A Hora - 18/09/2021

FIM DE SEMANA, 18 E 19 DE SETEMBRO DE 2021 edição nº 309

BIBIANA FALEIRO

Prendas na

LIDERANÇA

Mulheres assumem protagonismo cada vez maior à frente das entidades tradicionalistas Páginas 6 e 7

DICA DO SESC

Bastidores

Os gaúchos e o RS

E

xistem diferentes tipos de sul riograndenses. Há aqueles que amam a tradição e vestem as indumentárias com paixão. Que estão na lida campeira, com bombacha, vestidos e chapéus. Que conhecem as músicas e cantam como se o hino fosse mesmo a conhecida “Querência Amada”. Para alguns, o estado, inclusive, já estaria separado do resto do Brasil há tempo.

Há aqueles que são anti-bairristas.

Que não gostam do traje típico e não se importam em defender a tradição. Que bebem o chimarrão por hábito, muito mais do que gosto.

Que problematizam o governo do estado e atribuem os problemas de hoje aos costumes do passado que ainda habitam o campo e a cidade.

Mas também há aqueles que procuram uma evolução no sul, e entendem que ela vem com passos lentos.

Aqueles que querem ver as mulheres conquistando espaço no campo, nas lideranças tradicionalistas, no meio ar-

tístico e cultural.

Aqueles que calçam as botas e vestem os trajes nos finais de semana. E fazem do churrasco de domingo um costume para, também, reunir a família. Há aqueles que, mesmo em trajes urbanos, também sabem as letras das músicas e cantam com o coração.

Há gaúcho e gaúcho dentro de um estado tão diverso.

De etnias, personalidades e entendimento sobre o nosso povo. Mas, acima das vestimentas, do churrasco ou do chimarrão, o sul riograndense é aquele que quer ver o seu estado evoluir. Mesmo que venha de outros lugares e, com os “tu”s e “bah”s na ponta da língua já se sentem parte da tradição.

Acho que essa é a palavra que mais nos define.

Para mim, o 20 de setembro, apesar de ser marcado por uma derrota há tanto tempo, hoje é um encontro de família e um momento para relembrar a infância quando vivíamos correndo pelos campos. Em cima dos cavalos e tomando mate com os primos na varanda.

Mas, acima de tudo, é um momento que me faz pensar sobre o que faço para manter essa tradição. Que pode não ser perfeita, mas perpetua a história dos nossos antepassados, dos nossos pais e avós e, um dia, vai perpetuar a nossa história também.

Boa leitura!

Bibiana Faleiro

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C

Troca-troca para incentivar leitura

ompartilhar gostos literários e possibilitar a leitura de novos títulos é o objetivo do projeto Troca-Troca da Biblioteca do Sesc. Disponível durante o ano todo, para participar do sebo é só trazer livros usados em bom estado de conservação para trocar por outro na biblioteca.

“Queremos proporcionar a circulação de livros já lidos, possibilitando ao público o acesso à variedade de obras, autores e diversidade de gêneros”, destaca a auxiliar do espaço Kétlin Schwarz Gouvea.

Não há limite para as trocas.

A única regra é trazer um livro na hora de retirar outro.

Kétlin também destaca que a Biblioteca do Sesc atende tanto o público infantil e juvenil quanto adulto, com acesso a diferentes tipos de leituras. Entre elas, de lazer, informativa e didática. Além de gêneros como romance, aventura ou ficção.

“Queremos despertar o gosto pela leitura. A nossa biblioteca disponibiliza uma

grande variedade de títulos que garantem a diversidade de gêneros, abrangendo dos clássicos aos contemporâneos nacionais e estrangeiros”, destaca Kétlin.

O espaço também dispõe de revistas semanais e mensais, além dos jornais regionais e locais e da disponibilidade de uso dos computadores para pesquisa. O serviço de retirada de livros na biblioteca é gratuito, basta fazer o Cartão Sesc/Senac.

Erramos Na última edição do Caderno Você, em uma retrospectiva das misses RS no Vale do Taquari, nas páginas 8 e 9, ficou de fora a representante Maria Bernardete Heemann Betti, que foi a 1ª mulher do Vale a conquistar o título de beleza mais importante do estado. Ela foi eleita Miss Rio Grande do Sul em 1970, e recebeu o terceiro lugar no Miss Brasil naquele ano. Recebeu, assim, o título de Miss Brasil Internacional e o direito de participar representando o pais no Miss Beleza Internacional, em que ficou entre as cinco finalistas. Ela faleceu em 2014, vítima de câncer.

Informações e reservas: (51) 3714-2266

Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e das 13h às 17h.

