Gastrô - 22 e 23 de junho de 2019

FIM DE SEMANA, 22 E 23 DE JUNHO DE 2019 CADERNO DO JORNAL A HORA NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Mesa farta Diminuição das temperaturas é um convite à boa gastronomia.

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EDITORIAL

Festa junina e inverno Já faz um tempo que a chegada do inverno não significa necessariamente a chegada do frio absoluto. De qualquer forma, para quem vive por aqui e está acostumado a temperaturas que beiram os 40ºC, ter um dia de temperaturas perto dos 20ºC já é alguma coisa.

Por isso, um dos temas dessa edição é o café colonial servido em Lajeado. Quem queria um bom motivo para visitar o Parque Histórico tem as desculpas mais deliciosas para ir até o local nos fins de semana.

Administrado pelo Centro de Cultura Alemã, o café é servido pela Confeitaria da Tânia. Uma boa sugestão de lazer e gastronomia no Vale!

E quando o inverno chega é também a época da Festa Junina. Por isso, a pipoca ganha espaço nessa edição. O petisco mais famoso do mundo tem até delivery em Lajeado. E estamos falando de dezenas de sabores.

Todos os detalhes, nas próximas páginas.

Falando em comidas conhecidas, essa edição também tem uma página dedicada a bolos e tortas.

Para isso, entrevistamos um chef do Pará que decidiu morar em Lajeado e está fazendo bonito na confeitaria. Daqueles bolos de embelezar o Insta e matar a vontade de um doce caprichado.

O espaço Minha Dica de hoje também vai servir bem aos formigões de plantão. A estudante Nicole da Rosa, moradora de Boqueirão do Leão, ensina a preparar fatias húngaras, um tipo de pão doce que combina muito bem com um café passado nesses dias mais fresquinhos.

Na coluna Vamos Falar de Cerveja, o sommelier André Pereira fala sobre a origem do nome da bebida mais famosa do Vale.

Também ensina como pedir cerveja e brindar nos principais idiomas.

MINHA DICA INGREDIENTES • 2 tabletes de fermento para pão • 5 colheres (sopa) de açúcar • 2 xícaras (chá) de leite morno • 3 ovos • 1 colher (sopa) de margarina • 1/4 xícara (chá) de óleo • 1 kg de farinha de trigo

Fatias húngaras da Nicole

MODO DE PREPARO • Misture o fermento, o açúcar e o leite morno. Depois, os ovos, a margarina e o óleo.

Por fim, acrescente a farinha de trigo e misture até que a massa desgrude das mãos.

Deixe descansar por 30 minutos.

Nicole da Rosa

A

relação da estudante Nicole da Rosa, 17, com a culinária começou cedo. Criança, já gostava de estar atenta aos preparos gastronômicos.

“Desde os pequenos cortes de cebola até grandes invenções, sempre gostei de estar presente na cozinha com minha mãe prestando atenção nas coisas que ela fazia”. Ainda hoje, essa parceria entre mãe e filha rende ótimos pratos.

Documentários onlines e na televisão ajudam a moça a ampliar seu conhecimento. A cultura de diferentes lugares do mundo, especialmente países orientais, é um de seus principais interesses. Pratos de origem tailandesa e indiana, à base de peixes e especiarias, já constam em seu histórico de feitos.

Porém, no dia a dia seu repertório é focado na tradição local. “O que pratico no meu cotidiano é a comida italiana e a da nossa terra.”

Filha de agricultores e estudante no turno da tarde, é a responsável pelo almoço da família, todos os dias.

“Meus pais trabalham na roça, e o mínimo que eu posso fazer por eles é preparar sempre uma boa re-

• Em quanto isso, faça o recheio. Misture todos os ingredientes do recheio até virar um creme.

• Abra metade da massa com um rolo de macarrão. Coloque a metade do recheio, espalhe bem e enrole a massa como rocambole.

feição”, constata.

Entre família e amigos, a recepção é sempre boa. E é um público que gosta de ser surpreendido, embora os pratos mais elogiados sejam os mais caseiros, como lasanha, maionese e galinhada. Todos muito bem temperados, como lembra a menina. “Já para a sobremesa, preferem um pudim, um rocambole ou até mesmo um pavê de Oreo”, completa.

Para o futuro, a moradora de Boqueirão do Leão já pensou em seguir profissionalmente na Gastronomia, mas não tem certeza de que esse é o melhor caminho. Porém, tem o forte desejo de ter a própria confeitaria uma dia.

Ir para a cozinha, no caso de Nicole, é uma maneira de se superar em todos os aspectos.

“Para mim, estar ali, em volta das panelas fazendo

• Corte as fatias, coloque-as em formas untadas e leve ao forno por aproximadamente 25 minutos, ou até dourar. Se quiser, regue o doce com leite condensado e coco ralado.

algo que eu gosto, me desafiando – quando dizem que algo é impossível e dizem não vou conseguir, é aí que eu vou e demostro que sou capaz de fazer coisas até melhores do que a expectativa”, resume.

