Agronotícias 18 e 19 de maio de 2019

Especial do jornal A Hora

FIM DE SEMANA, 18 E 19 DE MAIO / 2019

Circulação bimensal GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

Normas ampliam

desistências

Além das imposições, envelhecimento, ausência de sucessores e oscilação no preço aumenta o número de famílias que desistem da atividade leiteira. Normativas de controle de qualidade e armazenagem podem elevar índices de exclusão e provocar caos social no campo. Hoje, 50% dos produtores está fora dos padrões exigidos.

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Polinização foi prejudicada pela ocorrência de geada e impacta na safra de pinhão. Quilo custa cerca de R$ 12. Queda na produção passa de 50%, sendo a menor colheita das últimos duas décadas

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Menor oferta em 20 anos GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

N

a banca montada a beira da BR-386, na entrada do bairro Montanha, em Lajeado, a oferta de pinhão será menor neste ciclo. A maioria das sementes vendidas por Valdomiro Mânica chegam do Paraná. “Aqui a redução deve alcançar 50%, comparada com a safra anterior e por isso o preço subiu R$ 2. No entanto, a qualidade está muito boa”, constata.

Segundo ele, em 15 anos, esta é a menor oferta de pinhão já registrada. “A geada fora de época, em setembro, atrapalhou a formação de pinhas. E a ausência de frio também dificulta a venda”, observa. Por semana comercializa em torno de 400 quilos. “Até metade de junho não teremos mais pinhão”, avisa.

Com base em dados da Emater, a produção no Rio Grande do Sul deve reduzir em até 60% neste ano. Os preços já assustam os compradores: o quilo do produto pode chegar a R$ 12 em alguns comércios.

para o consumo da família. Com a pouca oferta o preço disparou.

“Chegam a oferecer R$ 10 pelo quilo. Há cinco anos, recebia apenas R$ 3,50”, compara.

Leia com atenção A Araucária é uma planta nativa do Rio Grande do Sul, protegida pelo Ibama. De acordo com a Portaria Normativa Descrição DC-20 de 1976, é liberada a colheita e venda da semente a partir do dia 15 de abril, se estendendo até junho. Também proíbe o abate/corte da planta, salvo em exceções.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de pinhão.

Geada fora de época Segundo Rogério Mazzardo, engenheiro agrícola e gerente técnico da Emater/RS-Ascar, a araucária é uma planta bianual. “O que se percebe neste ano é que a produção da semente foi reduzida em função de ocorrências climáticas de 2017, tanto a sazonalidade quanto a distribuição pluviométrica, excessos de chuva, estiagem e geadas fora de época”, explica.

Para Mazzardo essas oscilações na produção são naturais. Mas, se neste ano as condições climáticas melhorarem, a expectativa é que as próximas safras poderão retomar o ápice produtivo.

A expectativa é de colher entre 400 a 500 toneladas de sementes, de 30 a 50% menor do que a safra

Mânica destaca queda de 50% na oferta de sementes neste ciclo

do ano passado, quando foram comercializadas 800 toneladas.

Essa pode ser a menor safra dos últimos 20 anos.

Pinhas estão vazias Leonir Watte, de Boqueirão do Leão teme a extinção do pinhão.

Esta é a pior safra dos últimos dez anos. Acostumado a colher 300 quilos, este ano estima uma quebra

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor comercial: Sandro Lucas

de 90%.

A queda na produção é atribuída ao fato da pinha demorar dois anos para se formar. Em 2017, as araucárias sofreram com uma geada fora de época e o excesso de chuvas. A polinização dos frutos foi dificultada, e por isso há mais falhas do que pinhões dentro das plantas que se formaram, explica.

Das 20 araucárias da propriedade, será colhida semente apenas

DIREÇÃO EDITORIAL Fernando Weiss

Foram várias safras normais.

Chega a hora da árvore descansar e aliado a esse descanso fisiológico, tivemos o fenômeno climático, que resulta em uma redução drástica na oferta.”

Rogério Mazzardo, engenheiro agrícola

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

ARTE Gianini Oliveira

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AGENDA

AGRONOTÍCIAS RESPONDE (frio estático).

Como conservar aipim em casca ou armazenar no freezer?

Como saber que a mandioca estragou?

