Agronotícias - 08-02-2020

FIM DE SEMANA, 8 E 9 DE FEVEREIRO DE 2020

Circulação bimensal GIOVANE WEBER

Especial do jornal A Hora

Lúpulo do Vale Ingrediente responsável pelas substâncias que conferem amargor e aroma às cervejas, retirado da flor de uma trepadeira típica do clima frio do hemisfério Norte, a cultura está com o passaporte carimbado para adaptação às terras da região. Atualmente, 99,9% da matéria-prima ainda é importada, mas pequenos produtores se organizam para ganhar pelo menos um percentual de mercado deste produto que é vendido por até R$ 1,2 mil o quilo.

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FIM DE SEMANA, 8 E 9 DE FEVEREIRO DE 2020

Cervejas artesanais estimulam cultivo Típico dos países frios, produtores desafiam as condições climáticas para obter uma nova fonte de renda e atender a demanda crescente por lúpulo, principal matéria-prima na fabricação da bebida

“V

ocês são loucos. Nunca vai dar certo”. Essa é a frase mais ouvida pelo casal Evandro André Bauer, 37, e Vanessa Tresoldi Schneider, 33, de Forquetinha. Eles queriam voltar ao interior, mas não para criar suínos, aves ou produzir leite. “Buscava algo inovador, com potencial e onde pudesse conciliar com meu emprego na cidade”, resume Bauer.

A ideia de cultivar o lúpulo surgiu de pesquisas feitas por Vanessa.

Primeiramente, o objetivo era fabricar a própria cerveja artesanal. Diante da percepção da demanda do mercado, onde 99% da matéria-prima é importada e a parceria estabelecida com uma cervejaria de Bom Retiro do Sul, optaram por apenas produzir o lúpulo.

A estrutura erguida nos fundos de casa tem capacidade de acomodar 680 plantas, mas a meta é de no mínimo duplicar a produção nos próximos anos. “Nosso clima é o ideal e vamos colher uma matéria-prima de qualidade superior”, aposta Vanessa.

na internet e grupos de conversa em redes sociais.

Cultivada no sistema de parreiral, a planta atinge até oito metros de altura. Bauer indica o plantio no início da primavera. A floração começa em dezembro e a safra na segunda quinzena de fevereiro.

Durante o inverno a planta entra em dormência e rebrota em setembro. “Produz por mais de 10 anos.

Em condições ideais cresce até 40 centímetros por dia”, observa. Outro detalhe é a necessidade de irrigação, pois a cultura é exigente em umidade.

Um dos grandes aliados para obter êxito é o sol. As plantas necessitam acima de 10 horas de luz solar ao dia para florescer, ensinam.

O casal trabalha para conseguir

Nosso lúpulo é de qualidade. Agora, é questão de tempo, um trabalho de formiguinha, para surtir efeito comercial lá na frente.”

Alexander Creuz, presidente da Aprolúpulo GIOVANE WEBER

Potencial e dificuldades No primeiro ano cada planta produz em média 100 gramas. Já no quarto, quando chega ao auge, alcança 2 quilos. Entre as dificuldades está a ausência de técnicas para fazer o manejo. A maioria das informações é obtida em livros, artigos

o certificado de Procedência e de Produção junto ao Mapa. No futuro a meta é tornar o cultivo orgânico.

Mercado promissor

Criada em maio de 2018, a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), com sede em Lages, já reúne 123 produtores de 11 estados (RS, SC, PR, RJ, SP, RN, ES, RO e TO)e além de ter um membro em Portugal.

Alexander Creuz, um dos fundadores e atual presidente, depois de assistir uma reportagem no Globo Rural em 2016 sobre o cultivo, fez um curso técnico em Agronegócio do Senar e decidiu colocar em prática o plano de negócios elaborado como trabalho de conclusão de curso: cultivar lúpulo.

Na Localidade de Cadeados, instalou o matrizeiro, que está na segunda safra e é usado como uma espécie de laboratório, para fazer práticas de manejo diferentes entre as variedades cultivadas. Cada muda custa em média R$ 40.

