só naquela faixa delimitada é inspirada em cases de sucesso mundial. Como o Distrito de Inovação 22@, em Barcelona. Com a emenda, as isenções para empresas de tecnologia valem em todo o território do município.

Pro_Move Lajeado III Ainda sobre as isenções, e embora o Executivo ainda possa vetar a emenda, não creio que o sucesso do Pro_Move Lajeado passe apenas pela ausência ou não de tributos municipais, e tampouco acho a Rota da Inovação tão primordial assim para o êxito deste movimento. A ideia é boa e com certeza será levada adiante com ou sem isenções. Mas o principal, neste momento, era aprovar esta política pública. Agora, o Pro_Move é compromisso de todos.

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ROTA DA INOVAÇÃO

Em sessão extra, Pro_Move passa pelo Legislativo Vereadores aprovaram projeto em sessão extraordinária, após ameaça de votação ficar para 2020. Com emendas, abre-se possibilidade de rota se expandir para outras partes da cidade Sessão foi acompanhada por líderes do Pro_Move Lajeado

LAJEADO

L

ançado em março, o Pro_ Move, movimento multissetorial que visa criar um ambiente propício para empreendimentos voltados à tecnologia, inovação e criatividade, agora é lei. Depois de quase ficar para 2020, o projeto foi aprovado por unanimidade na sessão extraordinária na manhã dessa sexta-feira, 28.

Havia um temor com a possibilidade da votação ficar para 2020, algo que se desenhava após a reunião das comissões de terça-feira. Contudo, por ter sido encaminhado em regime de urgência, o projeto poderia ser analisado em plenário mesmo sem

Momento em que Silveira foi anunciado como novo presidente da câmara

CONSENSO PARA A PRESIDÊNCIA

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

FOTOS MATEUS SOUZA

a liberação das comissões. Foi com base neste dispositivo que a presidente Neca Dalmoro (PDT) colocou o texto na pauta da reunião.

Quatro emendas foram aprovadas. Uma delas abre a possibilidade da Rota da Inovação, que originalmente abrangeria o trecho entre a rua Bento Rosa e o Centro Antigo, se expandir a outras partes da cidade. “É uma demanda da maioria dos vereadores que são de outros bairros. Com a emenda, qualquer área pode ser contemplada com projetos inovadores e isenção fiscal”, explica o vereador Sérgio Kniphoff (PT). Líder de governo, Waldir Gisch (PP) também defen-

de que a emenda, idealizada por Carlos Eduardo Ranzi (MDB), não prejudica a matéria original.

Já Paulo Tori (PPL) mostrou chateação pelo fato da presidência ter “atropelado” a decisão das comissões. “Fui pego de surpresa quando a imprensa me ligou e falou que o projeto seria votado. Acho que não precisa ter lei orgânica nessa casa.

Dá para passar por cima”, critica.

“Um projeto para a cidade” Integrante do Pro_Move, o consultor empresarial Albano Mayer come-

Uma chapa de consenso presidirá a câmara no último ano da legislatura. Lorival Silveira (PP) foi eleito presidente pela terceira vez, com o voto de todos os colegas.

Sérgio Kniphoff foi eleito vice e Carlos Ranzi será o secretário da mesa diretora. Na sua gestão, pretende respeitar o regimento interno e a lei orgânica municipal.

“Sempre vou trabalhar pelo certo, seguindo o que está escrito ali. No começo, vamos ter um pouco de dificuldades.

Todos os vereadores são inteligentes e sabem que tem

morou a aprovação do projeto e destaca que, em 2020, o foco das ações será o mapeamento do ecossistema.

Para ele, as emendas não devem descaracterizar a proposta.

“Uma reflexão que fica para nós é que a Rota da Inovação possa ser viabilizada em Lajeado como um projeto para a cidade toda, se desdobrando em algumas ações regionais por peculiaridades, em determinados bairros. Cabe a nós fazer um trabalho legal, de trazer empre-

de obedecer e seguir o que está determinado”, afirma Silveira, que reassumiu o mandato no começo da semana.

A eleição de Silveira teve momentos de emoção. Ele, que passou por uma cirurgia de transplante de coração no meio do ano, vestiu uma camisa destacando a importância da doação de órgãos. Quem também não conteve as lágrimas foi a atual presidente da câmara, Neca Dalmoro (PDT).

“Fui até onde meus princípios me deixaram ir. Prometi para meu pai que não envergonharia ele”, disse.

sários, buscar empreendimentos inovadores e trabalhar na evolução do município.

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker, considera a aprovação como mais uma etapa importante para o Pro_Move.

“Nossa ideia era priorizar uma área específica para revitalização.

Mas a estrutura da lei não muda”, comenta, projetando que a lei seja sancionada entre segunda e terçafeira da próxima semana.

Governo anuncia isenções tributárias a cinco setores ESTADO

“A palavra de ordem é competitividade”. Foi com essa frase que o governador Eduardo Leite iniciou o anúncio feito nessa sexta-feira, 27, no Palácio Piratini, sobre o primeiro Pacto Setorial Cooperativo, com o setor coureiro-calçadista, e as mudanças tributárias para esta e mais quatro cadeias da economia gaúcha – de microcervejaria, cereais, fabricação de estruturas metálicas e eletroeletrônicos.

“Estamos tomando as providências para que o RS volte a ser um estado com ambiente favorável aos negócios, com as melhores condições para se investir e para que a vocação empreendedora dos gaúchos possa se manifestar, gerando

emprego e renda com impactos que serão sentidos por todos os gaúchos”, afirmou o governador.

Modernização tributária Os decretos fazem parte do plano do governo que conjuga a modernização da administração tributária e o desenvolvimento e foram consolidadas após várias rodadas de discussões entre setores, governo e participação de parlamentares.

O primeiro Pacto Setorial Cooperativo é com o setor coureirocalçadista. É um instrumento do programa Receita 2030 – conjunto de 30 iniciativas para modernizar a administração tributária

gaúcha na próxima década – para a simplificação, transparência, eficiência e segurança jurídica ao setor no Estado.

Ao governo caberá, por exemplo, facilitar o ambiente de negócios, estimulando a regularidade fiscal, o combate à pirataria, o consumo da produção gaúcha e criando mecanismos de autocontrole para eliminar a informalidade e participação no programa Nota Fiscal Gaúcha.

Os empresários se comprometem com compra de cota mínima de matéria-prima de fornecedores locais, investimento na modernização e ampliação do parque fabril adquirindo preferencialmente equipamentos de produtores gaúchos, manutenção e incremento de empregos, entre outros.

DIVULGAÇÃO

Incentivos foram anunciados nessa sexta pelo governador Eduardo Leite

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Estiagem já compromete a produção em até 50% Previsão indica que período terá chuva abaixo da média.

Em Canudos do Vale, perdas já representam quase a metade da produção local. Prejuízo médio no Vale é de 20% MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

COLABORAÇÃO FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br FERNANDO WEISS fernando@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

produtor assiste a lavoura de milho secar, dia após dia. Olha para o céu e torce pela chuva.

Que não vem. Na propriedade de João Luiz Dick, o prejuízo estimado já está entre 30% e 40%. Ele plantou 12 hectares em Nova Santa Cruz, no município de Santa Clara do Sul. Em anos de safra normal, ele tira cerca de 300 sacas por hectare. Este ano, o rendimento não chega a 200 sacas.

“O lucro foi quase todo”, lamenta o produtor. “E o aluguel a gente tem que pagar, colhendo ou não”, completa a esposa, Izilote. Parte das terras são alugadas, o que custa 20% da produção, pagos para o proprietário.

O que foi plantado em agosto, ainda se salva, em parte, com menos qualidade. Os hectares semeados em novembro estão em risco. Nos oito hectares plantados recentemente, apenas em semente, o investimento de Dick foi de R$ 5 mil.

A previsão do tempo indica calor forte até a metade da próxima e semana e a possibilidade de chuva no domingo e na terça-feira, porém em volumes pouco expressivos. De acordo com o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, o verão deve ter nível de chuvas abaixo da média.

Na quinta-feira, um recorde. A temperatura chegou a 39,9 ºC em Lajeado.

Foi a maior temperatura já registrada pelo NIH, desde 2003, quando o núcleo foi criado. Em Teutônia, os termômetros marcaram 40,4 ºC. Em Marques de Souza, um poço que abastece as linhas Atalho e Tigrinho está

praticamente seco. Desde quarta-feira, a vazão está baixa. O poço abastece cerca de 50 famílias. Para mitigar as dificuldades, governo municipal está fornecendo água para a comunidade local.

No bairro Conventos, em Lajeado, o Arroio das Antas ficou praticamente seco.

Perda média de 20% na região

O excesso de calor e o tempo seco impactam diretamente na produção. “O milho é o cultivo de grãos mais expressivo do Vale do Taquari, então é onde vai ter maior impacto.

Caso o cenário se mantenha ao longo do verão, a soja também deve ser afetada”, afirma Derli Bonine, assistente técnico do setor de culturas da Emater.

De acordo com a Emater, a média das perdas no Vale do Taquari é de cerca de 20%.

Em Nova Santa Cruz, no interior de Santa Clara do Sul, João Dick plantou 12 hectares FERNANDO WEISS

Excesso e escassez

Em 2019, as condições do tempo dificultaram o trabalho dos produtores em dois momentos. Em outubro, choveu acima da média histórica. A chuva seguiu até metade do mês de novembro, atrasando a semeadura.

As lavouras plantadas em novembro estão em fase de crescimento e agora sofrem com o problema inverso: a falta de chuva.

“O ciclo do milho vai de agosto até o inicio de novembro. Choveu excessivamente e isso fez com que algumas lavouras tivessem um bom desenvolvimento e outras fossem prejudicadas. O milho que foi plantado mais tarde terá grandes perdas”, explica Bonini.

Mais de 50% em perdas

Canudos do Vale é um dos municípios mais impactados pela estiagem. A estimativa de perda é de pelo menos 50%, de acordo com o secretário de agricultura, Marcos Schmidt.

Todos os anos, o governo municipal disponibiliza para a colheita do milho três tratores próprios e outros três contratados.

Este ano, não foi necessário contratar máquinas terceirizadas. Não há lavoura sufi-

Arroio das Antas, no bairro Conventos, está praticamente seco

ciente e a colheita teve de ser antecipada.

“Até o dia 10, vamos fazer o que tiver de silagem. O resto tá morrendo sem botar espiga. Estamos apressando para não perder, porque está secando tudo”, relata Schmidt.

A falta de chuva dificulta também a aplicação da ureia.

Impacto no leite

Os prejuízos nas lavouras de milho começam a impactar a produção leiteira. Com o excesso de calor, a silagem fica de baixa qualidade e as pastagens não crescem. Para o assistente técnico para área animal da Ema-

ter, Martin Schmachtenberg, ainda não há como quantificar os prejuízos.

“Para uma silagem de qualidade, a gente quer que o grão maduro e o pé verde. O que está ocorrendo é o contrário. A planta está queimando de baixo pra cima e o grão está murcho. O reflexo será percebido quando formos alimentar os animais”, diz Schmachtenberg.

Além disso, o calor também afeta diretamente os animais. As vacas se alimentam menos e produzem menos leite. O estresse causado pelo desconforto térmico é outro fator que reduz a produtividade na cadeia leiteira.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

A HORA · quinta-FEiRa, 8 dE dEzEmbRo dE

2011

Rural 17

Efeito La Niña agrava seca na região

MATHEUS CHAPARINI

O fenômeno traz prejuízos ao campo com a redução de

Vale do Taquari

HÁ OITO ANOS, A PIOR SECA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS

fotos estevão heisler e rafael delfino

N

chuvas previstas para o verão “Se não fosse a prefeitura passaríamos sede”

ovembro foi o mais seco da última década. ChoCaso o caminhão-pipa da Taquari Mirim. veu apenas 18% dos 150 prefeitura deixasse de abastemilímetros estimados.

Ele alerta para evitar o descer o poço da dona de casa perdício de água.

De acordo com dados do Instituto “Temos que Eva de Borba, ela passaria evitar lavar o Nacional de Meteorologia (Inmet), carro, as calçasede. Há seis anos enfrenta 4 o das e molhar a grama. Cada algumas regiões terão um déficit problema da falta de água. gota precisa ser bem-aproveimensal de 75 milímetros durante “Vou me unir a uma associa- tada para não faltar depois.” os próximos três meses. ção hídrica. Embora o invesSugere que o município faça As baixas precipitações são timento seja alto, é a única investimentos para ampliar o resultado do fenômeno meteoroalternativa para continuar mo- abastecimento.

Indica a conslógico La Niña, marcado pelo esrando aqui.” O investimento trução de uma barragem no friamento das águas do Pacífico chega a R$ 3,2 mil.

