Agronotícias | 19 de janeiro de 2019

FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE JANEIRO / 2019

Circulação bimensal GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

Especial do jornal A Hora

Sistema em

EXPANSÃO Diante do constante aumento na tarifa de energia elétrica e problemas de abastecimento, produtores da região apostam em modelos de energia solar.

Financiamento facilitado permite a implantação do sistema e garante autonomia à propriedade.

Páginas 4 e 5

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FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE JANEIRO / 2019

Enquanto trabalham para finalizar a colheita, produtores aguardam início das negociações com a indústria que iniciou as compras esta semana. Safra está estocada nos galpões

Fumicultor a espera do reajuste FELIPE NEITZKE

Raio X do setor Famílias produtoras

146 mil Pessoas ocupadas

585 mil Hectares

297 mil Renda por hectare

R$ 21 mil Produção no RS

319,3 mil toneladas Fonte – Afubra – 2018/2019

Enquanto aguarda a definição sobre a nova tabela de preços, para compensar o aumento dos custos na lavoura, Dapont finaliza a colheita

A

pesar das incidências de granizo e forte calor, que prejudicou algumas lavouras, entre os fumicultores o clima é de otimismo. Com mais de 80% da área colhida, conforme levantamento da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a atenção começa a se concentrar nas negociações com a indústria.

Esta semana iniciaram as reuniões para definir o percentual de reajuste para a atual safra. Arnildo Dapont, 62, de Boqueirão do Leão cultiva 30 mil pés de tabaco em uma área de dois hectares.

Nos últimos quatro anos reduziu pela metade a área em função da falta de mão de obra. “As leis trabalhistas estão cada vez mais rigorosas e torna inviável contratar alguém”, comenta. A expectativa é

O fumo está com boa qualidade.

Temos tudo para obter bons resultados.”

Arnildo Dapont, produtor

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS Diretor-geral: Adair Weiss Diretor de Conteúdo: Fernando Weiss Diretor comercial: Sandro Lucas

de colher 360 arrobas, mesma quantidade do ano passado.

“O fumo está com boa qualidade.

Temos tudo para obter bons resultados”, projeta. Enquanto finaliza a colheita, aguarda por um reajuste nos valores. “Os custos aumentaram.

Além de um preço maior por arroba, esperamos uma compra dentro da classe. Na safra passada, poucos seguiram esta regra”, lamenta.

A média por arroba no ciclo anterior chegou a R$ 155. Para equilibrar as contas e aumentar o rendimento aposta na produção de milho em grão, cerca de 20 mil quilos ao ano.

Custos maiores Segundo o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari o tabaco é uma das únicas culturas cujo preço

DIREÇÃO EDITORIAL Fernando Weiss

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO Giovane Weber/FW Comunicação Prestador de Serviços

nunca sofre queda, diferente de outros setores como leite, frango ou suínos. “É cedo para falar em novos valores, seria necessário um reajuste, pois os custos estão maiores”, aponta.

Segundo o primeiro vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Nestor Bonfanti, a expectativa é de que o reajuste alcance 5,9% depois das novas negociações.

“Cobriria os custos de produção”, entende.

No ciclo passado o valor médio do quilo da variedade Virgínia chegou a R$ 9,18 e de Burley R$ 8,27. Uma das preocupações é quanto ao forte calor e as chuvas de granizo que podem impactar na qualidade e na produtividade das lavouras.

REVISÃO Laiane Lengler ARTE Luana Quadros

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Consecutivos aumentos na tarifa e com a redução de preço das placas fotovoltaicas faz produtores apostarem na instalação de painéis para gerar eletricidade pela luz solar. No estado existem mais de 500 projetos em andamento

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Campo adota energia limpa N

a propriedade da família Hofstatter, de Paverama, a tarifa de energia elétrica chegava a R$ 1 mil por mês. Para driblar os constantes aumentos, após um ano de estudos, Sérgio e Rosane decidiram instalar 48 placas fotovoltaicas, responsáveis por gerar em média 2,4 quilowatts (kW) por mês. “A produção é maior do que a demanda. O excedente é injetado diretamente na rede elétrica convencional. Podemos utilizar em até cinco anos”, explica.

