AH - Principal | 20 de setembro de 2016

Lajeado, terça-feira, 20 de setembro de 2016 Ano 14 - Nº 1682 Avulso: R$ 2,00 Fundado em julho de 2002 Fechamento da edição: 21h

JUREMIR VERSETTI/CHINELAGEM PRESS

ELEIÇÕES 2016

Justiça suspende reunião sobre pavimentação do PAC O

Ministério Público suspendeu reunião que discutia a oposição. Chapa estuda pedir a cassação do registro de candiretomada das obras do PAC, organizada pelo Executivo datura da coligação “Lajeado no Rumo Certo”. Governo frisa na sexta passada. Decisão judicial atendeu pedido da que encontro foi para esclarecer paralisação do PAC. Página 5

MORTE NA SAÍDA DE FESTA

Justiça ordena prisão de vigilante

Arte realça tradição e costume gaúcho MACIEL DELFINO

Autor não tinha porte de arma e revólver estava irregular.

No sábado, amigos e familiares Páginas 18 e 19 protestaram.

ARROIO DO MEIO

Animal selvagem mata bezerros Moradores temem a presença de onça parda na localidade de Página 9 Dona Rita.

Leitores Em virtude do feriado, não haverá edição amanhã.

Circulação é normal a partir de quinta-feira.

20 DE SETEMBRO: o feriado farroupilha muda a rotina e impacta nos serviços básicos. O costume do gaúcho e a relação familiar são tema de teatro de sombras, em Teutônia Página 10 e Conexão

CONSULTAS PARA CRIANÇAS

TEMPO NO VALE Sol com nuvens Mínima: 12°C - Máxima: 23ºC FONTE: CIH/UNIVATES

Escassez de pediatra nos postos de saúde dificulta atendimento O baixo número de especialistas na cidade reflete a situação vivida no estado e no país. Em Lajeado, são quatro pediatras para

atender todos os postos de saúde.

Muitos recorrem à UPA, que só tem clínico-geral, mas registra 25% de atendimentos destinados

às crianças. No Brasil, são 17 médicos especializados para cada cem mil habitantes. Recomendado é um para cada mil. Página 6

Opinião

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

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Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,27

3,27

Dólar Turismo

3,21

3,41

Euro

3,66

3,66

Libra

4,25

4,25

Peso Argentino

0,21

0,21

Yen Jap.

0,03

0,03

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ACUMULADO ANO (%)

ÍNDICE

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ICV Mes (DIEESE)

07/16

0,21

4,94

IGP-DI (FGV)

08/16

0,43

6,04

IGP-M (FGV)

08/16

0,15

6,26

INPC (IBGE)

08/16

0,31

6,09

INCC

08/16

0,26

5,20

IPC-A (IBGE)

08/16

0,44

5,42

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

TJLP

ACUMULADO ANO (%)

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

08/16

0,2545

1,3570

CDI (Mensal)

09/16

0,2600

9,5000

Prime Rate

08/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

08/16

0.50

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1305.8 cotação do dia 19/09/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

57465

0,67

Dow Jones (EUA) 18156

0,18

S&P 500 (EUA)

2139

0

Nasdaq (EUA)

5239

-0,11

DAX 30 (ALE)

10373

0,95

Merval (EUA)

15828

1,04

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 43.03 em 19/09/2016

Nas ruas, o grito por justiça

O

assassinato de Alyson Moraes Spegiorini na madrugada desse sábado em frente a uma boate em Encantado reacende a polêmica sobre seguranças privados armados. Pela lei, vigilantes podem ter arma enquanto estiverem no trabalho, desde que habilitados. No caso desse sábado, conforme a Polícia Civil, o autor do disparo não tinha autorização para portar a arma.

Um caso grave, que atinge não só o profissional, mas também a atividade das empresas de segurança. Essa situação traz uma série de questionamentos. Talvez o mais necessário seja: havia necessidade de vigilantes de uma festa estarem armados no lado de fora do estabelecimento.

Resposta que a investigação terá de apurar.

Amigos e familiares foram às ruas pedir justiça. A morte do jovem virou notícia estadual e repercutiu de forma negativa à Polícia Civil pelo fato de o autor do disparo ter sido liberado após

Diante da crise na segurança pública do RS, a procura por vigilância privada aumenta. Com essa tendência, o preparo, a qualificação e o histórico dos profissionais precisam ser analisados. Um vigilante não é autoridade policial.

Na rede

prestar depoimento. Ontem, o fato passou para investigação do delegado de Encantado, que pediu a prisão preventiva do vigia.

Diante da crise na segurança pública do RS, a procura por vigilância privada aumenta. Com essa tendência, o preparo, a qualificação e o histórico dos profissionais precisam ser analisados.

Um vigilante não é autoridade policial. Deve saber exatamente as limitações do ofício.

A fatalidade da madrugada desse sábado também serve de alerta sobre a presença de armas em locais públicos. Ter uma arma não é sinônimo de segurança, como, inclusive, o A Hora já escreveu em editorial.

Mais armas nas ruas significa mais incidentes. Essa análise precisa ser feita, tendo em vista as propostas de abrandar a Lei do Desarmamento, pois depositar a responsabilidade da segurança sobre o cidadão é transferir o problema. O poder público inapto se vê acuado pelo avanço da criminalidade, sem condições

de resolver o problema, e altera a lei, facilitando o acesso às armas. Em tempo, a sociedade paga pelo serviço. A cada ano, a arrecadação de impostos bate recordes. Por outro lado, a contrapartida é deficiente. Segurança pública é responsabilidade do Estado.

A reformulação no Estatuto do Desarmamento tem argumentos válidos em ambos os lados. Mas qualquer implantação precisa de uma análise ampla e criteriosa. De um lado, percebe-se que, desde a implantação do estatuto, as mortes por arma de fogo aumentaram 340%.

Para chegar a esse índice, um dos motivos é a dificuldade do poder público em controlar a distribuição de armamentos. Se por um lado o cidadão que deseja ter uma arma para defesa do patrimônio e da família precisa cumprir um trâmite lento e difícil, as armas irregulares entram com facilidade pelas fronteiras e ampliam o arsenal dos criminosos.

Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.

Comentários sobre o caderno Você, na reportagem “Casamento para romper preconceitos” Comentário sobre a matéria da série que Lugar é esse, que visitou a localidade de Macaco Branco 4

Excelente matéria sobre a comunidade que passei boa parte da infância visitando, pois meu pai é filho do Sr. Acemar. Obrigado por buscar e relatar um pouco da história dessa comunidade.

Edivelto Santos

Fim de semana, 17 e 18 de setembro de 2016

Macaco Branco: comunidade tomada pelo mato

Fim de semana, 17 e 18 de setembro de 2016

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Reportagem e fotos: Fábio Kuhn

Sobre Boqueirão

vez em documentos oficiais;

Leão Casas e propriedades agrícolasdo *A palavra “boqueirão” signifi*Deabandonadas acordo com o site da prefeitura de Boqueirãoconhecida do Leão, os pri- ca uma abertura nas serras por evidenciam o êxodo rural na localidade meiros habitantes a se instalarem onde passam os rios; pelas geadas e pelos primatas. deforam no local,Menos por volta de 1800, *O blog aponta duas hipóteses Entre eles, estava a 20 famílias ainda moramaçorianos. no local. para a adição da palavra “leão”

família de Francisco de Almeida.

Cerca de 120 anos depois, chega- no nome da cidade. Na primeira (e mais aceita), os primeiros coloram italianos e castelhanos; No caminho até Macaco Branco, agricultor Acemar nizadores teriam matado um aninão há placas de sinalização. A Maria dos Santos, 77, *Boqueirão do Leão pertenceu à mal selvagem parecido com um localidade fica a cerca de dez quié um dos moradores Vila Fão até 1920 e ao distrito de leão. A outra tese é que haveria lômetros da área urbana de Bomais antigos de Maos primeiProgresso até 1949. Após, passou uma família Leão entre Flávio Brito se recorda queirão do Leão, no meio de Vila caco Branco. Na década de 1970, dos tempos em que para Lajeado. A emancipação foi ros moradores; Schmidt e Quatro Léguas. Os próquando chegou à localidade para mais de 200 pessoas conquistada em plebiscito realizaprios moradores têm dificuldades trabalhar na lavoura de fumo, *Localizada na residiam divisa do na Valelocalidade. do no dia 20 de setembro de 1987; daqui a alguns para afirmar onde começa uma e com o do“Talvez surpreendeu-se com a quantidade do Taquari Rio Pardo, Boanos a comunidade vai termina a outra. de macacos em meio ao mato fesumir”, prevê. *Segundo o blog História Profis- queirão do Leão é conhecido pela devido chado. “Era que nem passarinho.”

Festaàsda Polenta e pelas belezas sional, nosOutrora primeirospopuloso 70 anos da plantações de dofumo, Embora seja um dos habitantes naturais; colonização, Boqueirão Leão Macaco Branco chegou a ter cerca de 200 mais antigos, desconhece a ori- O pessoal dizia que era conhecido como Herval de São moradores.

HojeBoqueirão menos de 15*Segundo fagem da denominação da comuo IBGE 2013, a popu1870, o nome estava tão frio queJoão. Emmílias alguns do anos comunidade vai compõem a comunidade. nidade. “Macaco tem aqui até os lação de Boqueirão Leãoaé comdo Leão foi utilizado pela primeira sumir”, prevê.

“A maioria das terras era posta arren-por quase iria branquear os dias de hoje. Mas não me lembro oito mil pessoas. dada e as pessoas saíram daqui de ter visto um branco”, estranha. macacos. O nome em Sem escolas, busca de melhores salários”, Quem esclarece essa questão é o igreja ou comércio relata o agricultor Flávio Brito, 53. professor de História, Eleno Ogliapegou A quantidade de casas, fornos ri. A palavra branco teria surgido No passado, Macaco Branco e galpões de fumo abandonados chegou a ter duas instituições de por causa das constantes geadas evidencia o êxodo dos morado- ensino. “Tinha mais de 40 crianno local. “O pessoal dizia que estaEleno Ogliari res. Brito lamenta: “Ficaram só ças em cada sala de aula. Como va tão frio que iria branquear os os mais velhos. Talvez daqui a era muito longe para se locomomacacos. O nome pegou.”

Pesquisa ver, os antigos construíram duas escolas, uma em cada ponta da 15 anos, ele se responsabilizou comunidade”, conta a moradora por cuidar da sede conhecida Salete de Oliveira.

Conforme o site, nas comunidades vizinhas como Chamado de Felipe Holtz, um “Campo do Macaco”.

Ludovico Kniephodos educandários fechou há cerca ff foi proprietário de Ironicamente, hoje as árvores de 25 anos. O prédio foi demolido uma área que se estende tomam conta da antiga sede fue no local estão plantados pinhos. desde Macaco Branco, Matão, tebolística. Os jogos acabaram O prédio da outra instituição foi Quatro Léguas, Colônia São faz mais de uma década e o clube desativado. Hoje, uma família está apenas na memória da poPaulo, municípios de Barros pulação.

