A Hora - 27/02/2021

A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021 | Ano 18 - Nº 2788 | Fechamento da edição: 19h

PELO HEXA

Avulso: R$ 6,90

MEMÓRIA DOS “PASSOS”

Quando as balsas faziam o transporte

DECISÃO DE COPA NA ARENA Grêmio pode encerrar a temporada com chave de ouro e conquistar a sexta taça de Copa do Brasil. A parada é dura, contra o Palmeiras, atual campeão da Libertadores.

Jogo de ida é em Porto Alegre, neste domingo, às 21h.

A Bacia Taquari Antas tinha mais de 50 pontos de travessia pelas águas. Sem pontes e com poucos estradas por terra, esses eram os principais elos de ligação entre as comunidades.

Páginas 10 e 11

À BEIRA DO COLAPSO

Risco altíssimo em todo o RS Pandemia agrava no estado e faz governo classificar todo o território gaúcho em bandeira preta

Mapa do Distanciamento Controlado classificou as 21 regiões em risco altíssimo de contágio

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Estratégia questionável Fechar o comércio e as escolas é mesmo uma boa saída?

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Prédio da Polar Por fora, estrutura histórica está de encher os olhos. E por dentro?

Conforme anunciado pelo governador, o Rio Grande do Sul enfrenta o pior momento da pandemia. Casos em alta e hospitais sem leitos de UTI fazem Piratini alterar a rotina da sociedade.

O que e como pode funcionar Págins 12

Lajeado fecha as escolas municipais Página 8

Como manter a saúde mental Páginas 6 e 7

Página 2

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Quando o dia não foi bom, ligo a música bem alto e danço” LARISSA SANTOS

Suelen Hauschild, 29, é natural de Bom Retiro do Sul e, desde 1998, mora em Teutônia. Há oito anos, trabalha com dança. Nos municípios de Teutônia e Westfália, ministra aulas de FitDance, modalidade que ganha espaço nas academias do Vale do Taquari. É por meio dos encontros que conscientiza suas alunas sobre saúde mental e física.

então se eu posso fazer isso com dança, para mim está perfeito.

Em suas aulas costuma propor atividades com ações de conscientização. Quais temáticas são trabalhadas?

A aula não é sobre quem acerta mais passos ou quem dança melhor, é sobre se libertar e rir muito.

O objetivo é que elas esqueçam os problemas do cotidiano. Essas mensagens eu reforço de várias maneiras ao longo dos meses: entregando poesias, conversando sobre minha experiência com a depressão, fazendo quizz sobre o Outubro Rosa e conscientizando para a saúde mental. O resultado é estrondoso e sempre recebo o feedback das alunas dizendo o quanto foi positivo alguma ação.

LARISSA SANTOS larissasantos@grupoahora.net.br

A dança te ajudou a prevenir transtornos mentais como ansiedade e depressão? De que forma?

Desde a infância fazia aulas de dança. Iniciei com alemã, depois contemporânea, jazz e finalizei com dança de rua. Em 2012 tive depressão e nessa época me comprometi comigo mesma a voltar a dançar, pois tinha parado por cerca de três anos. Até hoje, para manter o meu psicológico fortalecido, ou quando o dia não foi bom, ligo a música bem alto e danço em frente ao espelho.

Quais os serviços que oferece?

Faço coreografias para festas de debutantes, formaturas ou casamentos. Além disso, sou instrutora de FitDance, que é uma modalidade criada há 7 anos na Bahia e que, aos poucos, vem chegando na região. O foco das aulas é a diversão. A FitDance tem suas coreografias oficiais disponíveis no canal do Youtube e conta com todos os ritmos que você possa imaginar.

Você é uma das poucas profissionais da região licenciada à FitDance. O que isso significa para você?

Levar a bandeira da FitDance é maravilhoso. Quando fui apresentada à marca e à essência da empresa, me apaixonei. Porque essa ideia de trazer felicidade e saúde mental para as pessoas combina muito comigo. Sinto que preciso ajudar a melhorar o dia de alguém,

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Qual a importância das pessoas praticarem atividades culturais? É simples: a arte exercita a criatividade. Nós exercitamos ela desde pequenos com brincadeiras infantis, desenhos e trabalhos legais. Porém quando iniciamos a vida adulta, somos consumidos pela rotina e não praticamos mais nada. A arte e a criatividade andam juntas. E sem ela você vai ficar para trás em algum momento da sua vida, seja no trabalho ou por um abalo psicológico. Por isso, cuide de você hoje.

Tem planos para a loja virtual no futuro?

Esse trabalho me despertou a vontade de estudar Moda. Vejo esse lado muito forte em mim. Até penso em, um dia, criar uma marca própria de roupas. Tenho muita vontade de continuar e ver a Fios de Amor crescer ainda mais.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Um misto de sentimentos

A

pandemia de coronavírus coloca à prova todo o sistema de saúde.

O colapso, tão temido, está muito perto de se concretizar.

Não significa apenas falta de atendimento para pessoas com a infecção provocada pela covid. Também é uma aflição para quem sobre de outros males. Essa condição, real, concreta e preocupante, interfere sobre todos. Estar exposto a tantas informações difíceis faz com que os sentimentos de medo, insegurança e ansiedade apareçam com mais intensidade.

Estar exposto a tantas informações difíceis faz com que os sentimentos de medo, insegurança e ansiedade apareçam com mais intensidade.”

Entender esse quadro e aceitar essas emoções pode parecer simples, pois é parte desse cenário de crise. Mas quando se trata da psiqué humana, nada é certo. Inclusive cientistas, médicos e psicólogos visualizam uma nova etapa de dificuldade às pessoas.

Uma nova pandemia se avizinha, relacionada às doenças da mente. Há um aumento considerável de transtornos como síndrome do pânico, ansiedade e depressão.

A incerteza dos dias atuais desencadeia esse perigo. O trauma desse período de restrições é uma ferida aberta na sociedade.

Mesmo na hipótese de um futuro fim do alerta sanitário, haverá prejuízos no emocional da sociedade.

As mortes, a perda do trabalho e dos planos de vida interrompidos tem efeito sobre o psicológico coletivo. Lidar com tudo isso é um desafio imenso. Para os céticos, os transtornos psíquicos são desculpas, coisa de gente fraca. Para quem sofre de algum deles, é como andar sempre sobre o fio da navalha.

Um escorregão é uma nova cicatriz.

A reportagem especial desta edição aborda a temática da saúde mental. Para os especialistas da área, o medo estará presente por muito tempo. Absorver essa emoção e reduzir seus efeitos é um meio para tentar relaxar. Manter tarefas, sonhos, objetivos, são ferramentas para suportar o peso dos dias que se seguem.

Entre a esperança pela chegada das vacinas e a apreensão pela demora em imunizar o maior número possível de pessoas, ouvimos os relatos dramáticos de quem está na linha de frente da doença. As cenas vistas na Itália, em Manaus, de hospitais lotados, falta de respiradores, de oxigênio, pessoas em situação crítica sem leito de UTI e equipes de saúde no limite, parecem se repetir.

Para a região, que conseguiu durante todo o ano passado se estruturar e garantir o atendimento de todos, viver essa situação é um trauma. Apesar dessas dificuldades, é preciso suportar esse misto de emoções, manter a cabeça erguida e, com o compromisso de todos, estancar as contaminações.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

Qual é a tua parcela?

A

situação é dramática.

Por onde se olha, UTIs lotadas e hospitais a beira do colapso. É o mais puro e cristalino reflexo de um comportamento descontrolado e liberal dos últimos meses. Estou falando de todos nós. Uns mais, outros menos. Negação a isso tem nome: hipocrisia.

Enrijecer medidas era inadiável.

Os números e o esgotamento dos profissionais da linha de frente das casas de saúde sustentam, sozinhos, a necessidade de mudarmos comportamentos. Chega de “quermesse”, clandestina e disfarçada. Jovens – considerados imunes até semana passada –, acordem. O vírus mudou e a vez de vocês também chegou, infelizmente. Aquele “faz de conta de se cuidar” pode ser fatal.

O interior deixou de ser zona

Enrijecer medidas era inadiável. Os números e o esgotamento dos profissionais da linha de frente das casas de saúde sustentam, sozinhos, a necessidade de mudarmos comportamentos.” livre. Boqueirão do Leão que o diga. A mesa do bolãozinho ou do carteado pode te levar à cama da UTI. Detalhe: com risco de não ter.

Portanto, não é brincadeira.

Só há uma forma de barrar os contágios: parar de nos aglomerarmos. E dentro disso, cada um de nós tem uma grande parcela de responsabilidade. Vamos nessa?

Reunião para quê?

“Quero dizer aos prefeitos que vou ouvi-los, mas minha decisão já está tomada”.

Assim, o governador Eduardo Leite abriu a reunião com os prefeitos – que representam na ponta os 497 municípios gaúchos – na última quinta-feira, quando anunciou o fim da cogestão e a aplicação das regras de bandeira preta em todo o estado.

