A Hora - 20/02/2021

Fundado em julho de 2002

A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021 | Ano 18 - Nº 2783 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021 | Ano 18 - Nº 2783 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

“RISCO ALTÍSSIMO DE CONTÁGIO”

VALE O TETRA

PARA PÔR FIM À ESPERA DE 41 ANOS O Internacional pode ser tetracampeão brasileiro neste domingo. Para isso, precisa vencer

o Flamengo, no Maracanã. No Vale, torcedores fazem promessas pelo título.

CASA DO MORRO

Duas décadas do abandono de um símbolo De grande potencial cultural e turístico para Cruzeiro do Sul, a emblemática construção fundada em 1878 está ociosa faz cerca de 20 anos. Reportagem resgata o passado da casa rondada de mistérios e lendas e aponta perspectiva para o seu aproveitamento econômico.

Páginas 10 e 11

Espaço já serviu de morada, restaurante, museu e biblioteca. Hoje, está abandonado

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Cuidado sem pânico

Coronavírus exige nossa cautela, mas sem nos trancafiarmos.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Vamos apoiar o Dense Clube completa 110 anos em 2021 e precisa da ajuda do torcedor.

Pela 1ª vez, região é classificada em bandeira preta Índice de 84,6 % na ocupação de UTIs no Vale é o maior desde março de 2020

E

stado anunciou no fim da tarde dessa sexta-feira o Mapa do Distanciamento Controlado. Pela análise preliminar, 11 regiões foram classificadas em bandeira preta. Entre

elas, o Vale do Taquari. Piratini prepara novo decreto para aumentar restrições na tentativa de controlar os contágios. Para governador, trata-se do pior momento da pandemia no RS. Página 6 MONTAGEM SOBRE FOTO

ARQUIVO HISTÓRICO/DIVULGAÇÃO E BIBIANA FALEIRO

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Penso em criar a minha própria marca de roupas” MATEUS SOUZA

Estudante do terceiro ano do ensino médio no Colégio Madre Bárbara, Manuela Henrichs, 17, foi desafiada em um curso realizado ano passado a desenvolver um projeto que gerasse sua própria renda. Desacreditada no início, criou a loja virtual Fios de Amor (@fios. de.amor) no Instagram, onde comercializa rabicós, ecobags e toalhas. O retorno foi positivo e despertou nela o desejo de estudar Moda no futuro.

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

Como surgiu a ideia de desenvolver a própria loja virtual?

A ideia surgiu em um projeto do qual fui convidada a participar. Era uma iniciativa nova, desenvolvida pela psicoterapeuta Lisane Sfair e pela profissional de Educação Física Indianara Gonçalves. Foi a partir deste curso que fiz, que nos incentivava a criar algo que gerasse renda própria. E assim começou a Fios de Amor. Minha mãe e minha avó sempre gostaram de costurar, e eu tive que aprender também.

Você esperava ter um retorno tão positivo?

No começo pensei que não daria certo, pois era uma nova experiência. Não imaginava que tomaria estas proporções, nem como as coisas iriam acontecer rapidamente. Comecei com os rabicós e depois comecei a vender ecobags e agora também os tapetes de piquenique.

Conforme fui postando, as vendas foram aumentando e passei a ganhar mais reconhecimento.

A confecção dos produtos comercializados é feita por você mesma?

A maior parte do processo é comandada por mim. Mas tenho a ajuda de três pessoas muito importantes, cada uma auxiliando de um jeito. A mãe me ajuda na parte do corte dos tecidos, minha avó na parte de finalização dos produtos e a minha tia-avó auxilia na confecção dos tapetes de piquenique.

E eu que atualizo a página do Instagram da loja virtual.

Como são feitos os produtos da sua loja?

Basicamente o que preciso para fazer os produtos são tecidos em linha e máquina de costura. O tempo de confecção também depende do que é feito. A ecobag as vezes é personalizada, aí leva mais tempo, pois eu tenho que fazer uma pintura ou bordar alguma coisa. Mas se for algo mais simples, não demanda muito tempo.

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br logistica@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

CEP 95900-104

Me organizo para fazer em um só dia os pedidos de encomendas que recebo.

Qual é o sentimento que você tem ao ver sua iniciativa dar resultado?

Estava meio desacreditada, mas continuava vendendo. Aos poucos, o negócio cresceu e vi que estava dando certo. Sou grata por não ter desistido e ter tido apoio de pessoas que me incentivaram desde o começo. É uma experiência única. Não pensei que, com 17 anos, começaria a ter minha própria renda dessa forma. Também passei a entender coisas que tu só entende quando está trabalhando.

Consegui compreender muito mais de mim mesma.

Tem planos para a loja virtual no futuro?

Esse trabalho me despertou a vontade de estudar Moda. Vejo esse lado muito forte em mim. Até penso em, um dia, criar uma marca própria de roupas. Tenho muita vontade de continuar e ver a Fios de Amor crescer ainda mais.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Longe de terminar

A

pandemia agrava no estado e exige medidas mais enérgicas. Após quase um ano de convivência com o vírus, o RS chega a marca de mil internações em UTIs e testa os limites da capacidade hospitalar gaúcha. Trata-se de um momento crítico, que exige o esforço máximo por parte das autoridades e da população para frear os contágios.

O senso de coletividade e o DNA cooperativo, que tanto caracterizam o perfil da comunidade regional, nunca foram tão importantes para o Vale do Taquari como agora..”

Enquanto a vacinação não alcança o ritmo necessário para abrir uma perspectiva de melhor controle da pandemia, novas cepas surgem, desafiam médicos e cientistas e tornam a situação ainda mais complexa. Ao mesmo tempo em que o Brasil acumula quase 250 mil mortes de covid-19, parte da sociedade insiste em negar a gravidade do cenário e ignora as recomendações sanitárias.

Um problema que parecia distante começa a aparecer cada vez mais perto.

Cidades em estados vizinhos, como é o caso de Chapecó, já experimentam o colapso do sistema de saúde. No entorno do Vale, Venâncio Aires e Boqueirão do Leão enfrentam a escassez de oxigênio para atender pacientes e são forçados a adotar estratégias como toque de recolher e lockdown.

Nos municípios do Vale do Taquari, o revés recente do coronavírus, após um breve período de trégua, preocupa e inspira alerta máximo. Ainda nessa sexta-feira, a ocupação da UTI Covid do HBB, maior hospital da região, estava acima de sua capacidade de lotação. E nesta semana, a cidade mais populosa – Lajeado – bateu novo recorde de casos ativos.

Onze meses após os primeiro casos surgirem na região, a pandemia permanece longe de ser controlada. E o que deveria ser a luz do fim do túnel, a vacinação, avança a conta-gotas, num compasso insuficiente para gerar confiança em torno de uma retomada, ainda que parcial, da normalidade das atividades.

Todo o cuidado é necessário uma vez que a conduta individual pode influenciar diretamente na saúde de familiares, amigos e pessoas próximas. O senso de coletividade e o DNA cooperativo, que tanto caracterizam o perfil da comunidade regional, nunca foram tão importantes para o Vale do Taquari como agora.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

RAMIRO BRITES

Cuidemo-nos.

Mas não deixemos de viver e de sorrir A pandemia, que completa um ano em março, já nos ensinou que cuidar de si e do outro não significa fechar tudo e trancafiar as pessoas em casa. Isso adoece tanto quanto a Covid

O

s números do coronavírus estado afora servem de alerta. De novo. As UTIs atingem suas ocupações máximas e os índices de contágios batem novos recordes. As informações que vêm das casas de saúde são – ao menos deveriam ser – suficientes para cada um de nós cumprir seu papel de responsabilidade e de empatia.

Estamos cansados e esgotados, ao ponto de afrouxarmos o cumprimento dos protocolos nas últimas semanas. A praia e as aglomerações por todo lado que o digam. Ali está justamente o lado perverso do vírus: quando parece que aliviou, ele sorrateira e silenciosamente se espalha com muita força. E desta feita, com um agravante em função das mutações e das novas cepas que têm sido encontradas também aqui no RS. Não é brincadeira. A nova variante parece ser ainda mais célere em relação às transmissões.

O alerta que se faz não é e não pode ser em vão. Infeliz e fatalmente, a propagação do vírus é muito mais rápida do que a distribuição e a aplicação das

vacinas Brasil afora. Ninguém, em pensamento mais pessimista, imaginava em março de 2020 que teríamos de conviver com a pandemia até os dias de hoje. Pasmem, lá se vai quase um ano.

O lado bom – e no caso dessa pandemia, tem vários, e isso não significa ignorar a dor provocada pelas milhares de mortes – é que já aprendemos mais e melhor de como enfrentar e nos comportar diante da gravidade e dos altos índices de contágios. No ano passado, em épocas de hospitais lotados, buscamos no fechamento de escolas, de empresas e de comércio a solução para barrar as transmissões. Agora não.

Salvo movimentos isolados, não se fala em fechar as atividades econômicas e nem cercear nossas crianças e jovens de frequentar as salas de aulas, ainda que a rede pública estadual esteja um passo atrás.

Cuidar de si e do outro é respeitar os protocolos e sobremaneira evitar aglomerações, pois afinal, o vírus é fá de uma “quermesse”.

Mas a empatia que nos é invocada neste momento não significa nos trancarmos em casa. Nem haveria de ser. Já aprendemos que isolados e cerceados do trabalho, os índices de depressão dispararam. A obesidade avançou a galope. Os distúrbios mentais se multiplicaram e o desemprego bateu à porta.

Cuidar de si e do outro é tomar sol, praticar atividade física. É trabalhar, estudar. É sorrir e perseguir momentos de felicidade e de satisfação pessoal. Cuidemo-nos, mas vida que segue, sem o pandemônio que nos foi imposto nos primeiros meses da pandemia.

PRÉDIO DA POLAR

RESISTE E BRILHA A pintura de dois painéis de grande dimensão nas paredes do histórico prédio da Polar de Estrela, chama atenção de visitantes que frequentam a região da escadaria. Antes mesmo de ser concluída, a obra de arte pintada pelo artista plástico Sérgio Werle já atrai turistas e dá vida nova a um dos símbolos his-

65 anos

tóricos e arquitetônicos do Vale do Taquari.

Que a obra de arte seja mais um motivo para que a discussão em torno da derrubada de parte daquela emblemática estrutura seja demovida da cabeça das autoridades que pretendem colocar abaixo a história viva dos estrelenses.

