Negócios em Pauta - 17/07/2021

VALE DO TAQUARI Fim de semana, 17 e 18 de julho de 2021 Edição 88

INOVAÇÃO

Em um ano, Vibee acelera 24 startups Hub de inovação inaugurado em julho de 2020 pela Unimed VTRP, o Vibee alcança projeção nacional em um ano de atividades. Os dois processos de aceleração do Hub atraíram a inscrição de 220 startups de todo o país, das quais 24 foram selecionadas.

Estrutura coloca Lajeado na vanguarda da inovação em produtos e serviços da saúde.

Páginas 6 e 7

ENTREVISTA

Mecânico desde os 13 anos, Valdir Petter dirige a Topeva Apaixonado pela mecânica desde a infância e filho de torneiro mecânico, Valdir Petter começou a trabalhar no setor ainda na adolescência e passou por empresas tradicionais antes de iniciar a Tope-

va, no dia 1º de julho de 1986. Passados 35 anos, a empresa se tornou referência em Lajeado e hoje é administrada por Petter com apoio da esposa Eunice e da filha Francine.

Páginas 4 e 5

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Fim de semana, 17 e 18 de julho de 2021

OPINIÃO

Realização

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

Empresários contábeis fundam Sescon-VT A classe contábil da região esteve reunida no dia 14 de julho para assembleia de fundação do Sindicado das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas da Região Vale do Taquari – Sescon-VT. O contador Dani José Petry foi eleito o primeiro presidente da entidade, que atuará em parceria com o Sincovat.

Conforme Petry, a fundação do Sescon-VT era um anseio antigo dos profissionais da região. A entidade abrange 46 municípios e visa equacionamento de demandas regionais, tanto em representatividade como

em negociações com o sindicato laboral.

A assembleia foi realizada por uma comissão pró-fundação, presi-

dida pela contadora Roberta Salvini, e integrada ainda pelos profissionais José Inácio Lenz, Dani José Petry, Jandir Dickel e Noeli Teresinha Kuhn.

MARCANTE E ATUAL Apoiadores

“É muito difícil ensinar algo para alguém que pensa saber tudo. Na pesquisa da Dale Carnegie, a dificuldade de reconhecer seus próprios erros é apontada por 41% dos entrevistados. Isso causa muitos problemas. Quando assumimos nossos erros, demonstramos que somos humanos, temos valores e princípios. Para mim essa é a maior lição de liderança.”

Henrique Kuhn –

Diretor de expansão da Dale Carnegie Porto Alegre, Serra e Litoral, durante workshop Negócios em Pauta de junho de 2017

Concurso elege identidade visual da Agil VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

Atenção designers! O Tecnovates lançou concurso para a criação da identidade visual da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local – Agil. As inscrições podem ser feitas até o dia 23 de julho pelo e-mail tecnovates@univates.br, com o assunto “Edital 01 - Identidade Visual Agil”. Aa proposta vencedora receberá premiação no valor de R$ 1,2 mil.

Cada participante pode submeter apenas uma proposta de identidade visual e de manual de marca.

A identidade visual vencedora será propriedade exclusiva da Agil, sendo posteriormente registrada pela organização após o lançamento oficial e devidos registros legais.

O edital completo pode ser conferido em https://www.univates.br/ institucional/editais.

Parece, mas não é

Ministro da Economia, Paulo Guedes veio a público anunciar, com pompas, o avanço do agronegócio brasileiro. Guedes comemorou o fato de o agro superar a indústria de transformação na composição do PIB, ou seja, na geração de recursos.

A notícia pode parecer boa, mas representa retrocesso gigantesco na dinâmica econômica de um país com pretensões de desenvolvimento. A postura do ministro foi duramente criticada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Para o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, os números evidenciam o processo de desindustrialização, que precisa ser revertido com urgência.

Petry reforça, com razão, que não existe país desenvolvido no mundo sem uma indústria forte. Lembra que, apesar da crise, o desempenho da indústria puxou o crescimento da economia no primeiro trimestre deste ano, com expansão de 5,6% conforme dados do IBGE. O presidente da Fiergs vai além.

Para ele, não existe crescimento do setor primário sem a presença da indústria. Ressalta que a atividade rural se viabiliza por meio máquinas, equipamentos, softwares e automação fornecidos pela indústria de transformação. Por fim, Petry criticou a política de concessão de crédito, que prioriza o agro em detrimento da indústria, e o sistema de tributação. Segundo ele, de cada R$ 100 que a indústria produz, R$ 45 são recolhidos a título de impostos. Já o setor primário paga apenas R$ 7.