Em outras palavras, o governador disse o seguinte: prefeitos, podem falar, mas a opinião de vocês não me interessa e eu já decidi o que será feito. Típico comportamento arbitrário e impositivo, que tira qualquer sentido e necessidade de

uma reunião de duas horas. Se é para ser assim, que o governador não convoque encontro nenhum e anuncie as decisões sem rodeios.

Uma reunião que começa com o fim decidido não precisa existir, especialmente quando não há unanimidade.

Aliás, tem sido prática comum deste governo em momento de agravamento da pandemia: tomar as decisões sem considerar a opinião de centenas de prefeitos ou entidades representativas. Daí pergunto: em quem estoura o rojão na hora H?

MENTE SÃ E A CERTEZA DE QUE VAI PASSAR Precisamos evitar o pânico. O pior momento da pandemia nos exige, mais do que nunca, um alto grau de resiliência, de maturidade e de bom senso. Manter o equilíbrio emocional é o primeiro passo para atravessarmos a tempestade.

Se blindar do pandemônio que alguns propagam o tempo todo faz parte de um exercício permanente para evitar colapso mental, que tira nossa imunidade e nos deixa muito mais frágeis e vulneráveis. Empatia

para cuidar, coragem para enfrentar e equilíbrio para seguir em frente.

Ao mesmo tempo em que nos sensibilizamos pelas circunstâncias e choramos por quem fica pelo caminho, precisamos nos manter firmes e fortes, cientes de que tudo vai passar. Vida que segue e cuidemo-nos uns dos outros com a responsabilidade que o momento exige.

Um ótimo fim de semana. E não esqueça de tomar sol e fazer atividade física.

FECHAR O COMÉRCIO É UM ERRO Déjà vu. Estamos de volta a abril e maio de 2020. Lá fechamos o comércio e suspendemos a indústria com a falsa ilusão de estarmos barrando a transmissão do vírus.

A gravidade do momento – vide acima – é inédita. Nem por isso, consigo ver na suspensão das atividades comerciais uma saída madura, adequada e, principalmente, eficaz.

Fechar CNPJs significa liberar CPFs. E o problema das transmissões está no CNPJ ou no CPF? Por mais que eu me esforce para tentar entender as razões que levaram ao fechamento

do comércio e das escolas, eu esbarro no histórico recente e na realidade nua e crua do brasileiro. #fiqueemcasa para quem tem salário garantido fim do mês, para quem pode contratar cuidador para seus filhos, para quem não precisa bater metas, é uma beleza. Agora, para quem vende o almoço para ter a janta, como fica? E quem precisa atingir metas para pagar os impostos no dia 10? E para quem está recém saindo do atoleiro que vem do ano passado?

Ou alguém viu o governador

anunciar alguma medida neste sentido?

Você que me lê, neste momento, acredita mesmo que fechar comércio e escolas é uma saída?

Reflita bem e tente analisar todos os lados.

Não é hora de apontar culpados, é verdade, mas uma coisa é certa e quase unânime: os contágios não se propagam no comércio e nem nas escolas. Mas então, por que fechar? Pela simbologia?

Para interferir no hábito das pessoas? Me desculpe, mas isso é “conversa fiada”.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Até abril?

A previsão é temerária. De acordo com gestores da região, o cenário de bandeira preta e quase lockdown na região tende a seguir durante todo o mês de março. Tudo pode mudar, claro. Basta analisar o histórico do governo estadual durante o combate à pandemia. Mas, se confirmada as tendências apresentadas aos chefes de Executivo pelos técnicos da área da saúde, a situação não deve ser normalizada até o mês de abril.

Sessão dominical Em Teutônia, a Câmara de Vereadores realiza sessão extraordinária no domingo, dia 28 de fevereiro, às 10h. Na pauta, um só projeto de lei, que autoriza “repasse de auxílio financeiro à Associação Ouro Branco, destinada a ampliação da estrutura hospitalar em decorrência da pandemia”.

RGE Em Encantado, o vereador Carlos Eduardo da Silva solicita uma audiência Pública com representantes da RGE Sul. Ele afirma que recebeu muitas reclamações de “constantes e prolongadas falta de energia elétrica no município, especialmente nas comunidades da área rural, que por vezes chegam a ficar de dois a três dias sem energia elétrica”.

Queremos vacinas!

O

FALTA O RECHEIO!

trabalho artístico realizado em uma parte do antigo prédio da Cervejaria Polar é de encher os olhos. Mas é pouco para a gama de oportunidades abertas para o local. Aparentemente, o projeto de demolição de uma área do imóvel para a construção do novo Fórum da Comarca de Estrela tende a ser engavetado nos próximos meses. E não basta evitar a demolição da história. É preciso pensar em soluções plausíveis e sustentáveis para o uso consciente e lucrativo do nobre espaço às margens do Rio Taquari.

Por ora, ainda falta um projeto audacioso para rechear a histó-

Trânsito e DAER O governo de Lajeado deve mesmo pleitear o uso de parte do imóvel do DAER, localizado no entroncamento entre as avenidas Alberto Pasqualini e Benjamin Constant. A proposta é utilizar parte daquele considerável espaço ocioso para instalar o Departamento Municipal de Trânsito.

Coalizão em Estrela Até a sexta-feira da semana passada, o nosso vizinho Chile havia administrado 15,03 doses da vacina para cada 100 habitantes, conforme informações divulgadas na plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. É um número muito superior às 3,07 doses no Brasil, 1,48 na Argentina e 1,22 no México, por exemplo. Como não há remédio para vencer a covid-19, precisamos agilizar a imunização. É essa, e somente essa, a grande missão dos nossos gestores. Todo o resto já foi provado em 2020.

A proximidade entre o prefeito Elmar Schneider (PTB) e alguns antigos “adversários” do pleito passado chama a atenção em Estrela.

Segundo os apostadores de plantão, a grande coalização formada pelo ex-prefeito Carlos Rafael Mallmann (MDB) tende a continuar em 2021.

No legislativo, por exemplo, já é possível perceber a fraqueza de uma sempre necessária oposição.

rica estrutura. Incubadora para startups, espaços gastronômicos ou de coworking, museu, e ainda

o uso por diversos setores do funcionalismo são as propostas ventiladas nos últimos meses.

Ventiladores

Nessa sexta-feira, o governo de Lajeado autorizou a compra de mais seis ventiladores mecânicos para atender pacientes covid-19 no Hospital Bruno Born (HBB) -- a ideia original era alugar, a um custo de R$ 39 mil mensais. O material custará entre R$ 110 mil e R$ 150 mil e deve ser entregue até sexta-feira. Com a nova aquisição, a principal casa de saúde no Vale do Taquari passa a contar com 51 instrumentos. Mas, por ora, nem todos são exclusivos para o combate à covid-19.

Corsan A Câmara de Lajeado criou a Comissão Especial para verificar o contrato entre a administração municipal e a Corsan. A primeira reunião estava agendada para essa segunda-feira, mas foi cancelada em função do agravamento da pandemia.

O encontro deve ocorrer na próxima segunda-feira, por meio de videoconferência.

Respostas Em Arroio do Meio, só uma contribuinte utilizou o Portal da Transparência para buscar informações no site oficial do município em 2021. O pedido é do dia 13 de janeiro e, de acordo com o site, ainda aguarda a reposta. Ela quer saber detalhes “sobre a isenção de ITBI”.

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ENTRE A ESPERANÇA E A APREENSÃO

Pandemia agrava e eleva sofrimento psíquico

Conforme estudo da Associação Brasileira de Psicologia, houve um aumento de quase 70% no número de novos pacientes durante a pandemia

A chegada das vacinas e a insegurança pelo risco de colapso nos hospitais provocam reações distintas. Essa mistura de sentimentos interfere sobre a saúde mental, avisam médicos e psicólogos.

Especialistas alertam para a necessidade de seguir com os cuidados impostos pelo distanciamento, mantendo a mente ocupada com tarefas e objetivos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESPECIAL

N

a semana em que o país superou o número de 250 mil mortos por covid e o RS vive o pior momento da pandemia, especialistas em saúde mental alertam também para os cuidados com a mente. Excesso de informações sobre o avanço da covid aumenta a insegurança e provoca reações psíquicas, que podem agravar quadros de síndrome do pânico, depressão e ansiedade.

O estado contínuo de alerta eleva o nível de estresse. Em pessoas com histórico de alguma doença da mente, os efeitos dessa vigília podem ser mais drásticos. Conforme a psicóloga e professora da Univates, Joana Bücker, pesquisadores acreditam que metade das pessoas terão sintomas ligados a esse tipo de enfermidade em meio a pandemia e até após ela ser superada.

Doutora em psiquiatria e ciências do comportamento, Joana frisa a necessidade das pessoas com transtornos psíquicos continuarem com tratamento durante essa crise sanitária, para que a situação não piore e outras comorbidades surjam.

As consequências desse agravo trazem impactos para todas as esferas da vida. No âmbito profissional, pessoas com síndrome do pânico terão dificuldades em se concentrar nas tarefas diárias. Também dentro da família, com um desgaste das relações em função das crises.

Sobre o papel da família, a psicóloga diz que acolher, procurar entender as dificuldades enfrentadas pelo paciente e fazer com que ele se engaje no tratamento são medidas fundamentais.