Arroio Castelhano, cujo projeto O presidente da associação, está pronto mas Equatorial. Com isso as frentes engavetado.

Cláudio Back da Rosa diz que frias chegam com menos frequênHoje a água do arroio abasteuma rede de 31 quilômetros ce a maior parte cia ao estado, resultando em voluda cidade. “Se atende 123 famílias das loca- não chover pelos mes menores de chuva, elevando próximos dois lidades de Estância Mariante, meses, toda população enfrena possibilidade de estiagem.

Vila Nova, Campo Grande e tará um grave racionamento.”

De acordo com a previsão do Inmet, no Vale do Taquari, região Serrana, Metropolitana e no Litoral Norte, hoje ainda “Mais uma vez somos surpreendipodem haver chuvas esparsas. dos. Poucos estão Nas demais regiões o tempo segue firme, com sol e temperapreparados Taquari enfrentarmesmo período de 2011. PescadoVale do para turas elevadas, com máximas res locais são obrigados a buscaos meses de estiagem.” que podem chegar aos 31ºC. nível da água do Rio Ta- rem outras regiões para encontrar Para os próximos 15 dias não quari atinge marca his- sustento à sua família.

João Ferreira e mais dois coleexiste previsão de chuvas com tórica. Em alguns pontos, nas volumes maiores para amenizar a profundidade é inferior gas, de Roca Sales, navegam Taquari há quase a falta de água nas lavouras, elea 50 centímetros e possibilita a tra- águas do Rio Servidores públicos e da Ematerpõe em risco 40 anos. Com dificuldade na pesA situação vessia a pé.pio var o nível dos rios e barragens. Na propriedade de Nied as perdas chegam a 70% mesmo com as chuvas de deve encaminhar hoje para a terça RS/Ascar para consumo hu- ca, o grupo irá para a fronteira realizam levantamentos o abastecimento De acordo com o engenheiro Defesa Civil o laudo técnico comno Rio Uruguai. Pescageração de ener- do estado, pelo interior de Cruzeiro do mano, agrônomo da Emater/RS-Ascar Sulnavegação, as perdas. de peixe por mês, gia, pesca e a reprodução dos peixes. vam 30 quilos para contabilizar perdas. Estimatide Lajeado, Nilo Cortez, a chuva De acordo com em média. "Agora tem dias que Segundo relato de moradores, esta oé acoordenador vas apontam prejuízo de 30% registrada na terça-feira apenas nos adjunto da Regional não pegamos 60 anos. da Defesa Ci- nada. Ficamos hoNa propriedade de Bre- R$ 7,5 mil, sendo pior estiagem dos últimos 4,5 mil hectares de milho cultivaboa par“refrescou” as lavouras. vil, Dilamar ras debaixo deste Gamalho, meses não primeiros exis- do sol sem sucesso. no Nied, 51, no bairro te financiada Nos três pelo banco. dos nesta safra. que está aconteCita que há alguns anos a te 297 previsão milili- de racionamentoNão Conventos, em Lajeado, os Cita que o seguro ano choveu de sei o é uma Conforme a engenheira tros entidade desenvolve projetos agrôágua do como em São Leopoldo, no a menos prejuízos chegam a 70% das formas de amenizar as noma Carmem Fransozi, diversos que incentivam o agricultor na plantação de milho dos perdas. A produção que o Vale dos Sinos. diária agricultores encaminharam o pea investir na construção de dez hectares semeados em de leite registrou Cita que até o momento nenhum queda dido de seguro (Pro-Agro). “Este município da região setembro. As altas tempe- de 30%, pois açudes e cisternas para captar decretou estaas pastagens milho nem chegou a formar espiga do de emergência. raturas secaram as plantas. secaram. Ele água da chuva. “Mais uma vez pretende reObserva que a “Nem para pasto consegui- plantar a área e, portanto, é impróprio para pro- situação preocupa somos surpreendidos. Poucos em janeiro, na cidade e no mos aproveitar.” dução de silagem.” caso o solo tenha maior estão preparados para enfreninterior. “A falta de chuva deve ser O investimento chega a umidade.

Segundo a secretária da Admi- prolongada e por isso tar os meses de estiagem.” devemos evinistração, Aline Flores, o municí- tar o desperdício.”

A HORA · QUINTA-FEIRA, 5 dE AbRIl dE 2012

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 5 dE AbRIl dE 2012

Reportagem e fotos: Estevão Heisler e Giovane Weber

Menor nível em 60 anos

Moradores se preocupam com o Taquari uma travessia para o lado de O agricultor Macedo Saatkamp, do dis- tínhamos trito de Palmas, em Arroio do Meio, diz que Colinas."

Outro fato que preocupa é a falta de há mais de seis décadas não se teve um vemananciais. Lembra que em sua rão tão quente e pouco chuvoso. "O sol está água em tinha um poço que abastecia queimando tudo. Nem as frutas suportam propriedade de suínos, frangos e gado o calor. Se chove, é só para refrescar um toda produção leiteiro e ainda era fonte hídrica para pouco, mas não é o necessário." famílias. "Há dez anos, a fonte Observa que há vários anos o volume mais duas pó (sic). Acho que as ações do de água no Rio Taquari não fica tão bai- secou, virou estão prejudicando a natureza e xo. "Em vários pontos é possível cruzar a homem sofreremos pela falta de cuidado pé. Há mais de 50 anos não apareciam no todos nós recursos naturais." leito do rio as pedras onde antigamente com os

pescadores do A falta de chuva intensa desde agosto de 2011 afugenta na safra do Rio Taquari, acumula prejuízos nas lavouras – em especial milho – e compromete a navegação.

O

Município deve decretar estado de emergência

LAVOURAS ESTÃO SECAS

cendo”, observa Ferreira.

O baixo nível da água prejudica, sobretudo, a navegação. Para que os cargueiros possam viajar pelo Rio Taquari, o Porto Fluvial de Estrela depende da Eclusa de Bom Retiro do Sul, que equilibra a quantidade de água na parte superior à barragem.

Conforme o responsável pela medição no porto, Ronaldo Silveira, o nível da água está em 13 metros, mas no trecho abaixo da barragem, a profundidade dos canais não ultrapassa os 2,2 metros.

Observa que os cargueiros deixam de v i r

à região porque não conseguem transportar a capacidade necessária. “É possível viajar com o navio vazio, mas de que adianta. Se não chover nos próximos dias, teremos sérios problemas.”

O veterinário Erno Miltner, de Roca Sales, perdeu as duas safras de milho devido à falta de chuva.

Ele mora há mais de 60 anos ao lado do Rio Taquari e não se recorda de quando o nível da água esteve tão baixo.

Miltner comenta que desde agosto de 2011 não chove para repor a deficiência hídrica do solo.

"Nunca tivemos uma escassez de água tão grande como temos

agora. Está na hora de poupar, caso contrário faltará água até para as funções básicas."

Em 2011, o chefe do Centro de Pesquisas e Provisões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Gilberto Diniz previa que esta seria a estação com a menor média de chuvas das últimas décadas. “Se confirmou. Tivemos chuvas muito aquém do necessário.”

A estiagem se deve ao fenômeno meteorológico La Niña, que atua sobre o estado desde 2010. Com isso, as frentes frias se formam com menos frequência. A previsão de pesquisadores é que o fenômeno aja até novembro.

Hidrelétricas trabalham com capacidade reduzida

Entre 2011 e 2012 a região sofreu uma das piores secas. Foram dez meses de pouca chuva. Como resultado, o prejuízo nas lavouras chegou a R$ 40 milhões. No início de 2011, o Vale passava por um período de estiagem. Passaramse alguns meses com chuvas regulares para, a partir do fim do primeiro semestre, novo período sem precipitações.

O nível do Rio Forqueta chegou a ficar abaixo dos 30 centímetros em diversos pontos. O que provocou a mortandade de peixes. A geração de energia das hidrelétricas locais também foi prejudicada.

4

Com dificuldades de pagamenNo Vale do Taquari, a pior estiade setembro de 2002 foi gem foi registrada entre 1943 e 1945. to, em 12 a anistia do Cheque Seca Neste período houve apenas chuvas assinada milhões para 5.116 famíesparsas. Conforme o historiador José de R$ 3,3 todo o estado. Os verões de Alfredo Schierholt, a seca se prolon- lias em e 2006 voltaram a casgou por vários meses, provocando a 2004, 2005 tigar a região com perdas nas lavouperda total das safras. a 90% em alguns As estiagens mais recentes ocorre- ras que chegaram ram em 1985 e 1996. Para amenizar municípios.

A seca mais antiga da qual se tem as perdas, o governo do estado criou aconteceu de 1876 para o Cheque Seca. O valor era de R$ 400 registros quando foi registrada pela por agricultor atingido. O dinheiro po- 1877, vez os fenômenos La Niña deria ser pago em duas prestações, primeira e El Niño. com juros anuais de 6%.

Previsão do tempo Hoje Sol com muitas nuvens a nublado com chuva no fim da manhã. Tarde e noite chuvosas. Temperaturas devem ficar entre 20 °C e 25 °C. Probabilidade de chuva 80%, 6 mm.

Amanhã

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Temperaturas entre 15 ºC e 24 ºC.

ga”, observa.

Salecker acrescenta que a média mensal de precipitações precisa voltar ao normal, entre 120 e 170 milímetros/mês, para manter o fornecimento. Ressalta que, se chover uma média de 15mm/semana, o problema é amenizado.

“Existe sempre uma crítica muito forte à construção de grandes usinas devido aos impactos ambientais, mas elas são fundamentais para que tenhamos energia com confiança de forne-

Falta água para o consumo

Há dez anos a família Thiesen, o fumicultor Tiago Hetz da da comunidade de Estância Ma- Cunha.

Uma vez por semana o Há duas semanas a Administra- riante, 9º distrito de Venâncio Ai- caminhão abastece a proprieção Municipal de Venâncio Aires res, convive com o racionamento dade. “Como não temos rede de abastece com caminhão-pipa 102 de água. Como não existe verten- água, quando se inicia o verão famílias em várias localidades do te na propriedade, armazenam a começa este pesadelo.

Até o interior. Lá as vertentes e os poços, água da chuva em um poço nos açude que servia de fonte hídrique serviam para o consumo hu- fundos de casa. Ela é usada para ca para os animais secou.” mano e trato de animais, secaram. o consumo humano e para o trato As perdas com a falta de chuva De acordo com o secretário da dos animais. também atingem a lavoura. Caso Agricultura, Fernando Heissler, No verão quando o poço seca, de- não ocorram chuvas expressivas está sendo elaborado um projeto pendem do abastecimento do ca- nos próximos dias, as perdas depara abrir linhas de crédito para minhão-pipa. “Já teve dias em que vem passar de 20%. “Todo adubo a construção de cisternas. “Preci- não tínhamos um copo de água e nitrato ainda estão no solo e por samos nos prevenir para evitar para tomar”, comenta Márcia. falta de umidade não foram aproprejuízos e transtornos.”

Situação semelhante vive veitados pela planta.”

EsTiagEns HisTóricas

A Certel, que opera com as centrais hidrelétricas em Salto Forqueta e em Boa Vista informa que a vazão dos leitos está reduzida. “A geração de energia está em 20% da capacidade total”, afirma o diretor de geração da cooperativa, Julio Cesar Salecker.

A solução para não haver racionamento de energia elétrica nestas condições está no Sistema Interligado Nacional, que conta com o apoio de grandes usinas hidrelétricas, como Itaipu, no Paraná e Tucuruí, no Pará, que têm água represada nas estruturas e ajudam as barragens menores. “Quando a vazão é pequena, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aumenta a geração nas usinas com grandes lagos, aciona as termelétricas e, em último caso, restringe car-

Sábado

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Temperaturas entre 13 °C e 27 °C. Domingo Sol e aumento de nuvens de manhã.

Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Probabilidade de chuva 80%, 7 mm.

cimento”, avalia.

Cláudio e Eva alertam para a população evitar o desperdício

de água

A HORA · sexta-feira e fim de semana, 18,

19 e 20 de maio de 2012

Reportagem especial

O Vale sem água

As fontes secaram para 764 famílias em 38 municípios Vale do Taquari

A

escassez de chuva, que perdura há dez meses, agrava a cada dia o drama da falta de água para o consumo humano no interior. Até abril choveu apenas 434 milímetros, 54% a menos que a média registrada no mesmo período de 2011.

Em 38 municípios da região, o número de famílias que dependem do abastecimento de caminhões-pipa feito pela administração municipal chega a 764. A demanda começa a ficar maior do que a capacidade de atendimento.

A situação mais grave é verificada em Putinga, onde mais de 200 famílias em oito comunidades estão sem água há cinco meses. Na semana passada, cinco animais morreram em função da estiagem e da falta de pasto. Desolados, muitos moradores pretendem vender suas propriedades.

