Agronotícias - 7 e 8 de Setembro de 2019

Especial do jornal A Hora

FIM DE SEMANA, 7 E 8 DE SETEMBRO / 2019

Circulação bimensal DIVULGAÇÃO

Guardiãs da diversidade

Meliponicultura ganha espaço como forma de garantir a polinização nas lavouras e manter o equilíbrio ambiental. Entre os desafios de quem aposta na atividade, está a legalização de todo processo, a melhora no manejo e a divulgação dos benefícios do mel para a saúde.

Páginas 4 e 5

Governo anuncia nova linha de crédito para construir e reformar casas no meio rural. Valor chega a R$ 500 milhões. Enquanto agricultores demonstram otimismo, líderes sindicais mantém cautela quanto à liberação dos recursos

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Sonho da casa própria mais perto U

ma das novidades do Plano Safra é a criação de linha específica do Programa Nacional de Fortalecimento Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) para compra e reforma de casas no meio rural. Serão R$ 500 milhões. Com esses recursos, será possível construir até 10 mil casas para agricultores familiares, segundo estimativa o governo federal.

Ao anúncio trouxe otimismo ao jovem produtor Kelvin Beppler, 22, de Linha Sítio, interior de Cruzeiro do Sul. “Já encaminhei o pedido. Se for para construir com recursos próprios, será muito difícil realizar o sonho de ter a minha casa”, comenta.

O vizinho Carlos Bender foi comtemplado com uma casa nova, de 60 metros quadrados, em 2014, após aguardar um ano pela liberação dos recursos. “Já guardava dinheiro, mas sobra pouco na roça. Com este programa tudo ficou mais fácil. Ganhei o material de construção e eu mesmo fiz a obra”, conta.

Antes de conquistar a casa, morava com os pais.

Além da melhora da autoestima, destaca a possibilidade de ficar no campo ao lado da mulher. “Conquistamos nossa independência.

Ter uma casa é básico para quem vive no interior. Estamos muito felizes”, afirma.

Com o valor guardado nos últimos anos o casal

GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

programa de Habitação Rural é fundamental para Agricultura Familiar. Possibilita a família viver com dignidade no meio rural, além de conter a migração para cidade, inclusive em relação aos jovens que gostariam de permanecer no campo. “É sinônimo de qualidade de vida”, resume.

Leia com atenção

Enquanto Beppler espera pela aprovação do projeto, Bender foi contemplado em 2014 ampliou a lavandeira e agora planeja construir uma nova cozinha.

Cautela Conforme o presidente da Regional Sindical do Vale do Taquari, Marcos Antônio Hinrichsen o primeiro crédito para Habitação Rural começou a ser liberado nos anos 2002 e 2003, quando a família recebia R$ 4,5 mil de subsídio.

No entanto, há quatro anos nenhum projeto foi aprovado pela falta de recursos. São mais de 500 famílias na lista de espera, pelo levantamento dos sindicatos. A maioria é baixa renda e nem alcança

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Possibilita a família viver com dignidade no meio rural, além de conter a migração para cidade. ” Juarez Candido, presidente da Cooahaf

Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor comercial: Sandro Lucas

o mínimo de renda exigido, R$ 60 mil por ano. “Temos apenas o anúncio. Não queremos criar expectativa, a exemplo do Crédito Fundiário, que existe, mas não acontece na prática.

Estamos mobilizados para acessar os valores”, afirma.

Segundo números da Cooperativa de Habitação do Movimento Sindical (Coohaf), o programa já beneficiou mais de 17 mil produtores em todo estado, sendo 1,8 mil na região.

Qualidade de vida

O programa existente e que desde 2016 está totalmente paralisado, oferecia ao beneficiário 94% de subsídio. Em valores atualizados, seriam liberados R$ 34,2 mil para casa nova e R$ 20,7 mil para reformas. Deste montante, o contratante pagaria apenas 4% do valor.

Já o novo projeto – Pronaf Habilitação - trata se de uma linha de crédito de financiamento, equivalente ao crédito rural, sem subsidio. O agricultor pode acessar até R$ 50 mil, com juro do 3% ao ano, e prazo de até 10 anos para devolução. A prestação anual será de R$ 6 mil. Para se enquadrar, deve possuir renda entre R$ 60 mil e R$ 120 mil por ano.

