Você - 14/03/2020

FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO DE 2020 edição nº 228

Mulher e pesquisadora A doutora Jane Mazzarino fala sobre os desafios de ocupar o espaço acadêmico e como alia suas crenças ao seu trabalho

Bastidores Faça você mesmo

Amanda Cantú voce@jornalahora.inf.br

Micromachismos: uma série sobre “pequenas” opressões cotidianas

S

abe aquele comentário que você ouviu e que te deixou incomodada, constrangida, ou diminuída por ser mulher, mas que muita gente considera normal? Você acabou de experimentar uma situação de micromachismo.

Antes de falarmos sobre, deixe-me explicar o que te espera aqui durante as próximas semanas.

Neste que é considerado o mês das mulheres, você conhecerá a história de uma mulher forte e inspiradora por semana, até o fim de março, na nossa série “Sim, mulher pode!”. Motivada por ela, pensei em também fazermos uma série neste espaço, e falarmos sobre um tema importante sugerido por uma amiga na última semana: os micromachismos.

Para começar, você sabe identificar um micromachismo? Vamos lá, não é difícil.

Vamos pensar em uma situação hipotética. Você sai para trabalhar e, na primeira esquina, escuta uma cantada ou recebe uma “buzina elogiosa”. No ônibus, o homem ao lado abre as pernas e ocupa boa parte dos dois bancos.

Você chega no trabalho e alguém pergunta se você está nervosa porque está “naqueles dias” ou porque o seu companheiro não te “ajuda” com as tarefas de casa.

Quando você tenta explicar que as tarefas também são responsabilidade dele, recebe um longo discurso sobre como “não se fazem mais mulheres como antigamente”. Nesta situação, em ape-

nas algumas horas você já passou por quatro micromachismos.

São “pequenos” gestos ou comentários, por vezes muito sutis, que estão tão interiorizados em nossa cultura, que nem percebemos o quanto são preconceituosos e nocivos. Alguns estudiosos, inclusive, consideram errado o uso do termo “micro”, ao argumentarem que este reduz o impacto destes gestos. Eles defendem a substituição pelo termo “machismo cotidiano”.

Os micromachismos são tão normalizados que ocorrem até mesmo entre nós, mulheres. Fomos educadas em um sistema que nos coloca umas contra as outras, o que nos leva a reproduzir este tipo de agressão. Só para dar alguns exemplos, são aquelas famosas “não gosto de trabalhar com mulheres pois são muito sentimentais”, ou “como ela está no bar, deixou os filhos com quem?”.

Eles parecem inofensivos, mas não são. As cantadas, a coisificação das mulheres, a tendência masculina a nos interromper, a naturalização da mulher sempre em papéis de cuidado. Todos são micromachismos que, apesar de não nos colocarem em perigo de forma direta, aprofundam a desigualdade e aos poucos vão justificando socialmente as violências mais brutais.

voce@jornalahora.inf.br Produção: Amanda Cantú

Arte: Silvia Luisa Vian

2 | Você. | FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO 2020

Porta-moedas em feltro Materiais • Feltro • Molde de sua preferência • Máquina de costura ou agulha e linha, caso prefira costurar o feltro à mão • Caneta • Tesoura

Desenhe um retângulo para marcar onde será a abertura do porta-moedas e costure sobre ele com o pesponto.

Passo 2

Passo 3 Dobre o seu porta moeda de feltro ao meio e recorte a abertura para as moedas.

Ao dobrar o feltro ao meio, o processo de corte ficará bem mais fácil.

Posicione as duas partes do seu porta-moedas, uma sobre a outra. Encontre avesso com avesso. Depois de costurar, recorte os excessos com a tesoura. Você pode fechar a peça com a máquina de costura ou à mão.

Passo 1 Imprima o molde que preferir e faça o risco dele sobre o avesso do feltro.

Depois, risque o molde espelhado para fazer o outro lado da bolsinha. Recorte o feltro seguindo as marcações. Para achar o avesso do feltro, procure o lado que possui um aspecto mais áspero. É nesse lado onde você deve riscar o molde.

Passo 4 Para fechar utilizando a máquina, os pontos mais utilizados são o ponto caseado e pesponto.

