A Hora - 17/03/2021

A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021 | Ano 18 - Nº 2800 | Fechamento da edição: 21h

Fundado em julho de 2002

Avulso: R$ 2,90

BIANCA MALLMANN

ANTES DAS RESTRIÇÕES

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Agroecologia como lição escolar Escola ensina práticas simples de sustentabilidade. Reaproveitar água da chuva, estimular consumo

ASFALTO COMUNITÁRIO

Município assume obra após calote

de orgânicos e reciclar materiais estão entre os aprendizados preparados a volta às aulas. Página 12

Região gerou quase mil vagas em janeiro Em todos os municípios do Vale, contratações superaram desligamentos Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram revelados ontem pelo Ministério da Economia e mostram que o Vale do Taquari recuperava os empregos perdidos nos pio-

res meses de 2020. Volta das restrições às atividades produtivas, no entanto, coloca a retomada da empregabilidade em xeque e tendência é que resultado não Página 3 se repita nos próximos meses.

Seis meses de engarrafamentos?

FÁBIO KUHN

Lajeado. Moradores pagaram por obra, mas empreiteira não cumpriu contrato. Vereadores aprovaram projeto para que Executivo assuma a pavimentação da rua Emílio Haas, no Jardim do Cedro. Página 8

ALERTA EM LAJEADO

Pandemia aumenta pobreza Dados do Cadastro Único para Programas Sociais revelam aumento de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza entre 2019 e 2020.

Crise econômica aumenta demanda da Assistência Social.

Página 9

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Reféns da ponte Acidente isolou o Vale, que precisa de novo plano logístico regional.

LENTIDÃO NA BR

Primeiro dia com liberação parcial da ponte sobre o Arroio Boa Vista apresentou novo gargalo para quem circula pela BR-386. Tendência é que situação persista até a conclusão da obra de reparo da estrutura danificada Páginas 6 e 7

Página 2

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

ABRE ASPAS

“Escolhi usar o tempo com o que gosto” FÁBIO KUHN

A lida no campo desde pequeno. Depois, já adulto, na cidade, como bancário.

Quando completou 50 anos, Adilson Johann, hoje com 58, tomou a decisão de se aposentar. Ele é casado com Guerta Regina Eli Johann, e pai de Aquiles, 26, e de Augusto, 24.

Corrida, futebol, atuação constante na comunidade e, uma paixão de criança que resolveu colocar em prática, aprender a tocar gaita. Por que não? Essa pergunta foi o combustível para se dedicar àquilo que gosta.

Quando eu era novo, tentei aprender a tocar violão. Mas não levei adiante. A gaita surgiu da vontade e da possibilidade real de aprender quando tive mais controle do meu tempo. Eu fazia uma aula por semana e praticava muito em casa. É um instrumento que requer habilidade.

Tem de coordenar as duas mãos. Aos poucos fui aprendendo. Hoje toco alguma coisa. Não sou um gaiteiro completo, para animar a festa. Toco para mim, para me satisfazer.

Para quem está aprendendo, as primeiras notas, mas, principalmente, a primeira música tocada do início ao fim, é bem marcante.

Como foi contigo?

Foi maravilhoso. Claro, a gente começa pelo mais simples. Mas a primeira música, de ponta a ponta, e cantando junto, me senti o rei da gaita (risos). Foi o momento em que a gente começa a ver alguma evolução. Usar as duas mãos, coordenar a voz no ritmo. É um condicionamento cerebral. Não é simples. Mas ao mesmo tempo faz muito bem.

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

O que lhe fez se dedicar a aprender tocar gaita?

Sempre gostei do som desse instrumento.

Eu ficava olhando quem tocava, me concentrando para ouvir o som da gaita. Quando me aposentei, me perguntei: por que não? Então encontrei um senhor, o Armando Gaiteiro, que mora em Conventos. Ele dá aula de gaita.

Conversei com ele sobre o quando eu gosto do instrumento e se eu poderia aprender.

Ele disse: claro que pode, não há problema algum. Então fui atrás de uma gaita, comprei e comecei a fazer aulas com ele.

Você se aposentou com 50 anos. É bastante cedo, qual foi o motivo?

Houve algum problema que lhe obrigou parar de trabalhar?

Qual foi a música?

Sou da agricultura. Nascido no interior. Comecei a trabalhar bem jovem. Pude contar o tempo na lavoura para minha aposentadoria.

Quando fechei o tempo de contribuição, trabalhava como bancário, resolvi sair. Abriu um plano de incentivo para aposentadoria e entrei.

Me chamaram de louco. Que era muito jovem para me aposentar. Mas a vida não é só trabalhar. Estou aposentado, mas tenho uma vida muito ativa. Pratico esportes, jogo futebol, corro todos os dias, pedalo. Vou para o interior cuidar da propriedade da família. Tenho grupos de amigos e faço muito pela comunidade.

Escolhi usar o tempo com o que gosto.

A gaita é um instrumento com-

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

plexo. Inclusive há poucos professores para ensinar. Como foi pegar algo do zero e começar a tocar?

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A primeira foi Assino com X. A gaita combina muito com música sertaneja e gauchesca.

Eu passei a gostar mais ainda da música gaúcha, pois comecei a perceber a complexidade, o quanto ela é bem feita. Tem mais qualidade do que os outros ritmos.

E com a família?

Como foi praticar com eles por perto?

(Risos) Eu começava a tocar na sala, quando via, eu estava sozinho. Eles se retiravam gentilmente de perto de mim. Era assim mesmo, nem todos têm ouvidos para aturar um estudante de música.

Hoje em dia está melhor. Até quando eles percebiam algum progresso, até elogiavam. Meus filhos tocam violão, de vez em quando até fizemos algumas músicas juntos.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Horizonte nebuloso

O

s dados do Caged, apresentados na manhã de ontem, indicam que janeiro foi de oportunidades.

No RS, mais de 26 mil postos de trabalho criados. Resultado maior do que as perdas de todo 2020. No Vale do Taquari, após um dezembro com mais demissões, a volta dos empregos, com quase mil postos criados.

Importante destacar, são dados de quem olha para o retrovisor. Números consolidados de quase dois meses atrás. O momento era de otimismo, pois tanto o Estado quanto o Vale do Taquari tinham conseguido manter a estabilidade dos casos. Havia leitos sobrando e nenhum cidadão ficava sem atendimento nos hospitais.

As restrições às atividades produtivas prenunciam que os resultados vistos em janeiro tendem a não se repetir nos próximos meses.”

Parecia que o pior da pandemia havia passado. Com essa sensação, houve campo para empreendimentos. As indústrias aumentavam as linhas de produção, o comércio via o retorno dos clientes e com bom faturamento.

Junto com isso, era o início da vacinação, o que tornava a esperança ainda mais latente.

Todo aquele pesadelo do distanciamento, das restrições e do temor da bancarrota econômica seria superado neste ano de 2021.

Toda essa expectativa começou a ruir.

Fevereiro trouxe uma nova variante da doença. Mais contagiosa e mais letal. Os hospitais chegaram ao temido colapso.

Uma fila com mais de 500 gaúchos aguardam por leitos de UTI. Em outras esferas da sociedade, as restrições às atividades produtivas prenunciam que os resultados vistos em janeiro tendem a não se repetir nos próximos meses.

A tendência é de um abismo na empregabilidade a partir de março. Talvez algo já apareça em fevereiro, ainda que em menor escala. Já não há mais os auxílios, nem mesmo os programas de proteção ao emprego.

Os empregadores já anteciparam férias, já usaram o banco de horas. O próximo passo, é reduzir a equipe. Desemprego significa menos renda para as famílias.

Mesmo que se tenha o seguro desemprego, é apenas uma medida paliativa.

O Vale do Taquari, que teve em 2020 o setor do agro e a indústria alimentícia como principal força motriz para redução do impacto econômico, entra neste ano com um cenário incerto. O abate de frango foi reduzido devido aos custos de produção. O leite com queda de preços para a indústria e aos agricultores. Dois dos pilares, das maiores riquezas produtivas, danificados pela instabilidade do mercado.

Os tempos são difíceis e exigem o melhor da comunidade regional. Além de salvar vidas, vencer a pandemia é condição para a retomada econômica.

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ANTES DA BANDEIRA PRETA

Vale do Taquari criou 992 vagas em janeiro, informa Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela saldo positivo no Vale no primeiro mês do ano, após queda em dezembro. Período de avanço da pandemia, no entanto, deve inverter quadro e tendência será de redução nas vagas a partir de março

Nas 38 cidades do Vale, o estoque de empregos formais em janeiro era de 104.250.