O malabarismo com os números se configura no principal problema das propagandas e anúncios governamentais – de qualquer governo.

Diante de um dado que escancara a crescente desindustrialização do país, a estratégia de divulgação segue a linha da propaganda do xampu Denorex que ficou famosa nos anos 1980: parece, mas não é.

Boa Leitura!

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Fim de semana, 17 e 18 de julho de 2021 INFORME COMERCIAL F L O R I C U LT U R A

COMISSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS BUSCA EXPERTISE NA DÁLIA ALIMENTOS PARA ELABORAR POLÍTICAS PÚBLICAS AO SETOR LEITEIRO COMITIVA CONHECEU PROGRAMAS RELACIONADOS À ATIVIDADE. OBJETIVO É ELABORAR DOCUMENTO E ENVIAR À MINISTRA COM A FINALIDADE DE APLICAR DE SUL A NORTE DO BRASIL

P

or indicação e sugestão da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Cooperativa Dália Alimentos recebeu, no dia 1º de julho, a Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O objetivo do encontro, realizado na sede do Sicredi Região dos Vales, em Encantado – que reuniu parlamentares federais, pesquisadores da Embrapa, direção da Dália e produtores – foi conhecer o modelo de gestão e os programas desenvolvidos pela cooperativa na cadeia produtiva, com a finalidade de elaborar políticas públicas que venham a atender o setor leiteiro em nível nacional.

A comissão é presidida pela deputada federal Aline Sleutjes (PSL/PR), que esteve acompanhada pelo presidente da Subcomissão do Leite da Câmara, deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), além dos deputados Heitor Schuch (PSB/RS), Domingos Sávio (PSDB/MG) e Benes Leocádio (Republicanos/RN).

O presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, abriu os trabalhos recordando as audiências com a ministra Tereza Cristina nos últimos dois anos e a proximidade com a titular do ministério desde o ano de 2019, oportunidade que ela prestigiou a inauguração da unidade frigorífica de frangos, em Arroio do Meio, e conheceu mais acerca da cooperativa. “A ministra pode ver in loco o trabalho desenvolvido pela Dália e hoje vocês também estão presenciando este modelo cooperativo, que nos orgulha por ser referência no país. É um dia histórico pelo fato de receber a Comissão da Agricultura, por poder contribuir com a reestruturação do setor leite e também apresentar as nossas dificuldades e reivindicações quanto ao agronegócio. Estamos orgulhosos em saber que o Brasil está com o olhar voltado para a Dália e que, de alguma forma, nossos projetos inovadores e nosso modelo de gestão poderão amparar a elaborarão de políticas públicas que venham a atender produtores, indústrias, enfim, toda cadeia produtiva”.

O presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, apresentou a Dália Alimentos e também falou dos gargalos existentes no setor. “Estamos felizes com essa visita, porque há anos reivindicamos políticas públicas para o setor. Produzir leite no Brasil hoje é uma tarefa árdua devido a vários fatores, como preço dos insumos e alta carga tributária, por exemplo. Que a Dália possa auxiliar neste importante projeto que está começando a ser construído”.

O gerente da Divisão Produção Agropecuária, Fernando Oliveira de Araujo, detalhou todo o trabalho desenvolvido nas cadeias

Comitiva constituída pela Comissão da Agricultura e pela Embrapa com os dirigentes da Cooperativa Dália Alimentos

Case de sucesso

Araujo em sua explanação ao grupo produtivas de suínos, leite e frangos, com ênfase à pecuária leiteira, explicando os programas de produção à comitiva de Brasília.

Aula de gestão e programas exitosos

A presidente da comissão, deputada Aline Sleutjes, resumiu o encontro como uma aula de gestão e programas exitosos. “De Norte a Sul do Brasil estamos em busca de alternativas e sugestões para a elaboração de políticas públicas que beneficiem o segmento leite. Já sabemos quais as dificuldades e agora queremos encontrar as soluções e o cooperativismo praticado pela Dália Alimentos é um exemplo, embora todas as adversidades enfrentadas pelo

Presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Antônio Piccinini, presidente da Comissão da Agricultura, deputada Aline Sleutjes e presidente da Subcomissão do Leite da Câmara, Alceu Moreira

setor”. A parlamentar reforçou, ainda, ser uma tarefa árdua presidir a Comissão da Agricultura, sendo ela a primeira mulher à frente. “Queremos deixar um legado e um novo momento, por isso visitar empresas como a Dália, ouvir os produtores, as indústrias e as entidades nos faz enxergar os bons exemplos que existem no Brasil. Certamente a Cooperativa Dália é um excelente modelo de gestão para o nosso objetivo, que é chegar ao fim desta missão com soluções eficazes para a economia e a felicidade de todos que fazem parte da cadeia produtiva leiteira brasileira”.