Cassal e Progresso.

Outro colonizador que tinha Primórdios terras em Macaco Branco era de Macaco Branco José Antônio Ferreira, o “Zeca”. co Branco era uma localidade de Ele se destacou como líder ma- Santa Cruz do Sul. Ela foi repasO blog História Profissional fez ragato e participou da Revolta sada para Boqueirão do Leão uma pesquisa sobre as primeiquando a cidade se emancipou Federalista. ras famílias a se instalarem em Nas décadas passadas, Maca- de Lajeado.

Boqueirão do Leão no século 19.

O

Sede não é utilizada há mais de uma década

Que lindo, um momento único para vocês e para toda a sociedade que busca o fim do preconceito! Parabéns, que Deus abençoe essa união e que vocês sirvam de exemplo para muitos casais que buscam realizar esse sonho. O que importa realmente é ser feliz!

FIM DE SEMANA, 17 E 18 DE SETEMBRO DE 2016 EDIÇÃO Nº 47

Camila Ribeiro mora no local.

Não há igreja ou comércio na localidade. Os moradores se deslocam até Quatro Léguas e Vila Schmidt para fazer compras ou ir à missa.

Campo do Macaco Macaco Branco já teve um clube de futebol, o Esporte Clube União. O ex-morador Darci Pedro Ferrari, 65, se recorda da época em que a bola rolava todo o fim de semana. “O time era competitivo. Quando dava jogo, sempre iam parar uns três no hospital”, brinca.

A competência da equipe é confirmada por Santos. “Era difícil a gente perder uma partida.” Por

Gente feliz não julga e nem aponta; apenas se realiza vendo os seus semelhantes concretizando seus sonhos.

Felicidades “pessoas” que o amor possa continuar rompendo barreiras. Muito lindo!

Jonas Fiúza

Casament Casa mento ment o para romper rompe per preconc preconc conceitos conce itos

Página 11

Opinião

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

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Fernando Weiss fernandoweiss@jornalahora.inf.br

O governo quis mais.

E fez demais! ue a retomada das Obras do PAC, em Lajeado, fosse virar moeda eleitoral era lógico e certeiro. O governo atual faria – e fez – de tudo para colher os dividendos políticos de uma das principais obras viárias de sua gestão. E, diga-se de passagem, relevante para a cidade e população.

Correu atrás de um acordo com o Ministério Público Federal e a Caixa Econômica para destravar o engodo sobre as suspeitas de superfaturamento.

Superada a etapa, montou estratégia arrojada para pressionar vereadores a aprovarem o projeto.

Conseguiu também, mediante uma seção polêmica, com brigas e difamações e o Legislativo transformado em palanque eleitoral.

Autorizado juridicamente para recomeçar as obras nas 14 ruas de Lajeado, o município não se deu por satisfeito. Quis mais. E fez demais.

Convocou reunião com os moradores das ruas contempladas e passou do ponto.

Reuniu contribuintes e em vez de uma reunião técnica, para explicar razões

que levaram à paralisação e encarecimento da obra, montou uma pauta eleitoreira, minando a oposição e “abrindo fogo” contra vereadores que se opuseram ao projeto na câmara de vereadores.

Atentos aos abusos, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público perceberam a intenção e agiram. Suspenderam o encontro que ocorria na Associação Atlética do Jornal O Informativo e, agora, investigam o conteúdo exposto pelo secretário de Governo Auri Heisser, que, ainda no sábado pela manhã, negou qualquer abuso ou desvio de finalidade. Segundo o promotor de Justiça, Carlos Augusto Fioriolli, o caso é passível de pedido de cassação de registro da candidatura do atual prefeito Luís Fernando Schmidt, desde que existam provas de que houve, de fato, abuso do poder político durante o encontro.

Ou seja, a estratégia montada para colher ganhos com a retomada das obras resulta fracassada e, na pior das hipóteses, pode custar até a corrida à reeleição. Por essas e tantas outras, as duas semanas restantes da campanha eleitoral em Lajeado reservam surpresas. Aguardemos!

Mais provas e menos shows Estão nas costas das instituições judiciais do país as esperanças de moralização da política, da administração pública e das relações promíscuas entre governo e a iniciativa privada. A Operação Lava-Jato nos alimenta com otimismo real de que é possível estancar as sangrias que secam os cofres públicos e favorecem a locupletação de quem está no poder, independentemente de partido.

Ao colocar na cadeia empresários, banqueiros e políticos envolvidos em irregularidades, juízes e procuradores do Ministério Público passam a sensação de que está chegando ao fim uma era de impunidade que protegia criminosos e estimulava a malversação de dinheiro do povo.

Por outro lado, a espetacularização de determinadas ações do MP em recentes entrevistas coletivas e apresentação de investigações gera desconfianças e abre margem para interpretação arbitrária. Isso ficou evidente, por exemplo, na midiática

denúncia contra o ex-presidente Lula, na qual os procuradores emitiram tantas opiniões adjetivadas que ficou difícil de distinguir o que era peça acusatória e o que era simples desejo.

Esse formato, inclusive, possibilitou a defensores do acusado difundir a falsa controvérsia entre prova e convicção.

Em certos momentos, os procuradores parecem mais deslumbrados e preocupados com a própria exposição pública do que em apresentarem provas contundentes, capazes de justificar todo movimento midiático provocado. Todos nós queremos muito a punição dos malfeitores da República e que as instituições democráticas não resvalem para a leviandade e acusações vazias.

Entre as denúncias do MP e as defesas de Lula, existe a verdade dos fatos. É sobre ela que a Justiça precisa nortear sua atuação e, encontrando-a, punir sem distinguir raça, religião ou classe social. Mas até lá que arranjem mais provas e menos shows.

Guerra de bandeiras Uma das poucas manifestações coletivas permitidas pela Lei Eleitoral, os bandeiraços tentam impressionar pelo tamanho. A cada fim de semana, a ocupação aumenta nas avenidas Benjamim Constant e Alberto Pasqualini, em Lajeado. Pergunto cá aos meus botões: será que alguém decide seu voto com base no tamanho e número de bandeiras empunhadas às margens de ruas? Tomara que não.

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Opinião

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Claiton Fernandez claiton@fernandez.srv.br

O jogo da sobrevivência empresarial

A

raça humana tem modificado o ambiente em que vive e os refluxos de suas ações demandam um enorme esforço de adaptabilidade.

O hiato entre o progresso tecnológico e o progresso humano faz com que a sobrevivência empresarial moderna signifique um desafio intelectual e emocional constante que tem gerado perplexidade e insegurança nas pessoas.

Se a economia vai mal e a competição é brutal, esse binômio oferece uma boa oportunidade para repensar a importância da filosofia gerencial e os desafios que as lideranças nas empresas estão enfrentando.

O jogo da sobrevivência empresarial tem tudo a ver com pessoas. Atualmente não se trata apenas de sobreviver, mas sobreviver da maneira certa, com pessoas que inovam, têm insights e vibração. Para isso, as empresas precisam reinventar-se. Se alguém precisa reinventar sua organização e ser bem sucedido, precisa, em primeiro lugar, reinventar a si mesmo.

Empresas e pessoas, na nova economia, estão interligadas como gêmeos siameses. Eis as razões que justificam as necessidades de reinvenção da forma como a liderança tem sido exercida.

Ao refletirmos sobre o exercício da liderança, podemos pensar, por exemplo, uma “daquelas reuniões” na qual o tema é “crescimento e como impulsioná-lo pela empresa”.

Todos estão sentados em torno da mesa, conversando de maneira civilizada sobre as dificuldades de vencer nesse mercado ou setor. Todos falam sobre a intensidade da competição, abordando as mesmas velhas razões sobre por que não conseguem crescer e ainda se congratulam por produzirem resultados razoáveis nesse ambiente adverso. Ao final

Aeroportos movimentados

da reunião, todos se cumprimentam pelo sucesso que vêm alcançando, sob circunstâncias tão negativas.

No íntimo, todos estão prestes a estourar, pensando consigo mesmo: “Lá vamos nós de novo, essa incompetência está nos matando”. No entanto, para os “efeitos externos”, todos estão participando do jogo. Todos se limitam a acenar, concordando com tudo.

As pessoas olham-se e recordam-se intimamente do velho código de conduta que prega o seguinte: “Não me questione que eu também não questionarei”.

As pessoas seguem pensando que não po-

Durante anos a fio, as empresas têm “comprado” as mãos das pessoas quando poderiam ter também seus cérebros, corações e espíritos “de graça”.

dem levantar questões, colocar suas dúvidas e expor suas ideias, pois querem continuar sendo jogadores da “equipe”. Verdade, transparência e criatividade, de fato, numa reunião desse tipo, podem destruir as pessoas.

A repressão da liberdade de expressão e do direito à dignidade humana são frustrações e preocupações globais. Durante anos a fio, as empresas têm “comprado” as mãos das pessoas quando poderiam ter também seus cérebros, corações e espíritos “de graça”. Entretanto, as empresas são os lugares onde os milagres acontecem. Empresas são constituídas por pessoas. As pessoas são milagrosas e produtoras de milagres em todos os momentos. São as pessoas que desafiam o impossível e transformam a realidade.

A transformação da realidade acontece, por meio do desenvolvimento das pessoas, que, uma vez aprendendo a atuar em determinados níveis de complexidade, não regridem para níveis menores, ou seja, enveredando pelo inevitável caminho do desenvolvimento pessoal, as pessoas adquirirão um patrimônio que levarão consigo para onde forem, do qual não abrirão mão, e que lhes permitirá atuar nos mais altos níveis de desafios e exigências.

China potência paralímpica A China é tetracampeã do quadro de medalhas da Paralimpíada. O governo chinês investiu pesado nos esportes paralímpicos e também em propaganda para promover valorização da competição na

sociedade chinesa. O governo viu a oportunidade de usar o evento como uma “ferramenta educacional” para mudar a forma como as pessoas com deficiência eram vistas pela população.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o mais movimentado do Brasil: em 2015, passaram por lá 39 milhões de passageiros. Parece muita gente, mas não chega nem perto do aeroporto Hartsfield-Jackson Atlanta, nos Estados Unidos. Em 2015, foram mais de 101 milhões de pessoas – cerca de 2,6 vezes mais do que em São Paulo.

Veja os 10 primeiros aeroportos do ranking em 2015: 1) Hartsfield-Jackson Atlanta (EUA): mais de 101 milhões; 2) Pequim (China): quase 90 milhões de passageiros; 3) Dubai (Emirados Árabes Unidos): 78 milhões; 4) Chicago (EUA): quase 77 milhões; 5) Tóquio Haneda (Japão): 75,5 milhões de passageiros; 6) Heathrow, em Londres (Inglaterra): 75 milhões; 7) Los Angeles (EUA): 74,5 milhões; 8) Hong Kong: 68 milhões de pessoas; 9) Charles de Gaulle, Paris (França): aproximadamente 65 milhões; 10) Dallas/Fort Worth (EUA): 64,7 milhões.