As seis maiores cidades (Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado, Arroio do Meio e Taquari) representam mais de 70% desse total. Confira os detalhes: • Conforme o Caged, Lajeado começou 2021 com 36.343 trabalhadores com carteira assinada. Representa 31,9% de todas as vagas formais do Vale do Taquari; • O estoque de Estrela em janeiro aponta para 10.047 empregos formais (9,6% dos 38 municípios do Vale).

• Teutônia estava com 10.005, ou 9,5% dos postos de trabalho formais;

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

• Encantado contabilizava 7.540 trabalhadores formais, com participação de 7,2% no total do Vale;

O

s 38 municípios da região fecharam janeiro com um resultado positivo na empregabilidade. Entre admissões e demissões, foram criadas 992 vagas de trabalho. Esse é o resumo do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério da Economia, divulgados ontem.

Com a marca, o Vale do Taquari voltou a ter um resultado positivo após dezembro, quando houve a extinção de 485 postos com carteira assinada. Antes disso, foram quatro meses, de agosto até novembro, com mais admissões do que demissões.

Os dados do Caged consideram informações do mercado formal de trabalho e sempre trazem um recorte de meses anteriores. A alta de janeiro é consequência da retomada econômica vista no segundo semestre de 2020, antes do avanço da pandemia, com a chegada da nova variante do vírus.

No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro de 2020 até janeiro deste ano) o saldo regional é pequeno, com a criação de 177 postos formais de trabalho. Os setores responsáveis por esses resultados são a indústria, em especial

SEIS MAIORES MUNICÍPIOS

• Arroio do Meio na quinta posição em empregos, com 7.099 em janeiro. Significa 6,8% do total; • Taquari somava 5.638 trabalhadores formais. A participação é de 5,4% dos empregos na região.

a ligada ao ramo dos alimentos, os serviços e a construção civil.

Com relação ao Estado, janeiro teve mais de 27 mil vagas criadas.

O resultado supera todos os postos extintos no ano passado e também é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1991.

Situação preocupante

Apesar dos dados positivos, a tendência para os próximos meses não é boa, afirma o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa. Ele destaca que esses dados do primeiro mês de 2021 ilustram um momento em que havia mais otimismo, com menos restrições às atividades produti-

vas e com a perspectiva de controle da pandemia.

Com o recrudescimento das normas quanto à circulação e funcionamento das atividades produtivas, o dirigente projeta meses no negativo a partir de março. “A análise não é favorável. As restrições vão aumentar o número de pessoas demitidas”, diz.

Os segmentos mais impactados vão desde o comércio, passando pelos serviços e até a indústria, em especial a calçadista. “Na semana passada, passou de 200 demitidos em Teutônia neste segmento. É muita gente.

Recolocar todas essas pessoas no mercado leva tempo.”

Para Rosa, é preciso verificar as

diferentes características regionais, em que há cidades com perfil mais agrícola, outras com pequenos comércios e outras mais industrializadas. Com isso, os resultados não são uniformes, avalia.

Apesar disso, alguns pontos são comuns, como o fato das três semanas com bandeira preta, em que o comércio e muitos serviços não puderam atuar.

“O comerciante já usou todas as ferramentas disponíveis.

O banco de horas, antecipou as férias. Não há outra alternativa se não reduzir a equipe. Isso é muito ruim para a economia regional, pois vai interferir na renda das pessoas.”

A volta do modelo de cogestão na próxima semana é um alento

SALDO ACUMULADO DOS SALDO EM ÚLTIMOS 12 MESES JANEIRO/21 (FEV\20 ATÉ JAN\21) Arroio do Meio 132 Encantado Estrela Lajeado Taquari Teutônia

29 62 196 42 203

310 115 32 717 194 -488

para reabertura do comércio, diz Rosa. Porém, é preciso ter consciência de que não será um atendimento como vinha ocorrendo até fevereiro. “Haverá restrições.

O comerciante poderá abrir, mas não vai aumentar a equipe. O máximo que poderá fazer é manter parte do quadro.”

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

A secretária, a vereadora e a CNH Em Encantado, a vereadora e chefe do Poder Legislativo Andressa Cristina de Souza (MDB) encaminha um curioso Pedido de Informações ao Poder Executivo. Ela quer saber se a Secretária de Obras, Deise Buffon, possui Carteira Nacional de Habilitação. A

parlamentar, popularmente chamada de “Yê”, solicita cópia do documento. Questionada, ela não detalha as razões para a repentina curiosidade. Mas demonstra incômodo com o uso de motoristas na referida Secretaria. Deise ainda não encaminhou resposta à câmara.

O quarto ministro Não é necessariamente um demérito trocar três vezes a chefia de um ministério em apenas dois anos e três meses de governo. Mas é sinal de fraqueza. Ontem, Jair Bolsonaro anunciou o quarto ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga (foto). Antes dele, Henrique Mandetta, Nelson Teich e, por último, o general de divisão do Exército Brasileiro Eduardo Pazuello estiveram à frente da pasta. E todos eles enfrentaram os desafios diários da pandemia. E por falar nisso, alguém sabe “de cabeça” o nome do Ministro da Educação?

Trem dos Vales

Ontem, representantes de setores e entidades do turismo no Vale do Taquari participaram de uma reunião virtual com o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Rio Grande do Sul, Rodrigo Lorenzoni, para tratar sobre a consolidação do passeio “Trem dos Vales” como um produto turístico permanente do Estado. O encontro, porém, ocorreu em meio aos rumores de uma possível saída de Lorenzoni do governo de Eduardo Leite (PSDB). Ele foi convidado para exercer a mesma função na prefeitura de Porto Alegre. A notícia gerou fortes críticas entre empresários e consultores da área do turismo.

Muitos cobram a efetivação de um “profissional técnico da área”.

Projeto logístico regional

O

Vale que quase ficou isolado em função de um trágico acidente de trânsito precisa se reorganizar para seguir crescendo. O nosso desenvolvimento como sociedade passa necessariamente pela área da logística. Não podemos deixar esse assunto em segundo plano, sob o risco e sofrermos com desabastecimento e prejuízos às empresas e lares da região. Em âmbito regional, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), sugere a criação de um consórcio de municípios para custear um projeto capaz de consolidar a região como um polo logístico do país.

Já somos privilegiados, é bem verdade. Rodovias federal e estaduais, porto fluvial, ferrovias e até um pequeno (mas visivelmente ativo) aeródromo são os nossos pilares. Aliado a isso, o Vale do Taquari possui líderes estaduais ativos nas mais diversas entidades e federações ligadas ao setor de transporte e logística, e historicamente coleciona excelentes cases de empresas de sucesso na área. Mas podemos e devemos exigir mais. E esse “algo a mais” passa necessariamente por novas interligações entre as cidades e novas soluções para o escoamento de todo o estado.

Mais servidores

Álcool pelos ares

O governo de Lajeado vai firmar novo contrato com a Fuvates (Univates) para contratar, durante período de três meses, novos profissionais da área da saúde. O acordo prevê oito Técnicos de Enfermagem (quatro para o Hospital Bruno Born) e um Enfermeiro, e custará R$ 135,6 mil. Eles devem atuar durante 40h semanais para suprir a ausência de servidores positivados pela covid-19 ou que solicitaram desligamento repentino.

“Nós poderíamos pulverizar ao menos nossa cidade. Temos vários empresários que são donos de helicópteros, de aviões. Não sei se existe o álcool gel líquido, mas seria bom pulverizar porque o vírus está no ar. É uma coisa de outro mundo. Pulverizam lavouras com avião. Talvez fosse uma ideia, porque o álcool gel não faz mal”, declarou o presidente da Câmara de Vereadores de Canela, Alberi Dias (MDB). A declaração arrancou uma gargalhada do colega, Alfredo Schaffer (PSDB).

Por ora, só há consenso em relação a necessidade de criar um grandioso projeto logístico. Nos bastidores, estima-se um investimento próximo a R$ 1,5 milhão só para concretizar o projeto técnico, com amplos estudos e projeções para o Vale do Taquari. As obras de arte e pontes necessárias para concretizar a necessária infraestrutura viária devem custar muito mais, é claro. E a ideia de um consórcio de municípios, liderado por Lajeado e de certa forma alheio aos anseios prioritários da Amvat e até do Codevat, parece-me salutar e muito plausível para o momento.

Sem memorial?

Nessa segunda-feira, em Estrela, e a pedido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os projetos para autorizar o uso de R$ 73 mil pela “Secretaria Especial de Cultura, Esporte e Lazer para adequação de imóvel para implantação de um memorial para abrigar o museu municipal e o arquivo municipal” foram “retirados da pauta para maior análise”.