Apresentado por

CRON CENTRO REGIONAL DE ONCOLOGIA

IB E S Instituto Brasileiro para Excelência em Saúd e

HÁBITOS SAUDÁVEIS AMPLIAM CHANCES DE REMISSÃO DO LINFOMA

CRON PROMOVEU DEBATE ALUSIVO AO DIA MUNDIAL DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DO SISTEMA LINFÁTICO

O

15 de setembro marca o dia mundial de conscientização sobre o linfoma, tipo de câncer que afeta o sistema linfático, composto por gânglios e células de defesa do organismo. A doença não tem causa hereditária ou ligada a consumos e comportamentos específicos, mas a manutenção de hábitos saudáveis, aliada ao diagnóstico precoce, ampliam as chances de remissão.

Médica hematologista do Centro de Oncologia – CRON, a Dra. Juliana Kratochvil destaca o avanço da tecnologia utilizada no tratamento da doença.

São novos exames e medicamentos mais potentes, dirigidos às células cancerígenas, portanto com menos efeitos colaterais.

“Nos últimos anos, houve um avanço no tratamento dos linfomas com a chegada da imunoterapia. Progredimos muito nas respostas e melhoras”, afirma. Conforme Juliana, o linfoma é um tipo de câncer que não pode ser retirado por cirurgia, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. O tratamento mais utilizado é a quimioterapia e em alguns casos a radioterapia também pode ser utilizada.

SINAIS DE ALERTA A hematologista recomenda ficar atento a qualquer aumento no volume do pescoço, virilha e axilas. “Sinais como inchaços, caroços, ou nódulos mais pronunciados, exigem investigação médica”, alerta. Também existe a possibilidade de o linfoma se formar em locais intracorporais, como no abdômen ou no mediastino – espaço entre os pulmões.

Nesses casos, os pacientes podem ter sintomas como cansaço extremo, suador, sudorese noturna e coceira pelo corpo. “É fundamental estar atento aos sinais de que o sistema linfático pode estar desequilibrado”, reforça. Apesar de não existir medidas preventivas contra o linfoma, manter uma rotina saudável impede o acometimento de outras doenças que prejudicam a resposta ao tratamento.

Entre elas estão enfermidades como diabetes, hipertensão, obesidade e alterações hormonais.

Quanto melhor estiver a aptidão física, a condição nutricional e a saúde mental do paciente, melhor será a resposta ao tratamento.

EVENTO NA ACIL

orienta sobre prevenção

ALDO CÉSAR LOPES

No dia 13 de setembro, o CRON e o Fórum da Mulher Empresária da Acil, promoveram debate sobre o Linfoma. O evento abordou as mulheres podem prevenir, diagnosticar e enfrentar a doença.

Com participação da Dra. Juliana Kratochvil, da farmacêutica Juliana Celuppi e da psicóloga Francielli Macagnan, o evento também teve o relato das pacientes Mayra de Vargas e Glaucia Barbieri.

Confira no QR Code o vídeo do evento

ACESSE O QR-CODE E ASSISTA

Produzido por FIM DE SEMANA, 18 E 19 DE SETEMBRO DE 2021

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CONTEÚDO PATROCINADO

CTC inicia programação pré-Debut 2021 ENTRE A GENTE

Reunião com debutantes e familiares apresentou detalhes das atividades

N

ove meninas serão apresentadas à sociedade na 56ª edição do Baile de Debutantes do Clube Tiro e Caça (CTC). O evento de gala será retomado após a suspensão em 2020, devido à pandemia de coronavírus. A primeira reunião de alinhamento com as jovens e seus familiares foi realizada na noite de terça-feira (14/09).

Nas próximas semanas, as meninas participarão de atividades preparatórias, como ensaios de dança, oficinas de defesa pessoal e de fotografia, além das tradicionais noite do pijama e a viagem para a Serra.

Todas as atividades foram planejadas para gerar um universo de realização de sonhos, integração e autoconhecimento para as meninas e também para suas famílias. Serão momentos propícios para criar memórias e laços afetivos.

Detalhes da programação foram apresentados em reunião para debutantes e familiares

Baile de gala O Baile de Debutantes será realizado no dia 13 de novembro, no Salão Social do CTC. A organização está atenta aos desdobramentos da pandemia e adotará todos os protocolos de prevenção necessários para

Garanta seu ingresso para o Happy Hour com Leonel Gomez O próximo Happy Hour Cultural CTC será alusivo às celebrações Farroupilha e terá como atração principal o artista Leonel Gomez. A programação será no dia 30 de setembro, no Salão Panorâmico e os ingressos antecipados custam R$ 20. Sócios terão o valor revertido em consumação.

Para garantir o cumprimento dos protocolos de prevenção à Covid-19, o número de ingressos disponibilizados para o evento é limitado. Os convites devem ser retirados na Secretaria do CTC. Para acesso e circulação no local, é obrigatório o uso de máscara e, durante o show, o público deve permanecer sentado.

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DIVULGAÇÃO

o evento. Assim, com proximidade à data, serão definidas as medidas de acordo com as determinações do governo.

Os ingressos antecipados serão vendidos na Secretaria do Clube a partir do dia 29 de setembro. Conforme dis-

ponibilidade, poderão ser adquiridos até o dia do evento, ao meio-dia.