Radiação solar Antes do verão chegar, os índices de radiação ultravioleta provenientes do sol já estão altos em todo o país, o que exige mais cuidados com a saúde.

Segundo previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em pelo menos 17 capitais e no Distrito Federal o nível de radiação ultravioleta (UV) já atinge o índice extremo.

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

MP aponta abuso de poder em reunião sobre as obras do PAC Juiz suspende evento que pode causar a cassação da candidatura ARQUIVO A HORA

Lajeado

O

Ministério Público Eleitoral (MPE) suspeita abuso de poder político cometido pelo governo municipal nessa sexta-feira. Soldados da BM e o promotor de Justiça, Carlos Augusto Fiorioli, cumpriram ação eleitoral cautelar e suspenderam evento organizado pelo Executivo para tratar sobre as pavimentações pelo PAC. Opositores preparam ação para tentar impugnar o registro de candidatura de Luís Fernando Schmidt.

A ação do MP atendeu a uma representação encaminhada à Justiça Eleitoral pela coligação Juntos Podemos (PP/PSDB/PSD/PMN).

No documento, os integrantes de uma das chapas de oposição questionam o encontro com moradores promovido pelo Executivo. Para eles, o evento é “uma verdadeira propaganda subliminar” para favorecer a coligação Lajeado no Rumo Certo (PT/ PTB/PRB/ PSC/PR/ PSB/PPL/PV/PC do B). No convite entregue pelo Executivo, consta que a reunião serviria para “tratar da retomada das obras de pavimentação financiadas pelo PAC”.

Conforme o despacho da cautelar assinada pelo juiz eleitoral, Luís Antônio de Abreu Johnson, o promotor de Justiça cita “que o ato tem, ao menos de modo indireto, vínculo eleitoral no sentido da possibilidade de afetação na isonomia da campanha eleitoral”.

O evento iniciou às 19h. O secretário de Governo, Auri Heisser, representou o Executivo e conduziu a reunião. Segundo cidadãos que também estavam presentes na sede da Associação de Funcionários do Jornal O Informativo, na rua Raimundo Wiebbeling, bairro Universitário, Heisser criticou o MPF pela suspensão das obras, e o vereador e candidato à reeleição na câmara, Adi Cerutti, pela autoria das denúncias.

Por volta das 19h45min, Fiorioli chegou ao local com a ordem judicial que exigia a suspensão do evento. A reunião foi encerrada e os cerca de 30 cidadãos presentes foram embora. Segundo o promotor,

Obras estão suspensas faz 9 meses. Empresa estima prejuízo de R$ 900 mil

Convite do Executivo foi entregue para moradores da rua Pedro Petry

...“o ato tem, ao menos de modo indireto, vínculo eleitoral no sentido da possibilidade de afetação na isonomia da campanha eleitoral.”

um possível pedido de cassação do registro dos candidatos da situação por meio de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) depende de manifestação pelas coligações contrárias e do conteúdo exposto pelo secretário aos presentes.

Governo responde O secretário de Governo, Auri Heisser, afirma que o encontro foi

para tratar de assuntos administrativos relativos aos motivos da suspensão das obras do PAC. Conforme Heisser, no momento em que foi aberto para questionamentos, chegou a ordem judicial.

O secretário afirma que os próprios moradores declararam ao promotor que não foi abordado o assunto eleições nem citados nomes de candidatos. “O encontro não era para isso. Se alguém tocasse nesse assunto, seria excluído da reunião.”

No governo, diz Heisser, há um entendimento da necessidade de manter as atividades administrativas. “Para nós a vida segue. É uma obrigação do poder público orientar e esclarecer a população.”

As obras do PAC estão paradas faz sete meses. De acordo com o integrante da administração, a rua é uma das mais prejudicadas pela interrupção dos serviços. “Estava preparada para receber o asfalto. Essa parada prejudicou a base. Agora será preciso um retrabalho.”

Sobre o motivo do encontro ser na Associação de Funcionários do Informativo, Heisser realça que foi o único lugar disponível. “Pedimos

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OUTROS PEDIDOS DE CASSAÇÃO Em agosto, a coligação Juntos Podemos pediu a cassação – em função dos prazos de filiação – dos registros dos candidatos à vereança Carolina Gasparotto, Adriana dos Santos Siebel, Marino Luiz Barcé e Rui Olíbio Reinke, todos do PMDB. Já a coligação Lajeado no Rumo Certo pediu a impugnação das candidaturas de Antônio Marcos Scheffer, Nelci Ariotti Cereza, Jones Barbosa da Silva e Gilberto Schmidt, também do PMDB. A Justiça e o TRE indeferiram todos os pedidos.

um favor à associação, que gentilmente cedeu o espaço.”

A respeito da possibilidade de cassação da candidatura à majoritária da coligação Lajeado no Rumo Certo, Heisser se mostra tranquilo.

“Não haverá nenhum problema. A decisão judicial era para cancelar a reunião e alerta que haverá multa se fazer de novo.”

Multa de R$ 5 mil Conforme o despacho de Johnson, o governo fica proibido de realizar eventos semelhantes relacionados aos serviços de pavimentação pelo PAC até o fim do período eleitoral.

Na cautelar, ele estipula multa diária de R$ 5 mil. O juiz também esclarece que a decisão eleitoral não tem como objeto interferir no reinício das obras.

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Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Falta de pediatras dificulta atendimento Insuficiência de especialistas obriga a consultas de crianças com clínicos-gerais ANDERSON LOPES

Lajeado

A

fila se formava por volta das 9h de ontem no posto de saúde do bairro Universitário. Dois terços das pessoas eram pais com crianças de colo. A resposta do atendente era semelhante para todos: não tem pediatra. Enquanto alguns recorriam a outras unidades da cidade, a maioria era encaminhada à UPA, que conta com atendimentos de clínicos-gerais.

Foi o caso do produtor rural Everton da Silva que precisou de um médico para o filho no fim de semana. Feridas na boca do nenê se formaram e a febre causou preocupação. Ao levá-lo no posto de saúde, não recebeu o atendimento pediátrico por não haver especialista.

O pai recorreu à UPA, mas não obteve um diagnóstico satisfatório. “Foi muito superficial, pois receitaram apenas paracetamol.

Tive de mostrar onde seriam as prováveis causas, porque ele mal tocou no meu filho.”

A principal preocupação foi na segunda tentativa de consulta na mesma unidade de saúde. Conforme Silva, a médica que o atendeu acabou por receitar um medicamento para adulto, mas voltou atrás. “Ela estava com dúvidas na hora da receita. Ainda bem que percebeu antes e suspendeu a medicação”, conta.

Uma mãe que não quis se identificar afirmou que não é a primeira vez que necessita de atendimento pediátrico sem obter o serviço. Na última vez, o atendimento foi de clínico-geral.

Ele receitou antibióticos para a filha. Ao terminar o tratamento,

Déficit de pediatras na cidade é parecido com a situação vivenciada por milhões de famílias no estado e no país

os sintomas voltaram. “Quando consegui um pediatra, ele disse que foram poucos dias de uso do remédio, o que causou resistência e minha filha teve que tomar medicação ainda mais forte por conta do erro”, desabafa.

Sem previsão para novas contratações No país, são 17 pediatras para cada 100 mil pessoas.

OMS recomenda um para cada mil habitantes

De acordo com o secretário de Saúde, Glademir Schwingel, do total de pacientes que procuram a UPA, 25% são crianças. A rede municipal conta com quatro médicos pediatras, que se revezam nos postos, atendendo uma população de 78,4 mil habitantes.

Schwingel afirma que no bairro São Cristóvão o atendimento é diário, pelo menos em um turno, e no bairro Universitário existe

a possibilidade de consultas na clínica-escola da Univates.

O secretário descartou a possibilidade de novas contratações. “Não há plano para novas contratações. Até porque há escassez desse profissional no mercado. Mas, dentro do que o município se propõe, os pediatras estão dando conta da demanda.”

Schwingel enfatiza que nem todos os atendimentos às crianças devem ser feitos exclusivamente por pediatras. “São necessários e fundamentais no atendimento às crianças, mas é preciso entender que em casos comuns podem ser atendidos por clínicos-gerais.”

Situação semelhante no país Em 2014, o Conselho Regional

de Medicina do RS (Cremers) afirmou que a escassez dessa especialidade era preocupante e seguia uma tendência nacional.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o problema começou faz 14 anos, com a criação do Programa Saúde da Família, do governo federal.

Ficou definido que as crianças seriam atendidas pelo médico da família, e não mais por pediatras. Isso desestimulou a busca dos recém-formados pela especialidade.

A Organização Mundial da saúde (OMS) recomenda um médico para cada mil habitantes.

No Brasil, há 17 pediatras para cada cem mil pessoas. No estado, há 2.779 médicos pediatras registrados (um para cada 400 habitantes). Em Lajeado, conforme o Cremers, há um pediatra para cada 275 moradores.

Os números não condizem com a situação vivida por milhares de famílias no RS. A explicação vem do próprio Conselho de Medicina: muitos registrados não seguem a profissão ou migram para especificações avançadas, que têm melhor remuneração.

A falta desses profissionais chegou a virar caso de Justiça na cidade. Há dois anos, pais inconformados com a falta de pediatras no pronto atendimento da Unimed, no Hospital Bruno Born (HBB), ingressaram com ação no Ministério Público (MP).

Estavam contrariados com a decisão de atender somente casos de urgência e emergência. A falta de pediatra fez com que uma mães procurasse ainda a Polícia Civil para registrar o caso.

Reunião debate ações para coibir furtos no Novo Tempo I e II CAMILLE LENZ/DIVULGAÇÃO

Lajeado Órgãos de segurança se reúnem amanhã, 21, às 14h, para debater medidas e tentar coibir furtos nas obras dos residenciais Novo Tempo I e II, no bairro Santo Antônio. O encontro ocorre na Secretaria de Segurança Pública e Cidadania (SSPC).

Participam do encontro membros da Secretaria de Segurança

Pública e Cidadania (SSPC), delegado de Polícia Civil Juliano Stobbe, comandante da Brigada Militar, major Inácio Cayê, e responsáveis pela obra.

Segundo o secretário da pasta, Gerson Teixeira, os furtos ocorriam com frequência durante o início da obra. Nas últimas semanas, funcionários perceberam o furto de materiais de construção.

“O responsável pela obra chegou a registrar ocorrência, mas como não houve flagrante os suspeitos foram liberados.”

De acordo com ele, a pasta não tem sugestão das possíveis maneiras para impedir a invasão de pessoas não autorizadas no local.

Para Teixeira, as medidas de fiscalização dependerão de sugestões e da ação da Brigada Militar.

Secretaria de Segurança quer evitar furtos nos Residenciais Novo Tempo I e II

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Cidades

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Mistério ronda morte de terneiros na cidade Ataques podem ter sido de animais selvagens ou cães abandonados de grande porte FOTOS FÁBIO KUHN

Arroio do Meio

A invasão é de fato causada por nós humanos”

A

morte de três terneiros na propriedade da família Schumann preocupa a população de Dona Rita. Os moradores suspeitam que os animais tenham sido atacados por um puma – também conhecido como onça parda ou leão baio.