Boa leitura e bom apetite!

e-mail para contato: gastro@jornalahora.inf.br

Produção Gesiele Lordes

Diagramação Fábio Costa

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FESTA JUNINA

Delivery de pipoca, uai!

Q

uem pensa que o sal e o caramelo são as únicas opções para temperar pipoca está atrasado, pois do grão de milho estourado surgiu um imenso leque de sabores e composições. E nem precisamos ir para as grandes redes de cinema, por exemplo, para ter uma amostra disso.

Em Lajeado, a professora Fabiana Cristina Winter Eifler decidiu investir na iguaria. Tudo começou há cerca de dois anos. Para a festa de aniversário da filha, cujo tema era sereia, ela preparou saquinhos de pipocas coloridas como lembrancinhas.

O que sobrou, acabou ado-

O casal Fabiana e Carlos comanda a Sabores da Dinda

çando a rotina da família durante quase 20 dias. Foi quando ela percebeu que, se a pipoca durava tanto tempo sem murchar, poderia também ser comercializada.

Começou a levar para as colegas de trabalho, que aprovaram, e passou a oferecer como lembrancinhas.

Depois, se tornou expositora nas feiras de arte da cidade e região. Percebeu que o público levava sempre o chimarrão, e a pipoca seria uma boa opção de acompanhamento. Além disso, seu marido, Carlos Antonio Eifler, já era expositor, pois também faz artesanato em madeira.

A ideia vingou. Hoje, seu cardápio já conta com 20 sabores de pipoca caramelizada, sendo que 8 são banhados em chocolate. O campeão de vendas é o de leite Ninho. Depois, os clássicos entre os doces, como chocolate meio amargo, prestígio, napolitano, beijinho (leite Ninho com coco).

Outros destaques são a de chocolate com canela e a caramelizada com açúcar mascavo, que tem um apelo mais natural.

Além do grão nacional, que quando estoura fica mais aberto (conhecido como butterfly), o casal usa bastante um grão importado dos EUA, a pipoca cogumelo, de aspecto mais fechadinho quando estourado. A cogumelo também é mais macia, solta menos casquinhas e tem bem menos grãos que não estouram.

A coloração é feita com corante em pó – o mesmo usado em algodão doce – ou em gel, usado em chocolate.

Além de exporem em eventos como o Arte na Praça e o Arte na Escadaria, os Eifler já contam com um terceiro que revende em Lajeado. A embalagem padrão tem 140 ou 150g, dependendo do sabor, e custa de R$ 4 a R$ 8.

O amendoim também consta no rol de delícias.

Além do tradicional com açúcar, há a opção com chocolate e uma com leite Ninho, além do amendoim

apenas com sal e a versão in natura, sem tempero. Os japoneses, salgados, são bastante pedidos. Com sete sabores, como pimenta e limão e salsa e cebolinha, o mais vendido é o de shoyo.

Nesse caso, a embalagem com 150g custa R$ 7.

Uma das novidades é o mix de sementes e frutas

secas, além de nozes caramelizadas, salgada ou in natura. Pedidos podem ser solicitados pelo Facebook ou Instagram, pelo perfil Sobres da Dinda – Pipoca Gourmet. Pedidos a partir de três pacotes têm entrega grátis. A Dinda faz entrega em Lajeado, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio e Estrela.

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PLANTÃO FORMIGÃO

Para satisfazer os olhos e o paladar

O

s bolos confeccionados pelo chef Pedro Melo são verdadeiras obras de arte. Uma rápida espiada pelo perfil do profissional no Instagram deixa qualquer amante de doces e tortas com água na boca. Natural do Pará, ele se formou em Gastronomia na Unievangélica, em Anápolis (Goiás). Logo em seguida, se mudou para Lajeado, onde reside há três anos. Foi aqui também que começou a colocar a mão na massa.

Diante da dificuldade em

conseguir emprego na sua área, se tornou atendente em uma farmácia. O desejo de trabalhar com confeitaria, porém, nunca o abandonou.

Por isso, a produção de doces e bolos por encomenda é uma atividade paralela que ruma para se tornar a principal ocupação do rapaz.

Acostumado com as frutas amazônicas, como cupuaçu e açaí, no começo estranhou o gosto do gaúcho pelo extremamente doce.

Diferenças culturais superadas, oferece um cardápio que enche os olhos dos nativos dos Pampas.

Sabores que levam Nutella e leite Ninho são os mais pedidos. Entre as tortas, todas tem três camadas de recheio. Os sabores são diversos, desde os mais tradicionais, como Ferrero Rocher, Ninho com Morango e Brownie, até alguns menos comuns, como limão siciliano com pistache, estrogonofe de nozes e mousse de maracujá trufado.

Os valores partem de R$ 100 e variam de acordo com o sabor e tipo de decoração (pode ser de frutas, doces, placas de chocolate ou flores naturais). O tamanho

mínimo é de 15 centímetros de diâmetro, com 10 fatias, e o máximo, de 25 centímetros e 40 fatias.

Tortas com andares exigem orçamento especial.

Os bolos caseiros também fazem sucesso, ao estilo ‘vulcão’ – redondo, com furo no meio e muita, muita cobertura.