Para atender aos pedidos, além do caminhão pipa, o vice-prefeito Claudiomiro Cenci cedeu um caminhão particular que recolhe leite para aju- Em Progresso, Osmar Villa depende todos os dias de cinco mil litros de água do caminhão-pipa, que abastece o reservatório dos aviários dar na distribuição. Por viagem são carregados de dez a de famílias sem água aumenta.”

A 13 quilômetros do centro, no e água de uma 12 mil litros. sanga que an- vendidas. Faltou pasto. Das 35 Conforme Lume, há apenas Sítio Salvador, famílias como a tes era destinada aos animais. mil Até o carro (Montana) da Se- um poço artesiano mudas de fumo plantadas,

de Leci Maia es- Se o caminhão não chegasse, cretaria de Obras é usado para da Corsan, no foram colhidas apenas 46 arroVendemos centro, peram ansiosas este seria o único líquido para o serviço. O secretário Mário que abastece bas (uma arroba – 15 quilos). todas as sete vacas pela água. Após ser tomado.

Lume transporta mil litros por as famílias no “Com chuva regular colheríaintepela falta de três dias sem Na casa, vivem ela, o filho mos 350 arrobas.” vez, distribuídos em bombonas. rior. Para amenizar O trabalho se inicia às 7h e se o problema e garanágua e pasto receber a visita Cássio, o marido Antônio e o Desiludidos, buscam comprado caminhão avô. Há meses, o banho voltou estende até as 21h, de segunda- tir água para a dores para as terras, pois se os ani-pipa, guardou ser como antigamente, quando feira a domingo. No caminho, a mais, foram mudarão para o centro. A espeabertos um resto de não havia chuveiro e era necestroca de pneus que furam pela mais de 300 rança é conseguir um emprego poços. água numa gar- sário o uso de bacias. precariedade da estrada virou “Pouco resolveu, e água para as necessidades báa maioria se- rafa PET para matar a sede.

As sete vacas de leite que eram sicas, como tomar rotina. “Todos os dias, o número cou dias depois.” banho, lavar Sobre o fogão a lenha fervida a principal fonte de lucro foram a roupa e cozinhar.

A HORA · sexta-feira e fim de semana, 18,

19 e 20 de maio de 2012

Reportagem: Giovane Weber e Estevão Heisler

5 Colaboração: Renata Agostini e Rodrigo Dias

Sem banho e chimarrão Orlando José da Silva, 66, a mulher Jovinilde, 60 e o irmão Domingos Comper, 68, sofrem com os problemas trazidos pela seca. Não tomam banho há oito dias.

A roda diária de chimarrão cessou. A água para lavar a louça é reaproveitada.

Desesperados, se apegam à fé. As correntes de oração são constantes para que a tão esperada chuva chegue.

Em Lajeado Feio, na propriedade de Vivaldino Carlos de Lima, 69, o poço destinado ao trato dos animais e consumo humano

secou pela primeira vez após 35 anos.

Hoje, depende do abastecimento da prefeitura para não morrer de sede. Os cães e o cavalo, emagrecem a cada

A HORA · sexta-feira

6

dia. “Tenho fé em Deus que isso vai passar logo.”

O prefeito Valdir Possebon decretou situação de emergência por duas vezes. Porém, nenhum recurso foi liberado pelo governo. Diante do êxodo rural, prevê queda acentuada da economia, tendo em vista que 60% da arrecadação provém do setor primário.

Água é levada de carroça Sem vertente nem açude na propriedade há cinco meses, o produtor Batista da Luz, de Alto Picada Serra, em Progresso, acorda cedo para buscar água num vizinho para o trato dos animais.

O consumo diário é de 300 litros. O poço artesiano que abastece a comunidade está quase seco. A água que ainda sai da torneira mal dá para fazer a comida. “Tomamos banho em dois minutos.” Destaca que há vários anos a administração municipal promete perfurar outro poço. “Até agora só fomos iludidos.”

Rosina Fernandes da Luz comenta que há 50 anos não é registrada uma seca tão intensa na comunidade. Afirma que os agricultores devem se prevenir e armazenar água nos períodos de chuva.

Recorda que antigamente todos tinham cisternas e calhas nas casas e galpões. “De um tempo para cá isso ficou feio. É mais fácil lamentar quando falta.” Critica a degradação do ambiente e o excessivo uso de agrotóxicos que estão poluindo as vertentes naturais.

Criação de frangos será interrompida O produtor Romildo de Jesus, de Pinheirinho, em Canudos do Vale, há três anos investiu quase R$ 200 mil na construção de um aviário para alojar 15 mil frangos.

Na época construiu uma cisterna com capacidade de armazenar 300 mil litros de água.

Era uma alternativa para a seca. Com problemas na estrutura, parte da água vazou.

Após quase um ano sem chuva, depende da água de fontes localizadas a quase dois quilômetros da propriedade para manter a criação. “Moramos a 450 metros acima do nível do mar. Perfurar um poço artesiano aqui é impossível”, comenta a mulher Tatiana.

O consumo de água dos frangos na fase de terminação chega a dez mil litros por

dia. Se a estiagem persistir, o alojamento será interrompido.

Situação semelhante vive o avicultor Osmar Villa, de Alto Picada Serra. Para evitar a morte dos 15 mil frangos, depende do abastecimento diário de cinco mil litros de água do caminhão-pipa. O restante consegue recolher em sangas. “Isso aqui virou o Nordeste.”

O motorista Darci Deboben trabalha oito horas diárias levando água para várias localidades do interior. Por dia são percorridos em torno de 60 quilômetros e mais de 80 famílias atendidas. “Os pedidos por água só aumentam.”

Destaca que os maiores problemas são registrados nas comunidades de Selim, Morro Azul, Morro da Maça, Cabeceira de Tocas e Xaxim.

Festa é cancelada fez a fesEm Venâncio Aires, a estiagem de Linha Santos ta anual da comunidade domingo, ser Filho, marcada para este com a falta cancelada. A localidade sofre

PREVINA-SE Em um aviário de 1,2 mil metros quadrados é possível recolher 1.920 metros cúbicos de água, se calculada uma média de 1,6 mil milímetros de chuva por ano. Isso seria suficiente para encher 16 cisternas de 120 metros cúbicos cada uma. Esta reserva de água garante o trato de frangos por seis lotes (252 dias).

Em Canudos do Vale, mesmo com a construção de cisternas,

produção está prejudicada

e fim de semana, 18,

19 e 20 de maio de 2012

Reportagem especial

Postos de lavagem param

“Nenhuma gota é desperdiçada” Para Maria Lídia Fernandes de Azevedo, de CanjeraVale, o na, em Canudos do família drama é parecido. A dias chegou a ficar quatro única sem água. “A nossa que fonte foi uma vertente o bombeahoje está seca.” mentes. o Executivo cul- mento e obriga Observa que desde agosNesta safra devem ser para deslocar um caminhãoto de 2011 não chove pés de fumo. a no san- tivados 45 mil pipa para despejar água normalizar o nível das a qualidade da todos os dias. que os Teme que gas e açudes. Cita o desenvol- reservatório cis- água prejudique A quantidade é insuficiente agricultores que não têm vimento das plantas. “Podem abastecer todos os moternas tiveram que interrom- contrair pragas e doenças.” para Radavelli, ar- radores. Adecir de uma per a produção. “Nenhuma Comenta que o poço água a co- 46, utiliza gota é desperdiçada.” a tesiano que abastece própria para manter Ela destaca que projetam com a vazão fonte frango. creche munidade está é produção de a construção de uma baixa. A água que chega Alguns serviços básicos, de suínos com capacidade destinada à preparação de feitos “Só como lavar roupa são de alojar mil animais. o banho. vezes por sematraba- comida e para 15 apenas três podemos iniciar os Esta é a realidade de na, se a água for suficiente. lhos após a chuva.” há famílias da Linha PaisanO problema persiste O fumicultor Luis Deboer em Westfália, que são quatro meses e a comunidadu, semea rede da iniciou esta semana pu- abastecidas pela com o auxílio da admiadura do fumo. Teve que Água Silvei- de, conspara Associação da nistração municipal, xar de carroça a água fica- ra Martins. truiu uma nova rede. encher as piscinas onde A falta de chuva dificulta as serão as bandejas com

de água há meses.

Agricultura, Conforme o secretário de mais de Fernando Heisler, desde outubro, abastecimen100 famílias dependem do pipa para o to da água de um caminhão O maior consumo humano e de animais. de Vila problema há nas comunidades Mariante e Estância Nova. semanas mais Ressalta que nas últimas abertos ou de 200 microaçudes foram oferta de água limpos para aumentar a quinta-feira, foi aos animais. Na última de Bombeiros solicitada a ajuda do Corpo dois camipara distribuir água. “Temos o interior.” nhões que levam água para caminhão Nos próximos dias outro Civil para deve ser enviado pela Defesa fazer o transporte.

Municípios anta gorda arroio do Meio

A falta de água para condo sumo em muitas cidades de Vale fez com que postos combustível de Lajeado comeAté çassem um racionamento. não que o nível do Rio Taquari se normalize, permanecerão pacom a lavagem de carros rada. A medida deve receber a adesão de mais estabelecimentos na próxima semana.

Para o gerente do Posto Floa restal, Paulo Claudir Dullius, medida é apoiada por muitos consumidores, que entendem a importância do racionaque mento. “Não queremos falte água para o consumo, por isso paramos.”

Com a medida, pretendem de poupar até 30 mil litros água em um mês. “Há quatro anos fizemos algo parede adesão a cido e tivemos vários postos.”

Juntos os dois postos lavam em média cem carros por dia.

0

0 6 2 30 8 0 0 0 0 3 6 0 2 70 Forquetinha 6 ilópolis 0 iMigrante 0 lajeado 0 Marques de souza 0 Mato leitão 5 MuçuM 0 nova Bréscia 0 paveraMa 0 poço das antas 25 pouso novo 80 progresso 200 putinga 20 relvado 20 roca sales santa clara do sul 0 4 sério 0 taBaí 10 taquari 0 teutônia 0 travesseiro 100 WestFália 100 venâncio aires 67 corrêa vespasiano 764 total

capitão colinas coqueiro Baixo cruzeiro do sul

METSUL PREVÊ INVERNO MAIS CHUVOSO

ena próxima do acontecer Há previsão de chuva para os chegar a 40 chentes entre quinta-feira. Os volumes podem da MetSul meses de agosto milímetros, conforme prognóstico é que as precipita- e outubro. uma grande Meteorologia. A tendência O inverno será marcado por só durante o ções comecem a se regularizar térmica com extremos de temmais de 200 mi- variabilidade períodos quentes, inverno. É necesário chover peratura e chuva. Haverá situação. um mês da estação poderá límetros para normalizar a a ocorrência mas ao menos A partir de julho está prevista gelado. da média, poden- ser muito de precipitação muito acima

dois lajeados doutor ricardo encantado estrela Fazenda vilanova

Fonte: a hora

VOLUME DE CHUVAS José Alfredo Segundo o historiador Taquari, a Schierholt, no Vale do entre pior estiagem foi registrada antiga 1943 a 1945. A seca mais aconteceu da qual se tem registros foram entre 1876 e 1877, quando vez, os registrados, pela primeira Niño. fenômenos La Niña e El

FaMílias seM água

arvorezinha BoM retiro do sul canudos do vale

Mês

Mililitros 2010

janeiro

368

Fevereiro Março aBril Maio

315 170 195 158

Mililitros 2011

Mililitros 2012

196

170

240 195 295 65

125 39 100 00

Fonte: Bruno Guillante, Forqueta

Baixa – arroio do Meio

chegam com menos frequência ao RS.

De janeiro a março de 2012, o Vale teve a menor média de chuva dos últimos 30 anos.

Diante da dificuldade, a hidrelétrica Salto Forqueta, da Cooperativa Certel, entre São José do Herval e Putinga, teve de operar com apenas um quinto da capacidade.

Conforme reportagem do A Hora publicada no dia 18 de maio de 2012, faltou água também para as pessoas. As fontes secaram para 764 famílias em 38 municípios. Até abril daquele ano, choveu 434 milímetros, 54% a menos que a média registrada no mesmo período de 2011.

Naquele período, a justificativa para a pouca chuva foi devido ao fenômeno La Niña, marcado pelo esfriamento das águas do Pacífico Equatorial. Com isso, as frentes frias

Em 38 municípios da região, o número de famílias que dependem do abastecimento de caminhões-pipa feito pelas administrações municipais chega a 764.

NA HISTÓRIA

A maior seca registrada na região aconteceu de 1943 a 1945. Neste período houve apenas chuvas esparsas. A estiagem se prolongou por vários meses, e provocou perda total nas safras.

De acordo com o historiador José Alfredo Schierholt, os verões de 2004, 2005 e 2006 castigaram a região com perdas nas lavouras que chegaram a 90% em alguns municípios.