Os valores serão liberados pelo Banco do Brasil.

Para o presidente da Coohaf Juarez Candido, o

DIREÇÃO EDITORIAL Fernando Weiss

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

ARTE Gianini Oliveira

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Alarmados com a redução das colmeias, pesquisadores e produtores apostam na meliponicultura como forma de garantir a polinização nas lavouras e o equilíbrio ambiental. Meta é legalizar atividade para conseguir vender o mel e difundir técnicas de manejo

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ABELHAS SEM FERRÃO

Ecossistema preservado U

m enxame representa perigo para muita gente. Centenas de abelhas protegem a rainha, os futuros filhotes e o precioso mel. Mas não há nenhum risco quando se trata de melíponas, espécies sem ferrão.

A maioria dos produtores começa por hobby e depois, com os resultados, investe em mais abelhas de espécies diferentes. Foi assim com Sérgio Krein, de Cruzeiro do Sul. Apaixonado por abelhas, mantém no quintal da casa em torno de 90 enxames de várias espécies, com destaque para Mandaguari, Manduri, Mandaçaia, Mirim, Jataí entre outras. A produção por colmeia varia de 50 gramas a quatro quilos.

No caso de Krein, onde o mel é colhido num intervalo entre 12 e 24 meses, a produção alcança até 20 quilos por ano. “O mel é muito saboroso e cheio de benefícios para a saúde”, garante.

Quanto aos cuidados, observa a temperatura do ambiente como determinante para as abelhas saírem do apiário em busca de alimento.

“A temperatura interfere no trabalho delas. No inverno ficam dentro da caixa. Não forneço alimento, pois pode alterar o instinto e fazer com que o enxame morra”, diz.

Reforça a importância das abelhas para o ecossistema e a produção de alimentos. “Em alguns casos, elas respondem por até 100% da polinização. Hoje, com o uso demasiado dos agrotóxicos, muitas morrem e está cada vez mais difícil preservar a atividade”, lamenta. Outro problema são as abelhas Iratim, mais conhecidas como

FOTOS GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

Apaixonado por abelhas, Krein mantém no quintal da casa em torno de 90 enxames de várias espécies. Orientação de técnica e legalização da atividade são desafios

abelhas limão. “Elas largam um feromônio. A substância faz os animais não se reconhecerem e brigarem entre eles até a morte”, explica.

Modelos distintos

Além de alojar as caixas em um sistema de ilha, todas elas possuem modelos e tamanhos diferentes. “Quero identificar qual a melhor forma de alojar elas”, explica.

Com este sistema, todas, mesmo sendo de espécies diferentes, ficam no mesmo espaço. “Não tenho visto brigas nos cinco anos em que optei por esta mudança”, afirma.

No pátio existe uma diversidade de plantas, as quais garantem boa oferta de

alimentos. Como desafio, cita a necessidade de elaborar campanhas para auxiliar na preservação das espécies e legalizar a atividade. “A maioria está na informalidade.

Estamos carentes de informação e isso prejudica o avanço”, entende.

O mel é muito saboroso e cheio de benefícios para a saúde.”

Sérgio Krein, meliponicultor

Meta é legalizar a atividade

Conforme o engenheiro agrônomo Paulo Conrad, criador de abelhas sem ferrão há 45 anos, para uma maior expansão da meliponicultura, existe a necessidade de difusão de técnicas de manejo e cuidados com a criação racional. Esse conhecimento está nos criadores e muito pouco nas instituições, reconhece.

Outro passo importante é legalizar a atividade, ter certificação e inspeção do mel produzido para conseguir comercializar o produto dentro das normas de segurança alimentar. “Aprimorar as pesquisas e principalmente no manejo, além de cons-

cientizar quanto aos impactos causados pelo uso desenfreado de agrotóxicos são desafios”, coloca.