Responsável pela propriedade, Derli Paulo Fell, 33, relata que o primeiro ataque aconteceu em julho. Dois animais foram mortos enquanto pastavam em um potreiro. Um deles teve metade do corpo comido, enquanto o outro agonizou devido aos ferimentos.

No dia 20 de agosto, a situação se repetiu. Dessa vez, um terneiro foi morto dentro da estrebaria e outro saiu ferido. Para evitar mais ataques, Fell instalou uma câmera na propriedade e fechou a estrebaria.

Fell mostra marcas de arranhões nas paredes e pegadas que, na opinião dele, provariam a existência de um animal selvagem nas redondezas. “São pegadas muito grandes para ser de cachorros.”

O vizinho Sérgio Werner, 72, também acredita na hipótese.

“Ouvi os gritos dos terneiros em um dos ataques. Fui ver como eles ficaram. Não pode ter sido feito por cachorros,” relembra.

Outro morador das proximidades, Ricardo Doertzbacher, 42,

O pesquisador Jaime Luís Diehl trabalha na instalação de armadilhas fotográficas nas matas do Vale do Taquari para investigar a presença de animais selvagens.

Fell mostra pegadas, que na opinião dos moradores locais provariam a existência de um animal selvagem nas proximidades de Dona Rita

teme pela segurança da família.

“Se realmente há um animal selvagem, não sei até que ponto ele não pode nos atacar também.”

Outra possibilidade Sargento do Polícia Ambiental da Brigada Militar de Estrela (Patram), Rogério Auler destaca que seria necessária uma investigação para comprovar a existência do puma concolor. Destaca que os ataques de felinos selvagens são incomuns, mas podem acontecer quando o animal não consegue

garantir a subsistência na mata.

Auler aponta outra hipótese para os ataques aos terneiros. De acordo com ele, os responsáveis podem ser cães de grande porte. “Se comprovada essa possibilidade, os moradores devem identificar os proprietários dos cachorros e responsabilizá-los.”

A Hora – Há muitas espécies de animais selvagens no Vale do Taquari?

Jaime Diehl – O Vale do Taquari abriga uma fauna característica da Mata Atlântica. Meu foco são os mamíferos, tendo detectado 21 espécies até o momento.

Como exemplo, poderia citar três espécies de gatos silvestres: gato-maracajá, gato-do-mato e gato-mourisco.

O que corrobora para a saída desses animais da mata e invasão à propriedades rurais?

Diehl – Soa repetitivo, porém, a invasão é de fato causada por nós, huma-

nos. É claro que tem que se considerar um aumento das populações dos silvestres em alguns lugares, o que também aumenta as possibilidades de contato entre homem e animais. É possível o ataque de animais silvestres contra humanos?

Diehl – Apesar de ser muito raro, pode. Contudo, é preciso analisar estatísticas de quantos ataques de animais silvestres ocorrem versus quantos animais silvestres são feridos e/ ou abatidos por pessoas.

Para se ter uma ideia, só de atropelamentos, estima-se que devam ocorrer cerca de 450 milhões anualmente só no Brasil, com morte dos indivíduos. Soma-se a isso a eliminação de habitats por desmatamento, expansão urbana, agrícola e pecuária.

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Confira os estabelecimentos que funcionam neste feriado

Audiência pública apresenta LDO 2017

Temperaturas amenas marcam término da Semana Farroupilha

Mato Leitão

Vale do Taquari

L

ojas, supermercados e serviço público estão restritos hoje em razão do feriado. Os postos de saúde estão fechados, e os atendimentos de emergência são feitos nos hospitais e UPA. Os bancos também estão fechados, mas os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para saques, depósitos e pagamentos com código de barras.

Entre os supermercados da região, as lojas das redes Imec e Rissul atendem até as 21h.

No shopping Lajeado, a praça de alimentação e o cinema funcionam normalmente. As

lojas estarão fechadas ao longo do dia, segundo a administração.

Em Lajeado, a coleta de lixo será normal. O Departamento de Trânsito e Serviços Concedidos funciona em regime de plantão. Os moradores podem contatar pelo 39821000.

Dia de sol Segundo os meteorologistas, o feriado será ensolarado e com temperaturas amenas.

Os lajeadenses podem usufruir do Jardim Botânico, que fica aberto das 8h às 12h e das 14h às 18h. Outra alternativa é o Parque Histórico, que funciona das 13h às 19h.

SERVIÇOS DISPONÍVEIS Supermercados Desco Lajeado: fechado hoje Imec Apenas o restaurante da matriz não abre, as lojas funcionam em horário normal das 8h às 21h STR Fechado hoje Rissul Lajeado: aberto das 9h às 21h.

Maxxi Lajeado: fechado hoje.

Dália Fechado hoje Languiru Todas as unidades fechadas hoje

Outros estabelecimentos Shopping Lajeado Lojas: fechadas hoje Praça de alimentação: das 11h às 22h Cinema: funcionamento normal

Serviços básicos Bancos: agências fecham hoje.

Saúde Postos de saúde estão fechados. Em Lajeado, os pacientes podem buscar atendimento na UPA

As metas e prioridades da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano foram apresentadas, na sexta-feira, 16, durante audiência pública. A assessora de Gabinete, Ana Paula Reiter, apresentou os dados na sala do Gabinete do Executivo.

Conforme a apresentação, o valor previsto para o orçamento 2017 é de R$ 24.850.000. Esse valor contempla as secretarias de Administração e Planejamento, Finanças, Obras, Viação e Trânsito, Agricultura e Meio Ambiente, Saúde, Educação, Cultura e Desporto, Assistência Social, Habitação e Cidadania e também o Legislativo e Gabinete do Prefeito.

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DIVULGAÇÃO

Controle da produção pode garantir lucro

Coordenador do fórum, Márcio Mügge frisa a importância de qualificar o setor

“Nosso cliente busca produto de qualidade” Fórum do Leite começa na quarta Vale do Taquari

C

om organização do Colégio Teutônia e parceiros, inicia amanhã à noite a 10ª edição do Fórum Tecnológico do Leite e a 6ª Feira Agro-comercial. Durante dois dias, serão debatidas ações em inovação, sustentabilidade, políticas públicas, gestão, sucessão familiar, assistência técnica e extensão rural.

Para o coordenador Márcio Mügge, produzir mais, com qualidade, eficiência e a custos racionalizados, desafia produtores. “Nosso consumidor busca um produto de qualidade. Isso mantém e abre novos mercados.”

Salienta a importância do setor para a economia do Vale. Dados da Emater apontam uma movimentação de R$ 1 bilhão por ano, em 55 municípios atendidos.

PROGRAMAÇÃO Dia 21 – quarta-feira 19h30min – Abertura – Auditório do Colégio Teutônia 20h – Painel “Qualidade do leite, cenário e ações governamentais”.

Dia 22 – quinta-feira 9h às 11h – Escolinha do Leite – Miniauditório do CT 9h30min às 11h – Palestra “Forrageiras para integração lavoura pecuária”

11h às 14h – Circuito de visitação à Feira Agro Comercial e Estações Temáticas, com a participação de agroindústrias – Estrutura interna do CT 14h – Painel “Sistemas de produção – relato de experiências de produtores” – Auditório Central do CT 14h às 16h – Escolinha do Leite 16h – Concurso do leite em metro e sorteio de brindes

A Hora – Nos últimos três anos, a cadeia leiteira foi alvo de várias fraudes que denegriram a imagem do setor. Centenas de produtores acumulam dívidas e deixam a atividade. Quais seriam as alternativas para mudar esse cenário e recuperar a credibilidade?

Márcio Mügge – É importante salientar que as fraudes foram identificadas a partir de um processo de fiscalização, fundamental em todo e qualquer processo de produção de alimentos. Mesmo que esse período tenha sido turbulento, e de perdas, quando alguns empreendimentos inclusive fecharam suas portas, acredito que estamos caminhando para um cenário favorável em que o mercado consumidor identificará que nossa região produz alimentos de qualidade e sem adulteração, pois aqui somos fiscalizados.

Oscilação do preço, seguidos aumentos nos custos de produção, falta de mão de obra e consumo em queda também prejudicam quem persiste na atividade. Como o produtor pode driblar esses empecilhos e enxergar uma oportunidade em meio à crise?

Mügge – Crises vão e vêm, e isso ocorre em todos os setores da economia. É fundamental o produtor focar o seu processo de produção, com vista à gestão da propriedade. É necessário que acompanhe todos os elementos que compõem o processo e se torne o mais eficiente possível.

O produtor de leite precisa ser um administrador rural, necessita inovar, conhecer novas tecnologias[...]”

Durante o fórum, serão apresentados modelos produtivos. Como o agricultor pode identificar qual é o mais apropriado para sua propriedade e a hora certa de fazer os investimentos?

Mügge – Os modelos a serem apresentados estão sendo aplicados na nossa região, são viáveis e operam dentro dos conceitos da sustentabilidade econômica. Não há como identificar o melhor modelo, pois partem de características e realidades diferentes. A partir da apresentação, o produtor poderá verificar quais situações podem ser aplicadas na sua propriedade, o que já possui e faz e o que pode incrementar.

A aplicação de novos sistemas nem sempre está condicionada a altos investimentos. Muitas vezes, pequenas ações eficientes representam grandes diferenças.

Quem não tiver qualidade e quantidade ficará para trás?

Mügge – Qualidade é fun-

damental em todo e qualquer produto e serviço. É isso que o mercado consumidor quer e busca. Na produção leiteira, não é diferente, por isso, produzir leite de qualidade é essencial para garantir e conquistar novos mercados.

A quantidade precisa ser melhor observada com vistas especialmente aos custos de produção. Não adianta aumentar a quantidade e na mesma escala as despesas. De fato, indicadores que caracterizam o mercado apontam o aumento da produtividade para sustentar a produção, e esse é um desafio que precisa ser enfrentado pela cadeia leiteira.

Profissionalização e planejamento são os principais gargalos a serem superados?

Mügge – Penso que sim. É muito importante que o produtor tenha a consciência de que ele precisa se profissionalizar. Focar na gestão de sua propriedade garante condições para tomar decisões importantes. O produtor de leite precisa ser um administrador rural, necessita inovar, conhecer novas tecnologias, avaliar sempre suas ações, olhar para os custos, observar o mercado e identificar os momentos certos para investir e trabalhar em parceria. Ao mesmo tempo, a sociedade, por meio de suas representações nos diversos setores, também precisa estar atenta ao setor, pois sem ele certamente terá enormes problemas sociais.

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Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Sartori participa de homenagem a bispo Religioso Paulo de Conto comemorou 25 anos de ordenação. Evento ocorreu domingo Encantado ser o primeiro bispo na recém-criada Diocese de Criciúma (SC).

Depois de dez anos, foi transferido para a Diocese de Montenegro, onde permanece até hoje.