A seca mais antiga da qual se tem registros aconteceu entre os anos de 1876 e 1877.

Antes disso, as secas mais danosas aconteceram em 1985 e 1996. Para amenizar as perdas, o governo do estado criou o Cheque Seca. O valor era de R$ 400 por agricultor. O dinheiro poderia ser pago em duas prestações, com juros anuais de 6%.

Com dificuldades para quitar os débitos, em 12 de setembro de 2002, foi assinada a anistia do Cheque Seca de R$ 3,3 milhões para 5.116 famílias do estado.

de milho e estima perdas entre 30% e 40%

Prejuízos para 2020

Para o secretário de Agricultura de Estrela, José Adão Braun, o prejuízo é notável. “Vamos sentir mais o prejuízo a partir do ano que vem. Terá repercussão na economia dos municípios, na arrecadação de impostos e na renda dos produ-

tores”, projeta.

“Vamos sentir mais o prejuízo a partir do ano que vem. Terá repercussão na economia dos municípios, na arrecadação de impostos e na renda dos produtores”, projeta.

Braun prevê um aumento grande no preço do milho e da soja no mercado, o que vai criar dificuldade dos produtores de aves e suínos.

Produtores acionam seguro

Em função dos prejuízos causados pela estiagem, já há produtores vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), acionaram o seguro Proagro Mais. A partir da próxima semana, o Sindicato dos Tra-

balhadores Rurais (STR) começa a fazer laudos das perdas.

“A gente pede para os produtores fazerem registro, foto. Que chamem o sindicato e a Emater para registrar as perdas na lavoura de milho, para tentar a redução no custo da semente”, diz Liane Brackmann, presidente do STR de Teutônia e Westfália.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

ECONOMIA

Preço do gás de cozinha sobe pelo terceiro mês seguido ARQUIVO A HORA

Acumulado de outubro até dezembro chega a 14%. Novo aumento foi confirmado nessa sexta-feira pelo Petrobras

AUMENTO NO PREÇO DO GÁS 5%

4%

5%

Preço médio em novembro

R$ 70

A média de aumento no ano foi de

Outubro

FILIPE FALEIRO

Novembro Dezembro

10%

filipe@jornalahora.inf.br

Política nacional

PAÍS

A

Petrobras confirmou nessa sexta-feira novo aumento nos preços da venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) nas refinarias.

O reajuste vale para todo o tipo do insumo, do residencial, conhecido como gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), em novembro, o preço médio do botijão de 13 kg se

Em Lajeado, item é vendido por R$ 75, com entrega e instalação

aproxima dos R$ 70. No entanto, os preços são livres e variam de acordo com os postos de venda aos consumidores. Em Lajeado, as distribuidoras ainda não repassaram o preço para o consumidor.

Com a entrega e instalação, o gás de cozinha custa R$ 75.

Esse foi o terceiro aumento se-

guido no preço do gás e o sexto no ano. Conforme análises técnicas, considerando que a matéria-prima representa cerca de 54% do preço, o impacto aos consumidores pode variar entre 2% a 3%, desde que seja feito apenas o repasse do aumento dos preços nas refinarias da Petrobras.

A definição do preço é estipulada a partir de acompanhamento das cotações internacionais, usando médias dos últimos 12 meses.

O objetivo é evitar o repasse de efeitos sazonais para os consumidores brasileiros, como aumento do consumo durante o inverno no hemisfério norte.

Desde 2005 a regra era que o gás envazado em botijões de até 13 kg devereia ser vendido para distribuidoras com preços menores do que os industriais e comerciais.

No entanto, a Petrobras vendia o gás de cozinha por preços mais baixos do que os maiores.

Em agosto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu encerrar a política de preços diferentes entre os botijões, liberando a estatal para equalizar os preços, sob o argumento de que a política anterior causava distorções e afugentava investidores.

Conforme o governo, 70% do volume de gás e de cozinha vendido no país é usado para o envase de botijões de 13 quilos. Isso indicaria que o produto não é só para a população de baixa renda.

Taxa de desemprego fecha o trimestre em 11,2% PAÍS

A taxa de desemprego fechou o trimestre encerrado em novembro em 11,2%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo considera desocupadas as pessoas que estão sem emprego, mas que buscaram um trabalho nos 30 dias anteriores à coleta dos dados. O levantamento aponta que 11,9 milhões de pessoas compõem a população desocupada.

A população desempregada teve redução. Foram 702 mil pessoas a menos, em relação ao trimestre de junho a agosto, e de menos 2,5%, 300 mil pessoas a menos, em relação ao mesmo período de 2018.

Em relação à população ocupada, o levantamento mostra que são 94,4 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. A população ocupada cresceu 0,8%, com mais 785 mil pessoas trabalhando em relação ao trimestre anterior.

Carteira assinada

Quase três mil novas vagas no Vale

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem incluir trabalhadores domésticos, chegou a 33,4 milhões, crescimento de 1,1% em relação ao trimestre de junho a agosto.

A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, de 11,8 milhões de pessoas, ficou estável em ambas as comparações. Pela análise do IBGE, o aumento dos trabalhadores com carteira assinada foi impulsionado pelas contratações no comércio.

O rendimento médio real habitual de R$ 2.332 no trimestre terminado em novembro de 2019 não teve variação significativa em nenhuma das comparações.

A pesquisa também indica que 65,1 milhões de pessoas não estão trabalhando, nem procurando trabalho. Esse dado mostra estabilidade tanto em relação ao trimestre de junho a agosto de 2019 quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Desde janeiro, a região demonstra elevação no índice de empregabilidade. O setor de serviços aparece como o maior responsável pela abertura de postos de trabalho. Até novembro, o Vale teve 38 mil admissões e 35,1 mil demissões, resultando em um saldo positivo de 2.929 postos de trabalho.

No mesmo período em 2018, por exemplo, foram somente 1,8 mil vagas criadas.

DIVULGAÇÃO

Segundo o IBGE, empregados com carteira assinada são cerca de 33,4 milhões

Empregabilidade na região

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

O sonho de virar milionário FOTOS PATRESE LEHNHART

ENQUETE

A quantia equivalente a mais de 300 mil salários mínimos mexe com o imaginário popular. A reportagem perguntou aos apostadores do centro de Lajeado:

O que você faria com o prêmio?

“Gostaria de conhecer todo o Brasil e depois o resto do mundo. Tem muita coisa bonita para se ver”.

PAULO ONGARATTO MOTORISTA, 56 ANOS

“Fiz um serviço recentemente na Vovolar. Lá eu ajudaria com certeza.

Também iria ajudar a minha família e outras pessoas”.

JOÃO PADILHA MECÂNICO, 24 ANOS

“Meu sonho é ajudar crianças carentes. Como eu acompanho muitas famílias eu sei o que elas precisam. Outro sonho é ajudar pessoas com câncer, pois eu tive esse problema, fiz três cirurgias, o tratamento durou seis anos, mas hoje estou bem. Ajudaria também crianças nos hospitais que precisam de medicamentos muito caros.”

LOUVANI GROSS FAXINEIRA, 44 ANOS

Lotéricas registram movimento intenso na reta final. Apostadores sonham em faturar o prêmio de R$ 300 milhões

Prêmio de R$ 300 milhões da Mega da Virada é objeto de desejo em todo o Brasil.

No Vale, apostadores revelam o que fariam com a bolada PATRESE LEHNHART patrese@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

F

im de ano é um período de reflexão e de fazer novos planos para o ano que se aproxima. Também é nessa época que ocorre o sorteio da Mega-Sena da Virada e muitos aproveitam para fazer “uma fezinha”. A expectativa é que o prêmio seja de R$ 300 milhões. Caso o único vencedor aplique o valor na poupança, poderá receber R$ 780 mil por mês.

Procura de jogos aumenta 60% A gerente de uma lotérica em Lajeado, Nadir Tonezer, falou que o aumento da procura pelo jogo da Mega-Sena aumentou em 60%.

“Nós temos um movimento bem além do normal. A Mega da Virada gera esperança, a gente percebe que as pessoas vêm fazer a aposta porque acreditam”, diz Nadir, manifestando que esperava um pouco mais de movimento na sexta, mas que o calor de 40°C impediu uma circulação ainda maior.

Thássia Cobalchini Prior, supervisora há três anos de cinco casas lotéricas do Vale do Taquari, entre elas Arroio do Meio, Teutônia, Wesftalia e Paverama também calculou o aumento em cerca de 60% e exemplificou outros motivos que também levam as pessoas até as unidades.

“Além dos jogos o pessoal está pagando IPVA até o dia 30, fazendo

saques de FGTS e PIS e aproveitam para pagar contas e levar bolões.

Não está sendo tão grande quanto o ano passado, aumentou a quantidade, mas diminuiu o valor, as apostas tem sido mais simples como as de seis números”, afirma Thássia dizendo que o maior bolão foi de quase dois mil reais.

Bolão com 100 apostas A caixa de uma lotérica em Lajeado, Fabiana Prado Marchiori, conta que começou a organizar um bolão em março de 2019 e que fez as apostas no dia 13 deste mês. “Meu marido teve a ideia, eu aceitei o convite e meu cunhado também ajudou. Fizemos um bolão de 100 apostas com parentes e amigos. Cada um investiu R$ 100, totalizando um pouquinho mais R$ 10 mil”, explica.

“Cada um ganhou quatro vias do bolão que correspondem a jogos de

“Primeiro eu dividiria com os meus três filhos, depois o que sobrasse iria ajudar meus parentes. O segundo passo seria construir uma indústria que proporcionasse o maior número possível de empregos”.

“Pagaria contas e ajudaria familiares, amigos e fundações.”

NOÉ CONDE COSTA

HERMELO DOMENECH

VETERINÁRIO, 68 ANOS

APOSENTADO, 72 ANOS

12, 11, 10 e 09 números. Fizemos uma lista de pessoas que queriam participar, sendo que tem pessoas de Lajeado e Estrela entraram no bolão. Dividindo o prêmio com as 100 cotas dá R$ 3 milhões para cada um”, diz Fabiana.

Probabilidades Segundo a Caixa a probabilidade de vencer varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples de seis números, a chance de ganhar é de 1 em 50.063.860. Em 2018, 52 apostas dividiram R$ 302 milhões.

Preço das apostas

As apostas começaram dia 11 de novembro e desde domingo, 22, os jogos passaram a ser exclusivos para o concurso 2.220. Ele é definido sempre no último concurso da Mega-Sena de final 0 ou 5 de cada ano. Desde 10 de novembro o valor da aposta simples com seis números no volante subiu de R$ 3,50 para R$ 4,50.

Dezenas mais sorteadas Conforme o site Sorte Online, as seis dezenas mais sorteadas da Mega-Sena foram: 04, 05, 10, 23, 33, 53.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

COMO VAI SE CHAMAR?

Enzo Gabriel lidera nomes registrados no país em 2019 FILIPE FALEIRO

Levantamento sobre o registro de bebês este ano considera mais de 7 mil cartórios e mostra que nomes compostos foram os mais escolhidos pelos pais

Nomes masculinos

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

PAÍS

E

nzo Gabriel, João Miguel e Pedro Henrique para meninos. Já as meninas, predomínio das marias (Eduarda, Clara e Cecília). É o que mostra levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) com dados de 7,7 mil cartórios do país.

Foram identificou que os nomes compostos lideraram a lista em 23 Estados, sendo que João Miguel é preferido em 13, enquanto Enzo Gabriel é o mais escolhido em oito. A exceção fica no Rio Grande do Sul, onde nomes simples, como Arthur, Miguel e Helena foram os mais registrados.

Em 2018, Enzo Gabriel e Maria Eduarda também lideraram a lista de nomes.

O nome com mais comum no país em 2019, Enzo Gabriel, soma 16.672 registros. Já no RS, aparece na quarta posição. Entre

RANKING NACIONAL

Nas seis maiores cidades do Vale, o nome mais registrado é Arthur

os 10 nomes que lideram o ranking de 2019, apenas Miguel, na oitava, e Arthur, na décima posição, não são compostos. Outra curiosidade do levantamento vem da Região Sul, única em que o nome líder no país não aparece entre os dois mais escolhidos, mas fica em quinto lugar. A lista é baseada nos 4.472.331 registros de nascimentos emitidos até o dia 19 de dezembro.

Certidão pela internet O levantamento dos nomes mais registrados, da quantidade de nascimentos, casamentos e óbitos está disponível pelo Portal da Transparência do Registro Civil

(www.registrocivil.org.br). É possível segmentar a busca nacional, por estados, regiões e municípios, em uma base que conta com mais de 125 milhões de registros. Outro serviço disponibilizado é a “busca de óbitos de pessoas desconhecidas”, que auxilia na localização de pessoas desaparecidas e registradas como indigentes.