Sócios com a mensalidade em dia terão ingresso gratuito. O valor para não sócios é de R$ 50. Na noite do baile, o valor é de R$ 70.

Torneio de Beach Tennis é neste fim de semana De sexta-feira a domingo (19/09), os sócios do CTC participam do 1º Torneio Interno de Beach Tennis 2021 de Duplas Escolhidas. As disputas ocorrem nas categorias Masculino A, B e C, Feminino A, B e C, e Misto A e B. O evento arrecada doações de alimentos para serem entregues a uma entidade beneficente da região. Em caso de chuva, o Torneio será transferido para os dias 24, 25 e 26 de setembro.

Torneio Interno de Duplas

Cantor e acordeonista se apresentará no CTC

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No próximo sábado termina o prazo de inscrições para o Torneio Interno de Duplas de Tênis CTC/Engemori e Água da Pedra 2021. O evento será realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, com jogos nas categorias 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Classe Masculino, 1ª e 2ª Classe Feminina e Misto. Nesta temporada, cada sócio poderá participar de duas categorias, sen-

do uma delas a Misto. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail esporte@ctclajeado. com.br ou pelo telefone 3726-4980. Para confirmar a inscrição, cada dupla deverá doar um brinquedo novo.

Apresentado por

Por que investir em um imóvel

na planta?

Cada vez mais, clientes optam por adquirir projetos ainda em fase de execução. Diretor da Lucasa Construtora elenca pontos positivos para essa escolha

F

A construtora tem um padrão de acabamento, mas o cliente pode ir nas lojas parceiras e escolher o que prefere, e só paga a diferença dos valores.”

acilidades de negociação e pagamento, e possibilidade de personalizar e planejar o imóvel.

Esses são alguns dos motivos que têm levado, cada vez mais, os clientes a comprar uma casa ou apartamento na planta. Nem sempre é fácil decidir, afinal, são vários os fatores que precisam ser levados em consideração na hora de adquirir um bem para ‘chamar de seu’. Por isso, o diretor da Lucasa Construtora, de Lajeado, Luiz Carlos Sartori, aponta alguns motivos para facilitar essa escolha.

Luiz Carlos Sartori Diretor da Lucasa Construtora

PROJETOS DE QUALIDADE E BEM LOCALIZADOS EDIFÍCIO FERRARA

DID 90% VEN

O

Edifício Residencial Ferrara EDIFÍCIO LE CASTELLA

EDIFÍCIO LE CASTELLA

PREVISÃO DE ENTREGA :

31/12/2021

Apartamentos disponíveis: Imagem meramente ilustrativa Dois apartamentos de 1 dormitório – no 7º e 8º andares Sacada com churrasqueira Aberturas externas em alumínio anodizado Aberturas internas em madeira Piso cerâmico Espera para split Água quente Água e gás individual Espera para TV aberta Elevador Sensor de presença Rua Sergipe, nº 85, São Cristóvão, Lajeado/RS

DID 95% VEN

O

PREÇO MAIS ACESSÍVEL

Uma das principais vantagens de comprar um imóvel ainda em construção é que os custos são menores. “É possível dar uma entrada pequena e parcelar o restante, conforme a capacidade financeira do cliente. Atualmente, as taxas de juros estão excelentes. Aliás, nunca estiveram tão boas. As pessoas de mais idade devem lembrar de como era difícil fazer um financiamento bancário, pois as taxas eram muito altas. As pessoas, muitas vezes, ficavam com saldo devedor superior ao valor do imóvel.

Hoje, as parcelas são reajustadas pelo INCC, que teve reajuste de 10% em um ano. Enquanto que os materiais de construção tiveram alta expressiva. O aço subiu 150%, o cobre e o alumínio 100%, por exemplo. Pelo comparativo, foi uma grande vantagem para quem comprou na planta.”

VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Se no momento da compra o preço é convidativo, depois de concluído o imóvel ganha valorização imobiliária.

Conforme Sartori, isso acontece porque as imprevisibilidades que podem acontecer durante a construção são sanadas assim que a obra é finalizada e, consequentemente, a casa ou apartamento se valorizam no mercado.

PERSONALIZAÇÃO Outra vantagem é que o cliente pode escolher os materiais de acabamentos. No momento da compra, o cliente pode optar por pisos, azuleijos e outros itens de sua preferência. “A construtora tem um padrão de acabamento, mas o cliente pode ir nas lojas parceiras e escolher o que prefere, e só paga a diferença dos valores”, destaca o empreendedor.

“Quem compra pronto não tem essa possibilidade.

Só se fizer uma reforma, o que aumenta os custos e o tempo para finalizar o projeto”, compara Sartori, salientando que no início dos empreendimentos a construtora faz um preço especial para captar recursos. “Apesar de que, na Lucasa, sempre trabalhamos com recursos próprios.”