Um dos orgulhos econômicos e sociais do Vale do Taquari completou 65 anos nessa sexta-feira. Uma grande comemoração, 100% virtual, marcou o aniversário da Cooperativa Certel.

As raízes genuinamente locais sustentam um passado de altos e baixos, mas se firmam neste 65º ano de existência, como pilares sólidos para o futuro promissor que aguarda a cooperativa. A gestão comandada por Erineo Hennemann é um exemplo de arrojo, de perspicácia e de inovação. Além de inaugurar a primeira quadra pública com a fiação elétrica subterrânea e com carregador gratuito de carro elétrico, a Certel anunciou nesta semana a instalação do parque de energia eólica.

Ou seja, é a Cooperativa Certel liderando um protagonismo que a coloca em evidência estadual e nacional. Para nós, convém agradecer e parabenizar pelos 65 anos. Vida longa à nossa Certel.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

“Crowdfunding” para o nosso Alviazul

A

nossa atenta equipe de esporte já anunciou. Mas não custa reforçar. O Clube Esportivo Lajeadense inicia um financiamento coletivo para angariar recursos. A campanha ocorre por meio da plataforma digital “Kickante”, e perdura até meados de abril. É mais uma tentativa de reerguer a única equipe de futebol profissional do Vale do Taquari. E o momento não poderia ser mais propício. O nosso Alviazul comemora 110 anos de vida em 2021, e projeta uma equipe forte para o campeonato da Divisão de Acesso, o último passo para o tão sonhado retorno à elite do futebol gaúcho.

No site Kickante, a direção deixa uma mensagem ao torcedor. “Sabendo da importância do esporte na saúde e na vida dos nossos cidadãos, acreditamos que com maior apoio e desenvolvimento, possamos realizar nossos objetivos. Contudo, proporcionando o bem-estar de nossos atletas, bem como nossos jovens talentos da categoria de base, buscamos o bem de todos. Temos a certeza de que a união, a parceria e a confiança são peças fundamentais para colhermos grandes frutos em um futuro bem próximo.” O clube também busca novos patrocinadores para a temporada.

-+IPTU Em Lajeado, o projeto de lei que prevê desconto de até 20% no IPTU ao imóvel que possui árvores no terreno ou que possua a calçada arborizada, recebeu do departamento jurídico da Câmara de Vereadores o

parecer pela ilegalidade, “em função do vício de iniciativa”. A proposta da vereadora Ana Rita da Silva Azambuja (MDB) fica retido nas Comissões aguardando estudo de impacto econômico.

Smart Cities A partir do dia quatro de março, a Universidade do Vale do Taquari (Univates) promove eventos com objetivo de discutir as chamadas “smart cities”, ou cidades inteligentes. Com início às 19h10min e transmissão ao vivo pelo site da entidade, a programação inicia com a palestra Crie Smart Cities: afinal o que são cidades inteligentes?

Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, Coordenador do Pacto Alegre. É um momento e tanto para alguns vereadores lajeadenses renovarem conceitos.

“Montar a equipe” Cotado para ser candidato a deputado federal pelo Vale do Taquari, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), prefere manter os pés no chão.

Questionado sobre a chance de buscar uma vaga na Câmara Federal, o chefe do executivo lajeadense reforça o compromisso com o eleitor. “Neste momento, o foco é finalizar a montagem da nossa equipe de trabalho”, afirma o progressista.

Hospital São José O promotor de justiça André Costa instaurou inquérito civil para “apurar possíveis irregularidades na alienação de partes de imóvel pertencente ao Município de Taquari no qual se encontra instalado o Hospital São José”. Mais precisamente, a investigação deve recair

Família Brönstrup

sobre a “venda de lotes a terceiros, não envolvidos nas atividades hospitalares pela antiga entidade administradora do Hospital”. E conforme consta na denúncia, um dos negócios que serão verificados é a venda de um terreno para instalação de uma funerária.

Na sexta-feira, o prefeito de Estrela, Elmar Schneider (PTB), recebeu no gabinete os integrantes da família do saudoso ex-prefeito Celso Brönstrup, falecido em janeiro de 2014. A viúva Mariza e os filhos Martina e Rodrigo apoiam o novo gestor. Martina, inclusive, foi candidata a vereadora em 2020. “Com muita alegria recebi a família Brönstrup. Oportunidade em que apresentaram sugestões principalmente na área de mobilidade e infraestrutura. Sem dúvidas juntos vamos fazer nossa Estrela brilhar cada vez mais”, avisa Schneider.

Atraso no Cristo Em novembro de 2020, o Grupo A Hora noticiou a retomada da construção da estátua do Cristo em Encantado. E de acordo com aquela matéria, a conclusão da obra, que anteriormente fora anunciada para dezembro de 2020, passou a ser a junho ou julho de 2021. Era essa a expectativa de líderes municipais e também da Associação dos Amigos do Cristo.

Entretanto, e conforme o ritmo dos serviços, a previsão deverá ser reavaliada. Segundo alguns analistas, o histórico empreendimento avaliado em R$ 2 milhões

deve ficar pronto apenas no fim do ano. Ou mesmo em 2022. Não que isso seja um problema. Afinal, o projeto é comunitário e ainda pode angariar mais voluntários.

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

Apresentado por

Fênix apresenta novo conceito em preparação para vestibular Grupo Educacional com milhares de aprovados para os cursos mais concorridos do país inaugura unidade em Lajeado

C

om mais de 11 anos de experiência em cursos preparatórios para provas de vestibular e para o ENEM, o Fênix Vestibulares inaugura sua mais nova unidade, em Lajeado. Com uma metodologia diferenciada e forte ligação com a área médica, o Fênix apresenta um novo conceito de preparação, no qual as aulas teóricas são complementadas com atividades práticas de consolidação de aprendizado.

A eficiência do Fênix é comprovada pelas milhares de aprovações nos vestibulares mais disputados do Brasil. Entre os resultados mais expressivos obtidos pelos alunos do Fênix estão o terceiro lugar geral nacional no vestibular do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) em 2019, o primeiro lugar geral na UFRGS em 2017 e o segundo em 2020, além de aprovações em medicina na USP, Unicamp, UFRJ e outras instituições dentre as mais concorridas do país.

Além de duas sedes em Porto Alegre, uma em Canoas e uma em Santa Cruz do Sul, a empresa decidiu investir em Lajeado por considerar a cidade um polo de desenvolvimento e educação, além de ser a sede do curso de medicina com a segunda melhor avaliação entre as universidades privadas do país.

A proximidade com Porto Alegre também facilita a oferta de aulas com os melhores professores da capital. Juntamente a uma equipe docente experiente e qualificada, a

escola oferece material de apoio do Sistema Positivo de Ensino, um dos mais tradicionais e bem-sucedidos do Brasil.

Com estrutura ampla e moderna, assinada por arquitetos renomados da região do Vale do Taquari, a sede de Lajeado foi planejada para ser um espaço inovador e aconchegante, com o intuito de propiciar aprendizado e oferecer maior tranquilidade e conforto aos estudantes. São três salas de aula, sendo uma delas para a turma do Fênix Medicina, além de sala de estudo coletivo e espaços para descanso e alimentação.

Medicina no DNA

O conhecimento nos vestibulares para medicina e nas práticas de ensi-

Carla Azevedo, professora de química e coordenadora pedagógica (acima); Vítor Armborst, sócio-diretor e formando em medicina (esquerda); Luís Paulo Pires, professor de matemática e sócio-diretor (direita).

no da área médica fazem parte da história do Fênix. Dos cinco sócios, três são estudantes de medicina. Além disso, a empresa faz parte de um grupo que possui uma escola de preparação

para a residência médica.

Em Lajeado, a turma de medicina tem a maior carga horária do Estado, com 50 períodos semanais, em turno integral, proporcionando aos alunos um ensino estratégico e aprofundado de cada conteúdo.

O curso também conta com aulas exclusivas chamadas de Consolidação, momento no qual os alunos tomam a frente no processo de aprendizagem, com dinâmicas diferenciadas para garantir um aprendizado mais eficiente.

Além disso, os alunos são acompanhados pela direção pedagógica durante todo o ano letivo, para que sejam contemplados em suas necessidades individuais. Para 2021, o Fênix ainda oferece o Seguro Aprovação. Com ele, alunos que aprovarem em qualquer faculdade de medicina em primeira chamada pagam somente as aulas utilizadas, sem multas.

Produzido por

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Ocupação dos leitos de UTI bate recorde no Vale Percentual de 84,6% é o mais alto desde o início da pandemia. Das 65 unidades de tratamento intensivo existentes, apenas dez estavam disponíveis durante a tarde dessa sexta-feira.

Em Lajeado, que tem mais de 500 casos ativos da doença, fiscalizações serão mais rigorosas MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

U

ma nova onda de novos casos e internações por covid-19 preocupa as autoridades no Rio Grande do Sul. O Estado atingiu, nessa sexta-feira, 19, a marca de mil pacientes internados em leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) adulto com a doença, um recorde desde o começo da pandemia.

O alerta se estende para diversas regiões, incluindo o Vale do Taquari, que nessa sexta-feira, chegou a 84,6% de ocupação dos leitos de UTI adulto existentes nos hospitais, maior percentual desde o começo da pandemia. São 55 pacientes internados, sendo 22 diagnosticados com a doença.

Entre os municípios mais populosos, a alta também preocupa.

Lajeado registrou, na quinta-feira, 18, o maior número de casos ativos desde março: 526. E na manhã de sexta, viu a UTI Covid do Hospital Bruno Born (HBB) ul-

alvará”, afirma o secretário de Segurança, Paulo Locatelli.

“Cada semana é um cenário”

Até esta sexta-feira, só dez leitos de UTI adulto estavam vagos na região

trapassar sua capacidade máxima, chegando a 110% de ocupação, sendo seis pacientes suspeitos e cinco confirmados com a doença.

Em virtude disso, o governo municipal aumentará o rigor nas operações de fiscalização, que iniciaram já nesta madrugada.

O foco está no cumprimento dos horários de funcionamento, distanciamento, regras sanitárias e

demais protocolos por parte dos estabelecimentos.