Também é possível fazer buscas de registros e solicitar certidões de nascimento, casamento e óbito de qualquer cartório brasileiro, sem gastos com despachantes.

No caso de quem opta pela via impressa do documento, é possível receber em casa ou retirar no cartório mais próximo. Também é possível solicitar a versão digital do documento.

MAIS REGISTRADOS NO VALE DO TAQUARI

1º Enzo Gabriel (16.672) 2º João Miguel (15.082) 3º Pedro Henrique (11.103) 4º Miguel (9.436) 5º Arthur (8.525) 6º João Pedro (8.372) 7º Heitor (6.829) 8º João Lucas (6.557) 9º Davi Lucas (6.543) 10º Davi Lucca (6.010)

Lajeado

Nomes femininos

Arroio do Meio

1º Maria Eduarda (12.063) 2º Maria Clara (10.751) 3º Maria Cecília (9.570) 4º Maria Julia (9.448) 5º Maria Luiza (9.132) 6º Ana Clara (8.452) 7º Maria Alice (8.388) 8º Ana Julia (8.232) 9º Helena (7.765) 10º Alice (6.660)

Top dez no RS 1º Arthur (1.171) 2º Miguel (1.066) 3º Helena (931) 4º Pedro Henrique (785) 5º Enzo Gabriel (740) 6º Alice (740) 7º Bernardo (686) 8º Ana Clara (629 9º Maria Clara (615) 10º Laura (600)

1º Arthur (13) 2º Davi (13) 3º Lívia (11) 4º Maria Eduarda (10) 5º Enzo Gabriel (10)

Estrela

1º Arthur (9) 2º Laura (7) 3º Joaquim (7) 4º Maria Clara (5) 5º Miguel (5) 1º Lívia (5) 2º Aurora (4) 3º Matheus (4) 4º Joaquim (4) 5º Pedro (4)

Encantado

1º Helena (6) 2º Enzo Gabriel (6) 3º Miguel (4) 4º Arthur (4) 5º Valentina (4)

Teutônia

1º Miguel (5) 2º Théo (5) 3º Pedro Henrique (5) 4º Augusto (4) 5º Isadora (4)

Taquari

1º Maria Cecília (4) 2º Maria Clara (3) 3º Lorenzo (2) 4º Yasmin (2) 5º Aurora (2)

Caminhão de prêmios será entregue neste sábado MATEUS SOUZA

MATEUS SOUZA

Ao todo, 131 empresas participaram da campanha Lajeado Brilha 2019. Todas estiveram identificadas com cartazes da campanha e contavam com sua urna própria para clientes depositarem seus cupons.

O primeiro sorteio, em 12 de dezembro, também contemplou cinco consumidores do comércio lajeadense.

mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado realizou na tarde dessa sexta-feira, 27, o último sorteio da campanha Lajeado Brilha 2019, que movimentou o comércio local durante cerca de dois meses.

O sorteio, realizado na sede da entidade, contemplou cinco moradores de diferentes municípios do Vale do Taquari com Smart TV’s Led 50 polegadas Ultra HD. Os contemplados residem em Lajeado, Estrela, Teutônia, Arroio do Meio e Forquetinha.

Já a identidade do ganhador do Caminhão de Prêmios só será

1 milhão de cupons Moradores de cinco cidades diferentes estiveram entre os premiados

conhecido neste sábado, 28. Ele receberá o prêmio principal da campanha às 9h, na Loja Benoit, situada ao lado do Posto Faleiro.

Há mais de 20 itens no caminhão, incluindo móveis para cozinha, refrigerador, forno elétrico, smartphones, sofá, entre outros.

Cerca de 1 milhão de cupons foram distribuídos nas empresas parceiras da promoção de fim de ano. A avaliação, segundo o presidente do CDL, Heinz Rockenbach, é positiva.

“Estamos crescendo a cada ano e sempre trabalhamos para trazer mais pessoas para participarem da

campanha. É claro que nem todos os cupons retornaram, mas a grande maioria foi preenchida. Está dentro da nossa expectativa”, explica.

Confira os ganhadores das TVs • Francielle Paola Barbon da Cruz (Lajeado) • Joseano Cavallin Constante (Arroio do Meio) • Lucas Nicolini (Estrela) • Gustavo Lenhardt (Forquetinha) • Victor André Mallmann (Teutônia)

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

Editado em 2014, pelo Grupo A Hora, o VEM é o mais completo Guia de Turismo dos Vales. Ele detalha todos os roteiros regionais e está disponível nas bancas e na sede do A Hora.

O VALE QUE ME LEVA FÁBIO ALEX KUHN

fabio@jornalahora.inf.br

Jornalista escreve coluna semanal a partir das visitas que fez e faz aos mais diferentes pontos turísticos no Vale do Taquari. Acompanhe também no portal e nas redes sociais do A Hora.

Verão pede aquele banho de rio

Arvorezinha

Ilópolis Anta Gorda

Dois Lajeados

Putinga Vespasiano Corrêa Doutor Ricardo Relvado Pouso Novo

Muçum Coqueiro Baixo

Progresso

Nova Bréscia Travesseiro

Boqueirão do Leão

Canudos do Vale

Sério

Encantado Roca Sales

Capitão

Marques de Souza Arroio do Meio Forquetinha

Santa Clara do Sul

O balneário fica na divisa entre Lajeado e Arroio do Meio, próximo da Ponte de Ferro. Melhor caminho para chegar até às margens é por Lajeado, em um acesso de estrada de chão no lado contrário da Escola Vitus André Mörchbächer.

Mato Leitão

Imigrante Colinas

Westfália

Lajeado

Cruzeiro do Sul

Poço das Antas Teutônia Estrela

Bom Retiro do Sul

Fazenda Vilanova

Paverama

Tabaí

Taquari

BALNEÁRIO

Tem infraestrutura? Apenas o que a mãe natureza proporciona, ou seja, a sombra das árvores e a água fresca do rio. Não há lixeiras, então leve sacolas para colocar o que sobrou e levar junto embora. Nas proximidades há uma pequena venda de bebidas.

O

ponto onde os rios Taquari e Forqueta se unem se tornou um balneário popular nas épocas mais quentes do ano. Dezenas de pessoas (dependendo os dias até centenas) se juntam no local para se banhar a vista da Ponte de Ferro.

Papo sério. É preciso ter responsa para nadar por essas águas com profundidades desconhecidas. Não há equipamentos de segurança, muito menos salva-vidas no local. É preciso respeitar os perigos que qualquer rio tem.

Dado esse alerta, a orla é magnífica para

Qual o custo? Nenhum custo. Só aproveitar.

Tem estacionamento? Pessoas chegam a estacionar colado à margem do rio. Há alguns locais próximos, mas não são muitos.

quem deseja passar um dia diferente em meio à natureza. A água é morna nos dias de calor e o convite para mergulho inevitável.

Há quem escolha o espaço para fazer um almoço improvisado em meio a sombra das árvores. Sempre lembrando da importância de não deixar lixo no local, o que nem sempre ocorre (lamentável).

Nas margens dos rios e arroios do Vale do Taquari há outros campings e balneários que vão aparecer pela página nas próximas semanas. Só colar comigo.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019 Apresentado por

Como a paixão

pelas cores

fez empreender COM 13 ANOS DE EXPERIÊNCIA E QUALIDADE, A COLOR TINTAS É REFERÊNCIA NO VALE E FIGURA ENTRE AS MAIORES EM RETORNO FISCAL DE LAJEADO Jéssica R. Mallmann jessica@jornalahora.inf.br

U

ma paixão de criança que se transformou em um negócio de sucesso.

Assim surgiu a Color Tintas Lajeado, loja de tintas referência no Vale do Taquari, conforme pesquisa TOP 100/2018,. A empresa também figura entre as 50 maiores em valor adicionado fiscal de Lajeado (48ª posição).

Comandada por Airton Scheer, a empresa tem conceito diferenciado, com atendimento personalizado, logística de ponta e produtos de qualidade. Hoje, com 13 anos de atuação, a Color Tintas Lajeado está ampliando o mercado, com a consolidação das filiais em Arroio do Meio e Estrela.

O interesse de Airton pelas tintas

CERTO DIA, FUI PEDIR EMPREGO EM UMA LOJA DE TINTAS E GOSTEI TANTO QUE É O QUE FAÇO ATÉ HOJE.” Airton Scheer Proprietário

surgiu ainda quando criança. “Eu achava muito bonito ver os pintores colorindo as casas e o impacto que isso causava. Certo dia, fui pedir emprego em uma loja de tintas e gostei tanto que é o que faço até hoje”, conta.

A experiência como funcionário despertou em Scheer o lado empreendedor. Ao perceber a necessidade do mercado, de ter um serviço personalizado de tintas, ele formou uma sociedade em 1993, na cidade de Três Passos. Mas foi somente em 2006 que trouxe para Lajeado a Color Tintas.

Hoje, com mais de 20 anos de experiência na área, Scheer conta que dar o seu melhor e ter uma equipe comprometida fizeram a diferença na história da Color Tintas. “É uma coisa que amo fazer. Sabe quando você levanta de manhã e sente prazer de ir na sua empresa? Assim me sinto diariamente”.

Qualidade certificada Entre os diferenciais da Color Tintas está a sua gama de produtos certificados e a alta tecnologia utilizada nos processos. Segundo Scheer, todas as lojas trabalham com produtos premium, atestados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati).

As linhas incluem tintas nos segmentos automotivo, predial, industrial e moveleiro. “Trabalhamos com as principais marcas do mercado, com preço justo para atender melhor os clientes. Na linha predial, por exemplo, temos marcas como Coral, Suvinil, Sherwin Williams e Iquine”, afirma o gerente da unidade de Estrela, Ronye Scherer.

Além disso, as lojas também oferecem o que há de mais novo no mercado para materiais de pinturas, como pinceis e rolos, que contribuem nos bons resultados das obras. Para o representante comercial Ismael Ruppenthal, ao entrar na loja já é possível perceber os diferenciais nos serviços oferecidos.

“Qualidade de material e preço justo é o que caracterizam a Color Tintas. E a equipe é excelente. Dá todo suporte necessário a todos clientes”, afirma.

Unidades no Vale do Taquari Além de Lajeado, Airton possui duas outras unidades Color Tintas. A primeira, de Arroio do Meio, localiza-se na rua Marechal Floriano Peixoto, 450, no Centro. Gerente da loja, Aline de Brum destaca que desde a inauguração o município recebeu muito bem a marca e ótimos negócios foram concretizados.

“Aqui em Arroio do Meio estamos

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

Matriz em Lajeado/RS Rua 25 de Julho, 153, Americano

Algumas marcas parceiras

SEGMENTOS ATENDIDOS

Automotivo Predial Industrial Moveleiro

O CLIENTE QUE ENTRAR AQUI OU EM QUALQUER OUTRA UNIDADE VAI SEMPRE SE SENTIR EM CASA.”

há quatro anos e para nós foi uma surpresa. Foi um resultado satisfatório, que reflete o comprometimento e dedicação da equipe”, ressalta Aline.

Inaugurada em maio deste ano, a filial de Estrela tem como principal característica o atendimento diferenciado e a facilidade de acesso. Localizada na rua Coronel Mussnich, 126, no Centro, a loja também possui parceria com os principais fornecedores de tintas e complementos do Brasil.

“As parcerias e a tecnologia que utilizamos nos permite trazer tintas com cores mais escuras a preço de tintas mais claras”, explica Scherer.

“O cliente que entrar aqui, ou em qualquer outra unidade, vai sempre se sentir em casa. Nós presamos muito pela satisfação deles”, afirma.

Para 2020, a região de Santa Maria também receberá uma unidade Color Tintas. A inauguração está prevista para o primeiro semestre do ano. Para acompanhar todas as novidades, os clientes podem acompanhar as redes sociais ou visitar as filiais.

Filial em Estrela/RS Rua Coronel Müssnich, 126, Centro

Filial em Arroio do Meio/RS Rua Marechal Floriano Peixoto, 450, Centro

51 3748.0103 51 9 8593.2877

51 3720.2204

51 3716.2221 51 9 8051.7946

Ronye Scherer Gerente de Estrela

CONHEÇA AS UNIDADES COLOR TINTAS

EM ARROIO DO MEIO ESTAMOS HÁ QUATRO ANOS E PARA NÓS FOI UMA SURPRESA.” Aline de Brum

Gerente de Arroio do Meio

Cliente Ismael Ruppenthal atesta qualidade e bom atendimento Produzido por

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

CULTURA E EXPRESSÃO

HORÓSCOPO ÁRIES: Terá energia para o trabalho. E arregaçar as mangas pode render bons frutos. A dois, organizem as finanças para realizarem um sonho em comum. A vida sexual pode receber um estímulo. Cor: lilás.