PLANEJAMENTO PARA MUDANÇA E DECORAÇÃO

PREVISÃO DE ENTREGA :

30/09/2021

Imagem meramente ilustrativa Apartamentos disponíveis: Dois apartamentos de 1 dormitório – no 2º e 4º andares

Salão de festas Sacada com churrasqueira Aberturas externas em alumínio anodizado branco Aberturas internas em madeira Espera para água quente Espera para split Água e gás individual Espera para TV aberta Elevador Sensor de presença Rua Albert Schweitzer, nº 215, São Cristóvão, Lajeado/RS

Outro ponto positivo de imóveis na planta é que o proprietário tem maior prazo para planejar sua mudança, principalmente para quem paga aluguel.

“Além disso, o comprador consegue planejar os móveis. Hoje a maioria faz projetos sob medida para melhor aproveitar e otimizar os espaços. Ou seja, facilita para planejar a ida para o imóvel e a decoração dos ambientes.”

SUCESSO DE VENDAS A Lucasa Construtora atua desde 2004 e, nestes 17 anos, já concretizou inúmeros projetos residenciais e comerciais na região e no RS. Para 2021, mais duas obras têm previsão de entrega: os edifícios Ferrara, que será finalizado em 30 de setembro; e o Le Castella, com entrega programada para 31 de dezembro.

Os dois empreendimentos foram sucesso de vendas, com cerca de 95% já comercializados antes da finalização das obras.

Os dois se destacam pelos projetos modernos e bem localizados, na região alta do Bairro São Cristóvão, perto da Univates.

Produzido por

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Comportamento

PRENDAS EMPODERADAS

Destreza e

competência PARA LIDERAR O MOVIMENTO

Mulheres assumem protagonismo cada vez maior à frente das entidades tradicionalistas e estão presentes tanto nas áreas artísticas quanto campeiras

N

elsy Cattoi Conte, 84, era ainda criança quando frequentou as aulas de danças gauchescas pela primeira vez. Ela estava na escola e a atividade era praticada durante a educação física. Na época, um grupo de lajeadenses organizava um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e a criançada foi participar. Dona Nena, como costuma ser chamada, foi a 1ª Prenda do CTG Bento Gonçalves em 1955 e, depois de mais de 70 anos cultivando a tradição, foi convidada para ser patrona da 3ª Semana Farroupilha de Lajeado.

“O convite me emocionou muito. Fiquei feliz e extremamente agradecida”, destaca. Ela foi homenageada na abertura do evento, na última terça-feira, 14, ao lado de outras mulheres importantes para a história do município, também em alusão ao ano do bicentenário de Anita Garibaldi. A temática norteou as festividades farroupilhas em todo o estado.

Dona Nena acredita que os CTGs são exemplos de respeito aos valores cul-

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turais, morais e sociais dos gaúchos, e relata algumas mudanças vivenciadas ao longo dos anos. “Os valores sempre foram muito preservados, mas o galpão foi adaptado, foram criados cursos de declamação, de música e história. Hoje a mulher também participa mais de todos os setores dos CTGs, inclusive tornando-se patroa”, ressalta.

Bárbara Carolina Signori Lourenço

Na lida campeira

O convite me emocionou muito.

Fiquei feliz e extremamente agradecida” Nelsy Cattoi Conte Patrona da Semana Farroupilha

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No meio tradicionalista, as mulheres também se destacam na lida do campo e com animais, como a encantadense Bárbara Carolina Signori Lourenço, 20, que ocupa a posição de capataz campeira no CTG Giuseppe Garibaldi.

A primeira vez que ela teve contato com o movimento foi aos 8 anos, quando começou a dançar pelo Grupo de Artes Nativas Anita Garibaldi.

Quando chegou na categoria juvenil, com 10 anos, mudou para a área campeira e ganhou o primeiro cavalo. De cima das

encilhas, começou a laçar e participar de competições de laço e rédia.

Mais tarde, passou a frequentar o CTG Giuseppe Garibaldi, onde é responsável pela lida com os cavalos e o gado. “Estar na lida campeira, para mim, é um privilégio. Porque a mulher demorou para conquistar o espaço dela com o cavalo. Há algum tempo, ela teria que usar vestido ou saia e não bombacha e bota”, destaca a estudante.

Por representar a parte campeira da entidade, Bárbara

conta ter sofrido preconceito.

Alguns colegas não queriam competir nas provas de laço ao lado dela. Também costuma ouvir reclamações sempre que organiza um rodeio. Mesmo assim, não baixou a cabeça.

“Eu continuei porque sabia que ali era o meu lugar. Um espaço que eu queria conquistar, onde eu me sentia bem.

Com o cavalo, a lida, o gado e o laço”, conta.

Entre os planos de Bárbara está a vontade de ser patroa daqui alguns anos.

