Agro - 02 de Outubro de 2019

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

Circulação bimensal

Ameaçada de extinção

DIVULGAÇÃO

Especial do jornal A Hora

A intensa exploração madeireira a que a araucária foi submetida por décadas, associado ao constante desrespeito à legislação de proteção da espécie, incluindo o corte e a colheita do pinhão fora de época e a omissão de órgãos ambientais na fiscalização, levou a uma drástica redução da área. Estudo indica que espécie pode desparecer até 2070.

Página 2

02

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

FELIPE NEITZKE

vista, seria a única forma de preservar a espécie e toda biodiversidade. “São fonte de alimento para animais, de renda para famílias e fazem parte da história, além de atrair turistas”, observa.

ARAUCÁRIA:

“Precisamos ter uma legislação educativa” Conforme o engenheiro agrônomo e Assistente Técnico Regional Manejo de Recursos Naturais da Emater Regional de Passo Fundo, Ilvandro Barreto de Melo, a araucária está em situação vulnerável.

uma espécie rumo à extinção

A árvore realmente pode ser extinta?

Sem estratégias de conservação, araucária deve ser extinta em 2070, alerta estudo. Especialistas e produtores defendem mudanças na legislação para explorar o plantio comercial e conscientizar sobre a importância da árvore

D

Na propriedade de Duarte, o número de pinhas reduziu de 40 para apenas dez por árvore na última década

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor comercial: Sandro Lucas

os 20 milhões de hectares da extensão original da Floresta com Araucárias, hoje restam apenas de 1 a 3%. Segundo estudo publicado este ano, pela Universidade de Reading, na Wiley Online Library, do Reino Unido, a araucária (Araucaria angustifolia) deve ser totalmente extinta até 2070, como resultado da intensa e predatória exploração madeireira e do manejo inadequado das sementes.

O cenário é agravado pelas mudanças climáticas, que interferem nesse e em outros ecossistemas. Para os cientistas, apenas intervenções direcionadas podem ajudar a garantir a sobrevivência da espécie na natureza.

Em Boqueirão do Leão, na propriedade de 50 hectares, herdada dos pais, o professor aposentado Edmundo Apollo Duarte, 72, luta para manter a floresta com 3 mil araucárias plantadas há décadas em meio às lavouras. “A derrubada, fatores climáticos e a extração descontrolada refletem na oferta menor de pinhas e até resultam na morte das árvores em muitos casos”, lamenta.

Defende a desapropriação de áreas onde ainda existam araucárias. No seu ponto de

DIREÇÃO EDITORIAL Fernando Weiss

Na atualidade não se pode afirmar que a área de araucária esteja em redução, pois possui uma legislação que impossibilita seu uso, exceto em situações especiais, como desastres naturais, ameaça de perigo ou plantios da espécie feitos artificialmente para o fim comercial.

A fiscalização é muito rigorosa?

Quando a lei é educativa no sentido de conscientizar e convencer, dispensa a fiscalização. O produtor respeita a legislação que protege a espécie e, somente, em raras exceções o seu corte é efetivado como crime ambiental. Neste caso, além da multa, exige-se a recuperação da área degradada e o plantio de no mínimo 15 árvores por cada exemplar cortado. Invés de punir, precisamos educar. Ensinar a usar de forma inteligente e racional a floresta como meio de preservação da vida, do equilíbrio ambiental, do desenvolvimento social e da produção econômica, com carácter de sustentabilidade.

É preciso mudar a legislação?

Sim. Possibilitar ao produtor preservar e obter lucro na propriedade com o bem florestal.

Que não veja cada araucária como um empecilho, gerador de grimpa no potreiro que vai afetar negativamente o comportamento e o manejo dos animais de criação, um ser estranho na lavoura que vai dificultar a operacionalização de suas máquinas e um fardo pesado e obrigatório para suportar em seu estabelecimento rural. É preciso, mudar a relação araucária e homem, torná-los amigos novamente, numa forma de compreensão que ambos se complementem se relacionem racionalmente e, que um não seja uma ameaça permanente ao outro.

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

ARTE Gianini Oliveira

03

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

Fórum apresenta MODELOS PRODUTIVOS Pela primeira vez em Encantado, evento ocorre no dia 13 de novembro, no Auditório Itália, na Prefeitura. Modelos de produção, retirada da vacina da febre aftosa e formas de qualificar quem atua no setor pautam a programação. São aguardadas 500 pessoas

E

m treze edições, pela primeira vez o Fórum Tecnológico do Leite sai de Teutônia. Neste ano o evento que discute as melhores práticas para qualificar a produção leiteira, será realizado em Encantado, no dia 13, no Auditório Itália, na Prefeitura.