“Vamos intensificar as ações integradas com a Brigada Militar onde está havendo um maior número de aglomerações. Queremos manter e aumentar a sensação de segurança. Em caso de descumprimento, serão multados e fechados por sete dias. E, se houver reincidência, será analisada e avaliada a cassação do

Casos ativos ENCANTADO 18 casos ativos ARROIO DO MEIO 21 óbitos 114 casos ativos 9 óbitos

LAJEADO

TEUTÔNIA

513 casos ativos 73 óbitos

60 casos ativos 25 óbitos

ESTRELA 76 casos ativos 23 óbitos

TAQUARI 21 casos ativos 37 óbitos

(*) Até o fechamento desta edição, os números de sexta-feira não haviam sido divulgados em Encantado e Taquari

Em quase um ano de pandemia no Vale, Locatelli lembra que os órgãos de fiscalização trabalham “da forma que podem”, orientando os estabelecimentos para que cumpram as regras e às pessoas para não se aglomerarem. “É difícil porque cada semana é um cenário. Por isso, trabalhamos semana a semana, bandeira a bandeira”, ressalta. À Rádio A Hora 102,9, Locatelli admitiu que haverá uma redução no horário de funcionamento dos estabelecimentos na próxima semana. Hoje, pela lei, eles podem atender até às 1h.

Testagem em massa

Dos seis municípios mais populosos do Vale, Taquari é o que apresenta o menor número de casos ativos da doença: 21. Contudo, viu aumentar a internação nos leitos de UTI adulto do Hospital São José. São oito pacientes, sendo a maioria de fora.

“A demanda por exames também está aumentando. Chegaram a ter apenas 10 pessoas na fila, agora são 30”, informa a prefeitura, por meio da Assessoria de Comunicação. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Saúde planeja realizar uma nova testagem em massa da população no fim do mês, verificando os efeitos do feriado de Carnaval.

Nos demais municípios, nenhuma medida mais restritiva foi anunciada. Teutônia vai avaliar a conjuntura da covid no município na próxima reunião do Comitê, marcada para quarta-feira, 24.

SITUAÇÃO DAS UTIS NO VALE DO TAQUARI Região de Lajeado* Total da região

• 65 leitos • 55 ocupados (84,6%) • 22 pacientes com covid-19 (40%) • 9 suspeitos (16,4%) • 24 pacientes com outras enfermidades (43,6%)

Hospital Bruno Born (Lajeado)

• 30 leitos de UTI adulto • 27 leitos ocupados (90%) • 6 pacientes com covid-19 (22,2%) • 2 pacientes suspeitos (7,4%) • 19 pacientes com outras enfermidades (70,4%)

Hospital Estrela (Estrela)

• 20 leitos de UTI adulto • 15 leitos ocupados (75%) • 8 pacientes com covid-19 (53,3%) • 2 pacientes suspeitos (13,3%) • 5 pacientes com outras enfermidades (33,3%)

Hospital Santa Terezinha (Encantado) • 5 leitos de UTI adulto

• todos os leitos ocupados (100%) • todos os pacientes com covid-19 (100%)

Hospital São José (Taquari)

• 10 leitos de UTI adulto • 8 leitos ocupados (80%) • 3 pacientes com covid-19 (37,5%) • 5 pacientes suspeitos (62,5%) - nenhum paciente com outras enfermidades

MACRORREGIÃO DOS VALES (**) • 140 leitos de UTI adulto • 107 leitos ocupados (76,4%) • 52 pacientes com covid-19 (48,5%)

(*) Dados atualizados na tarde dessa sexta-feira (**) Inclui as regiões covid de Cachoeira do Sul, Lajeado e Santa Cruz do Sul

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VARIAÇÕES DO VÍRUS

Estado promete ampliar monitoramento da ‘variante P1’

DIVULGAÇÃO

Ao todo, já foram encaminhadas 65 amostras de exames RT-PCR de pacientes gaúchos para análise na Fiocruz. Trabalho priorizou casos recentes da Serra, Porto Alegre e regiões de divisa ESTADO

A

pós a confirmação, na semana passada, do primeiro caso infectado pela variante P1 do coronavírus, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforçou o monitoramento sobre possíveis outros contágios e já enviou 65 amostras de exames RT-PCR de pacientes gaúchos para análise na Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A P1 é um tipo de mutação que está associada ao aumento dos casos de coronavírus em Manaus e, até o momento, segue o padrão de apresentar um agravamento dos casos de forma mais rápida, comparado a outras formas do vírus.

O trabalho da vigilância priorizou casos recentes da Serra (região onde foi detectado o primeiro caso de P1 no RS), outros ocorridos em Porto Alegre e regiões de divisa (possíveis pontos de entrada), assim como em demais cidades do Estado (para abranger uma maior área geográfica). O prazo para o resultado do sequenciamento genético dessas amostras é de até 21 dias.

"Precisamos entender o comporta-

Estudo vai apontar cepas existentes no RS Secretária de Saúde do RS descarta que novas cepas tenham sido trazidas por pacientes vindos de Manaus ANA CAROLINA BECKER anacarolina@grupoahora.net.br

Amostras estão sendo analisadas na Fiocruz, no Rio de Janeiro

mento dessa linhagem do vírus aqui no Estado, que pode ser diferente do que ocorreu em Manaus", afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Segundo ela, ao identificar o tipo de vírus e suas características, é possível fazer um melhor controle da transmissão, vacinação e tratamento.

uma infecção com o agravamento mais rápido”, relata.

As mutações de vírus são frequentes e não representam necessariamente uma alteração em sua ação.

Podem, por exemplo, alterar as características do vírus e impactar no quadro clínico e na resistência às vacinas.

Agravamento mais rápido

19 linhagens

A diretora do Cevs, Cynthia Molina-Bastos, explica que as análises servem para entendermos qual tipo de vírus e, juntamente a outros fatores, auxiliar na tomada de decisões.

“Saber as linhagens do vírus é uma variável levada em conta em conjunto com outras questões como os números de óbitos, hospitalizações e casos”, afirma.

Cynthia também explica o que difere a P1 das demais variantes até o momento identificadas. “Não há ainda uma comprovação de que ela é mais grave do que as outras, mas o padrão que começamos a observar é que é

Assim que saírem os resultados, os dados serão compilados em nova edição do boletim genômico do Cevs. O balanço mais recente, com dados até 13 de fevereiro, aponta que já foram identificadas no Rio Grande do Sul 19 linhagens do vírus Sars-CoV-2 (responsável pela Covid-19). Foram concluídas até agora as análises de 318 amostras de residentes de 94 cidades (sendo que outros 19 exames não apresentavam registro de local de residência).

As linhagens mais frequentes no Estado foram as mesmas também identificadas no restante do Brasil: B.1.1.33, B.1.1.28 e P.2.

As novas variantes do coronavírus preocupam cada vez mais.

Para saber quais estão circulando no território gaúcho, o governo do estado realizou uma coleta pelas regiões e enviou os dados para Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro.

Em entrevista nesta sexta-feira, 19, ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, explicou que a variante P1 - mesma de Manaus - que vitimou um homem, de 88 anos em Gramado, em 10 de fevereiro, acendeu um alerta. “Gramado foi escolhida aleatoriamente para fazer essa identificação da cepa porque é um local que recebe muitos turistas, mas Porto Alegre já identificou também essa variante”, lembra.

Arita supõe que na região norte há também circulação dessa variante, no entanto, na região dos Vales ainda não é possível identificar a presença dessa cepa.

O material de amostras de pacientes de todo o RS foi encaminhado nesta semana e não há previsão para o envio dos resultados.

Relação com pacientes de Manaus “Essas novas cepas não tem nenhuma relação com os pacientes de Manaus que vieram pra cá”. A afirmação é da secretária Arita que garante que a possibilita de relação é praticamente zero.

“O primeiro paciente com a variante é da área rural, nunca teve contato com ninguém de fora, não viajou e teve a P1, não há correlação e nexo”, comenta.

“O momento é de muita preocupação” A secretária lembra que em julho e agosto de 2020 foi registrada uma onda forte de casos. “Passamos outubro e novembro com uma queda leve, dezembro chegamos a um novo pico e em janeiro conseguimos estabilizar com decréscimo de número de casos confirmados, internações e óbitos”, observa.

Agora, em fevereiro, o número de casos é “assustador” e com média/dia de confirmados aproximadamente de cinco mil. “A situação é bastante alarmante e nós precisamos, por mais que se abram leitos de UTI tem um limite que não é físico e nem de equipamentos, mas é o limite de equipe”, explica.

Arita pede que a população entenda que essa luta da covid-19 já dura um ano e é preciso que as pessoas sigam se cuidando. “Estamos em um momento de muita preocupação. Hoje [sextafeira] batemos mil pacientes internados em UTIs no RS, marca que nunca tínhamos atingido.”

Ambulatório pós-covid O governador Eduardo Leite deve anunciar, nas próximas semanas, uma nova política de incentivo aos hospitais do Rio Grande do Sul para hospitais disponibilizarem ambulatórios pós-covid.

Conforme Arita Bergmann o espaço deve dar suporte para pacientes que precisam a continuidade do tratamento da covid-19 devido as sequelas deixadas pela doença. "A proposta é que tenhamos um por macrorregião", diz.

Ela explica que é preciso identificar hospitais, de grande porte, que tenham interesse em disponibilizar essa estrutura. Os detalhes desse novo projeto devem ser divulgados por Leite nos próximos dias.

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

Nova delegada quer ampliar a “sensação de segurança” no Vale Shana Luft Hartz assumiu a delegacia regional na última quinta-feira, dia 18.

BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

Vale do Taquari tem uma nova titular à frente da 19ª Delegacia de Polícia Re-

BIANCA MALLMANN

gional do Interior. Quem ocupa o cargo é a delegada Shana Luft Hartz. Natural de NãoMe-Toque, ela substitui o delegado José Romaci Reis, que assumirá a Delegacia de Pronto Atendimento de Lajeado.

Shana iniciou sua carreira na segurança pública como delegada em Dom Pedrito, no ano de 2008. Depois foi para Pelotas e Porto Alegre, onde trabalhou em diversos distritos policiais.

Até o momento, a delegada atuava como diretora do De-

partamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), em Porto Alegre.

Essa unidade da Polícia Civil é responsável por lidar com casos que envolvem crianças e adolescentes, idosos e mulheres, e crimes motivados por questões de intolerância e preconceito.