Os festejos do episcopado de Conto seguem até outubro, quando ele realiza duas visitas a Santa Cruz do Sul e Pantano Grande.

A

celebração eucarística em ação de graças, realizada em Jacarezinho no domingo, marcou os 25 anos de ordenação episcopal do bispo Paulo Antônio de Conto, 73. Natural do distrito encantadense, Conto passou pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso durante o episcopado.

Centenas de pessoas acompanharam a missa celebrada pelo bispo a partir das 10h. Entre o público, estava o governador José Ivo Sartori e o deputado estadual Edson Brum. A programação seguiu com almoço ao meio-dia.

Durante o evento, Conto recordou a primeira diocese de São Luís de Cáceres (MT). Também destacou a superação de desafios, as alegrias e as obras realizadas nas comunidades onde passou.

Filho de Pio Luiz de Conto e Rosina Pretto de Conto, desde peque-

CARTA DO PAPA Governador acompanhou cerimônia ao lado do deputado Edson Brum

no o bispo demonstrava interesse pelo sacerdócio. “Desde pequeno, sempre pensei em ser padre. Até brincava de rezar missa em Jacarezinho”, recorda.

Com 11 anos, Conto se mudou ao Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Arroio do Meio. Cursou o Ensino Médio no Seminário São José, de Gravataí, e fez a faculdade de Filosofia e Teologia no Se-

minário Maior Nossa Senhora da Conceição. Durante oito meses, ele participou de um curso de espiritualidade em Roma.

Ele foi ordenado padre pelo bispo Alberto Etges no dia 13 de julho de 1968 e começou a exercer as atividades em Encantado. Passou ainda por Rio Pardo, Pantano Grande, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre, onde ocupou os car-

Bispo completou jubileu de prata

gos de vigário, pároco e reitor.

No dia 15 de setembro de 1991, Conto foi ordenado bispo. Com o lema “Meu viver é Cristo”, foi transferido para a diocese de São Luís de Cáceres. “O fato de um simples padre ser elevado ao cargo de sucessor dos apóstolos é muito marcante.”

Sete anos depois, Conto foi escolhido pelo papa João Paulo II para

O papa Francisco encaminhou uma carta a Paulo de Conto para parabenizar pela passagem do jubileu de prata. Escrita em latim, a correspondência relembrava momentos do bispo.

O papa destaca que Conto lutou “para que os fiéis, cônscios da vocação, prosperassem na fé, esperança e caridade, no seguimento a Cristo e no florescimento da vida diocesana.”

Campanha de trânsito começa com blitz Cachorro é atendido no saguão da prefeitura Teutônia

Em busca de um trânsito mais seguro, o Executivo, em parceria com a Polícia Rodoviária Estadual (PRF), Brigada Militar e Corpo de Bombeiros Voluntários, abriu a Semana Nacional do Trânsito. A primeira ação foi uma blitz educativa realizada

na manhã de segunda-feira, em frente à sede da PRF na RSC-453, Rota do Sol. Os participantes entregaram panfletos e adesivos com o tema “Eu sou mais um – por um trânsito mais seguro”. O slogan foi elaborado pelo Conselho Nacional de Trânsito, com objetivo de ampliar a adesão por atitudes conscientes nas estradas.

A campanha continua na quinta-feira com palestra ministrada pelo sociólogo e consultor

do Detran, Eduardo Biavati. O tema será “Mobilidade, saúde e juventude – Desafios para uma década”. O evento inicia às 19h30min, na Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru.

No domingo, às 15h, os bombeiros voluntários realizam simulação de um acidente de trânsito em frente à prefeitura.

Segundo o presidente do CBV, Markyson Marques, o evento encerra a programação da Semana do Trânsito.

Lajeado Nessa terça-feira à tarde, um cão foi levado por populares para dentro do saguão do prefeitura. O cachorro estava ferido, com um corte profundo em uma das patas.

Após contato com o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV), foi medicado e levado ao canil.

Funcionários da equipe criticam a forma como a população lida com as situações dos animais abandonados.

Em nota, o governo afirma que quando a equipe foi chamada, no bairro São José, se encontrava em

atendimento de outro animal no bairro Santo André. Antes disso, os servidores atenderam a um cachorro no Planalto e outro cão atropelado, na rua Carlos Spohr Filho. “O procedimento dessas pessoas que levaram o animal à prefeitura foi incorreto. Após ligar ao CCZV, deveriam ter aguardado, ou então levar para um veterinário”, diz a nota. “A equipe da CCZV não está medindo esforços para atender aos chamados.

E a população precisa entender que deve contatar com o órgão somente em casos de urgência e emergência”, conclui a nota.

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Política

PROGRESSO

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Candidatos defendem a expansão das agroindústrias

O

setor primário receberá atenção especial.

O objetivo é expandir e diversificar a produção agrícola, em especial, as

agroindústrias. Os dois candidatos que disputam o Executivo pretendem oferecer apoio técnico e infraestrutura para qualificar a atividade e evitar que

a população deixe de atuar na agricultura.

Gilberto Costantin (PDT), o “Tigrão” e o vice Adriano Guarangi (PP) fazem parte da coligação en-

tre as duas legendas. Valmir Girardi (PTB) e Nadir Pinton (PMDB) são os candidatos da aliança formada por quatro partidos – PTB, PMDB, PT e PTdoB.

Valmir Girardi (PTB)

Gilberto Costantin (PDT), o

é aposentado. Tem 63 anos e é natural de Lajeado.

“Tigrão”, é empresário. Natural de Progresso e tem 51 anos.

Precisamos fazer a integração entre Gramado Xavier e Boqueirão do Leão. Hoje temos ligação entre Progresso até parte de Campo Branco. Fazendo essa interligação com esses dois municípios é uma grande satisfação. Isso representa crescimento local.

A ausência de acesso asfáltico na ligação entre Barros Cassal e Boqueirão do Leão é um dos gargalos da infraestrutura local. Como é possível viabilizar essa demanda?

Precisamos promover cursos profissionalizantes aos professores. Aperfeiçoar as estruturas físicas das escolas. Essa medida contribui para a qualidade de vida dos estudantes. Para reduzir o analfabetismo, vamos implementar um projeto voltado à Educação de Jovens e Adultos tanto no interior como na cidade.

Levantamento mostra que, em 2014, Progresso teve uma taxa de reprovação de 1,8% no Fundamental. O analfabetismo supera os 8%.

O que fará para reduzir esses números?

Faremos um projeto junto à Funasa para a construção de fossas nas residências. Essa medida é essencial para proteger o meio ambiente e, em especial, os mananciais hídricos.

Estaremos juntos para efetuar esse projeto buscando apoio dos governos federal e estadual para executá-lo.

Em relação ao saneamento, quase 60% das residências têm fossas rudimentares. O que será feito para resolver a situação? Como fazer as adequações necessárias?

Temos como meta formalizar com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde, uma parceria para iniciar a execução de um projeto de saneamento básico.

Com esse projeto elaborado, estaremos aptos a buscar recursos junto aos governos estadual e federal.

Em relação à saúde, o atendimento está adequado? O que é necessário mudar? Quais são suas propostas?

Nossa grande referência é o Hospital Santa Isabel, que atende, além de Progresso, municípios como Barros Cassal, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Pouso Novo, entre outros, sendo referência microrregional em saúde. Pretendemos manter a parceria com o hospital. Vamos dialogar com a administração do Santa Isabel a possibilidade de Progresso poder voltar a contar com médico pediatra. Os postos de saúde vão ser serviços auxiliares no cuidado da saúde das famílias.

Setor primário movimenta a economia local.

De que forma é possível expandir a agricultura, diversificá-la e atrair investimentos?

A agricultura é o coração da economia. Vamos atender bem o agricultor mantendo boas condições das estradas, assistência técnica, parcerias com o Sindicato, Emater e ouvir o Conselho da Agricultura. Vamos incentivar a diversificação como a criação de peixes, apicultura e hortifrutigranjeiros. Em programas como a Merenda Escolar, vamos trabalhar para que 100% dos produtos sejam adquiridos direto dos agricultores.

Vamos melhorar o atendimento nos dois postos médicos, em Campo Branco e na sede. Pretendemos viabilizar a reabertura do posto de saúde em Xaxim que está fechado. Há atendimento 24h no hospital. O plantão vai continuar em meu governo.

Queremos qualificar o serviço prestado, com a ampliação de especialidades médicas. Nosso hospital melhorou muito e hoje posso dizer que presta um serviço de primeiro mundo.

Queremos adquirir um trator-esteira para disponibilizar às propriedades. Incentivaremos a piscicultura para promover a diversificação. Vamos priorizar o atendimento do setor primário. Daremos incentivos aos hortigranjeiros e cítricos. Vamos disponibilizar mudas e apoio técnico. O setor leiteiro se destaca. Precisamos buscar melhorias para essa atividade. Na avicultura, precisamos incentivar os produtores.

O município de Progresso vai trabalhar em parceria com os outros municípios beneficiados. Lutaremos, permanentemente, junto ao governo estadual para buscar recursos necessários para a pavimentação dessas rodovias.

Vamos oferecer qualificação permanente aos profissionais da educação. Pretendemos fazer parcerias com as universidades e promover cursos de extensão para os professores municipais e estaduais. A alfabetização das crianças deve iniciar na hora certa para garantir que não haja mais “novos analfabetos”. O EJA será ofertado para que os adultos que ainda são analfabetos sejam alfabetizados.

Política

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

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Candidatos a vice prometem atuação efetiva no mandato

M

anter uma boa relação com o colega de chapa e assumir mais responsabilidades é a tônica

do discurso dos três candidatos a vice-prefeito de Lajeado.

Mesmo assim, a possibilidade de passarem à oposição em um eventual governo não é

Como será a sua atuação caso a chapa seja eleita?

Glaucia Schumacher (PP), aos 42 anos, a advogada e jornalista concorre pela primeira vez

Renato Worm (PDT), o jornalista de 61 anos também estreia na vida pública neste pleito

Vilsinho Jacques (PT), aos 59 anos, o advogado é o candidato mais experiente em eleições

descartada por Glaucia Schumacher (PP), vice na chapa de Marcelo Caumo (PP), e Renato Worm (PDT), postulante ao cargo na chapa de Márcia Scherer.

Como avalia a função e relevância do vice no nosso sistema político?

O atual vice-prefeito e candidato à reeleição, Vilsinho Jacques (PTB), refuta a ideia de romper relações com Luís Fernando Schmidt (PT).

Em comum, os três defendem que o eleito deverá ser mais atuante no mandato.

Confira a seguir a entrevista concedida ao A Hora.

Temos alguns casos em que a relação entre vice e cabeça de chapa era extremamente conflituosa. Qual será sua postura em eventuais conflitos?

Como é e como deverá ser a sua relação com o prefeito (a) caso sejam eleitos?

Muito tranquila, porque eu e o Marcelo já temos uma amizade de longa data, eu acredito que isso facilita a convivência. Já trabalhamos juntos, atuando em prefeituras, então, com certeza isso facilita o diálogo e nós temos um projeto em comum.

