Gastrô 17 de maio de 2019

SEXTA-FEIRA, 17 DE MAIO DE 2019 CADERNO DO JORNAL A HORA NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

O gosto da tradição Direto da cultura alemã, o Festival do Chucrute ocorre nos próximos dias com comidas típicas e novidade nas cervejas

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EDITORIAL

Tradições alemãs O querido e tradicional Festival do Chucrute está chegando e você não vai perder a chance de provar as delícias trazidas da Alemanha e cultivadas por aqui, não é? A tradição de mais de 50 anos é mantida por meio das danças e principalmente pela gastronomia no município de Estrela.

Um dos pratos principais, como o nome do festival já diz, é o chucrute preparado com meses de antecedência possibilitando o processo de fermentação do repolho.

Por isso ele se divide entre os adeptos e os receosos em experimentar a comida.

E por falar em Alemanha, o Minha Dica desta semana conta um pouco da história de Samanta que mora no país faz três anos.

Ela aprendeu algumas receitas da terra alemã e alterna os preparos com a culinária brasileira. Mas a receita que ela escolheu para a gente é das bolinhas de queijo.

Nesse mundo de receitas, te damos uma ótima dica para introduzir as sementes de chia na alimentação. A nutricionista Eveline Bald também nos explica os benefícios dessa sementinha que vem aparecendo cada vez mais na hora das refeições.

O Gastrô também tem outras dicas para você, e fica sugestão de provar as delícias da cultura alemã.

Por hoje é isto.

Boa leitura e bom apetite!

MINHA DICA

Bolinhas de queijo da Samanta

N

a cozinha desde crianças, o gosto pela culinária teve o exemplo da família para a estudante Samanta Neitzke, 22. Principalmente da avó que ensinava a neta o preparo de bolachas, cucas ou calça viradas. “Sem falar nas receitas como lasanha ou galinhada que não conseguimos copiar, porque sempre tem um dedinho de vó, pai ou mãe no meio”.

A medida em que a lajeadense foi crescendo, a vontade de aprender ficou ainda maior. Por isso sua fonte de pesquisa são vídeos na internet com receitas de comidas salgadas e principalmente

e-mail para contato: gastro@jornalahora.inf.br

Samanta Neitzke zk doces - que ela adora.

Samanta está na Alemanha faz três anos, por isso, gosta muito de diversificar o preparo de seus pratos, e arriscar a culinária do país. “Aprendi a fazer o Käsespätzle, que é uma massa caseira muito tradicional no sul da Alemanha”.

Mas ela não deixa de con-

Produção Bibiana Faleiro

tinuar praticando a culinária brasileira como o carreteiro, feijoada ou risoles, já que são coisas que não tem acesso todo dia. “Depois que saí do Brasil foi quando me aproximei mais ainda da culinária”. Com esse contato intercalado entre a cultura brasileira e alemã, Samanta lida com as diferenças na gastronomia dos dois países com os temperos, as comidas tradicionais e os doces.

Com a rotina de trabalho durante a semana, utiliza os tempos de folga e os domingos para ir à cozinha e preparar alguns pratos mais reforçados.

Entre os amigos, os lanches são as receitas prediletas. “Tenho muitos amigos que também estão fora do Brasil faz muito tempo, e outros que não arriscam tentar a receita, então acabo fazendo”. Entre eles estão as bolinhas de queijo, risoles, nega maluca, brigadeiro e beijinho.

“Para nós isso é tão normal ter nas festas de aniversário as mesas sempre cheias, e os alemães não têm esse costume, acham muito doce”. No entanto, depois que provam, geralmente se surpreendem com as receitas que Samanta prepara.

“Escutar isso sempre me motiva para continuar cozinhando e me aperfeiçoando na cozinha”. Quando ela volta ao Brasil para visitar a família, o pedido é por novos pratos que ela tenha aprendido no país europeu.

Faz algum tempo que começou a postar essas receitas no Instagram, e a partir de então passou a receber pedidos de dicas e modo de preparo. Mesmo assim, nunca pensou em se profissionalizar na área.