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Vereador propõe plano para reduzir contágios Em carta ao prefeito, Sérgio Kniphoff (PT) defende que autoridades locais assumam responsabilidades para maior controle da pandemia, além de criar mecanismos de mitigar perdas econômicas FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

LAJEADO

“E

stou cansado dessa narrativa, de que o único culpado pelos prejuízos das restrições é o governador. Essa não é só uma narrativa de algumas pessoas, mas também de muitos prefeitos.”

A partir dessa análise, o vereador de Lajeado, Sérgio Kniphoff, defende que a cidade e mesmo a região forme um plano de enfrentamento ao coronavírus. “Em que pese todas as diferenças que tenho com o governo do Estado, há uma postura só-

ARQUIVO A HORA

bria diante deste momento de avanço da doença.”

Como forma de externar essa posição, o parlamentar, que também é médico pediatra e professor da Univates, escreveu uma carta ao prefeito Marcelo Caumo. No documento com pouco mais de quatro páginas, se posiciona quanto algumas questões acerca da pandemia, além de sugerir algumas políticas para o município.

No início do texto, escreve: “Em primeiro lugar, para não deixar nenhuma dúvida a quem estiver lendo este documento, que NÃO sou a favor do lockdown. Também concordo que nem o comércio, muito menos algumas atividades de prestação de serviços são responsáveis pela disseminação do vírus.”

Ainda assim, Kniphoff destaca a necessidade de reduzir ao máximo a circulação de pessoas. “Escrevi a carta com o propósito de chamarmos atenção para a situação muito grave que passamos. As pessoas não sabem o que significa o hospital lotado, com mais do que o máximo da capacidade. Acham que é só colocar mais um leito, alguns aparelhos, um respirador e está pronto. Tem que ter equipe. E os profissionais estão no limite físico e psicológico. Muitos

SUGESTÕES

No documento, além da análise sobre a situação do contágio, Sérgio Kniphoff propõe 21 medidas municipais para enfrentamento da covid-19 e de suas consequências na renda das famílias e empresas.

Confira algumas: • Promover a distribuição ágil de alimentos (cestas básicas) para as famílias que já estão no cadastro da Sthas e outras que vão entrar em situação de vulnerabilidade social; • Criar um pacto com o setor imobiliário a fim de reduzir ou suspender temporariamente o valor dos aluguéis comerciais na cidade;

Rodízio de funcionários nos estabelecimentos e fiscalização mais severa de aglomerações são algumas das sugestões de Sérgio Kniphoff

adoeceram e tem quem esteja dobrando plantões.”

Essa situação, alerta o médico e vereador, faz com que a mortalidade aumente. “A qualidade do atendimento é menor quando temos um hospital lotado. Isso implica em perda de vidas.”

Por ser do partido de oposição, nos bastidores do poder, a carta foi vista como uma forma de politizar o assunto. Quanto a essa perspectiva, Kniphoff

ressalta: “não tenho esse propósito. Penso que devemos assumir mais responsabilidades, pois na próxima semana volta a cogestão. E como fica? Tudo volta a ser como antes? Se for assim, não vamos sair dessa crise.”

Após o envio da carta ao Executivo de Lajeado, o vereador oficializa o documento com os demais integrantes do Legislativo e também pretende entregar ao Ministério Público.

• Subsidiar o transporte coletivo para assegurar distanciamento dos trabalhadores, de forma a garantir segurança no caminho casa-trabalhocasa e garantir que seja gratuito durante bandeira preta e vermelha. Bem como aumentar número de ônibus em circulação, de forma a evitar aglomerações; • Reduzir em rodízio diário, de forma temporária, o número de trabalhadores nas lojas e nas indústrias, evidentemente sem prejuízo nos salários dos trabalhadores.

Lajeado anuncia medidas contra impactos econômicos da pandemia LAJEADO

A administração municipal anunciou novas medidas para amenizar os impactos econômicos decorrentes da pandemia. O objetivo das ações é apoiar cidadãos e empresas no curto prazo e dentro das restrições legais.

De acordo com o secretário da Fazenda, Guilherme Cé, o município segue acompanhando a situação e medidas adicionais poderão ser propostas, dependendo da evolução do cenário nas próximas semanas.

O QUE SERÁ FEITO: Ações que dependem de aval do Legislativo: 1-Isenção de juros nos parcelamentos do IPTU, do ISSQN Fixo e outras taxas referentes ao ano em vigor: A medida permitirá o parcelamento em oito vezes, com primeiro vencimento em maio, sem acréscimo de juros, reduzindo o custo para quem precisar parcelar tributos de 2021. Mantêm-se opções para pagamento antecipado com desconto (7,5% até 26 de março).

2-Novo Programa de Renegociação da Dívida Ativa Municipal (Dívida

Zero), permitindo que débitos de 2020 e de anos anteriores tenham condições facilitadas para pagamento, reduzindo multa, juros e encargos O Projeto de Lei deverá ser enviado à câmara até o início do mês de abril.

Ações já em vigor: 1-Solicitação ao Governo do Estado para flexibilização nas regras da bandeira preta para setor do comércio considerado não essencial e prestadores de serviços; 2-Suspensão da cobrança

administrativa de débitos; 3-Suspensão do envio de débitos a protesto; 4-Certidões com prazo de validade de 90 dias (manutenção do prazo já adotado por Lajeado, que é maior do que grande parte de outros municípios); 5-Prorrogação de 30 dias nos prazos de recursos administrativos na Secretaria da Fazenda; 6-Suspensão do corte de abastecimento de água nas áreas com distribuição sob responsabilidade do município;

7-Bloqueio do saldo do superavit 2020 para cobertura de investimentos emergenciais no combate à pandemia e cobertura de provável queda de arrecadação no curto prazo.

8- Continuidade do cronograma de pagamentos a fornecedores referente a produtos entregues e serviços prestados ao município, beneficiando empresas e toda a cadeia produtiva, uma vez que, atualmente, mais de 67% das compras e aquisições da Prefeitura são realizadas com empresas sediadas no município.

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“ As lideranças regionais precisam se unir em torno do projeto, ir atrás de recursos (…) Mas primeiro tem que querer e, segundo, fazer um bom projeto”

“Quando recebi a comitiva da Acil, eram quatro pessoas. Cada uma com propostas diferentes para localização da nova ponte” MARCELO CAUMO,

NILTO SCAPIN,

PREFEITO DE LAJEADO

EMPRESÁRIO

Lentidão e congestionamentos serão frequentes na BR-386 nos próximos meses

SOLUÇÕES LOGÍSTICAS

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

interdição da ponte sobre o Arroio Boa Vista, provocada pela explosão de um caminhão-tanque, trouxe à tona a dependência extrema da região a um único modal de transporte, o rodoviário. O trânsito na BR-386, no local do acidente, foi parcialmente liberado ontem pela manhã para veículos leves, mas serão necessários até seis meses para a reconstrução da estrutura danificada.

Até lá, congestionamentos serão frequentes na rodovia. Mas o que fazer para resolver o gargalo? Ideias e sugestões foram apresentadas e debatidas ontem pela manhã, no programa Frente & Verso, na Rádio A Hora 102,9.

Participaram do debate o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro da Rosa, o empresário Nilto Scapin e o presidente da Camaralog, Paulo Menzel.

As opiniões emitidas apontam para a construção de uma nova ponte, por meio de um projeto macrorregional.

Propostas diferentes A construção de uma nova ponte sobre o rio Taquari voltou à tona após uma comitiva da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) encaminhar a Caumo o projeto de construção de uma nova ponte, que integre anel rodoviário, contornando as áreas urbanas de Lajeado e Estrela.

Chamou a atenção de Caumo a entrega de projetos diferentes, o que reforça a importância da convergência

O que a região precisa para ter nova travessia Opiniões abordadas em debate na Rádio A Hora apontam para a necessidade da construção de uma nova ponte sobre o rio, com união de esforços por meio de um projeto macrorregional nas ações . “A comitiva tinha quatro pessoas. Cada uma com propostas diferentes para a localização da ponte.

Não é uma discussão simples. Temos que ter pessoas capacitadas para nos apresentar a melhor solução”, afirma.

Scapin considera a construção de uma nova ponte “urgente e neces-

“ Temos que buscar convergência nos municípios, nas entidades regionais.

Senão, vamos voltar ao passado, onde cada um puxava para um lado” IVANDRO ROSA, PRESIDENTE DA CIC-VT

sária” e defende a união de esforços para garantir a viabilização do projeto. “As lideranças regionais precisam se unir em torno do projeto, ir atrás de recursos federais, estaduais, municipais. Mas primeiro tem que querer e, segundo, fazer um bom projeto”, salienta.

Menzel considera positiva a discussão, mesmo que só tenha sido retomada devido ao acidente de sábado. Para ele, é necessária a elaboração de projeto logístico amplo e macrorregional. “Ele precisa apontar soluções para que o custo logístico seja menor. Está quatro vezes do que deveria, e isso impacta fortemente a economia”, opina.