Em 2018, o Brasil importou 3.362 toneladas de lúpulo, destinado em sua maioria para cervejarias artesanais. O valor do quilo varia de R$ 100 a R$ 1,2 mil, dependendo da qualidade e variedade, aponta. No país, o cultivo alcança apenas 40 hectares, segundo estimativa da Aprolúpulo.

Falta de tecnologia Evandro e Vanessa, de Forquetinha são um dos 23 produtores a apostar no cultivo de lúpulo

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas

Esta, além da ausência de máquinas para auxiliar os produtores em quase todas as etapas produtivas,

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

ARTE Fábio Costa e Silvia Vian

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FIM DE SEMANA, 8 E 9 DE FEVEREIRO DE 2020 DIVULGAÇÃO

No país existem 41 variedades de flores reconhecidas e que podem ser aproveitadas para produção de cerveja

desde o cultivo, colheita, separação dos cones, secagem, armazenagem e peletização, são considerados os principais gargalos.

Por ser uma cultura de alto valor agregado, não precisa de grandes extensões de terra para ter

um bom retorno financeiro. É ideal para pequenos produtores, observa. Hoje, a erva responsável pelo aroma e amargor, é comprada de lojas especializadas, as quais importam o produto de outros países como Alemanha e Estados Unidos, responsáveis por fornecer 80% da matéria-prima mundial.

A cultura exige cuidado extremo com o solo, pois a planta necessita de muito nitrogênio, potássio e fósforo para se desenvolver. Acredita que o mercado seja promissor, caso a qualidade da matéria-prima alcance bons índices. “O consumidor busca algo inovador, com mais sabor. Ele bebe menos, prioriza a qualidade”, opina.

A criação da Câmara Setorial da Cerveja é outro ponto positivo. É um espaço para discutir os problemas e buscar soluções para toda cadeia produtiva. Em algumas décadas poderemos passar de importador para exportador, projeta.

Da lavoura para o copo Uma cervejaria de Bom Retiro do Sul colocou no mercado em 2019 o primeiro rótulo (Harvest APA)

Brasil é o terceiro maior fabricante PRODUÇÃO CERVEJA

MALTE

14 bilhões de litros por ano

800 mil de litros por ano

LÚPULO IMPORTAÇÃO

FATURAMENTO

1,7mil toneladas

100 bilhões

R$

em impostos EMPREGOS

ÁREA CULTIVADA LÚPULO

CONSUMO

2,7milhões 40 hectares 62 litros por pessoa ao ano

ANO DE 1150

Registro mais antigo sobre a matéria-prima na história

Fonte: Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva)

produzido com lúpulo da variedade Cascade, oriundo da propriedade de Elson Alllgayer, de Santa Clara do Sul. “Teremos este ano a Harvest IPA e a expectativa é lançar mais rótulos a partir de 2021 com matéria-prima de novos produtores parceiros”, explica o engenheiro agrônomo responsável, Marcus Outemane.

O crescimento das cervejarias artesanais nos últimos dez anos desperta o interesse dos agricultores. Para incentivar a expansão, em agosto foi criado o projeto Salva Hops onde é garantida a assistência técnica, desde o cultivo a colheita, além da compra do lúpulo, beneficiamento e venda da cerveja, gerando renda e oportunidades para todos.

As áreas cultivadas possuem de 30 até mil plantas. Além do interesse cervejeiro, temos que considerar a indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética, entre outras, observa.

Estão em fase de testes em torno de 15 variedades na região.

A meta é identificar as com mais potencial e melhor adaptação ao clima e solo. “Buscamos novos parceiros para ampliar a área e a produção”, avisa.

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Couro de tilápia: se essa moda pega!

FOTOS FERNANDO DIAS

Empresários apostam no beneficiamento da matéria-prima para agregar valor à criação. Projeto será desenvolvido em parceria com a indústria de calçados, bolsas e acessórios. Uso da pele no tratamento de queimaduras está em fase experimental

A

tilápia ganha cada vez mais espaço e não é apenas na gastronomia. Há alguns anos, a indústria têxtil e calçadista anda de olho em outro potencial do peixe: a beleza da sua pele.

Esta é considerada um dos melhores materiais para quem quer ir para o caminho da sustentabilidade, além de incrementar os lucros de toda cadeia produtiva. Na região e no Estado, a maior parte das peles é descartada após o abate.