Modelo Dália

A vinda da comitiva foi articulada pelo deputado Alceu Moreira, um dos apoiadores e defensores do agronegócio e do cooperativismo no país. Moreira citou que na atividade leiteira é preciso escala e viabilidade e que um dos programas da Dália, que são as granjas associativas com ordenha robotizada, são exemplos. “O leite precisa ter escala de produção, padrões de qualidade sanitários para competir com o mercado internacional.

Porém, nosso custo de produção é muito elevado, não possuímos mercado para regulamentar o preço, nem estoque de pastagem.

Precisamos ser competitivos, ter estabilidade e não um mercado vulnerável. Na Dália visualizamos várias ações que servem de modelo para as futuras políticas públicas. Estamos falando de um arranjo produtivo que começa no solo e termina na mesa do consumidor”.

O relator da Comissão da Agricultura, deputado Domingos Sávio, disse ter presenciado em poucas empresas a transparência repassada pela equipe da Dália Alimentos. “Essa cooperativa é um exemplo e um case de sucesso para o Brasil”.

O chefe geral Embrapa Gado de Leite (MG), Paulo do Carmo Martins, ressaltou que para aprender é preciso inspiração e que a Dália Alimentos é uma fonte de conhecimento para o agronegócio. “É uma cooperativa que apresenta experiência, tem visibilidade em nosso país pelo trabalho desenvolvido e, seguramente, é um modelo a ser seguido”.

Entidades e seus representantes

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participou do encontro, com a finalidade de auxiliar os parlamentares no quesito técnico, e esteve representada pelo chefe geral Embrapa Gado de Leite (MG), Paulo do Carmo Martins e pelo chefe adjunto de Transferência de Tecnologia Embrapa Gado de Leite (MG), Bruno Campos de Carvalho. Pela Embrapa Clima Temperado Pelotas (RS), participou o chefe geral, Roberto Pedroso; o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, Enilton Fick Coutinho e o analista e pesquisador, Marcelo Bonnet.

Representando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o diretor Márcio de Andrade Madalena se fez presente; pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), o presidente Geraldo de Carvalho Borges e pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), o coordenador da Comissão Leite e do Movimento Construindo Leite Brasil, Leonel Rodrigues da Fonseca.

Produzido por: AI da Dália Alimentos

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ENTREVISTA

“Não vou parar trabalhar. Nasc graxa e vou mo na graxa.”

Proprietário da Topeva, Valdir Petter acumula 57 anos de experiência em mecânica e 35 anos de empreendedorismo

V

aldir Petter iniciou a trajetória profissional ainda na adolescência. Filho de torneiro mecânico, aos 13 anos ele começou a trabalhar na Mecânica Alvorada, primeiro varrendo e limpando peças, até aprender a consertar os carros.

– Da onde surge a tua vocação para a mecânica?

VALDIR PETTER – A vocação vem de família. Meu pai era torneiro mecânico, trabalhava na Olvebra e também fazia serviços em casa.

Eu sempre estava metido no meio e desde pequeno gostei da mecânica e de mexer com graxa.

Comecei a trabalhar na área com 13 anos, na Mecânica Alvorada.

Petter passou pela JA Spohr, pela Spohr Straatmann e teve uma experiência em São Leopoldo antes de decidir iniciar o próprio negócio.

A Topeva foi inaugurada no da 1º de julho de 1986 e 35 anos depois continua como uma das principais referências do setor em Lajeado.

No início, limpava peças e varria a oficina. Fui gostando do ambiente, do trabalho e aprendi a ser mecânico ali dentro. Estudava na Otília Pereira de Lima de manhã e à tarde trabalhava. Saia do colégio e nem comia direito porque queria ir para a empresa.

– Porque a decisão de iniciar cedo na profissão?