Consórcio Marcelo Caumo citou o exemplo de uma iniciativa realizada por seis

municípios como um caminho a ser tomado para a definição de um projeto para a construção da nova travessia sobre o Taquari. Para ele, é necessária a criação de um consórcio, reunindo os entes interessados.

“Quando as empresas buscam objetivo em comum, fazem um con-

“(…) É como o cupim que vai comendo a madeira. Todo ano esse alto custo come um pouco do lucro das empresas, que já é pequeno” PAULO MENZEL, PRESIDENTE DA CAMARALOG

sórcio. Se buscarmos quem tem mais interesse nesse fim específico, agregando parceiros estratégicos, entendo que conseguiremos soluções mais rápidas e objetivas”, avalia.

A ideia foi apoiada por Ivandro, que considera a união de esforços essencial, sobretudo daqueles que estarão diretamente envolvidos. “Essa segunda ligação física representa muito para o PIB da região. E essa é a lógica. Temos que buscar convergência nos municípios, nas entidades regionais. Se não, vamos voltar ao passado, onde cada um puxava para um lado”, observa.

Infraestrutura Para Menzel, é importante que o projeto devolva a competitividade ao sistema econômico regional e reforça que não há espaço para cometer erros “As empresas estão gastando demais para movimentar suas mercadorias, insumos. É como o cupim que vai comendo a madeira. Todo ano esse alto custo vai comendo um pouco do lucro, que já é pequeno”, opina.

Ivandro lembrou que haverá uma reunião regional virtual da Federasul na próxima semana, pautando justamente a questão da infraestrutura, e que o assunto será abordado com maior destaque. “Falaremos também do Porto, da concessão das ERS, da energia elétrica. São temas regionais e que precisamos, como região, nos unir em torno dessas pautas”, ressalta.

Scapin usou lembranças do passado para reforçar a necessidade de investimentos em infraestrutura.

“Me lembro quando interditaram a ponte da outra vez, na década de 90, eu não dormi. Aluguei uma balsa para atravessar carros e caminhões, quando o movimento era pequeno.

Imagina hoje, que o fluxo é bem maior”, recorda.

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Um semestre de lentidão?

Trecho da BR-386, normalmente percorrido em poucos minutos, passou a registrar congestionamentos em horários de pico.

Gerente da CCR acredita que lentidão será atenuada nas próximas semanas JHON TEDESCHI jhon@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

primeiro dia com a liberação parcial da ponte sobre o Arroio Boa Vista apresentou um novo gargalo para os condutores que circulam pela BR-386. Quem precisou fazer o trajeto de Lajeado até Estrela nesta terça-feira, 16, se viu novamente diante de um teste à paciência, com uma grande fila de veículos em constante “para e arranca”. Um trecho de pouco menos de 2,5 quilômetros, que em

JHON TEDESCHI

condições normais é feito em cerca de três minutos, foi percorrido pela reportagem em 40 minutos.

As avaliações preliminares da CCR ViaSul indicam seis meses de indisponibilidade da ponte velha, onde ocorreu a explosão de um caminhão no último sábado, 13. Desde segunda-feira, 15, o aumento substancial do trânsito na rodovia trouxe a percepção de que o problema iria muito além de uma questão estrutural na via. Os condutores que acessavam a BR-386 encontravam uma situação atípica, onde um grande volume de motocicletas, carros e caminhões não conseguiam avançar.

Contexto semelhante era encontrado na rua Bento Rosa, outro acesso importante para quem sai da área central de Lajeado, com fluxo que se movimentava de forma lenta em direção à chamada ponte seca, formando assim mais um gargalo no trânsito lajeadense.

As sugestões de rotas alternativas, sobretudo para veículos pesados, foram desconsideradas por muitos motoristas, a maioria deles no sentido interior/capital.

Ao chegar no trecho parcialmente liberado para veículos leves, a

necessidade de efetuar o retorno em direção a ERS-129 aumentava a lentidão. Em muitos casos, caminhões de grande porte que precisavam manobrar de forma mais demorada trancavam totalmente o fluxo dos veículos que podiam seguir livremente.

Uma avaliação dos motivos para o aumento da lentidão foi feita pelo gerente de atendimento da CCR ViaSul, Diogo Stiebler. “No local pudemos monitorar que os motoristas estavam se familiarizando com o novo trajeto. Houve também uma certa curiosidade, o que acabou gerando lentidões nas aproximações do desvio. Entendemos que ao longo dessa semana isso deva ser minimizado”, explicou.

Questionado sobre a perspectiva de um período maior com esse problema logístico, o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Lajeado, Paulo Reni da Silva, foi realista. “A expectativa não é boa. Antes da normalidade, que seria a condição de fluidez das duas pontes, a tendência é que tenhamos tranqueira mesmo. A BR386 em pista simples não comporta a quantidade de veículos que temos entre Lajeado e Estrela”.

Nessa terça, horários de pico registraram filas de cerca de um quilômetro

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

PODER LEGISLATIVO

Câmara permite município a bancar asfalto comunitário Pavimentação da rua Emílio Haas seria paga pelos moradores.

Empresa responsável pela obra não cumpriu contrato e Executivo assumirá encargos.

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

“T

eve morador que pagou R$ 7 mil e a empresa desapareceu”, relatou o vereador Lorival Silveira (PP), sobre o impasse no asfaltamento da rua Emílio Haas, no bairro Jardim do Cedro. A câma-

ra aprovou ontem, por unanimidade, que o Executivo assuma os encargos pela obra, após deserção da empresa contratada.

Antônio Marcos Schaffer (MDB) gostaria que o município indenizar os cidadãos que perderam dinheiro. Ele responsabiliza a prefeitura pela falha na pavimentação comunitária. “Não teria uma maneira como compensar essas famílias que já pagaram? A prefeitura é cúmplice porque liberou a obra para essa gente que foi lograr essas famílias”, questiona.

Carlos Ranzi (MDB) sugeriu contato com a associação de moradores dos bairros para criar uma base de dados das construtoras legítimas para realização deste tipo de obra.

O presidente da Casa, Isidoro Fornari (PP) propôs o debate conjunto para formas de fiscalizar as empreiteiras.

DIVULGAÇÃO

Aquisição de vacinas Fora da ordem do dia, um acordo entre as bancadas colocou em pauta os votos para adesão no consórcio da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para comprar vacinas caso o Plano Nacional de Imunizações (PNI) falhe na cobertura vacinal contra covid-19.

Para o vereador Sérgio Kniphoff (PT), a inclusão no consórcio é uma atitude corajosa dos municípios. “Parabéns ao município de enfrentar o governo federal”, disse.

Todos os parlamentares foram favoráveis a participação no consórcio.

Redução dos impactos econômicos O Legislativo enviou a administração municipal medidas

Durante o mês de março, todas sessões foram virtuais.

que visam mitigar as consequências financeiras provocadas pela pandemia.

Os vereadores acataram a proposta Ederson Spohr (MDB) de envio de requerimento para isenção de tributos municipais e multas às pessoas

jurídicas que tiveram o funcionamento regular impedido durante a bandeira preta.

A bancada do MDB também enviou ofício para isenção do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) das vans escolares.

Votação de verba a museu é suspensa Antes da abertura de R$ 73 mil para a reforma do “Castelinho”, vereadores convocam secretária para esclarecer o projeto.

Previsão é que explanações ocorram na próxima segundafeira, 22 RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

ESTRELA

A verba para transformação do centro cultural Dr. Lauro Reinaldo Muller em museu municipal foi adiada. O projeto que abriria crédito de R$ 73 mil para a reforma foi retirado ontem da pauta da câmara, a pedido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O vereador João Braun (PP), presidente da CCJ, diz que convoca a secretária de Cultura,

DIVULGAÇÃO

Esporte e Lazer, Carine Schwingel, para esclarecimentos no projeto, que a comunidade clama há bastante tempo. “Eu quero entender os detalhes. Não vai ser uma obra só para ser lançada e no final ela não ter longevidade”, questiona Braun.

O prédio era sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth), a pasta foi incorporada pela Secretaria de Saúde, após reforma administrativa promovida pela atual gestão. A reorganização das secretarias abriu espaço para locação do acervo histórico no “Castelinho”. Uma lei de 2005, do governo Celso Brönstrup, já previa a construção de um memorial no local.

O plano do Executivo é inaugurar o museu em 20 de maio, aniversário de 145 da emancipação de Estrela.

Para Carine Schwingel, a ideia é aproveitar a data para enaltecer a constituição da cidade.