Diante do potencial econômico e a tendência do mercado, os empresários Mauro e Marcelo Hauschild, de Bom Retido do Sul, começam a elaborar um projeto de estudos para viabilizar o beneficiamento na propriedade localizada em Sanga Funda.

“Quando começamos a planejar a produção de tilápias buscamos conhecer todas as experiências existentes como forma de maximizar os resultados. O aproveitamento do couro virou mais uma alternativa”, destaca Mauro.

Segundo ele, em Goiás existe um projeto experimental em desenvolvimento. Para viabilizar a proposta, os irmãos buscam parcerias com indústrias de calçados, bolsas, acessórios, entre outros,

Irmãos pretendem destinar couro para confecção de bolsas e acessórios

A pele de tilápia, após o processamento, poderá ser utilizada na indústria têxtil, confecção de bolsas, bijuterias e, principalmente, para exportação.

Já há boas experiências realizadas por empresas de Santa Catarina em parceria com o Senai.”

Mauro Hauschild, empresário

para analisar os resultados do uso do couro na confecção dos produtos.

Num primeiro momento a matéria-prima virá de abatedouros do Estado, enquanto o próprio frigorífico ainda não estiver pronto. As obras devem iniciar até dezembro. O processamento seguirá o sistema adotado no couro bovino. “Avaliamos uma ação conjunta com uma investidora goiana que já está fazendo experiências bem sucedidas. A pele terá mais valor quando retirada de peixes com peso entre 1,5 e 2 quilos”, revela.

Enquanto isso, a família se dedica a expansão dos viveiros onde o primeiro alojamento, mais de 30 mil alevinos, aconteceu em janeiro de 2019.

Neste mês outras 11 sangas foram povoadas e a capacidade de produção será triplicada. A meta é produzir 200 toneladas de pescado até 2021.

Ainda, conforme Mauro, o couro está sendo usado por especialistas do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil para a confecção de roupas e acessórios.

Com um consumo de mais de 200 mil toneladas de tilápia no Brasil por ano, o couro poderá ser exportado para vários países, como a Itália, referência no mundo da moda, projeta.

Beneficiamento de peixes

O pescado processado e embalado deve chegar aos mercados apenas 2022, sob a marca de “Peixe da Sanga”.

Todo processo, desde a elaboração dos projetos, manejo e beneficiamento recebe assessoramento técnico da Emater, da Univates, além de consultorias especializadas.

“Investimos em tecnologia, sistemas de controle produtivo e monitoramento da qualidade da água, além de equi-

pamentos especiais”, observa. Desde o ano passado já foram comercializadas 4 toneladas de peixes vivos e outras 20 estão encomendadas para o primeiro trimestre.

Até o fim do ano a meta é vender 70 toneladas.

De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura, a tilápia representa mais da metade da produção de peixes de cultivo e é a espécie mais consumida do Brasil.

Tratamento de queimaduras

Em fase experimental, a pele da tilápia, está sendo usada para tratar pacientes vítimas de queimaduras graves em hospitais do Ceará e Rio de Janeiro.

Segundo estudos médicos, a técnica é considerada simples, barata e menos dolorosa.

O produto é rico em colágeno, resistente e elástica, o que contribui para a cicatrização em diferentes níveis e de forma mais rápida. A atadura feita com a pele do peixe tampa toda a ferida, como se fosse uma cola protegendo o local e pode permanecer na área queimada por vários dias.

“Vamos visitar a Universidade Federal cearense para conhecer estas experiências. Nos Estados Unidos já há práticas de sucesso no tratamento de queimados com resultados muito expressivos no processo de recuperação”, finaliza.

A Anvisa informa que os responsáveis pelo tratamento devem procurar o órgão para iniciar o processo de registro e regularização.

Pele terá mais valor quando retirada de peixes com peso entre 1,5 e 2 quilos

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“Vamos rever uma série de processos” Prioridade é dar sequência ao processo de mudança com a descentralização de ações hoje concentradas em Brasília, além da revisão do número de cargos comissionados e aproximação com o setor privado para novos investimentos

“E

m 2019, nós dobramos o número de projetos em parceria com setor produtivo.

