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2º trecho ERS-130 (ano

Vereadores de Lajeado autorizam perfuração de três poços pela Fruki

HENRIQUE PEDERSINI

MARCIO DAL CIN

VEREADOR DO PSDB

“O resultado está aqui, era um (poço) e agora são três”

Sessão ocorreu na noite desta segunda-feira (15)

Para explorar três áreas do município, empresa vai investir na estrutura do Parque do Engenho

Henrique Pedersini

henrique@grupoahora.net.br

Acâmara de vereadores aprovou o projeto que libera a empresa Bebidas Fruki S/A a perfurar poços em três áreas de Lajeado para explorar água. A proposta recebeu sinal positivo de todos os vereadores na sessão dessa terça-feira, 15. Para explorar os terrenos de 100 metros quadrados (10mx10m), a indústria vai aplicar recursos no Parque do Engenho.

A proposta foi aprovada com três emendas feitas pelos vereadores. A contrapartida será a instalação de 10 postes de energia elétrica, 10 novos bancos e reforma dos que já existem, melhorias em escadas e conserto da roda D’Água. A empresa poderá usufruir dos terrenos por 10 anos.

Sérgio Kniphoff (PT) ressaltou a importância do Legislativo participar da discussão e negociações sobre projetos que impactam no contexto de Lajeado. “Houve uma construção coletiva de todos os vereadores”, aponta. No mesmo caminho Marcio Dal Cin (PSDB) parabenizou a empresa por compreender as demandas do Legislativo e salientou que a discussão possibilitou que a Fruki fosse melhor contemplada do que na versão anterior do projeto. “O resultado está aqui, era um (poço) e agora são três”, lembra.

Doação de terreno para cinco famílias

SERGIO KNIPHOFF

VEREADOR DO PT

“Houve uma construção coletiva de todos os vereadores”

ram uma doação de área pertencente ao município para realocação de cinco famílias que residem atualmente as margens da ERS-130 e trabalham com reciclagem de lixo. Como serão feitas reformas na rodovia, os moradores serão contemplados com um espaço no bairro Montanha. No projeto consta que fica proibida a atividade de reciclagem de lixo no novo endereço das famílias, demanda solicitada por atuais moradores das proximidades.

O vereador Carlos Eduardo Ranzi (MDB) posicionou-se de forma contrária à cedência do espaço. “Estamos dando um terreno de R$ 335 mil para quem cometeu um crime ambiental. O que acontece é isso, porque o município precisa daquele terreno”, declara. Caso seja descumprido o acordo sobre o trabalho de reciclagem, os terrenos voltam a ser de responsabilidade do município.

Paula Thomas (PSDB) discorda do emedebista e citou que a partir de agora os beneficiários vão contribuir com o município com o pagamento do IPTU. “É um problema que está posto há 20 anos e ninguém resolveu”, argumenta. O Governo de Lajeado vai construir uma das residências e fornecer os materiais para as outras quatro moradias.

Empresas investem R$ 12,5 milhões e preveem 67 vagas de trabalho

Girando Sol e Biscobom Alimentos foram selecionadas em programa de incentivo ao desenvolvimento socioeconômico do governo gaúcho. Em contrapartida, indústrias precisam gerar novos empregos

Felipe Neitzke

felipeneitzke@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Mais dois empreendimentos da região foram aprovados pelo Fundo Operação Empresa do Rio Grande do Sul (Fundopem-RS). O benefício visa incentivar a expansão de unidades industriais. Para viabilizar o financiamento de R$ 12,5 milhões, será usado parte do ICMS gerado a partir dos novos negócios.

Entre os compromissos assumidos pelos empresários, está a geração de postos de trabalho. Em Arroio do Meio, a Girando Sol projeta investir R$ 6,8 milhões e prevê abrir 12 vagas. Já em Mato Leitão, a Biscobom investirá R$ 5,7 milhões na reconstrução da fábrica e empregará 55 trabalhadores.

Durante 2021, o programa aprovou outros três projetos do Vale, que somam R$ 8,5 milhões. De acordo com o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, o Fundopem foi criado em 2003 e a cada governo sofre ajustes. “Muitas empresas já se beneficiaram e contribuem no desenvolvimento socioeconômico do município e da região”, observa.

Moresco entende que mais iniciativas poderiam ser criadas em apoio às empresas. “Alguns governos municipais também oferecem incentivos, mas há limitações de recursos. Quando é um programa do Estado o potencial é maior”, avalia.

O presidente do Codevat alerta para a necessidade de fiscalização no programa a fim de garantir que seja cumprido dentro do previsto e viabilize a abertura das vagas de trabalho. Reitera que, por se tratar de um fundo, os recursos precisam retornar para que mais empresas tenham acesso.

De acordo com Piratini, há ainda 97 projetos em tramitação na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Os pedidos de apoio de empresas gaúchas aguardam documentação ou estão em análise.

MARCO JAEGER

GERENTE DA GIRANDO SOL

O valor do Fundopem, somado às demais fontes de recursos e aportes financeiros da empresa, possibilitam projetos de inovação e abertura de novos postos de trabalho.”