Shana Luft Hartz assume como titular da 19ª Delegacia de Polícia Regional do Interior

ENTREVISTA • O que motivou você a iniciar carreira no setor da segurança pública?

Desde criança eu sempre tive muito forte em mim o senso de justiça. Fui uma criança que não deixava alguém fazer mal para os outros, que não deixava as pessoas machucarem os bichinhos. Quando cresci e resolvi fazer o curso de Direito, um leque de oportunidades de concursos se abriu. E eu queria fazer algo onde eu pudesse fazer a diferença.

Eu nunca tinha trabalhado na área da segurança pública, até então estava no poder judiciário, atuando como assessora do desembargador. Quando entrei para a Polícia Civil, logo gostei da profissão. Ser delegada me agradou muito. Conseguir fazer aflorar aquele meu senso de justiça, do que é certo ou errado, de ir

atrás do criminoso.

• Como se deu a decisão de você vir para Lajeado?

Eu sempre tive interesse de voltar ao interior. Sou do interior, fiquei um bom tempo na capital, mas tinha essa vontade de me mudar, principalmente por questões familiares. E Lajeado é uma cidade que sempre gostei, me atrai muito. Os lajeadenses podem ficar felizes, porque é uma cidade muito boa pra se morar. E a gestão apresentou a vontade de trocar de gestão.

Foi quando a regional me foi oferecida. Agora quero morar aqui, fazer minha vida na cidade.

A questão profissional acabou casando com a questão pessoal.

Estou realizada.

• Quais foram as primeiras

impressões da região?

A sensação de segurança aqui é muito presente. Tenho notado isso nas conversas que tenho com algumas pessoas. E muitas delas não sabem que eu faço parte da segurança pública. Isso é algo que precisamos manter e até aumentar. Porque quando as pessoas se sentem assim, é sinal de que o trabalho está sendo bem feito, de que os órgãos de segurança pública estão conseguindo dar uma resposta a altura para a população.

• Você está há dois dias à frente da regional. Quais são os próximos passos?

Vamos começar a partir da próxima semana uma série de reuniões de gestão com os delegados da região. Quero que eles me tragam, dentro das suas circunscrições, quais são os prin-

cipais problemas, o que dá certo, o que dá errado… Assim vamos conseguir fazer um planejamento e traçar as melhores estratégias.

Essa é a ideia inicial.

• Quais são as principais necessidades da região?

Por enquanto estou analisando gráficos. Esta é uma análise mais fria, de números e papelada.

Mas os gráficos apontam que a gente precisa dar atenção especial para a questão do furto, roubo e tráfico. Essas são alguns assuntos pontuais que observo na análise das planilhas. Mas o trabalho feito até agora na regional é muito bom, estou muito feliz com o que vi quando cheguei aqui. Mas a gente sempre pode tentar fazer algo diferente.

• A sua experiência no DPGV

pode influenciar suas ações na regional?

Agregamos experiências ao longo da vida, principalmente na vida profissional. E a questão do cuidado com os vulneráveis vai receber uma atenção especial em Lajeado. Vamos fazer um estudo para ver se temos demanda. Mas isso parte não só de se abrir um órgão policial que cuide desses casos, mas também de se realizar um atendimento mais qualificado. É um trabalho tanto de prevenção, quanto de repressão. Os resultados nessa área não são imediatos.

Além de ser uma violência que muitas vezes é cometida dentro de casa, ela tem a tendência de ser subnotificada. Então precisamos incentivar a vítima a pedir ajuda.

Precisamos mostrar que podemos e somos cases de prestar um atendimento adequado.

Desaparecimento completa oito meses sem elucidação Principal suspeito do caso foi morto em festa clandestina em Cruzeiro do Sul, em janeiro. Celular do indivíduo pode ajudar no esclarecimento LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

Passados oito meses do desaparecimento do jovem Matheus Robson Webers Corrêa, 21, o caso ainda é tratado como um mistério por parte da Polícia Civil de Estrela. Ele foi visto pela última vez pelo irmão na noite de 16 de junho, na rua dos Marinheiros, próximo de onde a família reside, no Bairro Moinhos. Um celular apreen-

dido em Arroio do Meio com informações sobre Corrêa pode auxiliar na elucidação do caso.

No dia do sumiço, o jovem pegou carona em um Vectra branco, para se encontrar com uma garota de Arroio do Meio, chamada Amanda Falcão, que conheceu pela internet. Conforme o delegado responsável pelo caso, Juliano Stobbe, já foi constatado que o perfil era falso e foi utilizado para envolver Corrêa.

O inquérito segue em andamento desde o desaparecimento. A delegacia trabalha com suspeitas de crime passional, envolvimento com dívidas ou tráfico de drogas. “Não temos uma pista efetiva sobre a localização do jovem. Diversas informações chegaram até a delegacia: desde envolvimento com

a mulher de um traficante, fuga e até o problema com alguma dívida”, esclarece Stobbe.

Em novembro, a polícia de Arroio do Meio prendeu um indivíduo em flagrante e apreendeu um celular.

Conforme o delegado, na ocasião, informações sobre Corrêa foram identificadas no aparelho, que foi encaminhado para perícia no IGP, em Porto Alegre. “A ideia é recuperar imagens ou mensagens que indiquem o paradeiro de Corrêa”, explica.

O proprietário do celular e principal suspeito do sumiço, Giovane Rafael Alves Saraiva, de 20 anos, foi morto na chacina de Cruzeiro do Sul, ocorrida em 24 de janeiro, durante uma festa clandestina. “O telefone é a esperança para elucidação do

caso”, argumenta.

Saraiva era natural de Estrela e atualmente morava em Arroio do Meio. Conforme Stobbe, ele já tinha passagens pela polícia, sendo uma delas por homicídio.

ARQUIVO PESSOAL

“São oito meses de angústia e tristeza” Conforme a mãe de Corrêa, Fátima Webers, desde o desaparecimento a família não tem notícias do seu paradeiro. “São oito meses de angústia e tristeza por não saber do seu paradeiro. Já fiz testes de DNA com ossadas localizadas no município e todos em todos o resultado foi negativo”, ressalta.

A mãe relata que Corrêa não costumava sair de casa. Ele tem cerca de 1,65m, pele morena, ca-

Corrêa foi visto pela última vez na noite de 16 de junho

belo preto e estava com a barba por fazer. “Essa é a minha lembrança dele”, relembra.

Para a mãe, o jovem ainda será encontrado com vida. “Ele completou 21 anos em outubro.

A nossa esperança é que ele retorne bem.”

A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

CASA DO MORRO

Quase duas décadas do abandono de um símbolo Construção histórica é o cartão postal de Cruzeiro do Sul, mas está em desuso faz cerca de 20 anos. Cercada por lendas e curiosidades, espaço teria grande potencial a ser explorado BIBIANA FALEIRO bibiana@jornalahora.inf.br

CRUZEIRO DO SUL

O

lugar era conhecido como a “Casa Assombrada” e abrigava um restaurante antes dos anos 80. O nome se dava às lendas de fantasmas que habitavam a residência e que são contadas ainda hoje no município. Tempos depois, o local passou a ser chamado de “Casa do Morro” e era o ponto de encontro da comunidade, principalmente aos fins de semana.

“Tinha muito movimento.

Abríamos às 8h e fechávamos meia noite. Alguns dias trabalhávamos até 2h ou 3h da manhã”,

conta Ademir Alberto Schneider, proprietário do estabelecimento Ponto de Vista, em Cruzeiro do Sul. Ele morou no casarão durante nove anos e, ao lado da esposa e dos cunhados, trabalhou no restaurante da Casa do Morro entre os anos de 1982 e 1991.

Ademir conta que o estabelecimento já existia quando se mudaram e a casa era dividida. De um lado os quartos e do outro o espaço do restaurante. Como a propriedade já era patrimônio do município, ela ficava quase sempre aberta e era ponto frequente de visitação.

“A casa é o brasão do município. Quando se fala de Cruzeiro,

se fala da casa e dessa vista”, afirma. Em 1991 a família de Ademir se mudou e o casarão passou a ter novas funções para o município, até o início dos anos 2000, quando foi fechada. A comunidade quer que o lugar volte a ser habitado, já que faz parte da história de Cruzeiro há muitos anos.

Casa de pedra e cal No artigo “A Casa do Morro: um lugar de memória em Cruzeiro do Sul/RS”, das historiadoras Márcia Solange Volkmer e Júlia Leite Gregory, a história da casa é contada a partir da família Azambuja que adquiriu a

Casa do Morro mantém cores e estrutura da fachada original de 1873.

Fazenda São Gabriel em 1835.

Em 1872, o Tenente Coronel Primórdio Centeno Xavier de Azambuja voltou da Guerra do Paraguai e construiu uma casa ao lado da propriedade da família, mas o local foi inundado um ano depois.

Então mandou construir uma casa de pedra e cal coberta com telhas de barro e arquitetura típica do período imperial, que ficou conhecida como a Casa Branca dos Arcos do Morro, hoje chamada de Casa do Morro. A construção se estendeu de 1873 a 1878.

Com a morte do militar, em 1898, a casa foi alugada e vendida em leilão. Muitas fa-

mílias viveram no local até 1963, quando o casarão tornou-se patrimônio do município. Além de servir de moradia, o prédio já abrigou restaurantes, museu, biblioteca e a Secretaria de Educação e Cultura.

Patrimônio histórico Júlia também apresentou a pesquisa “O processo de patrimonialização dos monumentos históricos: a Casa do Morro de Cruzeiro do Sul/RS”, em 2016. Ela conta que o lugar ganhou relevância por ter sido moradia da família Azambuja, considerada a fundadora do município. No final da década de 1960, o monumento foi escolhido

Por muitos anos o casarão foi sede de restaurantes e reunia a comunidade especialmente aos fins de semana

Casa do Morro no ano de 1926

Casa do Morro antes da construção do prédio que passou a ser o restaurante

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021 FOTOS BIBIANA FALEIRO

Vista do morro é um dos atrativos turísticos do município Acesso foi bloqueado no ano passado

como símbolo da cidade, sendo inserido no Brasão e Bandeira.

“Podemos considerar que a Casa do Morro se tornou um patrimônio histórico a partir da desapropriação por utilidade pública e também da sua transformação em símbolo histórico”, explica Júlia.