Para ela, cozinhar é calmaria, um tempo que tira apenas para ela e para pensar nas coisas da semana “E claro, com uma recompensa boa no final: saber que você fez aquilo, fez com carinho e ficou delicioso”.

INGREDIENTES • 3 xícaras de farinha (peneirada) • 2 xícaras de leite • 1 xícara de água • 3 colheres (sopa) de manteiga ou margarina • 1 caldo de galinha (pode ser em cubo ou em pó um pacotinho) • 1 colher (chá) sal • Queijo da sua preferência

MODO DE PREPARO • Em uma panela, coloque o leite, a água, margarina, sal e o caldo knor (se for em cubo esfarelar um pouco). Mexa de vez em quando para a margarina e o caldo dissolverem bem. Deixe em fogo médio até começar a ferver. Depois coloque a farinha, deixando em fogo baixo. Sempre mexa até fica toda massa misturada e descolar do fundo.

• Tire a massa de panela e misture bem à mão com ela ainda ainda quente. Deixe esfriar e faça as bolinhas. A massa não gruda nas mãos, então não é necessário passar nada para modelar.

INGREDIENTES (PARA EMPANAR)

• Farinha de rosca ou outra de preferência • 1 ou 2 ovos • Leite

MODO DE PREPARO • Em um pote coloque os ovos, um pouco de leite (se quiser pode apenas colocar os ovos) e bata.

• Em outro recipiente coloque a farinha de rosca. Com as bolinhas prontas, passe-as nos ovos e depois na farinha.

• Depois é só fritar. Rende de 50 a 65 bolinhas.

Diagramação Fábio Costa

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ÁGUA NA BOCA

Salmão grelhado ao molho shoyu INGREDIENTES • 1/2 xícara (chá) de molho shoyu

• 2 colheres (sopa) de mel • 1 colher (chá) de gengibre fresco ralado

• 1 dente de alho amassado • 2 colheres (chá) de óleo de gergelim

• 4 postas de salmão (600g) • 2 colheres (sopa) de azeite • Cebolinha fatiada para polvilhar

MODO DE PREPARO •Em um refratário médio, misture o shoyu, o mel, o gengibre, o alho e o óleo de gergelim. Coloque o salmão, cubra e deixe descansar por 30 min, virando na metade do tempo. Retire o salmão da marinada e seque com papel-toalha.

Coloque em uma travessa e mantenha aquecido. Despeje a marinada na frigideira e cozinhe até levantar fervura, em fogo alto, por 5 min ou até obter textura de calda e reduzir pela metade. Regue o peixe e sirva polvilhado com cebolinha.

•Aqueça uma frigideira com o azeite, em fogo alto, e frite o salmão de cada lado por 2 min ou até dourar.

•COLABORAÇÃO: Guia da Cozinha por Mariana Maluf Boszczowski

VAMOS FALAR DE CERVEJA

Cervejas alemãs na região Os alemães e os tchecos são os maiores bebedores de cerveja per capita no mundo, com médias de 144 litros por pessoa, enquanto aqui no Brasil temos as médias de 55,7 litros por pessoa. Um dos motivos tem relação com a qualidade das cervejas alemãs.

Mas aqui na região dos Vales também temos cervejarias que adotam técnicas da escola Alemã de ótima qualidade.

A cerveja alemã mais consumida no mundo são as no estilo Pilsen, as lagers no geral, que são baseadas nas American Light Lagers.

Elas podem levar até 25% de milho ou arroz como adjunto. Assim, podemos falar dos estilos: German e Bohemian Pilsens, Weiss, Helles, Kolsh, Bocks e Eisbock.

As Weiss são cervejas que levam até 25% de malte de trigo e se caracterizam por muito aroma de banana e cravo e por muita

carbonatação. Algumas Weiss da região: Salva Weiss, Bellavista Weiss, Prost Bier Trigo, Teutobier Weizen e Heilige Weiss.

A Heilige de Santa Cruz do Sul produz duas cervejas alemãs clássicas: uma Bohemian Pilsner, com presença forte de lúpulos alemães, mas equilibrada nos maltes; e uma Oktoberfest com maltes mais doces mas com alto drinkability; outra é a Goldenbauch Braurei de Venâncio Aires, que tem

uma Koelsch premiada em Blumenau este ano. A Koelsch é uma cerveja Ale mas com maturação a frio, o que traz toda uma camada de aromas maravilhosos para a cerveja.

