AH - Principal |27 de dezembro de 2016

Lajeado, terça-feira, 27 de dezembro de 2016 Ano 14 - Nº 1748 Avulso: R$ 2,00 Fundado em julho de 2002 Fechamento da edição: 21h ANDERSON LOPES

DESCASO AMBIENTAL

COFRE DO RS

MP evita prejuízo de R$ 51 mi Promotor de Justiça de Lajeado, Carlos Fiorioli atuou contra advogados da extinta Coopave, que cobravam R$ 51 milhões em honorários referentes a processo contra Página 13 o BRDE.

Engenho: um esgoto disfarçado de arroio

A

mortandade de peixes no Arroio Engenho dá uma amostra da falta de saneamento básico em Lajeado. Conforme moradores, fato foi percebido na sexta-feira, na

lagoa do parque. Faz quatro meses que a bomba instalada para oxigenar a água estragou.

Especialistas advertem para a necessidade de tratar efluentes domésticos.

Editorial, 4 e 5

Balneários guardam belezas e riscos RODRIGO MARTINI

VERÃO: o encontro do Rio Forqueta com o Taquari, na divisa de Arroio do Meio e Lajeado, é considerado pelo Corpo de Bombeiros um dos pontos mais perigosos da região Páginas 10 e 11

TEMPO NO VALE Terça-feira no Vale: possibilidade de chuva localizada Mínima: 21°C - Máxima: 32°C FONTE: CIH/UNIVATES

CCS DE LAJEADO

VALE DO TAQUARI

Legislativo avalia extinção de cargos Antecipação gera R$ 4 mi O prefeito Luís Fernando Schmidt (PT) encaminhou, a pedido do eleito, Marcelo Caumo (PP), projeto para extinguir 30% dos cargos de confiança e 20%

das secretarias municipais. Proposta também cria novas funções de coordenadorias e dirigência na repartição pública do Executivo.

Página 6

Última semana para quitar imposto com desconto.

Página 12

Opinião

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br COMERCIAL Av. Benjamin Constant, 1034/201 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br Fone: 51 3710-4209 ASSINATURAS assinaturas@jornalahora.inf.br Fone: 51 3710-4228 entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Tiragem média por edição: 6.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS

MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,27

3,27

Dólar Turismo

3,25

3,42

Euro

3,42

3,42

Libra

1,22

1,22

Peso Argentino

15,5

15,6

Yen Jap.

1,17

1,17

Retrato mortal do Engenho

O

Arroio Engenho é um símbolo trágico de Lajeado. A mortandade de peixes, flagrada durante o fim de semana, é mais um capítulo que expõe o descaso com o afluente do Rio Taquari. Um esgoto disfarçado de arroio, como bem resume a manchete do A Hora de hoje.

Não faltam, ao longo das últimas décadas, alertas sobre a necessidade urgente de estancar a poluição do arroio. Em novembro de 2010, quando o jornal A Hora apresentou nova identidade visual, reportagem especial mostrou os índices de poluição e a morte da vida aquática, fruto do descarte suicida de esgoto doméstico. E cobrava soluções.

Os anos passam e a realidade muda. Para pior. Lajeado recebe cerca de mil novos habitantes por ano. Apresenta rápido crescimento urbano, mas sente cada vez mais as consequências da falta de planejamento sustentável, do Plano Diretor desatualizado e apenas remendado e da frouxidão no cumprimento das leis de regulam

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

Na rede ÍNDICE

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE)

10/16

0,37

5,74

IGP-DI (FGV)

10/16

0,13

6,22

IGP-M (FGV)

10/16

0,16

6,65

INPC (IBGE)

10/16

0,17

6,36

INCC

10/16

0,17

5,78

IPC-A (IBGE)

10/16

0,26

5,97

Fosse cuidada como merece ser, a água do arroio não precisava de oxigênio adicional para dar vida aos peixes. A tragédia ambiental testemunhada num dos principais arroios da cidade é o retrato da irresponsabilidade e da omissão social.”

o esgotamento sanitário.

O Arroio Engenho não é, infelizmente, o único arroio comprometido pela irresponsabilidade da sociedade. Mas ele representa, com eficácia e clareza, o impacto da omissão do poder público e da conivência dos cidadãos.

A Corsan, responsável por abastecer a cidade, tem a obrigação contratual de investir na instalação de rede coletora de esgoto. A exigência está documentada no contrato firmado entre Executivo e Corsan, renovado pela então prefeita Carmem Regina, que concedeu o serviço à companhia por mais 25 anos.

Os investimentos e obras de instalação da rede de esgoto, no entanto, avançam a passos lentos. Desde a renovação do contrato, em 2012, até agora, foram poucos quilômetros de rede construída. Para piorar, em muitos locais, sequer funciona.

O poder público municipal pouco se manifesta. Responsável por fiscalizar e cobrar o andamento das obras, faz vistas gros-

Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.

Erramos Opinião

A HORA · FIM DE SEMANA, 24 E 25 DE DEZEMBRO DE 2016

Comentário sobre a coluna de Adair Weiss, publicada nesse fim de semana

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

12/16

0,1849

2,0125

CDI (Mensal)

11/16

1,0368

12,7333

Prime Rate

12/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

12/16

0.50

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1131,9 cotação do dia 26/12/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

5863

1,21

Dow Jones (EUA)

1993

0,07

S&P 500 (EUA)

2263

0,13

Nasdaq (EUA)

5462

0,28

DAX 30 (ALE)

1144

-0,05

Merval (EUA)

1635

-1,96

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD53.02 em 27/12/2016

Elas arguem que na primeira metade do século IV a igreja substituiu a celebração pagã Dies natalis Solis invicti (o deus persa/hinduísta/greco-romano ) por uma memória cristã do solstício de inverno (21-22 de dezembro). E, portanto, não seria uma data histórica, mas uma cristianização de uma festa pagã. Essa posição é de molde a gerar confusão e se a pessoa assim quiser não haverá estudo que a demova. A religião é fundamental para os humanos.

Jarbas Senbler

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Adair Weiss adairweiss@jornalahora.inf.br

FOTOS DIVULGAÇÃO

Como não somos Einstein, precisamos de mais tempo para ver que a tecnologia ultrapassou a humanidade; Estamos cada vez menos humanos e é nestas datas que isto se sobressai, finalmente notamos que o comércio não tem nada a ver com o Natal, desenvolvamos nossa espiritualidade. Não que tenha importância, mas o Natal católico é celebrado no dia 25 de dezembro, mas há vozes, não raramente protestantes, falsamente ecumênicas ou anticristãs, que questionam a historicidade dessa data.

sas, como na maioria das vezes.

A sociedade, idem. Uma soma de negligência e procrastinação que faz arroios e rio agonizarem.

A morte dos peixes flagrada no Engenho é fruto de um problema na bomba que injeta oxigênio na água. Ou seja, com a água poluída num grau insustentável, peixes e animais aquáticos só sobrevivem – nem vivem – mediante uma injeção de oxigênio. Um paradoxo social e ambiental que merece uma reflexão maior.

O problema não está – nem poderia estar – na bomba que parou de funcionar. Está na necessidade de ela existir. Fosse cuidada como merece ser, a água do arroio não precisava de oxigênio adicional para dar vida aos peixes. A tragédia ambiental testemunhada num dos principais arroios da cidade é o retrato da irresponsabilidade e da omissão social. E o pior, não está no plano do novo governo uma proposta clara e consistente para iniciar um processo de recuperar o Engenho.