Dono de uma agroindústria de processamento de mandioca e moranga, em Boa Esperança Baixa, interior de Cruzeiro do Sul, o casal Claudionei e Ângela Olbermann, ensinam como conservar e armazenar o produto em um freezer. Por ciclo, a família industrializa em média 28 mil quilos.

Após quanto tempo de plantio, a raiz pode ser arrancada para consumo?

O recomendado é iniciar a colheita após 180 dias e pode se estender até um ano dependendo das condições climáticas e estrutura do solo. Para saber se está maduro, você pode tirar uma ou mais raízes para cozinhar ou observar a queda das folhas, sinal mais comum de amadurecimento da cultura.

Depois de colhida, qual o tempo de conservação?

Se a mandioca estiver com casca fechada você pode deixá-la em local escuro seco em temperatura ambiente como a despensa. Assim ela irá durar uns três dias. Se for novo, o aconselhado é consumir logo. Se a raiz estiver

Mosca-da-fruta

Ela vai escurecendo com o tempo ou também pode ficar com cheiro estranho. Antes de comer verifique aspecto e cheiro, se tiver alguma coisa errada não coma!

sem casca ou cortada, o ideal é congelar para evitar a perda de qualidade ou ficar imprópria para o consumo.

COTAÇÕES AGRÍCOLAS

Informe Agroeconômico Produto

Unidade

Maio R$

Se for estocar no freezer, como proceder?

Arroz em casca

50kg

41,82

Feijão

60kg

170,55

Após arrancada, quanto menos tempo a raiz ficar fora do gelo, maior será a qualidade e a durabilidade. O ideal é arrancar, descascar, lavar bem e dar um destino, seja cozinhar ou então estocar. Quando for guardar no freezer, sempre utilize sacos de plástico ou algum tipo de embalagem.

Milho

60kg

30,22

Soja

60kg

64,43

Trigo

60kg

41,32

Boi p/ abate

kg vivo

5,19

Cordeiro p/ abate

kg vivo

6,3

Suíno tipo carne

kg vivo

3,36

Vaca p/ abate

kg vivo

4,51

Leite (valor líquido)

litro

Quanto tempo é possível manter estocada?

Búfalo kg vivo

O aipim pode ser mantido no freezer, com qualidade, no máximo por um ano (12 meses). A temperatura de congelamento deve ficar em 12 graus

Variedade TO1 BO1

1,24 4,57

PREÇO DO FUMO R$/kg R$ /arroba 11,01 168,45 11,64 177,15

A Emater de Forquetinha organiza oficina sobre o tema no dia 22 de maio, na propriedade de Valdori Sauter, em Bauereck. A programação inicia às 13h30min e as inscrições podem ser feitas no escritório ou pelo Whatsapp da Emater (992023620). Em caso de chuva o evento será adiado.

Abertura safra de Bergamota São Sebastião do Caí, sedia neste sábado, dia 18, a abertura Festiva da Safra de Bergamotao evento inicia às 10h30, na propriedade da família Bamberger, em Monjolo.

Inscrições para Expointer As agroindústrias familiares interessadas em participar da Expointer, prevista para ocorrer entre o dia 24 de agosto a 1º de setembro, em Esteio, devem se inscrever até o dia 31 de maio no sindicato de sua cidade ou na Emater.

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Novas regras de produção e armazenagem de leite cru preocupam setor. Federação ligada à agricultura familiar teme que mais famílias sejam excluídas da atividade por não terem condições de atender às normativas

Mais exigências, menos produtores GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

“P

aramos não por falta de vontade de trabalhar, mas devido às muitas exigências da indústria sem garantia de retorno financeiro”, resume o produtor João Schorr, 60, de Santa Clara do Sul. Ele e a mulher Alair, 58, desistiram da atividade após 35 anos. Por dia eram produzidos 250 litros.

Ordenha canalizada e resfriador, foram colocados à venda, mas inexistem interessados. Já os 25 animais foram vendidos para um parente. “Ninguém ajuda o produtor.

Nós fomos simplesmente excluídos e ainda temos que pagar R$ 1,6 mil pelo leite entregue à cooperativa e que estava abaixo dos padrões de qualidade”, desabafa.

Para tentar se manter na propriedade, aposta na criação de terneiros. A área de pastagem, em torno de 7 hectares, foi arrendada.

“Sempre tive o sonho de ver meus filhos assumir o negócio. Tínhamos infraestrutura, bastava produzir, mas infelizmente a falta de renda e cada vez mais imposições tornaram a atividade inviável. Fizeram certo em deixar o campo”, finaliza.