PETTER – Era um sonho. Tive algumas dificuldades, claro, pois meu poder aquisitivo era zero e tive que começar do nada. Mas sempre gostei do trabalho. Quan-

do terminava o meu serviço de varrer e limpar, sempre ajudava a desmontar um motor, a fazer alguma tarefa para ir conhecendo a profissão. Era o primeiro a chegar e o último a sair, pois queria muito estar ali dentro. Hoje, esse tipo de dedicação é muito difícil.

As pessoas não querem saber de aprender do zero, querem saber quanto vão ganhar. Também não querem sujar as mãos. Dessa forma eu fui me destacando na empresa. Fiquei oito anos até me oferecerem o trabalho de mecânico na JA Spohr.

– Quando surgiu esse convite?

PETTER – Foi por meio de um vendedor, em 1972. Eu fiz o carro dele e ele me perguntou se eu queria trabalhar na JA Spohr porque estavam precisando de mecânico. Nesses oito anos na outra empresa, eu não tive

carteira assinada. De vez em quando batia os fiscais e eu e mais um funcionário nos escondíamos para não dar problema.

A oferta na Chevrolet era com carteira assinada. Fui conversar com meu pai e ele me disse: se valer a pena tu tem que ir. Foi a última vez que falei com meu pai, que faleceu muito cedo, aos 42 anos, vítima de infarto.

Quando terminava o meu serviço de varrer e limpar, sempre ajudava a desmontar um motor, a fazer alguma tarefa para ir conhecendo a profissão."

– Você desenvolveu toda a carreira em Lajeado?

PETTER – Depois de 15 anos na JA Spohr, fui trabalhar na Chevrolet de São Leopoldo. Foi uma aventura. Fiz um serviço para um diretor da Chevrolet de lá e ele me convidou. Tive essa experiência para ver como era trabalhar fora e voltei porque sempre tive minha família aqui.

Fiquei dois anos e voltei para a JA. Spohr por mais dois anos até que o chefe da oficina saiu para

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THIAGO MAURIQUE

r de ci na orrer

Equipe de mecânicos da Topeva

trabalhar no Spohr Straatmann e me levou junto. Trabalhei mais sete anos até começar a Topeva, com mais dois sócios.

foi aperfeiçoada, a eletrônica tomou conta, mas o funcionamento do motor é o mesmo.

Hoje, para ser mecânico precisa ser técnico eletrônico. Mas o cara que conheceu um motor em 1950, não vê tanta diferença para os motores de hoje.

Mudam as peças, antigamente era o platinado, depois surgiu a ignição eletrônica. Teve mecânico arrepiando. Hoje não tem platinado, nem ignição, nem nada. Primeiro, eram os motores carburados, depois a injeção eletrônica, hoje estamos na injeção direta. Eu participei de salões do automóvel e em vários eventos que abrem uma percepção maior, nos deixam mais ligados no que está vindo.

As montadoras mandam manuais, fiz muitos cursos e estamos sempre lendo livros com dicas que ajudam muito. Mas não tem mistério, porque a mecânica, em si, não mudou nada.

– Porque a decisão de iniciar a empresa?

PETTER – O que me levou a sair foram os próprios clientes que nos diziam para abrir o nosso negócio. Aquilo ficava martelando na nossa cabeça.

Daí conversamos e decidimos abrir a Topeva, no dia 1º de julho de 1986. Começamos onde hoje é a casa de tintas Multicolor. Havia uma oficina no local e descobrimos que o dono queria vender, com tudo dentro. Então, fomos atrás do dinheiro. Vendi o que eu tinha para comprar a minha parte, nos abraçamos e tocamos. Na época, começamos com mecânica, chapeação e pintura. Deu um frio na barriga, mas nossa meta era conseguir e graças a deus estamos até hoje.

– Quais foram os desafios do começo do negócio?

PETTER – A diferença de empreender é que temos que buscar a nossa remuneração, não só pegar o salário no fim do mês. Muitos clientes vieram conosco e não tínhamos horário para trabalhar. Começava de manhã e ia para casa às 22h.

Não tinha essa de fechar 18h e só abrir no outro dia. Estávamos na oficina nos sábados de tarde e às vezes domingo de manhã.

Assim, a mecânica foi dando certo e nos estabelecemos bem.

Dez anos atrás, separamos a sociedade.

Petter dirige a Topeva ao lado da esposa Eunice e da filha Francine

– Porque a decisão de dividir a sociedade?