“Natal é uma farsa”

A

s crianças esperam presentes, os adultos trocam mensagens de carinho, os negócios fluem mais do que no restante do ano e o peru é o rei do banquete. Definição simples, mas pontual aos olhos de quem presta atenção nos detalhes e na utilidade capitalista desta data.

A frase “Natal é uma farsa” ganhou as redes sociais depois que o Papa Francisco, em homilia no Vaticano, disse que as festividades de Natal soam falsas em um mundo que escolheu a guerra e o ódio. “Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, (…) mas tudo é falso. O mundo continua em guerra, fazendo guerras, não compreendeu o caminho da paz”, lamentou o papa no domingo, dia 19, quando instalado um grande pinheiro natalino na Praça São Pedro.

Talvez o polêmico e sensato padre Francisco esteja incomodado com algo mais. Sua sabedoria e simplicidade não permitem espaço para a hipocrisia e dissimulação de seus antecessores complacentes com a corrupção do Vaticano, desigualdades e injustiças mundiais, nem com as mentiras sustentadas por uma igreja conservadora e desatualizada. Francisco está, literalmente, colocando as coisas no seu devido lugar. Sou fã desse papa!

Se adentrarmos na história, nossa compreensão se amplia e fica mais evidente a sacanagem do negócio, chamado Natal.

Em primeiro ponto, Jesus Cristo não nasceu

Não basta sensibilidade no coração apenas no Natal. Aliás, existem dúvidas sobre do que mais padece a sociedade: hipocrisia ou ignorância?

em dezembro. A história prova que seu nascimento foi entre setembro e outubro, cuja referência está no próprio Novo Testamento, quando fala em “pastores cuidando de suas ovelhas no campo”. Sabe-se que em dezembro é inverno rigoroso e não há, nunca teve pastores no campo nessa época do ano, em Jerusalém. Um contraste meio óbvio. Mas isso deixamos para os estudiosos da história.

Fato é que o Natal é uma estratégia comercial, a qual as igrejas aderiram convenien-

temente. Originalmente, a data era destinada a celebrar o nascimento do Deus Sol, mas foi ressignificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano. Então se passou a comemorar o nascimento de Jesus nazareno nesse dia.

A troca de presentes e todo enredo festivo natalino envolvem um considerado aumento da atividade econômica entre cristãos ou não.

Tornou-se uma festa impactante para a economia de quase todo planeta.

Quando o Papa Francisco propaga fala tão crítica sobre o Natal é natural que hajam reações. O detalhe não é a frase propriamente dita, mas o que está por detrás dela. Francisco busca sensibilizar o indivíduo para ser menos egocêntrico e prestar mais atenção nos reais valores da essência humana.

Longe ou perto das guerras, pouco importa.

Um simples gesto pode ter alcance fundamental na vida de quem não tem a mesma oportunidade. E, ao comprar o peru para a ceia do banquete, talvez lembrar de alguém e ter a capacidade de transformar essa lembrança em uma ação concreta seja o recado do papa para um verdadeiro espírito fraterno, seja em dezembro ou qualquer outro dia.

Não basta sensibilidade no coração apenas no Natal. Aliás, existem dúvidas sobre do que padece mais a sociedade: hipocrisia ou ignorância?

Um bom domingo a “todos”!

A teta secou.

Mas a sangria quer seguir Tenho acompanhado expressões e opiniões adversas sobre o pacote do governador Sartori. Respeito todas, mas prefiro a minha.

Não há mais espaço para as aberrações gaúchas. Mais de 70% gasto em folha. R$ 37 milhões gastos por ano com sindicalistas, um custo médio de R$ 9 mil para cada um dos 317 funcionários. Só o zoológico custa R$ 6 milhões anuais aos cofres do Estado. Isso parece pouco? Multiplique por dez ou 20 anos para ver quanto dá!

Na soma com os demais cortes previstos, o governo estima economizar R$ 6 bilhões em quatro anos. Imagine o que poderia ser feito com essa cifra. E ainda tem gente afirmando ser pouca a economia.

A desinformação e “gritaria” promovida por quem não quer perder as vantagens se sobressaem. Via de regra têm mais tempo para “vender manchetes” venenosas para a sociedade. E, como no RS sempre existe a lamentável disputa entre o contra e a favor, a oposição se une ao coro das lamentações e insufla a sociedade contra qualquer medida mais austera.

Eta gaúcho inteligente. Gasta 71% em funcionalismo e aplaude deputado defendo o continuísmo!

Diferentemente do publicado no editorial “Comemoração, mas sem euforia”, publicado nesse fim de semana, na verdade a obra de duplicação da BR-386 foi interrompida em janeiro de 2016 e não 2010.

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

SÍMBOLO DA POLUIÇÃO FOTOS ANDERSON LOPES

MORTANDADE: forte calor, aliado à falta de uma bomba para oxigenar a água, asfixiou os peixes. Moradores próximos ao Parque do Engenho visualizaram os animais mortos desde sexta-feira

Morte de peixes espelha descaso com o Engenho Um dos pontos turísticos da cidade, o Parque do Engenho sofre as consequências do descaso com o arroio que dá nome ao local.

Lajeado

O

eletricista Rodrigo Amann, 32, se preparava para caminhar ao redor da lagoa que embeleza o Parque do Engenho quando sentiu o mau cheiro que exalava no local. Desde sexta-feira, peixes mortos aparecem no leito do lago devido à falta de oxigênio na água.

Segundo Amann, os animais

Estamos comprometendo o bem mais importante de todos, que é a água Gilberto Soares Viva o Taquari Vivo

estavam espalhados por toda a extensão do lago. “Eram peixes de diferentes tamanhos e espécies, inclusive alguns pintados bem grandes”, lembra. Morador das proximidades, Amann contatou a administração municipal para relatar o fato.

A explicação dada pelo poder público é de que as mortes foram decorrência da ausência de uma máquina responsável por fazer a água circular no local, renovando

assim as reservas de oxigênio. Faz quatro meses que esse equipamento está estragado.

De acordo com o eletricista, antes da instalação da bomba, o oxigênio para o peixes era assegurado por meio de uma mangueira que depositava água limpa no lago. “Se querem ter um cativeiro para os bichos, é preciso cuidar, não pode deixar morrer”, critica.

Conforme a bióloga Diana Kunzel, o calor dos últimos dias foi

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Reportagem: Thiago Maurique

Arroio ostenta altos índices de poluição O Engenho nasce no bairro Olarias, passa pelo Olarias, Montanha, São Cristóvão, Americano e Centro antes de desembocar no Rio Taquari.

Uma pequena parte do manancial é canalizada, tornando-se um esgoto com alto potencial poluente.

ma que o Arroio Engenho é uma das principais preocupações dos voluntários da ONG. Para ele, o desleixo com os rios não parte apenas do poder público, mas de toda a sociedade.

“Estamos comprometendo o bem mais importante de todos, que é a água”, afirma. Segundo Soares, o Engenho morreu faz muito tempo e o que sobrou dele se resume a um grande esgoto.

Afirma que as cenas vistas em Lajeado são comuns em grandes cidades. Cita como exemplo rios como o Tietê, em São Paulo, e o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre.

“Três dos dez rios mais poluídos do país estão no RS”, alerta.