Queremos também revisitar a agenda das nossas unidades, para que elas trabalhem de forma mais próxima e mais responsiva ao agro brasileiro”, anuncia Ceslo Moretti, novo presidente da Embrapa.

Há 25 anos na empresa, iniciou a carreira como pesquisador, foi chefe da Embrapa Hortaliças, chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) e diretor executivo de Pesquisa & Desenvolvimento.

Qual é a prioridade no comando da Embrapa?

Por orientação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina adotamos o lema “mais Brasil, menos Brasília”. Vamos rever uma série de processos na empresa, como o número de cargos comissionados. Até junho o quadro de servidores deve passar de 9,5 mil para

8,2 mil, redução de 12% do quadro. O novo desafio é a redistribuição desse pessoal pela sede e pelos 43 centros de pesquisa pelo país. Ainda queremos aumentar a capacidade de captação de recursos para reduzir a dependência do Tesouro Nacional.

Vai faltar dinheiro para pesquisa?

O orçamento global da Embrapa, considerando pessoal e recursos para custeio de pesquisa, ficou em torno de R$ 3.7 bilhões.

O orçamento saltou de R$ 200 milhões para em torno de R$ 280 milhões. Vamos sentar com o setor priva-

do, discutir a formação de fundos de financiamento de pesquisa, similares aos que existem nos EUA. Pretendemos também desmobilizar terras. A Embrapa tem 106 mil hectares e podemos colocar a venda. Queremos reinvestir todo valor arrecadado ou pelo menos parte dos recursos em pesquisa.

Em termos de pesquisa, qual é o direcionamento para 2020?

O agro representa 23% do PIB. Precisamos focar realmente nos problemas da agricultura e do produtor.

Em 2020, a prioridade será a edição genômica. Por exemplo, vamos editar o genoma da soja para dar resistência a nematoides e adaptação à seca. Duas empresas privadas serão parceiras. Vamos avançar no projeto de integração lavoura-pecuária-floresta,

que hoje já tem 15 milhões de hectares no Brasil e muito na questão da bioeconomia. Na agricultura digital, com a nova legislação de conectividade aprovada, podemos ampliar a área conectada, que no país chega a apenas 65% do território. Na China tem 95% da área conectada.

E as novidades previstas?

O início do processo de certificação e comercialização de produtos com a marca conceito Carne Carbono Neutro (CCN). Ela garante que os animais que deram origem ao produto tiveram as emissões de metano entérico compensadas durante o processo de produção pelo crescimento de árvores no sistema. Estamos mapeando, por imagens de satélite, os viveiros de criação de peixes e outros animais aquáticos em todo o Brasil.

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Colhe e pague amplia oportunidades

E

m pouco mais de duas semanas a família Franchini, de Muçum, vendeu toda produção direto na propriedade. A modalidade foi adotada após destinaram durante duas décadas as uvas para mercados e vinícolas.

Numa área de 2,5 hectares foram colhidos 20 mil quilos das variedades Niágara Branca e Rosada e Isabel e Francesas Precoces. “Tivemos visitantes de Minas Gerais, atraídos pela qualidade e a possibilidade de colher direto no parreiral. As uvas estavam sadias e muito doces”, comenta Marcos.

A meta é transformar o local em um ponto turístico. Identificamos a vontade dos visitantes em voltar às origens, colher o próprio alimento, conhecer e ter contato com o meio rural, observa. O quilo foi vendido por R$ 5.

Devido ao microclima favorável à produção, a cidade é

GIOVANE WEBER

Colhe e Pague ajuda produtores a incrementar lucro nas propriedades e desperta o turismo rural na região

uma das primeiras a vender as frutas no Estado.

Experiência contagiante A família Faveretto, de Sério, estima uma safra de 4 mil quilos das variedades Bordô,

AGENDA

Polinização da pitaia O município de Sério realiza neste sábado, dia 8, a caminhada da polinização da pitaia, colheita da uva, seguido de contemplação do pôr do sol, da lua cheia e café colonial.

O percurso será de 5 quilômetros. Mais informações pelo telefone (51) 9.9583-2672.