Inúmeras promessas de reocupação do espaço foram feitas, mas a casa encontra-se em abandono há cerca de duas décadas. Até o ano passado o espaço externo da propriedade ainda podia ser visitado, mas devido a uma invasão durante a pandemia, os portões foram fechados.

Segundo o prefeito João Dullius, a reocupação da Casa do Morro é um dos projetos prioritários de seu goverACERVO PESSOAL ILSE GOER

Casa recebe reparos todos os anos, mas ainda não passou por grande restauração

K

no. Para ele, trata-se de um símbolo que não pode ficar abandonado. Para isso, pretende criar uma mobilização municipal, buscar apoio da Amturvales e propor parcerias público privadas para despertar também a exploração econômica e turística do espaço. “A gente tem essa riqueza natural e não podemos permitir que continue inexplorada. Este é um compromisso que assumi na campanha”, destaca.

Estudo propõe ocupação do casarão

Imagens estão disponíveis no livro ‘Cruzeiro do Sul em Fotos’

Em 2019, a arquiteta e urbanista Marcela Marmitt Rodrigues pesquisou a possibilidade de criar um espaço cultural na Casa do Morro, a fim de torná-lo visitado e devolver a importância do local ao município. O projeto propõe a ocupação da casa com um café e livraria, com livros da Biblioteca Municipal.

Ao lado, a ideia era construir um prédio novo com restaurante, uma sala de dança e música, que são oficinas oferecidas pelo município, além de um auditório para apresentações, palestras e reuniões.

Na parte externa, o projeto propõe uma praça pública e mesas e cadeiras

CURIOSIDADES DA CASA DO MORRO • Uma das lendas que circulavam sobre o casarão era a suposta presença de ouro no porão da edificação. Para afastar os vândalos, espalhou-se boatos de que ali havia fantasmas e lobisomens.

• No topo da fachada principal havia uma fileira de estátuas correspondendo ao número de colunas da casa.

Segundo testemunhas, algumas delas foram atingidas e destruídas por um raio durante uma tempestade.

• O monumento histórico se encontra no centro do Brasão de Armas do município e está tombado em nível municipal desde 2006. Isso representa a garantia de que o prédio histórico não pode ser destruído ou descaracterizado.

• Em 2017, um grupo de voluntários da Escola João de Deus realizou um mutirão de limpeza na Casa do Morro e também foi criado o grupo Grupo Amigos da Casa do Morro, que realizou diversas atividades para angariar fundos e manter a propriedade. Com falta de apoio, o grupo não deu continuidade às ações.

• Em 2019 o espaço foi utilizado para o lançamento do evento ‘ExpoCruzeiro e Festa do do Aipim’, e o Executivo falava em um estudo para remodelar a antiga casa.

• De acordo com o poder público, pretendia-se implantar lá um centro cultural multiuso, com espaços para artesãos e oficinas de segmentos artísticos diversificados como música, dança, teatro, cinema, fotografia, pintura e outros.

• O escritor gaúcho Antônio Augusto Fagundes registrou as histórias sobre a casa asombrada em seu livro, intitulado Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul, com o nome a “Lenda da Casa Branca”. A lenda também diz que a casa servia de fortaleza durante a guerra.

com vista para o Rio Taquari, que é um dos atrativos do local. Com isso, a ideia é devolver a vida ao lugar, além de ser potencial turístico para o município.

O espaço seria locado pela prefeitura, com a manutenção da estrutura atual.

Marcela conta que ao longo dos anos o município começou algumas refor-

mas que modificaram a parte interna da casa, mas a fachada permanece a mesma. O município tinha planos de fazer ali a câmara de vereadores. Mas a arquiteta teve outra ideia.

“Queríamos fazer algo que pudesse ser utilizado por todos e que criasse essa memória também com

os mais jovens”, conta Marcela. Ela acredita que o café traria movimento para a casa.

“Jovens de 17 e 18 anos só conhecem a história contada na escola, sabem de quem era a casa mas não têm esse vínculo, seria legal ter um lugar para todos”, sugere a arquiteta.

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

Hospital amplia leitos na UTI Covid Depois de atingir 110% de ocupação, HBB amplia em três leitos capacidade da UTI Covid LAJEADO

O

Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, informou o remanejamento de três leitos da Unidade de Terapia Intensiva Adulto para a UTI Covid II. A medida foi tomada depois da UTI Covid I ultrapassar capacidade máxima na manhã dessa sexta-feira 19, atingindo 110% de ocupação.

Neste momento, serão realocados três dos 20 leitos já existentes da UTI Adulto para o setor de aten-

OBITUÁRIO MARCIO FERNANDO C. DE ASSIS, 25, faleceu sexta-feira, 19, em Cruzeiro do Sul. Sepultamento foi Cemitério Municipal, em Cruzeiro do Sul. HERBERTO ENDLER, 71, faleceu sexta-feira, 19, em Imigrante. Sepultamento foi Cemitério Evangélico, em Imigrante.

VALÉRIA TEREZINHA REICHERT MAY, 71, faleceu quinta-feira, 18, em Venâncio Aires. Sepultamento foi Cemitério Evangélico Municipal, em Venâncio Aires.

JÓE LUIZ MARTINS DA SILVA, 63, faleceu quinta-feira, 18, em Lajeado. Sepultamento foi na sexta-feira, 19, no Cemitério Católico da Hidráulica, em Lajeado.

JATIR RICARDI, 72, faleceu quinta-feira, 18, em Imigrante.

Sepultamento foi na sexta-feira, 19, no Cemitério Católico de Daltro Filho, em Imigrante.

Para informar falecimentos: • WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@ grupoahora.net.br

dimento de casos graves por contaminação de coronavírus. Sendo assim, a UTI Adulto permanecerá com 17 leitos disponíveis para os demais pacientes.

Conforme o boletim disponibilizado no site do HBB no final da tar-

de de ontem, 19, estão internados na UTI Covid três pacientes suspeitos e sete confirmados com o vírus.

Ao todo, dez dos 13 leitos disponibilizados para a doença estão ocupados. Com isso, a porcentagem de ocupação baixou para 77%.

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

Resumo da novela A força do querer

Ruy vai ao encontro de Zeca, e Ritinha se desespera. Silvana agradece Dantas por ter assumido a culpa do desfalque na empresa.

O agiota cobra a dívida de Silvana. Carine liga para Rubinho, que disfarça para Bibi. Nazaré e Cândida desconfiam ao ver o carro de Ruy rondando a vizinhança. Abel liga para Nazaré.

Caio aconselha Eugênio a contestar a ação de

paternidade movida por Irene. Jeiza incentiva Zeca a não desistir de sua vida no Rio de Janeiro. Eurico cuida de Silvana, que fica atônita com a dívida com o agiota. Ruy vê quando Jeiza se afasta de Zeca. Dedé liga para Aurora, e a polícia acredita que ela saiba o paradeiro de Rubinho e Bibi. Jeiza conclui que Caio namorou Bibi. Ruy atira contra Zeca.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Livro do Antigo Testamento (Bíblia) Elemento básico do ofício do marqueteiro A cafeína, por seu efeito no organismo

DalaiLama Pilha, em francês

Ayrton Evento como a Cow Senna: Parade, esculturas faleceu de vacas em ruas em 1994 Furor uterino

Indício visível de nervosismo

Rede de TV dos EUA Saudação esotérica (?) Marino, país

Espaço como o Mineirão Em (?): teoricamente Cidade da antiga Caldeia Peça da bailarina nas aulas

Título de Paul McCartney Rumavam

Filé Antigo navio de guerra

Que pertence a ti (fem.)

Faraó que faleceu jovem Estudar

Player de áudio digital da Apple Duke Ellington, pianista dos EUA

(?) do rosto: bochecha (Anat.)

(?) fisiológico: limpa lentes de contato

Conceito negativo da Ética

Espaço litorâneo Pizza e lasanha Lombriga, tênia e ancilóstomo (Biol.)

Divisão da molécula Obsessões amorosas

Inexiste no vácuo Rio alpestre suíço (?)

Williams, tenista dos EUA

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I F E A MO N M A ÇÃ N O RA I A A R A T A V I R E S N T G U I O S CA

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R S B TU T A N C A I N A B U I M E S P A T O M O L A R A D N O S J O S E A C A T C A S S E A D A R

PEIXES: Se estiver tralhando em casa, vai precisar de mais disciplina e concentração para cumprir as tarefas.

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VIRGEM: Mesmo que estejam disputando uma promoção, não é bom se desentender com os colegas.

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LEÃO: Não crie expectativas altas demais, pois nem todos estarão à sua disposição e alguns podem mesmo decepcionar.

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CAPRICÓRNIO: Vênus fica pistola com Marte e pede cuidado com os gastos à noite, especialmente com diversão e supérfluos.

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Nair de Tefé, pioneira da caricatura

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GÊMEOS: Mesmo que discorde dos chefes, meça as palavras para não se indispor. Quem planeja viajar pode ter alguns atrasos ou imprevistos.

Gato, em inglês Gosta muito de

Trabalhador temporário no Japão Casa (?), sede do governo argentino

L S T I M U L A D I O S E R A R S B TU T A N C A I N A B U I M E S P A T O M O L A R A D N O S J O S E A C A T C A S S E A D A R

ESCORPIÃO: À tarde, a Lua chega à Casa 8 e pode trazer algumas mudanças ou imprevistos. Cuide do dinheiro e não abuse da sorte.

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C I U M E S

TOURO: É melhor não fechar negócios ou empréstimos com amigos, pois há grande chance de se arrepender.

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ÁRIES: Trabalhe com disciplina e dedicação. Há chances de conquistar uma promoção, um aumento ou reconhecimento dos chefes.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

A ESPERA CHEGARÁ AO FIM?

INTER PODE CONQUISTAR O TÍTULO BRASILEIRO NO MARACANÃ Contra o Flamengo, Colorado está a uma vitória de levantar a taça que não conquista desde 1979. No Vale do Taquari, torcedores fazem promessas pelo título CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

A

espera por um título que não ganha desde 1979 pode chegar ao fim neste domingo para o Internacional. 42 anos depois, o Colorado pode voltar a levantar a taça do Brasileirão. Para isso, joga praticamente uma final de campeonato contra o Flamengo, no Maracanã, às 16h.

A vantagem é do Inter. Com 69 pontos, o Colorado é o líder da competição. Tem um ponto de vantagem para o Rubro Negro, que com 68, é vice-líder. O jogo, no campeonato de pontos corridos, ganha um caráter de mata-mata para as equipes. Praticamente uma final de Copa do Mundo.