Estima existirem pelo menos cinco mil criadores no Vale do Taquari, muitos com uma ou até duas colmeias. “Enquanto uns estão no anonimato, outros tem uma centenas de enxames. “É preciso implantar a cultura de preservação das espécies”, enfatiza.

Segundo ele, as abelhas nativas sem ferrão possuem uma função muito significativa na natureza. Principalmente pela polinização das plantas e manutenção dos ecossistemas agrícolas que produzem o alimento, além de fabricarem um mel saboroso e rico em propriedades medicinais. “É estimado que um terço da alimentação humana depende diretamente da

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polinização das abelhas, que foram consideradas os seres vivos mais importantes do planeta terra”, ressalta.

No Rio Grande do Sul, a Emater estima que 45 mil famílias estejam envolvidas com a apicultura e 10 mil com meliponicultura, tendo 24 espécies nativas catalogadas.

Humanidade ameaçada “Se não fossem as abelhas, não existiriam seres humanos”, destaca o presidente da AMEVAT, Nelson Angnes, preocupado com os agrotóxicos e o desmatamento que são os grandes vilões dizimadores das espécies.

Angnes ressalta a importância para a sobrevivência no futuro e para garantir alimentos para todos. “As abelhas precisam de atenção. O bem que elas fazem ao mundo necessita sair da invisibilidade”, destaca.

Destaca que as abelhas

estão ameaçadas de desaparecer por vários motivos. “As pessoas não sabem que ao desmatar elas também estão destruindo inúmeras espécies de abelhas de grande valor, tanto para a natureza quanto para elas próprias”.

Outro entrave a ser superado é a legislação sanitária e de processamento do mel, para que o produto entre para o mercado formal e possa agregar renda aos criadores.

caixinha.

A estrutura foi montada de acordo com a organização da colmeia, que geralmente é construída na vertical.

No último compartimento, a rainha bota os ovos. As abelhas produzem o mel nas primeiras caixas, que são vendidas para o consumidor. “Os benefícios do mel à saúde motivam a expansão.

O segredo é oferecer um produto fresco, in natura e com garantia de origem”, observa. Fontana terceirizou o envase, o que facilitou conseguir o registro e atender as normas vigentes.

Benefícios garantem demanda Ailton Fontana, morador do município de Novo Horizonte – São Paulo, dedica-se à produção de mel há mais de 30 anos. Começou do jeito tradicional, com as abelhas com ferrão. Atualmente, o mel de melíponas se tornou uma importante fonte de renda no sítio. São em torno de 300 colmeias e 25 espécies diferentes, cuja produção chega a 200

Seminário

Fontana será um dos palestrantes durante do seminário no dia 19 de outubro

quilos por ano.

O interesse foi tanto que o apicultor desenvolveu uma caixa especial para criação

das abelhas sem ferrão. Ela contém cinco compartimentos interligados por buracos feitos no centro de cada

No dia 19 de outubro, a Associação de Meliponicultores do Vale do Taquari (AMEVAT) promove o IX Seminário Regional de Meliponicultura, no Parque do Imigrante, em Lajeado, das 8h às 17h.

Serão oferecidas três palestras com especialistas do Brasil e oficinas durante a tarde.

Agroindústria de Poço das Antas ficou em primeiro lugar na categoria Cachaça Envelhecida Premium.

Concurso da Agricultura Familiar teve 80 inscritos em nove categorias. Produtores de vinho, suco, queijo e salame também são reconhecidos

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Cachaçaria conquista prêmio e novos clientes E

mbora os grandes negócios estejam vinculados ao setor de máquinas e animais, o pavilhão da Agricultura Familiar é um dos atrativos mais visitados no Parque Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer.

Lá estão expostos os melhores alimentos típicos do Estado produzidos pelas agroindústrias familiares.

Nesta edição, 316 famílias expuseram seus produtos e conquistaram o paladar de quem passou pelo espaço.

Para reconhecer o trabalho e a qualidade, um concurso avalia e escolhe os melhores produtos na categoria de vinho, suco, queijo colonial, mel, salame e cachaça.

Do Vale do Taquari, o destaque ficou para a Cachaçaria Wille, de Poço das Antas. Participante pela segunda vez da feira e, primeira vez do concurso, conquistou o primeiro lugar na categoria Cachaça Envelhecida Premium.

