Agronotícias - 4 e 5 de maio de 2019

Especial do jornal A Hora

FIM DE SEMANA, 4 E 5 DE MAIO / 2019

Circulação bimensal

EMERSON ALVES / DIVULGAÇÃO

Invista na noz-pecã Preço valorizado e mercado em expansão aliado aos benefícios à saúde, a área cultivada chega a 4 mil hectares e envolve mais de mil famílias. Fácil manejo, produção garantida por mais de 100 anos e lucro de até R$ 18 mil por hectare são atrativos.

Páginas 6 e 7

Embargos da União Europeia, sobretaxa chinesa ao frango brasileiro, greve dos caminhoneiros, aumento dos insumos e queda valor pago por ave traz impacto negativo para exportações e diminuem a lucratividade

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Interferência política traz prejuízos

GABRIEL SANTOS

P

rodutor faz 30 anos, Airton Pontin, de Progresso aloja 120 mil aves em três aviários no Sistema Dark House. Quase toda produção é destinada ao mercado externo e as restrições preocupam.

Além da alta nos insumos, o preço pago por cabeça é o mesmo desde 2014, média de R$ 0,45 por ave.

“O lucro está cada vez menor e as exigências não param de chegar.

Inexiste uma valorização por todos os investimentos feitos”, lamenta.

Com um dos três filhos ainda na propriedade, aplicou R$ 2 milhões na construção de dois novos aviários em 2017. O valor será pago em dez anos. Embora a atividade garanta estabilidade com a compra de toda produção e orientação técnica, Pontin teme que problemas políticos possam prejudicar a atividade. “O governo não mediu as consequências ao anunciar a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. O desconhecimento sobre o setor pode trazer prejuízos incalculáveis”, lamenta.

Por ano são produzidos oito lotes por ano.

Exigências, baixo retorno e alta nos custos motivaram o fechamento da estrutura de produção da família Maffi, no interior de Travesseiro

gências, alta nos insumos como milho e a infraestrutura precária tornaram a atividade inviável em 2016. “Queriam cercar, construir banheiros, mudar o sistema de alimentação e de água. Mas não davam garantia de retorno e por isso optamos em não fazer”, comenta Jean.

Poucos meses depois a integradora determinou o fechamento.

Hoje o galpão abriga as máquinas e a família migrou para a produção de leite, cerca de 700 litros por semana.

Preço e exigências desmotivam Há 19 anos a família Maffi, de Travesseiro decidiu diversificar a produção na tentativa de manter os dois filhos, Jean e Natan na propriedade. Na época investiram R$ 6 mil na construção de um aviário para alojar 12 mil aves e o resultado do primeiro lote surpreendeu.

“Chegamos a ganhar até R$ 0,20 por cabeça, um valor muito bom”, conta Natan.

No entanto, as constantes exi-

O ideal para elevar as vendas seria o governo não fazer trapalhadas e falar menos, ou até mesmo nada.”

Nestor Freiberger, presidente da Asgav

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor comercial: Sandro Lucas

Demissões estão no horizonte Em 2018, conforme dados da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), as exportações registraram queda de 25% no volume embarcado para outros países. Foram vendidas 554 mil toneladas. O resultado só não é pior por que os negócios do exterior representam apenas cerca de 6% do total produzido no Estado. No Estado são abatidas, em

DIREÇÃO EDITORIAL Fernando Weiss

média, 66 milhões de aves por mês.

Ainda assim, o presidente Nestor Freiberger afirma que demissões estão no horizonte das indústrias.

Segundo ele, parte das 20 plantas impedidas de exportar para a União Europeia estão localizadas no RS, como da BRF em Marau e em Serafina Corrêa, onde quase 100% da produção é para exportação.

A crise se agrava na indústria e no campo com as incertezas quanto aos mercados árabes, guerras comerciais e protecionismo em diferentes países. “Muitas empresas já começaram a fazer adequações, o que pode incluir demissões”, anuncia.

O que mais preocupa são os fatores políticos. A transferência da embaixada brasileira para Jerusalém pode resultar em retaliações.

“Soma-se ao fato dos árabes quererem preservar a produção local, mesmo tendo um custo maior. O ideal para elevar as vendas seria o governo não fazer trapalhadas e falar menos, ou até mesmo nada”, critica.

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

ARTE Gianini Oliveira

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Produtores comemoram a boa safra de goiaba.