O cenário é simples. Se vencer, o Internacional é campeão, pois abrirá quatro pontos de vantagem

com apenas um jogo a ser disputado. O empate mantém a liderança colorada, que terá de vencer o Corinthians ou torcer contra o Flamengo na última rodada. Se o Flamengo vencer, passa a ter a vantagem. Na última rodada enfrenta o São Paulo, fora de casa.

PROBLEMAS NAS EQUIPES Os dois treinadores, Abel Braga e Rogério Ceni, precisam lidar com problemas nas equipes. Ambos na defesa. No Inter, Victor Cuesta está suspenso e deve dar lugar a Zé Gabriel. O escolhido, no entanto, só será revelado na hora da partida. Há ainda o caso de Rodinei, que deve atuar, mas com a condição de o Inter pagar R$ 1 milhão ao adversário. Já no Flamengo, a ausência fica por conta de Willian Arão, que fraturou um dedo

ESCALAÇÃO

MARACANÃ - DOMINGO, 16H

FLAMENGO

Hugo Isla Gustavo Henrique Rodrigo Caio Filipe Luís Diego Gérson Éverton Ribeiro Arrascaeta Bruno Henrique Gabigol

INTERNACIONAL

Técnico: Rogério Ceni

Técnico: Abel Braga

Marcelo Lomba Rodinei Lucas Ribeiro Zé Gabriel Moisés Rodrigo Dourado Edenilson Patrick Praxedes Caio Vidal Yuri Alberto

do pé em acidente doméstico e dará lugar para Gustavo Henrique.

Gabigol tem sido o principal jogador do Rubro Negro na reta final de campeonato

CAMINHAR DE LAJEADO A Para Dailor Hauenstein, o título virá no Maracanã com gol de Patrick. A jogada, inclusive, já está desenhada. “O gol do 1 a 0 virá em um contra-ataque, que terminará no gol do Pantera Negra”, vislumbra.

Mesmo marcando o gol, o meia não será o melhor em campo.

“O Dourado será o craque do jogo”, diz o torcedor.

A promessa está feita: se o Inter vencer o Campeonato Brasileiro, Dailor irá caminhando

PROMESSAS PELO INTER É comum vermos torcedores fazendo promessas para tentar ajudar o seu time. Não é diferente para o Internacional, que busca o primeiro título de Campeonato Brasileiro em mais de 40 anos.

Afinal, o tricampeonato colorado foi conquistado todo na década de 1970. Pelo menos dois torcedores lajeadense fizeram as suas.

Dailor Hauenstein homenageou Iarlei (foto) e Fernandão no nome de seus filhos

CABELO RASPADO E TATUAGEM NO BRAÇO Para outro torcedor colorado de Lajeado, Ronaldo Melo, a vitória no domingo será de 2 a 1. Gols de Thiago Galhardo e Rodrigo Dourado. A promessa do título está feita. “Vou raspar o cabelo e fazer uma tatuagem no braço com o símbolo do Internacional.”

A sua maior alegria com o Colorado veio no último título brasileiro da equipe, em 1979. “Meu pai me le-

Ronaldo Melo prometeu raspar a cabeça e tatuar o símbolo do clube se o título vier

vou ao estádio para acompanhar o jogo do título invicto, na época eu tinha apenas quatro anos, mas nunca me esquecerei.”

Desde então nunca mais deixou o time de lado. Torcedor apaixonado, coleciona camisas do clube. Entre as mais especiais estão camisas das duas Libertadores da América e a do Mundial de Clubes conquistado pelo Inter.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

GRÊMIO

TRICOLOR SE DESPEDE DA ARENA NO BRASILEIRÃO LUCAS UEBEL

Renato deve escalar força total em busca da vaga direta para a Libertadores Capitão do Inter, Dourado pode levantar a taça no domingo

CLASSIFICAÇÃO

REBAIXAMENTO

SUL-AMERICANA

LIBERTADORES

EQUIPE

PG

V

E

D

GM

GS

SG

Internacional 69 20

9

7

60

33

27

Flamengo

68

20

8

8

65

45

20

Atlético-MG

62

18

8

10

59

43

16

São Paulo*

62

17

11

7

56

38

18

Fluminense

60

17

9

10

52

41

11

Palmeiras*

56 15

11

9

49

33

16

Grêmio

56 13

17

6

52

39

13

Santos

53

14

11

11

51

48

3

Athletico

50

14

8

14

36

35

1

Corinthians

49

13

10

13

45

45

0

Bragantino

49

12

13

11

49

40

9

Ceará

46

12

10

14

50

50

0

Atlético-GO

46

11

13

12

36

43

-7

Sport

42

12

6

18

29

45

-16

Fortaleza

41

10

11

15

34

38

-4

Bahia

38

10

8

18

42

59

-17

Vasco da Gama 37

9

10

17

34

54

-20

Goiás

36

9

9

18

39

60

-21

Coritiba

31

7

10

19

30

49

-19

Botafogo

24

4

12

20

30

60

-30

AGENDA SÁBADO

de Lajeado até a Santinha do Perau, em Encantado. Uma caminhada de cerca de 30 quilômetros.

O torcedor já possui um histórico com o Internacional. O momento mais marcante que viveu com o clube foi o título mundial contra o Barcelona.

O seu filho sabe bem, pois se chama Yarlei Cristian da Silva Hauenstein. Em homenagem ao atacante Iarley, eleito o melhor jogador da partida no Japão. “Dei este nome ao meu primeiro filho e inclusive convidei o próprio jogador para ser padrinho.”

A história não termina por aí. “Minha paixão pelo colorado é tanta que meu segundo filho tem o nome de Fernando, em homenagem ao nosso capitão Fernandão.” O nome de Fernando foi escolhido pelo irmão mais velho, Yarlei.

BRASILEIRÃO

18h30min

Coritiba x Ceará

21h

Fortaleza x Bahia

16h DOMINGO

ENCANTADO

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

16h 16h 18h15min 18h15min 20h15min

18h 20h

Sport x Atlético-MG Corinthians x Vasco da Gama Flamengo Grêmio Santos Goiás

x x x x

Internacional Athletico Fluminense Bragantino

SEGUNDA-FEIRA Palmeiras x Atlético-GO Botafogo x São Paulo

O

Grêmio faz neste domingo o seu último jogo na Arena no Brasileirão. Mais do que se despedir com moral de casa, o Tricolor precisa voltar a vencer em seu domínio para ainda buscar a vaga direta para a Libertadores sem depender da Copa do Brasil.

O desafio da vez é contra o Athletico, às 18h15min.

O Tricolor está há quatro jogos sem vencer na Arena no Campeonato Brasileiro. Com 56 pontos, é o sétimo colocado na competição. Para garantir a vaga direta à Libertadores pelo campeonato nacional, precisa termina na quinta colocação, que hoje pertence ao Fluminense, com 60 pontos. Ao mesmo tempo, um empate assegura a vaga pelo menos nas fases preliminares do torneio continental.

Com a semana cheia para trabalhar, Renato Portaluppi aproveitou para testas alguns jogadores.

Mudanças na estrutura da equipe não estão descartadas. Existe inclusive a possibilidade de o Grêmio utilizar três volantes nas finais da Copa do Brasil. Assim, o time seria testado contra o Athletico.

Livre das lesões, Maicon deve iniciar a partida no meio-campo

NOVIDADES NO TIME

O time titular terá novidades.

Kannemann está recuperado de lesão e deve voltar ao time, atuará ao lado de Rodrigues. Na lateral-esquerda, Bruno Cortez pode retomar espaço na equipe para se conseguir mais solidez defensiva.

Do meio para a frente, há a possibilidade de Lucas Silva ser escalado no lugar de Jean Pyerre, formando assim uma trinca de volantes com Matheus Henrique e Maicon. Já na meia-direita, sem o suspenso Alisson, Ferreira deve iniciar como titular.

ESCALAÇÃO

ARENA - DOMINGO, 18H15MIN

GRÊMIO

Vanderlei Victor Ferraz Rodrigues Kannemann Diogo Barbosa (Cortez) Maicon Matheus Henrique Ferreira Jean Pyerre (Lucas Silva) Técnico: Pepê Renato Portaluppi Diego Souza

ATHLETICO

Técnico: Paulo Autuori

Santos Jonathan Pedro Henrique Thiago Heleno Abner Richard Christian (Vitinho) Léo Cittadini Carlos Eduardo Nikão Renato Kayzer

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

CRAQUES DO VALE

CAMISA 10 DO COMERCIAL

Dieguinho Siqueira persegue o título estadual no Mato Grosso do Sul CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

N

atural de Lajeado e cria do Lajeadense, o meio-campista Diego Henrique de Siqueira, o Dieguinho, pode dizer que aos 24 anos já percorreu uma boa caminhada pelo Brasil. Em 2021, vai para a sua segunda temporada no Comercial, equipe do Mato Grosso do Sul. Entre o Alviazul e a equipe sediada em Campo Grande, passou por outros três estados. Ainda no Rio Grande do Sul, jogou no Esportivo. Subindo o Brasil, atuou no Foz do Iguaçu, no Paraná, Atlético-MG e Anapolina, em Goiás.

Em pouco mais de cinco anos de carreira, atuou em cinco es-

DIVULGAÇÃO

tados.

No Comercial está desde outubro do ano passado, onde inclusive é o camisa 10. “Cheguei ao final do último campeonato. O clube poderia contratar seis jogadores, como eu estava desempregado, entraram em contato com meu empresário e foi feito um pacote para os jogos finais”, lembra.

Nas partidas que participou, agradou. Desta forma, o clube demonstrou interesse na permanência do meio-campista.

“Renovei logo quando terminou o estadual do ano passado. Como não tive outras propostas, logo aceitei.”

RIVALIDADE COM O OPERÁRIO Uma das duas principais equipes de Mato Grosso do Sul, o Comercial tem 9 títulos estaduais e nutre forte rivalidade com o Operário, também

de Campo Grande, detentor de 11 títulos. A expectativa de Diego para a temporada é grande. “Temos o objetivo final de conquistar o título de campeão estadual. Isso irá acontecer em partes, primeiro estamos focados em nos classificar na primeira fase. Com trabalho e dedicação eu acredito que vamos conseguir”, pontua. Se conquistar o título estadual, o clube disputará no segundo semestre a Série D do Campeonato Brasileiro.