Conforme pesquisa feita pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com cerca de 400 médicos de 23 estados e do Distrito Federal (o que corresponde a 8% do total

de psiquiatras do país), 89,2% dos entrevistados afirmam ter ocorrido um agravamento de quadros psiquiátricos dos pacientes.

O levantamento mostra também que 67,8% dos médicos receberam pacientes novos, que nunca haviam apresentado sintomas psiquiátricos após o início da pandemia e do isolamento social. Outros 69,3% relataram ter atendido pacientes que já haviam recebido alta médica, mas que tiveram volta dos sintomas.

Medo do conhecimento O médico cardiologista e um dos precursores da neurolinguística no país, Nelson Spritzer, frisa o misto de emoções deste momento da pandemia. “Por um lado, tivemos notícias boas. A chegada da vacina trouxe esperança de superação desta crise. Com a demora de garantir doses para todos e o cenário de colapso na saúde, todo o medo e a preocupação vista no início da pandemia voltaram.”

Na avaliação dele, há uma difeEspecialistas alertam para o aumento dos casos de depressão, síndrome do pânico e ansiedade. País também registra crescimento no uso de medicamentos controlados

rença no sentimento coletivo com o que foi vivido em março de 2020 e desse novo pico de contágios. No ano passado, era o medo do desconhecido, agora é o medo do conhecimento. “Antes tínhamos poucas

informações. Não sabíamos muito bem o comportamento do vírus e como poderíamos nos proteger.”

Passado quase um ano do primeiro caso no RS, agora as pessoas sabem os principais riscos

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DE OLHO NO CARDÁPIO Alguns produtos auxiliam o organismo a criar barreiras às infecções. Confira cinco dicas que podem ajudar a fortalecer a saúde nesse período de pandemia: • NOZES, CASTANHAS E AMÊNDOAS As oleaginosas são ricas em ômega 3. Isso auxilia na redução da pressão arterial e reduz o risco de doenças cardiovasculares. Também são fonte de gordura insaturada, o que reduz o colesterol e os triglicerídeos; • AVEIA Fonte de fibras e carboidratos de baixo índice glicêmicos. Conferem saciedade e dão energia sem elevar a liberação de insulina no sangue; • FRUTAS CÍTRICAS, RÚCULA, BRÓCOLIS E AGRIÃO Vegetais verdes são fontes de nutrientes importantes. Também ajudam a combater doenças. São alimentos com muita vitamina C, que beneficiam o sistema imunológico contra infecções;

Outro fator de risco é o excesso no consumo de álcool. Conforme nutricionistas, bebidas fragilizam sistema imunológico

da doença. “De tudo o que superamos no passado, das informações falsas, dos negacionistas, o temor agora é ver a situação que vivemos. Dos hospitais lotados e da insegurança em caso de ficar doente e não poder ser atendido.”

Para Spritzer, o sentimento do medo é normal e não deve ser ignorado. “Temos de conviver com ele. Precisamos entender essa emoção como estímulo para que a gente se cuide ainda mais, para que, se precisar sair, usar a máscara, evitar aglomerações. Ou seja, cumprir os protocolos para reduzir riscos de contágio.”

Como sofrer menos

Há duas ferramentas que podem diminuir os quadros de preo-

cupação, ansiedade e medo, diz o médico Spritzer. Faz parte do conceito de logoterapia, uma abordagem que objetiva encontrar sentido na vida. “Esses mecanismos interligados canalizam as energias”, diz.

O primeiro princípio é fazer planos para o futuro, em médio e longo prazo. “Seja nos negócios, na vida. Ter metas é muito importante. Pensar aonde se quer chegar.

Assim ficarmos menos presos no passado ou aflitos com o presente.”

Aliado a isso, a segunda etapa é partir para a ação. “Um soldado na guerra cumpre ordens. Se esta no meio do tiroteio e o sargento manda avançar, ele vai correr e o medo some. Se concentra naquilo que está fazendo.”

Essa analogia serve para este momento, explica Spritzer. “Vamos nos ocupar. Fazer tarefas. Se está em casa e não tem o que fazer, vamos fazer exercícios.”

A psiquiatra e psicoterapeuta Luiza Lucas tem uma opinião semelhante. Em participação no programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora, afirmou que em meio ao excesso de informações negativas, é preciso ter momentos desconectados, para limpar os pensamentos.

“A pessoa que está em casa o dia inteiro deve organizar uma rotina, tentar colocar atividades produtivas e ter momentos de relaxamento com meditação, vendo filmes ou ouvindo músicas, não ficando o tempo todo conectada”, enfatiza.

Saúde do corpo

Durante a pandemia, o Brasil registra aumento no consumo de medicamentos controlados e de bebidas alcoólicas. A nutricionista Juliana Buch Bertani afirma: manter

• ALHO As propriedades antivirais e antibacterianas fazem do alho um forte agente contra gripes, resfriados e outras infecções. Também tem propriedades que combatem os radicais livres e regulam a pressão arterial; • CHÁ-VERDE A bebida tem uma substância termogênica, que estimula o metabolismo.

O resultado é maior queima de gordura e gasto calórico. Também detém aminoácidos e antioxidantes, que previnem de doenças do coração e diabetes.

hábitos saudáveis, com uma alimentação equilibrada, representa força para o organismo conter infecções.

Juliana tem especialização em patologias derivadas do consumo de álcool e explica que a substância age como um imunossupressor, enfraquecendo o sistema imunológico

e as defesas do organismo. Outro detalhe para se manter saudável é beber bastante água.

Com o corpo hidratado, há um melhor funcionamento dos órgãos e absorção das vitaminas, diz. “É preciso ter no cardápio fibras, frutas com cascas, verduras e legumes.”

O CUSTO DOS TRANSTORNOS

NO MUNDO Antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou o custo da depressão no mercado de trabalho.

• Na Europa, o custo da depressão relacionada com o trabalho foi estimado em 617 bilhões de euros por ano; • No mundo, quase 300 milhões de pessoas sofrem de ansiedade (Fonte: Institute for Health Metrics and Evaluation, Global Burden of Disease Study\2016).

NO BRASIL • Dados do INSS apontam que as despesas com concessões de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por transtornos mentais e comportamentais alcançou R$ 8 bilhões em 2018; • Transtornos mentais e comportamentais são a 3º causa de afastamento do trabalho.

(INSS) • O Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 10 anos o número de pessoas com depressão aumentou 18,4%.

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Município suspende aulas da rede pública

DIVULGAÇÃO

Documento foi assinado na sede do Sindicomerciários de Lajeado

FILIPE FALEIRO

Acordo entre sindicatos permite concessão de férias Recesso pode ser proporcional a meses trabalhados sem necessidade de comunicação em 30 dias. Convenção vale para 15 municípios

Conforme o governo municipal, decisão se baseou no número de profissionais afastados na educação

Colégios particulares mantêm atividades presenciais na Educação Infantil, 1º e 2º anos do Ensino Fundamental LAJEADO

A

pós o governo estadual ter suspendido a cogestão no Modelo de Distanciamento Controlado, adotando as regras de bandeira preta para todos os municípios, com flexibilização para aulas presenciais para a Educação Infantil e o 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, Lajeado decidiu suspender, por uma semana, de 1º a 5 de março, o atendimento presencial nas escolas municipais, mantendo as aulas de forma remota (não presencial). As escolas e creches privadas optaram por

seguir operando. Conforme o governo municipal, a situação será monitorada dia a dia podendo ser alterada conforme a evolução da pandemia.

A decisão de suspender o atendimento presencial na rede municipal, tomada após reunião com o Sindicado dos Professores Municipais de Lajeado ontem, baseou-se no número de profissionais afastados na educação.

Neste mês, o município registrou 275 afastamentos de profissionais da educação, sendo 161 deles por suspeita ou confirmação de covid-19 deles próprios ou de um familiar.

A suspensão temporária da atividade presencial, ao ser definida para o momento mais grave da pandemia no município, contribuirá para reduzir a circulação na cidade e permitirá, também, a recuperação das equipes para que a retomada das atividades presenciais ocorra de forma mais adequada.

Outra razão considerada para a decisão foi a baixa adesão dos alunos da rede municipal após o município

ter sido anunciado em bandeira preta na sexta-feira passada, 19. Ao longo da semana, cerca de apenas 25% dos alunos frequentaram as aulas presenciais. A suspensão temporária também permitirá que, durante a próxima semana, as escolas municipais passem por nova higienização com produtos específicos para garantir a saúde de alunos e professores na retomada, prevista para dia 8 de março.

Estrela inicia na quarta-feira A rede municipal irá iniciar no dia 3 de março, de forma remota, tanto para Educação Infantil quanto para os anos de alfabetização no Ensino Fundamental.

Conforme a secretária de Educação, Elisângela Mendes, a situação será monitorada diariamente.

Colégios particulares pretendem manter atividades presenciais.

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Um acordo assinado ontem pelo presidente do Sindilojas, Francisco Weimer, e o presidente do Sindicomerciários de Lajeado, Marco Rockembach, permite a concessão de férias a funcionários de lojas fechadas por decreto.