Fundopem no Vale

2022

Empresa Cidade Valor Empregos

Girando Sol Arroio do Meio R$ 6,8 milhões 12 Biscobom Mato Leitão R$ 5,7 milhões 55

2021

Turati Encantado R$ 3,7 milhões 10 Petrobio Encantado R$ 761 mil 11 Centralsul Arroio do Meio R$ 4,1 milhões 55

Modernização da Girando Sol

O recurso destinado à Girando Sol viabiliza a aquisição de equipamentos e maquinário para incrementar a produção, melhorar processos e reduzir custos. Conforme o gerente-geral Marco Jaeger, a empresa investe com frequência em sua ampliação e modernização.

“Com 30 anos de mercado, entendemos que isso é essencial para crescer e acompanhar as tendências de consumo do mercado. O valor do Fundopem, somado às demais fontes de recursos e aportes financeiros da empresa, possibilitam esses projetos de inovação.”

De acordo com Jaeger, o valor está em fase de implantação na indústria e será aplicado na totalidade até o fim do ano. “Em contrapartida também serão gerados 12 novos postos de trabalho.”

Hoje, a Girando Sol emprega mais de 350 funcionários, conta com 12 linhas de produção e mais de 140 produtos. A empresa com sede em Arroio do Meio tem presença expressiva no Sul do Brasil, além dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e exportação. São mais de 350 funcionários.

Reconstrução da Biscobom

Atingida por incêndio no ano passado, que destruiu dois pavilhões (3,5 mil metros quadrados), a Biscobom Alimentos, de Mato Leitão, vai reconstruir a fábrica. O aporte de R$ 5,7 milhões viabiliza a obra e compra de equipamentos.

Ainda em 2021, quatro meses após o incêndio a empresa retomou parte da produção e voltou a empregar 50 funcionários. Com o investimento previsto, mais 55 postos de trabalho serão gerados.

Há 20 anos no mercado, a Biscobom produz biscoitos laminados e recheados. Além de vender nos três estados do Sul do Brasil, exporta para cinco países: Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Chile e Argentina.

A reconstrução da indústria busca retomar os níveis de entrega antes do sinistro e atender a demanda de mercado. A unidade contava com quatro linhas de produção e equipamentos de última geração. O portfólio de produtos era composto por mais de cinquenta variedades das marcas Cestari e Vitória.

Girando Sol recebe aporte de R$ 6,8 milhões para modernizar operação, desenvolver novos produtos e gerar pelo menos 12 empregos

Sobre o Fundopem

O Fundopem é um instrumento de parceria do governo do estado com a iniciativa privada e visa à promoção do desenvolvimento socioeconômico, integrado e sustentável do RS. O programa não libera recursos financeiros para o empreendimento incentivado. A empresa é apoiada através de financiamento parcial do ICMS de novos negócios gerados a partir da sua operação.

Volume de exportações cresce, mas custo de produção desafia setores

JONATHAN CAMPOS/DIVULGAÇÃO

“globais” deve se manter nessa esteira de desenvolvimento nas próximas semanas”, conclui.

Custos e entrave

De acordo com o gerente da divisão de carnes e derivados da Dália Alimentos, Igor Weingarten, houve recorde no embarque de suínos no primeiro semestre, com 2,1 mil toneladas. Na segunda parte do ano, o ritmo desacelerou em função dos preços, falta de contêineres e a própria autossuficiência da China na produção suína. Assim, apenas a metade dessa quantia foi enviada ao mercado externo. Os principais compradores são o Vietnã, Hong Kong e Cingapura.

Apesar dos números mencionados pelo Estado, Weingarten ressalta que o setor de proteína animal vive uma crise, com alto custo de produção e preços que não acompanham essa escalada. Logo, o prejuízo tem sido uma constante. Para os próximos meses, não há perspectiva de modificação do cenário de exportações. “2022 é um ano de desafios, de esforço e, acima de tudo, estratégia. As empresas precisam focar em diferentes destinos para equilibrar as contas. Mercado doméstico não tem força suficiente”, analisa o profissional.

Carne de frango é um dos principais produtos enviados para o mercado internacional

Panorama exige a busca de alternativas para manter a competitividade

Marcel Lovato

marcel@grupoahora.net.br

ORio Grande do Sul registrou um crescimento de 52,4% no volume de exportações do agronegócio em 2021, na comparação com o ano anterior. Foram 15,3 bilhões de dólares, o melhor resultado desde o início da série histórica em 1997. A soja impulsionou os números, com 7,8 bilhões em negócios. Carnes, produtos florestais e cereais também apresentaram alta. Na contramão, o fumo foi o único a registrar queda nas vendas.

Os dados integram o boletim Indicadores do Agronegócio, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE). No caso da soja, o desempenho foi puxado pelas exportações do grão, farelo e óleo. Em relação às carnes, destaque para o frango (+ 27,7%) e a suína (+13,3%). A bovina recuou em torno de 6%. O setor registrou o melhor resultado, com 1,2 milhão de toneladas exportadas.