Conforme o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Roberto Pretto, a proposta é que, daqui para frente, o fórum seja itinerante: circule pelos municípios da região e ajude a qualificar um número cada vez maior de produtores.

São esperadas cerca de 500 pessoas. Além de palestras, será discutido o estilo de vida do produtor, a sanidade animal, apresentação de relatório socioeconômico da cadeia produtiva, debate sobre o circuito da produção do leite e o tradicional concurso do leite em metro.

“O leite é uma atividade importante e rentável, mas quem trabalha no setor tem que se profissiona-

lizar e não ser apenas um “tirador”. Lidamos com alimento e por isso é necessário termos cuidados com a sanidade e o manejo para garantir o máximo de qualidade ao produto entregue para a indústria”, afirma.

Para ele, o fórum possibilita identificar novas práticas para serem implementadas no dia a dia, com foco na eficiência, gestão, melhoramento genético e profissionalização de quem trabalha na atividade.

As inscrições encerram dia 8, no site www. colegioteutonia.com.br/ forumdoleite ou nos escritórios municipais da Emater. Haverá transporte gratuito até o local.

PROGRAMAÇÃO 8h às 9h – Recepção com degustação de lácteos; 9h – Palestra com Vilnei Varzim: “Produtor de leite: um estilo de vida!”; 10h20min – Debate com foco na sanidade animal – “Programa Nacional de Combate e Erradicação da Febre Aftosa”, com Fernando Groff, e “Panorama da Brucelose e da Tuberculose Bovina no RS”, com Ana Cláudia Groff; 11h30min – Apresentação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite dos Vale do Taquari e do Caí, com Martin Schmachtenberg; 12h – Almoço e Concurso do Leite em Metro (inscritos pagam R$ 10); 13h30min – Abertura Oficial; 14h – Cases de modelos e realidades de produção leiteira apresentados por produtores, com painéis sobre Compost Bar, Free Stahl, ordenha com robôs e Produção à Base de Pasto, tendo a mediação de Jaime Eduardo Ries.

15h – Debate e encerramento

04

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

Retomada das vendas traz OTIMISMO Enquanto indústrias ampliam produção e geram mais empregos, no campo produtores apostam na renovação da frota impulsionados pela perspectiva de crescimento da safra e a necessidade de acompanhar evolução tecnológica para melhores índices produtivos

A

pós quatro anos de retração, fabricantes intensificam a produção e voltam a ampliar a oferta de empregos. Já no campo agricultores retomam os investimentos na compra de máquinas e implementos.

O estímulo vem da perspectiva de aumento da safra agrícola na próxima década, puxada pela demanda externa por grãos, e pela necessidade de cada vez mais eficiente e ágil na lavoura, resultado alcançado com novas tecnologias.

A família Steffens, de Arroio do Meio recentemente aplicou R$ 224 mil na compra de um trator e tratador para auxiliar na produção leiteira. Conforme o filho Robson, 26,

apesar do preço ruim do leite, existe a necessidade de modernizar a estrutura para garantir mais produtividade e reduzir custos. “A tecnologia facilita o trabalho e traz ganhos em todas as etapas”, resume.

Ao lado do pai Jandir, 50 e Iria, 45, mantém 40 vacas em lactação e uma oferta diária de 1050 litros. Ainda cultivam em torno de 60 hectares com milho e soja. “No campo precisamos ter cada vez mais agilidade e eficiência. Só a agricultura de precisão nos proporciona isso”, observa.

Para garantir mais rapidez na colheita de grãos como milho e soja, a família Kaefer, de Estrela decidiu trocar a colheitadeira. Segundo Eduardo, é uma necessidade cada vez maior investir em máquinas mais potentes para atender a demanda em todas as etapas produtivas num ciclo cada vez mais curto.

Como exemplo, cita o plantio de soja safrinha. “Quanto antes conseguir fazer a silagem ou colher o milho em grão, antes consigo implantar a lavoura. A cada semana de atraso perco 5 sacas por hectare. São R$ 350 a menos. Por isso, ter máquinas com alta tecnologia embarcada é essencial”, afirma.