Apresentado por

CRON CENTRO REGIONAL DE ONCOLOGIA CERTIFICADO nº 036/016/005 VALIDADE: 29/11/2021

IB E S Instituto Brasileiro para Excelência em Saúd e

ASSISTA AO VÍDEO DO EVENTO

LGPD: COMO A LEI IMPACTA NA SAÚDE? PAINEL “CONVERSA FRANCA” REÚNE ESPECIALISTAS PARA ESCLARECER OS EFEITOS DA NOVA LEGISLAÇÃO A MÉDICOS E PACIENTES

O

avanço dos meios de comunicação e da tecnologia trouxeram à tona a discussão sobre segurança e privacidade de informações pessoais. Na área da saúde, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em agosto, modificará a forma como clínicas e hospitais devem utilizar e armazenar os dados dos pacientes. Por isso, o Centro Regional de Oncologia (CRON) convidou especialistas para debater os rumos da LGPD, no primeiro painel “Conversa Franca”.

A advogada Karen Lucia Bressane Rubim e a professora de direitos intelectuais e conexões, Thaís Carnieletto Muller, foram as convidadas da noite para ministrar o

evento, que ocorreu no Centro Clínico de Estrela, no dia 11. Na ocasião, as profissionais explicaram que a LGPD assegura aos pacientes o direito pleno sobre as informações pessoais coletadas e sua finalidade. “É uma lei complexa, inspirada na legislação da União Europeia, que vai proporcionar uma série de impactos no setor”, afirma Karen. A advogada explica que, apesar das pessoas jurídicas não serem o alvo do tratamento de dados, caberá a elas o dever da nova lei. “É uma mudança de comportamento. Precisamos nos familiarizar com as novas exigências e, se necessário, contatar especialistas da área de TI para auxiliar na transformação”.

É uma lei complexa, inspirada na legislação da União Europeia, que vai proporcionar uma série de impactos no setor”

Karen Rubim ADVOGADA

O QUE MUDA COM A LEI? De acordo com Thaís, a principal mudança está na forma de tratar as informações. “Antes pensava-se o dado a partir da sua utilidade. Agora, pensamos a partir do titular”, afirma. “Estamos falando de uma informação acerca do paciente, que não pode sair do lugar e ser usada para uma finalidade diferente da qual foi fornecida”.

A partir da LGPD, todo dado coletado, seja ele armazenado em papel ou ambiente digital, deverá ser autorizado pelo paciente e o seu compartilhamento só poderá ser feito com mensagens codificadas ou criptografadas. Depois do cumprimento do tratamento, ou por meio da solicitação do titular,

Dr. Hugo Schünemann mediou a conversa com Karen Rubim e Thaís Muller

Estamos falando de uma informação acerca do paciente, que não pode sair do lugar e ser usada para uma finalidade diferente da qual foi fornecida”

Thaís Muller

PROFESSORA DE DIREITOS INTELECTUAIS E CONEXÕES

as informações devem ser apagadas.

“A saúde é uma área que lida com dados sensíveis, como diagnósticos e exames. A forma como as tecnologias são utilizadas na rotina vão precisar ser corrigidas”, destaca Karen. Para isso, as profissionais recomendam que clínicas e hospitais contratem serviços de tecnologia para auxiliarem na proteção dos dados, ou destinem um funcionário ao cuidado das informações.

Auditorias internas também são recomendadas para verificar as conformidades dos serviços de saúde. “O CRON está em processo avançado de adequação a LGPD, em relação a outros locais. Sabemos que no começo vai ser um pouco difícil, mas acreditamos que a tendência é melhorar a prestação dos serviços”, reconhece Karen.

ATENÇÃO PARA O PRAZO Clínicas médicas, hospitais, consultórios e demais estabelecimentos na área da saúde tem até agosto para regularizar a situação da Lei de Proteção de Dados. “As instituições que não cumprirem a norma terão multas que comprometem até 4% do faturamento anual, ou até R$ 50 milhões”, lembra Thaís.

Produzido por FIM DE SEMANA, 14 e 15 DE MARÇO DE 2020

| Você. | 3

CONTEÚDO PATROCINADO

Copa CTC/Construtora Diamond 2020 começa neste sábado Torneio terá 18 jogos na abertura. Clube também lança campeonato infantojuvenil

Mais de 800 atletas dividi dos em 41 equipes disputarão a Copa CTC/Construtora Diamond de Minifutebol 2020. O campeonato mais importante da modalidade terá a abertura oficial neste sábado (14/03), a partir das 12h15min, nos cam pos A, B e C do Clube Tiro e

Caça (CTC). Serão seis con frontos em cada campo. Neste ano, o torneio tem 3 Divisões e os times foram sorteados em seis grupos. A tabela de jogos e outras informações sobre o torneio, as equipes e os atletas podem ser conferidas no site do clube ctclajeado.com.br ENTRE A GENTE

Infantojuvenil O CTC também lança mais uma atração para reunir a família no Clube e estimular a prática esportiva entre os jovens.