Fruta é vendida in natura e para produção de schmia e geleia. Valor do quilo está cotado a R$ 2. Com auxílio da Emater, fruticultura ajuda a diversificar economia no meio rural

Graúdas, sadias e com mercado garantido A busca por uma diversidade de frutas por parte dos consumidores tinfluencia agricultores a investirem em cultivos pouco comuns na região.

Na propriedade da família Boni, interior Roca Sales, o tabaco, milho, soja e hortaliças deram lugar a goiaba, caqui e uva. Por ano são colhidas mais de 117 mil quilos.

Este mês começou a safra da goiaba, da variedade Paluma, de polpa vermelha, própria tanto para o consumo, quanto à produção de geleias, schmia e goiabadas. “A fruta está graúda e sadia. Esperamos colher até 45 mil quilos”, estima Ivanir.

Ele recebe ajuda da mulher Rosani, o pai Eligio, filhos Diana e Diogo, além do genro Arilson Severo. Entre as dificuldades relata o ataque de pragas como a mosca da fruta. “Optamos em fazer os tratamentos biológicos, pois

Família Boni colhe mais de 117 mil quilos de frutas por ano, entre elas a goiaba

queremos oferecer uma fruta mais saudável ao consumidor. Mas isso é difícil e trabalhoso”, observa.

Este ano o quilo in natura é vendido por R$ 2, enquanto as goiabas destinadas para a indústria

estão cotadas em R$ 0,52. Segundo Boni uma das alternativas para elevar o lucro seria beneficiar as frutas, no entanto ressalta o alto investimento e a burocracia para legalizar o empreendimento.

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Fruticultura cresce

Para o técnico da Emater Deoclécio Picolli a fruticultura se tornou uma opção ao tabaco. Há 20 anos, a área chegava a 500 hectares e hoje está presente em apenas uma área.

A primeira fruta a entrar foi o pêssego, seguido de uva, citros, goiaba e ameixa. Mais recentemente, a noz pecã. “Apesar de estar localizado em uma região com maior predominância de frio, nosso município apresenta mesoclimas que permitem o cultivo de frutíferas tropicais. A busca por uma alimentação saudável e o surgimento de agroindústrias incentiva a expansão”, explica.

Segundo Picolli, a Emater presta orientação técnica e incentiva as famílias a ter três ou quatro cultivos para garantir estabilidade. “Essa mudança leva até seis anos. É preciso buscar conhecimento, priorizar a sanidade e oferecer frutas de qualidade”, ensina.

No caso da goiaba são 12 famílias produtoras em uma área de 15 hectares e outros dois em formação. A produtividade alcança 40 toneladas/ha e um preço médio de R$ 1,20 o quilo.

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AGENDA

AGRONOTÍCIAS RESPONDE Como iniciar o cultivo de morango em substrato e ambiente protegido?

A engenheira agrônoma Andréia Binz Tonin, da Emater de Lajeado explica como o produtor pode migrar o cultivo de morango do solo para em substrato e em estufas.

Implante a cultura É necessário ter mão de obra dedicada, buscar conhecimento, disponibilidade de água de qualidade (uma planta em pleno verão requer 0,5 litros por dia) e ter mercado como ponto de partida.

Substrato para cultivo Deve possuir baixo teor de sais e densidade (massa/volume); facilidade de reter e também oferecer água e nutrientes para as plantas; ser livre de doenças e pragas; ter boa relação custo/benefício; estabilidade durante o cultivo; pH em torno de 5,5; densidade entre 300 e 400 kg/m³. A casca de arroz carbonizada e 40% húmus de celulose tem atingido bons resultados e boa relação custo/. Cada planta deve dispor de 4 a 5 litros de substrato para o

adequado desenvolvimento do sistema radicular.

Origem das mudas Sugiro importar do Chile ou da Argentina, pois possuem elevado vigor, excelente sanidade e adequado acúmulo de reservas para maturação.

Interleite Sul 2019 emissão de novas raízes, melhora a ventilação e fotossíntese. Para garantir a qualidade dos frutos é muito importante a presença de abelhas, um enxame sem ferrão para cada 100 m² de estufa.Uma estufa de 240 metros quadrados tem um custo aproximado de R$ 15,5 mil.