Para o coordenador da ONG, a população precisa compreender que a água é a principal matéria-prima para a produção de alimentos que caracteriza a economia da região.

ambiental e histórica. Lembra que o parque era um ponto de encontro tradicional de Lajeado e foi o local onde a cidade começou a ser construída.

De acordo com Diana, boa parte dos problemas do curso d’água é causada pela falta de esgotamento sanitário residencial.

Lembra que a Corsan e os municípios fazem poucos investimentos no setor. O índice de residências com tratamento de esgoto em Lajeado é de menos de 1%.

“Estamos matando todos os nossos arroios e pouco se faz para resolver. No caso do Engenho, essa água desemboca no Rio Taquari”, alerta.

Voluntários contra o desleixo Coordenador do Projeto Viva o Taquari Vivo, Gilberto Soares afir-

Poluição coberta Segundo a bióloga, os problemas com a poluição fazem parte da história do manancial. Lem-

HISTÓRIA DE LAJEADO

Lago no parque exala mau cheiro. Água tem altos índices de poluição

bra que nos anos 70 foram iniciadas as obras de canalização e cobertura do arroio devido ao mau cheiro. “Não tratamos a causa,

apenas escondemos o problema.”

Para ela, o Arroio Engenho deveria ser despoluído e recuperado devido à sua importância

A edição do A Hora de 13 de novembro de 2010 alertava para a situação do Arroio Engenho. Para historiadores, o Engenho foi responsável pelo início do desenvolvimento do município. Era dele que partia a energia para o funcionamento dos primeiros moinhos. O mais famoso encontrava-se no Parque do Engenho e pertencia a Antônio Fialho de Vargas.

Lajeado, sexta e fim de semana, 12, 13 e 14 de novembro de 2010 Ano 8 - Nº 520

Avulso: R$ 2,25 Mensal: R$ 13,50

EMERSON FOGUINHO

um dos fatores determinantes para a mortandade. Segundo ela, esse tipo de situação ocorre mais facilmente no verão devido à redução da vazão dos mananciais e da proliferação de algas e bactérias.

De acordo com Diana, os peixes precisam de água pura para viver e qualquer alteração nos índices de oxigênio causa problemas. Segundo ela, a poluição no Arroio Engenho é resultado principalmente de dejetos domésticos e de pequenas indústrias.

VALE DO TAQUARI

Expovale começa nesta sexta-feira > Página 14 ESTIAGEM

Lavouras carecem de mais chuva

GIOVANE WEBER

> Página 18 MATO LEITÃO

Faltam cem vagas na creche municipal

GRAPPLING

NESTA EDIÇÃO

Am melhor do país é daqui

Tudo sobre o Vale do Taquari

> Caderno Esportes

> Caderno Especial

O Engenho agoniza O arroio-símbolo de Lajeado “pede água” em sua foz

E

CAROLINA LEIPNITZ

fluentes domésticos e industriais são os principais destruidores de um dos mais importantes arroios lajeadenses.

Local que há poucos anos servia para pesca e banho perdeu a função de recurso hídrico.

Administração municipal pretende canalizar toda a extensão que é de 3,8 quilômetros. O arroio destaca-se pelo valor histórico, uma vez que foi responsável pelo início do desenvolvimento da cidade.

> Página 13

Páginas 4 e 5 TEMPO NO VALE Hoje no Vale do Taquari: sol com nebulosidade.

Mínima: 10ºC - Máxima: 24ºC Fim de semana no Vale do Taquari: tempo firme com sol.

Mínima: 12ºC - Máxima: 27ºC

DESCASO: em vários pontos de sua extensão é possível sentir o mau cheiro, ver lixo, entulhos e coliformes fecais boiando na superfície

Fundaparque volta à tona após dez anos

P

rojeto que estava engavetado quer transformar os parques Professor Theobaldo Dick, do Imigrante e Histórico em fundação. O estudo compreende um Centro de Eventos que deve ser sede de entidades locais, como a Câmara de Vereadores de Lajeado, Acil e Lions Clube.

Páginas 8 e 9

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Política

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Vereadores avaliam PL sobre redução de CCs Projeto foi enviado pelo atual prefeito a pedido de Marcelo Caumo, o próximo gestor RODRIGO MARTINI

de um decreto do próximo do prefeito, de acordo com a necessidade. O modelo, segundo Caumo, é baseado na administração municipal de Caxias do Sul. Entre as novidades, também está a criação de coordenadorias.

Serão oito. Entre essas, a coordenadoria Social; a de Relações Comunitárias e Setoriais – a ser dirigida por Ítalo Reali –; de Captação de Recursos; de Execuções Fiscais; de Contratação de Serviços e Aquisição de Produtos; de Recursos Humanos; de Serviços Urbanos; e Especial de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana.

Secretarias municipais As 11 secretarias terão as seguintes denominações: Secretaria

da Fazenda; do Planejamento e Urbanismo; de Administração; de Obras e Serviços Urbanos; do Meio Ambiente; do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura; da Saúde; da Educação; da Cultura, Esporte e Lazer; da Segurança Pública e do Trabalho, Habitação e Assistência Social.

Além de Sandri, já estão confirmados os nomes de nove secretários: Vera Plein, na Educação (SED); Andréia Brizolara, na Administração (Sead); Tovar Grandi Musskopf, na Saúde; Lorival Silveira, na Assistência Social (Sthas); Luís Benoitt, no Meio Ambiente (Sema); Guilherme Cé, na Fazenda (Sefa); Paulo Locatelli, na Segurança (SSP) e Carlos Reckziegel, na Cultura e Esporte.

Sessão de hoje inicia às 17h. Vereadores votam pela segunda vez, desde 2015, mudança no quadro administrativo

Lajeado

O

s 15 parlamentares votam na sessão de hoje o projeto de lei (PL) que prevê a redução de 30% no número de cargos de confiança e de 20% nas secretarias. O atual prefeito, Luís Fernando Schmidt (PT), encaminhou a matéria na sexta-feira, após o gestor eleito, Marcelo Caumo (PP), realizar alterações no pedido original. Hoje, a lei que rege sobre o quadro administrativo é irregular, conforme a Justiça.

Além de mudar o número de Cargos Comissionados (CCs) e Funções Gratificadas (FGs), a proposta de lei altera o nome de algumas secretarias, que passam a agrupar outras pastas, extintas no PL a pedido de Caumo. Entre essas, consta a criação da Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, cujo secretário será Douglas Sandri.

De acordo com a proposta encaminhada ao Legislativo – que não sofrerá qualquer modificação no quadro de servidores –, o Executivo passa a contar com 109 CCs e FGs. Hoje, a lei municipal permite a contratação de até 159 servidores nessas duas modalidades. A matéria também prevê redução de 14 para 11 secretarias.

Com isso, o governo de Marcelo Caumo terá um limite de 120 CCs – 11 secretários e 109 servidores.

Hoje, o número é de 173. Em julho deste ano, o Tribunal de Justiça acatou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade do Ministério Público do Estado (MPE) e estabeleceu um prazo de seis meses para extinção de 131 cargos e funções.

Entre os cargos considerados

ilegais, estão os coordenadores do Departamento de Comunicação, da Ouvidoria e da Vigilância Sanitária. Além desses, a Justiça mandou extinguir os cargos de chefes da Defesa Civil, do Almoxarifado e de Fiscalização; de supervisores da Junta Militar e da Coordenadoria Municipal da Mulher, e de diretor do Departamento de Trânsito.