Em abril, inicia-se a Copa CTC/ Sorvebom de Minifutebol Infantojuvenil e os jogos serão realizados aos sábados de manhã, a partir das 9h.

A rodada inicial será no dia 4 e as inscrições podem ser feitas até o dia 28/03, através de preenchimento do formulário disponível no site, no menu Inscrições. Cada equipe poderá inscrever entre 12 e 15 jogado-

res, mais dois treinadores (idade livre). O valor é R$ 200 por grupo e a competição será dividida nas seguintes categorias: 2006/2007, 2008/2009 e 2010/2011.

No dia 31 de março haverá uma reunião técnica no Salão Bosque, às 19h, para esclarecimento de dúvidas e apresentação do regulamento da competição. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail esporte@ ctclajeado.com.br ou pelo telefone (51) 3726-4980.

Primeira rodada da Copa CTC/Construtora Diamond terá 18 confrontos

Garanta seu ingresso para o Luau do CTC

Beach Tennis Neste final de semana ocorre o II Torneio Interno de Bea ch Tennis de Duplas Escolhidas, na quadra de areia do Clube. O torneio terá disputas nas cate gorias Masculina A e B, Femi nina A e B e Mista A e B, e os participantes devem doar 5kg

de alimento não perecível para confirmar a inscrição. O públi co também pode contribuir com doações que serão destinadas a uma entidade beneficente. Apro veite a programação e venha curtir o fim de semana no Clube com a família!

ENTRE A GENTE

Torneio de Beach Tennis arrecadará doações para entidade beneficente

AGENDA CTC

Falta menos de uma semana para o verão terminar e a temporada de piscinas 2019/2020 do CTC também está chegando ao fim. O complexo de piscinas fica aberto aos sócios até o dia 29, mas o Luau de encerramento ocorre no dia 27. A festa será à beira das piscinas e terá shows com o grupo de pagode Nosso Jeito e com a cantora Diana Dicke banda.

Os ingressos antecipados estão disponíveis na Secretaria do Clube e são limitados, por isso garanta o seu e não fique de fora! O convite custa R$ 15 para sócios (com consumação) e não sócios. Na hora do evento, o ingresso terá o mesmo valor, sem consumação.

Até o encerramento, as piscinas seguem com funcionamento das 9h às

14/03: Abertura do Ranking de Tênis CTC/Engemori/Água da Pedra 14 e 15/03: II Torneio Interno de Beach Tennis de Duplas Escolhidas 27/03: Luau de Encerramento da Temporada de Piscinas

20h. Nas segundas-feiras, porém, o acesso do público é liberado a partir das 14h. Para ingressar no complexo é preciso estar com o cadastro atualizado e apresentar a carteirinha de sócio e o cartão de banho.

Grupo Nosso Jeito é uma das atrações confirmadas para o Luau CTC

18/04: Dia Sem Carro 23/05: Festa de Maio

FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO DE 2020

| Você. | 5

FOTOS AMANDA CANTÚ

Sim, mulher pode

“Meus desafios são

olhar para a sociedade e buscar uma forma de contribuir” Para Jane, ser doutora em comunicação é desafiante, mas também um privilégio

Q

uando o assunto é mulheres na pesquisa, as brasileiras buscam conquistar cada dia mais espaço. Somos o país com maior porcentagem de artigos científicos assinados por mulheres entre as nações ibero-americanos, conforme dados da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). Como autoras ou coautoras, elas assinam mais de 70% dos estudos publicados no país. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), também ocupamos 53% das bolsas de mestrado e doutorado no Brasil.

Tornar-se professora e pesquisadora não estava nos planos de Jane Márcia Mazzarino. Filha e neta de agricultores, ela nasceu na pequena Putinga, em 11 de fevereiro de 1970. Deixou o município aos três anos, quando a família mudou-se para Encantado, onde o pai abriu um comércio. Dois anos depois, uma nova mudança a levou para Espumoso, onde viveu toda a adolescência.