A convenção dispensa o aviso prévio de 30 dias. Em caso de contratos menores que o período de um ano, são consideradas as férias proporcionais. As empresas não precisarão pagar o 13º salário para períodos menores que um ano. O valor pode ser depositado na data prevista anteriormente ao acordo.

A abrangência da convenção é de 15 municípios: Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul, Boqueirão do Leão, Colinas, Cruzeiro do Sul, Estrela, Fazenda Vilanova, Imigrante, Lajeado, Muçum, Pouso Novo, Progresso, Teutônia e Westfália.

O texto também prevê a retirada das 48h de diferença entre as férias e um período de repouso. “São questões que engessam a questão das férias. Estamos retirando essas cláusulas. A única observância é, por um exemplo, eu não trabalho no domingo. Minhas férias não podem ser no domingo, podem ser num sábado ou na segunda”, comenta Rockembach.

O adiantamento das férias só é válido em protocolos de bandeira preta, com o comércio fechado. Se os municípios puderem adotar restrições de bandeira vermelha, a medida será suspensa.

Banco de horas Os líderes também assinaram uma prorrogação da “Convenção Covid19”. O acordo permitia banco de horas a serem pagas pelo funcionário no período em que as lojas estivessem com atividades suspensas.

As horas seriam abonadas caso o funcionário estivesse em débito com a empresa. Agora, esse prazo foi estendido para dezembro deste ano. Segundo Weimer, a medida é importante porque horas extras não são comuns no comércio. “No comércio, é muito difícil de fazer hora extra porque as lojas tem horário para abrir e para fechar”, diz.

O novo texto torna mais claro como proceder em caso de demissões. Se o empregado solicita desligamento, terá que pagar 30% das horas negativas.

Caso a empresa demita, será compensado o total de horas do banco.

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A travessia pelos rios ocorre faz quase 150 anos no Vale do Taquari.

Os “passos”, como eram chamados os pontos onde as balsas funcionavam, foram as primeiras ligações entre as localidades separadas pela água.

Hoje, apenas uma embarcação mantém ativo o antigo sistema de transporte. Em outros municípios, barqueiros realizam a travessia de passageiros de forma não regulamentada

O que sobrou da FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

“N

a história da humanidade, o transporte por água pode ser considerado o mais antigo. Muito antes da descoberta da roda, o homem já se deslocava sobre a água com o emprego de materiais flutuantes”.

A máxima escrita por José Azambuja também foi realidade no início da colonização do Vale do Taquari. Com estradas precárias e sem pontes, as balsas foram o primeiro meio de transporte para interligar comunidades de uma margem até outro lado do rio.

Essas ligações pela água eram chamadas de passos. No livro, “O município de Estrela: histórias e crônicas”, o autor Lothar Hessel conta que o primeiro passo do Rio Taquari foi instalado em 2 de julho de 1872.

A barca movida a remo e a vara ligava as Colônias de Estrela (Estrela) com o então Conventos de São Gabriel (possivelmente Lajeado). Além de passageiros, também transportava veículos para outra margem do rio, um avanço

Balsa da família Käffer provavelmente foi a primeira no rio Forqueta

Barca entre Estrela e Lajeado foi uma das primeiras históricos, a Bacia Taquari Antas tinha mais de 50 p

enorme no sistema logístico da época.

“A partir de então, cavalos, diligências, carroças, aranhas (veículos), bovinos, etc, puderam transpor com mais comodidade o voluntarioso rio, pelo menos num ponto”, reforçou Hessel.

Nas águas do Rio Forqueta, o primeiro passo iniciou as atividades em 21 de julho de 1890 entre Arroio do Meio e Lajeado. No livro “Arroio do Meio: 50 anos”, Lauro Nelson Fornari Thomé destaca que a embarcação funcionava em um ponto conhecido na época como “Berlim”.

Não há alusão no livro, mas provavelmente essa tenha sido a barca de Nico-

lau Käffer Sobrinho, que transportou pessoas e veículos na Barra do Forqueta até julho de 1939, quando foi inaugurada a histórica ponte de ferro.

Única sobrevivente Pesquisa de Airton Engster do Santos no Acervo Memorial de Estrela aponta que mais de 50 passos funcionaram na Bacia Taquari Antas. Até meados de 1960, existiam 15 balsas entre Bom Retiro do Sul e Muçum, complementa o empresário Luiz Roque Schwertner.

Esses pontos de travessia eram concedidos pelos municípios à iniciativa

Passo de Estrela

Saudade da balsa

O man vess fun 196 pon C Eng mor nha mil

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Balsa entre Santa Tereza e Muçum encerrou atividades em 2015

Desde novembro de 2015, a balsa de Santa Tereza parou de atravessar o rio até a Linha Alegre, em Muçum. A embarcação foi a última a encerrar as atividades no Vale do Taquari.

Reportagem do A Hora em maio de 2016 noticiava o fim das travessias após 15 anos. Antigo proprietário, Paulo Villa, 57, havia comprado a balsa em 2001.

No auge, chegava a realizar 50 travessias por semana. Quando parou, eram menos de 20.

Conforme relatado à reportagem na época, Villa pretendia vender o meio de transporte por um preço “camarada”, desde que o comprador mantivesse os serviços. Não houve interessados. “Ofe-

reci de graça para o meu irmão e meu vizinho. Ninguém quis. No fim, vendi para Santa Catarina”, relata.

Atualmente, as placas ainda indicam a localização da balsa que não existe mais. Muitos turistas param na casa da família Villa com intuito de passar para o outro lado do rio. “As pessoas sentem saudade. Ficou ruim para todo mundo sem a balsa”, lamenta.

A retomada da embarcação pautou as eleições e foi promessa de um dos candidatos em 2020. Villa acredita na possibilidade da balsa voltar a funcionar. Entretanto, ao invés de transportar pessoas, poderia ser atrativo turístico da pequena cidade de 1,7 mil habitantes.

Antes da inauguração da enorme ponte entre Roca Sales e Encantado, em 1986, uma balsa com transporte de passageiros e veículos era responsável por ligar os dois municípios.

Foi na embarcação que o consultor de empresas, Fernando Röhsig, teve a primeira fonte de renda. Na época com cerca de 10 anos, comercializava picolés durante as travessias. “Vendia uns 40 de manhã e mais uns 40 a tarde”, conta.

Entre os fatos que marcaram

Röhsig estavam as piada “tem picolé de gelo”. Tam se recorda da inexistência d letes aos passageiros. “Eu sabia nadar e estava na ba relata. Graças ao trabalho d rão, Röhsig conseguiu com uma bicicleta.

Balsa de Roc funcionou at ano da con da

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

as balsas do passado FÁBIO KUHN

ACERVO MEMORIAL ESTRELA

s instaladas na região. Conforme registros pontos de travessia no passado

privada através de licitação pública, destaca Schwertner. Cabia ao administrador o pagamento de um “pedágio anual” ao governo.

Atualmente, apenas uma balsa sobrevive na região e realiza travessias pelas águas entre Taquari e General Câmara. Detentor da concessão, Adroaldo da Silva Couto presta o serviço desde 1979. “Comecei com uma lancha para passageiros e depois fui evoluindo”, relembra o empresário.

A barca utilizada hoje é batizada de “Taquariense”. Tem capacidade para embarcar até 60 veículos por viagem.

As 34 travessias diárias ocorrem das 5h30min até às 23h. O percurso de cer-

Outra comunidade que ainda ntém no nome a herança das trasias é o Passo de Estrela. A balsa ncionou no local até setembro de 62, ano em que foi inaugurada a nte entre Estrela e Lajeado.

Conforme pesquisa de Airton gster dos Santos, no Acervo Merial de Estrela, a embarcação tia capacidade para transportar 20 quilos. O limite foi testado em

sagem em 1943 nstatou que balsa Passo de Estrela mportava 20 mil quilos

as de mbém de cou nem alsa”, de vemprar

ca Sales té 1986, nstrução a ponte

Balsa localizada entre Taquari e General Câmara é a última ainda ativa na região

ca de 500 metros pelo manancial é feito em menos de 10 minutos.

Principais usuários são caminhoneiros da empresa Duratex, conta Couto.

Em épocas de corte de madeira, o fluxo pelo local aumenta consideravelmente.

“No mais, o movimento diminuiu bastante. Menos pessoas estão usando a balsa”, percebe.

Para Couto, muito mais que um negócio, a embarcação se tornou serviço de utilidade pública ao manter ativa a ligação histórica entre os municípios.

Se não houvesse travessia pelo rio, o deslocamento seria de mais de 40 quilômetros nas estradas.

1943, com um trator, um caminhão e diversas pessoas colocadas na balsa. Em função do passo, a comunidade teve no passado armazéns, trapiche e hotel.

Após o fim da barca, o sistema de transporte de passageiros ainda resistiu por anos. Reportagem do A Hora de julho de 2008 contava a história da família Petter, que gerenciava um barquinho no Passo de Estrela.

Na época, cerca de 40 pessoas eram transportadas por dia em 25 viagens.