“Nós estamos perdendo muito a história do município porque a gente não tem espaço para armazenar peças. A nossa urgência é valorizar o nosso passado para que a gente possa garantir

no presente e no futuro, fomentar, por exemplo, o turismo”.

Obra em meio a pandemia A reforma do espaço já foi iniciada. A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer promove lixação e limpeza do local. Conforme a titular da pasta, o momento é oportunuo para que o espaço esteja pronto assim que a crise sanitária acabar. “Acredito que o momento é propício justamente para quando as portas abrirem de novo o espaço estarem melhorados para abrir de novo”, diz Carine.

Ela esclarece que não haverá contratação de pessoal para o andamento do museu. O pesquisador e servidor municipal, Airton Engster dos Santos, seria remanejado para ser o responsável pelo local.

Carine também explica que o projeto prevê a criação de uma conta bancária específica para o memorial. A expectativa é concorrer a editais estaduais e federais do setor cultural e buscar emendas parlamentares para o memorial projetado.

Em janeiro, prédio histórico da rua 13 de Maio, ao lado da Praça Menna Barreto, foi indicado como sede do memorial.

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

PANDEMIA AMPLIA POBREZA BIBIANA FALEIRO

Dados do CadÚnico mostram um total de 5410 cadastros em dezembro do ano passado. Destes, 1526 são famílias em situação de extrema pobreza

FAMÍLIAS INSCRITAS NO CADASTRO ÚNICO Maio de 2019

Dezembro de 2020

Famílias inscritas no Cadastro

Famílias inscritas no Cadastro

Único: 4806 Famílias em situação de extrema

Único: 5410 Famílias em situação de extrema

pobreza: 1104 Famílias em situação de pobreza:

pobreza: 1526 Famílias em situação de pobreza:

345

394

Famílias com baixa renda: 1221

Famílias com baixa renda: 1346

BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

M

oradora do bairro Campestre, Daniela da Rocha Rodrigues, 32, perdeu o emprego no início do ano passado. Ela passava por um problema de saúde e, em seguida, veio a pandemia.

Ela cria dois filhos ao lado do marido que trabalha como prestador de serviços para garantir uma boa refeição em casa. Desde o ano passado, a demanda de trabalho diminuiu e a família sofreu com a desestabilidade financeira.

“O que tem nos ajudado é o auxílio do Cras. Eu venho aqui a cada dois meses para receber um rancho de alimentos que nos tira do sufoco por uns bons meses”, conta Daniela. A família é inscrita no Cadastro Único para

Daniela é responsável por uma das 5410 famílias inscritas no CadÚnico

Programas Sociais (CadÚnico) desde 2008, quando nasceu o primeiro filho.

Além de receber auxílio na renda e na aquisição de alimentos, Daniela conseguiu outros benefícios por meio do cadastro, como desconto na compra dos óculos de grau. “A gente sabe que não é barato, e fazendo um óculos normal hoje dá em torno de 600 reais, com a ajuda do Cras eu paguei somente R$ 120, com armação e tudo”, conta.

Extrema pobreza A família dela é uma das 5410 inscritas no Cadastro Único até dezembro do

ano passado. Esse número representa um aumento de 604 inscrições entre maio de 2019 e dezembro de 2020. No período, o município contabilizou um total de 1526 famílias em situação de extrema pobreza, que recebem até R$ 89 por membro familiar no mês.

Este é um cenário que preocupa os dois Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de Lajeado. Segundo a coordenadora do Cras Espaço da Cidadania, Fátima Luciane Leal, essa situação é um reflexo de uma soma de fatores. “Já vínhamos de uma crise social, econômica e política, de instabilidade socioeconômica e houve um agrava-

mento em virtude da pandemia, já que muitas famílias perderam empregos ou tiveram salários reduzidos nesse período”, acredita Fátima.

Ela explica que o Cras trabalha com o acompanhamento das famílias baseado na construção de um Plano de Acompanhamento Familiar (PAF), onde há um conjunto de objetivos a serem alcançados, com o propósito de superar as vulnerabilidades. O Cras também busca promover oficinas e estimular a autonomia financeira e social dessas famílias por meio dos recursos recebidos do governo.

Algumas entidades também fazem doações e as cestas básicas são distribuídas com um processo de reveza-

mento entre as famílias, que recebem os alimentos a cada dois meses. “Nosso foco é atender famílias em situação de vulnerabilidade social e são prioritários no atendimento os beneficiários que atendem os critérios de participação de programas de transferência de renda e benefícios assistenciais e pessoas com deficiência ou pessoas idosas que vivenciam situações de fragilidade”, explica Fátima.

Para se inscrever no Cadastro Único, é preciso que uma pessoa da família se responsabilize por prestar as informações de todos os membros da família, chamada de Responsável pela Unidade Familiar (RF). Ela deve ter pelo menos 16 anos e, preferencialmente, ser mulher.

ENTREVISTA ROBERTO OLIVEIRA - Sociólogo

• Como você avalia esse cenário do aumento da pobreza?

Esse aumento tende a se agravar.

Pessoas que possuem ocupação em serviços gerais, por exemplo, são, na maioria dos casos, serviços que dependem da transferência de renda das classes médias para estas pessoas. Se elas estão perdendo essas ocupações, é porque a classe média também está perdendo renda. Portanto não podemos falar apenas de um aumento dos níveis dessa pobreza visível, porque há um empobrecimento geral da sociedade. Antes já tínhamos sinais de

“O Brasil está entrando em uma depressão estrutural” esgotamento de um ciclo econômico no Brasil que, por muitos anos, ficou dependente dos commodities. Não houve políticas de fortalecimento do setor industrial e o setor de serviços não qualificou.

Foram tomadas medidas econômicas que acabaram concentrando as rendas no Brasil. Para cada indivíduo que tem capacidade de investir, que monta uma fábrica, existem 10 que fazem investimentos improdutivos e portanto não geram empregos e rendas. A pandemia agravou tudo isso. O Brasil está entrando em uma depressão estrutural.

• Qual é o problema de ter tantas famílias nessa situação?

Além da fome, das doenças e de todos os problemas que atinge as pessoas em nível de pobreza, também tem o ponto de vista social que implica no aumento dos índices de violência. Para um jovem cuja família está em estado de extrema pobreza e que não vê nenhuma perspectiva de resolver a situação no curto prazo, que está passando fome, é muito fácil se envolver com o tráfico. Além disso, muitas dessas pessoas não veem a sociedade como solidária com a situação de pobreza.

Não há políticas públicas para algum

alívio dos seus problemas e é cada por si. O envolvimento com crime é muito fácil, porque além de ser uma saída para ter o que comer, também é uma resposta para um sentimento de revolta com a sociedade que nem sempre é consciente.

• O que é necessário para reverter a situação?

Primeiro o governo deveria adotar uma política coerente para o enfrentamento da pandemia, isso significa encarar seriamente o confinamento social. Tentar fazer o possível para correr atrás do prejuízo da vacinação e retomar os teste massivos de

contaminação da covid. No plano da economia, deveria ter um programa emergencial de empregos para as pessoas nessas situações. Empregos em obras públicas, e ter estrutura de garantia sem tirar dos pobres para dar aos mais pobres. Tem uma série de possibilidades na economia, taxação do capital financeiro, de grandes fortunas, mudar o sistema tributário sobre ganho de capital, tudo isso criaria condições para melhorar os efeitos econômicos da pandemia.

Mas não vejo uma melhora a curto prazo, porque as condições que levaram as pessoas para estas situações não mudaram.

Estado recebe mais de R$ 300 mil doses da CoronaVac hoje Lote deve chegar em Porto Alegre na manhã de hoje ESTADO

O Rio Grande do Sul vai receber novas doses de vacina contra a covid-19. Expectativa é que o lote com 318,2 mil doses da Coronavac desembarque na manhã de hoje, 17, no Aeroporto de Porto Alegre. A carga será trazida por uma aeronave da Latam.

Até agora, o Estado recebeu 1,2 milhões de doses. Praticamente todas já foram distribuídas aos municípios. Mais de 620 mil pessoas receberam as vacinas, sendo que 218,8 mil já é segunda dose. O total aplicado é de 843 mil unidades.

Após quase dois meses de largada da imunização, o Rio Grande do Sul vai computar, com o lote desta quarta, nove remessas. A nova carga será a segunda maior enviada até agora, atrás apenas do primeiro lote entregue ainda em janeiro.

Vacinas da Oxford

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) a possibilidade de suspender aplicação da vacina de Oxford. Na Europa, alguns países tomaram a decisão devido a uma suposta relação com a incidência de tromboembolismo.

Nessa terça-feira, a Cevs afirmou que se atentará a possíveis eventos adversos e notificações.

A Anvisa já disse que não há registro de coágulos ligados à vacina de Oxford no Brasil.