Produtores buscam máquinas cada vez mais potentes e com tecnologia avançada para garantir mais agilidade e eficiência na lavoura

DIVULGAÇÃO

Novas tecnologias possibilitam maior produtividade por hectare, mais rapidez no plantio, pulverização e colheita diante das curtas janelas.”

Empresas apostam em inovação e tecnologia

Marcio Mügge, gerente administrativo

05

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

MATEUS SOUZA

Outra mudança que causa impacto no camposãoasalteraçõesnaPolíticadeCrédito Subsidiadapelogovernofederal,comaumentode1%nosjuros,chegandoa8,5%aoanoe redução do prazo de pagamento, de 10 para sete anos.

Segundo o gerente administrativo da Samaq,deEstrela,MarcioMügge,issocomprometeacapacidadedequitarofinanciamento para produtores menores, pois eleva o valor dasparcelas.Outradificuldadesãoasoscilaçõesconstantesnopreçodecommoditieseas perdas provocadas por fatores climáticos.

Apesardocenárioatual,Müggeacreditaem uma recuperação, porém lenta. O otimismo se dá em virtude da expectativa de mais um recorde na próxima safra de grãos. “Se tudo ocorrer bem, teremos uma forte procura de máquinas para renovar a frota no campo”, projeta.

Tecnologia como aliada

Confiança renovada Para o sócio proprietário da revenda de tratores e implementos Agrovale, localizada em Cruzeiro do Sul, Márcio Scherer, o principal motivo da retomada das vendas está na liberação de crédito do novo Plano Agrícola, anunciadoemjulho.“Aquelamáquinadeanos anteriores,hojejánãodámaiscontadetudo.É precisoinovar,reinventaraformadetrabalhar e produzir mais, sem expandir a área”, opina.

Emborasejacautelosoquantoaoíndice de crescimento nos próximos meses, Scherer está otimista. “Não teremos um momento igual de quatro anos atrás quando tínhamos juros baixos e ampla oferta de crédito. Isso saturou o mercado e até causou o endividamento de muitos produtores.Hojeacompraéfeitadeforma planejadaedeacordocomanecessidade”, garante.

Escassez de crédito Noprimeirosemestredoano,acarênciade recursosfinanciadospeloBNDSfezavendade tratoresaindaregistrarquedade19%,comparado com o mesmo período de 2018.

Destacaaagriculturadeprecisãocomofator primordial para atingir resultados cada vez maiseficientes.“Possibilitamaiorprodutividade por hectare, mais rapidez no plantio, pulverização e colheita diante das curtas janelas”, aponta.

Para ele, itens como piloto automático, correção via satélite de sinal, motor eletrônico com aumento de potência e economia de combustíveldamáquinaserãocadavezmais comuns nas propriedades.

De acordo com Mügge, o investimento em tecnologia e gerencia de todos os processos,especialmentefinanceiro,sefaz cadavezmaisnecessárioaoprodutor.“As áreasdeterrasdisponíveisdificilmenteaumentarão,poisexisteescassezdamãode obraqualificada.Comasjanelasdeplantio, colheitaepulverizaçãocadavezmenores, a saída é comprar máquinas mais potentes”, orienta.

Mais eficiência na lavoura LuizFredericoHergemoeller,opopularFritz, do Bairro Boa Vista, de Teutônia investiu na renovaçãodafrotademáquinaseimplementos nosúltimosanos.Porciclocultiva180hectares de grãos (trigo, milho para silagem e soja).

Segundoele,paragarantireficáciaemtodas as etapas, desde o plantio a colheita, o investimento em tecnologia é primordial. “Ajuda a reduzircustos,amenizaafaltademãodeobra e ganhamos em produtividade sem precisar ampliar a área cultivada”, explica.

A última aquisição foi um trator de 115 cavalos de potência ao valor de R$ 190 mil. A economia de diesel por hora chega a 3 litros, sem falar da maior rapidez e menores perdas em todas as etapas.

Mais empregos e produção Entre janeiro e junho deste ano, foram criados 1,3 mil novos empregos na indústria de máquinas e implementos, comparado com o mesmo período de 2018. O saldo positivo é reflexo do aumento das vendas nas concessionárias.

Em Santa Rosa, a AGCO investiu R$ 150 milhões nos últimos três anos. De acordo com o diretor de vendas da Massey Ferguson, Eduardo Nunes, o setor começará agora uma retomada que deve culminar, em 2022, com o retorno aos patamares de produção de 2014. Naquele ano foram comercializados no Brasil 62 mil tratores e colheitadeira, um dos melhores resultados da história, registrado logo após o recorde do setor, em 2013, com 73,7 mil unidades. “Vale lembrar que mais de 50% das máquinas que estão em campo, hoje, tem 15 anos ou mais. Há um grande parque de máquinas a ser renovado no Brasil”, diz Nunes.