TOURO: Dia de conversas produtivas. Pode precisar apaziguar conflitos no trabalho. Bom astral para mudar o visual. Chances de investir em alguém que te encante pela inteligência. Cor: verde-escuro.

Concurso premia destaques do primeiro Arte na Cidade DIVULGAÇÃO

OS VENCEDORES Espaço 1 (Mureta Av. Senador Alberto Pasqualini): Flávia Pozzobon da Rocha Gomes;

GÊMEOS: Siga sua intuição, conclua e mude o que precisar para zerar o ano.

Período de muita inspiração no trabalho. O clima para a relação é de planejar o futuro juntos, com seriedade e empenho. Cor: azul.

Espaço 2 (Mureta Av. Senador Alberto Pasqualini): Lucas Cristiano Baldissera e Maiara Cristiana Bauer Leonhardt;

CÂNCER: No trabalho, sua mente ficará dividida entre as tarefas e o descanso.

Parcerias e contato com clientes favorecidos. A paquera renderá, pois o astral está bom para se comunicar e relacionar. Cor: lilás.

LEÃO: A Lua pede que se programe e não exagere à mesa. Bom período de harmonia familiar e análise da carreira. Procure conversar coisas leves com seu bem, como falar de férias e passeios. Cor: creme.

VIRGEM: Permita que seus esforços se transformem em recompensas. A lua pede descontração, leveza e alegria. Possibilidade de surgir uma paixão por alguém, do jeitinho que você imaginou. Cor: creme.

LIBRA: Refletirá sobre sua família e o quanto pode contar com eles. Momento de fazer um balanço e ver no que vale a pena se dedicar. Na paquera, procure um amor que lhe valorize do jeito que é. Cor: bege.

ESCORPIÃO: Bom momento para aprender mais sobre algo que desperte sua curiosidade. Deve se sentir à vontade com parentes próximos. A relação fluirá como você gosta, com conversas racionais. Cor: prata.

SAGITÁRIO: Consciente, não procurará por aprovação de ninguém. Sua energia se recarrega nos momentos de introspecção. Possibilidade de encontrar um amor que mexerá com sua crenças.

Cor: verde-claro.

CAPRICÓRNIO: Com as baterias recarregadas, você tem a possibilidade de expandir-se pessoal e profissionalmente. Nessa energia poderá atrair um amor que lhe ajude a quebrar barreiras. Cor: lilás.

AQUÁRIO: Não estranhe se estiver mais isolado(a) nesse momento. Pode haver um desejo de saber o que o(a) motiva a seguir em frente.

Nessa busca poderá encontrar um(a) companheiro(a) afetivo. Cor: roxo.

PEIXES: A sensação é de que todos seus planos se concretizarão em breve.

Hoje a balada terá uma energia especial, de união. Poderá se surpreender ao descobrir que um amigo lhe deseja. Cor: cinza.

Espaço 3 (Viaduto Bento Rosa): Samuel Hergesell e equipe; Cada premiado recebeu um cheque de R$ 2 mil. Iniciativa visa valorizar a arte no ambiente urbano

Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da Univates é organizador da distinção LAJEADO

O

s vencedores da primeira edição do concurso Arte na Cidade – Intervenção artística

em espaços urbanos, foram premiados durante evento na Aldeia do Papai Noel, no Parque Professor Theobaldo Dick.

Cada premiado recebeu R$ 2 mil. Sete propostas foram apresentadas, das quais quatro foram premiadas. A administração de Lajeado e o Sesc Lajeado, na condição de entidades promotoras, viabilizaram a iniciativa, que tem como organizador o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates e o apoio técnico de equipe formada por do-

centes e discentes dos cursos de Design, Arquitetura e Urbanismo e Área de Artes da universidade.

As propostas foram julgadas por representantes do Sesc Lajeado, Univates, governo de Lajeado, Conselho Municipal de Cultura e um representante da comunidade.

Os critérios de avaliação foram originalidade, criatividade e atualidade da proposta. Depois a relação com o tema “humanizando a cidade” e, por fim, a adequação da arte ao espaço escolhido.

O 1º Concurso Arte na Cidade intervenção artística em espaços urbanos foi um concurso artísticocultural aberto à comunidade em

Espaço 4 (Viaduto Bento Rosa): Rafael Hergesell e equipe; Espaço 5 (Viaduto Bento Rosa): Samuel Hergesell e equipe. Mais Rafael Hergesell e equipe.

geral. Buscou valorizar o espaço urbano de Lajeado com o tema “Arte urbana - humanizando a cidade”. O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Univates foi responsável pela elaboração do edital e acompanhamento e apoio durante todo o processo do Concurso.

Escolas municipais recebem 32 mil livros LAJEADO

Alunos da rede municipal de ensino iniciarão o ano letivo de 2020 podendo apreciar novos livros que estarão à disposição nas bibliotecas das escolas municipais. Nesta semana, cerca de 32 mil livros, que foram adquiridos pela administração de Lajeado pela Secretaria da Educação (SED), foram distribuídos em todas as instituições por Tribos Editora e Distribuidora e Só Letrinhas Editora e Distribuidora, empresas vencedoras da licitação.

Para marcar a entrega, um ato simbólico ocorreu em frente à Secretaria da Educação, na rua Borges de Medeiros, reunindo representantes das empresas e da Secretaria. Ao todo, cinco vans carregadas com caixas de livros saíram da SED com destino às 18 Escolas de Ensino Fundamental e às 23 Escolas de Educação Infantil.

Livros foram entregues nesta semana para 41 escolas

De acordo com a diretora da SED, Lisandra Persch, os livros voltados à educação infantil, pré-alfabetização, ensino fundamental e infanto-juvenil foram escolhidos pela pasta e destinados para as escolas de acordo com as faixas etárias que atendem.

“Além de ampliar o acervo, esta aquisição também contribuirá com os projetos voltados à literatura, na formação de novos leitores e também, no incentivo à leitura, refletindo assim na qualidade do nosso ensino”, destacou Lisandra.

CORRIDA DE SÃO SILVESTRE

ATLETAS DO VALE PARTICIPAM DA PROVA

Lajeado

Arroio do Meio

Estrela

51 3748.0103

51 3716.2221

51 3720.2204

Leia nas páginas 22 e 23

Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

PRÓXIMA TEMPORADA

INTER PROJETA ELENCO COM 30 JOGADORES EM 2020

Planejamento é enxugar a folha salarial e apostar em jovens da base

RICARDO DUARTE

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

A

inda sem apresentar os primeiros reforços, o Internacional avança no planejamento para 2020 pelas despedidas. A diretoria colorada já definiu a saída de dez atletas e pretende entregar ao técnico Eduardo Couder um elenco com no máximo 30 jogadores para a próxima temporada.

O clube encerrou o Brasileirão com 39 atletas à disposição de Zé Ricardo. Destes, apenas Nico López, vendido ao Tigres-MEX, por R$ 40 milhões, já deixou a relação de jogadores que consta no site ofi-

composição de elenco com garotos oriundos de suas categorias inferiores. Ainda, a diretoria prevê a contratação de mais quatro atletas com salários elevados. Nomes que possam chegar em condições de brigar e até assumir a titularidade.

Até o momento, o clube fechou as contratações do lateral-direito Rodinei e do volante Damián Musto, ambos por empréstimo até o fim da temporada 2020. Os dois devem ser apresentados logo no início da pré-temporada.

OUTRAS SAÍDAS Neilton e Rithely são dois dos atletas que já deixaram o elenco colorado

cial do Inter. Outros dez sairão da lista ao fim do contrato, no dia 31 de dezembro.

Um elenco composto por quase 40 nomes é considerado alto pelo departamento de futebol, que planeja enxugar a folha salarial. Dimi-

nuir o número de jogadores é considerado essencial para o projeto do clube na próxima temporada.

O movimento também abre espaço para mais aproveitamento dos jovens da base. O Inter pretende suprir as posições em nível de

Em paralelo à busca por atletas, o Inter tem a intenção de negociar mais saídas. Zeca é um atleta que deve deixar o Beira-Rio. O lateral desperta o interesse do Atlético-MG. O zagueiro Klaus e os laterais Uendel e Natanael também foram liberados para buscar outro clube.

SAÍDAS E CHEGADAS Quem deixou o Inter • Emerson Santos (fim de empréstimo do Palmeiras) • Bruno (fim de contrato) • Bruno Silva (fim de contrato) • Rithely (fim de empréstimo do Sport) • Galdezani (fim de empréstimo do Coritiba) • Parede (fim de empréstimo do Coritiba) • Nico López (vendido ao TigresMEX) • Neilton (fim de empréstimo do Vitória) • Rafael Sobis (fim de contrato) • Tréllez (fim de empréstimo do São Paulo) Quem chegou • Rodinei (Empréstimo do Flamengo) • Musto (Empréstimo do HuescaESP)

GRÊMIO

ja para o Uruguai, com o retorno marcado para o dia 11. Os amistosos foram acertados pela FGF com a Associação Uruguai de Futebol (AUF).

Ferreira é um dos atletas da equipe que já ganharam chance com Renato

EL EB

Como destaques, a equipe terá campeões da Copa RS Sub-20, como Jhonata Robert, Léo Chu e Jhonata Varela, além de jogadores já com passagem pelo profissional do Tricolor. Ferreira e Isaque, por exemplo, já ganharam chances com Renato Portaluppi.

Foram chamados apenas quatro atletas de clubes do interior. Os laterais Gabriel Argenta (Caxias) e Marcelo (São José), o zagueiro Reynaldo (Juventude) e o meia Garraty (Pelotas).

A equipe treinará nos dias 3 e 4, no CT do Grêmio em Eldorado do Sul. No dia 5 via-

U AS

A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) convocou a Seleção Gaúcha Sub-23 para a disputa de dois amistosos contra a Seleção Pré-Olímpica do Uruguai, em Montevideo, nos dias 7 e 10 de janeiro. Dos 18 aletas chamados, 14 são da categoria de base do Grêmio.

Os jogos serão utilizados como forma de preparação dos garotos do Uruguai para o Torneio Pré-Olímpico da Colômbia. O comandante da seleção gaúcha será Thiago Gomes, treinador do grupo de transição do Grêmio.

C LU

BASE TRICOLOR REPRESENTARÁ A SELEÇÃO GAÚCHA

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

95ª CORRIDA DE SÃO SILVESTRE

A MAIOR PROVA DA AMÉRICA LATINA

Atletas do Vale realizam sonho de participar da prova mais tradicional e famosa do Brasil CAETANO PRETTO ezequiel@jornalahora.inf.br

A

corrida de rua mais famosa do Brasil e da América Latina chega à sua 95ª edição em 2019. Realizada tradicionalmente no dia 31 de dezembro, a Corrida Internacional de São Silvestre é uma das metas e sonhos de qualquer corredor do país.

Neste ano, a competição chega com o Bronze Label da World Athletics (IAAF), o rol das principais provas do mundo. Comprovando o alto nível, o circuito de 15 quilômetros terá a presença de dois bicampeões, o queniano Edwin Rotich, vencedor nas edições de 2012 e 2013, e de Dawit Admasu, do Bahrein, que ganhou em 2014 e 2017.

Na terça-feira, 31, as provas terão início às 7h25min, na categoria cadeirantes. Logo depois, às 7h40min, a elite do feminino dará a largada. O masculino sairá às 8h05min.

Na sequência, o Pelotão C, cadeirantes com guia e pelotão geral.

“O ATLETISMO É UM ESPORTE VICIANTE” O policial militar Tiago Muniz de Souza, 30, acompanha a Corrida de São Silvestre pela televisão desde a infância. A emoção da disputa até os metros finais, os milhares de corredores querendo dar o seu melhor no último dia do ano, e a alegria dos participantes fantasiados sempre chamaram a sua atenção. Participar da prova se tornou um sonho.

Este sonho começou a se tornar realidade em 2017. Na época, Souza estava finalizando a faculdade de direito. O estresse do dia

a dia, aliado à conclusão do TCC, fizeram o lajeadense lembrar do esporte que sempre gostou. Então, passou a correr para aliviar este estresse, e com isso ganhar em qualidade de vida.

Quando criança, apoiado por familiares, Souza chegou a participar das rústicas de natal de Lajeado. Porém o trabalho e os compromissos fizeram ele se afastar. Após voltar a correr por diversão, logo passou a participar de provas. A motivação e a vontade de evoluir foi crescendo. “O atletismo é um esporte mágico e viciante, depois que começa é difícil parar”, comenta.

Decidido a participar da São Silvestre, o atleta começou a sua preparação. Planejou planilhas com treinos que, na medida do possível, tenta seguir para evoluir e ganhar ritmo de prova. Aliado a isso, se alimenta de forma saudável, seguindo dicas e acompanhamento de nutricionista, além de fazer o preparo físico em academia e ter um fisioterapeuta pessoal.

