Sexta-feira, 20 de maio de 2016
1430 TAMMY MORAES
Posse de Fernandez ocorreu nessa quarta-feira, na cidade natal do escritor
Academia literária nomeia novo integrante Claiton Fernandez tomou posse em cerimônia com presença de autoridades Arroio do Meio
A
cadeira 29 da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) foi ocupada solenemente pelo escritor e colunista do Jornal A Hora Claiton Fernandez. A cidade natal de Fernandez foi escolhida para a realização da posse oficial que reuniu autoridades e familiares do autor. Fernandez classifiou a nomeação como momento histórico.
“Por estar em minha terra natal, junto de meus familiares, amigos, professores, autoridades e acadêmicos, fui tomado de emoção para o juramento.” De acordo com ele, após 43 anos, a volta à cidade onde nasceu foi repleta de significados. O escritor afirma que elabora o lançamento de outros livros com inclinação à gestão, liderança e inovação. Fernandez afirma que a entidade é importante para incen-
tivar escritores regionais e até nacionais. “A Alivat realizou concursos no âmbito nacional, portanto, tem projeção em nível de Brasil.” Para o autor, a escrita é um ato de transformação de si mesmo e dos leitores. “Os caminhos de quem escreve são floridos.” Como exemplo, ele cita a frase de Raul Seixas. “Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo.”
Padre homenageado Claiton Fernandez escolheu como patrono o padre Miguel Wagner, morto há cinco anos. Para representá-lo, os sobrinhos marcaram presença na solenidade. A professora Salete Wagner, irmã do padre Miguel, lembra que eles foram colegas de seminário em Arroio do Meio. “Era um cara muito alegre e posito. Gostava de escrever, passear e contar piadas.” Conta que o padre Miguel chegou a passar alguns meses na
Alemanha observando as comunidades paroquiais daquele país. Depois morou no Mato Grosso, onde ficou um ano lidando com povos mais carentes. Lembra com carinho do tio, que conheceu Claiton no seminário, em Arroio do Meio. Salete conta que foi convidada para a solenidade e não tinha noção do que se tratava, mas se emocionou. “Este foi um momento ímpar em que pude representar meu tio. É uma maneira de torná-lo imortal.”