Conforme os proprietários Tiago Flach, 28, e Vilson Schneider, 51, o prêmio reflete o cuidado com a qualidade em todo processo, desde o plantio da cana de açúcar sem agrotóxicos, beneficiamento, envase e envelhecimento da bebida. “É preciso gostar do que se faz”, resumem.

A região teve a participação de 41 produtores, entre agroindústrias, artesanato e plantas ornamentais.

Da cidade ao campo

A saudade do trabalho na lavoura e a busca por maior qualidade de vida, Flach e Schneider decidiram empreender no meio rural. Tiago havia se mudado para Caxias do Sul, onde se formou em Administração pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). “Queria estar com a família e botar a mão na massa na roça”, explica.

O desejo de voltar ganhou força quando ele conheceu o atual sócio, bancário, em Novo Hamburgo, que também queria retornar para casa. Juntos,

JACKSON CICERI/ESPECIAL/JC

Pela segunda vez na feira e, estreante no concurso, agroindústria conquistou o primeiro lugar na categoria Cachaçaria Enevlhecida Premium

procuraram a Emater e decidiram abrir o próprio negócio em 2015. Um ano depois começaram a produção, a qual deve alcançar 17 mil litros este ano.

Na agroindústria é produzida a cachaça Prata, envelhecida em barris de Cabriúva, Umburana, Carvalho e de Grápia. A venda, em sua maior parte, ocorre em feiras e exposições pelo Estado. Outro parte é destinada para mercados do Vale do Taquari, Rio Pardo, Serra Gaúcha e Metropolitana.

Mel e vinho No concurso promovido pela Seapdr, com apoio do Mapa, Emater, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar e Seus

Precisamos ser detalhistas e ter cuidado em todas as etapas do processo e sempre respeitar o tempo de envelhecimento da bebida. A soma disso, resultará na qualidade do produto para aos poucos conquistar a preferência e o paladar do cliente.”

Tiago Flach, proprietário

Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Aprodecana) e Embrapa Uva e Vinho, foram premiados as agroindústrias Paludo de Marques de Souza e a Casa do Mel Schwendler, de Venâncio Aires.

Os Paludo ficaram em 2º e 3º lugar nas categorias Vinho Tinto de Mesa Seco e Vinho Tinto Fino Seco, respectivamente. Já Schwendler ficou em 1º lugar na categoria Mel.

Em tempo

De Muçum, a Cachaçaria 3 Fortuna conquistou o 1º lugar na categoria Cachaça Prata, o 2º lugar na Cachaça Envelhecida Extra Premium e o 3º lugar na Cachaça Envelhecida Premium.

O presidente da Associação Sulina dos Criadores de Búfalos (Ascribu) Régis Gonçalves fala dos diferenciais da carne e seus derivados, as novidades em produtos e os desafios para elevar o consumo e o plantel de animais alojados no campo

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ENTREVISTA

“Além da boa carne, ainda ajuda a cuidar da saúde” Búfalos se adaptam a variadas condições e, em muitos casos, apresentam produtividade maior do que os bovinos. Por isso, o rebanho nacional cresce a largos passos, mas ainda esbarra em entraves de organização das cadeias comercial e produtiva.

O presidente da Ascribu, Régis Gonçalves, destaca as dificuldades e desafios do segmento.

Qual a diferença entre a carne de búfalo e a bovina?

Régis Gonçalves - Nós temos uma carne vermelha com todos os sabores iguais aos da carne bovina, uma boa carne para churrasco, uma boa carne de panela, mas

com a diferença de que possui 40% menos colesterol, 50% menos gordura. Isto dá ao consumidor a garantia de não perder o prazer de uma boa carne, mas ao mesmo tempo cuidar de sua saúde.

E as vantagens da criação?