PETTER – A segunda geração entrou no negócio e começaram a ter pensamentos diferentes, cada um puxando para um lado. Decidimos dividir. Eu fiquei com a minha parte e comprei a parte de um dos sócios. O terceiro ficou com a chapeação. Ficou tudo acertado e superado. Foi uma situação difícil, mas superamos com muita força de vontade, determinação e apoio dos clientes. Hoje somos uma grande família onde todos pegamos junto. Sempre digo que não tem patrão ou funcionário.

aqui na Topeva e formei muitos mecânicos que hoje trabalham na Fiat, na Ford, na Mundial e em outras cidades. Fui para Guaporé ministrar cursos pelo Senai e gosto de ensinar.

Em um desses cursos, um aluno me chamou muita atenção. Era sempre o primeiro a chegar e o último a sair, sempre querendo aprender mais.

Então, eu disse para minha esposa que queria aquele aluno trabalhando aqui. Quando terminou o curso, a gente perguntou quem gostaria de ficar mais uma ou duas semanas na oficina. Ele se interessou e está aqui faz quatro anos.

– Como a empresa trabalha a formação dos profissionais?

– Como se adaptar as mudanças da mecânica ao longo dos anos?

PETTER – Eu dei muitos cursos

PETTER – A tecnologia

– Qual o futuro da Topeva?

Hoje, para ser mecânico precisa ser técnico eletrônico.

Mas o cara que conheceu um motor em 1950, não vê tanta diferença para os motores de hoje."

PETTER – Prosperar cada vez mais. Eu não penso em me aposentar, quero trabalhar até o dia que o homem lá de cima dizer chega. Nasci e vou morrer na graxa, não penso em parar. Gosto muito do que eu faço. Nosso futuro é melhorar cada vez mais mantendo os clientes satisfeitos e atendendo cada vez melhor. Eu ainda prefiro mexer na mecânica do que gerir. Quem me ajuda na gestão é a família, minha esposa e filha. Para o negócio dar certo, é preciso companheirismo, vontade, conhecimento e união.

Como todo mundo se abraça junto, a chance de sucesso é muito grande.

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INOVAÇÃO

VIBEE COMPLETA UM ANO COM

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Hub da Unimed VTRP se consolida como referência nacional de inovação em saúde

startups aceleradas

U

m ano após o lançamento do Vibee, o Hub de inovação da Unimed VTRP se tornou referência nacional. Com dois processos de aceleração desenvolvidos, o Vibee atraiu a inscrição de mais 220 startups de todos os estados do país. Dessas, 24 foram selecionadas para os programas.

De acordo com o head do Vibee, Rafael Zanata, neste primeiro ano de atuação a intenção era posicionar o hub no cenário nacional. “Desta forma, consolidamos o Programa de Aceleração de Startups que já está na sua segunda turma e demos os primeiros passos para iniciar a realização de investimentos nas startups que se destacaram.”

Hub desenvolve dois programas de aceleração, um voltado para Logo no primeiro batch de aceleração, realizado em 2020, 123 startups de todo o Brasil estavam inscritas. Das 12 selecionadas,

apenas uma era de Lajeado, enquanto as demais eram dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

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Fim de semana, 17 e 18 de julho de 2021 FOTOS: DIVULGAÇÃO

o momento pós-pandemia trará oportunidades incríveis.”

Para o head do Vibee, a pandemia deixou perceptível a necessidade de encontrar soluções para situações que até então convivíamos sem questionar. “Ter essas estruturas com todas as suas capacidades disponíveis, seja de local, pessoas e deslocamento, deve aumentar ainda mais as discussões e consequentemente o desenvolvimento de novos projetos.”

Programas de Aceleração

empresas iniciantes e outro para startups mais estruturadas

– Vibee Start: busca startups que estejam no processo de ideação, com uma ideia do que seria o MVP (Produto Mínimo Viável, em Português) e com a equipe ainda em formação. Nessa fase ainda existe a necessidade de avaliar o problema que está sendo resolvido, avaliar se a solução é adequada e se existe um tamanho de mercado que justifique a criação de uma startup com base nisso.

– Vibee Go: busca startups que estejam no processo de validação já buscando a operação.

Nesse caso as startups já possuem um MVP, alguns integrantes da equipe trabalham em tempo integral e já existem clientes utilizando o produto/serviço.