Decidiu cursar Jornalismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a Unisinos, aos 17 anos. “Gostei muito do curso e me formei rápido, pois queria logo trabalhar”. Depois de atuar em alguns veículos de comunicação, em 1992 foi

6 | Você. |

para o Mato Grosso trabalhar como assessora. O momento foi decisivo em sua vida. Percebeu que só o jornalismo já não a fazia feliz, investiu no autoconhecimento e se encontrou na ioga, atividade que a trouxe a Lajeado.

Quando a prática ainda não era comum, Jane era uma das poucas instrutoras na região.

Atuou na área por dez anos, quando decidiu voltar a estudar.

Veio o mestrado, e o doutorado em seguida. Entre eles, um concurso a levou para a Univates, quando começou a lecionar para o curso de Jornalismo. Quando a universidade abriu o Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento, Jane foi convidada a ensinar aos

Ser mulher em qualquer tempo é, antes de tudo, ser humano” Jane Mazzarino

Doutora em comunicação

FIM DE SEMANA, 14 e 15 DE MARÇÕ DE 2020

mestrandos, e mais tarde, aos doutorandos sobre os temas de comunicação, educação ambiental e movimentos sociais.

Quando viveu no Mato Grosso, fortaleceu a conexão que sempre tivera com o meio ambiente. “Eu descobri a força

da natureza. Me sentia muito bem e aquilo me tocou”. Por isso, sua formação e pesquisas aliam comunicação e movimentos ambientais. São estas paixões que ela trabalha com seus alunos e bolsistas no projeto de pesquisa Comunicação,

Educação Ambiental e Intervenções: vivências e imagens.

Em reconhecimento aos anos dedicados aos estudos, recentemente recebeu uma bolsa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“A comunicação a partir de uma perspectiva ambiental sempre permeou os meus estudos. A medida que algo me sensibiliza, trago isso para o meu trabalho. O que vivo, o que sinto, o que me toca, vou pesquisar e colocar nas minhas aulas e oficinas”.

Qual o desafio de ser mulher nos dias de hoje?

O desafio de ser mulher, para mim, é o desafio de ser humano. Que é manter a espinha ereta, o coração tranquilo e a mente serena. Ser otimista em um mundo desafiante. Ser mulher em qualquer tempo é, antes de tudo, ser humano, e o desafio de ser humano e agir com humanidade na sociedade contemporânea é grande.

Me considero muito privilegiada, pois moro em uma das melhores regiões do país, longe de guerras, em um ambiente tranquilo. Trabalho com educação, o que também considero um privilégio. Os meus desafios são olhar para a sociedade, para as questões ambientais, e buscar uma forma de contribuir. Trabalhar com educação também é muito desafiante, pois atuo com formação de pessoas, e ao mesmo tempo sou a primeira pessoa que tem que se formar para poder trabalhar com o outro.

Além disso, neste momento da vida vivo o desafio da relação com o meu corpo. Sou uma mulher chegando aos 50 anos, o que significa uma série de variações hormonais, mentais, de repensar a vida, sobre como envelhecer bem.

Então hoje meu desafio é

O que tu dirias hoje se encontrasse a Jane criança?

pensar a minha vida para os próximos anos de forma que eu seja uma pessoa alegre, aproveite ao máximo, e consiga me manter atualizada e contribuir com novas ideias para o mundo.

Talvez diria para exercer mais a delicadeza. Meus pais eram comerciantes, então cresci em um ambiente de bar, com muitos homens. Cresci em uma situação de defesa, e em função disso acho que endureci um pouco. Tanto que muitas pessoas olham e pensam que eu sou muito mais dura do que eu realmente sou, depois percebem que não é bem assim (risos).

Acho que também diria para exercer mais a calma, pois este é um desafio hoje. Exercer mais o tempo lento, observar mais as coisas, sentir mais o corpo, a respiração. Crescemos e entramos em um ritmo frenético, então é importante lembrar de olhar a vida de forma delicada, ficar um pouco menos na defensiva, ser um pouco menos agressiva em alguns momentos, com as pessoas, com a vida, comigo mesma.

No mais, me sinto satisfeita com a trajetória da minha vida.

Gosto do que eu fiz com ela e penso que daqui para frente é isso, para melhor.

Qual a importância das mulheres lutarem por seus direitos?