O campeão de vendas é o de cenoura com cobertura de brigadeiro trufado. Na mesma modalidade, é possível escolher a nega maluca (massa de cacau, com

cobertura de brigadeiro) e o choconinho (massa de cacau com brigadeiro de Ninho). Servem cerca de 10 fatias, ao preço de R$ 40.

Os brigadeiros (churros, brûllé, amêndoas, morango crocante, entre outros) são vendidos por cento, e custam de R$ 1,20 a R$ 2,25 a unidade. Como nem só de doce se vive, o chef também tem algumas opções de salgados.

Os quiches, por exemplo, podem ser vegetariano; de frango com palmito; bacon e queijo parmesão; barriga de porco, frango desfiado, milho e queijo colonial.

Todos os sabores custam R$ 70 e servem até 10 pessoas. Já as tortas frias partem de R$ 35, nos sabores frango cremoso, frios ou atum.

Encomendas devem ser retiradas no bairro Universitário. Pedidos devem ser pelas redes sociais, no perfil Pedro Melo Bolos e Doces Gourmet.

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Ă GUA NA BOCA

VAMOS FALAR DE CERVEJA

PÊ de moça

Curiosidades cervejeiras I INGREDIENTES

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A

cerveja sempre deve ser uma bebida fermentada Ă base de malte de cereais. Ao redor do mundo, o nome da cerveja pode ser dividido em quatro grupos linguĂ­sticos: ŕ¸&#x20AC; (amargo ou Ăłleo); - Beer, Bier, biĂŠre, Birra, Beereh, Bir, Biier, Bira, Beera: podem vir do latim â&#x20AC;&#x153;bibereâ&#x20AC;? ou do alemĂŁo antigo Beuwo, que significa cevada.

- Cerveja, Cervesa, Cerveza, Sirbisi:

vem de cerevisia, palavra do latim usado em referĂŞncia a Ceres, deusa das colheitas e dos cereais.

- Pivo, Piwo, Pi Jiu: derivam de uma antiga palavra eslava, piwwo (cevada) Para que vocĂŞ nunca fique sem sua preciosa cerveja, quando viajar, leve junto o dicionĂĄrio de como pedir cerveja educadamente em 21 idiomas diferentes. Em alguns casos, o correspondente ao nosso â&#x20AC;&#x153;saĂşdeâ&#x20AC;? tambĂŠm virĂĄ a calhar:

(idioma falado na BĂŠlgica, junto com os

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CAFĂ&#x2030; COLONIAL

Mesa farta e calor humano Ă&#x2030;

verdade que o frio ainda nĂŁo chegou com a intensidade que se espera para essa ĂŠpoca, mas para quem gosta de comer bem, bastam algumas casas a menos no termĂ´metro para rechear a geladeira e armĂĄrios. E se ĂŠ para desfrutar de uma mesa farta, que sejam com delĂ­cias coloniais.

Em Lajeado, uma opção bacana para ir em famĂ­lia ĂŠ o cafĂŠ do Parque HistĂłrico Municipal â&#x20AC;&#x201C; ou, usando o nome oficial, CafĂŠ Colonial Kaffee Haus Troller. Com capacidade para 150 pessoas,

o salĂŁo abre ao pĂşblico nos fins de semana.

Nos såbados, o horårio de atendimento Ê das 16h às 21h, e no domingo, das 12h às 17h. O valor Ê de R$ 38 por pessoa, sendo que crianças atÊ 5 anos não pagam, e aquelas de 6 a 10 pagam R$ 15. A administração e organização da atração ficam por conta do Centro de Cultura Alemã de Lajeado. Os comes são fornecidos pela Confeitaria da Tânia, do bairro São Bento.

Quem quiser ir para o almoço, estarå bem servido de opçþes salgadas. O cardå-

pio inclui queijo mussarela, queijo colonial, presunto, salame, torresmo, salsicha bock, morcilha, linguiça cozida, mini cachorro quente, pão, pão de milho, pão integral, pão de aipim, pão de queijo, rosca, requeijão, omelete com linguiça, mini pizza, canudinho de rês, enroladinho de salsicha, bolinha de queijo, pastel de massa caseira, rissoles de brócolis, risoles de milho, prensado de frios, pastel de forno de calabresa e empadão de frango.

Para acompanhar, nata, melado, mel, schmier colonial e geleia de fruta. TambÊm Ê possível degustar mini croissant de chocolate, uma grande variedade de cucas e bolos, docinhos variados, entre eles: negrinho, beijinho, quindim, trufa de morango, ninho recheado, alÊm de Yeguer de abacaxi e calça virada.

Para sobremesa, pudim, tortinha de coco, torta de bolacha, mousse de maracujĂĄ, sagu, creme, doce de abĂłbora e tortas. Para beber, cafĂŠ, leite e chĂĄ fazem parte do bufĂŞ. Ă&#x20AC; parte, ĂŠ possĂ­vel pedir ainda refrigerante, ĂĄgua, suco, cerveja e vinho colonial tinto seco.

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