DIFERENÇAS DE ESTILO Cria do futebol gaúcho, onde passou por Lajeadense e Esportivo, Dieguinho vê diferenças entre o jogo do nosso estado e o futebol de Mato Grosso do Sul. “No sul há muito força e intensidade, bastante contato. Aqui o jogo é mais cadenciado. Tem bastante força, mas menos contato.”

Comercial é uma das duas principais equipes do Mato Grosso do Sul DIVULGAÇÃO

FICHA TÉCNICA Nome: Diego Henrique de Siqueira Idade: 24 anos Naturalidade: Lajeado Posição: Meia Clubes: Lajeadense, Atlético-MG, Esportivo, Anapolina-GO, Foz do Iguaçu-PR e Comercial-MS No Comercial desde outubro do ano passado, o camisa 10 recentemente renovou o seu contrato

CAETANO PRETTO

VELOTERRA

PROVA ADIADA

O Parque de Eventos de Lajeado estava pronto para receber a primeira etapa de um campeonato de veloterra na temporada, a Summer Cup – Taça Lottici Radiadores. Com a estrutura montada e evento programado para sábado e domingo, veio a má notícia: provas canceladas.

Com a região de Lajeado sofrendo novamente com a pandemia, organizadores e admi-

nistração municipal optaram por cancelar temporariamente a etapa.

Segundo o promotor da Summer Cup, André Tramontini da Costa, o evento será realizado em outro momento, ainda a ser divulgado. “Vamos estudar a melhor data, precisamos esperar e ver a situação sanitária da região, para podermos assim nos organizar novamente”, disse Tramontini.

O cancelamento também foi lamentado pelo presidente do Lajeado Moto Clube, Roberto Cord. No entanto, é consenso entre organizadores e promotores que a melhor alternativa é pelo adiamento. Mesmo sem presença de público, a segunda etapa do Summer Cup de Veloterra estava prevendo receber mais de 100 pilotos entre o sábado e o domingo.

Mesmo sem público, evento em Lajeado iria receber cerca de cem pilotos

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

EZEQUIEL NEITZKE

SETE DE SETEMBRO

SEMIFINAIS OCORREM SEGUNDA

Um dos grandes campeões da Soges, o Xtotz United enfrenta o Saidera na semifinal da Série Ouro

TORNEIO DE VERÃO DA SOGES

SÁBADO PARA CONHECER OS FINALISTAS

Semifinais das séries Prata e Ouro serão disputadas neste fim de semana CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Torneio de Verão da Soges se aproxima da grande final. Durante a semana as equipes disputaram os confrontos de quartas de final. Agora, neste sábado, é a vez das séries Prata e Ouro decidirem quem serão os seus finalistas.

As semifinais serão jogadas todas neste sábado, a partir das 16h. O primeiro jogo é válido pela Série Prata, com Estrelas do Futuro x Firma. Na mesma séries, Tô Com Sede e Demonhos Jr se enfrentam.

Na Série Ouro, a primeira disputa é entre Interditados x Diretoria. Depois jogam Saidera e Xtotz United .

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O Clube Sete de Setembro conheceu na quinta-feira, 18, quem são os semifinalistas do seu Torneio de Verão. Os finalistas das séries Prata e Ouro serão conhecidos na próxima segunda-feira.

Na Série Prata, Coringa, América, Jeduca e Meia Boca Jr. ainda seguem vivos na disputa pelo título. Enquanto que na Séries Ouro, os remanes-

centes são Tabajara, Mercenários, Tocafogo e Real Madruga.

ÚLTIMA RODADA O clube realizou na quinta-feira a última rodada da fase de grupos da segunda fase. Foram três jogos. Primeiro, o Tocafogo não teve dificuldade ao vencer o Debilitados por 5 a 0. A segunda e a terceira partida tiveram o mesmo resultado, vitórias por 3 a 1 de Jeduca e Tabajara sobre Kanxeiros e Real Madruga.

EZEQUIEL NEITZKE

RESULTADOS SÉRIE PRATA

TIROS LIVRES DEFINEM A OURO

Demonhos Jr 7 x 6 Fúria FC Os Kururus NC 2 x 3 Tô Com Sede

As quartas de final tiveram o seu complemento na quinta-feira à noite. Dois pela Prata e dois pela Ouro. Na prata, o Demonhos Jr. eliminou o Fúria ao vencer por 7 a 6, enquanto que o Tô Com Sede fez 3 a 2 no Os Kururus NC. Foi na Ouro que a emoção prevaleceu, com dois jogos sendo decididos nos tiros livres. Super 10 Original e Diretoria FC empataram em 4 a 4. Na bola parada, melhor para o Diretoria, que fez 2 a 1. O mesmo se repetiu entre Interditados e Sem Bronca. Após o empate em 3 a 3, melhor para o Interditados, que fez 2 a 1.

Super 10 Original 4 (1) x (2) 4 Diretoria FC Interditados FT 3 (2) x (1) 3 Sem Bronca

SÉRIE OURO

SEMIFINAIS SÁBADO SÉRIE PRATA

16h – Estrelas do Futuro x Firma 18h20min – Tô Com Sede x Demonhos Jr.

SÉRIE OURO

17h10min – Interditados x Diretoria 19h30min – Saidera x Xtotz United

Real Madruga jogará contra o Tocafogo a semifinal da Série Ouro

RESULTADOS

4ª Rodada

Tocafogo 5 x 0 Debilitados Jeduca 3 x 1 Kanxeiros Tabajara 3 x 1 Real Madruga

SEMIFINAIS

Segunda-feira, dia 22

SÉRIE PRATA

19h20min – Coringa x América 21h – Jeduca x Meia Boca Jr.

SÉRIE OURO

20h10min – Tabajara x Mercenários 21h50min – Tocafogo x Real Madruga

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

CLÁUDIO KLEIN

Secretário Municipal de Saúde de Lajeado

E

sta pandemia pelo novo coronavírus trouxe enormes transtornos a vida de cada um de nós. Não é sem razão que o ano de 2020 foi declarado como o pior ano da história pela revista norte-americana Time. Mas tenho também a convicção de que incontáveis pontos positivos estão sendo levantados e, espero, bem utilizados num futuro próximo. E neste contexto é que cito o tratamento precoce.

Entre tantas informações, observamos uma queda impressionante em todas as outras infecções respiratórias, resfriados e gripes apresentaram números 80% menores que em anos anteriores. Será o distanciamento social?

Será o isolamento dos sintomáticos?

Será o diagnóstico apurado? Serão as máscaras? Praticamente todos os indicadores de violência caíram. Acidentes de trânsito com morte caíram. Claro, entender a justificativa e poder replicar isso será mais um trabalho.

Mas como coloco acima, o termo tratamento precoce, em especial com uso de determinados medicamentos, ganhou uma polêmica muito acima do que seria científico – termo agora popularizado – afirmar. Mas quero ir além desta polêmica medicamentosa.

Ouso afirmar que descobrimos (em especial a saúde, incluindo médicos) o quão ignorantes sempre fomos com relação a esta visão de precocidade.

Uma ponderação hoje aceita mundial-

ARTIGO

mente como verdadeira, é o câncer, uma abordagem lógica de mitigar sua descoberto “em tempo” tem mais agressividade, evitar seu crescimento, chances de cura. Mas que tempo? favorecendo a resposta do organismo E o que fazemos com tantas outras e assim sua mais rápida e completa doenças. Até abordamos prevenção, recuperação. É isso que o tratamento vida saudável, exercícios. Mas sobre precoce orienta e agora virou proposta. doenças? Tratamos. Quando? Quando No caso da covid-19, quando a pesjá estão instaladas e na sua maioria, soa é contaminada adiantadas. Ora, biologicamente pelo vírus, este falando, nosso organismo está em em contato constante luta contra outros seres com as cévivos que nos agridem lulas da via (ou talvez para eles nós respiratória, somos parte de sua penetra na célula cadeia alimentar). No “Sou claro em afirmar que humana, liga-se a que chamamos infec- o tratamento precoce certas estruturas denção, um fungo, paramedicamentoso tem base tro da célula e inicia sita, vírus ou bactéria, sua replicação, seu científica e ética e recorompe uma barreira crescimento. Quando mendo seu uso, baseado algumas centenas a natural e inicia seu processo de replicasempre na indicação de milhares de cópias do ção, de crescimento, vírus infectam outras causando danos ao ser um médico.” células e tem um núhumano por ele infecmero elevado de vírus tado. E este ser, quando está com seu circulando, sentimos a doença. organismo desequilibrado, adoece.

Até o surgimento desta pandemia, a Até agora, na saúde e em especial ideia era acompanhar estas manifesnós médicos, fomos treinados para tações, tratando apenas os sintomas, identificar a doença, avaliar a causa a febre, a dor no corpo, a tosse, a falta e tratar. de ar, esperando pelo organismo proHoje, com esta perspectiva trazida duzir suas defesas, seus anticorpos e pelo modelo de tratamento precoce assim recuperar sua integridade elimipassamos a vislumbrar uma proposnando o agressor. E isto funciona até ta diferente. Em vez de esperar pela bem, para muitas pessoas. Mas alguns evolução da doença, de permitir aos de nós não se recuperam. “agressores” se replicar, crescer e E da discussão sobre tempo de replicausar dano, podemos considerar cação viral, da chamada carga viral, da

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

C

arlos era um homem de 64 anos que labutava a vida toda.

Sua paixão era sua profissão.

Carlos era alfaiate e seus ternos eram costurados com esmero e com capricho. Morador da cidade de Canoas, a maioria de seus clientes eram de Porto Alegre.

Há um tempo, Carlos vinha sentindo dor nos braços, nas costas e nas pernas. Disseram que era artrite. Disseram que era artrose. Disseram que era de idade.

Por fim, muito incomodado com a dor, Carlos foi ao médico.

Era uma tarde de maio quando Carlos me procurou no consultório, encaminho ele para o ortopedista. Ele tinha lesões nos ossos – metástases – e não se sabia onde havia começado. Não é uma situação muito comum, mas em cerca de 7% dos casos, não se consegue estabelecer

Pandemia e tratamento precoce, vale?