ENTREVISTA Caroline Reolon Scariot, 24 anos, advogada e 2ª Prenda do Rio Grande do Sul gestão 2017/2018, representando o CTG Tropilha Farrapa e o município de Lajeado.

À frente do CTG Quem também foi homenageada na abertura da Semana Farroupilha do município, foi a patroa do CTG Bento Gonçalves, Marilda Dolores Oliveira, 67. Dentro do Movimento Tradicionalista, a professora de história já fez parte de grupos de avaliadores de cirandas culturais da região, além do Conselho Fiscal da 24ª Região Tradicionalista (RT), que abrange Lajeado e região.

“Eu me criei em um CTG, o tradicionalismo faz parte da minha história de vida”, conta a lajeadense. Para ela, estar na liderança de uma entidade significa união, companheirismo, amizade e cooperação.

Além da ajuda comunitária para a reconstrução do CTG depois da enchente que destruiu o galpão, ela também destaca a participação das mulheres no grupo.

“Na época em que meu pai era campeiro, existia um certo preconceito com as mulheres. Elas sempre trabalharam e estiveram responsáveis pela organização das entidades, mas os homens ganhavam destaque”, ressalta.

Mais tarde, no entanto, o CTG fez uma patronagem apenas de mulheres, da qual Marilda foi vice-presidente na época. “Em uma das reuniões que englobava os CTGs da 24ª RT, um senhor perguntou o que eu estava fazendo ali, falou que meu lugar era em casa. Eu disse que meu lugar era onde eu quisesse e que ele deveria me respeitar por isso”, relata Marilda. Com o tempo, ela passou a ser reconhecida no cargo e este é o quinto ano que ocupa a presidência.

Marilda ainda ressalta a importância de homenagear o bicentenário do nascimento de Anita Garibaldi. “Foi de grande valia, porque por meio da Anita que muitas outras mulheres estão sendo reconhecidas. Nos encontramos com muitas Anitas diariamente. Mulheres trabalhadoras, honestas, íntegras, que lutam todos os dias para viver ou sobreviver”, destaca a patroa.

Como você vê o cenário das mulheres no tradicionalismo, hoje?

Elas têm conquistado cada vez mais o seu espaço.

Estou envolvida nesse meio há mais de dez anos e é visível que, hoje em dia, temos muito mais mulheres em cargos de liderança dentro das entidades do que na época em que ingressei.

Evidente que ainda temos muito o que conquistar, assim como na nossa sociedade como um todo.

Acha que ainda existe preconceito com as mulheres nesse meio? De que forma?

Acredito que o preconceito existe em nossa sociedade como um todo, não é exclusividade do tradicionalismo.

No meio, esse preconceito vai muito além de letras de músicas ou poesias que podem ser consideradas machistas, ele se encontra, muitas vezes, em gestos e palavras que são usados, na forma de agir e se portar perante uma mulher, no desrespeito a decisões que são tomadas por autoridades mulheres, dentre muitas outras coisas. O importante é lembrarmos que a cultura gaúcha em si, não é preconceituosa, bem pelo contrário, a cultura é agregadora, aceita a todos sem distinção.

Preconceituosas são algumas pessoas que entram no movimento para discriminar, para oprimir, repreender, e não podemos deixar que essas pessoas se tornem a maioria, nem dentro do MTG, nem na nossa sociedade.

O que é necessário para melhorar essa situação e trazer mais igualdade para o meio?

Dar mais espaço e voz para as mulheres é o primeiro passo. Acredito que não devemos exigir isso somente dos homens, mas nós, mulheres gaúchas e tradicionalistas, devemos nos apoiar, nos ajudar, e incentivarmos umas às outras, pois só assim, juntas, é que conseguiremos crescer e ocupar o nosso lugar. História não se muda, o que podemos fazer é trabalhar por um futuro melhor. Investir nas novas gerações, ensiná-los a serem tradicionalistas melhores do que nós somos, do que nossos pais e avós foram, para que eles possam levar a nossa tradição adiante da maneira mais justa e pura que puderem. Nosso passado machista, infelizmente, não há como apagar, mas podemos usar a história como aprendizado, tanto para nós, como para as novas gerações.

Passos da mulher gaúcha Em 2019, foi comemorado os 70 anos da inclusão feminina no tradicionalismo organizado, com as mulheres que participaram do Primeiro grupo de Prendas do “35” CTG, primeira entidade tradicionalista fundada no estado. Antes, elas não podiam entrar nos CTGs. Naquele ano, Lory Meirelles Kerpen foi eleita Posteira do

Grupo de Prendas. A partir de então, muitas foram as gerações de mulheres que se sucederam dentro do tradicionalista e que foram fundamentais para a história do movimento.

Mais recente, em 2020, Gilda Galeazzi foi a primeira mulher eleita como Patrona dos Festejos Farroupilhas no estado e Liliana Cardoso, foi a primeira mulher negra a ocu-

par a função.