Eu não penso muito as questões enquanto gênero, sempre penso enquanto ser humano.

Então em relação aos diretos das mulheres, eu acho que não há nenhuma diferença em relação aos direitos de qualquer outra pessoa. Para mim é muito natural a mulher se impor, ocupar seu espaço, ir à luta, estudar, não se deixar ofender.

Sou da defesa e da postura de que as pessoas têm que viver plenamente as suas vidas, sejam homens ou mulheres, mais jovens ou mais velhos. Tem que ser respeitado e respeitar o outro, para além do gênero.

Como é ser uma mulher pesquisadora, que ocupa o espaço acadêmico?

Tudo o que me preocupa na vida, desde que me lembro, são coisas parecidas. Elas atravessaram meus estudos e agora minha forma de trabalhar, pois quando fui para o mestrado e doutorado, levei estas preocupações para a pesquisa. Se há algum preconceito ou ten-

Confira o vídeo da matéria

tativa de depreciação, eu ironizo, passo ilesa, dou o troco.

Mas não levo nada comigo. Se exercermos o poder da autenticidade, falar o que pensamos, deixarmos claro para as pessoas a nossa postura, será muito difícil o outro invadir este teu

espaço sagrado, do teu ser. Acho que esta é uma questão que deveria passar mais pela educação básica. Aprendemos muitos conteúdos, mas às vezes não aprendemos a nos posicionar em relação às coisas fundamentais da vida, que são nossos valores.

FIM DE SEMANA, 14 e 15 DE MARÇO DE 2020

| Você. | 7

Cultura

Mulheres na literatura:

vem se descobrir nestas páginas Lugar de mulher também é escrevendo, seja para contar experiências e nos inspirar, seja para pesquisar a nossa história e mostrar tudo o que alcançamos até aqui. Por isso, preparamos três dicas de obras que desvendam o universo feminino e o conceito de ser mulher. Boa leitura!

Por todas nós: Conselhos que não recebi sobre luta, amor e ser mulher, de Ellora Haonne Uma das coisas mais complexas da vida é a luta para aceitar-se. Todos os dias, travamos uma batalha contra nós mesmas, nossos desejos, nossa sexualidade e nosso corpo. Nunca é o suficiente, sempre falta algo. Esta obra surge como um ombro amigo e solidário, mostrando que não estamos sozinhas em nossos sofrimentos diários e precisamos questionar tudo aquilo que a sociedade impõe – sem julgamentos nem padrões preconcebidos.

O Mito da Beleza, de Naomi Wolf A jornalista Naomi Wolf afirma que o culto à beleza e à juventude da mulher atua como mecanismo de controle social, para evitar que sejam cumpridos os ideais emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970. As leitoras encontrarão expostas a tirania do mito da beleza ao longo dos tempos, sua função opressora e as manifestações atuais no lar e no trabalho, na literatura e na mídia, nas relações entre homens e mulheres e entre mulheres e mulheres. Nomi Wolf confronta a indústria da beleza, tocando em assuntos difíceis, como distúrbios alimentares e mentais, desenvolvimento da indústria da cirurgia plástica e da pornografia.

Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil, de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo Dandara foi uma guerreira fundamental para o Quilombo dos Palmares. Niède Guidon descobriu os registros rupestres mais importantes do nosso território. Indianara Siqueira é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Nesta obra recebem o reconhecimento que merecem. Aqui você vai encontra perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século 16, até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.

8 | Você. | FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO DE 2020

FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO DE 2019

| Você. | 9

Sociedade, cultura e entretenimento

por:

Leila Franz

Troca de experiências

Hugo Schünemann, Karen Rubim e Thaís Muller atraíram um público seleto, com a pauta “Preparado para os impactos da Lei de Proteção de Dados?”, que ocorreu na quarta-feira, dia 11. O evento, promovido pelo Centro Regional de Oncologia (Cron), esclareceu dúvidas e promoveu o debate sobre como a nova legislação afetará a área da saúde. Nas fotos, registros de quem prestigiou.

FOTOS JÉSSICA R. MALLMANN

leilafranz@jornalahora.inf.br

Juliano Petter e Luciana Weidlich

Sheyla Huber, Aline Lachnett e Alexandra Meneghini

Nova diretoria O empresário Aquiles José Mallmann assumiu com entusiasmo o cargo de presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Lajeado. A cerimônia de posse ocorreu dia 12, no Hotel Weiand, com a presença de familiares, empresários e a nova diretoria para o biênio 2020/2021. A coluna registrou algumas presenças.