Assim como o casal, outras milhares de famílias podem ser excluídas com as instruções 76 e 77, a serem colocadas em prática até o dia 30 de maio, caso não sejam prorrogadas. As medidas mudam a contagem de bactérias, uso de antibióticos e temperatura do leite armazenado na propriedade e no ato da entrega na indústria.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini o objetivo é tornar o leite mais competitivo.

“Cada um precisa fazer a sua parte na busca por um novo padrão de produto no mercado”, enfatiza.

Já o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Nes-

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O que muda - Contagens bacterianas: máximo de 300 mil unidades por mililitro; - 500 mil células somáticas por mililitro para o leite cru refrigerado; - Temperatura na recepção do laticínio passa de 10 para 7 graus celsius. Na propriedade, o resfriador deve ficar em 4 graus; - A Contagem de Padrão em Placas para o leite cru entregue na indústria ficará em 900 mil ufc/ml antes do processamento.

Importante – Após três meses consecutivos de descumprimento das normas, a coleta será interrompida.

ainda, que a contagem bacteriana é uma exigência desde 2014 e o produtor já deveria ter se ajustado.

Caos social

Segundo dados da Emater, entre 2015 e 2017, quase 25 mil produtores desistiram no RS

tor Bonfanti teme pelo aumento das exclusões. “O produtor pode ter um bom equipamento, rebanho, mas ter problemas com energia elétrica e estradas. Isso dificulta atender as normas”, declara.

Segundo Milene Cé, médica veterinária e auditora fiscal federal, o produtor terá tempo para se adequar. “Só em novembro ele pode vir a sofrer uma suspensão da coleta do leite”, explica. Ela destaca,

Para o presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios (Apil), Wlademir Dall'Bosco, o avanço da legislação para as indústrias é positivo, mas questiona se há estrutura dada pelos entes públicos para iniciar a aplicação das novas regras. “Hoje nós temos 50% dos produtores fora do padrão exigido.

Será um processo de seleção, onde estes serão excluídos. Vamos ter um problema social”, alerta.

Segundo o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, modernizar o setor é um avanço, visto que outros como aves e suínos já atendem às regras para exportação. “Infelizmente ainda não estamos adaptados para atender ao mercado externo, mas, esperamos que haja tolerância no começo da implementação das normas para que todos consigam atender às exigências das INs”, diz.

Caso as exigências vigorem na data estipulada, na área de atuação, 46% das propriedades seriam excluídas.

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Segundo o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Vale do Taquari (ASEAT) Fernando Luís Barcellos Mallmann, os novos profissionais devem se preocupar não somente com a produção, mas também com o meio ambiente e as pessoas

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ENTREVISTA

“Desafio é mudar a forma de produzir”

I

nvestir na formação de um profissional com capacidade de análise crítica e conectado às demais áreas do conhecimento. Este será o principal desafio da agronomia no futuro próximo, de acordo como o presidente da ASEAT, Fernando Mallmann.

Fundada em1976, em Estrela, mas com sede atualmente em Lajeado, a associação possui 35 sócios e atua em todo o Vale do Taquari e municípios limítrofes.

Qual o principal desafio da agronomia diante de um mundo cada vez mais globalizado? É mudar a forma de trabalhar, utilizar tecnologias de baixo impacto ambiental, usar o mínimo possível de agrotóxicos e adubos químicos, que contaminam nossos rios, solos e matam as abelhas. Deveria se utilizar mais produtos biológicos, com eficiência comprovada e já pesquisados pela Embrapa e empresas privadas, além de adubos naturais como o pó de rocha, tão abundante no país.

O nosso Vale é rico em oportunidades, basta ter uma boa ideia, ter coragem e empreender.

Como o profissional se prepara para inovar e empreender?

Quem está na iniciativa privada, como é o meu caso, é necessário estar sempre à frente da concorrência, identificar possíveis oportunidades. Como a área de atuação do engenheiro agrônomo é muito ampla, a atualização é constante e necessária, seja cursando uma ou mais especializações, participando de cursos pelo Brasil ou exterior, palestras, viagens técnicas, debates, estudando as legislações ambientais, leituras técnicas e científicas. Praticar o voluntariado também é importante. Com a participação na ASEAT, além de trocar ideias com os colegas, podemos também colaborar com os poderes públicos de âmbito municipal ou regional para ajudar a resolver os problemas, principalmente ambientais na zona rural.