Variedades Escolha as variedades de dias neutros, como San Andreas e Albion, não tem seu florescimento influenciado pelo fotoperíodo e produzem o ano inteiro. A produção se prolonga por um período de 15 a 24 meses consecutivos, dependendo do manejo empregado. O plantio é feito em meados de maio a final de julho e estas começam a produzir 60 a 90 dias.

Manejo Nos primeiros 15 dias após o plantio somente será fornecida água para as mudas, depois deve-se iniciar a fertirrigação de forma gradual. É preciso retirar as folhas velhas e sombreadas, que apresentam doenças, pedúnculo remanescentes da colheita, estolões e frutos com podridão. Estimula a

COTAÇÕES AGRÍCOLAS

Informe Agroeconômico Produto

Unidade

Maio R$

Arroz em casca

50kg

41,16

Feijão

60kg

172,67

Milho

60kg

30,32

Soja

60kg

66,56

Trigo

60kg

41,59

Boi p/ abate

kg vivo

5,18

Cordeiro p/ abate

kg vivo

6,37

Suíno tipo carne

kg vivo

3,82

Vaca p/ abate

kg vivo

4,52

Leite (valor líquido)

litro

1,21

Búfalo kg vivo

4,59

PREÇO DO FUMO Variedade R$/kg R$ /arroba 11,01 168,45 TO1 BO1 11,64 177,15

Nos dias 8 e 9 de maio, a cidade de Chapecó realiza a mais uma edição do Interleite. Especialistas e produtores discutem os desafios da cadeia leiteira para o futuro.

Fenovinos A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) organiza a 32ª Feira Rotativa de Ovinos – Fenovinos, em Pelotas, entre os dias 15 e 19 de maio.

Curso de Panificação Em Travesseiro, entre os dias 15 e 17 de maio, a comunidade de Três Saltos Alto recebe a formação.

Expoleite Fenasul A 42ª edição da Expoleite e 15ª Fenasul ocorre de 15 a 19 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O evento contará com concurso leiteiro, julgamento de animais, entre outras atividades.

A produtividade diferenciada em relação a culturas tradicionais, o fácil manejo, a crescente demanda interna e externa e o fato de ela ser uma cultura perene – onde não necessita replantio, motivam produtores e até mesmo profissionais liberais a investir no cultivo de nogueiras

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Rentabilidade atrai novos produtores e investidores A

colheita da noz-pecã no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro da fruta, iniciou no mês de abril e deve ser a maior de todos os tempos. Em Cachoeira do Sul, onde está localizada a maior área de plantio do país, os pomares da Paralelo 30 Sul, pioneira no cultivo, a expectativa dos administradores é colher numa área de 80 hectares mais de 200 mil quilos de nozes, a maior produtividade dos últimos 10 anos.

Isso representa uma média de 3 toneladas por hectare, com alguns talhões atingindo até 4 toneladas por hectare. “Nos igualamos a produtividade dos principais países produtores. Utilizamos um maior número de plantas por hectare, genética adaptada a região, um manejo específico de condução e o resultado foi excelente”, destaca o engenheiro agrícola Jorge Porto.

Para o médico e sócio proprietário, Eduardo Schuch, esse desempenho é a realização de um objetivo traçado. “É um sonho que se transformou em um plano de metas e o desafio de ter um pomar no Brasil com produtividade mundial. Hoje podemos dizer que foi atingido”, comemora.

Segundo Porto, o grupo de seis sócios, formado por quatro médicos, um jornalista e um engenheiro eletrônico, plantou a primeira semente há 10 anos. Na época, atentos a esta crescente demanda pelo fruto, tanto no mercado interno como internacional, criaram a Paralelo 30 Sul. Um projeto audacioso que nasceu com o objetivo de atuar em toda cadeia produtiva, desde a produção até o beneficiamento. Também presta consultoria para implantação de pomares em todo país e América Latina, além da venda de mudas. O viveiro tem capacidade produtiva de 60 mil mudas enxertadas por ano.

O primeiro passo foi buscar conhe-

GIOVANE WEBER

Para Mattos os benefícios à saúde aumentam o consumo e estimulam a implantação de novas áreas. Expectativa é industrializar 10 toneladas

cimento e tecnologia para construir um pomar de classe mundial nas condições de clima e solo do RS. Já são 200 hectares, plantados de forma escalonada entre 2009 e 2017. A parte mais consolidada do pomar é de 80 hectares onde há árvores de 9 a 10 anos.