O investimento foi de R$ 86 mil, valor financiado pelo Pronaf, com prazo de nove anos para ser pago.

“Transformamos o custo em investimento. A parcela mensal do financiamento está em R$ 800. Projetamos quitar tudo em até sete anos”, calcula. A família aposta na produção de leite, cerca de 15 mil litros ao mês.

Segundo Sérgio, além de ser uma energia limpa, o sistema possui 25 anos de garantia. A iniciativa desperta interesse dos vizinhos. “Muitos já fizeram o projeto e instalaram, pois além da economia, no futuro pode ser uma fonte de renda complementar”, observa.

O empresário Rui Horn, de Cruzeiro do Sul segue os mesmos passos. Para driblar as constantes quedas e o alto valor da tarifa, investiu R$ 250 mil na colocação de 240 placas fotovoltaicas. Por mês, o gasto com a conta de luz na agroindústria de geleias especiais, pizzas e alimentos congelados alcançava R$ 12 mil. “Além de produzir o suficiente para atender a demanda, consegui reduzir meu custo em R$ 50% ao mês”, comenta.

A meta é quitar o investimento

em seis anos. Entre as vantagens, Horn destaca a sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente. “Pode ajudar nos negócios pelo apelo sustentável”, entende.

Menos custos aos associados

A Cooperativa Agroindustrial São Jacó (Cooperagri), de Teutônia, é uma das pioneiras em instalar uma usina solar. Com capacidade de gerar 15.232 kWh, o suficiente para atender a metade da demanda, começou a funcionar em junho do ano passado. Foram aplicados R$ 499,8 mil na instalação de 408 placas.

De acordo com Lício João Sulzbach, assessor financeiro e admi-

nistrativo da Cooperagri, a conta de energia alcançava R$ 17 mil.

“Com a usina o valor reduzir pela metade. Em 12 meses economizamos R$ 100 mil. Queremos nos tornar autossuficientes nos próximos anos”, adianta.

A mudança beneficia diretamente os 352 sócios. “Podemos elevar os descontos dados na compra de ração e demais mercadorias”, observa. Quando a cooperativa produz mais do que consome, o excesso é injetado na rede da concessionária e pode ser abatido nos momentos de pico. “Em outubro, a geração superou a estimativa, dando conta de 66% do consumo. A conta de luz teve uma redução de R$ 5,8 mil”.

Com o custo menor, a cooperativa projeta um crescimento superior, de 3% para 4%, este ano.

Em 2017 a Cooperagri registrou um gasto superior a R$

Crescimento contínuo

Muitos já fizeram o projeto e instalaram, (...) no futuro pode ser uma fonte de renda complementar.”

Sérgio Hofstatter, produtor

O sócio diretor de uma empresa especializada na venda e instalação de placas fotovoltaicas, de Arroio do Meio, Guederson Maciel, destaca o crescimento do setor nos últimos cinco anos.

Para ele, entre os motivos que justificam a adesão de organizações, produtores e empresas a painéis para gerar eletricidade pela luz solar está o valor mais acessível dos equipamentos, a criação de linhas de financiamento, as deficiências no abastecimento, aumento dos valores cobrados pelas concessionárias e a busca por energias mais limpas.

Os módulos solares possuem 40 anos de vida útil e 25 anos de garantia. Os kits completos, incluindo gastos com instalação, projeto e

Emater estima que nos últimos meses mais de 300 pro

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FIM DE SEMANA, 19 E 20 DE JANEIRO / 2019 FOTO GIOVANE WEBER/FW COMUNICAÇÃO

$ 160 mil na conta de energia. Instalação da usina ajudou a reduzir custo em 50% por mês DIVILGAÇÃO

ojetos entraram em funcionamento em todo estado

execução, podem custar em torno de R$ 15 mil. “É o valor médio para uma casa onde o consumo mensal de R$ 300. Em até quatro anos, o valor está pago”, calcula.