Segundo o coordenador de marketing da AGCO, Eder Pinheiro, o agricultor está cada vez mais interessado em investir em tecnologia. “Estamos deparando com uma nova geração no campo. Jovens que querem trabalhar com agronegócio, seguir os passos dos pais, mas utilizando a tecnologia em favor do negócio”, observa.

A John Deere anunciou a ampliação das fábricas em Horizontina, no Noroeste, e Montenegro, no Vale do Caí. Conforme o presidente da Compawnhia no Brasil, Paulo Herrmann, o Brasil vive “alinhamento de astros” no agronegócio que muito favorece o cenário para a produção de grãos no país. “A guerra comercial entre Estados Unidos e China, a peste suína africana na Ásia como um todo, o que vai demandar mais frangos e suínos brasileiros, e, consequentemwente, mais grãos para alimentar o plantel, além da quebra da safra norte-americana de grãos. Tudo isso fortalece o setor”, avalia. Estima um crescimento das vendas acima de 8% para este ano.

Tratores

Janeiro – 200 Fevereiro – 284 Março – 424 Abril – 308 Maio – 367 Junho – 517 Julho – 626 Agosto – 528 Setembro – 727

Total – 3.981

Colheitadeiras Janeiro – 81 Fevereiro – 148 Março – 149 Abril – 45 Maio – 33 Junho – 63 Julho – 56 Agosto – 53 Setembro – 131

Total – 759 Fonte - Anfavea

CRÉDITO DISPONÍVEL

Pronaf Investimento

- Prazo - 7 anos (14 meses de carência) - Juros - 4,6% ao ano - Financiamento – até R$ 165 mil

Pronamp Investimento - Prazo – 8 anos (incluídos os 3 de carência) - Juro - 7% ao ano - Financiamento - até 430 mil

Moderfrota

- Prazo – 7 anos (itens novos) e 4 anos (itens usados) – 14 meses de carência - Juro – 8,5% por ano - Sem limite de financiamento

Fonte - Emater KARINE VIANA

Mais de 50% das máquinas no campo tem 15 anos ou mais, o que traz otimismo às indústrias

06

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

ENTREVISTA

“AINDA CARECEMOS DE FALTA DE CONHECIMENTO” Ausência de certificações, aprimorar técnicas de cultivo, manejo e processamento, além de divulgar os benefícios à saúde, são desafios para incrementar o consumo de azeite de oliva. Área plantada deve chegar a 20 mil hectares até 2025.

C

onforme dados do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) o volume produzido, cerca de 240 toneladas, rende apenas 0,3% do azeite consumido no país. “Importamos 80 mil toneladas em 2018”, contabiliza o presidente Paulo Marchioretto.

Os números evidenciam a oportunidade de quem investe na cultura. No Rio Grande do Sul, nos últimos 10 anos, a área passou de 100 hectares para 6,5 mil e deve chegar a 20 mil até 2025. “Registramos crescimento médio de 30% ao ano”, diz.

Como ampliar a área e a oferta de azeite?

A área aumenta ano após ano mediante a liberação de financiamento pelo BNDES. A oferta de azeite brasileiro se dará concomitantemente com o aumento da área plantada, pois uma é decorrência da outra. O custo para implantar um hectare chega a R$ 26 mil, sem contabilizar a compra da terra. Recomendamos plantar as espécies Arbequina, Arbonasa, Koroneiki, Picual ou

Frantoio. A frutificação começa no 3º ano com produção plena a partir do 8º. No RS a média é de 3,5 kg/ha (árvores jovens). Quando adultas prevê-se em torno de 8 mil kg/ha. Para produzirem bem, as árvores precisam de ao menos 200 horas com temperaturas abaixo de 10฀C. Quais as principais dificuldades enfrentadas?

Falta de conhecimento e informação ante uma cultura nova.

O manejo ainda se encontra em fase, digamos, experimental, apesar das várias premiações já recebidas pelo Brasil pelos azeites produzidos, mais de 50 no exterior, nos últimos três anos. As universidades brasileiras possuem estudos incipientes, ainda. Falta no mercado nacional certificações

O manejo ainda se encontra em fase, digamos, experimental, .......