Quem acha as Pilsens amargas, as cervejarias Salva Craft Beer e Hbier produzem Helles, cervejas claras com corpo leve e um amargor bem equilibrado com o malte, muito refrescantes. A cerveja do verão da Baviera.

Agora com a chegada do inverno, as cervejarias Salva Craft Beer e Prost Bier começam a produzir a sazonal Bock. Com graduação alcoolica mais alta e muito aroma de caramelo. Uma ótima cerveja para dias mais frios.

A Salva Craft Beer também fez uma Eisbock, com 12% de álcool. É uma Bock submetida a congelamento, agregando mais sabor, aromas e álcool. Uma cerveja equivalente aos melhores whiskies e conhaques.

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FESTIVAL DO CHUCRUTE

Chucrute e chopp: o sabor da tradição A

s mãos de Lilian Fleck Lengler, 80, ainda sabem preparar um delicioso chucrute.

Mesmo não participando mais da cozinha do Festival do Chucrute na 54ª edição, ela se apresentará no evento que ocorre entre os dias 18 e 26 de maio no Centro Comunitário Cristo Rei, em Estrela, com o grupo de dança de mulheres idosas.

Ela participava do coral da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Estrela quando a primeira edição do Festival do Chucrute aconteceu. Antes, a festa era realizada pelo grupo que reunia diversos corais todo o ano.

Em um deles, o então presidente da comunidade queria levar cultura à população. Descobriu um grupo de casais que ensaiava danças alemãs e os convidou para a festa. Com a participação das tradições daquele país, o encontro ganhou o nome de Festival do Chucrute, com música, dança, comida e chopp em barris.

“Era uma forma de resgatar a cultura alemã que aos poucos estava desaparecendo no município”, explica Lilian.

Naquela época, as famílias ainda produziam o chucrute com frequência.

Lilian explica que o preparo demandava tempo, mas era eficiente para ter o repolho o ano inteiro. O vegetal era cortado em fatias finas e misturado com sal e vinagre, com as mãos. A mistura deveria ficar em potes ou barricas bem fechadas, de forma que não entrasse ar. Com o tempo, o repolho acabava fermentando.

“Eu sempre gostei do chucrute, mas não era fanática pela comida, porque ela tem um sabor muito forte”, conta Lilian.

Por ser muito tradicional das famílias do município, passou a ser oferecido nos bailes. A janta era servida em

o tempo assumiram a coordenação.

Hoje, Aneli comanda a equipe da cozinha e ele as demais atividades. “É muito gratificante ver todo esse envolvimento comunitário. Dá trabalho, mas vale a pena”, agradece Ernani.

Faz cerca de 40 dias que eles e alguns voluntários fizeram o chucrute que será servido no festival. Depois do preparo, a comida típica alemã fica em barricas bem fechadas. É ali

pratos com o chucrute, carnes, linguiças, eisbein - joelho de porco - e uma batata inteira cozida, que também são preparos típicos alemães. A parte culinária ficava à cargo de voluntários da comunidade. Por isso Lilian estava sempre na cozinha ajudando. Faz pouco tempo que ela parou de preparar o chucrute e outras especiarias para o festival.

Ela e o marido dançaram no festival até 2003, antes da morte dele. A partir de então ela passou a integrar o gru-

Era uma forma de resgatar a cultura alemã que aos poucos estava desaparecendo no município” Lilian Fleck Lenglergler

po de dança Caminhando Juntas, do qual faz parte ainda hoje.

Aos poucos o evento tornou-se parte da programação do aniversário do município e se antes reunia cerca de 500 pessoas, hoje recebe mais de 2 mil em cada baile.

Amor pelo festival

Faz 15 anos que o casal Aneli Kich Sehn e Ernani Paulo Sehn organizam o Festival do Chucrute no município.