O número de painéis necessários depende do tamanho da residência e da quantidade de energia gasta, que variam de acordo com os eletrodomésticos que se tem em casa, por exemplo.

Energia solar lidera até 2040

A potência fotovoltaica instalada no país alcança 1.613 MW, tendo recentemente atingido 1% de participação na matriz elétrica nacional.

Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2040 a fonte solar alcançará cerca de 126 mil MW, assumindo a liderança com 32% de participação, superando a hidreletricidade, que terá 29%.

Para o presidente executivo, Rodrigo Sauaia, no futuro será inconcebível construir um edifício, uma residência ou um prédio público sem incluir um sistema de geração de energia solar. “Será tão barato que não fará sentido não aproveitar essa solução”, afirma. No mundo, a capacidade instalada de energia solar é de 402,5 mil MW, sendo que, no ano passado, cresceu 98 mil MW. Nos últimos dez anos, a instalação

da energia solar fotovoltaica ficou entre 60% e 80% mais barata, ainda de acordo com a Absolar. Nesse mesmo período, o custo da energia elétrica oferecida pelas concessionárias disparou.

De acordo com a associação, um público que adere cada vez mais é formado pelos produtores rurais, que apostam na energia solar em suas propriedades como forma de diminuir custos e aumentar a pro-

Em até quatro anos o valor está pago.”

Guederson Maciel

dutividade. “O uso crescente dessa matriz energética renovável, sustentável e limpa, substituindo fontes de energia obtida com a queima de combustíveis fósseis, é positivo para o meio ambiente e para a saúde pública”, destaca.

O Rio Grande do Sul possui 70,2 MW de capacidade instalada, o que corresponde a 16% da capacidade do país.

Alternativa mais segura

Segundo os dados da Emater, desde 2017 mais de 1,4 projetos foram analisados, sendo mais da metade considerados viáveis. Conforme a agrônomo Giancarlo Fernandes Rubin, mais de 300 estão em operação e quase 200 em fase de implantação. Outros 483 aguardam por decisões do produtor ou liberação de financiamento.

Além de ser uma alternativa para locais onde as redes das concessionárias não chegam, o sistema assegura o abastecimento com menos riscos de quedas, problema constante em vários municípios. “Além de amenizar prejuízos, no futuro, deixa de ser um custo”, entende.

Ressalta que ainda existe receio quanto ao sistema e as tecnologias presentes no mercado. “No momento que o vizinho fizer, ele se convence”, finaliza.

Lisandra Dornelles quer promover uma gestão mais próxima dos associados, conscientizar a população sobre a importância do trabalho para manutenção da saúde pública e buscar formas de coibir a inspeção terceirizada

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ENTREVISTA

“A terceirização tira a autonomia do profissional” P ela primeira vez na história, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande Sul (CRMV) será comandado por uma mulher. A veterinária Lisandra Dornelles, 42, foi eleita presidente e assume a gestão pelos próximos três anos.

detalhistas e têm mais sensibilidade.

Nossa diretoria é composta somente por mulheres e no pouco tempo que estamos à frente da autarquia, percebemos que existem graves problemas que precisam ser enfrentados de forma séria, transparente e sem politicagem.

Qual a importância de uma mulher assumir a gestão do conselho?

Lisandra – As mulheres são mais

Quais serão as prioridades na sua gestão?

Lisandra – Abrir as portas do conselho para todos os médicos-veterinários

AGENDA JANEIRO/FEVEREIRO Eleição na Acsurs A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realiza assembleia geral no dia 8 de março, em Estrela. Na pauta, apresentação do relatório de atividades, prestação de contas e proposta de alteração do estatuto, além da eleição da diretoria.