Atividades On-line conectam startups de todo o Brasil ao Vibee As empresas passaram por seis meses de atividades como mentorias e qualificações. A graduação ocorreu em abril, mês em que iniciaram as inscrições para a segunda turma, com mais 12 startups que seguem em aceleração até novembro.

Conforme Zanatta, os números são extremamente positivos, em especial pelo momento de pandemia. Segundo ele, a Covid-19 trouxe um foco muito grande para as healthtechs, mas também impôs para o desenvolvimento de atividades. “Felizmente os empreendedores não se acomodaram e seguiram construindo suas soluções.”

Entre os projetos desenvolvidos pela primeira turma estão soluções para diagnóstico de infarto no atendimento

de emergência hospitalar e para identificação biométrica (facial e impressão digital). Também foi desenvolvida uma plataforma para monitoramento constante de pacientes fragilizados e uma solução para substituir o gesso por talas costumizadas, confeccionadas em impressora 3D.

Cenário Pós-pandemia Com o avanço da vacinação e a perspectiva de retomada da normalidade, Zanatta acredita que tanto o Vibee quanto as demais estruturas de inovação tendem a crescer ainda mais. “Acredito que as startups de saúde se desenvolveram muito nos últimos anos, mas não tenho dúvidas que

Números: 2 batchs 220 startups inscritas

24 selecionadas 12 graduadas 54 mentorias individuais

24 mentorias coletivas

6 qualificações 7 Atividades de inspiração

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ESTRELA MULTIFEIRA

Venda de estandes reforça expectativa positiva Feira será o principal evento de negócios, lazer e cultura presencial no Vale do Taquari em 2021

U

ma das principais apostas de vendas das empresas da região após o longo período de restrições e prejuízos provocados pela pandemia, a Estrela Multifeira ocorre presencialmente no Porto de Estrela nos dias 29, 30 e 31 de outubro e 05, 06 e 07 de novembro.

A expectativa positiva quanto à feira é reforçada pelo alto índice de vendas dos estandes.

Os espaços para os expositores variam de 9 a 100m², com valores entre R$ 1,58 mil e R$ 5 mil. O setor de alimentação está com ocupação esgotada. Na parte externa, dedicada às empresas de agronegócio, construção e veículos, 70% dos espaços foram comercializados. O pavilhão comercial está com metade dos estandes reservados. A participação das agroindústrias ainda depende de aval do Governo do Estado, mas deve receber 40 expositores.

Gerente comercial da Caza Prime, Ricardo Pereira fará a estreia da empresa na feira. Segundo ele, a repercussão regional do evento motivou a participação. “Somos de Estrela e estamos buscando consolidação da nossa marca.

Acreditamos que a feira será muito importante para impulsionar as vendas dos nossos produtos.”

Sócia-administradora da Eco Diehl, Franciele Diehl afirma que a participação na feira tem o objetivo de fortalecer a marca e promover a aproximação

Parte externa da feira, dedicada às empresas de agronegócio, construção e veículos, já tem 70% dos espaços comercializados com potencial clientes. “Muitos negócios são fechados durante a feira e outros prospectados, por isso estaremos presentes novamente.”

Presidente da comissão organizadora, Leandro Kremer ressalta o papel da Estrela Multifeira no processo de retomada econômica e de convívio social. “É o me-

lhor espaço de feira que temos aqui na região. Queremos fazer um excelente evento, usando tudo o que o Porto disponibiliza em termos de estrutura pra nós.”

Interessados em adquirir os estandes restantes devem entrar em contato por e-mail leidiane@ lumeeventosrs.com.br ou pelo telefone 99807-9403 (whatsapp).

Atrações confirmadas Participação das agroindústrias depende de definição do Estado

Comissão organizadora debate ações para o agronegócio

Entre as atrações confirmadas para esta edição está o tradicional Festival do Chucrute – símbolo cultural e histórico do município. Em um espaço ambientado para remeter à tradicional festa realizada em maio, haverá café colonial com pratos típicos como cuca, linguiça, salsicha bock e cachorro quente durante todo o período da feira.

O parque de diversões também está confirmado e, entre as novidades existe a expectativa

para dois novos espaços para abranger as áreas de inovação e turismo. Outra atração confirmada é o Concurso do Leite, que premiará os melhores produtores do município. O regulamento está em fase de elaboração e em breve as inscrições serão abertas.

A Estrela Multifeira é uma realização da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços (Cacis) de Estrela e Prefeitura, com apoio da Câmara de Vereadores.