A partir da adequação da lei, tanto o atual como o próximo prefeito acreditam que a Justiça passará a considerar regular todos os CCs disponíveis na prefeitura. Os apontamentos em relação a essas irregularidades perduram desde a última gestão da ex-prefeita Carmen Regina Cardoso (PP).

Novas coordenadorias A escolha pelo local onde a maioria dos 84 cargos de diretores e dirigentes será alocada partirá

CARGOS E SALÁRIOS PARA 2017 Cargo

Vagas

Salário CC

Salário FG

Secretários municipais

11

R$ 10,8 mil

Lei própria

Procurador-geral

1

R$ 10,8 mil

Lei própria

Chefe de Gabinete

1

R$ 3,2 mil

R$ 1,6 mil

Assistente superior

1

R$ 10 mil

R$ 5 mil

Procurador-geral Adjunto

1

R$ 4,6 mil

R$ 2,3 mil

Coord. especial de Governo

5

R$ 8 mil

R$ 4 mil

Coord. de Governo

3

R$ 4,6 mil

R$ 2,3 mil

Diretor de Gabinete

1

R$ 2 mil

R$ 1 mil

Ouvidor-geral

1

R$ 4,6 mil

R$ 2,3 mil

Contador-geral

1

R$ 3,2 mil

R$ 1,6 mil

Diretor de Secretaria

11

R$ 4,6 mil

R$ 2,3 mil

Dirigente superior

15

R$ 4,6 mil

R$ 2,3 mil

Dirigente-executivo

31

R$ 3,2 mil

R$ 1,6 mil

Dirigente de Setor

27

R$ 2 mil

R$ 1 mil

Dirigente de Equipe

10

R$ 1,4 mil

R$ 713,60

Prefeito eleito anuncia novo secretário de Planejamento Teutônia Ricardo Wagner foi o nome escolhido pelo prefeito eleito, Jonatan Brönstrup, para comandar a Secretaria de Planejamento. Mestre em Engenharia, Wagner será responsável por uma das pastas considera-

da fundamental pela nova administração.

Brönstrup garante ter levado em conta o interesse do novo secretário em “ inovações em sistema de tecnologia e ferramentas colaborativas.” Para ele, a secretaria é fundamental para o andamento da gestão que ini-

cia em 2017. “Esta pasta será responsável pelas ações dentro de cada secretaria, avaliando a necessidade de mudanças.”

Nos fim da década 1990, Wagner foi o coordenador do plano de desenvolvimento estratégico do município, que na época ganhou o nome de Teutônia 20/20.

Ele é o sétimo secretário anunciado pelo prefeito eleito em outubro.

Também foram anunciados Valdir do Amaral na Secretaria de Obras, Viação e Transportes; Alexandre Petters, na Indústria e Comércio; Pablo Jeremias Chrestani, na Administração;

Gilson Hollmann, na Agricultura e Meio Ambiente; Paulo Brust, na Educação; Marcelo Brentano, na Cultura; e Volnei Gregorios, na Fazenda. Além disso, a procuradoria-geral do município ficará sob a responsabilidade de Gustavo Fregapani de Almeida.

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016 ANDERSON LOPES

Período pode servir para fidelizar clientes e ampliar volume de vendas

Trocas de Natal movimentam o comércio Pela lei, prática não é obrigatória Lajeado

D

ata comercial mais importante do ano, o Natal movimenta o comércio mesmo na semana posterior à comemoração. O motivo são as trocas de presente que não agradaram ou não serviram.

De acordo com o presidente da CDL, Heinz Rockenbach, os lojistas não são obrigados por lei a aceitar a troca de produtos, a menos que haja defeito. Mas afirma que a maioria das lojas faz as substituições por ser uma prática simpática ao consumidor.

Segundo ele, o momento de trocas pode servir para consolidar novos clientes e fidelizar aqueles mais antigos. “Também pode representar uma venda adicional, ou de produtos com valor mais elevado.”

Rockenbach ainda destaca outro fenômeno da época, o das pessoas que esperam passar a data festiva para negociar preços mais atrativos. “Ao invés de uma semana parada, é um momento para aproveitar esse movimento atípico.”

Para a vendedora Ana Paula Fagundes, 28, a semana serve para trocar produtos recebidos no Natal e no aniversário, comemorado no dia 24. Segundo ela, às vezes ocorre de as empresas não terem mais a mesma variedade de produtos. “Muitas vezes não encon-

tramos aquilo que queríamos.”

Conforme Ana, é normal entrar em uma loja com a intenção de apenas fazer a troca e acabar levando mais itens.

Regras distintas De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, se o produto estiver em condições, não há obrigatoriedade de troca. Como a prática é uma cortesia, cada empresa pode definir as regras, inclusive com restrições a produtos e períodos específicos.

Em caso de produtos com defeito, a empresa é obrigada a reparar o dano em até 30 dias. Se o prazo não for cumprido, o consumidor tem direito à substituição por produto igual ou similar em perfeitas condições, restituição imediata ou abatimento total do valor pago em uma nova compra.

Projeção de crescimento Conforme o presidente da CDL, as lojas registraram boa movimentação de consumidores para o Natal, em especial nos dias mais próximos à data. “Tivemos um ano desfavorável na economia, o que acabou prejudicando algumas empresas, outras apresentaram um bom crescimento.”

Segundo Rockenbach, a entidade ainda não tem os números finais sobre as vendas natalinas, mas projeta um crescimento médio de 3% a 5%.

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Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Matrículas encerram nesta sexta-feira Secretaria de Educação estima crescimento no número de inscrições para 2017 DIVULGAÇÃO

Lajeado

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

O

município encerra nesta sexta-feira as matrículas do Ensino Fundamental. O prazo é válido para estudantes novos, que tenham saído de outras redes de ensino ou precisam ser transferidos dentro da própria rede municipal.

Os pais ou responsáveis devem dirigir-se até a escola onde pretendem matricular as crianças e adolescentes. Os horários de atendimento são estipulados por cada instituição. É preciso levar o histórico escolar, atestado de vaga em caso de transferência, certidão de nascimento, e comprovante de endereço. Crianças de 4 anos precisam contar também com a carteirinha de vacinação.

Nos últimos três anos, o número de matrículas tem oscilado.

Enquanto em 2014, 4.635 alunos

– Histórico escolar – Atestado de vaga em caso de transferência – Certidão de nascimento – Comprovante de endereço – Carteirinha de vacinação (4 anos)

Aulas nas 18 escolas de Ensino Fundamental encerraram no dia 21 deste mês

foram atendidos, em 2015 passou para 4.557. Neste ano, subiu para 4.749. A expectativa da Secretaria da Educação para o próximo ano é que o volume de inscrições se mantenha ou aumente.

Isso em função da obrigatoriedade da matrícula a partir dos 4 anos, e também por Lajeado ser uma cidade polo. Caso isso ocorra,

será necessária a criação de novas turmas ou remanejo de estudantes para escolas próximas. Ainda poderá haver a necessidade de contratação de professores e funcionários.

integral. Porém, nem todos os alunos têm direito a esse benefício. É preciso que os pais ou responsáveis trabalhem durante este período e residam no zoneamento da escola. Em 2016, 690 alunos foram atendidos nessa modalidade.