Iniciaram como comendadores e com

SEXTA-FEIRA, 17 DE MAIO DE 2019 • 5 FOTOS BIBIANA FALEIRO

PROGRAMAÇÃO • 18 - Sábado 1º Baile Típico e jantar. Apresentação do Grupo de Danças Folclóricas Alemãs de Estrela. Animação da Banda K’necus. A partir das 20h no Centro Comunitário do Cristo Rei. Ingressos individuais de R$ 50,00 a R$ 90,00

• 19 - Domingo Típico Café Colonial alemão (por quilo) com apresentação dos Grupo de Danças Folclóricas Alemãs de Estrela. A partir das 15h no Centro Comunitário Cristo Rei. Ingresso: 1kg de alimento não perecível.

O chucrute foi feito pela comunidade faz 40 dias e reservado em sete barricas para fermentar. O casal Aneli Kich Sehn e Ernani Paulo Sehn estão na organização do evento

• 22 - Quarta que ocorre o processo de fermentação traduzida em um delicioso sabor ao repolho.

“Este ano nós fizemos sete barricas, e só abrimos no dia. Então ele é refogado e servido quente”, explica Aneli. Para acompanhar o produto que deu nome ao festival, batatas à vapor, salsicha bock, carrê e o eisbein - joelho de porco. Além disso, os mais de 30 voluntários que atuam na cozinha nos dias do festival também preparam saladas, arroz e outros acompanhamentos. São cerca de 10 a 15 pratos servidos. Um grupo de homens, também voluntário, fica responsável por assar o galeto.

Aneli conta que durante quase 50 anos, o café colonial também era feito pelas mulheres da comunidade.

Há cerca de 6, no entanto, a Padaria Bruxel tem feito o café com mais 120 produtos coloniais, entre tortas, cucas, roscas e muitos tipos de pães. Entre eles, italiano, colonial, integral, branco, entre outros.

“O festival do chucrute termina e já começamos a preparação do próximo”, ressalta Sehn. A expectativa do casal para este ano é muito boa. A promessa é casa cheia para os bailes.

No ano passado tiveram mais de 86 cidades diferentes visitando o município na data, de dentro e fora do estado, como conta Sehn.

Chopp e tradição

No início do festival, o chopp que também é tradicional do país europeu era servido em barris. Aos poucos a

sua forma foi mudando, mas o sabor continuou sendo um grande complemento às deliciosas comidas típicas.

Faz alguns anos que ele é servido em torres, e para esta edição não é diferentes. As opções serão Brahma e Prost Bier.

Na parte de cervejas será servido Antártica, Bohemia, além da estreante cerveja produzida especialmente para o festival. Ela é da Prost Bier, com sabor suave. No evento ocorrerá a comercialização de kits com duas dessas cervejas ou com uma cerveja e um copo no valor de R$20. Os copos individuais são vendidos à R$10.

Segundo Sehn, o rótulo da bebida

O festival do chucrute termina e já começamos a preparação do próximo” Ernani Paulo Sehn

terá o nome do festival e um pequeno histórico, além do símbolo tradicional dos personagens característicos alemães.

Nos mínimos detalhes Desde domingo passado, mais de 300 voluntários passaram pelo salão Cristo Rei para auxiliar na decoração e preparação da louça e da cozinha para o festival. Entre eles, o casal Carmen Hentschki e Edson Hentschki, que todo ano tira alguns dias de folga para se dedicarem ao evento.

“E uma festa que cultiva uma tradição que já se tem mais de 50 anos, e agrega no turismo local. Vem pessoas de várias partes do estado”, ressalta Hentschki.

Este é o sétimo ano que o casal participa da comenda criada para a organização do evento, junto de mais 6 casais. “É uma coisa diferente, a gente sai da rotina de trabalho, se envolve em prol da comunidade”, entende Carmen.

Desde crianças até idosos, a festa não tem idade e é considerada de cunho familiar. Por isso os grupos de dança representam todas as gerações.

Entre a confecção de um crisântemo e outro feitos de papel, Anelise Hausmann coordenava a decoração do salão Cristo Rei para o festival.

Ela explica que todos os dias voluntários vieram para ajudar e a cada nova edição, outros objetos integram a ornamentação.