O barco tinha capacidade para levar até 11 passageiros (20 mil quilos).

Com o passar dos anos, o serviço de transporte foi finalizado.

Balsa de Roca Sales

Barqueiros como Renato Scheid mantém o transporte de passageiros pelas águas

Barqueiro do Taquari

O passo do Costão (entre o então distrito de Arroio do Meio e Estrela) foi uma das principais ligações no início do século XX. A balsa que transportava até caminhões iniciou as atividades em 26 de junho de 1911, tendo como primeiro balseiro Manuel Pereira Maciel.

Embora o passo tenha sido desativada faz décadas, o transporte de pessoas seguiu com barqueiros no ponto onde hoje está instalado o Balneário Municipal de Arroio do Meio.

Nos últimos três anos quem realiza a travessia é Renato Scheid, 67. O serviço não é regulamentado, entretanto Scheid

justifica ser necessário. “Quando morreu o último barqueiro, me pediram para continuar, pois conheço o rio. Sou eletricista aposentado e não precisaria do dinheiro, mas para ajudar eu aceitei”, comenta.

Scheid realiza sete travessias por dia de moradores de Colinas que vêm para Arroio do Meio trabalhar ou estudar. No início do mês, o movimento aumenta em função de compras ou serviços de banco.

Entre os passageiros fixos de Scheid está Ernani Gerhardt, 58. Desde outubro de 1984, o técnico de manutenção da Neugebauer usa o rio como meio de locomoção. “Para mim se tornou algo normal, é como andar de bicicleta ou ir de a pé ao trabalho”, relaciona.

A rapidez e economia são vantagens do transporte alternativo, percebe Gerhardt. Atravessando o rio, ele leva cerca de 30 minutos para chegar ao trabalho em um percurso de quatro quilômetros. Se tivesse que passar pela BR-386 e ERS-130, o trajeto seria de 25 quilômetros.

Outra vantagem, de acordo com Gerhardt, é a segurança. Embora não seja regulamentada, o passageiro destaca que nunca presenciou acidentes nas águas e acredita que o trânsito das rodovias se tornou mais perigoso que a travessia no rio.

Passo do Corvo

Mato toma conta da estrada utilizada no passado para se chegar até a balsa

Passo do Corvo era o nome da travessia na então Fazenda São Caetano (Arroio do Meio) ao distrito do Corvo (Colinas). Essa ligação foi criada no início do século XX, conforme o historiador Lothar Hessel.

Em um artigo ao jornal O Paladino, Hassel classificou o Passo do Corvo como uma das ligações mais movimentadas da região por unir “todo o vale do Arroio da Seca à fértil várzea de São Caetano”.

A barca transportava pedestres e outros mamíferos, veículos de tração animal e até caminhões de carga. Albino Schuh se tornou o barqueiro mais co-

nhecido desse passo. Ele é descrito por Hassel como um “negrão corpulento e bem-humorado que falava tanto o português quanto o alemão”.

Após décadas sem a balsa, a antiga estrada até a beira do rio ficou tomada pela capoeira e é utilizada apenas por carroças. Única lembrança dos tempos de travessia é o nome da comunidade arroiomeense, batizada de Passo do Corvo.

Irônico que o próprio distrito de Corvo passou a se chamar Colinas após a emancipação. “Pode ser um nome esquisito, mas a gente tem orgulho dele,” afirmou o morador José Schmitz em entrevista ao A Hora em setembro de 2016.

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

O QUE MUDA?

Bandeira preta: saiba o que pode ou não funcionar Governo do Estado institui alerta máximo e reforça necessidade de cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias. Confira as principais determinações e o que muda no funcionamento de atividades e serviços BIANCA MALLMANN bianca@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

A

lerta máximo. Todo o Rio Grande do Sul está classificado como bandeira preta. A indicação de altíssimo risco para esgotamento da capacidade hospitalar e alta velocidade de disseminação do vírus exige medidas mais rígidas para conter a circulação da doença. Até o dia 7 de março, todas as regiões do

estado deverão seguir os protocolos de bandeira preta.

Além disso, o governador determinou a suspensão geral de atividades das 20h às 5h, também em todo o estado. A medida está mantida pelo menos até as 5h de terça-feira, 02. A prorrogação da medida para mais dias ainda está em estudo pelo governo.

Em Lajeado, desde as 18h de ontem, 26, para restaurantes, bares, food trucks, lancherias, trailers, lojas de conveniência, e das 20h para as demais atividades, entrou em vigor o decreto municipal 11.964, que amplia as restrições na cidade.

As regras permanecem em vigor até as 5h da manhã de segunda-feira, 1º. A partir desse horário, conforme determinação do Governo do Estado, passam a vigorar integralmente as regras da Bandeira Preta.

Confira o modo de operação de diversas atividades e serviços da bandeira preta. A relação completa das restrições pode ser encontrada no site do Distanciamento Controlado.

O QUE FICA FECHADO • Comércio não essencial (varejista, de rua e shopping) • Teatros, cinemas, auditórios, casas de espetáculos e shows • Bibliotecas • Eventos corporativos (seminários, congressos e treinamentos) • Eventos sociais (em ambientes abertos e fechados) • Academias, centros de treinamentos e piscinas • Clubes sociais e esportivos • Competições esportivas • Reparação e manutenção de objetos e equipamentos • Cabeleireiro e barbeiro • Petshop • Serviços domésticos, como faxineiros, cozinheiros, motoristas, babás, jardineiros

LIBERADO, COM RESTRIÇÕES

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

Resumo da novela

OBITUÁRIO

A força do querer

Ivan é socorrido e transeuntes avisam a Joyce e Eugênio. Marilda fala com Ritinha sobre o sucesso de seu vídeo. Joyce se desespera ao ver o estado do filho. Bibi descobre que Kikito não sabe onde Rubinho enterrou seu dinheiro. Zeca e Ruy têm maus pressentimentos. Simone estranha a ausência de Ivan. O médico anuncia a

Joyce que Ivan perdeu seu bebê. Simone tenta falar com Silvana sobre sua doença.

Dita sugere que Silvana avise à polícia sobre o agiota. Joyce compreende Ivan. Bibi e Dedé chegam à casa de Aurora. Garcia e Elvira apoiam a campanha de Ritinha contra Ruy, e Amaro aconselha o amigo. Irene procura Eugênio.

AGENOR BORTOLETI, 61, faleceu sexta-feira, 26, em Forquetinha. Sepultamento foi no Cemitério Católico local, em Forquetinha.

PAULO CESAR DE ATHAYDES BRANDO, 51, faleceu sexta-feira, 26, em Muçum. Sepultamento foi no Cemitério Municipal, em Santa Tereza.

ANGELIN ORLANDINI, 79, faleceu sexta-feira, 26, em Encantado. Sepultamento foi no Cemitério São Pedro, em Encantado.

OSVALDO SOARES MONTEIRO, 65, faleceu sexta-feira, 26, em Estrela. Sepultamento foi no Cemitério Municipal de Novo Paraíso, em Estrela.

JANDIR MIGUEL PALHARINI, 73, faleceu sexta-feira, 26, em Encantado. Sepultamento foi no Cemitério Santo Agostinho, em Encantado.

OSCAR ALEBRANDT, 99, faleceu quinta-feira, 25, em Teutônia. Sepultamento foi na sexta-feira, 26, no Cemitério Evangélico de São Jacó Alta, em Teutônia.

Para informar falecimentos:

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Fantasma de Hogwarts (Lit.) Caráter do comentário que visa a desmoralizar uma pessoa

Punta del (?), cidade conhecida como A Pérola do Uruguai Equipe, em inglês

Região de Método que pode Manaus aumentar em até 67% Os pedidos a produção da lavoura de casamento em outdoors

Identificar (som) Representante da indústria brasileira "A única (?) da vida é a morte" (dito)

Disney on (?), show de patinação

Orientação de voo de morcegos

Roedor raro das ilhas Moleques do Sul (SC)

Tratado comercial que inclui o Brasil Apelido de Caetano Tipo de pão

Espetáculo da Broadway Josafaz ou Itaimbezinho (Geog.)

Cidade natal de Prudente de Morais (SP) O cavalo como Pégaso (Mit. grega) (?) escura, origem da máquina fotográfica

Tenente (abrev.)

Anton Tchekhov, escritor de "A Gaivota"

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Bater na mesma (?): insistir em um assunto

Verniz para acabamento de móveis (?) vera, ingrediente hidratante de cremes Tipo de deboche usado por humoristas

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Rio de MG e ES A 3a nota musical

2 2 6 8 8 6 2 2 6 8 8 6 2 2 6 8 8 6 2 2 6 8 8 6 2 2 6 8 8 6

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A maneira de agir do romântico incorrigível

3/ice —

(?) vera, ingrediente hidratante de cremes

O cavalo como Pégaso (Mit. grega)

Estado mais rico do Brasil (sigla)

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Região de Método que pode Manaus aumentar em até 67% Os pedidos a produção da lavoura de casamento em outdoors

PEIXES: Será mais fácil trabalhar em equipe e somar forças com os colegas para ter bons resultados no serviço.