ARQUIVO A HORA

Estado já distribuiu mais de 1,2 milhões de vacinas aos municípios

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021 DIVULGAÇÃO

PÁSCOA 2021

A menos de três semanas, procura por ovos é tímida BIANCA MALLMANN

Em vídeo, Adilson Metz e Luiz Mário Berbigier conduzem assembleia

Assembleia da Sicredi disponível até sexta Associados da Sicredi Integração RS/MG podem assistir e votar no site da cooperativa VALE DO TAQUARI

Chocolates de Páscoa já estão disponíveis nos supermercados da região. Incertezas da pandemia reduzem expectativas de vendas para este ano

Supermercado de Lajeado registra até o momento venda de apenas 10% do total de produtos típicos da data. Preço dos ovos de chocolate não sofreu grandes alterações, ao contrário do peso dos produtos, que diminuiu.

BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

LAJEADO

E

m menos de três semanas, é domingo de Páscoa. No dia 4 de abril, presentes vão ser trocados entre amigos e familiares. E o produto mais lembrado costuma ser o ovo de chocolate.

De diferentes tamanhos e sabores, eles chamam a atenção nos supermercados. Mas devido à pandemia, a expectativa do setor para as vendas não é das melhores.

Até o dia de ontem, terça-feira, 15, o Supermercado STR, de Lajeado, havia vendido cerca de 10% dos ovos adquiridos das indústrias. De acordo com o gerente de compras, Hans Röhsig, historicamente a venda da Páscoa acontece nos cinco dias antes

da data.

“Estamos passando por um período de muitas incertezas. E estas incertezas fazem com que as pessoas não gastem se não houver realmente uma necessidade. Não se sabe como vai ser o dia de amanhã, até quando vai a pandemia. Por isso vale a pena guardar um dinheiro para o futuro”, contextualiza Röhsig.

O comprador de produtos da categoria de chocolate do supermercado, Angelito Porto, complementa com o fato de que o consumidor já se acostumou a comprar “em cima da hora”.

“Eles sabem que talvez encontrem alguma promoção nos dias mais próximos da data”.

Ainda segundo Porto, as indústrias fabricantes de ovos de chocolate também tiveram que se adaptar. Muitas empresas reduziram os números na produção. As nacionais, por exemplo, chegaram a uma redução de até 23%.

“Mesmo se quiséssemos colocar um volume maior à disposição do consumidor, não teríamos disponibi-

lidade de produtos”, comenta.

Outro ponto destacado por Röhsig é a maneira como é feita a negociação entre o supermercado e os fornecedores: uma parceria consignada.

“Ou seja, a empresa que nos fornece os ovos de páscoa tem a responsabilidade de ajudar na venda desses produtos. Aqueles itens que sobram, eles precisam nos apresentar alguma proposta para colocarmos na rua.

Isso pode ser a partir da redução de preços, promoções como ‘pague um, leve dois’... Assim nos garantimos quanto à isso”.

E o preço?

Os produtos das grandes indústrias não tiveram aumento significativo nos preços. Mas as menores, sim. Como é o caso dos chocolates artesanais, por exemplo. Porém, de acordo com Porto, as indústrias fabricantes adotaram outra alternativa. “Às vezes o preço não sofre grandes alterações, mas o produto pode ter

uma redução de alguns gramas.

Então isso não deixa de ser um aumento. O consumidor paga o mesmo valor por uma gramagem um pouco menor. E muitas indústrias apostaram nisso nessa Páscoa.”

Outras opções Quem não quiser desembolsar o valor para comprar um ovo de chocolate tem também outras opções.

Barras de chocolate, caixas de bombom, ou cestas. Röhsig explica que o que importa para o supermercado é a venda da categoria, que abrange também esses produtos similares.

“Se o cliente tem uma família grande, vai ter que comprar um ovo para cada sobrinho e afilhado?

Isso se torna caro. Então, ao invés de dar um ovo, que custa mais, pode comprar outro presente de menor preço”.

A Sicredi Integração RS/MG iniciou na noite dessa segunda-feira, 15, o processo assemblear 2021 virtual, que em seu primeiro dia já registrou a participação de mais de mil pessoas. Associados da cooperativa podem acessar, a qualquer momento, o site sicredi.com. br/assembleiadigital e ter acesso a uma apresentação de vídeo; documentos e relatórios; e pautas que precisam ser votadas com alternativas para apontar sua escolha. O acesso estará disponível até as 17h da próxima sexta, 19, e somente será liberado mediante cadastro de CPF, mais e-mail ou celular, e senha.

No vídeo, de aproximadamente 25 minutos, o presidente Adilson Metz e o diretor executivo Luiz Mário Berbigier fazem a prestação de contas do exercício 2020, o qual demonstra que a cooperativa fechou o ano com mais de R$ 2,6 bilhões de ativos administrados e um patrimônio líquido superior a R$ 245 milhões, contabilizando 57.090 associados. Entre as pautas em votação, a eleição dos novos delegados de Núcleo e do Conselho de Administração, cuja chapa única é liderada pelo atual presidente e tem Berbigier como postulante ao cargo de vice-presidente.

Também é necessária a aprovação da distribuição do resultado, que, descontadas as destinações legais e o crédito de R$ 1.221.624, já efetuado na forma de juros ao capital em dezembro, totaliza R$ 8.206.547, sendo sugerido o depósito nas contas correntes proporcionalmente à movimentação de cada associado na cooperativa durante o último ano.

A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

Sustentabilidade vira lição quando as aulas voltarem BIANCA MALLMANN

EMEI Sabor de Infância estimula reaproveitamento de água da chuva, de produtos orgânicos e materiais reciclados BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

LAJEADO

O

pátio da escola virou também uma “sala de aula”.

Lá, os pequenos aprendem sobre sustentabilidade e reaproveitamento.

Captação de água da chuva, composteira e uma horta vertical. Estas são apenas algumas das tantas ações desenvolvidas na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Sabor de Infância do bairro Igrejinha, em Lajeado. À espera da possibilidade de retomada das aulas presenciais, a equipe diretiva e de professores, em parceria com os pais e a comunidade, mantêm os projetos de cunho sócio-ambiental que já eram realizados na creche. O objetivo é ensinar para os pequenos atitudes simples e possíveis de serem adotadas no dia a dia.

Desde 2015, as mais de 100 crianças da escola têm à sua disposição uma cisterna para reaproveitamento da água da chuva. Este que foi o primeiro projeto, aquele que deu o pontapé inicial para as outras iniciativas que surgiriam nos próximos anos.

Entre as iniciativas da EMEI Sabor de Infância está a horta vertical

Verduras produzidas no pátio da creche O mais recente projeto da EMEI é a construção de uma horta vertical. No muro da escola, foram colocados alguns pallets. E dentro deles, areia e mudas de verduras e hortaliças. De acordo com Natasha Guillante, diretora da creche, a ideia surgiu com o intuito de aproveitar a água da chuva coletada na cisterna.

“Não queríamos mais só lavar a calçada com essa água.

Já trabalhávamos a questão da horta com as crianças, onde cada uma plantava uma muda em um potinho. Mas agora fizemos algo maior, em conjunto”, explica.

Para agregar, no final do ano passado foi construída uma composteira. Nos fundos do pátio, um espaço adequado recebe as cascas das frutas consumidas pelas crianças. Ao mesmo tempo, as folhas que caem das árvores do pátio são colocadas nas repartições para ajudar na decomposição.

Quando as aulas retorna-

OBITUÁRIO LICENA WEILER, 85, faleceu ontem, em Santa Clara do Sul. Sepultamento foi no Cemitério Católico, em Santa Clara do Sul. JAIR ANTÔNIO GIOVANELLA, 65, faleceu ontem, em Lajeado. Sepultamento foi no Cemitério Católico da Hidráulica, em Lajeado.

PATRICIA GASPAROTTO BOHRER, 43, faleceu segunda-feira, 15, em Lajeado.

Sepultamento foi ontem, no Cemitério Católico do Florestal, em Lajeado.

WOLMAR BUGS, 74, faleceu segunda-feira, 15, em Lajeado. Ele foi cremado ontem, no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

IDO WÜNSCH, 82, faleceu segunda-feira, 15, em Roca Sales. Sepultamento foi ontem, no Cemitério Evangélico de Linha Borges de Medeiros, em Roca Sales. ÉRICO ECKHARDT, 70, faleceu segunda-feira, 15, em Lajeado. Sepultamento foi ontem, no Cemitério Evangélico de Sampainho, em Santa Clara do Sul. CLENIO ANTÔNIO CAMARGO, 53, faleceu segunda-feira, 15, em Encantado. Ele foi cremado ontem, no Crematório Regional Memorial Kist, em Venâncio Aires.