Gonçalves - A rusticidade do animal. O búfalo tem capacidade de alimentação de desdobramento de fibras mais longas e grossas, ou seja, aqueles pastos de melhor qualidade. Também são mais resistentes aos carrapatos. Mesmo em áreas muito infectadas, no primeiro ano é preciso um manejo maior, mas a partir do segundo e terceiro

ano do animal, reduz bastante a infestação nestas áreas, passando, inclusive a não ser mais necessário medicamento para controle de ectoparasitas. A carne fica livre de produtos organoclorados e organofosforados.

Como acertar na compra e no preparo?

Gonçalves - A carne de búfalo é muito parecida, em aparência e sabor, com a de gado. Os cortes também são os mesmos: picanha, contrafilé, entrecot, patinho e prime ribs, por exemplo. Também já estão no mercado os hambúrgueres e as linguiças de carne bubalina.

Nas embalagens a vácuo, a cor

AGRONOTÍCIAS RESPONDE

COTAÇÕES AGRÍCOLAS

Como o produtor pode conseguir a certificação orgânica?

Responde o engenheiro agrônomo André Michel Müller, da Emater de Arroio do Meio.

Quando o consumidor vai comprar um produto orgânico, ele deve procurar na embalagem o selo que comprova sua procedência. Este garante que o alimento foi produzido sem a presença de agrotóxicos, adubos químicos, transgênicos ou hormônios que estimulavam seu crescimento (no caso de carnes).

Certificação por OCS Por meio desde modelo, o próprio produtor, através de um coletivo, garante a procedência do produto e sua forma de cultivo. Para isso, a venda deve ocorrer diretamente em feiras do produtor, Programas Sociais como o PAA ou diretamente aos clientes. É criada uma Organização de Controle Social (OCS): um grupo de agricultores se une e estabelece as regras com os próprios clientes. Neste modelo as visitas entre as partes atestam a origem e a ausência de qualquer tipo de agrotóxicos ou adubo químico. Não existe selo ou certificado, mas um cadastro no Mapa. O primeiro grupo organizado foi de Arroio do Meio - Os Defensores

da Natureza (sete famílias), seguido do Orgânicos do Vale, Orgânicos de Estrela e Encantos da Terra, de Encantado.

Certificação Participativa É feita por uma Organização Participativa de Avaliação da Conformidade (OPAC).

Uma comissão verificadora constituída de agricultores fiscaliza o cumprimento das normas da produção de diferentes propriedades. O que sustenta esse modelo é a formação de grupos e a visita entre os participantes e consumidores. Isso significa que a inspeção não fica a cargo de um agente terceiro, mas sim de membros do grupo, que podem conhecer os modelos de produção e formas de cultivo. Através do diálogo entende-se qual é o consenso sobre os métodos e recursos da produção orgânica. Os grupos formam núcleos regionais que, igualmente, estabelecem visitas de trocas de experiência e verificação de conformidade orgânica de cada grupo. O grupo mais antigo neste modelo é o Grupo dos Agricultores Ecologistas de Forqueta – Arroio do Meio que produzem organicamente desde 1999 e cuja OPAC é a Rede Ecovida.

Informe Agroeconômico Produto

Unidade

Setembro R$

Arroz em casca

50kg

42,93

Feijão

60kg

135,85

Milho

60kg

32,56

Soja

60kg

736,53

Trigo

60kg

41,59

Boi p/ abate

kg vivo

5,39

Cordeiro p/ abate

kg vivo

7,02

Suíno tipo carne

kg vivo

3,62

Vaca p/ abate

kg vivo

4,71

Leite (valor líquido)

litro

Búfalo kg vivo

1,21 4,47

PREÇO DO FUMO Variedade

R$/kg

R$ /arroba

TO1

11,01

172,05

BO1

11,64

180,91

Certificação por Auditagem Neste modelo o produtor paga uma certificadora para obter o selo de produto orgânico. É a mais comum e aplicada na maioria dos países. No entanto, é recomendada para quem possuir produção em escala, pois seu custo é muito elevado, comparado com os demais modelos.

pode ser levemente mais pálida, mas é sutil. A grande diferença visual que o consumidor vai notar é que não há gordura de marmoreio entre as fibras da carne. Para preparar, não há segredo: pode ser na panela ou na grelha do churrasco, ou ainda acompanhada de queijo mussarela tradicional italiana, que é de búfala.