Quanto aos destinos das exportações, o mercado chinês manteve a liderança, com vantagem em relação aos demais países. Em números absolutos, o acréscimo foi de 78,9%. A nação é responsável por 48,6% das compras, seguida de União Europeia (11,2%), Estados Unidos (4,4%) e Coreia do Sul (3%).

Cenários distintos

Conforme a economista Cíntia Agostini, quem vende para o mercado externo conseguiu efetuar bons negócios. Por outro lado, os preços para o Brasil aumentaram e isso foi prejudicial. “O câmbio brasileiro fez com que o estímulo à exportação fosse maior. A importação, por outro lado, seguiu o movimento contrário. Com a moeda desvalorizada, quem compra lá de fora efetuou boas negociações. Um dólar permitiu que cinco reais em mercadorias fossem adquiridas”, explicou Cíntia.

A economista entende que é preciso observar os resultados de uma forma mais articulada, com as considerações dos diferentes pontos de vista. Mesmo assim, a perspectiva futura é de uma estabilização e retomada total à normalidade. “Os negócios que se entendem como

Com R$ 7,8 bilhões, soja figura na primeira colocação entre os produtos exportados

thiagomaurique@grupoahora.net.br THIAGO MAURIQUE

Em Dubai, Florestal integra Gulfood 2022

Depois de participar pela 21ª vez da ISM Cologne – maior feira de doces e chocolates do mundo, realizada na Alemanha –, a Florestal Alimentos integra a Gulfood 2022, principal evento de alimentos e bebidas do mercado árabe.

Sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, a Gulfood 2022 reúne mais de 4 mil expositores de 120 países do mundo. Das 114 empresas do Brasil no evento, três são do Vale do Taquari: Florestal, Divine e Docile. Juntas, as empresas Brasileiras projetam faturar US$ 415 milhões em negócios.

Na Alemanha (foto), a empresa com sede em Lajeado apresentou portfólio com mais de 500 itens, com destaque para as linhas de marshmallow, balas de gomas e demais lançamentos de 2021. Os novos produtos são fruto de investimentos nas instalações fabris ao longo dos últimos dois anos.

Venda de combustíveis bateu recorde em 2021

Números divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o ano passado registrou o maior volume de vendas de combustíveis desde 2000, início da série histórica. Foram 118,2 milhões de metros cúbicos (m³) comercializados de gasolina, etanol e diesel, dos distribuidores aos revendedores, alta de 5% na comparação com 2020.

As vendas de etanol caíram 13%, mas as altas de 8% na venda de diesel e de 9,5% na gasolina compensaram o fraco desempenho do álcool. Por produto, foram comercializados 62,1 milhões de m³ de diesel, 39,3 milhões de m³ de gasolina e 16,7 milhões de m³ de etanol.

O processo de recuperação da economia mundial é considerado o principal fator para alta demanda por combustíveis e provoca elevações nos preços ao redor do globo. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nos últimos 12 meses, o etanol subiu 54,95%, o óleo diesel 45,72%, e a gasolina 42,71% no Brasil. O preço do barril de petróleo continua subindo no mercado internacional e há grande probabilidade de novos aumentos.

FRASE DO DIA

Teremos um PIB bem negativo no Rio Grande do Sul neste ano. Eu só não sei ainda o tamanho, pois estamos ainda com safra em andamento. Todos vão partilhar deste problema.”

ANTÔNIO DA LUZ

ECONOMISTA DA FARSUL, EM ENTREVISTA AO JORNAL DO COMÉRCIO

Linha Mint

A Florestal também anunciou lançamento de dois novos sabores da marca Mint, bala mastigável refrescante, cujo sabor hortelã já é tradicional no mercado. As versões Eucalipto e Cereja são acondicionadas em embalagem individual de dupla torção e vendidas em pacotes de 600g, com 120 balas cada.

Imec inaugura quadra de areia

O Grupo Imec inaugura hoje, às 9h o Imec Summer, quadra de areia localizada no estacionamento do Imec Montanha. Próprio para a prática de beach tennis, vôlei e futevôlei, o espaço estará disponível gratuitamente, mediante inscrições na própria quadra. O funcionamento é de quarta-feira a domingo, das 9h às 21h.

A empresa agora programa a realização de torneios, eventos e ações com distribuição de brindes aos participantes. A quadra Imec Summer tem o patrocínio de Rexona, Pantene, Gillete, Baly, Gatorade e Água da Pedra. • China alerta calçadistas – A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) alerta para a avalanche de produtos chineses ingressando no país. Em janeiro foram 1,32 milhão de pares de calçados enviados para o Brasil, 19,6% a mais do que no mesmo mês do ano passado. A China desbancou o Vietnã como principal origem das importações A indústria nacional tem dificuldade para competir, mesmo com a aplicação da sobretaxa aos calçados chineses, prática antidumping instituída em 2010.

• Consumo nos supermercados – O Consumo nos Lares Brasileiros, monitorado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados – Abras, manteve sua trajetória positiva de crescimento e encerrou 2021 com alta acumulada de 3,04%. Em dezembro, o consumo nos lares registrou alta de 4,27% na comparação com o mesmo mês de 2020. Na comparação entre dezembro e novembro de 2021, o consumo real foi mais acentuado, com alta de 22,47%.

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