Na região, Luce Carmen da Rosa Mayer ocupa o cargo de coordenadora da 24ª Região Tradicionalista por cinco anos consecutivos. Moradora de Venâncio Aires, história dela com o tradicionalismo começou ainda na infância. “Hoje temos muitas mulheres na linha de frente. Patroas, na lida campeira. Ainda existe um pouco de

preconceito por sermos mulheres à frente destes cargos. Alguns acham que não é papel da mulher, mas precisamos entender que tanto homens quanto mulheres têm direitos iguais e todos podem desenvolver algo pela nossa cultura”, acredita.

Ela ainda destaca a maior participação feminina, também, nos cargos públicos e nas representações municipais.

Luce Carmen

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Debut

Nove meninas se preparam para o Debut 2021 Baile de gala

Na programação, estão ensaios de dança, noite do pijama e tradicional viagem para a Serra Gaúcha

A

56ª edição do Baile de Debutantes do Clube Tiro e Caça (CTC) promete ser um momento de magia e reencontro.

O evento de gala será retomado após a suspensão em 2020, devido à pandemia. A primeira reunião com as nove debutantes e famílias foi na última terça-feira, 14.

Nas próximas semanas, as me-

Preparativos para o baile dia 13 de novembro iniciaram nesta semana

ninas participarão de atividades preparatórias, como ensaios de dança, oficinas de defesa pessoal e de fotografia, além das tradicionais noite do pijama e a viagem para a Serra Gaúcha.

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As atividades foram pensadas para proporcionar um momento de sonhos, integração e autoconhecimento para as meninas e familiares. Além de criar memórias e laços afetivos.

O Baile de Debutantes está programado para o dia 13 de novembro, no Salão Social do CTC. A organização está atenta à pandemia e adotará os protocolos de prevenção necessários para o evento, de acordo com as determinações do governo na data.

Os ingressos antecipados serão vendidos na Secretaria do Clube a partir do dia 29 de setembro. Conforme disponibilidade, poderão ser adquiridos até o dia do evento, ao meio-dia.

Sócios com a mensalidade em dia terão ingresso gratuito.

O valor para não sócios ou para sócios com mensalidade em atraso é de R$ 50. Na noite do baile, o valor é de R$ 70.

Candidatas •Camila Chiamulera Jacques •Isabela Lenhart Antoniazzi •Isadora Knecht Collet •Kauana Camile Diemer •Luisa Craide Haenssgen •Maitê Louise Favarin •Maria Antônia Piaia Schmidt •Sofia Helena Dresch •Valentina Fauri Benoit

Apresentado por

D’Pedó Móveis completa 33 anos e investe em experiência de loja Empresa familiar se adapta aos formatos do varejo com ampla oferta de produtos

U

ma história de família

A história da D’Pedó Móveis

para atender a sua. É

começa muito antes de sua

com este conceito que a

fundação em 1988. A empresa

D’Pedó Móveis comple-

familiar é constituída por sete ir-

ta 33 anos em 2021. Entre as prio-

mãos, filhos de agricultores. Por

ridades que impulsionam a empre-

incentivo dos pais, ainda jovens

sa durante três décadas, está a

saíram de Tamanduá, hoje Marques

satisfação do cliente.

de Souza, e migraram para a cidade

Com matriz em Lajeado, localizada na Rua Olavo Bilac, 193, Bair-

com a finalidade de estudar e buscar novas oportunidades.

ro Americano, a D’Pedó Móveis

Nos almoços de domingo os irmãos

está presente também em Estrela,

se reuniam e alimentavam o sonho

Teutônia, Encantado e Venâncio

de empreender e constituir uma em-

Aires. Possui um dos maiores ca-

presa. Foram nestes encontros que

tálogos físicos da região, atendi-

surgiu a formatação do negócio, setor

mento personalizado e uma ampla

de atividade, composição societária

rede de fornecedores.

estratégica para viabilizar e fazer o

Conforme o diretor, Deoclécio Pedó,

empreendimento sair do papel.

as lojas atendem clientes exigentes e

Para Pedó, a gratidão e alegria de

que não abrem mão de fazer uma boa

comemorar cada ano é também uma

compra. “Buscamos nos detalhes, na

forma de agradecer todos que acre-

qualidade e na beleza dos móveis,

ditam na marca. “São os milhares de

oferecer o que há de melhor em pro-

clientes, colaboradores, parceiros e

dutos e serviços”, destaca.

amigos que confiam em nosso traba-

Buscamos nos detalhes, na qualidade e na beleza dos móveis, oferecer o que há de melhor em produtos e serviços” Deoclécio Pedó

CONDIÇÕES ESPECIAIS DE ANIVERSÁRIO Para celebrar os 33 anos da D’Pedó, a loja inova mais uma vez na sua polí-

rança, transparência e preço justo ao mercado”, reitera Deoclécio.

tica comercial e passa a ser referência

Mudança que visa proporcionar mais

regional de preços sem acréscimos. “O

economia para quem pesquisar e com-

consumidor que quiser saber qual é o

parar. Para a segunda quinzena de se-

preço de um produto sem acréscimo,

tembro, a D’Pedó oferece condições

deve passar em uma de nossas lojas

especiais, com parcelamento em 15

e conferir o valor exposto no produto.

vezes e o primeiro pagamento só para

Desta forma queremos oferecer segu-

dezembro.