ARTIGO

resposta do organismo, de seus mecanismos próprios de defesa, veio a proposta do que chamamos de tratamento precoce e aqui incluo o tratamento profilático também. Percebemos que podemos sim interferir desde antes do vírus nos agredir, melhorando nossas defesas, que podemos reduzir a carga viral, podemos dificultar a replicação do vírus, seu crescimento e sua disseminação pelo organismo. Depois de um ano dessa pandemia, identificamos mais de uma dezena de medicamentos com poder de interferir nestas várias etapas de evolução de uma doença como esta, mas que servirá para tantas outras. E por esta lógica de beneficiar sempre o paciente, procurando atuar de forma proativa nos casos pertinentes, sou claro em afirmar que o tratamento precoce medicamentoso tem base científica e ética e recomendo seu uso, baseado sempre na indicação de um médico.

Sobre a polêmica, para alguns, de que este ou aquele produto atua ou não como o previsto nos estudos, ainda temos dados a confirmar. Mas com certeza, não vai ser negando os estudos científicos que já estão disponíveis, que já comprovaram eficácia, redução de carga viral, do tempo de sintomas, de internação hospitalar e mortes, que vamos chegar a resposta de oferecer o melhor tratamento possível para esta e qualquer outra doença.

A luta de seu Carlos

em que região começou a doença.

Sua fala mansa não escondia a dor maior que ele sentia, a de não poder mais trabalhar, costurar, pois a dor física lhe proíbe de fazer tal atividade.

Novos exames foram feitos sem acrescentar novas informações ao caso.

Iniciou-se a quimioterapia que se estenderia pelos próximos meses.

Carlos continuou sofrendo a seu modo, em silêncio.

O tempo foi passando.

E nada de melhora.

Numa bela manhã de sábado, final de setembro, saí cedo de casa para ver os pacientes internados. Ao chegar na Santa Casa, toca o telefone. Era

o irmão de Carlos: - “Doutor, o Carlos não tá bem!”. Pensei um pouco e disse: - “Vamos interná-lo”.

Alguns minutos e telefonemas depois, liguei de volta e pedi que levassem Carlos ao hospital. Eu passaria lá por volta das 11 horas.

Por volta do horário combinado, cheguei ao hospital. Carlos já estava instalado no leito que lhe foi reservado.

Estava igual, fala mansa, o olhar que traduzia seu sofrimento, mas sem se queixar.

Conversamos, fiz as perguntas de

“Cheguei. Estacionei. O telefone tocou. Era o hospital. Carlos acabara de falecer...”

praxe, examinei-o. Nada de novo, nada digno de nota.

Combinei que solicitaria novos exames e que voltaria no final da tarde para vê-lo e aos exames.

Ao me aproximar da porta, já indo embora, ele me chamou: - “doutor!”.

E sinalizou com a mão para que eu voltasse e me aproximasse. Estendeu-me a mão e disse, me olhando nos olhos: - “Já que nós não vamos mais no ver, queria lhe agradecer e me despedir”. Fiquei gelado! Deilhe a mão e disse um: - “Até depois”, meio engasgado e fui.

A imagem não me saía da cabeça.

Peguei meu carro e sai em direção à minha casa, a poucas quadras dali.

Cheguei. Estacionei. O telefone tocou.

Era o hospital.

Carlos acabara de falecer...!

A luta chegou ao fim.

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A HORA | Fim de semana, 20 e 21 de fevereiro de 2021

ARDÊMIO HEINECK

CAROLINE LIMA SILVA Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

Comunicação Não-Violenta: o resgate humanizado

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uito se tem falado na dificuldade de comunicação das pessoas. Em tempos de redes sociais, onde tudo o que se diz é permitido, tem base no senso comum e se torna amplificado, comunicar de forma assertiva é uma arte. Mais do que isso: acaba por ser um desafio diante do poder que a palavra tem na nossa vida. Os indianos nos ensinam que a palavra é mantra e ecoa no Universo e, uma vez proferida, é tal qual a flecha que é lançada e não se pode mais mudar o rumo. Neste sentido, a

“Não basta ouvirmos o outro, é necessário sairmos de nós mesmos para uma condição de presença, o que presume atenção plena e consideração.”

Comunicação Não-Violenta apresenta-se como uma ferramenta não apenas para servir de auxílio na harmonia das relações, mas também para resgatar o seu aspecto mais natural, humanizado e compassivo. Humanizado principalmente, porque a maioria das pessoas cresceu utilizando uma linguagem que estimula a rotular, comparar e julgar, o que sem dúvida, contribui para uma série de más interpretações errôneas.

Marshall Rosenberg, psicólogo

ardemio@bewnet.com.br

ARTIGO

americano, desenvolveu o método comunicativo chamado Comunicação Não-Violenta no começo dos anos 1970, servindo de guia para a resolução de conflitos em mais de 65 países ao redor do mundo. A CNV nos aponta que o amor é o estado mais natural do ser humano, e não o ódio, pois os comportamentos violentos resultam de nossos condicionamentos, construídos social e culturalmente. Nos diversos exemplos sociais da aplicação de CNV, encontra-se a prioridade de considerar os valores comuns entre todos, uma atitude baseada na empatia. Assim, entende-se que muito do que é entendido tem muito mais a ver com quem ouve do quem fala, já que se sabe que percebemos o mundo através de nossos paradigmas preestabelecidos, projetando o que temos dentro de nós ao externo. Tentamos sempre encaixar o que observamos na fôrma dos nossos esquemas mentais, o que, de fato, acaba por resultar na distorção da realidade.

Dessa forma, observar o que é dito sem julgamentos, percebendo a necessidade e o sentimento da outra pessoa constitui-se no primeiro passo rumo a uma comunicação harmoniosa entre as pessoas. Não basta ouvirmos o outro, é necessário sairmos de nós mesmos para uma condição de presença, o que presume atenção plena e consideração. Um exercício diário que todos deveríamos fazer, dada a nossa responsabilidade no mundo. Cabe a você aceitá-lo ou não.

ARTIGO

BR-386: complementos às memórias

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eportagens de jornais são registros da história. É o caso da matéria de Mateus Souza no A Hora do último fim de semana, título “BR-386 – Memórias e lições da duplicação que transformou o Vale”, contando fatos da duplicação dos 33 km entre Tabaí/Estrela. Valida esta assertiva na página 7 ao reproduzir matérias a respeito, que A Hora publicou de 2010 (início da obra) a 2018 (sua conclusão). A matéria é alusiva ao começo próximo da duplicação Lajeado / Marques de Souza, de 20 km, pela concessionária CCR, Entendi poder complementar o belo relato do jornalista Mateus, trazendo aqui outras ocorrências importantes. Afinal, até chegar-se no início das obras em 2010 houve muita articulação e trabalho de um tenaz grupo regional. Até retrocedo mais, lembrando a articulação vital liderada

“Até chegar-se no início das obras em 2010, houve muita articulação e trabalho de um tenaz grupo regional” pela Associação Comercial de Lajeado – ACIL, na década de 50, que levou à alteração do traçado da 386, de Venâncio Aires, para cá.

Sabiamente, afora valer-se dos argumentos certos, a entidade obteve o decisivo apoio de duas empresas americanas de Lajeado, já que a verba para a construção da rodovia provinha do Programa Norte-americano “Aliança para o Progresso”, de apoio ao desenvolvimento de países emergentes.

No caso presente – Estrela/Tabaí –, a mobilização começou com uma “convocação” a entidades, do então deputado estadual Elmar Schneider, num café da manhã, lançando-lhes o desafio da duplicação. Univates e Codevat, pelo reitor e presidente Ney Lazzari, assumem a coordenação, executivamente praticada por Carlos Alberto

Martini, secretário executivo daquele Conselho e secretário da Ind. e Com. de Lajeado. Juntam-se a ACILajeado, ACIEstrela, CIC Vale do Taquari (que presidia à época), Nilto Scapin (Conpasul – construtora de duplicação) e Leandro Eckardt, que construiu a nova aldeia indígena em tempo recorde, para auxiliar na liberação mais ágil pela FUNAI. Paralelamente, uma votação popular regional, promovida pela RBS, colocou a obra entre as três mais votadas, no Estado, dentre doze elencadas, com o que recebeu o apoio daquele Grupo de mídia.

No campo político, a chefe da Casa Civil de Lula, Dilma Rousseff, gerenciadora do Plano de Aceleração do Crescimento – PAC 1, que garantiu os recursos necessários, graças às gestões do deputado estadual Luiz Fernando Schmidt, deputado federal Beto Albuquerque, senador Paulo Paim e ministro Mendes Ribeiro Filho.

Contudo, parafraseando o dito popular, “nem tudo são flores” na duplicação Estrela/Tabaí. A Conpasul venceu a licitação para conclusão dos trabalhos em dois anos.

Nos bastidores, a empresa comentava tentar fazê-lo na metade do tempo, dada a relevância para o Vale e para o Estado.

Por motivos que – sirvam de lição – não podem se repetir, a conclusão só foi possível em oito anos. No licenciamento ambiental, o IBAMA, prático, logo viabilizou o início dos trabalhos. Já o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), parecer necessário no bojo da liberação, ajudou na lerdeza.

Contava apenas com dois técnicos para o Estado todo. Já a FUNAI foi a “tranca rua”. Desnudou inaptidões para tratar da questão indígena e, desnecessariamente obstou, por anos, a liberação dos últimos 8 km. A cada exigência atendida, surgiam outras, levando a obra à paralisação e à falta de recursos. Entra, então, a articulação vital da CIC Vale do Taquari, já sob a batuta de Ito Lanius. Com o fechamento da rodovia, numa ocasião, obteve espaços na mídia para denunciar os descalabros e, junto ao DNIT, a retomada e a conclusão das obras. Transparece já não a articulação regional, mas uma desarticulação que em nada ajudou. Felizmente, em reconstrução.

Fim de semana,

20 e 21 de fevereiro de 2021

MÍN: 20º MÁX: 34º

Sol e aumento de nuvens pela manhã.

Pancadas de chuva à tarde e à noite.

JÉSSICA R. MALLMANN

De volta aos treinos Retomar as atividades físicas após as férias pode ser um desafio para muitas pessoas.

Independente do nível de condicionamento físico e tempo de prática, após algumas semanas sem treinar, as atividades que costumavam ser fáceis tornam-se mais desafiadoras. Nesta edição, descubra a melhor forma de voltar aos seus treinos.