Então nós dois sabemos onde queremos chegar, então, será uma dobradinha bem tranquila.

Eu quero ser uma vice-prefeita atuante. Eu e o Marcelo (Caumo) conversamos muito, nós temos muita afinidade e queremos governar Lajeado a quatro mãos. Nós temos um projeto, representamos um grupo de pessoas e queremos estar juntos nas decisões. Eu tenho certeza que o Marcelo me quer ao seu lado e não apenas como um suporte.

Para ser atuante, você tem que participar das decisões, então, vamos estar juntos.

Acho que a função do vice é cada vez mais importante, até porque quando o eleitor vota ele escolhe o principal e o vice, ele já sabe quem vai substituir e vai estar ao lado do prefeito. Por isso, eu acho que a atuação tem de ser forte, porque ele está escolhendo a dupla.

Isso acontece quando duas pessoas se unem apenas para ganhar uma eleição, quando não tem um projeto definido.

Quando os dois caminham no mesmo sentido, isso dificilmente acontece. Claro que, se um dos dois se desviar do projeto, outro terá de seguir o caminho.

Se ele desviar, com certeza eu iria chamá-lo para uma conversa e, se ele não seguisse o projeto, eu não iria permitir sair do meu ideal de cidade só para manter uma chapa.

Nós não definimos exatamente como será minha participação, porque não definimos nenhum cargo até agora, não se fala em nomes. Se fala em redução, mas não temos ainda quais secretarias vamos reduzir.

Não tem uma definição, a participação vai ser direta, como nós vamos ver depois se lograrmos êxito.

Até pouco tempo atrás, eu via que o vice não deveria interferir muito, podia sim, ao ser chamado a colaborar, ajudar nas decisões, mas não estar o tempo todo no conjunto. Hoje já vejo de uma forma um pouco diferente, ele tem que participar mesmo que não em um cargo definido, mas nas decisões, nos conselhos. Então vejo como muito importante a participação direta do vice.

Cada caso é um caso, não podemos trazer para Lajeado, pois são distintos. Agora, eu afirmo categoricamente, se o que nos comprometermos não for posto em execução, eu sou sim oposição. Porque nós fizemos juntos um plano de governo, pensamos Lajeado de uma maneira diferente, tudo foi de comum acordo e estamos mostrando para a população um novo projeto e que é possível.

Eu fui um vice-prefeito que esteve todos os dias na prefeitura. Eu deixei a minha profissão para me dedicar à prefeitura e pretendo continuar assim, isso me satisfaz muito poder atender as pessoas.

Nós temos essa relação muito estreita, harmoniosa, às vezes divergente, mas sempre num bom nível com respeito mútuo.

Eu quero continuar com esse tipo de atuação, muito próximo ao prefeito.

Tirando o papel constitucional de representar o prefeito na sua ausência, eu penso que posso e quero influenciar mais, colocar mais o meu pensamento nas ações que o prefeito vá desenvolver. Eu quero um relacionamento ainda maior, uma discussão e uma oportunidade de participar mais. O protagonismo é do prefeito, eu não me considero protagonista, talvez quem sabe um dia. Mas eu quero estar ao lado para discutir questões mais polêmicas.

Esses casos são emblemáticos e eles vão ao encontro do que eu disse antes, quem saiu perdendo com tudo isso foi a população. Porque uma briga entre essas duas lideranças não convém e faz com que o município perca. Eu não acredito que isso possa acontecer porque eu e o Luís Fernando temos em primeiro lugar respeito um pelo outro.

Jamais eu vou agredi-lo no seu pensamento eu respeito e tenho o meu.

Eu acredito, pelo que conheço a Márcia, pela convivência que temos, que deve ser um relacionamento muito bom. Quero acreditar que não teremos problema nenhum, muito pelo contrário, porque meu objetivo vai ser o de ajudá-la. E ela vai querer, certamente, essa colaboração, essa parceria.

Então, vejo que nós estamos até aqui muito bem afinados.

Eu e o Luís Fernando, e as pessoas sabem disso, temos uma grande proximidade e harmonia. E não posso entender nada diferente disso, um prefeito e um vice não tenham essa convivência harmoniosa porque esse tipo de relacionamento beneficia a administração e o município. A minha convivência com ele continuará sendo a melhor possível no intuito de buscarmos resolver os problemas da cidade.

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Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Fumicultor intensifica plantio de mudas Orientação é para manter a área cultivada do ciclo anterior. Preço aumentou 40% FELIPE NEITZKE

Vales do Taquari e Rio Pardo

Outros motivos para ampliar o cultivo são as perdas provocadas pelos temporais de granizo e umidade em excesso. “Para recompor os prejuízos, muitas famílias plantam mais. Estamos apreensivos. Caso a previsão climática se confirmar, teremos uma safra cheia e poderá sobrar produto.”

F

lorindo Luzzani, 59, de Boqueirão do Leão, está entre os que agilizam o transplante de mudas. A família manterá a área da safra anterior, 80 mil pés. “Queria plantar mais, no entanto, o rigor das leis trabalhistas para contratar diaristas mudou nossos planos.”

Produtor faz 45 anos, chegou a cultivar 200 mil pés, mas a carência de mão de obra e a alta nos custos dos insumos o fizeram recuar a área gradativamente.

Hoje, além de Luzzani e a mulher, os três filhos auxiliam no trabalho. Na safra passada, colheram mais de 560 arrobas. O rendimento chegou a R$ 95 mil. “Vendi a arroba por uma média de R$ 170.”

Pelo segundo ano consecutivo, optou por semear aveia nas áreas onde faz o transplante das mudas. A técnica de plantio di-

De volta ao campo Luzzani acatou a orientação da Afubra e manterá a mesma área cultivada

reto favorece a cultura em anos de chuva moderada, como está previsto para este ciclo. “A palha ajuda a controlar o inço e mantém o solo úmido.” O transplante será finalizado até outubro e, na primeira quinzena de dezembro, começa a safra.

Com o aumento de 40% no preço pago ao produtor, a Afubra

projeta um aumento de até 10% na área para este ciclo. Contudo, a orientação da entidade é que, no máximo, se mantenha a mesma quantidade da safra anterior, para o produto final continuar valorizado. “Se aumentar a oferta, com certeza a cotação será menor”, salienta o tesoureiro Marcílio Drescher.

Em Boqueirão do Leão, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), José Fumagali, diz que a cultura terá um incremento de 10% na área. Entre os motivos, enumera o valor pago pela arroba e o retorno de muitas famílias ao interior. “Perderam o emprego na cidade e o tabaco é uma das únicas opções de renda. A indústria financia tudo e o agricultor paga com o dinheiro da produção. Poucas atividades oferecem essa vantagem.”

De acordo com a Emater, a cultura ocupa três mil hectares e a

produção chega a seis mil toneladas ao ano. Movimenta R$ 45,6 milhões.

Produção cai Conforme Alexandre Paloschi, coordenador do Departamento de Pesquisa e Estatística da Afubra, na safra 2015/16, foram colhidas 525,2 mil toneladas nos três estados da Região Sul. Devido a problemas meteorológicos, a oferta reduziu em 172,4 mil toneladas, comparando com o ciclo anterior.

Em compensação, o valor pago pelo quilo aumentou. De R$ 7,13, saltou para R$ 9,95. “Amenizou em parte as perdas de produtividade devido ao excesso de chuva e ocorrência de granizo.”

Paloschi reforça a orientação de Drescher para que o fumicultor evite o aumento da área cultivada. Com a oferta maior do que demanda, podem haver frustrações, alerta.

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

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Geólogo avalia vestígios de povos antigos Profissional veio de São Paulo até a região para verificar artefatos arqueológicos FOTOS DIVULGAÇÃO/INPE

Vale do Taquari

“Artesões eram muito habilidosos”

O

pesquisador e geólogo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o lajeadense Paulo Roberto Martini, voltou à região em agosto para uma pesquisa de campo em Arroio do Meio. Ele já retornou, na semana passada, para as instalações do Inpe em São José dos Campos (SP) com diversos artefatos feitos com pedra polida e lascada, típico dos antigos caçadores.

Parte do material, como pontas de flecha de fina artesania, foi encontrada às margens do Rio Forqueta, e também nos roçados do bairro Forqueta e localidades vizinhas, como Linha Cairu, em Arroio do Meio. Os artefatos polidos são comuns, explica Martini, se comparados com outros descritos na literatura científica tradicional como pré-colombianos ou tupis-guaranis.

“Os lascados, entretanto, são bem diferenciados. Não só pelo fino artesanato de lapidação, mas principalmente pelo design do esculturamento. Permitem colocar a região como berço de linhagens muito mais antigas”, acredita o geólogo.

Segundo Martini, o objetivo da pesquisa é demonstrar que os locais verificados em Arroio do Meio foram revisitados por diferentes paleo-povoamentos, muito antes da chegada dos primeiros colonos. Ele explica que

O geólogo atenta para a correlação dos objetos encontrados com outros instrumentos em silex da cultura umbu, datada geralmente de 3 mil antes do presente arqueológico. “O artefato lascado em silex é muito bem trabalhado, uma verdadeira obra de arte. Os artesões locais eram muito habilidosos”,

SAIBA MAIS Geólogo do Inpe Paulo Martini recolheu objetos no Rio Forqueta

Meio. Descobrir como isso ocorreu é um bom desafio para a ciência”, provoca. De acordo com ele, há semelhanças também com artefatos encontrados na África Oriental, que datam de 1,4 milhão de anos.

Alguns objetos encontrados pelo pesquisador foram levados ao Inpe, em São José dos Campos (SP)

os padrões de lascamento apontam para a presença de uma cultura que permite correlação com outra, africana, bem mais antiga e distante.

“O tipo de lascamento é semelhante ao africano. A cultura do entalhamento é a mesma. Ela saiu da África entre os anos de 12.000 e 4.000 anos antes do presente, e estava ali em Arroio do

Lixo verde recolhido em três bairros nesta semana Lajeado A Secretaria de Agricultura e Urbanismo (Saurb) recolhe o lixo verde nos bairros São Cristóvão, Olarias, Igrejinha e Centenário. O trabalho iniciou ontem, 19, e se estende até o dia 23. Na semana passada, foram recolhidas 23 cargas no Jardim do Cedro, quatro em Conventos, três no bairro das Nações, três no Morro 25, sete

avalia.

Martini cita que as pontas de flexas com o suporte de calcedônias também são “finas obras de arte”. Segundo ele, o silex e as calcedônias demonstram que os sítios estudados foram ocupados – repetidamente – desde alguns milhares de anos pelos nativos.

Mas são os instrumentos lascados, entretanto, que sustentam a tese sobre uma cultura ainda mais antiga que a umbu.

no bairro Santo André e seis no Campestre.

O material verde, proveniente de roçadas, ajardinamentos e podas de árvores, é recolhido diariamente no município. Porém, os entulhos não são responsabilidade do poder público. A recomendação é que o cidadão contrate o serviço de tele-entulho. O depósito de entulhos em áreas públicas é proibido.