Coopavel Ocorre entre os dias 4 e 8 de fevereiro o Show Rural Coopavel em Cascavel (PR).

Expoagro Afubra A feira ocorre nos dias 26, 27 e 28 de março em Rio Pardo. Com 18 anos de história, entidades parceiras trabalham para desenvolver uma programação técnica que atenda às necessidades dos produtores e mostre as novidades do setor agropecuário.

Expodireto A 20ª edição da Expodireto será realizada de 11 a 15 de março em Não-Me-Toque. Exposição de máquinas, equipamentos, atividades técnicas e agroindústria integram a programação.

e zootecnistas que estiverem dispostos a participar da gestão. Aumentar a participação dos profissionais na saúde pública, colaborar para a qualificação do ensino nas universidades e a reciclagem dos profissionais já formados.

Você é favor da inspeção privada nas indústrias?

Lisandra – Não somos favoráveis à terceirização porque acreditamos que tira a autonomia do profissional da inspeção. Nos preocupamos em garantir que a saúde pública seja a prioridade, sem que os interesses da indústria e do comércio se sobreponham à segurança alimentar da população. Também somos contrários à educação a distância.

Estamos fortalecendo o grupo, reunindo os conselhos das outras profissões e criando estratégias de ação.

Quais os riscos de acabar com auditoria de adesão ao Susaf?

Lisandra – Acredito que o maior

risco seja o de que municípios que não investem em um Serviço de Inspeção Municipal de qualidade realizem adesão através de declarações documentais que não reflitam a realidade. Porém devemos sempre partir do princípio de que todos atuem com boa-fé e com veracidade.

Considerações finais Lisandra – Alguns pontos merecem atenção especial como os cuidados com o meio ambiente e o bem-estar animal, a fim de manter o equilíbrio da saúde única – humana, animal e ambiental. O incentivo às criações orgânicas, às melhorias internas na autarquia, como desburocratização e agilidade nos procedimentos e fazer a população entender a importância do nosso trabalho na manutenção da saúde pública.

Queremos fortalecer isso através de campanhas publicitárias e de seminários envolvendo também outras profissões da área da saúde.

AGRONOTÍCIAS RESPONDE Aprenda a manusear a motosserra de forma correta Com atuação no segmento desde 1988, o empresário e instrutor Luiz Carlos Bianchini, de Lajeado, representante autorizado na região no segmento de venda de motosserras, acessórios, produtos e assistência técnica, explica os cuidados que o operador deve adotar para evitar acidentes e atingir um bom rendimento com baixo consumo

O que observar na hora de comprar o equipamento?

A primeira coisa é a marca e buscar orientação técnica com profissionais qualificados. Importante estar ciente da sua necessidade ao comprar o equipamento.

Temos que analisar a potência e conjunto de corte com o trabalho a ser realizado. Equipamentos bem dimensionados vão gerar mais segurança e eficiência. O esforço físico e o consumo de combustível serão menores.

E na hora de utilizar, o que cuidar?

Para ligar a motosserra abastecer o reservatório do óleo para corrente (é indicado usar óleo específico e recomendado pelo fabricante) após abasteça o tanque com a mistura de gasolina e óleo dois tempos (recomenda-se usar óleo 2 tempos da marca do produto misturada a gasolina de boa qualidade). Coloque os comandos de ligar/desligar conforme recebeu na entrega técnica ou no manual que acompanha o produto. Coloque a máquina no chão

e apoie o pé para mantê-la segura, dar tensão na cordinha e quando a mesma ficar pesada puxar com rapidez e força toda a extensão dela. Quando der o sinal, coloque o comando em meia aceleração, puxe novamente e acelere para colocar a máquina em marcha lenta. As motosserras são equipadas com sistema de freio de corrente, segure sempre com duas mãos ao efetuar o corte.

esteja vazio. Busque sempre informação e assistência técnica com profissionais treinados e nunca esqueça de utilizar os equipamentos de segurança. Dê preferência aos profissionais da marca do seu produto. Leia o manual de uso. Lá constam todos os passos que devem ser seguidos para trabalhar com segurança.