O restante começa a frutificar a partir de 2020, e até 2024. Quando todo área estiver em plena produção, o volume atingido será de 600 toneladas por ano.

Produção é diferencial

Os produtores convencionais de soja ou milho, por exemplo, nem sempre conseguem manter uma média de rentabilidade num perío-

do de 10 anos, devido aos fatores de mercado ou climáticos. Já na pecanicultura é possível consorciar

O rendimento nem se compara com outras culturas. O manejo é simples, mas é preciso buscar conhecimento.”

José Carlos Gonçalves de Mattos, produtor

várias culturas e incrementar em muito o lucro por hectare.

De acordo com Porto, a rentabilidade da pecuária, por exemplo, onde 250 a 300 quilos de boi por hectare equivalem de R$ 1,3 mil a R$ 1,5 mil por hectare, gera um lucro líquido de aproximadamente R$ 600 a R$ 700 por hectare.

Na soja, o lucro líquido não passa de R$ 1 mil por hectare/ano na média, devido ao custo de produção.

Com a noz-pecã a partir de 8 ou 9 anos é possível ter rentabilidade anual média acima de R$ 15 mil/ha por ano.

Conforme o engenheiro agrícola é uma projeção conservadora, porque se for analisado um pomar com produção de 2,5 toneladas, comercializadas a R$ 10 o quilo, são R$ 25 mil/ha. “Abatendo todo

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investimento com manejo, colheita, deve sobrar entre R$ 15 a R$ 18 mil líquidos por hectare/ano”, garante.

O tabaco deu lugar às nogueiras

Elton Danieli, 54, de Sério investiu na cultura faz 12 anos. São 140 árvores espalhadas em um hectare. Com o fim do cultivo de milho e tabaco, a nogueira surgiu como alternativa para evitar a área ociosa.

Entre as dificuldades destaca o manejo e a baixa produtividade.

“No último ano colhi apenas 50 quilos. Busquei acompanhamento técnico para ver a origem do problema”, relata.

Uma das saídas é melhorar a adubação e corrigir o solo com calcário. A expectativa para este ano é de colher ao menos 100 quilos.

“No futuro a expectativa é de atingir uma produção média 10 mil quilos ao ano”, projeta.

A valorização do fruto traz ânimo.

Danieli estima receber cerca de R$ 12 por quilo, com casca. “Se for descascada chega a valer três vezes mais”, diz.

Atualmente a principal renda da família é oriunda do beneficiamento de madeira. Com serraria na propriedade, comercializam paletes para uma cooperativa de Carlos Barbosa.

Tecnologia facilita trabalho

José Carlos Gonçalves de Mattos, de Cruzeiro do Sul, plantou as primeiras mudas faz mais de duas décadas. Foram 200 plantas em sua propriedade e mais de 12 mil na área de um vizinho. “Muitas morreram por ataque de formigas e falta de cuidado. Hoje temos 3 mil árvores em ciclo produtivo e a estimativa é de colher 10 toneladas”, conta.

Ao lado do filho Leonardo, 20, montou uma agroindústria para beneficiar o fruto. O quilo é vendido por R$ 45. “O valor é quatro vezes maior do que o in natura”, compara.

Para agilizar a colheita, foi comprado um vibrador de tronco, um trator e uma máquina para quebra as nozes. “Descasca até 90 quilos por hora. A tecnologia facilita o trabalho e garante a sucessão”,

Administradores da Paralelo 30 estimam colher até 600 toneladas por ano a partir de 2024

- O pomar de pecã deve ser feito em solo úmido - Mito Muitas pecaneiras são encontradas em beira de rios, e por isso, acredita-se que a umidade é necessária para o desenvolvimento da planta. “A pecaneira necessita de um solo seco e bem drenado para se desenvolver, ela não suporta o encharcamento”, afirma o pesquisador Carlos Martins.

- A cultura não se adapta ao clima quente - Mito A pesquisa tem encontrado áreas com pecã com até 100 horas de frio. “O manejo tem que ser diferenciado em relação a outras regiões”, afirma o pesquisador.

- Para fazer um pomar de pecã é necessário de uma grande área – Mito Existem pomares comerciais de 0,4 a 800 hectares, a diferença vai ser no manejo de cada pomar.

- É possível integrar o pomar com lavoura ou pecuária – Verdade Esse é um dos principais diferenciais e o motivo principal que leva muitos produtores investirem na pecã. É possível na mesma área do pomar integrar com bovinos, equinos, ovinos e até mesmo em pequena escala com frangos.