Niola Petter e Humberto Koerbes

Karin e Marcelo Sommer

Stefano Boemler Busato, Sabrina Boemler Busato, Alexandre Busato, Hugo Schünemann e Bruno Pivatto

Bingo beneficente Diversão e solidariedade marcaram o 6º Chá Rock Bingo, realizado pelas rotarianas do Rotary Club de Arroio do Meio. O evento ocorreu na sexta-feira, dia 6, e também foi alusivo ao Dia Internacional da Mulher. Os valores arrecadados com a venda dos convites serão revertidos ao banco ortopédico e aos demais projetos sociais do Rotary Club. Confira nas fotos algumas presenças.

TÂNIA FERENTZI

Tais da Costa, Andrea Matte e Carla Santos

Maria Helena Krey, Maria Cristina Gonzatti, Glaci Jordon e Dulci Neumann

Aquiles, Natália e Graziela Spohr

10 | Você. |

FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO 2020

Viviane Vianini e Fabiane Gasparotto

Fernanda Barili, Luciane Baldo Pinto e Paula Friedrich

Happy Hour para elas Sucesso Na quarta-feira, dia 11, ocorreu mais uma edição do Happy Hour Cultural do CTC, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Desta vez quem subiu ao palco do Ladies Lounge foi a banda Antonina Quarteto, que deu um show de performance musical.

As amigas Juliane Tomasi, Janaína Duarte, Christie Barboza Severo e Marciane Bianchini aproveitaram a noite para botar o papo em dia e se divertir. Lisete Machado, Marceli Kayser e Margareth Ritter elogiaram a estrutura do clube e a qualidade do evento.

A empresária Rosane Loeblein e sua equipe receberam clientes e amigos para celebrar os 10 anos do salão D’Rose Cabeleireiras. Para marcar a trajetória de conquistas, os convidados foram recepcionados com boa música, desfile e muita alegria. Na foto, Rosane com a cliente e amiga de longa data Bia Vigolo.

Lisete, Marceli e Margareth

Juliane, Janaína, Christie e Marciane

Bia e Rosane

Clínica auditiva O excelente atendimento prestado pela Fundef na área auditiva por meio do SUS agora também pode ser usufruído pela comunidade através de planos de saúde ou particular. Na noite desta terça-feira, dia 10, a entidade fez a apresentação do consultório auditivo e da loja de aparelhos e acessórios para a reabilitação auditiva. Na foto, as fonoaudiólogas Tainá Beti e Rejane Landero com o presidente da Fundef, Alain Viegas.

FOTO DEOLÍ GRÄFF

Alain,Tainá e Rejane

FIM DE SEMANA, 14 E 15 DE MARÇO DE 2020

| Você. | 11

Integração de ambientes garante espaço amplo e moderno FOTOS ARTUR PRETTO

Rosana Dullius Rosana Dullius Arquitetura rosana@dullius.com.br

O

sobrado mais aconchegante. Por sua vez, tons neutros como branco, preto e cinza ganham espaço em partes estratégicas do projeto para agregar a sofisticação necessária ao ambiente.

Um jogo de luz e sombra foi criado para trazer um charme especial ao sobrado por meio da utilização de iluminação personalizada, projetada de diversas formas, possibilitando um espaço único. As texturas geométricas são combinadas à iluminação para possibilitar um aspecto de jovialidade ao ambiente.

projeto de um sobrado sofisticado e moderno, com espaço para receber os amigos e a família dos moradores, foi o desafio da arquiteta Rosana Dullius. De forma a garantir um ambiente espaçoso, a proposta foi investir na integração dos cômodos. Um espelho ganhou posição privilegiada na sala de jantar, truque que também agrega a sensação de amplitude ao ambiente.

Para otimizar a usabilidade da residência, o espaço foi pensado também de forma multiuso.

Para receber a família, a sala de estar e jantar aconchegantes. Para um momento de diversão com os amigos, uma sala de jogos.

As cores quentes e tons amadeirados foram apostas da arquiteta com a finalidade de tornar o PATROCINADORES

12 | Você. |

FIM DE SEMANA, 14 e 15 MARÇO DE 2020

REALIZAÇÃO