Silex é uma rocha dura, composta de calcedônia e opala. Pode ser de cor ruiva, parda ou negra.

Em termos populares, é a pederneira, uma pedra capaz de produzir centelhas ou faíscas se percutida

entre si ou pelo ferro. Em virtude dessa capacidade recebeu, também, o nome de pedra-de-fogo. Foi utilizada nos séculos XVII e XVIII em peças de artilharia, como mosquetes, pistolas e bacamartes.

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Política

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

JUREMIR VERSETTI/CHINELAGEM PRESS

Cerca de 60 pessoas protestaram contra a morte do estudante. Manifestantes criticaram a liberação do autor do disparo mesmo após ele ter confessado o crime na DPPA de Lajeado

ASSASSINATO EM CASA NOTURNA

Polícia manda prender segurança que matou jovem Alyson Moraes Spegiorini tinha 18 anos e foi atingido por um tiro durante uma discussão em frente à casa de festas Acordes, no centro. Autor do disparo, de 24 anos, não tinha porte de arma. Revólver calibre 38 estava em situação irregular.

Encantado

S

pegiorini estava fora da festa com a namorada quando começou uma discussão entre os segurança e alguns clientes. De acordo com testemunhas, a vítima teria tentado se aproximar da confusão quando ocorreu o disparo. O crime aconteceu por volta das 4h30min da madrugada

de sábado, 17.

“Ele não estava na briga. Chegou perto para ver o motivo da confusão”, relata um morador das proximidades. Delegado responsável pela investigação, Silvio Huppes afirma que o disparo ocorreu pouco depois da aproximação de Spegiorini.

“Pelo que pudemos avaliar nas imagens das câmeras de segurança, não constatamos

nenhuma agressão antes do crime, apenas discussões das quais a vítima não participou”, relata. Conforme o delegado, a confusão começou quando um cliente tentou retornar para a festa depois de sair para comprar bebida em uma loja de conveniência.

Segundo ele, os proprietários do estabelecimento estipularam o fim da festa para em torno das

5h30min e orientaram os seguranças a impedir a entrada de pessoas a partir das 4h. O bate-boca teria iniciado por volta das 4h10min.

Após o disparo, o segurança fugiu pela porta dos fundos da casa noturna. Uma testemunha alega que o pai da vítima chegou ao local cerca de dez minutos depois do crime, arrancou uma placa sinalizadora do chão

e quebrou os vidros do estabelecimento.

“Não foi só o pai. Todos os que estavam no local ficaram indignados com a situação e causaram uma grande confusão”, afirma. Uma ambulância do Samu foi depredada por populares por não ter levado o jovem para o hospital.

A BM afirma que Spegiorini já estava sem vida no momento da

Política

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

19

Reportagem: Thiago Maurique JUREMIR VERSETTI/CHINELAGEM PRESS

lidade de legítima defesa por parte do segurança. “Uma coisa é usar o cacetete, para conter o tumulto, o problema é usar arma de fogo”, aponta. Segundo ele, não estão registradas agressões contra o autor do disparo ou mesmo a eminência de ataques contra o vigilante.

Protesto por justiça

Amigos e parentes de Spegiorini colocaram cartazes na fachada da casa noturna Acorde, local do crime

cal de trabalho. Porém, além de não ter porte de arma, o autor do disparo estava fazendo um “bico” no momento do crime, portanto, não estava na empresa onde trabalha.

Segundo o delegado, as imagens averiguadas até o momento descartam qualquer possibi-

chegada dos socorristas e a cena foi preservada para a perícia.

Policiais usaram balas de borracha para dispersar a população que se aglomerava em frente à casa noturna.

O autor do disparo teria saído da cidade após o crime. Ele se apresentou na Delegacia de Pronto Atendimento de Lajeado no sábado, entregou a arma e confessou a autoria. Após prestar depoimento, o segurança foi liberado.

Conforme o chefe da Polícia Civil do RS, Émerson Wendt, como o autor se apresentou de forma espontânea não foi possível configurar prisão em flagrante. O mandado de prisão preventiva foi lavrado ontem. Até o fechamento da edição, o segurança não havia sido localizado.

Arma irregular Conforme o delegado Huppes, a arma do crime estava registrada no nome de uma empresa de segurança com sede em Porto Alegre, desativada em 1996.

O revólver havia sido furtado em 1990 e recuperado em Alvorada, em 2002.

Ainda não há confirmação sobre como o vigilante teve acesso ao revólver. “A arma estava com registro vencido, e ele alega ter comprado em Porto Alegre de uma pessoa desconhecida.”

De acordo com Huppes, os vigilantes devidamente cadastrados podem portar armas no lo-

Na tarde de sábado, amigos e familiares de Spegiorini organizaram um protesto exigindo justiça. Cerca de 60 pessoas participaram do ato. De acordo com um dos organizadores da manifestação, Lucas Concer, uma das principais crítica é em relação à liberação do autor do disparo após o depoimento.

“Vamos acompanhar as investigações durante a semana e se nada for feito com o culpado faremos novo protesto”, alega. Ele afirma que Spegiorini era uma pessoa calma e muito querida por todos os amigos e familiares.

“Era muito família, amava música, tocava violão e cantava rap”, lembra. Conforme Concer, a vítima estudava para concluir o sonho de se tornar DJ e produtor musical. Spegiorini THIAGO MAURIQUE

Vamos acompanhar as investigações durante a semana e se nada for feito com o culpado faremos novo protesto” Lucas Concer Amigo da vítima

De acordo com Huppes, imagens não mostram nenhuma agressão antes do tiro

era estudante e cursava o 3º ano do Ensino Médio.

Um homem que presenciou a cena do crime critica o uso de arma de fogo por parte de seguranças em eventos na cidade e na região. Segundo ele, os vigilantes tentam intimidar a população ao invés de acalmar os ânimos em caso de desavença.

“Poderiam usar algemas para conter os mais exaltados ou chamar a Brigada, mas preferem ir para o confronto.”

BRIGAS RECORRENTES Testemunhas da confusão afirmam que as brigas entre jovens se tornaram frequentes na noite de Encantado. De acordo com um estudante, grupos se reúnem em frente às festas para arrumar confusão.

“A sensação de insegurança é grande.”

Um taxista com ponto em frente à casa noturna alega ter desistido de trabalhar no horário noturno diante dos desentendimentos frequentes entre grupos de jovens.

Conforme Huppes, outras brigas foram registradas na delegacia ao longo do ano, mas nunca com disparos de arma de fogo.

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

ASTF

CLASSIFICAÇÃO

Vitória garante vaga na Série Ouro Equipe volta à quadra hoje, diante do Cachoeira Futsal, em Cachoeira do Sul, às 20h FÁBIO KUHN

D

epois de duas temporadas entre os primeiros colocados da Série Ouro, a ASTF tem uma semana decisiva para tentar a permanência na elite do futebol estadual.

Segundo colocado com 7 pontos, o time de Teutônia viaja a Cachoeira do Sul, onde, às 20h, o lanterna e já rebaixado para a Série Prata, Cachoeira Futsal. Uma vitória, aliada a uma derrota da Assaf para BGF, em Santa Cruz do Sul, garante a ASTF na Série Ouro em 2017.

Caso o time do Vale do Rio Pardo vença, a decisão de quem será rebaixado fica para sábado, quando a ASTF recebe, em Teutônia, a Assaf, e a BGF encara o Cachoeira Futsal, em Bento Gonçalves.

Para a partida, o técnico Christian Carniel tem o retorno do capitão Karoki, suspenso. Com isso, o time que inicia a partida é: Lucas Bastian, Karoki, Dionizio, Bruno Reis e Biel.

O feriado de 20 de Setembro será de muito futebol para os associados do Clube Sete de Setembro. A partir das 9h45min, ocorrem os jogos da 26ª rodada. A quatro rodadas do fim da próxima fase, algumas equipes podem garantir a classificação hoje.

Chave A Equipes

PG SG

ACBF

7

2

AES

5

3

Juventude

4

1

Assoeva

4

0

ADS/ATF

1

-6

Chave B Equipes

PG SG

Asif

7

7

Atlântico

7

4

América

5

-1

Alaf

3

-2

AGF

0

-8

Repescagem Equipes

PG SG

BGF

10

8

ASTF

7

5

Assaf

6

3

Cachoeira Futsal

0

-16

Resultados ASTF

Repescagem 0 x 4 BGF

Assaf

4 x

2

Cachoeira Futsal

No sábado a ASTF desperdiçou chance de se isolar na liderança da repescagem ao perder para o BGF por 4 a 0

Derrota para BGF Em busca da vitória para seguir na liderança, a ASTF sofreu uma derrota inesperada. Em Teutônia, o time da

casa perdeu por 4 a 0 para a BGF no sábado à noite. André e Fernandinho marcaram os gols do representante da Serra Gaúcha.

Doze jogos movimentam a rodada de hoje, a partir das 9h45min Sete de Setembro

Segunda fase

Na Série Ouro da primeira divisão, Viracopos/Lebber Imóveis, Renegados, Real Madruga e Galera estão a uma vitória da classificação para a fase eliminatória. Já na Série Prata, o Futebolzinho é o único time classificado. Os outros que podem se garantir são: Viracopos/ Imobiliária Antares e JéDuCa

Segunda divisão Pela segundona, o destaque da rodada fica para Arranca Toco e Cervejetarianos. Com a folga do UFC, as equipes podem assumir a liderança da Série Ouro. O primeiro joga às 11h contra o Sobras. O segundo encara o Coringa às 15h.

ACBF

Jogos de hoje x ASTF

Cachoeira Futsal Assaf

x BGF

Segunda fase 1 x 0 AES

Juventude

5 x

0

ADS/ATF

AGF

2 x 8

Asif

Atlântico

3 x 3

América

JOGOS DE HOJE Primeira divisão 9h45min – Prata – Polêmicos x FuteBar Avaí 11h – Ouro – Viracopos/Lebber Imóveis x Tabajara B 12h – Prata – Cataluña x JéDuCa 13h – Ouro – Alcatraz x Renegados FC 14h – Prata – Viracopos/Imobiliária Antares x Dinamite FC 15h – Ouro – Galera x Real Madruga

Segunda divisão 9h45min – Prata – Só Na Sorte x Copeiros FC 11h – Ouro – Arranca Toco x Sobras FC 12h – Prata – Galáticos FA x Alcatraz FC 13h – Ouro – Kamikazi FC x Dogs United FC 14h – Prata – Renegados FC x Só Pela Ceva 15h – Ouro – EC Coringa x Cervejetarianos FC

21

A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Grêmio

Renato promete time diferente quarta-feira Equipe recebe o Atlético-PR pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, às 19h30min

R

enato Portaluppi foi apresentado como novo técnico do Grêmio. No primeiro discurso, salientou que precisa recuperar a confiança, dizendo que o time atuará de maneira diferente amanhã diante do Atlético-PR pela Copa do Brasil.