Turno integral

Mais uma chance

Das 18 escolas de Ensino Fundamental, metade oferece turno

Um novo período para matrículas será aberto no dia 1º de feve-

Número de matrículas

2014 4,6 mil 2015 4,5 mil 2016 4,7 mil reiro, a fim de atender pessoas que tenham se mudado para a cidade neste período ou estejam em férias agora. As rematrículas já foram realizadas entre 7 e 18 de novembro. A previsão inicial é que as aulas iniciem em 20 de fevereiro.

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

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NEGÓCIOS

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Calor atrai banhistas.

Bombeiros alertam para os riscos Quarto afogamento no ano reforça a necessidade de cuidados nos rios e arroios da região. No fim de semana, Vanderlei César Schneider morreu no Rio Forqueta, em Travesseiro. Ele estava com os dois filhos no momento da fatalidade.

Pouco efetivo de salva-vidas e a falta de sinalização em pontos perigosos são problemas recorrentes.

Vale do Taquari

P

or volta das 21h desse sábado, em uma das primeiras noites quentes deste verão, Vanderlei César Schneider, 37, voltava de uma pescaria no Rio Forqueta com a filha na garupa e o filho em um trecho de água tranquila, em Três Saltos, Travesseiro.

Com água até o pescoço, ele conseguiu jogar a menina até uma parte mais rasa, e ela saiu do rio com auxílio do irmão. O homem se afogou.

A morte de Vanderlei, que morava em Lajeado com a mulher e o casal de filhos, aconteceu próximo à pinguela do Camping Palm Hepp, na divisa com Marques de Souza. A vítima tinha uma casa alugada em um balneário próximo, o Stackão, e naquele dia mudou o local do banho, pois visitava as terras do pai, localizadas na margem travesseirense do rio.

O pai mora a 100 metros do local do acidente. Ele, assim como amigos e conhecidos da vítima, iniciaram as buscas na mesma noite. Outros tantos auxiliaram logo no início da manhã de Natal. O Grupo de Buscas e Salvamento (GBS) de Santa Maria chegou ao local por volta das 17h de domingo. Em pouco menos de meia hora, encontrou o cadáver submerso, a 12 metros do local do afogamento. O corpo de Schneider foi encaminhado para necropsia no DML de Lajeado, e o enterro ocorreu no Cemitério Evangélico de Palmas Sul, em Arroio do Meio.

Vanderlei é a quarta vítima de afogamento em 2016, segundo informações do Corpo de Bombeiros de Lajeado. Desde a temporada do verão de 2014 e 2015, 11 pessoas morreram afogadas nos rios Taquari, Forqueta e Fão, em pontos nas cidades de Lajeado, Cruzeiro do Sul, Marques de Souza e, por fim, Travesseiro.

As constantes alterações no fundo do leito, segundo mora-

Em Lajeado, o chamado “Porto dos Bruder” é bastante frequentado. O local ARQUIVO PESSOAL

Vanderlei Schneider, 37 anos, era conhecido como “Prejuízo”

dores próximos aos pontos, são os principais causadores dos acidentes. “Em alguns períodos, há bastante buraqueira naque-

le trecho. Em outros, não. Mas normalmente é um ponto raso, tranquilo”, comenta Paulo César Ahne, amigo de Vanderlei, que acompanhou o trabalho de buscas e estava ao lado do rio quando o corpo foi retirado.

“Ele conhecia bem o rio, e estava na beira. Pelo que ouvi, ele sofreu algum mal súbito antes de jogar a filha até um ponto mais raso”, comenta Ahne, lembrando que Vanderlei era conhecido por jogar campeonatos de futebol amador pela região.

“É preciso ter cautela, sempre” Ontem, durante toda a tarde, diversos pontos dos rios Forque-

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

Reportagem e fotos : Rodrigo Martini

Afogamentos temporadas 2014/15 e 2015/16 •12 •13 •15 •25 •13 •14 •17 •31 •26 •24

de de de de de de de de de de

novembro de 2014: dois casos em pontos do Rio Taquari, em Lajeado novembro de 2014: um caso no Rio Taquari, em Cruzeiro do Sul novembro de 2014: um caso no Rio Taquari, em Cruzeiro do Sul dezembro de 2014: um caso no Rio Taquari, em Lajeado janeiro de 2015: um caso no Rio Taquari, em Lajeado março de 2015: um caso no Rio Forqueta, em Lajeado janeiro de 2016: um caso no Rio Forqueta, em Lajeado janeiro de 2016: um caso no Rio Fão, em Marques de Souza março de 2016: um caso no Rio Taquari, em Lajeado dezembro de 2016: um caso no Rio Forqueta, em Travesseiro

não tem salva-vidas e tampouco sinalização ou boias. Ontem, dezenas de pessoas se refrescavam no local

ta e Taquari estavam repletos de banhistas. Em nenhum desses locais, não há salva-vidas ou qualquer sinalização referente à profundidade e aos riscos oferecidos pela água. “Esses acabam sendo os pontos mais perigosos”, alerta o sargento do Corpo de Bombeiros de Lajeado, Sérgio Rodrigues.

Ele reclama da pouca preocupação por parte de alguns proprietários de centros de lazer. Conta que, tempos atrás, eles procuravam o Corpo de Bombeiros para auxiliar na realização dos cursos preparatórios dos chamados “Guardiões de Balneários”. A última vez ocorreu em novembro de 2012, com

Em Lajeado, no encontro do Rio Forqueta com o Taquari, está um dos lugares mais perigosos

a formação de 25 pessoas para atuar nos mais de 25 campings e balneários da região.

Ainda de acordo com Rodrigues, não há qualquer fiscalização por parte do Corpo de Bombeiros junto aos pontos escolhidos pelos banhistas. “Depende muito dos critérios dos proprie-

tários, e da vontade dos usuários”, comenta, salientando a importância de respeitar ordens básicas para evitar riscos, como conhecer a profundidade do rio.

Para o sargento, imprudência, excessos e abusos de ingestão de bebidas alcoólicas – além de problemas de saúde

e mal súbitos – estão entre as principais causas da maioria dos afogamentos registrados. “É preciso registrar que, em locais onde há salva-vidas, óbitos acontecem em horários em que eles já não estão mais atuando”, comenta. “É preciso ter cautela, sempre”, finaliza.

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Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

IPVA antecipado arrecada R$ 4 mi ao Vale Governo espera triplicar quitação durante última semana com desconto máximo Vale do Taquari

M

ais de R$ 4,1 milhões foram arrecadados na região com a antecipação do IPVA até o fim da semana passada.

Os dados foram disponibilizados pela oitava Delegacia Estadual da Fazenda. A expectativa é angariar mais de R$ 90 milhões no Vale.

Dos mais de 153 mil proprietários de veículos, que fazem parte da abrangência da delegacia regional, mais de 12 mil quitaram o imposto. O número representa 7,8% do total. Nesta última semana de pagamento com desconto, o Executivo gaúcho espera triplicar o valor em todo RS. Na semana passada, a média recebida foi de R$ 25 milhões por dia. Até o fim do ano, a expectativa é recolher R$ 75 milhões por dia. Conforme a Secretaria Estadual da Fazenda, a captação aumenta quando a tabela do DPVAT é repassada aos bancos. A tabela do seguro obrigatório foi liberada ontem.

A Receita Estadual estima arrecadar R$ 2,619 bilhões com o IPVA 2017. A metade do recurso será repassada de maneira automática para as prefeituras.