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Solução

R A N C A

VIRGEM: Na vida a dois, Vênus na Casa 7 fortalece o romantismo, o companheirismo e a harmonia, além de turbinar seu poder de sedução.

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C O S UL E I T I T U A M A RA L D D A L O E D S P O S R D O CE S M I E G A S M A R ÃO

AQUÁRIO: No amor, seu charme está acentuado e vai ser fácil envolver quem deseja na conquista e no romance.

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I R O N I A

LEÃO: É importante ter cuidado, principalmente, para não se desentender com chefes e colegas ao adotar uma postura impaciente.

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M E C I O T A C L A I A G N H O P E C

CAPRICÓRNIO: À tarde, pode ter boas notícias sobre um assunto de Justiça ou se alegrar ao fazer contato com alguém que está longe.

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R A P E Ç A C A N I A A T T E C S I N A V M B O L I E N B A H L U L A

CÂNCER: No amor, a Lua vai facilitar as conversas na paquera e na vida a dois. Ciúme de amigo(a) pode indicar paixão: observe!

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3/ice — one — sem. 4/doce — omar — team. 7/pirraça.

SAGITÁRIO: Você pode ter algum aborrecimento ou imprevisto num assunto relacionado à Justiça ou viagem.

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Rio de MG e ES A 3a nota musical

(?) way, embalagem descartável (ing.)

OZ N A F R A N C A

GÊMEOS: Pense muito bem antes de falar, pois há risco de deixar escapar uma informação sigilosa ou mesmo de ser mal compreendida

2 0 8 7 9 2 6 0 8 7 9 2 2 0 8 7 9 2 2 0 8 7 9 2 6 0 8 7 9 2 2 0 8 7

(?) de chuva, especialidade de Tia Nastácia (Lit.) Bilhete Expressão Único (sigla) do gaúcho 9 5 0 6 4 3 6 9 5 6 7 4 9 Dois 8 6 8ingre9 0 6 4 1 3 5 7 8 dientes 9 0 8 7 da 9 7 8 9 7 5 4 5 4 paella 2 6 1 9 8 7 6 5 7 0

AG G U I R C N I I U C C O S UL E I T I T U A M A RA L D D A L O E D S P O S R D O CE S M I E G A S M A R ÃO

ESCORPIÃO: O trabalho em equipe deve fluir melhor à tarde, quando a Lua se opõe a Vênus no seu paraíso astral.

I R O N I A

TOURO: O céu promete acentuar o companheirismo e o carinho.

Que tal um programa bem romântico a dois?

Um dos filhos de Noé (Bíblia)

T I E Z A M E C I O T A C L A I A G N H O P E C

LIBRA: Cuidar da beleza também deve ajudar a levantar a sua autoestima: fique de bem com o espelho!

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P E D I S C E R T P R E R A P E Ç A C A N I A A T T E C S I N A V M B O L I E N B A H L U L A

ÁRIES: No trabalho, você vai se relacionar muito bem com as pessoas e pode ter boas ideias para agilizar as tarefas.

DAS DIRETAS

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Qualidade do cão

Monte dos Dez Mandamentos (Bíblia)

HORÓSCOPO

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

EM BUSCA DO HEXA

DECISÃO FECHA A TEMPORADA Contra o atual campeão da Libertadores, Grêmio busca o sexto título da Copa do Brasil CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

N

os primeiros meses de 2021 o Grêmio tem a possibilidade de salvar a temporada 2020. Mais do que isso. O Tricolor terá duas partidas para invocar a raça copeira e sagrar-se hexacampeão da Copa do Brasil. O desafio não é fácil, pois o adversário é o Palmeiras, atual campeão da Copa Libertadores. Mesmo assim, em um campeonato que se habituou a dominar, o clube gaúcho está perto da glória. A primeira partida ocorre neste domingo, na Arena.

O Grêmio chega à grande final após um período de instabilidade.

Não conseguiu fazer um bom Campeonato Brasileiro, mas também não deu muita atenção para isso. O sonho é o hexa. Taça que pode marcar a despedida de Renato Portaluppi, ainda sem contrato firmado para a próxima temporada.

O foco é total, e o time pode ter mudanças. Na última semana da temporada, Paulo Victor tomou a dianteira na disputa pessoal com Vanderlei e deve ser o goleiro na final. Na zaga, Paulo Miranda desponta como parceiro de Kannemann, enquanto que no meio-campo Maicon e Matheus Henrique serão as cabeças pensantes da equipe.

O Tricolor é o segundo maior campeão da Copa do Brasil. Com cinco taças, só está atrás do Cruzeiro. O time ainda possui três vices campeonatos, número que não pretende aumentar.

O último triunfo foi conquistado em 2016, em final sobre o Atlético-MG.

PALMEIRAS QUER A TERCEIRA TAÇA

LUCAS UEBEL

GRÊMIO

O Palmeiras pode encerrar a temporada de forma mágica. Campeão paulista e da Copa Libertadores, o Porco ainda fez um bom campeonato brasileiro. Quer agora conquistar o terceiro título da temporada e botar a quarta taça de Copa do Brasil na sua estante.

O time deve ter força quase máxima para as finais da Copa do Brasil. Sem objetivos no Brasileirão, a comissão técnica usou as rodadas finais para dar ritmo de jogo a jogadores que estavam voltando de lesão, casos de Zé Rafael e Gabriel Veron.

ROMILDO FAZ APELO À TORCIDA Porto Alegre recebe a final da Copa do Brasil em um momento crítico da pandemia no estado.

Sabendo das possível aglomerações que a partida pode ocasionar, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr. fez um apelo para os torcedores gremistas.

“Venho conversar com a torcida do Grêmio nesse momento de dificuldades que Porto Alegre vive, o Brasil vive, o mundo vive, que exige de nós comportamentos muito mais solidários com os outros. O Grêmio tem um evento extremamente importante, a última coisa que desejamos é que esse evento se torne em tragédia, do ponto de vista sanitário. Por isso, estamos pedindo para todos os gremistas para fazerem a festa em casa, não se aglomerem, não saiam na rua, façam aquilo que seja uma boa convivência, de torcer, que preserve a vida, vamos fazer desse momento uma celebração, de alegria, mas fazer também um momento de solidariedade à vida” disse o presidente.”

ESCALAÇÕES

ARENA DO GRÊMIO - DOMINGO, 21H

X

Paulo Victor Victor Ferraz Paulo Miranda Kannemann Diogo Barbosa Matheus Henrique Maicon Alisson Jean Pyerre Pepê Técnico: Diego Souza Renato Portaluppi

Grêmio confia nos gols de Diego Souza para conquistar o título

DIVULGAÇÃO

PALMEIRAS Weverton Marcos Rocha Luan Gustavo Gómez Matías Viña Danilo Gabriel Menino Raphael Veiga Rony Luiz Adriano Técnico: Abel Ferreira Gustavo Scarpa

Capitão do Palmeiras, Weverton é um dos melhores goleiros da temporada no Brasil

HISTÓRICO NA COMPETIÇÃO GRÊMIO

PALMEIRAS

5 títulos: 1989, 1994, 1997, 2001 e 2016 3 vices: 1991, 1993 e 1995

3 títulos: 1998, 2012 e 2015 1 vice: 1996

CAMPANHA

CAMPANHA

Oitavas de final Grêmio 1 x 0 Juventude Juventude 0 x 1 Grêmio Quartas de final Cuiabá 1 x 2 Grêmio Grêmio 2 x 0 Cuiabá Semifinal Grêmio 1 x 0 São Paulo São Paulo 0 x 0 Grêmio

Oitavas de final Bragantino 1 x 3 Palmeiras Palmeiras 1 x 0 Bragantino Quartas de final Palmeiras 3 x 0 Ceará Ceará 2 x 2 Palmeiras Semifinal Palmeiras 1 x 1 América América 0 x 2 Palmeiras

ENQUETE

O que espera do jogo?

“Imagino um baita jogo entre duas equipes de alta qualidade. O Grêmio é copeiro, muito forte nas copas. Precisamos fazer um bom resultado em casa para garantir o título fora. Acredito em uma vitória de 2 a 1 na Arena e empate no Allianz Parque.”

“A expectativa é grande. Temos a chance de alcançar o Cruzeiro e sermos hexa da Copa. Acredito que o Grêmio ganhará por 2 a 1 e terá uma ótima atuação do meio-campo. Maicon voltará com tudo para organizar o setor. Dessa forma o ataque ficará mais leve e a defesa mais protegida.”

“Será um jogo muito disputado, decidido no detalhe. São dois times com poucos jogadores diferenciados capazes de decidir uma partida. O Grêmio ganhará pela tradição na competição e por ter um treinador com estrela. O primeiro jogo será 1 a 0.”