Após a derrota para o Fluminense, o presidente Romildo Bolzan Jr. afirmou que a prioridade do Grêmio será a conquista da Copa do Brasil. Renato, no entanto, fez um discurso diferente. Admitiu que a Copa do Brasil é uma possibilidade de título maior que o Brasileirão, mas disse que tratará os jogos das duas competições com a mesma seriedade.

“Copa do Brasil é caminho mais curto para título, mas daremos também total atenção ao Brasileiro. Um clube do tamanho do Grêmio deve tratar todos os jogos com seriedade”, afirmou.

Sobre a escalação, descartou promover muitas mudanças na equipe em relação ao que Roger vinha fazendo. Ainda afirmou que ligará para Roger a fim de buscar informações sobre o elenco.

“Tem que aproveitar o entrosa-

RODRIGO RODRIGUES

CLASSIFICAÇÃO

Renato Gaúcho foi apresentado na segunda-feira como novo treinador do Grêmio e prometeu o título da Copa do Brasil

mento. Não se pode mudar três ou quatro peças de saída. Se eu mudo três jogadores e ele vão mal, eu acabo perdendo esses que entraram e os que saíram”, afirmou.

Não falei com ele, mas pretendo falar. Vou ligar para ele”, finalizou.

Renato comandou ontem à tarde o primeiro treino como técnico do Grêmio. Hoje realiza

o último trabalho antes do jogo contra o Atlético-PR, amanhã, às 19h30min, na Arena. Como venceu por 1 a 0 em Curitiba, o Tricolor garante vaga nas quartas de final da Copa do Brasil com um empate.

Desfalques pelo Brasileirão Mal foi apresentado e Renato

Gaúcho já ganhou três problemas para escalar a equipe na partida de domingo contra a Chapecoense. O lateral-direito Edílson, o zagueiro Kannemann e o volante Maicon levaram o terceiro cartão amarelo na derrota para o Fluminense e cumprem suspensão diante dos catarinenses.

Direção lança carteirinha de sócio com selo MARIANA CAPRA

Internacional O Sport Club Internacional lança novos modelos das carteirinhas de sócios, todos com layout reformulado e selo comemorativo dos dez anos da conquista do Mundial de 2006, no Japão. São três tipos de categorias, cada uma com cores diferenciadas para identificação do tipo de acesso do sócio. Todos os associados deverão realizar a troca até dezembro deste ano, na Central de Atendimento ao Sócio (CAS), mediante o pagamento de uma taxa de R$ 20. Para os colorados que compraram ou trocaram o cartão em 2016, o valor é de R$ 10.

“Estamos sempre pensando e

trabalhando na valorização dos nossos mais de cem mil sócios e também nos novos sócios. As novas carteiras estão muito bonitas. O selo em comemoração aos dez anos do Mundial estará na carteira de cada sócio, assim como aquela conquista está para sempre em nossa memória. Estamos utilizando as tarjas com cores diferentes (branca, dourada e vermelha) para que possamos identificar as categorias de sócios para um melhor atendimento ao sócio”, explica o diretor de administração Fabrício Berto.

A grande novidade é a caixa que é entregue aos sócios junto com a carteira. Ela é personalizada com o escudo do clube e con-

Clubes

PG SG

1º – Palmeiras

51

21

2º – Flamengo

50

10

3º – Atlético-MG

46

6

4º – Santos

45

18

5º – Corinthians

41

9

6º – Fluminense

40

4

7º – Atlético-PR

39

1

8º – Ponte Preta

39

-2

9º – Botafogo

38

1

10º – Chapecoense

38

-4

11º – Grêmio

37

0

12º – São Paulo

34

1

13º – Coritiba

33

0

14º – Sport

30

-5

15º – Cruzeiro

30

-6

16º – Vitória

29

-6

17º – Figueirense

28

-10

18º – Internacional*

27

-4

19º – Santa Cruz

23

-11

20º – América-MG*

15

-23

*Jogo não encerrado até o fechamento da edição

Resultados Corinthians

0 x

2

Palmeiras

Flamengo

2 x

0

Figueirense

Chapecoense

2 x

2

Ponte Preta

Grêmio

0 x

1

Fluminense

Atlético-PR

1 x

0

São Paulo

Cruzeiro

1 x

1

Atlético-MG

Sport

0 x

1

Coritiba

Santos

3 x

2

Santa Cruz

Vitória

0 x

1

Botafogo

América-MG

x

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

REGIONAL

Equilíbrio marca abertura das eliminatórias Oito partidas terminaram empatadas nas categorias aspirante e titular. A maior goleada de domingo ocorreu em Capitão. Pelo veterano, Arroio Alegrense e Arroio do Ouro terminaram o primeiro turno na liderança das chaves.

EZEQUIEL NEITZKE

N

a busca pelas vagas às oitavas do Campeonato Regional/Copa Certel/Sicredi, as equipes titulares e aspirantes marcaram 74 gols. A média foi superior a três gols em cada uma das 24 partidas. Destaque da rodada foi o equilíbrio técnico dos jogos. Oito terminaram empatados. Outros sete registraram vitória simples de um gol de diferença (veja boxe com resultados).

Em contraste, três partidas terminaram com uma diferença igual ou superior a três gols. A maior delas foi na categoria titular. Em Capitão, o Forquetense não tomou conhecimento do 7 de Setembro e venceu por 4 a 1 de virada.

No domingo, as equipes voltam a se enfrentar pelo jogo de volta da segunda fase. Dos 12 perdedores, os quatro que tiverem melhor campanha retornam para a competição.

Cinco campeões estão em vantagem Dos seis campeões regionais que seguem na disputa do Re-

nalmente venceu uma partida.

Em casa, o time derrotou o Juventude, de Brochier, por 2 a 1 e está a um empate de chegar às oitavas de final.

Cinco equipes vencem nas duas categorias Dos 24 clubes que disputam a segunda fase, apenas cinco venceram nas duas categorias. São eles: Forquetense, de Arroio do Meio, Brasil, de Marques de Souza, Ser São Cristóvão, de Lajeado, Aimoré, de Estrela, e CAN, de Encantado.

Clássico termina empatado EC Brasil, de Marques de Souza, venceu o Juventude e obteve a primeira vitória na categoria aspirante do Regional

gional, quatro venceram na primeira partida da segunda fase, um empatou e apenas um perdeu. Jogando em Encantado, o União Campestre, tricampeão regional, perdeu por 2 a 0 para o CAN – gols de Lucas e Luizinho.

Em Marques de Souza, o Bra-

sil venceu o Juventude, de Brochier, por 3 a 1. Os gols foram marcados pelo centroavante Natanael de Almeida. Também tricampeão, o Rui Barbosa recebeu a Assespe e venceu por 1 a 0, mas o destaque da partida foi o goleiro Volnei, que defendeu o

pênalti e deixou o time de Arroio do Meio em vantagem.

Em Lajeado, o Ser São Cristóvão não tomou conhecimento do RudiBar e também venceu por 3 a 0. Dono da melhor campanha na primeira fase e atual campeão, o 25 de Julho foi a Teutônia e conseguiu o empate aos 47 minutos do segundo tempo com Gavião em cobrança de pênalti. Em Capitão, o Forquetense venceu o 7 de Setembro.

Brasil vence a primeira na aspirante Classificado à segunda fase somente com dois empates, o EC Brasil, de Marques de Souza, fi-

Depois de três meses, Ecas e Juventude voltaram a se enfrentar. No último encontro, o Ecas levou a melhor sobre o rival e conquistou o título da Taça da Amizade. O reencontro foi de fortes emoções. No primeiro tempo, o Ecas abriu 3 a 0 de vantagem.

Na segunda etapa, só deu Juventude, que chegou ao empate aos 40 minutos da segunda etapa.

Arroio do Ouro e Arroio Alegrense seguem na liderança do veterano Pela categoria, os destaques são Arroio do Ouro, de Estrela, e Arroio Alegrense, de Forquetinha.

O representante estrelense venceu o Águia Azul fora de casa e disparou na liderança da chave A com 10 pontos.

Já o time de Forquetinha, mesmo de folga, seguiu na lideran-

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A HORA · TERÇA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2016

Reportagem: Ezequiel Neitzke EZEQUIEL NEITZKE

Apenas cinco equipes venceram nas duas categorias, entre elas, o Forquetense que goleou o 7 de Setembro por 4 a 1. Os outros clubes foram: Brasil, SER São Cristóvão, Aimoré e CAN FÁBIO KUHN

Resultados Titular

Tricampeão regional, Rui Barbosa, de Arroio do Meio, venceu a Assespe por 1 a 0

Segunda fase/jogo de ida Ouro Verde 1 x 1 25 de Julho Rui Barbosa 1 x 0 Assespe SER São Cristóvão 3 x 0 Rudibar Danados 0 x 0 Monterey Aimoré 2 x 0 Fluminense Colorado 0 x 0 Canarinho Brasil 3 x 1 Juventude-Bro Imigrante 0 x 0 Saidera 7 de Setembro 1 x 4 Forquetense 11 Amigos 2 x 1 Ribeirense CAN 2 x 0 União Campestre Ecas 3 x 3 Juventude-West

Números da rodada Titular – 12 jogos – 28 gols – 6 vitórias de mandantes – 1 vitória de visitante – 5 empates – 68 amarelos – 4 vermelhos

Aspirante ça, mas viu a diferença para o União, segundo colocado, cair para 1 ponto. O clube de Encantado foi a Sério e venceu o XV de Novembro por 2 a 0. Mesmo resultado da vitória do Estudiantes sobre o Imigrante.

Classificação da chave A: Arroio do Ouro (10 pontos) Juventude (8), Águia Azul e Pinheiros (4) e Guaíba (1).

Classificação da chave B: Arroio Alegrense (8 pontos), União (7), Estudiantes (5), Imigrante (3) e XV de Novembro (1).

24 equipes têm a vantagem de jogar por empate na partida de volta.

Segunda fase/jogo de ida Ouro Verde 1 x 2 25 de Julho Rui Barbosa 0 x 2 Assespe SER São Cristóvão 2 x 0 Rudibar Danados 5 x 7 Monterey Aimoré 3 x 0 Arroio Alegrense Colorado 3 x 3 Canarinho Brasil 2 x 1 Juventude-Bro Imigrante 0 x 0 Saidera 7 de Setembro 1 x 2 Forquetense 11 Amigos 2 x 2 Ribeirense CAN 3 x 2 União Campestre Ecas 2 x 1 Amigos

Veterano 5ª rodada Águia Azul 1 x 2 Arroio do Ouro XV de Novembro 0 x 2 União Estudiantes 2 x 0 Imigrante

Aspirante – 12 jogos – 46 gols – 5 vitórias de mandantes – 4 vitórias de visitantes – 3 empates – 59 amarelos – 8 vermelhos

Veterano – 3 jogos –7 gols – 1 vitória de mandante – 2 vitórias de visitantes – Nenhum empate – 4 amarelos – Nenhum vermelho

Lajeado, terça-feira, 20 de setembro de 2016

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