EXPERIÊNCIA DE COMPRA DIFERENCIADA A D’Pedó Móveis rompe paradigmas e promove transformação em seus pontos de venda.

A intenção é oferecer experiências de compra diferentes, em que o cliente possa ver, tocar e sentir o produto. Mostrar ao mercado a importância da marca local para a segurança e garantia de uma compra sem problemas. “Queremos ser uma marca que oferece experiências de consumo melhores que os canais virtuais e com mais garantia ao consumidor”, explica Pedó.

Acesse o QR Code e assista ao vídeo em comemoração aos 33 anos da D’Pedó Móveis

Produzido por

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Chimarrão tradicional 11 segundos

Para além da tradição

Chimarrão Apaixonado

B

ebida que se tornou símbolo do Rio Grande do Sul, o chimarrão também é sinônimo de hospitalidade e tradição. Hoje, a gourmetização da gastronomia abriu espaço para produtos típicos regionais como a erva-mate e, além das diferentes formas de fazer o chimarrão, ela também é utilizada para fazer mousses, balas, bolos, pães, sorvetes, geleias, sucos, outras bebidas e assados.

De legado indígena, a bebida Caá-y já era utilizada mesmo antes do descobrimento do Brasil, inclusive por povos maias e incas, conforme explica a vice-presidente do Instituto Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires, Liliane Bastos. No sul do país, esse legado foi deixado, principalmente, pelos guaranis.

Ela também destaca que o primeiro contato do homem branco civilizado com a bebida ocorreu em 1554, quando soldados espanhóis vindos do Paraguai adentraram o território brasileiro na região do Guairá, na divisa com o atual estado do

Coloque uma colher de erva-mate no fundo e adicione água quente até o pescoço da cuia. Cubra toda a abertura com erva-mate. Com a própria bomba puxe a erva em direção ao centro da cuia ou até encontrar a água quente que está no fundo.

Complete com mais água quente e introduza a bomba, tampando o bico para não entrar ar, fazendo movimentos laterais até chegar ao fundo da cuia.

Coloque uma colher de erva-mate no fundo da cuia e adicione a água quente até o pescoço da cuia. Coloque a bomba e posicione. Cubra a abertura com erva-mate e, depois, com o pó de erva-mate peneirada. Com uma espátula, desenhe um coração na superfície. Preencha com a erva-mate peneirada. Ao lado da bomba, faça uma marca para servir a água.

Liliane Bastos

Paraná, e encontraram uma tribo de guaranis com costumes muito diferentes do comum.

Eles eram mais fortes, alegres, hospitaleiros, e aceitavam bem a presença do branco.

“A chegada dos jesuítas para cristianizar os índios e a construção das reduções, revelaram o poder econômico da erva-mate e a fizeram-na se tornar um produto cobiçado, chegando a ser chamada de ouro verde”, explica Liliane.

Hoje, a Escola do Chimarrão ensina 36 modelos diferentes da bebida, mas, com criatividade

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do cevador, aquele que prepara o mate, é possível experimentar ainda mais. Alguns deles, como o formigueiro, o tradicional, o mate amargo e o do prego, são de domínio público e utilizados há mais de uma geração. Outros são criações artísticas utilizadas para chamar a atenção para o chimarrão e despertar a curiosidade e o interesse do público sobre a bebida.

Para esta edição do Gastrô, Liliane ensina quatro formas de preparar a cuia para compartilhar bons momentos com a família e os amigos:

Chimarrão Formigueiro Depois de fazer o processo no Chimarrão Apaixonado, ao invés de modelar o coração, utilize a erva-mate para modelar o formigueiro, em formato de cone, no tamanho que desejar.

Chimarrão invertido

Siga o mesmo procedimento dos anteriores mas, desta vez, abra o espaço para servir a água do lado oposto da bomba.

Umedeça essa abertura e empurre para dentro até alcançar a água no fundo da cuia. Ajeite a erva-mate e está pronto!

Pode-se utilizar erva-mate peneirada para acabamento.

Um refúgio

italiano para Lajeado

M

arcelo Oliveira tinha a ideia de montar uma galeteria e o sonho de Jovio Lorenzini era ter um espaço de culinária italiana. Os amigos, então, uniram negócios e família para criar um espaço acolhedor e diversificado no número 599 da rua 17 de dezembro, no bairro Hidráulica, em Lajeado.