- É necessário plantar mais de uma cultivar no mesmo pomar – Verdade Os pomares comerciais que a pesquisa da Embrapa está recomendando, normalmente se utilizam de duas a quatro cultivares de pecã; destas, duas podem ser as principais e as demais polinizadoras.

afirma.

Outra meta é recuperar aos poucos o pomar abandonado para atender a demanda constante pela fruta. “O rendimento nem se compara com outras culturas.

O manejo é simples, mas é preciso buscar conhecimento”, ensina.

Além das nogueiras, a família aposta na criação de gado de corte, criado em meio ao pomar.

Ajuda a manter o pomar limpo, livre de ervas daninhas e ainda colabora com o acúmulo de matéria orgânica que auxilia na adubação das plantas.

Área avança pela demanda Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Lajeado, Derli Paulo Bonine, na região são cultivados 700 hectares. A área avança pelo preço da fruta e a demanda ser maior do que a oferta.

O custo para implantar um hectare chega a R$ 7 mil e após o quarto ano são colhidas as primeiras frutas. O pomar atinge um nível comercial aos sete. Para este ciclo, a média a ser colhida por hectare deve chegar a 2 mil quilos, rendimento considerado superior e com nozes de excelente qualidade. “O preço está em R$ 10”, observa.

De acordo com a Emater-RS, são mais de 4 mil hectares cultivados e 1 mil famílias envolvidas.

Produtiva além dos 100 anos

Conforme o pesquisador Carlos Martins, da Embrapa Clima Temperado, a falta de experiência e de informação ainda são obstáculos para os produtores que pretendem fazer um pomar comercial em sua propriedade.

A pecaneira é uma planta perene, que pode ser explorada economicamente por mais de 100 anos, por isso as escolhas de local e cultivares são essenciais, ensina. A seguir, uma pesquisa desenvolvida evidencia os mitos e verdades da cultura (quadro ao lado).

Para ler Uma fruta presente no Brasil desde 1870, a noz pecã foi trazida por imigrantes americanos para o interior de São Paulo, mas encontrou no Rio Grande do Sul a expansão para o seu plantio.

Entre as décadas de 1960 e 1970, a cultura recebeu incentivo para florestamentos e reflorestamentos e teve seu primeiro grande ciclo de produção. Agora a cultura se encontra em seu segundo ciclo, dessa vez para atender a demanda do mercado.

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Docile lança nova marca na APAS Show DIVULGAĂ‡ĂƒO

Maior evento supermercadita do mundo ocorre entre 6 e 9 de maio em SĂŁo Paulo

Sobre a Docile

PAĂ?S

E

mpresa sediada em Lajeado, a Docile concluiu o processo de reposicionamento de marca focado nas mudanças do mercado consumidor. A indústria apresenta na Apas Show a nova identidade visual em logotipo, embalagens e pontos de venda.

O reposicionamento da marca Ê fruto de um ano de trabalho que incluiu a aplicação de pesquisa qualitativa e a participação de antropólogos para compreender o consumo de guloseimas no Brasil.

A intenção Ê levar os consumidores de diferentes públicos ao encantamento por meio de atributos como diversão e alto

Empresa ĂŠ a principal fabricante de pastilhas da AmĂŠrica Latina

astral, promovendo múltiplas sensaçþes para gerar a conexão entre as pessoas.

A comunicação valoriza o posicionamento por meio da tagline “Docile. Descobrir ĂŠ Deliciosoâ€?. Inspirado na histĂłria da famĂ­lia Heineck, o logotipo foi construĂ­do a

partir da caligrafia dos fundadores da empresa: Nestor (pai), Ricardo, Fernando e Alexandre (filhos).

A proteção que envolve o logotipo remete às receitas pasWEHEW HI TEM TEVE ƤPLS Lɨ QEMW de 80 anos, e se refere ao cozimento manual das balas,

CBM aposta em novo conceito e amplia equipe JÉSSICA R. MALLMANN

LAJEADO

Atenta as mudanças de mercado, a CBM investe para atender as necessidades do consumidor. A empresa contratou em abril a Lighting designer Aline Piovesan, que criarĂĄ ambientes na loja de forma a permitir que o cliente visualize a funcionalidade e a qualidade dos produtos. “Nosso objetivo ĂŠ oferecer um serviço completo, com a aplicação dos produtos em diferentes cenĂĄrios residenciais alĂŠm de auxiliar os profissionais com a consultoria do projeto luminotĂŠcnico, trazendo conhecimento agregado a produtos com procedĂŞncia, ou seja, dentro da normalização exigida pelos ĂłrgĂŁos, e com a certeza de um atendimento personalizado acrescido com uma garantia do pĂłs-vendaâ€? explica Aline.