Qual a importância do engenheiro agrônomo?

Vou dar um exemplo: antes de investir em algo novo, como a pitaia, o produtor deve procurar

fazer um curso básico ou contratar uma assistência técnica com um engenheiro agrônomo especialista na cultura e, visitar uma plantação com a supervisão do profissional. Apesar de ser uma cultura rústica, ela esconde muitos segredos, por ser um cacto. Cabe ressaltar que não se deve acreditar fielmente em vídeos da internet, pois a grande maioria é feito por leigos no assunto. Uma orientação correta pode diminuir gastos consideráveis nessa cultura.

Considerações finais.

Não só os agrotóxicos e adubos químicos causam poluição, urge, destinarmos mais atenção também para o excesso de esterco de animais no solo, que são colocados sem uma prévia análise e interpretação química das áreas, e, também o grande número de vacas de leite e de corte que são sepultados de forma incorreta, contaminando o lençol freático com necrochorume.

Piscicultores aderem à criação de tilápias, estimulados pela maior consumo e pelo crescimento rápido da espécie. Benefícios à saúde motivam novos investimentos e ajudam a elevar a oferta da carne e derivados

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Consumo aumenta e produção se multiplica FOTOS GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

A

tilápia se adaptou tão bem às águas da região que muita gente se esquece que ela é exótica.

O peixe de água doce é originário do rio Nilo, mas teve seu cultivo iniciado no Quênia, na década de 1920.

Fáceis de alimentar, resistentes a doenças e boas reprodutoras, as tilápias se tornam um negócio rentável. Conforme o técnico agrícola Adriano Dreher, em quatro ou cinco meses, a espécie já está pronta para ser despescada se a orientação indicada para o sistema intensivo for seguida. “Crescem muito rápido, mas precisam ser alimentadas três vezes ao dia e são sensíveis ao frio”, ensina.

O custo para produzir é considerado alto. No sistema intensivo os gastos envolvem aeração artificial, com o objetivo de manter oxigênio na água; ração, adubação da água, energia elétrica e alevinos (em torno de R$ 0,40 a unidade). “A qualidade da água é fundamental para obter êxito na produção”, destaca.

Pioneiro na atividade Walmor Schwarzbold, de Linha Boa Esperança, é um dos pioneiros na criação de peixes em Cruzeiro do Sul. O primeiro açude foi aberto há 19 anos com

Schwarzbold iniciou criação faz 19 anos. Hoje são 67 açudes e 22 hectares de área alagada, com produção anual de 7 toneladas

auxílio da Emater.

Na época, o peixe ajudou a diversificar a produção de leite e de grãos. Hoje são 67 açudes e 22 hectares de área alagada. De acordo com Schwarzbold são produzidos mais de 7 mil quilos por ano, entre as espécies: Tilápias, Jundiá, além de Carpas (Capim, Prateada e Cabeça Grande). O preço médio do quilo varia de R$ 10 à R$ 16.

A família registra aumento significativo do consumo na última década. “É uma carne muito saudável e todos podem ingerir sem restrições”, observa. O produtor adianta que pretende

investir em espaço para abate e industrialização do produto.

A cada ano o consumidor têm recebido mais informações sobre as vantagens de consumir o pescado.”

Mauro Luciano Hauschild, piscicultor

Benefícios estimulam criação De olho na demanda crescente pela carne de peixe, a Hauschild Agroflorestal, de Bom Retiro do Sul investiu em seis tanques de produção, espalhados em dez mil metros de lâmina de água, na localidade de Sanga Funda. A criação é exclusi-

va de tilápias, destinadas à produção de filés.

Segundo o proprietário Mauro Luciano Hauschild, a busca por uma alimentação saudável, com preferência pela carne de peixe, motiva o investimento. “A cada ano o consumidor têm recebido mais informações sobre a qualidade e as vantagens de consumir o pescado”, destaca.

Para ele, o preço da carne bovina leva as pessoas a variar o cardápio. “O valor do peixe está mais atrativo”, compara. Para elevar o consumo, considerado longe do ideal e recomendado pelos órgãos de saú-

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de, a empresa pretende divulgar em campanhas os benefícios da carne, além de promover cursos para ensinar a utilização do peixe nas refeições diárias.