Com cores quentes e diferentes cômodos, a galeteria Vó Duvina, leva o nome da avó de Jovio. “Ao lado das nossas esposas, Gabriela e Michelle e dos nossos filhos, queríamos algo que remetesse a sabores e sentimentos. Minha avó era uma dona de casa, professora, cuidava dos filhos e gostava de cozinhar”, conta o empresário.

Além da boa mão para a gastronomia, ela também preparava as refeições com amor. O frango, a polenta ou a massa já começavam a ser produzidos na sexta-feira, para serem servidos para as visitas no domingo. “Isso que queremos fazer na galeteria, uma comida com carinho, afeto e amor”.

A ideia é que os amigos e clientes possam desfrutar, além da comida e de um bom vinho, de um espaço para compartilhar bons momentos. Na parede, inclusive, uma placa escrita em italiano diz: “mangia che ti fa bene”, que significa “come que faz bem”.

O ambiente também traz traços da história da vó Duvina, como a cama que virou uma cadeira, bordados e quadros com a assinatura dela. Em uma das paredes, foi criado um mural com colheres de pau trazidas pelos amigos.

“Queríamos trazer algo diferente para Lajeado e região e vimos que aqui não tinha um lugar alegre, com comida italiana farta”, destaca Marcelo, que é também engenheiro de alimentos.

Marcelo, Michelle, Gabriela e Jovio uniram família e negócios para montar o espaço

Sabor e qualidade No espaço, as refeições são servidas em sequências. A mais tradicional é com uma entrada de sopa de capeletti, pão de forno com pastas especiais, maionese, massas ao molho vermelho ou quatro queijos, polenta frita, salada de radite com bacon, maionese e o galeto, no valor de R$ 47 por pessoa. Para as crianças de 6 a 11 anos, a refeição custa R$ 27. Durante a janta, é possível repetir as porções quantas vezes o cliente quiser.

As massas disponíveis no cardápio são feitas na casa, também com receitas de família, assim como os cinco tipos de molhos: vermelho, de queijos, sugo, pesto e alho e óleo. Durante o meio dia, também há opções de pratos prontos, que custam, em média, R$ 29. Entre os

preparos, existem três massas sem glúten e uma vegana.

Para acompanhar, além dos vinhos que ficam em uma adega na entrada do espaço, há também drinks diversos, chopp, refrigerante e um suco de uva artesanal feito na casa.

A galeteria tem espaço para

80 pessoas e o atendimento é de terça-feira a sábado das 11h30 às 13h30 e das 19h às 23h e nos domingos ao meio dia. Durante a noite, a cozinha fecha às 22h, mas é possível continuar no espaço até mais tarde. A ideia é, em outubro, passar a atender também com delivery.

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Verde e rosa para trazer conforto e jovialidade FOTOS DE ARTUR PRETTO

Lucas Pedó Arquitetura e Design contato@lucaspedoarqdes.com.br @lucaspedo.arq.des

C

om uma mistura de tons quentes e frios, um apartamento no bairro hidráulica, em Lajeado, foi projetado para trazer jovialidade, mas também tranquilidade e informalidade.

O desejo dos clientes era ter uma cozinha verde. E este foi o ponto norteador do moodboard, como é chamado o quadro de cores e texturas dos ambientes, no projeto.

O arquiteto Lucas Pedó, então, sugeriu a introdução de tons de rosa nos móveis planejados para compor o espaço que ficou conhecido como Apartamento Verde e Rosa.

“Eu lembrei dos estudos de cor do círculo cromático, em que essas cores são complementares. Para o verde mais escuro, o vermelho é o complementar, mas a sensação que o ambiente transmitiria seria agitação, fome e energia. E esse não era o que estávamos buscando”, destaca.

Por isso, optou-se pelo rosa

claro, transmitindo equilíbrio entre a cor fria e quente. Para minimizar a presença fria do verde, também foi utilizada iluminação em tons quentes, que reforça o acolhimento do rosa.

Por ser um apartamento de 42m², algumas estratégias também foram utilizadas para otimizar os espaços. “A

PATROCINADORES

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mesa tem altura de bancada, para que o casal possa colocar, embaixo, pufes que não estão sendo utilizados na sala de tv”, explica Lucas.

A cozinha, onde os aéreos vão até o teto, ganhou um grande balcão de apoio, do lado oposto a pia, para os fornos, armazenamento de alimentos e preparo

de lanches rápidos. Na sala, um grande móvel planejado agrupa a tv, aparelhos de internet, lareira, esconde o ar condicionado, apoia as decorações e armazena pratos, copos e taças.

Os aéreos altos, que chegam ao teto, guardam itens grandes, mas de uso esporádicos, como furadeira, decoração na-

REALIZAÇÃO

talina e outros. “Ainda na sala, uma mesa lateral apoia copos, controles e alguma guloseima na hora do Netflix, mas que por algum momento serve como assento extra, em caso de visitas”, destaca o arquiteto.

Assim, além de moderno, o espaço também se torna funcional sem ocupar muito espaço.