Qual a importância dos equipamentos de segurança?

Fundamental e ajuda a evitar acidentes. O recomendado é usar capacete, protetor facial (óculos) e auricular, luva e calças anticorte, além de botas com bicos de proteção. Prepare o local de trabalho. Limpe a área antes de iniciar o corte.

Antes de fazer derrubada da árvore, analise o sentido que a mesma vai cair. Se posicione de costas contra a mesma e faça um V com os braços no sentido oposto ao lado que ela vai tombar. Essa é a rota de fuga para casos de emergência. Nunca trabalhe em locais fechados ou com pouca ventilação. Ao iniciar o funcionamento, o motor libera gases tóxicos.

Considerações finais Após o uso, se for guardar o equipamento por mais tempo, esvazie o tanque de combustível em um vasilhame específico para combustível e em local bem ventilado, de partida no motor e deixe o mesmo ligado em marcha lenta por um tempo, até que o carburador também

COTAÇÕES AGRÍCOLAS

Informe Agroeconômico Produto

Unidade

Janeiro R$

Arroz em casca

50kg

39,74

Feijão

60kg

139,35

Milho

60kg

32,92

Soja

60kg

71,46

Trigo

60kg

40,13

Boi p/ abate

kg vivo

4,95

Cordeiro p/ abate

kg vivo

6,33

Suíno tipo carne

kg vivo

3,16

Vaca p/ abate

kg vivo

4,26

Leite (valor líquido)

litro

1,1

Búfalo kg vivo

4,29

PREÇO DO FUMO

Variedade

R$/kg

R$ /arroba

TO1

11,01

168,45

BO1

11,64

177,15

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Produtor de Teutônia colheu mais de 200 toneladas de pêssego. Apesar do clima instável, frutas colhidas tiveram bom calibre e excelente sabor. No estado produção caiu e oferta será menor no mercado

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Pêssego graúdo conquista consumidor ÉDSON LUÍS SCHAEFFER/DIVULGAÇÃO

F

az 24 anos que o produtor Alair Raimundi, de Linha Clara, interior de Teutônia aposta na produção de frutas em uma área de 13 hectares, especialmente pêssegos.

Apesar da instabilidade climática neste ciclo, calor acima da média em abril e o excesso de chuvas nos meses de agosto e setembro, o resultado obtido é considerado satisfatório. “Colhi frutas graúdas e de excelente sabor”, conta.

Foram mais de 200 toneladas encaminhadas para o consumo in natura em supermercados da região sudeste do Brasil. A maioria dos pêssegos chegou a ter o tamanho semelhante de uma maçã. O segredo para produzir frutos deste tamanho, segundo Raimundi, é o sistema de raleio. “Não deixamos mais que quatro frutos por ramo. Os demais são retirados e utilizados como adubo.

Perdemos em número de frutas, mas

ganhamos em tamanho, qualidade e peso”, explica.

“Compramos com os olhos” O produtor salienta que a produção de frutos grandes atende as exigências do mercado consumidor. “Compramos com os olhos. Quanto maior e mais bonito for o pêssego, maior a certeza de que ele será consumido”, afirma.

Na propriedade são produzidas cinco variedades precoce e semiprecoce de pêssego, que melhor se adaptaram à região: fênix, PS, chimarrita, kampai e regalo. O preço recebido por quilo chegou a R$ 4.

Para saber Neste ciclo a produção será menor no RS. Em 2017, foram colhidas 35

mil toneladas da fruta no estado.

Este ano, a expectativa é de que não passe das 25 mil toneladas.

Tamanho dos frutos surpreendeu produtor e elevou ganhos no mercado

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