Aline Ê tÊcnica em edificaçþes, graduada em Design de Interiores com a pós-gra-

Aline Piovesan, Marcos Mallmann e Danielle Mallmann

duação em master arquitetura e lighting designer, e realizou trabalhos na construção civil em São Paulo, como design de interiores e, prestou consultoria para projetos luminotÊcnicos.

Outra novidade da CBM Ê a realização de eventos de qualificação para arquitetos e designers. De acordo com o proprietårio Marcos

Mallmann, o objetivo Ê agregar conhecimento aos profissionais da região e qualificar o Vale para o novo cenårio da construção civil e decoração de interiores.

No dia 27 de maio ocorre o primeiro workshop.

A palestra serĂĄ realizada na CBM, a partir das 18h30min, com o tema “Cristais na Iluminaçãoâ€?.

Com 28 anos de história na produção de alimentos, a Docile Ê a maior produtora de pastilhas da AmÊrica Latina e a segunda maior do Brasil em balas de goma, balas de gelatina e Marshmallows. A empresa possui dois parques fabris, em Lajeado e Vitória de Santo Antão, Pernambuco, empregando mais de 800 colaboradores.

Por mĂŞs, a Docile produz 2,6 milhĂľes de quiilos de guloseimas, oferecendo um portfĂłlio com 250 produtos nas categorias Balas de Goma, Pastilhas, Chicles, Balas de Gelatina, Marshmallows, Refresco em PĂł e Regaliz.

Certificada com os selos ISO 9001 e FSSC22000, a Docile distribui seus produtos em todo o territĂłrio nacional e em mais de 60 paĂ­ses.

como era realizado no passado. O conceito foi assinado por Narita Design, de SĂŁo Paulo.

Apresentado em primeira mĂŁo para os colaboradores, o reposicionamento da marca

serĂĄ apresentado ao mercado no dia 6 de maio, data da estreia da Apas Show. Realizado em SĂŁo Paulo, o evento ĂŠ considerado a maior feira supermercadista da atualidade.

Sicredi RegiĂŁo dos Vales cresce 17% em 2018 ENCANTADO

A Sicredi Região dos Vales apresentou em abril os resultados da cooperativa em 2018 e as principais açþes realizadas em prol do desenvolvimento da região. A divulgação ocorVIY ETɚW S ƤQ HEW EWWIQbleias que reuniram mais de 11,4 mil associados de 21 agências e 18 municípios.

A cooperativa administrou R$ FMPLɝIW IQ EXMZSW ƤRERGIMVSW e somou um total 63,7 mil associados em 2018. O patrimônio líquido chegou a R$ 413,5 milhþes, um crescimento mÊdio de 17% em relação ao ano anterior.

Dos R$ 57,2 milhĂľes de resultados gerados pela instituiÉŽÉŞS ƤRERGIMVE 6 QMPLÉťIW (32%) retornaram aos associados atravĂŠs do pagamento de juros ao capital social e participação nos resultados, conforQI HIƤRMHS REW EWWIQFPIMEW Diretor executivo da coopeVEXMZE 6SFIVXS 7GSVWEXXS EƤVma que o crescimento sustentĂĄvel segue como o principal norteador da gestĂŁo. “Tivemos QEMW YQ ERS HIWEƤEHSV QEW com a parceria dos associa-

DIVULGAĂ‡ĂƒO

Resultado chegou a R$ 57,2 mi, dos quais R$ 18,5 mi retornaram aos associados

dos e lideranças e a dedicação da nossa equipe de colaboradores conseguimos apresentar um desempenho positivo, fortalecendo a solidez e a sustentabilidade da Cooperativa.�

Para o presidente do Sicredi Região dos Vales, Ricardo CÊ, o esforço em aprimorar o atendimento, a atuação no apoio às atividades econômicas dos seus associados e iniciativas promovidas pelas comunidades reforçam o compromisso da Sicredi com seu quadro social e com a região.