25º Festa do Idoso, com apresentação de grupos de danças convidados de diversas localidades. A tarde o tradicional Baile do Idoso. A partir das 9h no Centro Comunitário Cristo Rei.

• 23 - Quinta 13ª Festa das APAEs, com participação dos Idosos da Vovolândia de Estrela e também do Asilo Pella Betânia de Taquari, Caps e Creche Colméia. Haverá apresentação de danças folclóricas.

A partir das 14h no Centro Comunitário Cristo Rei.

• 25 - Sábado 2º Baile Típico e jantar com apresentação do Grupo de Danças Folclóricas Alemãs de Estrela.

Animação da Orquestra La Montanara. A partir das 20h no Centro Comunitário Cristo Rei Ingressos individuais de R$ 50,00 a R$ 90,00

• 26 de Maio - Domingo Típico Café Colonial alemão (por quilo) com apresentação dos Grupo de Danças Folclóricas Alemãs de Estrela. A partir das 15h no Centro Comunitário Cristo Rei, com entrada mediante 1 kg de alimento não perecível.

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ENCONTROS

Simples e saboroso em cada fatia de pizza P

or trás de uma porta de madeira, uma arquitetura simples, despojada e moderna compõe o ambiente da Tudesca Pizzeria Napoletana, que inaugurou na sexta-feira passada em Lajeado. Ela complementa o trabalho que a padaria ministrada por Fernando Ely, 36, e Giulia Fhur, 29, propõe há quase seis anos na região, com produção caseira e fermentação natural. O espaço fica na Rua Olavo Bilac, 221, no bairro Americano e atende de terça-feira a domingo das 18h30 às 22h.

A proposta é atender com qualidade, por isso a pizzaria foi montada em uma pequena e antiga casa com dois ambientes. O externo para cerca de 20 pessoas e o interno para cerca de 30. Outro diferencial é a montagem das pizzas que é feita ali mesmo em um balcão de frente para os clientes e ao lado do forno à lenha onde elas são assadas.

As mesas pequenas, a parede de tijolo à vista e as luzes em contraste trazem conforto e acolhimento ao espaço que tem mesmo “cara” de casa.

“Queremos desmistificar essa ideia de que as empresas precisam ter grandes produções para fazer algo bom.

Se cada um atender um segmento, vai ser bom para todo mundo, e teremos melhor qualidade”, entende Ely.

A pizza Napoletana A massa fininha e macia são características que definem a produção da nova pizzaria. Ao estilo napoletana,

ela é feita em tamanho único de 30 cm, com sabor individual. A medida é recomendada para uma pessoa, mas pode também ser dividida. O preço varia de R$ 20, com o sabor mais simples: Marinara, a R$ 32, com a Speciale, que a cada duas semanas apresenta um sabor diferente.

Com o início das produções, o cardápio é composto por dez diferentes sabores de pizzas salgadas, com a Speciale.

Para os próximos dias, a equipe pretende testar também sabores doces. Por enquanto, a parte doce da casa fica por conta do Gelato Martani.

Entre os salgados, as composições de ingredientes se destacam, como a Crema di Zucca e Salsiccia, composta por creme de abóbora, linguiça artesanal e queijo. Assim, o sabor salgado da linguiça quebra o doce da abóbora, criando uma deliciosa experiência gastronômica.

Para a massa da pizza, assim como a do pão, a pizzaria usa uma masseira. Mas os demais processos são todos manuais e feitos na hora.

Além disso, apenas a farinha é importada da Itália. Os outros ingredientes são adquiridos na feirinha orgânica da cidade, ou outros estabelecimentos no RS. Para os pães produzidos pela padaria, a farinha utilizada é orgânica e vem do Paraná. Para as pizzas, as características necessárias para o melhor sabor não tem a certificação orgânica, mas segue o mesmo padrão de qualidade, sendo consumida no mundo todo.

Em fase de adaptação e testes com o tempo de produ-

ção e a demanda dos clientes, a pizzaria ainda não tem um sistema de tele-entrega, mas quem quiser fazer o pedido para levar, as pizzas são entregues em caixas.