Assembleia do STR O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado, Marques de Souza, Forquetinha e Canudos do Vale convida os associados para a assembleia de Prestação de Contas referente o exercício de 2019 para o dia 11 de março. O evento ocorre a partir das 13h30min, no salão de eventos do Centro Evangélico de Lajeado. Ainda haverá sorteio de prêmios e confraternização entre o quadro social.

Expoagro Afubra A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) realiza entre 18 e 21 de março, em Rincão Del Rey, Rio Pardo, mais uma edição da maior feira da agricultura familiar do país. Este ano o evento chega a 20ª edição e celebra os 65 anos da Afubra.

Isabel e Niágara Rosada. E quem vai colher tudo serão os turistas pelo segundo ano consecutivo. “O cliente mesmo escolhe os cachos cultivados sem agrotóxicos. Para acompanhar, servimos um café colonial”, relata Joseli. O quilo é cotado em R$ 3.

O empresário Moisés de Freitas participou pela segunda vez e aprovou o sistema.

“Uma experiência diferente, podendo escolher a uva e saborear em meio a um ambiente muito aconchegante e tendo a certeza de consumir algo saudável”, afirma.

Oferta menor Conforme Derli Paulo Bonine, assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater Regional de Lajeado, as condições climáticas de outubro, com excesso de chuva e rajadas de vento, causaram o abortamento de flores.

Criou-se um ambiente favorável ao desenvolvimento de doenças fúngicas, como a antracnose e míldio e, consequentemente, reduziu potencial de produção. Já a estiagem registrada nas últimas semanas foi favorável. “Com pouca chuva e dias ensolarados, a qualidade está excelente”, garante.

No Vale do Taquari são cultivados 1.034 hectares, cuja uva é destinada para produzir 2 milhões de litros de vinho, 100 mil litros de suco e o restante para consumo in natura.

AGRONOTÍCIAS RESPONDE Como evitar a mortandade de peixes com as altas temperaturas?

Responde o zootecnista e mestre em aquicultura João Alfredo de Oliveira Sampaio, da Emater Regional de Lajeado Como o calor afeta o desenvolvimento?

Cada espécie tem uma temperatura em que seu metabolismo funciona melhor, que é chamada de temperatura ótima. Quando ficam expostos às temperaturas acima ou abaixo da considerada ideal, têm seu crescimento reduzido e em muitos casos, podem morrer. As águas com temperaturas muito elevadas acarretam dificuldade nos processos de digestão e redução da sua capacidade de absorver os nutrientes dos alimentos.

Qual a temperatura ideal?

Os peixes de cultivo (carpas, tilápias, jundiás, lambaris e traíras) apresentam o melhor desempenho quando estão entre 24 a 28 graus centígrados. Quando está muito quente os peixes necessitam uma maior quantidade de oxigênio dissolvido para respirar. Quanto mais quente, mais rápido ocorrem as reações de decomposição da matéria orgânica dos açudes e estas consomem mais oxigênio. A velocidade das reações químicas dobra ou triplica para cada 10 graus de aumento da temperatura. Os produtores deste oxigênio são as algas, principalmente as verdes que fazem durante o dia a fotossíntese. Este O2D (oxigênio dissolvido), deve se encontrar em concentração ideal de 5 a 8 mg/

litro, e com isto manter a possibilidade dos peixes respirarem durante a noite. Quando a temperatura ultrapassa os 28 graus na água, este equilíbrio fica desajustado e se inicia a falta de oxigênio durante a noite.

Os sintomas da falta de oxigênio?

Eles ignoram a comida. Na entrada de água que caia sobre o açude, haverá acúmulo de animais, pois o choque provocado pela queda irá absorver oxigênio do ar criando uma região mais favorável à respiração. Na ausência disso, podem subir para a superfície e ficarão boqueando ar com água na tentativa de respirar melhor. Ocorre nas primeiras horas do dia.

A característica da água é importante?

O ideal são as águas verdes. Quando enxergamos a 30 cm dentro da água, é preciso manter os peixes em uma proporção de até no máximo 1 quilo por metro quadrado de superfície de viveiro, com profundidade média de 1,2 metros. Quando a transparência estiver abaixo dos 30cm, é recomendado trocar ou tirar parte dos peixes. Outra saída é instalar um sistema de oxigenação artificial ou reduzir a alimentação ao mínimo para evitar mortes de noite. O Ph da água para as espécies criadas deve ficar em torno de 7,0. Recomenda-se fazer a leitura a cada 15 dias. Caso esteja abaixo, usa-se 30 gramas de calcário do tipo FÜLLER por metro quadrado e repete-se a dosagem até normalizar.