Para Souza, as pessoas que participam da prova são o que fazem ela se diferenciar das demais, além de ser a corrida mais antiga e famosa do Brasil. “Não é apenas uma competição, pessoas vão lá para se divertir, fazer amizades e agradecer pelo ano. É uma prova comemorativa, a empolgação e criatividade dos participantes em suas fantasias tornam a São Silvestre uma prova única e espetacular.”

Participar da prova é a realização de um sonho, e a expectativa é a melhor possível.

O policial irá para a corrida como em todas que participou ao longo do ano, com o pensamento de dar o seu melhor, sem deixar de curtir o momento que será inesquecível.

“Claro que tem a preocupação com tempo e desempenho, mas quero ir como sempre, para fazer amizades, desfrutar o momento e agradecer a Deus pelo ano sem lesões e por ter saúde para fazer o que amo, que é correr.”

O resultado é consequência. Mas se tudo der certo, Souza quer correr em um pace (tempo por km percorrido) entre 4 minutos e 10 segundo à 3 minutos e 50 segundos. Finalizando a prova abaixo de 1h05min. “Estou confiante que consiga cumprir essa meta.”

ARQUIVO PESSOAL

O policial militar Tiago de Souza irá realizar o sonho de participar da prova pela primeira vez ARQUIVO PESSOAL

Participando pela segunda vez, Ronaldo Piuco Júnior quer terminar entre os 100 primeiros

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019 MARCELO FERRELLI/GAZETA PRESS

Corrida de rua mais tradicional e antiga do país, São Silvestre deve reunir cerca de 35 mil pessoas

“É A CORRIDA MAIS TRADICIONAL DO BRASIL” O atendente comercial Ronaldo Piuco Júnior, 29, irá participar da São Silvestre pelo segundo ano. Na edição passada, participou da prova com a intenção de correr os 15 km abaixo de 1 hora. Finalizou a prova com o tempo de 57 minutos e 40 segundos, na posição 136 entre mais de 30 mil corredores.

Ronaldo participa de corridas faz três anos. Iniciou quando se mudou de Lajeado para Guaporé. A distância da filha, que ficou em Lajeado, fez com que a corrida passasse a ser uma válvula de escape para ocupar a mente e diminuir a saudade. “Foi graças a minha filha que entrei no mundo das corridas, e para ela dedico cada vitória ou meta alcançada.”

O atleta conta que não gostava de assistir a prova quando criança, mas depois que começou a correr e treinar para as corridas, a São Silvestre virou um sonho. “Ano passado consegui realizar o sonho, e esse ano novamente terei a chance de correr a corrida de rua mais tradicional do Brasil.”

No início do mês, Júnior participou da Volta da Pampulha, tradicional corrida realizada em Belo Horizonte. Ficou na posição 71 entre 17 mil competidores. Com isso, tem o objetivo de terminar a última corrida do ano em 55 min, entre os 100 primeiros colocados.

NÚMEROS E CURIOSIDADES Corrida Internacional de São Silvestre Local: São Paulo Quando: Terça-feira, 31, a partir das 7h25min Edição: 95

FUTEBOL DE BASE

ALE/ LAJEADENSE DIVULGA CALENDÁRIO DIVULGAÇÃO

Criação: 1925 Número de participantes: Em torno de 35 mil Percurso: 15 km Países que mais venceram a prova masculina: • Brasil (25 vezes) • Quênia (14 vezes) • Bélgica (6 vezes) • Colômbia (6 vezes) Países que mais venceram a prova feminina: • Quênia (13 vezes) • Portugal (7 vezes) • Brasil (5 vezes) Maiores vencedores: • Rosa Mota (Portugal, seis vezes) • Paul Tergat (Quênia, cinco vezes) • Robert Cheruiyot (Quênia, três vezes) • Marílson dos Santos (Brasil, três vezes)

Entre as competições está a participação de um torneio na Espanha

A Escola de Futebol ALE/Lajeadense divulgou as primeiras competições que disputará em 2020. De 11 a 18 de janeiro, ocorre a 15ª Copa de Futebol Cidade Verde. Na mesma semana, do dia 12 ao 16, participa da 2ª Copa Salvador do Sul. Entre os dias 17 e 24 de janeiro ocorre a 14ª Copa Teutônia. Do dia 28 de janeiro a 04 de fevereiro, é a vez da 5ª Copa Maravilha. Por fim, ocorre a primeira competição internacional, em Barcelona, entre os dias 15 a 21 de abril. As competições envolverão times das categorias 2002 até a 2011. Interessado podem entrar em contato pelo telefone/whatsapp 9 8227-6644.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019 DIVULGAÇÃO

EC AMERICANO/COROAS

RETROSPECTIVA DOS CINQUENTÕES 41 JOGOS 171 GOLS MARCADOS 21 VITÓRIAS EQUIPE AZUL 15 VITÓRIAS EQUIPE VERMELHA 5 EMPATES

MAIOR GOLEADA DO TIME VERMELHO: 6 X1 MAIOR GOLEADA DO TIME AZUL: 6X1

Os gols mais bonitos foram marcados por Ari Papagaio, Felipe, Everaldo, Regis, Seco, Flávio, Inácio e Jorge.

Durante o ano o time azul marcou 94 gols e o time vermelho 77 Os gols mais rápidos foram marcados por Seco, no dia 18 de maio, a 1 minuto de jogo. E por Inácio, no dia 7 de setembro, a 2 minutos de jogo. No dia 15 de dezembro, Raul fez um gol com 2 minutos.

Os maiores goleadores em um único jogo foram Batata e Everaldo com três gols.

Goleadores do ano, com 21 gols Seco e Régis. Com 20 gols, Batata. Everaldo fez 17 gols, Flávio fez 13 e Inácio marcou 11 vezes.

A seleção do ano do Cinquentão ficou formada pelos seguintes atletas: Valmir, Baldo, Ari, Otto, Gerevini, Ezequiel, Valmor, Inácio, Eliseu, Seco e Régis Os maiores destaques do ano foram Inácio em nove jogos, Régis em oito jogos, Valmor Ibaldo com 7 jogos e Raul com cinco jogos.

Futevôlei é um dos esportes com inscrições abertas. As outras são: futebol sete, beach câmbio, e vôlei

JOGOS DE ESTRELA

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A PROGRAMAÇÃO

DE VERÃO DA SMEL

Entre as atrações está o Festival de Verão, com cinco modalidade esportivas

A Turma dos Cinquentões do Coroas realizou 41 jogos no ano

temporada 2019 da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de Estrela chegou ao fim com a realização de mais de 50 eventos e iniciativas esportivas e sociais.

Os primeiros eventos de 2020 já estão em execução, com inscrições abertas para as três primeiras iniciativas: Colônia de Férias, Festival de Verão e a Só Elas.

Voltado a crianças entre 6 e 12 anos, o primeiro evento está agendado para ocorrer entre os dias 27 de janeiro e 07 de fevereiro, das 14h às 17h. Serão dez dias de atividades diversas realizadas na sede dos projetos da Smel e na Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz.

Serão oferecidos esportes,

brincadeiras, passeios e oficinas diversas. Os participantes também receberão lanches. As inscrições gratuitas podem ser feitas nas escolas e na Smel. As vagas são limitadas.

FESTIVAL DE VERÃO O Festival de Verão irá ocorrer na primeira semana de fevereiro, entre os dias 3 e 9. Serão cinco as modalidades com disputas realizadas no Parque Princesa do Vale. Futebol sete feminino, nos dias 03, 05 e 07, a partir das 19h. Beach câmbio, dia 06 às 18h30min. Futevôlei, no dia 08 às 15h. Vôlei de duplas feminino e masculino, no dia 09.

Os campeões de cada modalidade recebem troféus e medalhas. As inscrições podem ser feitas ao custo de dois quilos de alimento não perecível por atleta, a serem entregues no dia da respectiva disputa.

CORRIDA, CAMINHADA E KANGOO

A 6ª Só Elas – Corrida, Caminhada e Kangoo está agendada para o dia 08 de março. As inscrições estão abertas e cerca de 250 mulheres já garantiram presença no evento que faz parte da programação do XIV Multimulher de Estrela.

De acordo com o titular da Smel, Julio Saldanha Pereira, a proposta é apresentar novidades para a prova.

“Ela se tornou famosa, criou seu público cativo, e assim cresceu muito.

Por isso este ano vamos também limitar o número de inscritas para poder oferecer mais qualidade, organização, e melhorar o atendimento e os serviços oferecidos”, detalha.

Uma das novidades é que este ano serão três os modelos de camisetas.

Estas podem ser conhecidas no site das inscrições, que ainda estão a preços promocionais do primeiro lote: corrida 5km (R$ 39,00); Kangoo Jump 3km (R$ 39,00); Caminhada 3km (R$ 29,00).

COPA PITUCA

COMPETIÇÃO INICIA NO DIA 10 DE JANEIRO ARQUIVO A HORA

Os goleadores do ano foram: Seco, Régis, Batata, Everaldo e Flávio

Bom fim de semana.

Se beber, não dirija!

Esporte Clube Americano/Coroas Esta história não pode parar!

A Copa Pituca 2020 terá o seu início no dia 10 de janeiro. A edição terá a participação de 19 equipes, divididas em três categorias: Força livre, veteranos e feminino.

Os jogos ocorrem na Associação Recreativa São Caetano, do bairro São Caetano, Arroio do Meio.

As categorias força livre e vete-

ranos terão oito equipes na disputa pelo título, enquanto que a disputa do femino será entre três times. Os jogos ocorrerão normalmente nas sextas-feiras à noite.

Nos meses de janeiro e fevereiro, a rodada cancelada na sexta-feira, passará para a quarta-feira da semana seguinte.

Competição terá a participação de 19 equipes, divididas em três categorias

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

CANOAGEM

JOVENS PODEM PARTICIPAR DO PROJETO REMADA ECOLÓGICA

ARQUIVO A HORA

Projeto ensina os princípios da natação, canoagem e outras modalidades esportivas

D

esde 2017, o projeto Remada Ecológica, desenvolvido por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) de Lajeado e Associação de Ecologia e Canoagem (Aeca), oferece aos jovens do município atividades em três modalidades esportivas: Canoagem Velocidade, Paracanoagem e Stand Up Paddle.

As inscrições para participar do projeto, que é voltado para jovens de 11 a 17 anos, estudantes e moradores preferencialmente de Lajeado, podem ser realizadas durante todo o ano.

Conforme o técnico da Aeca, João Francisco Hauschild de Oliveira, o projeto tem como objetivo capacitar jovens para a modalidade de canoagem e estimular a

socialização e o espírito de grupo.

Ainda, busca preparar os jovens para participar de campeonatos estaduais e nacionais, possibilitando a evolução e crescimento pessoal.

Inicialmente, os jovens aprendem os princípios de natação. As atividades proporcionam aprimoramento físico, contato com o meio ambiente e com o Rio Taquari e envolvem questões de preservação e conscientização ambiental.

Para realizar a inscrição, basta o jovem comparecer na Marina do Vale, mediante a presença dos pais ou responsáveis, e preencher uma ficha de inscrição anexando os documentos pessoais, dos responsáveis e comprovante de residência. O projeto funciona de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 18h.

Para realizar a inscrição, basta o jovem comparecer na Marina do Vale, mediante a presença dos pais ou responsáveis

INTERCAMPING

DIVULGAÇÃO/AEMASO

COMPETIÇÃO RETORNA NO PRÓXIMO SÁBADO

O Camping do Riacho Doce sediou a quinta rodada do Intercamping no sábado, 21. A tarde de jogos em Marques de Souza foi a última de 2019. Neste sábado, a competição dará uma folga, com o retorno marcado para o dia 04.

O primeiro jogo, pela força livre, teve a vitória da equipe Os Som-

bras, pelo placar de 6 a 2 sobre o Wasserstadt. O nome da partida foi Fernando Rupp, autor de quatro gols. Depois, pela mesma categoria, o Illuminatis venceu o América por 5 a 2.

Pela categoria municipal, o Aprovados fez 4 a 1 no Pançudos.

Depois, novamente pela força li-

vre, Boteco do Jair venceu o Vc Amigos por 4 a 1. A maior goleada da tarde ficou por conta do Os Penetras, que fez 8 a 1 sobre o Us Guri da Catequese, também pela força livre. O artilheiro do jogo foi Everton Junckenn, com três gols.

Fechando a tarde, o Maravilha venceu o Largados por 4 a 1.

Equipe Os Sombras venceu o Wasserstadt pelo placar de 6 a 2

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IDEIAS

A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo mensal, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

ALBANO MAYER

SÉRGIO R. SANT’ANNA

Administrador de Empresas, Empresário, Consultor e Assessor de Gestão da Univates.