FÁBIO BRUXEL

ÂNDREO FELIPE STÜRMER

DIEGO MARDER

ARROIO DO MEIO

ARROIO DO MEIO

LAJEADO

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

CAMPEONATO GAÚCHO

O VALE NO GAUCHÃO

Sem equipes da região, Vale do Taquari é representado por uma série de personagens na maior competição do Rio Grande do Sul CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Brasileirão mal encerrou e a temporada 2021 do futebol brasileiro já inicia. Cercado de incertezas e com a expectativa de ser um campeonato que traga esperança para as equipes do interior, o Gauchão começa neste sábado. Mesmo sem clubes o representando, o Vale do Taquari terá uma série de jogadores, dirigentes e árbitros marcando presença na competição.

Depois de um campeonato conturbado em 2020, com grande paralisação, mudança de fórmula e sem equipes rebaixadas, a Federação Gaúcha de Futebol decidiu mudar a fórmula do Gauchão. As 12 equipes irão jogar entre si, com as quatro melhores avançando para as semifinais. As duas piores ao fim da primeira fase serão rebaixadas.

Uma das grandes particularidades do certame será a participação da Dupla Gre-Nal. Vice-campeão brasileiro, o Internacional mandará um time aspirante nas primeiras rodadas. Envolvido na disputa da final da Copa do Brasil, o Grêmio sequer disputará a primeira rodada, contra o Caxias.

FILHOS DO VALE EM PESO

O Vale do Taquari não tem uma equipe na elite do futebol gaúcho desde 2016, quando o Lajeadense acabou rebaixado para a Divisão de Acesso. Mesmo assim, acaba representado por atletas, membros de comissão técnica e até por árbitros nascidos na região. Conforme levantamento feito pelo A Hora, pelo menos dez filhos da região estarão na disputa do Gauchão.

A posição melhor servida é a de goleiro, com três representantes. O Esportivo conta com Jonathan Walker, natural de Sério. No Pelotas, estará o lajeadense Vinícius Parise, enquanto que o Ypiranga contará com o atleta natural de Encantado, Paulo Henrique Gianezini.

Do meio para a frente são três atletas da região e um muito identificado com o Lajeadense, Ariel, que está no Juventude. Outro atleta revelado pelo Alviazul é Padu, que fez boa pré-temporada com o Novo Hamburgo e pode se destacar no campeonato. Lá na frente, entre os centroavantes, estão

FÓRMULA DE DISPUTA

O torneio contará com 12 equipes em um só grupo onde todos se enfrentam apenas uma vez. Os quatro melhores classificados na tabela avançam para a semifinal, disputada em ida e volta. A final também é prevista para acontecer em duas datas. As duas piores equipes classificadas na tabela serão rebaixadas para a Divisão de Acesso.

Douglas Kemmer, no São Luiz, e Gonzalo Fornari, anunciado na sexta-feira pelo Esportivo.

Além dos atletas, o Vale terá importantes membros de diretoria e comissão técnica. No Novo Hamburgo, Diego Ziegg estará mais uma vez como gerente executivo.

Pelo Noia, chegou a conquistar o Gauchão em 2017. Já no Grêmio, Ruimar Kunzel vive a indefinição sobre qual será a equipe tricolor.

Se optarem pelo time de transição, ele será o auxiliar técnico.

A INCÓGNITA DUPLA GRE-NAL Com as temporadas praticamente interligadas entre 2020 e 2021, a Dupla Gre-Nal não terá força total no Gauchão. Pelo menos no início. O Inter escolheu utilizar uma equipe reserva, mista entre atletas da base e jogadores pouco aproveitados. Já o Grêmio, envolvido com a final da Copa do Brasil, sequer anunciou qual será a estratégia para o campeonato. Chance de ouro para as equipes do interior.

PRIMEIRA RODADA

Sábado

15h30min – São Luiz x Ypiranga 16h – Novo Hamburgo x Pelotas 16h – Esportivo x São José 16h – Brasil de Pelotas x Aimoré

Segunda-Feira

20h – Internacional x Juventude

A definir

Caxias x Grêmio

“A equipe está consciente que será um campeonato difícil. Por isso, trabalhamos muito forte desde o primeiro dia da apresentação. Temos que minimizar o número de erros, é um campeonato de tiro curto, muito complicado. A expectativa é que possamos fazer uma excelente campanha, pensando jogo a jogo para alcançarmos nosso objetivos.”

JONATHAN WALKER – GOLEIRO DO ESPORTIVO • NATURAL DE SÉRIO

“Nossa equipe está muito bem trabalhada e preparada para o Campeonato Gaúcho.

Sabemos que é um campeonato muito difícil. Almejamos ficar entre os quatro melhores do estado.”

DOUGLAS KEMMER – ATACANTE DO SÃO LUIZ • NATURAL DE ARROIO DO MEIO

“ O Grêmio ainda não definiu totalmente qual será o time que iniciará a disputa do Gauchão. Muitas incertezas, como a permanência ou não do Renato, o título da Copa do Brasil, a Libertadores… Tudo pode acontecer. Acredito que o time de transição iniciará o Gauchão e eu serei sim o auxiliar técnico, mas não está confirmado. Fizemos uma série de amistosos e fomos muito bem. Então a expectativa é a melhor possível.”

RUIMAR KUNZEL – AUXILIAR TÉCNICO DO GRÊMIO • NATURAL DE LAJEADO

“Mais um Gauchão para disputar neste grande clube, que vem surpreendendo cada vez mais.

Teremos também a Copa do Brasil e a Série C, será um bom ano. Em um primeiro momento estou na reserva, mas trabalho bem, busco o meu espaço. O importante é o clube estar bem, independente de quem estiver em campo. Nosso principal objetivo é a classificação para as semifinais, quem sabe buscar até o título do interior.”

PAULINHO GIANEZINI – GOLEIRO DO YPIRANGA • NATURAL DE ENCANTADO

“A expectativa é muito boa. Fizemos uma boa pré-temporada, com muitos amistosos.

Fomos bem nessas partidas, então deu para tirar bastante proveito do que foi treinado.

Esperamos fazer um bom jogo contra o Pelotas e já sair com a vitória na estreia.”

PADU CARVALHO – ATACANTE DO NOVO HAMBURGO • NATURAL DE ROCA SALES

“Este ano pensamos grande, queremos a classificação entre os quatro. Buscamos estar no cenário nacional em 2022, Copa do Brasil ou Série D. Trabalhamos desde a montagem do elenco pensando em fazer um time para ir bem no Gauchão. Nos últimos anos fizemos boas campanhas e este ano não será diferente.”

DIEGO ZIEGG – GERENTE EXECUTIVO DO NOVO HAMBURGO • NATURAL DE ROCA SALES

“Meus empresários fecharam a contratação na quinta-feira à noite. Sexta-feira fui para Bento Gonçalves me apresentar ao clube.

Estou muito bem, feliz com a oportunidade de disputar um Campeonato Gaúcho. Espero conseguir jogar e me destacar.”

GONZALO FORNARI – ATACANTE DO ESPORTIVO • NATURAL DE LAJEADO

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

SÉRGIO R. SANT’ANNA

ALCIONE MALHEIROS DOS SANTOS Empresário e Advogado

ARTIGO

O Kit Covid e a falsa esperança

U

m grupo chamado “Médicos pela Vida – Covid-19” publicou nos principais jornais, cujas páginas publicitárias são as mais caras do país, um manifesto em defesa do “tratamento precoce” da covid-19, com o uso de medicamentos que, em todas as pesquisas realizadas pelos mais importantes centros de pesquisas do mundo, descartaram sua eficácia no tratamento desta pandemia que assola o mundo todo.

Este grupo “Médicos pela Vida”, com sede no Recife, lançou, em maio de 2020, um protocolo com 39 páginas, intitulado “Protocolo de Tratamento Pré-Hospitalar Covid-19”, assinado por 42 médicos, defendendo o uso da cloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D. Dos médicos que

“O mundo não vai sair desta pandemia sem as recomendações que foram as únicas eficazes até o momento: distanciamento social e, agora, com a vacina.” assinaram, não há um infectologista, especialista que estuda esta área da medicina. É como se alguém, acometido de um problema cardíaco, fosse atendido por um ortopedista.

Receitar um medicamento no combate a uma doença é uma prerrogativa médica, que com sua titulação, lhe concede o livre arbítrio de escolher o melhor tratamento para o seu paciente.

No entanto, a divulgação massificada, por médicos, de que existe um tratamento efetivo que pode combater esta epidemia se afasta da relação médico-paciente. Se este “tratamento precoce” fosse efetivo, por que será que não é empregado no mundo todo, com milhões de mortes e infectados e com a economia em frangalhos? Qual a razão de estes países não empregarem estes tratamentos, que são baratos, e estão investindo bilhões de dólares no desenvolvimento e compra de vacinas?

O Brasil é um dos maiores consumidores de medicamentos do mundo. A automedicação faz parte da cultura brasileira e, segundo pesquisas do Conselho Federal de Farmácias (CFF), 77% dos brasileiros se automedicam.

Com a expressiva alta nas vendas destes medicamentos, que em alguns casos chegaram a um aumento de mais de 1000%, não é preciso ser um especialista para concluir que as pessoas estão consumindo como um “preventivo”.