Em 2019 devem ser produzidas 50 toneladas. Esta produção será destinada ao mercado regional nas próximas semanas.

A médio e longo prazo, a ideia é atender mercados em todo país e até no exterior. A meta é chegar a 100 toneladas em 2020 e duplicar até 2023.

Estilo de vida saudável amplia cultivo Feira Regional de Agricultores Agroecologistas de Lajeado completa um ano com programação especial no dia 27 de maio, na praça João Zart Sobrinho TIAGO BALD

Na propriedade de Hauschild, tecnologia ajuda a qualificar os processos

“Precisamos encurtar caminho” De acordo com assistente técnico regional em Sistema de Produção Animal da Emater/RS-Ascar, João Sampaio, o desafio é encurtar o caminho de produção ao consumo.

Após o abate, a carne e derivados necessitam de muito frio, o que eleva o custo. “As feiras são um caminho”, entende.

Nos Vale do Taquari e Caí, em 55 municípios de abrangência da Emater, somente na Semana Santa, foram comercializadas 528 toneladas de pescado em 345 pontos.

Quais os motivos pelos quais a piscicultura cresce tanto nos últimos anos?

A carne de pescado é uma importante fonte de proteína, ainda não explorada como as de carnes nobres: bovina, suína e aves.

A dificuldade de manejo dos dejetos destas criações, o crescimento de lavouras que ocupam as áreas de pastagens, os custos de produção e a necessidade de cada propriedade ter reservação de água para segurança dos cultivos, favorece a piscicultura.

O que estimula o consumo da carne e derivados?

A questão nutricional, pois o organismo

humano “gosta” de ácidos graxos insaturados de origem animal e se observarmos a oferta destes nos alimentos encontrados à disposição da população, somente temos em quantidades significativas no pescado e ovos. A OMS recomenda 70 gramas de pescado por refeição para suprir as necessidades de um humano normal e o que se observa é um consumo muitas vezes maior. Cabe ressaltar a boa digestibilidade, em comparação com as demais carnes.

Considerações finais O importante não é somente a área alagada disponível, mas o desenvolvimento do conhecimento da criação estabelecido entre os produtores. Temos hoje tecnologias de produção que permitem altas produtividades. No entanto, é mais econômico e seguro a produção semi-intensiva e racionalizar custos para ter lucro. Esta aproveita os subprodutos da propriedade em um sistema integrado e diversificado de produção.

A racionalidade da produção é quem tem mantido o desenvolvimento e pode ser a alavanca de um grande crescimento ainda possível. Isto dependerá do mercado e do valor pago.

Tilapicultura Em toneladas

País

RS

Crescimento de

11,9%

(país é o 4º maior produtor do mundo)

Produção (2018)

4100

400.280

357.639

toneladas

2017 2018

Fonte - Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR)

Marcelo é um dos feirantes que comercializa orgânicos na feira

Sem nenhum tipo de agrotóxico, fertilizante químico ou semente transgênica. Essas são as principais características do cultivo agroecológico. Os produtos vêm caindo no gosto dos consumidores que, em busca de alimentação livre de resíduos, impulsionam o crescimento do setor.

Pelas feiras este mercado amplia as oportunidades de quem produz no campo. Um deles é o produtor Marcelo Eckhardt, de Santa Clara do Sul. Ele participa da Feira Regional de Agricultores Agroecologistas de Lajeado desde a criação e vende apenas produtos colhidos na propriedade, como morangos, melancia e hortaliças. “Estabelecemos uma relação de confiança e isso demora.

São alimentos saudáveis e livres de qualquer tipo de agrotóxico. Esse é o diferencial”, destaca.

No próximo dia 27, será comemorado um ano de criação do ponto. A programação inicia às 15h30min, na Praça João Zart Sobrinho, conhecida como Praça do Papai Noel, no bairro Americano.

Conforme a extensionis-

ta da Emater/RS-Ascar, Andréia Binz Tonin, cinco grupos de agricultores vendem sua produção no local, vindos das cidades de Lajeado, Cruzeiro do Sul, Forquetinha, Arroio do Meio, Dois Lajeados e Santa Clara do Sul. São comercializadas verduras, legumes e frutas da época, bem como produtos das agroindústrias familiares, como pães, batata assada, erva mate, conservas, compotas, geleias e chimias. “Todos os itens ofertados são orgânicos, sem a utilização, em nenhuma de suas etapas, de adubos químicos, agrotóxicos, drogas veterinárias e aditivos químicos”, ressalta.