Publicitário e professor da Faculdade La Salle

“J

Para mover moinhos

urei mentiras e sigo sozinho, assumo os pecados // Os ventos do norte não movem moinhos...”, cantava o Secos & Molhados no início da década de 1970. Ícone da contracultura brasileira, o grupo produziu algumas poucas dezenas de músicas, muitas delas retratando conflitos pessoais e sociais, marcas daqueles tempos. Chegando a 2020, entramos no último ano da segunda década do Séc. XXI, vivendo um período de polarizações e fortes mudanças no modelo mental do mundo.

Enquanto Brasil, nossa expectativa é grande em termos de economia, enxugamento da máquina pública, reforma tributária e incentivo aos empreendedores, afinal estamos entre os piores países do mundo no quesito “lugares mais fáceis para se fazer negócios”, segundo o relatório Doing Business do Banco Mundial. Entre 190 nações avaliadas, somos a 124ª, mais para o fim da lista, próximos da última colocada Somália e bem atrás de Rússia, China, Índia e África do Sul. Penso que, além desse desafio, o momento é também para olharmos o mundo à nossa volta, nossas relações pessoais e comerciais, se desejarmos seguir avançando enquanto microrregião, município, empresa e pessoa.

Quando Michael Tracy e Fred Wierseman, ainda no século passado, apontaram a Intimidade com o Cliente como elemento fundamental para as empresas criarem valor para seus consumidores, possivelmente, tivessem apenas uma pequena perspectiva das mudanças que veríamos nos anos seguintes. Hoje está claro que, para marcas e organizações se consagrarem, não basta apenas preencherem as necessidades funcionais e emocionais do público, é necessário saber lidar com suas ansiedades e desejos latentes. Figuras intimidadoras se constroem apenas no inconsciente

coletivo de uma parcela restrita da sociedade.

As marcas precisam ser autênticas e honestas e, também, acessíveis, amáveis e até vulneráveis, admitir falhas e não buscar serem perfeitas. Marcas com personalidade, humanas, tendem a encontrar maior aceitação e fidelidade entre as gerações mais novas, que são o futuro do mercado consumidor.

Semanas atrás ocorreu em São Paulo o jantar Mind the Gap, organizado por Época Negócios, PEGN e Valor Econômico para discutir os entraves à inovação e ao empreendedorismo no Brasil. O encontro contou com rodadas de discussões e gerou um levantamento com 20 Ensinamentos para 2020. Entre estes, cito alguns que podem nos servir de sinalizadores e reforçar ainda mais os movimentos de transformação em andamento no Vale do Taquari: (1) Transparência e verdade são essenciais aos negócios; (2) Mantenha a empresa centrada em um propósito autêntico; (3) É importante manter o espírito do empreendedorismo no DNA da empresa; (4) Junte as pessoas certas, no trabalho correto; (5) É urgente incluir o tema Empreendedorismo no currículo das escolas; (6) As empresas podem, e devem, desde agora definir como enfrentarão as transformações no mercado de trabalho.

Simples e retos, porém não simplórios, pois exigem de cada um daqueles que se consideram agentes da mudança uma boa dose de dedicação e a percepção de que sozinhos somos apenas um. Para mover moinhos precisamos dos ventos que vêm de todos os cantos, precisamos estar abertos ao novo. Se rompi tratados, traí os ritos, não importa. “Lancei no espaço // Um grito, um desabafo”. Que venha 2020!

Sérgio escreve sempre no quarto fim de semana do mês. Fale com ele: santanna.sergio@hotmail.com ou WhatsApp 99145 5005.

E

Emprego ou Desafio?

screvi durante todo o ano sobre as condições de liderança, comportamento de RH, as questões de inovação, ser empresário, empreender, ser disruptivo, entre outros temas que gosto de opinar. Na semana passada fui abordado por um empresário de Lajeado, que me contou uma história e no mesmo momento comentei, vou escrever algo sobre isso.

Venho de uma família humilde, o sonho dos meus pais era que eu

Inovadora ou até em uma Startup!

fosse funcionário concursado, preferencialmente Banco do Brasil ou Caixa Federal, os dois concursos que fiz e não fui aprovado. Não tendo estas competências foi necessário ser disruptivo.

Viemos de uma época onde o ideal para nossos herdeiros eram ter estabilidade, trabalhar em uma grande empresa, crescer profissionalmente e financeiramente. Tenho convicção que isso ainda é possível, mas com diversas restrições e um mercado de trabalho de competitividade global.

E os riscos? Os riscos são parecidos com qualquer negócio, podemos ser demitidos, a empresa pode fechar, pode ser comprada, pode reduzir ou até mesmo se mudar.

Os empregos de estabilidade vão ser cada vez mais raros, empregos de boa remuneração requerem pessoas que se desafiam. Desafiem seus herdeiros a trabalhar em empresas que os desafiem.

Já faz um bom tempo me guio por um provérbio chinês: “Arruma pra fazer o que tu gostas que nunca mais trabalhas na vida” – quem faz o que gosta faz com excelência e, consequentemente, tem uma boa remuneração.

Mas quais outras opções temos?

Podemos trabalhar em uma empresa

Vou citar algumas vantagens de trabalhar nestas empresas: * Seremos um importante profissional da empresa, nossa opinião será ouvida e participaremos de um processo de grande aprendizado; * Vamos experimentar o crescimento organizacional, onde teremos mais colegas iniciando, muitas opções de crescimento profissional e consequentemente financeiro; * Podemos empreender internamente pois seremos desafiados diariamente, uma empresa inovadora ou que se inicia sempre tem problemas novos a serem resolvidos; * Viveremos a experiência integral de uma empresa, não apenas de uma atividade isolada; * Conforme a empresa poderemos ter até uma possível flexibilidade de regras.

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A HORA | Fim de semana, 28 e 29 de dezembro de 2019

artigo O reitor da Univates escreve um artigo mensal. Aborda temas variados, ligados a inovação, transformação tecnológica, educação e economia.

ney@jornalahora.inf.br

nlazzari@univates.br

NEY ARRUDA FILHO

NEY LAZZARI

Sobre presenças e ausências

O apagão da mão de obra

N

a semana do Natal a gente recebe tantas mensagens, pelas mais variadas mídias, que chega a dar nos nervos.

Ok, quem envia está imbuído das melhores intenções. Me perdoem, então, aqueles que aproveitam as tais “festas” pra lembrar daqueles que ficaram esquecidos durante o ano todo. Mas, convenhamos, usar “listas de transmissões” pra falar da magia do Natal, do Deus Menino e do Ano Novo que virá é chato demais. Coisas da modernidade líquida. A vontade de se fazer presente, mesmo que seja por alguns instantes, na tela do celular do outro, supera tudo nessa época. Usando uma gíria dos anos 70, não tem “siflagrol” que chega. Por isso, tenho saudades dos cartões de Natal, que ficavam pendurados na árvore e que eram retribuídos com aquele sentimento de ter de revisar melhor a lista pro próximo ano. Dava trabalho, mas a Apae e outras entidades faziam uma graninha, botavam a turma a trabalhar e a gente se sentia ajudando.

Então, eu não quero falar aqui de espírito natalino, nem de renovar as esperanças e lero lero. Quero falar de vida, de encontro, de nascimento, pois é isso que vou comemorar nesses dias. É só nesta época que encontramos pessoas que seguiram

seus caminhos por estradas diferentes das nossas.

Irmãxs, sobrinhxs, parentes e amigxs, cuja presença antes constante, hoje é rara (e será mais rara a cada ano). Acontece que a gente cria uma expectativa monstruosa, uma vontade de fazer desses momentos uma redenção, uma espécie de “passa borracha” dos desencontros do passado. Daí, potencializa a frustração, que é inevitável. Difícil mesmo é lutar contra a natureza humana.

A maturidade vai nos endurecendo e as diferenças vão se calcificando. Não tem como apagar as diferenças, menos ainda os conflitos que surgiram pelo caminho. O que a gente pode fazer é tentar criar uma peneira pra separar as coisas boas das coisas ruins. Tentar fazer valer um pouco do sentido daquelas mensagens, aquelas da “lista de transmissão”. Dar sentido mesmo, na prática, tirar da retórica e aplicar na ferida ou na cicatriz, aproveitando os encontros, cada vez mais raros, pois os desencontros serão inevitáveis.

Ter as ausências pra lembrar, ou pra esquecer ou mesmo pra sentir saudades. Ter as presenças pra desfrutar, aproveitando cada momento dessa incrível aventura de fechar um ciclo e, de cara, começar um outro.

D

epois de praticamente meia década de queda e estagnação da economia brasileira, o país precisa voltar a crescer para gerar renda, emprego e voltar a reduzir as crônicas desigualdades sociais que se expandiram novamente nesse período.

A retomada do crescimento econômico depende de muitos fatores e que muitas variáveis estejam equilibradas. Algumas dessas variáveis são determinantes para definir o ritmo e a intensidade do processo de crescimento de uma economia: disponibilidade de recursos humanos, taxa de juros, investimentos, inflação, nível de consumo, balança comercial, câmbio, emprego, poupança e muitas outras.

Historicamente o crescimento econômico no Brasil tem sido impulsionado pela demanda, ou seja, pelo consumo das pessoas, das famílias e do governo. Esse crescimento está muito vinculado à renda e ao crédito disponível e tem como limitação a capacidade produtiva já instalada na economia e o poder de gasto do governo. Qualquer pressão um pouco maior no nível desse tipo de consumo pode se transformar em pressão nos preços, gerar inflação e abortar todo o processo de retomada do crescimento.

De outro modo, em muitas economias, o processo de crescimento é puxado pela oferta de mais ou de novos produtos para consumo. Isso depende dos investimentos em infraestrutura, em novos equipamentos, novas tecnologias, novas processos produtivos que geram maior capacidade de produção voltada para atender não só o mercado interno, mas principalmente o mercado externo. É esse processo que tem ocorrido, por exemplo, no vigoroso crescimento econômico chinês dos últimos 40 anos, capitaneado por um estado forte, centralizador e indutor dos investimentos.

Dadas as mudanças tecnológicas das últimas décadas e o novo padrão exigido pelo mercado, a retomada do crescimento, com aumentos na oferta, passa pelo acesso e adoção desses novos padrões e pela consequente incorporação de uma considerável massa de trabalhadores atualmente desempregados. Esse talvez seja o nosso maior desafio neste momento.

Ao mesmo tempo em que há em torno de 12 milhões de desempregados, há hoje no Brasil em torno de 2 milhões de vagas que

(...) Temos urgência em formar um maior contingente de pessoas nessas áreas da nova economia e, ao mesmo tempo, reciclar e requalificar trabalhadores.” não são preenchidas porque não há pessoas qualificadas para ocupá-las, principalmente na área da nova economia.

Há estudos que indicam que esse número de vagas não ocupadas deverá crescer a uma taxa de mais de 10% ao ano nos próximos anos e que, em 2030, poderemos ter quase 6 milhões de vagas não ocupadas por falta de qualificação dos nossos trabalhadores.

Esse é um dos grandes desafios de praticamente todas as economias do mundo, mas é particularmente grave para o Brasil, dado o altíssimo desemprego existente conjugado com os baixos padrões de qualidade e especialização dessa força de trabalho.

Com as facilidades das comunicações e da logística, muitas dessas vagas não preenchidas na economia brasileira acabarão sendo preenchidas em outros locais do mundo onde a mão de obra seja mais qualificada.

Mesmo que fundada e radicada no Brasil, uma empresa baseada na tecnologia da informação poderá ser forçada a instalar a sua próxima unidade na Espanha, na Irlanda ou em outro país, uma vez que poderá precisar de centenas ou até de milhares de trabalhadores qualificados e especializados.

Para de fato termos um crescimento econômico de forma sustentada e constante no longo prazo, temos urgência em formar um maior contingente de pessoas nessas áreas da nova economia e, ao mesmo tempo, reciclar e requalificar trabalhadores.

Em resumo, precisamos de mais e melhor educação.

Fim de semana 28 e 29 de dezembro de 2019

Do Vale para a SÃO SILVESTRE A prova de rua mais famosa da América Latina chega à 95ª edição. A Corrida Internacional de São Silvestre terá cerca de 30 mil competidores. Pelo menos dois serão do Vale. Tiago Muniz de Souza (abaixo) irá realizar o sonho de infância ao participar da prova pela primeira vez, enquanto que Ronaldo Piuco Júnior (à direita) participará pela segunda edição.

MÍN: 24º MÁX: 40º

Sol predomina no sábado. Pancadas de chuva no domingo.

Dias quentes.

OPINIÕES NEY LAZZARI

O apagão da mão de obra Página 27

SÉRGIO R. SANT’ANNA

Para mover moinhos Página 26

NEY ARRUDA FILHO

Sobre presenças e ausências Página 27

ALBANO MAYER

Emprego ou Desafio?

Página 26

BIBIANA FALEIRO

A partida do menino Caderno Você