Informe Agroeconômico Produto

COTAÇÕES AGRÍCOLAS Unidade Fevereiro

Arroz em casca

50kg

48,19

Feijão

60kg

133,46

Milho

60kg

41,92

Soja

60kg

77,48

Trigo

60kg

41,88

Boi p/ abate

kg vivo

6,84

Cordeiro p/ abate

kg vivo

7,53

Suíno tipo carne

kg vivo

4,12

Vaca p/ abate

kg vivo

5,94

Leite (valor líquido)

litro

1,12

Búfalo

kg vivo

5,54

PREÇO DO TABACO Variedade

R$/kg

R$ /arroba

TO1

11,01

172,21

BO1

11,64

181,05

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Revendedora do Boticário ganha prêmio de R$ 100 mil DIVULGAÇÃO

Vencedora do prêmio, Leonir Rejane Helfenstein é revendedora Boticário desde maio de 2015

LAJEADO

A

cidade de Lajeado possui uma ganhadora na promoção do Boticário “Transforme a sua vida”. A promoção, que consistia em transformar a vida de uma revendedora, foi realizada por meio de sorteios em duas etapas.

Todas as revendedoras de O Boticário cadastradas no Brasil participaram da ação.

Lajeado foi representada pela franquia N R Haas, que possui em sua base mais de 1,5 mil revendedoras, atendendo os municípios de Laje-

ado, Cruzeiro do Sul, Estrela, Bom Retiro do Sul e Santa Clara do Sul. Na primeira fase da promoção, em agosto de 2019, vinte e seis revendedoras de todo o Brasil. foram contempladas com R$ 50 mil em certificados de barras de ouro. Na segunda fase, em janeiro de 2020, foram sorteadas mais 26 revendedoras, com o prêmio de R$ 100 mil em certificados de barras de ouro.

A ganhadora Leonir Rejane Helfenstein, moradora do bairro Jardim do Cedro, é revendedora Boticários desde maio de 2015. De acordo com a proprietária da franquia Nicéa Haas “O Boticário está de parabéns com a premiação para uma das queridas revendedoras”, afirma. Para a franqueada, o prêmio é resultado do comprometimento, dedicação de Leonir”

Sicredi Região dos Vales reunirá associados a partir do dia 2 de março VALE DO TAQUARI

O Sicredi Região dos Vales realiza no mês de março o seu processo assemblear 2020. Os eventos reunirão os associados dos 18 municípios da região de abrangência da instituição financeira cooperativa.

O primeiro encontro, agendado para a segunda-feira, dia 2 de março, ocorre no município de União da Serra, a partir das 20h. Nos eventos serão apresentados o relatório de gestão, a prestação de contas do exercício de 2019, a forma de atuação da Cooperativa - demonstrando aos associados as contribuições ao desenvolvimento da região e os benefícios gerados ao quadro social e demais assuntos de interesse dos associados.

Também o último sorteio da Promoção Sorte Cooperada Sicredi. O período de participação na campanha promocional encerra em 28 de fevereiro. Os cupons tanto do primeiro, quanto do segundo sorteios voltam para a urna concorrendo agora a uma Smart TV 50 polegadas, uma poupan-

ça Sicredi de R$ 5 mil, uma poupança Sicredi de R$ 10 mil e uma motocicleta zero quilômetro CB Twister.

Até o dia 31 de março, quando se encerram os encontros do processo assemblear, a previsão é que mais de 10 mil associados acompanhem as apresentações realizadas pelo presidente da Cooperativa, Ricardo Cé, pelo diretor Executivo, Roberto Scorsatto, e pelos gerentes do Sicredi em cada município.

Compreendem a área de

abrangência do Sicredi Região dos Vales os municípios de Anta Gorda, Arroio do Meio, Capitão, Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Guaporé, Ilópolis, Muçum, Nova Bréscia, Putinga, Relvado, Roca Sales, São Valentim do Sul, União da Serra, Vespasiano Corrêa e Vista Alegre do Prata.