No Vale, o maior montante foi registrado em Lajeado, cidade mais populosa e com maior frota.

Dos mais de 38 mil contribuintes, pouco mais de três mil anteciparam. Isso representa mais de R$ 1,3 milhões. Em Estrela, dos mais de 12 mil condutores, cerca de mil contribuíram. Pelo menos R$ 400 mil foram angariados.

Os maiores municípios do Vale se destacam quanto ao montante captado por meio da antecipação. Entre eles, Teutônia, Encantado, Arroio do Meio, Taquari e Bom Retiro do Sul. O montante varia de R$ 400 mil a R$ 200 mil.

Nesse meio, Anta Gorda é destaque. O município arrecadou R$ 120 mil. Porém, em relação ao percentual de frota com IPVA quitado, é baixo. Os dados foram computados até o fim da semana passada.

Quanto ao percentual de IPVA pago, Sério se destaca. Mais de 14% da frota está com o IPVA

quitado. Porém, o valor é menos expressivo em relação às maiores cidades da região, que registram índices mais baixos. Até agora, R$ 120 mil foram captados.

Relvado está na sequência, com 13%. Pouso Novo e Canudos do Vale têm 11% da frota com o tributo em dia.

Arvorezinha é o município com menor percentual de veículos, com apenas 5% da frota quitada.

Dos 3,3 mil veículos, 173 pagaram o IPVA. Cruzeiro do Sul aparece na sequência. A frota tem 4,6 mil veículos e 249 quitaram o imposto.

ria da Fazenda, o custo para automóvel (exceto picape), que em 2016 era de R$ 101,10, passa para R$ 63, 69. Para motocicletas, o preço ficará em R$ 180,65 – era de R$ 286,75. É possível parcelar em até três vezes.

IMPOSTO NA REGIÃO Município

Valor Pago

% Qtd Pago

Anta Gorda

R$ 120,3 mil 9,79

Arroio do Meio

R$ 241,6 mil 7,09

Descontos

Arvorezinha

R$ 62,4 mil

Os condutores que anteciparem o pagamento até o fim desta semana podem garantir um desconto de 27,27%. Para isso, o condutor terá de somar as vantagens dos programas do Bom Motorista e do Bom Cidadão. Além disso, pode se valer do valor da Unidade de Padrão Fiscal (UPF) de 2016, antes da atualização na virada do ano prevista em 6,69%.

Os impostos pagos até 31 de janeiro terão um desconto de 3%.

Até 28 de fevereiro, 2%, e até o fim de março, 1%.

Bom Retiro do Sul

R$ 139,8 mil 9,37

Boqueirão do Leão

R$ 33,7 mil

6,63

Canudos do Vale

R$ 9,4 mil

11,75

Capitão

R$ 5,9 mil

6,03

Colinas

R$ 13,7 mil

8,88

Coqueiro Baixo

R$ 8,3 mil

11,39

Cruzeiro do Sul

R$ 85,1 mil

5,33

Dois Lajeados

R$ 53,1 mil

11,7

Doutor Ricardo

R$ 4,2 mil

6,2

Programas

5,16

Encantado

R$ 261,8 mil 6,94

Estrela

R$ 424,6 mil 7,9

Fazenda Vilanova

R$ 27,9 mil

7,36

Forquetinha

R$ 19,6 mil

9,22

Ilópolis

R$ 49,2 mil

7,73

O Bom Motorista garante descontos aos condutores que não sofreram infrações nos últimos anos. Para os que não tiveram multas nos últimos três anos a dedução é de 15%. Para quem não foi multado há dois anos, o índice é de 10%. Quem está há um ano sem infrações recebe abatimento de 5%.

O desconto do Bom Cidadão dará aos motoristas que acumularam mais de cem notas fiscais no Programa Nota Fiscal Gaúcha 5% de desconto. O percentual é válido para pagamentos antecipados ou não.

Imigrante

R$ 34,1 mil

8,98

Lajeado

R$ 1,3 milhão 7,98

DPVAT Desde ontem, os proprietários de veículos podem quitar o DPVAT. A tabela está disponível no sistema da rede bancária. Assim como o IPVA 2017, que teve uma redução média de 4,4%, o valor do seguro obrigatório diminuiu. Segundo dados da Secreta-

Marques de Souza

R$ 22 mil

7,45

Muçum

R$ 55 mil

9,3

Nova Bréscia

R$ 24,4 mil

8,37

Paverama

R$ 80,5 mil

9,65

Poço das Antas

R$ 37,8 mil

9,74

Pouso Novo

R$ 11,3 mil

11,76

Progresso

R$ 40,8 mil

9,41

Putinga

R$ 31,2 mil

9,21

Relvado

R$ 25,8 mil

13,07

Roca Sales

R$ 63,3 mil

6,39

Santa Clara do Sul

R$ 65,7 mil

8,71

Sério

R$ 20,4 mil

14,29

Tabaí

R$ 23,1mil

6,89

Taquari

R$ 219,6 mil 6,88

Teutônia

R$ 410,1 mil 7,22

Travesseiro

R$ 16,8 mil

8,1

Vespasiano Corrêa

R$ 9 mil

6,66

R$ 51,9 mil

9,07

Westfália Total

R$ 4,1 milhão

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

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Ministério Público de Lajeado evita rombo de R$ 51 mi ao RS

Retirada do Pis vai até esta sexta

Advogados da extinta Coopave cobravam honorários do BRDE

Os trabalhadores podem sacar o abono salarial até sexta-feira, 29. Tem direito a receber o benefício quem trabalhou pelo menos dois meses com carteira assinada em 2014. O valor é de um salário mínimo.

De acordo com o Ministério do Trabalho, até o início de dezembro, mais de 930 mil pessoas com direito aos recursos ainda não tinham feito o saque. Caso os beneficiários não busquem o dinheiro até a data limite, os valores serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O Ministério do Trabalho recomenda aos trabalhadores não deixar para buscar o recurso no último dia destinado ao saque.

Segundo o ministério, é comum os atendentes bancários pensarem que se trata do benefício referente a 2015 e, após checar os dados do trabalhador, informar que ele não tem direito ao saque. Nesse caso, a orientação é explicar que se trata do abono salarial do ano-base 2014. Caso ainda assim os dados não sejam localizados, é possível pedir para fazer uma atualização cadastral no próprio banco.

O trabalhador também pode checar se tem direito ao abono pela internet, informando o número do CPF ou do PIS/Pasep e a data de nascimento. Ele também pode procurar a Central de Atendimento pelo número 158.

ARQUIVO

Vale do Taquari

U

m processo considerado inédito pelo Ministério Público (MP) de Lajeado quase gera um rombo de R$ 51 milhões aos cofres do Estado. O valor era referente aos honorários dos advogados da Cooperativa Avícola Vale do Taquari Ltda (Coopave), extinta entre 1983 e 1985, após problemas envolvendo a empresa e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

O suposto débito, segundo o promotor de Justiça Carlos Fiorioli, autor da ação que extinguiu a possibilidade de prejuízo ao erário, foi gerado após a Coopave entrar em liquidação extrajudicial.

Na época, a cooperativa divulgou a lista de credores. Entre esses, estava o BRDE, responsável por disponibilizar financiamento aos dirigentes.