As universidades brasileiras possuem estudos incipientes, ainda.”

de análise sensorial a fim de detectar azeites não extravirgem.

O que influencia na qualidade do produto?

Desde a variedade, condições climáticas na etapa de produção, tipo de solo, práticas do cultivo, estado de maturação do fruto, acidez e tempo de processamento das azeitonas após a colheita. Os azeites de oliva extravirgem são considerados os melhores para consumo devido à baixa acidez. No momento da compra, escolha aqueles com embalagem de vidro e escuros, pois a incidência de luz pode oxidar o óleo. Em casa, devem ser armazenados em local escuro, longe do calor. A utilização dos meios de comunicação é essencial para disseminar a qualidade do nosso azeite, assim como as informações que são prestadas pelos produtores e as orientações passadas na Feira do Azeite.

E os benefícios para a saúde?

Controle do colesterol e favorece a saúde cardiovascular, auxilia na absorção de vitaminas lipossolúveis da dieta (vitaminas A, D, E, K), é fonte de antioxidantes, de gordura mono e poli-insaturadas. Previne doenças degenerativas, câncer e tem ação anti-inflamatória.

Considerações finais Nosso consumo per capita alcança 320 gramas por ano.

Na Grécia chega a 16,3 kg por habitante, o maior consumidor mundial. No país temos aproximadamente 80 marcas, sendo 34 do RS, onde estão instaladas 10 fábricas, responsáveis em processar 189 mil litros de azeite no último ciclo. O futuro é promissor, desde que tenhamos aumento da produção e da área plantada, haja vista que o consumo é maior que a oferta.

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

07

FIM DE SEMANA, 2 E 3 DE NOVEMBRO / 2019

08

AGRONOTÍCIAS RESPONDE A crítica da cantora Anitta sobre o consumo e uso de produtos de origem animal incomodou o setor produtivo. Para a doutora em reprodução animal e especialista em ética e responsabilidade social Roberta Züge,

Da pele - Remédios; - Doces; - Gelatina; - Couro; - Condimentos; - Adesivos; - Colágeno.

Do sangue - Corantes; - Tintas; - Adesivos; - Medicamentos; - Mistura para bolo; - Fertilizantes; - Cola de madeira.

o que chama atenção na discussão é o desconhecimento de parte da população urbana sobre a importância da agropecuária para a existência de diversos produtos consumidos no dia a dia.

Você sabe quantos produtos de origem animal usou hoje?

COTAÇÕES AGRÍCOLAS

Informe Agroeconômico Produto

Unidade

Novembro

Arroz em casca

50kg

44,81

Feijão

60kg

142,19

Milho

60kg

33,91

Soja

60kg

78,86

Trigo

60kg

38,54

Boi p/ abate

kg vivo

5,15

Cordeiro p/ abate

kg vivo

6,91

Suíno tipo carne

kg vivo

3,65

Vaca p/ abate

kg vivo

4,47

Leite (valor líquido)

litro

1,06

Búfalo kg vivo

4,41

PREÇO DO FUMO

Da gordura, dos cascos e chifres - Velas; - Detergente; - Biodiesel; - Fósforos; - Óleos e lubrificantes; - Perfumes; - Giz de cera; - Fogos de artifício.

AGENDA

Variedade

R$/kg

R$ /arroba

TO1

11,01

172,05

BO1

11,64

180,91

Do cérebro e órgãos - Cordas para instrumentos; - Medicamentos; - Vitaminas e outros minerais médicos; - Hormônios e enzimas; - Creme anti-idade; - Cordas de raquete.

Fonte: Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec)

Vacina contra Aftosa A segunda etapa da campanha de vacinação encerra no dia 30 de novembro. Devem ser imunizados bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, o que contabiliza cerca de 4,3 milhões de animais em 240 mil propriedades.

Fórum Tecnológico do Leite A 13ª edição será no dia 13 de novembro, no Auditório Itália, na Prefeitura de Encantado. O evento prevê palestras, apresentação de cases e debates voltados à cadeia leiteira.

Mais informações e inscrições até o dia 08 de novembro, no site www. colegioteutonia.com.br/forumdoleite ou diretamente nos escritórios municipais da Emater.

Inauguração Complexo Avícola A Cooperativa Dália Alimentos de Encantado inaugura o Complexo Avícola, um investimento de R$ 96 milhões, no dia 13 de dezembro. A unidade está localizada às margens da rodovia ERS130, no KM-91,8, em Encantado.