Para mais informações dos encontros e confirmações de presença, os associados podem contatar o Sicredi do seu município.

ASSEMBLEIAS SICREDI DATA

MUNICÍPIO

HORÁRIO

LOCAL

02/03/20

União da Serra

20h

Ginásio de Vila Oeste

03/03/20

Vista Alegre do Prata

20h

Salão Paroquial

04/03/20

Guaporé

20h

Salão Comunitário Nossa Sra. da Saúde

05/03/20

Dois Lajeados

20h

Salão Paroquial

09/03/20

São Valentim do Sul

20h

Salão Paroquial

10/03/20

Vespasiano Corrêa

20h

Salão Paroquial

11/03/20

Muçum

20h

Salão Paroquial

12/03/20

Encantado

20h

Salão Comunitário Santo Agostinho

16/03/20

Putinga

20h

Salão Paroquial

17/03/20

Ilópolis

20h

Centro Cultural de Eventos

18/03/20

Doutor Ricardo

20h

Salão Paroquial

19/03/20

Anta Gorda

20h

Ginásio de Esportes São Carlos

23/03/20

Relvado

20h

Salão Paroquial

24/03/20

Coqueiro Baixo

20h

Salão Comunitário São José

25/03/20

Nova Bréscia

20h

Salão Paroquial

26/03/20

Capitão

20h

Ginásio Municipal de Esportes

30/03/20

Arroio do Meio

20h

Colégio Bom Jesus São Miguel

31/03/20

Roca Sales

20h

Salão Paroquial

Fachada da Acil passa por modernização LUCAS SANTOS

LAJEADO

A fachada do prédio da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), um dos mais tradicionais da cidade, passou por obras de modernização de sua identidade visual. Além das reparações para manutenção da estrutura da marquise, o espaço recebeu uma grade de fechamento que encobre os aparelhos de ar condicionado.

As obras de manutenção e modernização também foram realizadas para renovar o visual da entidade, que se prepara para a comemoração do centenário em 2021.

Estrutura tem espaço para divulgação dos produtos, eventos e serviços oferecidos pela Acil

Com a execução do trabalho, a fachada modernizada proporciona melhor visual, mais conforto e funcionalidade no atendimento aos associados e comunidade.

A estrutura de fechamento tem em sua parte central espaço para divulgação dos produtos, eventos e serviços oferecidos pela Acil à comunidade de Lajeado e região. O primeiro serviço em destaque são os Cartões Util, que proporcionam às empresas a otimização de sua gestão de benefícios aos funcionários.

Lojas Benoit renova contrato a Avates VALE DO TAQUARI

Há cinco anos, a Lojas Benoit é patrocinadora da Associação Vale do Taquari de Esportes (Avates), com sede em Estrela. A assinatura da renovação do contrato ocorreu na sexta-feira, 31 de janeiro, na Matriz da Lojas Benoit, em Lajeado, com a presença do técnico e vice-presidente da Avates, Rodrigo Rother e do gerente-operacional da Lojas Benoit, Humberto Koerbes.

“A Lojas Benoit sente-se orgulhosa em participar deste projeto esportivo e social da Avates. Devemos estar inseridos nas bases e incentivar as crianças à prática do esporte, pois elas são o nosso futuro”, destaca Koerbes.

Com sede em Estrela, a Avates possui um programa esportivo iniciado no ano de 2000, que envolve crianças e adolescentes, e desenvolve ações em formas de projetos sociais, com escolinhas de iniciação esportiva e equipes de competição de voleibol feminino nas categorias

de base, além de realizar diversos eventos.

As atividades são gratuitas e ocorrem no turno inverso ao escolar. Com a parceria de prefeituras e outras entidades, os municípios do Vale do Taquari que realizam o projeto são: Estrela (350 crianças); Santa Clara do Sul (200 crianças); e Arroio do Meio (300 crianças).

Acompanhe as notícias, jogos e imagens das atividades da AVATES na internet acessando www.facebook.com/ voleibolavates/.

A assinatura da renovação do contrato ocorreu na sexta-feira, 31 de janeiro, na Matriz da Lojas Benoit, em Lajeado