Considerações finais Gonçalves - No Estado, são 12 milhões de bovinos e apenas 70 mil de búfalos. Por ano, são abatidos 20 mil cabeças, o que corresponde a meio por cento dos abates de bovinos. Ao todo no Brasil já são 2 milhões de cabeças de búfalos.

AGENDA Seminário de Agroecologia O evento ocorre em Santa Clara do Sul, no dia 19 de setembro, às 15h, durante a SantaFlor.

Já no dia 20, a partir das 9h haverá palestra sobre: Sustentabilidade e Agroecologia: uma oportunidade de mercado – Prof. Marlon Dalmoro (Univates); Gestão das Propriedades e Plano de Negócios Sebrae; Pesquisa em Agroecologia – Embrapa Clima Temperado; Cadeias Curtas de Comercialização e APL Frutas, Hortaliças, Mel e Condimentos no Território Sul do RS – Embrapa Clima Temperado; Produção Animal Orgânica/Avicultura e Talk Show/Mediação: Cíntia Agostini (Codevat)/Convidados: representante do Mapa – Política Nacional de Produção Orgânica; prefeito de Santa Clara do Sul – Programa Santa Clara Mais Saudável e Pedro Ernesto Denardin – Case Denardin Orgânicos.

Plantas Biotivas Estão abertas as inscrições para a 13ª Reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas e o 1º Congresso Sul Brasileiro de Plantas Bioativas. O evento ocorre nos dias 17, 18 e 19 de setembro, no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em Santa Cruz do Sul.

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08 Apresentado por

Loja conceito da Claro proporciona experiências THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Operadora inaugura unidade em Lajeado, com foco na convergência entre tecnologia e atendimento presencial

U

m espaço que alia interação, entretenimento, tecnologia, inovação e conforto no centro de Lajeado. A Claro inaugurou na segunda-feira, 2, a primeira loja conceito do Vale do Taquari, com uma programação que incluiu a distribuição de brindes e um coquetel com clientes e parceiros.

Localizada na rua Júlio de Castilhos, 603 – loja 4 – a unidade oferece livre experimentação de dos serviços e produtos de telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e opções digitais, além de ofertas exclusivas.

Gerente de filial das lojas autorizadas Claro, Thomas Veppo Lorenzoni destaca que a loja foi pensada nos mínimos detalhes para que o cliente se sinta à vontade. “Convidamos toda a comunidade de Lajeado para conhecer.”

Diretor da Vox Telecom, empresa responsável pela unidade, Eduardo Junqueira afirma que a loja proporciona um ambiente capaz de fazer os clientes se sentirem em casa. “Estamos preparados para receber o cliente, conectá-los com todos os produtos e serviços para proporcionar a melhor experiência.”

Gerente de conta da Claro, Cíntia Leissmann afirma que a operadora está muito satisfeita com o ingresso da Vox nas operações de pessoa física por meio da loja. “Lajeado e as cidades vizinhas tem uma população grande, para a qual queremos apresentar nosso portfólio completo.”

Cabine da felicidade A empreendedora Paula Emanuele D’Avila Machado afirma que a preocupação ao apresentar as lojas físicas foi de criar diferenciais para atrair a atenção do público e provocar emoções positivas. “Queremos que cada cliente que entre na nossa loja saia satisfeito e se sinta abraçado.”

Para oferecer uma experiência ainda mais positiva, a empresa buscou parceria com a Núcleo Consultoria, que montou uma “cabine da felicidade” na unidade. De acordo com a gestora da Núcleo, Daniela Munhoz, a cabine consiste em um método comprovado cientificamente para elevar os níveis de satisfação com a vida.

“Provocando emoções positivas, conseguimos elevar o bem-estar e a felicidade”, destaca. Segundo ela, por meio da experiência os participantes conseguem perceber que as pequenas ações do dia a dia fazem aumentar os níveis de felicidade e bem-estar.

Queremos que cada cliente que entre na nossa loja saia satisfeito e se sinta abraçado.”

EDUARDO JUNQUEIRA Diretor da Vox Claro

Confira o vídeo da inauguração

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