Em novembro de 1988, os advogados do banco regional ingressaram com ação ordinária com pedido de liminar, buscando a reclassificação do seu aval como “crédito com privilégio especial”, pois tem natureza autárquica.

Essa ação, conforme os autos do processo, foi julgada improcedente pela Justiça.

De acordo com Fiorioli, a partir de então, ocorreu o primeiro erro

Promotor de Justiça de Lajeado, Carlos Fiorioli moveu ação que gera economia de R$ 49 milhões aos cofres do Estado

dentro do processo que perdurou por quase 30 anos. Segundo o promotor, o BRDE queria só uma declaração para reclassificar sua condição de credor. Mas, na época, os advogados do banco erraram ao colocar o valor do financiamento, configurando assim uma cobrança.

Como a ação foi julgada improcedente pela Justiça, o BRDE foi condenado a pagar 12% do valor do financiamento só em honorários para os advogados da extinta Coopave. Para o MP, a Justiça er-

rou ao não perceber tal equívoco, e a pretensão dos exequentes é uma “loteria milionária”, cita Fiorioli.

Em 1999, a Coopave ajuizou ação de execução provisória dos honorários, por carta de sentença, calculando em R$ 12,1 milhões. O valor foi bloqueado em uma conta do Banrisul. Hoje, com juros e correções, o montante chegou a R$ 51 milhões. Mesmo após o trânsito em julgado, e por uma questão de “ordem pública”, o MP de Lajeado ingres-

sou – em 2010 – na Justiça para reverter o quadro.

Após seis anos, a decisão proferida no dia 15 pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS) decidiu que o BRDE não precisa mais pagar os R$ 51 milhões solicitados e, sim, R$ 2 milhões em honorários advocatícios, gerando uma economia de R$ 49 milhões ao Estado. O valor já havia sido depositado virtualmente, restando apenas assinaturas para ser liberado. Os advogados ainda podem recorrer.

País

PRF/DIVULGAÇÃO

Colisão entre carro e caminhão mata uma pessoa na BR-386 Vale do Taquari Um homem morreu após o carro que dirigia colidir em um caminhão quando travegava na BR-386. O acidente aconteceu por volta das 16h de sábado, 24.

Ele trafegava em direção a Fazenda Vilanova, quando um caminhão que fazia o retorno

para a localidade de Linha Glória bateu na lateral do carro conduzido pelo homem de 39 anos.

O motorista do carro chegou a ser atendido pelo Samu, mas morreu a caminho do hospital.

Com ele, estavam a mulher e duas crianças, que sofreram apenas ferimentos leves.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), eles voltavam de um almoço com familiares de Estrela e o motorista dirigia em velocidade pouco acima do permitido naquele trecho. O carro tinha placas de Alpestre, mas a família residia em Fazenda Vilanova. Os testes não apontaram embriaguez do caminhoneiro.

Quatro pessoas estavam no carro que colidiu em um caminhão no sábado

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

PATROCÍNIO:

Internacional

Colorado procura reforços para a defesa Klaus, zagueiro do Juventude, é um dos nomes especulados para integrar o plantel FOTOS DIVULGAÇÃO

Zagueiro completa 23 anos no dia 11 de janeiro. Destaque do Juventude, pode inclusive vir por empréstimo ao Colorado

A

primeira sugestão do novo técnico colorado, Antônio Carlos Zago, é conhecida pelo comandante. Trata-se do jogador de 22 anos do Juventude, Willian Klaus.

Revelado neste ano pelo alviverde, o atleta também recebeu sondagens de outro grande do futebol brasileiro, o Cruzeiro.

Apesar do diálogo da diretoria do Juventude com as duas equipes, o assunto ainda é tratado com cautela. Em entrevista ao jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul, o presidente do Ju, Roberto Tonietto, afirmou que até o momento são apenas especulações. “O Zago sempre externou que o Klaus é um ótimo zagueiro e que teria espaço em qualquer time que ele treinasse. Creio que o contato do Inter conosco será após o dia 1º de janeiro. Quanto ao Cruzeiro, houve um início de conversa no fim de novembro.”

Diante da temporada de destaque do jovem defensor, a direção do

Juventude já dá como certa uma futura negociação do jogador. A mais esperada é a venda, mas também não se descarta a cedência por empréstimo. Caso a negociação seja com o Inter, o modelo seria o mesmo adotado com a Chapecoen-

O Zago sempre externou que o Klaus é um ótimo zagueiro e que teria espaço em qualquer time que ele treinasse.”

Roberto Tonietto Presidente do Juventude em entrevista ao jornal Pioneiro

se, que levou o goleiro Elias.

Na avaliação do presidente Tonietto, o empréstimo para clubes maiores valoriza o atleta e pode garantir no futuro uma venda mais rentável ao Juventude.

Afora Klaus, o Inter aguarda para a primeira semana de janeiro a resposta do Shakhtar Donestsk ao meia atacante Taison.

O ex-jogador colorado, hoje um dos selecionáveis de Tite para a seleção brasileira, tem contrato com o clube ucraniano até dezembro. Caso não haja renovação, na metade deste ano ele pode assinar um pré-contrato e sair do Shakhtar sem multa rescisória.

O jogador está disposto a prorrogar o contrato com o clube do leste europeu por até quatro anos.

Como condição, pedirá para ser emprestado ao Inter para a temporada de 2017.

De olho em atacantes A diretoria colorada descarta

anunciar reforços nesta última semana de 2017 devido à falta de informações sobre as finanças do clube (a prestação de contas deve ser apresentada nos próximos dias, foi o que garantiu o atual presidente Vitório Pífero). De anúncios, apenas a confirmação de D'Alessandro no plantel para 2017 e a renovação com o lateral-esquerdo Alan Ruschel, um dos sobreviventes do desastre com a Chapecoense.

Em um primeiro momento, como é incerta a vinda de Taison, a diretoria avalia outros nomes para compor o ataque colorado para a disputa da Série B. Entre os atletas especulados, está Marcelo Cirino, do Flamengo. Com a cami-

sa rubro-negra, o jogador atuou em 50 jogos e marcou 12 gols. Sua principal característica é a velocidade. Outro jogador é William Pottker, da Ponte Preta. Com a camisa da Macaca, jogou 31 vezes e balançou as redes 14 vezes.

Outros setores carentes do Inter, a lateral-esquerda e o meio de campo, também podem ter reforços. Para a frente da zaga, o volante Juninho, do Bahia, é um dos nomes almejados. Ele foi um dos destaques do tricolor baiano na Série B. Atua como segundo homem de meio de campo e é o batedor de faltas oficial do Bahia. Tem como característica a saída qualificada da defesa para o ataque.

RENOVAÇÃO COM ALAN RUSCHEL

Ruschel se reuniu com a direção colorada na manhã desse sábado Ainda não se sabe quando o lateral-esquerdo volta aos gramados. Em recuperação depois do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, Alan Ruschel teve o contrato prorrogado com o Inter até 31 de dezembro de 2018.

O anúncio ocorreu na manhã desse sábado e o

contrato será assinado em janeiro, quando a nova gestão assume. Ruschel foi contratado pelo Colorado em 2014 e emprestado à Chapecoense para a temporada deste ano. O vínculo do atleta com os catarinenses vai até maio de 2017.