Médicos intensivistas do Amazonas afirmam que, dos internados graves nos hospitais, todos, ou praticamente todos, vinham se medicando com os medicamentos sugeridos pelos

defensores do “tratamento precoce”. Em matéria publicada no G1 do dia 23/02, médicos de Natal afirmam que 90% dos hospitalizados em UTIs fizeram o uso de ivermectina!

O médico, por sua prerrogativa, no seu consultório ou hospital , pode escolher tratamento que melhor atenda seu paciente.

Isto é um fato. Agora, quando os médicos vão para as redes sociais e imprensa e dizem com todas as letras que o tal tratamento é eficaz e que as pessoas podem tomar pois é seguro, estão cometendo um crime contra a saúde pública, justamente por estarem incentivando o consumo sem critério, sem cuidado, e dando às pessoas a falsa segurança de que estão protegidos. Basta dar uma circulada nas redes sociais para ver como as pessoas se comportam. Sim, as pessoas estão consumindo estes medicamentos e, no entanto, as hospitalizações continuam, as mortes continuam. Isto deveria servir de alerta!

O presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Fred Fernandes, relatou casos de hepatite medicamentosa provocada pelo uso da ivermectina, medicamento de dose única, que está sendo usado continuamente para a prevenção da covid. Ou seja, além de não combater a covid, pode trazer sérios problemas hepáticos! A indústria química Merck, que criou a ivermectina, publicou uma advertência, alertando que a ivermectina não funciona para o tratamento da covid-19.

Além do grave risco à saúde, o uso e a divulgação de tratamento com estes medicamentos trazem outro efeito tão nefasto quanto: a certeza de que, ao usar estes medicamentos, a pessoa está protegida contra a pandemia. O resultado não poderia ser mais desastroso, já que números de infectados e hospitalizados estão quase fora de controle.

Ao divulgar o comunicado de que a invermectina não funciona no tratamento da covid, a Merck está se protegendo contra uma eventual demanda judicial, acusando-a de negligência, por não ter alertado sobre os efeitos do medicamento e sua ineficácia no tratamento desta doença. Fica um alerta também aos médicos que estão defendendo este tratamento. Pessoas que, mesmo fazendo uso dos medicamentos que fazem parte do “kit Covid”, forem atingidas pela doença, acarretando sequelas ou que perderam entes queridos, podem se sentir enganadas e lesadas e procurar reparação judicial.

O mundo não vai sair desta pandemia sem as recomendações que foram as únicas eficazes até o momento: distanciamento social e, agora, com a vacina.

Não custa repetir: o médico é o profissional que deve escolher o tratamento que o paciente necessita. É uma relação médico-paciente, realizada em seu consultório ou casa de saúde. Não se admite, no entanto, o estímulo ao uso de medicamentos, dando às pessoas a falsa sensação de proteção. É preciso responsabilidade!

Publicitário e professor da Faculdade La Salle

ARTIGO

ISO 56002

O

que é isso? Pra começar, até hoje quando escrevo ISO no meu computador, o corretor de texto insiste em reorganizar a palavra, escrevendo ISSO em vez de ISO. Se para a máquina isso é difícil, imagina a gente ter que colocar ISO em prática? É uma piada. Ou quase. Afinal, é conversando que a gente se entende, imagino que diria Sócrates, enquanto conversava com as pessoas pelas ruas de Atenas. Imagina, agora, toda essa conversa que a gente costuma ter sobre ideias, inovação, adaptabilidade, resiliência e estratégia sendo implementadas por meio de processos em nossas empresas. Pois é isso que a ISO 56002 propõe.

Diferentemente da ISO 9001, que trata da gestão da qualidade, e demorou pelo menos cinco anos para ser implementada no Brasil após sua publicação em 1987, a ISO 56002 já circula no país, pouco mais de um ano após sua divulgação, com quatro companhias já tendo colocado suas normas de inovação empresarial em andamento. Cento e cinquenta empresas no mundo já adotaram seus processos.

E o que essa ISO tem a ver com a gente hoje? Ela reflete nossos desejos de superar algumas dificuldades e incertezas que temos vivido nos últimos tempos, com criatividade

“Mudança é mudança. Melhoria é consequência da forma com que você lida com a mudança.” e resultados. E não me tachem de simplista. Óbvio que nossos problemas estão muito mais embaixo. Desemprego, mais de 250 mil mortes com a Covid, dificuldades com a vacina, hipocrisia e tudo mais precisam de outros remédios. Atenho-me aqui à postura que a norma de padronização traz à tona em seu modelo de gestão, de modo que possamos estabelecer processos de inovação que auxiliem empresas a se redesenharem.

Trata-se de uma evolução necessária ao modelo empresarial, para que possamos, mesmo (e principalmente) durante a pandemia, pensar fora da caixa e agir fora da caixa – e não pensar fora da caixa e agir dentro dela, como bem lembrado por um amigo, que agora me foge o nome. Importante considerar que, como também lembrado por Mario Sergio Cortella, a evolução nem sempre é melhoria, mas, principalmente, mudança – citando que Darwin, pai da evolução, nunca associou uma coisa a outra. Mudança é mudança. Melhoria é consequência da forma com que você lida com a mudança.

Prolongar o uso de velhos modelos tende a ser um recurso para manter o status e a riqueza conquistados.

Alvin e Heidi Toffler discorrem longa e sublimemente sobre o tema no livro Riqueza Revolucionária, de 2006.

Nele, o casal diz que riqueza não é sinônimo perfeito de dinheiro. “O dinheiro é apenas um dos vários sinais ou expressões simbólicas da riqueza. Na verdade, algumas vezes a riqueza pode comprar coisas que o dinheiro não pode”, escrevem e, mais adiante, nos fazem refletir sobre o desejo da riqueza, sendo ele capaz de retardar os avanços pelos quais precisamos passar – para evoluir.

Como diria Sócrates, só sei que nada sei. E isso nos dá a oportunidade de buscar o novo. E mesmo que haja Saber, ele só será útil se nos permitir aprender a partir dele.

Segundo os Toffler, são mudanças na civilização que abrangem tudo que existe entre nós. Para sair da crise, inovação e vacina são o melhor remédio. Por enquanto, no RS, bandeira preta. Isso!

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A HORA | Fim de semana, 27 e 28 de fevereiro de 2021

LUCAS REDECKER Deputado Federal PSDB/RS

ARTIGO

Apoio aos doadores de campanhas para doenças raras

C

om o retorno dos trabalhos legislativos na Câmara Federal deste ano, no início deste mês, apresentei o Projeto de Lei 179/2021 para que seja instituído o Programa de Apoio às Campanhas de Doações para Aquisição de Medicamentos de Alto Custo (PACMAC), com a finalidade de incentivar as doações para compra de medicamentos de alto custo que ainda não tenham sido incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Nossa luta na Câmara Federal e

“Pacientes com doenças raras têm pressa e merecem ter uma vida com qualidade.” na Frente Parlamentar Mista em Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras é para que haja a incorporação definitiva desses medicamentos no SUS. Contudo, enquanto isso não ocorre, é necessário viabilizar meios de incentivar essas campanhas para que elas atinjam suas metas e vidas sejam salvas. Tendo em vista que, a maior parte dos pacientes portadores de doenças incomuns, se não tratados corretamente, podem perder a vida até os cinco

anos de idade, como alerta em estudo o presidente do Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Salmo Raskin.

Pelo projeto que apresentei, a proposta é que haja uma distribuição igualitária de recursos dos valores arrecadados. Para isso, o projeto de lei propõe a criação do Fundo Nacional para Aquisição de Medicamentos e Terapias de Alto Custo (FUNAMAC) e, propõe ainda, a dedução em Imposto de Renda, de pessoas físicas ou jurídicas, das doações realizadas para essas campanhas.

Haverá incentivo fiscal para as doações, como dedução de 6% para pessoa física na apuração do Imposto de Renda devido em declaração anual ou de até 3%, caso o contribuinte prefira fazer a doação no momento da declaração anual.

A proposta é uma adaptação da Lei Rouanet, um instrumento aplicado para fomentar a cultura, que neste caso, se adapta sendo utilizado para a aquisição de medicamentos não oferecidos pelo poder público, por meio do SUS, atendendo a demanda dos que enfrentam doenças raras.

A cada ano cresce a divulgação de campanhas para arrecadação de recursos para aquisição de medicamentos, para atender pacientes com doenças incomuns. Por meio de páginas em redes sociais, ficou ainda mais fácil divulgar essas campanhas que visam salvar vidas de pessoas que têm o tempo como um vilão no seu tratamento, por isso é tão importante à aprovação desse projeto de lei. Pacientes com doenças raras têm pressa e merecem ter uma vida com qualidade.

Fim de semana,

27 e 28 de fevereiro de 2021

MÍN: 22º MÁX: 31º

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Compulsão alimentar Exagerar na quantidade ou comer mesmo sem fome pode parecer inofensivo, mas quando a situação sai do controle, é preciso ficar alerta. A compulsão alimentar é um distúrbio grave, que pode desencadear inúmeros danos à saúde. Conheça a história de quem precisou ressignificar a relação com a comida na busca por uma vida mais saudável e como é possível identificar e tratar esta doença com ajuda multiprofissional.