Um pouco da história Faz dez anos que Ely se formou em gastronomia italiana clássica pela Universidade

de Caxias do Sul (UCS), em parceria com o ICIF, um Instituto Formativo Italiano. Com o diploma na mão, ele e a esposa, Giulia, viajaram até o Ceará onde Ely trabalhou por um tempo em uma pizzaria italiana em que as pizzas eram feitas em forno à lenha.

Desde então a ideia de abrirem a própria pizzaria foi criando esboços na cabeça dos dois, que decidiram co-

meçar com a padaria.

Nos últimos meses, no entanto, começaram a juntar a ideia inicial com a empresa já existente, adotando os mesmo princípios de qualidade, a mesma fermentação e o mesmo pensamento. Mas dessa vez, ao lado deles está o irmão de Ely, Marcos Ely, 33, e o irmão de Giulia, Mateus Fhur, 32. Ao todo, seis pessoas atendem no local.

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Dicas e receitas com chia

SAÚDE

A chia na mesa É

cada vez mais comum perceber que as sementes de chia estão entrando na alimentação cotidiana das pessoas. Elas estão nos biscoitos, nas bebidas e acompanhando as saladas. Mas você sabe quais são os benefícios de ingeri-las? A nutricionista Eveline Bald conta para a gente.

A chia é uma sementinha de cor escura e formato oval originária do sul do México e norte da Guatemala. Ela pode ser consumida na forma de semente ou óleo e é utilizada em muitas receitas, como fonte de fibras e gorduras monoinsaturadas, além de ser substituta em produtos e preparações que contenham óleo, tanto para pessoas intolerantes, como veganos.

Segundo a nutricionista, em 25g de semente, é encontrado 130kcal, 11g de carboidratos, 3,9g de proteínas, 7,7g de gorduras totais, 9,4g de fibra alimentar, 1,4 gde ácido graxo linoléico e 158mg de Cálcio.

E este é o consumo ideal por dia.

Devido a seu excelente teor de fibras, esse consumo diário pode contribuir com a regulação intestinal e auxiliar na redução do colesterol, mas como complementar a hábitos alimentares saudáveis. “Por enquanto, ela pode ser

inserida na alimentação normal como uma boa fonte de fibras alimentares e gorduras insaturadas, mas não há consenso para afirmar que auxilie na perda de peso, no tratamento e na redução do risco de doenças crônico-degenerativas”, explica Eveline.

Ela ainda ressalta que estudos demonstraram que a ingestão da semente auxilia na prevenção de dislipidemia e

resistência à insulina, redução no teor de ácidos graxos saturados e inibição do crescimento e metástase de tumores, além de contribuir com a redução da adiposidade visceral, e possível redução do peso corporal.

Em relação ao formato ingerido, Eveline ressalta que a semente de chia inteira terá benefício maior a nível intestinal e formação do bolo fecal (fezes) e na saciedade. Já a chia moída ou farinha terá o mesmo efeito com as gorduras monoinsaturadas e auxílio

na regulação de Ômega 3 e Ômega 6, consideradas gorduras “boas”. Trazendo, assim, benefícios a nível de gorduras sanguíneas.

Eveline explica que a chia pode ser utilizada em diferentes receitas para ser introduzida na alimentação. Entre elas, as de bolos e cremes, panquecas, pão de queijo, biscoitos, saladas, também frutas e iogurtes, agregando benefícios a estes alimentos.

“Indico bastante o Overnight Oats, que traz excelentes benefícios no nível de saciedade, auxiliando no processo de emagrecimento ou reeducação alimentar e redução da gordura abdominal”, observa.

A dica é preparar na noite anterior a mistura de iogurte natural (preferência por versões sem açúcar e de acordo com o objetivo, com pouca gordura ou versões normais) ou leite de soja, leites vegetais e leite de coco, acrescentar duas colheres de chia e misturar.

Se necessário pode incluir açúcar de coco, mascavo ou ainda um pouco de mel ou frutas maduras picadas.

“Para a linha fit indico um pouco de whey com o iogurte e a chia, fica uma delícia, rico em proteínas e excelente para um lanche”. Outra dica da nutricionista é colocar em pote de vidro com tampa.

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RODRIGO HORN

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