A HORA · TERÇA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2016

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Grêmio

Grêmio estipula folha salarial de R$ 7 milhões Direção mantém investimento com o Departamento de Futebol no mesmo patamar deste ano FOTOS LUCAS UEBEL/DIVULGAÇÃO

A

política de controle nos gastos se mantém para 2017. Qualquer contratação terá de estar dentro da realidade financeira do Tricolor. Com isso, a torcida não deve esperar nomes de peso para a disputa da Libertadores. Abrir exceção apenas se houver uma grande venda, como a do volante Walace, ou mesmo do atacante Luan.

Para ficar no teto de R$ 7 milhões, os salários também obedecerão um limite. Com um plantel de 30 atletas, a média fica em R$ 230 mil. Esse controle agora fica a cargo de Odorico Roman, nomeado ontem diretor de Futebol.

Ainda assim, o clube analisa o mercado em busca de três a cinco reforços para o técnico Renato Portaluppi. A principal carência é o ataque. Como os clubes brasileiros estão inclinados a não aceitar negócios por empréstimo, a compra fica distante para o Grêmio. Uma alternativa viável é voltar os olhos para clubes de países sul-americanos, em especial da Argentina, Paraguai, Uruguai e Equador.

A principal carência é um centroavante. Com isso, a diretoria calcula até três jogadores para reforçar a frente. Entre os avaliados, estão Calleri, ex-São Paulo. O jogador não se adaptou ao West Ham, da Inglaterra, e pede para voltar ao Brasil. A primeira investida seria para o tricolor paulista, mas a direção praticamente descartou o retorno.

Para o Grêmio, o investimento foge do previsto para a temporada. Algo que só mudaria em caso de venda do atacante Luan. Valorizado após a conquista da medalha de Ouro na Olimpíada e a Copa do Brasil, o Imortal só aceita negociar o jogador se algum interessado desembolsar de 25 a 30 milhões de euros (entre R$ 86 e R$ 104 milhões).

Melhor proposta Outro nome estudado é do atacante paraguaio Cecílio Dominguez. O Grêmio inclusive já iniciou as tratativas com o Cerro

Outro que também não empolgou foi Wallace Oliveira. O lateral-direito chegou para substituir Rafael Galhardo, que foi para o futebol belga e depois retornou ao Brasil para o Atlético Mineiro. Mas logo nos primeiros jogos o atleta vindo do Chelsea mostrou limitações e aos poucos foi perdendo a posição, até ser praticamente descartado. Atuou em 22 partidas e nunca empolgou.

Como o empréstimo vai até o meio do ano, a direção do Grêmio já comunicou os representantes do atleta para procurar outro clube. Quanto a Negueba, ele volta de empréstimo ao Coritiba.

Valorizado pelas conquistas na Olimpíada e na Copa do Brasil, Grêmio estipula no mínimo R$ 86 mi pelo passe de Luan

Porteño. O atleta fez 26 gols neste ano. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o empresário do jogador inclusive confirmou que a melhor proposta por Dominguez foi do Grêmio. Os números não foram informados, mas estima-se algo próximo dos R$ 24 milhões.

Em princípio, o atleta mais próximo da Arena é Kayke, ex-Flamengo. O atacante joga no Yokohama Marinos e pode vir por empréstimo. Outra possibilidade é a volta do ponta Fernandinho.

No entanto, o Flamengo tenta manter o jogador.

Os outros dois setores são as laterais. Na avaliação do Departamento de Futebol, é preciso dar opções tanto para a esquerda quanto para a direita. Entre os nomes, está o uruguaio Álvaro Pereira, 31. Com passagem por clubes europeus, a dificuldade em trazer o jogador, hoje cedido pelo Estudiantes ao Cerro Porteño, está no grande número de estrangeiros no elenco. Hoje, o Grêmio tem Kannemann, Bolaños e Ty.

Três dispensados Apesar de terem contrato em vigor, o atacante Henrique Almeida e o lateral Wallace Oliveira estão fora dos planos para 2017. Já o meio-campo Negueba não terá o vínculo renovado.

Meio-campo natural de Santa Clara do Sul, Moisés acerta com a Chapecoense

Dos três, talvez a maior decepção tenha sido a do camisa 99.

Henrique Almeida chegou após dar um “lençol” no Inter. Negociava com o Colorado, foi levado ao camarote do Beira-Rio, mas optou pela Arena.

Nas oportunidades com a camisa tricolor, não correspondeu.

Foram 33 participações e apenas três gols. A série de lesões seria um dos motivos apontados. No entanto, o que ficou marcado foram os gestos obscenos direcionados à torcida gremista no confronto contra o Atlético Paranaense pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

MOISÉS SE APRESENTA À CHAPE O volante natural de Santa Clara do Sul assina com a Chapecoense no dia 3 de janeiro. O empréstimo terá validade de um ano. O acerto ocorreu neste sábado.

Moisés foi um pedido do novo diretor-executivo do clube catarinense, o ex-Grêmio, Rui Costa.

O primeiro jogo da Chape será pela Copa da Primeira Liga. No dia 25 de janeiro contra o Joinvile, na Arena Condá. Quatro dias depois, estreará no Campeonato Catarinense, contra o Internacional de Lages.

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Lajeado, Sexta-feira, 27 de dezembro de 2016

Abafamento e chuva marcam a semana Frente fria avança sobre a região e provoca temporais isolados, reduzindo o calor ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

influência do La Niña no estado, mesmo que de fraca intensidade.

“Isso resulta em um verão típico, com chuvas irregulares e dias quentes.”

O

choque do calor com uma frente fria que avança sobre a região pode provocar a formação de nuvens e chuvas intensas hoje e amanhã. Em alguns lugares, há risco de temporal.

Conforme a coordenadora do Centro de Informações Hidrometeorológicas da Univates (CIH), Fabiane Gerhardt, apesar da chuva, haverá intervalos com predomínio do sol, quando as temperaturas podem variar.

“Mas hoje ainda ocorre sensação de calor e abafamento.”

Os índices de raios ultravioleta ficam elevados durante o verão no Vale. “A população deve evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h.”

De acordo com Fabiane, durante o verão, a Região Sul recebe a

Máxima de 32ºC A previsão para hoje é de mí-

nima de 21°C e máxima de 32°C. Amanhã, a umidade continua no RS e proporciona o predomínio de nebulosidade. Pancadas de chuva podem amenizar o calor. A temperatura mínima será de 20°C, com máxima de 28°C.

UMIDADE AUMENTA ABAFAMENTO

Frente fria forma nuvens carregadas na região e também ameniza o calor

maior incidência do sol devido à angulação da Terra. “Por isso, temos dias quentes e com maiores índices de radiação solar.”

As características das estações podem mudar a cada ano. Dependem da atuação dos fenômenos

globais e regionais. No ano passado, por exemplo, a influência do El Niño provocou um verão chuvoso com dias abafados.

A coordenadora do CIH afirma que neste ano há uma neutralidade climática, sem descartar a

A sensação térmica é provocada pela combinação de calor e umidade.

Por mais que as temperaturas da Região Norte sejam, por vezes, mais elevadas, na Região Sul parece ser mais quente. “Se uma massa de ar seco está atuando, a temperatura parece ser mais agradável. Já se estivermos sob influência de ar

mais úmido, com a mesma temperatura, a sensação de calor será maior.”

Na região, as cidades localizadas na parte alta do Vale, como Arvorezinha e Ilópolis, apresentam temperaturas mais amenas que as cidades da parte baixa em virtude da altitude. Isso em qualquer época do ano.