NELDA MITTELSTADT, 86, faleceu segunda-feira, 15, em Lajeado. Sepultamento foi ontem, no Cemitério Católico da Hidráulica, em Lajeado.

Para informar falecimentos:

• WhatsApp: (51) 92487689 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br • Fone: 3710 4200

rem, a ideia é envolver também as famílias na iniciativa.

“Quando tudo voltar ao normal, queremos que as crianças presenciem isso.

Queremos que essa seja a oportunidade para elas trazerem cascas de frutas de casa, colocarem na composteira, observarem como isso vai se transformar em adubo e depois elas levarem esse materia para casa, para colocarem nas suas próprias hortas”, projeta Natasha.

Em meio à natureza Frutas cítricas, araçá, amora, figo e goiaba. Uma variedade de árvores também pode ser encontrada no pátio da escola. Os primeiros frutos estão surgindo agora. Todas essas árvores foram disponibilizadas pelo Jardim Botânico.

“O sonho da comunidade escolar é algum dia poder sentar com as crianças ao redor de um pé de bergamota e ver elas se deliciarem com essas frutas. Tudo sem agrotóxico. Estamos muito felizes que agora estão vindo os primeiros frutos”, comenta a diretora.

Brinquedos recicláveis A criatividade dos professores vai além. Tampinhas de garrafa pet, papelão e outros materiais se transformam em jogos lúdicos. Para a páscoa, cada aluno vai ganhar algum material temático para brincar em casa. “É um trabalho coletivo, de formiguinha. Estamos trabalhando para as pessoas começarem a se conscientizar. E nós começamos dando o exemplo para os mais pequenos”, finaliza Natasha.

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A HORA | Quarta-feira, 17 de março de 2021

Resumo da novela Amor de Mãe Marconi ameaça Betina para Sandro, que vai ao encontro dos dois. Raul e Vitória se preocupam com a reação do filho. Lurdes decide ir até o bar de onde foi enviado o e-mail falso sobre Domênico. Sandro liberta Betina, que se desespera com a situação do noivo.

Magno percebe que Lídia quebrou o encanamento de seu banheiro intencionalmente. Betina alerta Raul e Vitória, que acionam a polícia. Sandro ajuda Marconi a escapar. Raul ameaça Álvaro para salvar Sandro. Marconi morre nos braços de Sandro.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Vilões comuns de filmes de terror

Diz-se do projeto em sua fase inicial Base do rum Ben Stiller, ator

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Solução Adicionar, em inglês Linha (abrev.)

comhia de elente; gnífica

(?) hora: sempre Rival do CRB (fut.)

Divisão do tempo geológico

Criatura como Malévola (Cin.)

Sentar, em inglês

Espaço destinado ao piloto e ao copiloto no avião comercial (?) corredio: laçada

DAS DIRETAS

C T A R B O S I T R N A E D FA D A L E S I C E T O DA O M S A S N O A D D E O A

PEIXES: Você vai contar com raciocínio rápido e boas ideias para dar uma animada nos colegas e causar boa impressão ao lidar com clientes.

3/add — sit. 6/manoel

VIRGEM: No trabalho, destaca-se sua criatividade, bem como o espírito de equipe para encarar as tarefas com garra e disposição.

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Solução

Albert Einstein, físico alemão

AQUÁRIO: Talvez tenha que ficar alerta com mal-entendidos logo cedo, mas o astral não demora muito para melhorar.

Adicionar, em inglês Linha (abrev.)

Ian McShane, ator britânico

(?) cáustica, substância corrosiva

LEÃO: O dia começa um pouco complicado e pode ser difícil dar conta das tarefas, especialmente aquelas mais rotineiras.

Albert Einstein, físico alemão

País africano cuja capital é Freetown

BANCO

(?) cáustica, substância corrosiva

Minha e delas Elemento decorativo

Queijo de dietas Intenção criminosa

Edifício (abrev.)

Angustiados

CAPRICÓRNIO: Quem trabalha com algo ligado a comunicação, como redes sociais, etc., vai contar com as energias positivas da Lua.

Estrada que ligava China e Espanha

CÂNCER: Você pode descobrir que é divertido experimentar novas maneiras de realizar as tarefas do dia a dia.

© Revistas COQUETEL

SAGITÁRIO: Dedicação e disciplina serão importantes para cuidar melhor do corpo. Avise para a família que precisa se concentrar.

Na companhia de Excelente; magnífica

A D A S E

GÊMEOS: A atração sexual e a popularidade terão papel importante na conquista. Que tal dar aquela caprichada na produção?

André (?), tenista Líquido hepático

(?) hora: sempre Rival do CRB (fut.)

DA

ESCORPIÃO: Como você terá facilidade para se expressar, vai ser moleza convencer os outros com os seus argumentos.

Taça para licores Plural de modéstia

Criatura como Malévola (Cin.)

S O D A

TOURO: Meditar ou procurar um pouco mais de isolamento pode ser uma boa pedida para encontrar a paz espiritual que está buscando.

O primeiro presidente boliviano de origem indígena (?) de Barros, poeta Índice de riqueza de um país (sigla)

Campo de cerais O maior é o Pacífico

Edifício (abrev.)

Angustiados

P D I M E N E L A Ç O S L A D A E T E E S EA R A M A T O M O R A N C A L A NO E L S A C B N O S I C O T A IM L O E R R A L

LIBRA: Ainda cedinho, a Lua entra em Touro, a Casa das Transformações, avisando que mudanças inesperadas não estão descartadas.

Amplitude Modulada (sigla)

Z R U M B V I S E E V A M P P I R D O S

ÁRIES: Você pode acordar meio pistola hoje, Áries, mas é melhor pegar leve nas críticas se não quiser arrumar treta.

Poder conservado pelos deuses pela ingestão da ambrosia (Mit.) Maior ave do Brasil

Divisão do tempo geológico

N E D E C O M A N D O

HORÓSCOPO

(?)

Fontaine, fabulista francês

D A E T E R E S EA R A FA M A T O M O R A L N C A L I T A NO E L S A C O B N O S S I C O T A IM A L O E R R A L E

um chalé no interior. Leonora sente falta de Adônis. Epaminondas decide se dividir entre Teodora e Safira. Guido chega à casa de Francesca. Adônis recusa o presente de Nair. Shirlei descobre que o padrasto de Felipe é seu pai. Tancinha conta para Apolo que Beto salvou Bia. Camila é ameaçada por Bruna após descobrir onde Giovanni está.

Sentar, em inglês

3/add — sit. 6/manoel — melaço. 7/aflitos. 9/serra leoa. 10/vida eterna.

Beto salva Bia do sequestro. Bruna conta para Giovanni que foi a responsável pela explosão do depósito. Beto avisa Tancinha que pedirá o divórcio. Camila e Enéas encontram pista do paradeiro de Bruna e Giovanni. Aparício conta para Rebeca que se separou de Teodora. Teodora se livra da chantagem de Safira.

Camila descobre que Bruna comprou

Estrada que ligava China e Espanha

V I S E E V A M P P I R D O S

Haja Coração

Espaço destinado ao piloto e ao copiloto no avião comercial (?) corredio: laçada

Espetáculo Esposa encenado em palcos de Otelo "Quem canta seus (?)

(Lit.) espanta" (dito)

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A HORA ESPORTE | Quarta-feira, 17 de março de 2021

DIVULGAÇÃO

COPA DO BRASIL

GAÚCHOS EM CAMPO

Com destaque para o estreante Santa Cruz, equipes do estado entram em campo hoje à noite CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

C

ompetição mais abrangente e democrática do futebol nacional, a Copa do Brasil iniciou na semana passada.

Na 33ª edição, 92 clubes estão atrás da taça. Dentre eles sete gaúchos, incluindo o estreante Santa Cruz, que hoje à noite recebe o Joinville.

O Rio Grande do Sul possui três equipes com títulos da Copa do Brasil. Grêmio e Internacional estreiam apenas na fase de 16 avos, pois estão na Copa Libertadores. Já o Juventude estreou ontem à noite contra o Murici, de Alagoas.

Nesta primeira fase o confronto é único. A partida ocorre na casa da equipe pior ranqueada no ranking da CBF, enquanto que o visitante, melhor ranqueado, joga pelo empate.

ESTREIA DO SANTA CRUZ O principal destaque de hoje é a estreia do Santa Cruz. Campeão da Copa FGF, o Galo irá disputar pela primeira vez o torneio nacional. O adversário no Estádio dos Plátanos será o Joinville, equipe de Santa Catarina.

CAXIAS ENFRENTA TIME DA ELITE A primeira equipe do estado a entrar em campo será o Caxias. Curiosamente, o time da Serra é também o único que terá um adversário de primeira divisão. Às 19h15min receberá o Fortaleza no Estádio Centenário.