Encontro regional Já no dia 23, ocorre o primeiro Encontro Arquidiocesano de Sementes Crioulas, Biodiversidade e Alimentação Orgânica, no salão paroquial de Dois Lajeados. Os interessados devem realizar as inscrições, com o custo de R$ 20, até o dia 19 de maio.

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Apresentado por

Brasileirinhos com DNA haitiano FOTO: CARINA MARQUES

7ERKYI HS WERKYI :MIVKIPMI I E Ƥ PLE 6IFIGE 'LEVPMRI I S Ƥ PLS %VP] 'EVPMRI I E Ƥ PLE 1MGLIP]

MĂƒES HAITIANAS COM FILHOS BRASILEIROS FAZEM PARTE DO CONTEXTO DE FUNCIONĂ RIAS DA DĂ LIA ALIMENTOS

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ascer em outra påtria, assumir a identidade e a nacionalidade de brasileiro jå se tornou legado e rotina para dezenas HI GVMERɭEW Ƥ PLEW HI QɊIW I HI TEMW LEM tianos, e que nasceram no Brasil. Estå Ê a realidade de muitas pessoas no Vale do Taquari. Na Dålia Alimentos, 382 funcionårios dos 2.232 empregados WɊS HS ,EMXM -RWXEPEHSW IQ )RGERXEHS IPIW KIVE VEQ Ƥ PLSW FVEWMPIMVSW UYI RIWXI GEWS XSVREVEQ WI pequenos encantadenses. % QEMW RSZE FVEWMPIMVMRLE ɯ 6IFIGE HI YQ ERS I sete meses. Ela nasceu em setembro de 2017 e Ê Ƥ PLE HI :MIVKIPMI ,MPEMVI JYRGMSRɧVME HE (ɧPME %PM QIRXSW Lɧ GMRGS ERSW EXYEPQIRXI RS 7IXSV %FEXI RS JVMKSVɳƤ GS HI WYɳRSW IQ )RGERXEHS 6IFIGE ɯ YQE HEW FVEWMPIMVMRLEW UYI XEQFɯQ GEVVIKE IQ WIY (2% S WERKYI LEMXMERS HSW TEMW UYI TIVGSVVIVEQ QMPLEVIW HI UYMPɚQIXVSW EXɯ S &VEWMP IQ FYWGE HI IQTVIKS HMKRMHEHI I QIPLSVIW GSRHMɭɺIW HI ZMHE A pequena estuda na Escola Municipal de EduGEɭɊS -RJERXMP )1)- 2EZIKERXIW %PMɧW IPE ɯ YQE HEW GVMERɭEW HI HIWGIRHɰRGME LEMXMERE UYI WɊS EXIRHMHEW RE )QIM IWXEFIPIGMQIRXS HI IHYGEɭɊS MRJERXMP UYI GYMHE HI GVMERɭEW HEW UYEMW WɊS

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Charline Joseph colaboradora da DĂĄlia Alimentos

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XEQFɯQ JYRGMSRɧVMS HE (ɧPME RS 7IXSV %FEXI HIWHI S ERS HI Assim, como a maior parte de seus conterrâneos, 'EVPMRI XIRXE NYRXEV HMRLIMVS I QERHEV ESW JEQMPME VIW UYI TIVQERIGIVEQ RS ,EMXM ŰɋW ZI^IW QER HEQSW 6 6 HITIRHI S UYERXS GSRWIKYMQSW KYEVHEV 7IRXMQSW QYMXE WEYHEHI HI UYIQ Ƥ GSY Pɧ RSWWSW TEMW MVQɊSW XMSW XMEW QEW sabemos que agora a nossa vida Ê aqui�, ressalta. %W XVɰW QEQɊIW LEMXMEREW GSQ Ƥ PLSW KIRYMRE mente brasileiros, apesar da saudade que sentem HS TEɳW HI SVMKIQ IWXɊS JIPM^IW RS PYKEV SRHI LSNI ZMZIQ WI WIRXIQ FVEWMPIMVEW I WɊS QɊIW HI FVEWMPIM VMRLSW KEɽGLSW I IRGERXEHIRWIW Produzido por: AI da Dålia Alimentos