Título da Copa FGF classificou o Santa Cruz para a sua primeira Copa do Brasil. Adversário de hoje é o Joinville

FILHOS DO VALE EM CAMPO

GAÚCHOS EM CAMPO HOJE

Fechando o dia de jogos, às 20h, o Esportivo enfrentará o Remo, clube paraense que recentemente subiu para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. As duas equipes possuem atletas do Vale do Taquari. No time de Bento Gonçalves estão o goleiro Jonathan Walker e o centroavente Gonzalo Fornari, enquanto que o clube de Belém possui o meio-campista Felipe Gedoz.

19h15min Caxias x Fortaleza 20h Santa Cruz x Joinville 20h Esportivo x Remo

YPIRANGA VAI A MANAUS

AMANHÃ

Único gaúcho a entrar em campo amanhã, o Ypiranga é também a equipe que fará a maior viagem.

O time de Erechim irá até o Amazonas, onde enfrenta o Peñarol.

20h Peñarol x Ypiranga

CRAQUES DO VALE

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ATLETA DE MATO LEITÃO NO FUTSAL PARANAENSE Douglas Meurer assinou com a equipe Pro Tork, de Siqueira Campos Não é só nos campos que os atletas do Vale são referência. Nas quadras, eles também buscam seus espaços. Desde o começo do mês, Douglas Meurer, 23, está em Siqueira Campos, onde se prepara para disputar a primeira divisão do Campeonato Paranaense de Futsal, com o Pro Tork Futsal.

Depois de defender o Guarani de Frederico Westphalen, na Série Ouro 2020, o atleta confirmou retorno ao futsal do Paraná, onde já havia atuado na equipe do Palmas. “Como já havia jogado por aqui, pude abrir mercado,

é campeonato de alto nível contando com grandes equipes do cenário nacional.”

Para Douglas a expectativa é a melhor possível. “São alguns anos correndo atrás da evolução gradativa, e, consequentemente cada vez mais me sentindo maduro e preparado para novos e grandes desafios”, destacou. A equipe Pro Tork vai disputar a Série Ouro Paranaense e a Liga Paraná.

OBJETIVO DE DISPUTAR A LIGA NACIONAL

Douglas, que começou a carreira no futsal defendendo a Assoeva, cita que um dos objetivos é novamente disputar a Liga Nacional. “Foi por detalhe não ter

fechado com alguma equipe”, comenta.

TRAJETÓRIA NO FUTSAL

Ele analisa como positiva a sua trajetória no futsal. “Vinha de praticamente duas temporadas no Paraná, podendo aparecer, fazendo gols, e mesmo 2020 sendo um ano atípico, se tornou meu melhor ano profissionalmente, onde acabei artilheiro da Série Ouro do Paraná, com 7 equipes de nível nacional”, afirmou.

No ano passado o atleta retornou ao Rio Grande do Sul e novamente conseguiu destaque. “Aos poucos vou me firmando, deixando bons legados e moldando minha imagem de um cara que busca e corre atrás da evolução constante”, disse.

Atleta passou por exames médicos antes de ser apresentado e iniciar os treinamentos DIVULGAÇÃO

Seu último clube foi o Guarani, de Frederico Westphalen

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A HORA ESPORTE | Quarta-feira, 17 de março de 2021

INTERNACIONAL

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CHANCE A SARRAFIORE

Argentino retorna de empréstimo e será reavaliado pela comissão técnica do Colorado CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

meio-campista Martín Sarrafiore está de volta ao Internacional. De-

pois de ser emprestado ao Coritiba na última temporada, ele retornou a Porto Alegre e já treina no CT Parque Gigante junto do elenco.

Com as saídas de D’Alessandro, Musto e Leandro Fernández, o Inter conta com quatro estrangeiros atualmente no elenco. Um deles, Saravia, está lesionado e deve voltar aos treinos somente em maio.

Além disso, não está confirmada a permanência de Abel Hernández.

Com isso, sobrariam vagas para estrangeiros, sendo uma delas preenchida por Sarrafiore.

O argentino tem contrato com o Inter até dezembro de 2022. Nos bastidores do Beira-Rio, acredita-se que ele tem características que agradam o novo treinador. É rápido, joga pelas beiradas do campo e tem bom arremate. No entanto, também é sabido que ele precisa mostrar mais nos jogos e treinamentos.

Ele está sob avaliação e não há nada definitivo. Pode tanto ser emprestado ou negociado, assim como permanecer em Porto Alegre em 2021.

Sarrafiore retorna após ficar a temporada 2020 emprestado ao Coritiba

GRÊMIO

NOVA CASA PARA A BASE

Depois de um ano e meio de obras, o Grêmio concluiu as novas instalações do Centro de Formação e Treinamento Presidente Hélio Dourado, em Eldorado do Sul. O novo espaço será ocupado pelos profissionais e jogadores das categorias de base do clube.

A construção da nova estrutura do CT começou em setembro de 2019, com o lançamento da Pedra Fundamental. No total, o complexo na Região Metropolitana de Porto Alegre soma mais de 8 mil m² de área construída.

O novo lugar conta com um

pórtico de entrada, recepção e vigilância. Foi construída um novo prédio de 548m², que abrigará a área de saúde, com academia, fisioterapia, fisiologia, ambulatório e departamento médico.

LAR DOS JOVENS As joias gremistas também contarão com residência esportiva, refeitório, salas de convivência, de estudos, refeitório equipado e auditório. Na área que abriga os dormitórios, foram dispostos 10 quartos por andar,

que podem abrigar até 120 atletas simultaneamente.

Para inspirar os jovens, a porta de cada dormitório foi personalizada com imagens de jogadores formados no clube. Estão lá representados atletas como Marcelo Grohe, Arthur, Anderson, Douglas Costa, Cássio, Luan, Lucas Leiva, Pedro Rocha, Everton Cebolinha, Jean Pyerre, Matheus Henrique e Pepê, entre outros.

No total, o complexo na Região Metropolitana de Porto Alegre soma mais de 8 mil m² de área construída

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Quarta-feira, 17 de março de 2021

MÍN: 24º MÁX: 30º

Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.

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CICLISMO

DESAFIO PEDAL CULTURAL MOVIMENTA O ESTADO

Etapa está com inscrições abertas e ciclistas têm até 31 de maio para completar o desafio EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

P

edalar entre os principais pontos turísticos e culturais para mostrar ao Brasil. Esse é o proposito do Desafio Pedal Cultural. A etapa da Região Sul – RS, SC e PR, está com inscrições abertas e os ciclistas tem até 31 de maio para completar o desafio.

O evento foi criado para todo e qualquer ciclista, desde o iniciante até o atleta profissional, com o intuito de promover a paixão pelo esporte, a prática de exercício físico e principalmente a cultura e o turismo.

Os atletas tem duas opções de competição – Catraca e Coroa, em cada são ofertadas quatro distâncias que

deverão ser concluídas para ganhar o prêmio.

MODALIDADES

Na modalidade Catraca as pessoas tem que completar quatro desafios. Uma pedalada de 25 quilômetros, outra de 50, 75 e uma de 100 quilômetros. Já na Coroa, as distâncias aumentam.

Os desafios são de 50, 100, 150 e 200 quilômetros. “O intuito é que você faça seu Desafio na sua Cidade, para que as belezas da sua região sejam descobertas e conhecidas por todo Brasil. Queremos divulgar a diversidade cultural e as maravilhas turísticas do nosso país”, ressalta Bruno.

COMO PARTICIPAR

Para o ciclista validar o desafio, ele deve gravar todas as quatro atividade no Strava, cada uma delas deve possuir uma foto em um ponto turístico, histórico ou/e cultural pelo qual o atleta passou juntamente com um breve texto contando sobre aquele local. Elas deverão ser enviadas, juntamente com uma foto para ser usada no

Para validar o desafio, o ciclista precisa mandar uma foto em um ponto turístico, histórico ou cultural DIVULGAÇÃO

certificado digital para o whatsapp do Fábio (047 084209153) ou de Bruno (047999608876), ao final das quatro distâncias pedaladas, elas devem ser enviadas tudo junto, em uma única vez.

O período de inscrição é de 21 de fevereiro a 17 de março para o primeiro lote e de 18 de março a 09 de abril para o segundo lote. Para o segundo lote haverá um acréscimo no valor da inscrição. As inscrições deverão ser realizadas pelo site https://desafiopedalcultural.com.br

PREMIAÇÃO Todo participante ao concluir seu desafio receberá uma medalha para cada distância percorrida, um certificado digital, um adesivo e um suporte de medalhas.

Período de inscrição para o primeiro lote encerra nesta quarta-feira