Negócios em Pauta - 13/02/2021

Natural da Serra, Nilto Scapin chegou ao Vale do Taquari em 1984 e se tornou um dos principais empresários da região. Com destacada atuação nas entidades de classe, recebeu em 1993 o título de cidadão Lajeadense.

Páginas 6 e 7

Vale do Taquari

Fim de semana, 13 e 14 de fevereiro de 2021

Edição 78

MERCADO

Insumo fundamental para as atividades da indústria e da construção civil, o aço acumula alta de mais de 100% desde o início da pandemia. Entidades alertam para os riscos provocados pela elevação do material no processo de recuperação da economia. Alta nos Tubos de PVC, fios e cabos elétricos também preocupam.

Páginas 6 e 7

RODRIGO MARTINI / ARQUIVO

Alta do aço preocupa indústria e construção

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Fim de semana, 13 e 14 de fevereiro de 2021

OPINIÃO

Realização

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

Apoiadores

A

Polo de Pato Branco inspira Encantado

Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) e o Comitê do Futuro integraram comitiva que visitou a cidade de Pato Branco, no Paraná. Referência em inovação, tecnologia e incentivo ao empreendedorismo, o município paranaense serve de inspiração para Encantado.

Presidente da ACI-E, Maria Cristina Castoldi afirma que visita serviu como um alerta. Segundo ela, Encantado precisa buscar uma metodologia apropriada para o desenvolvimento, com planejamento estratégico de longo prazo e adesão do poder público, entidades, acadêmico, empresas, líderes comunitários e a sociedade.

Proposta nesse sentido visa viabi-

Comitiva foi recepcionada pelo prefeito do município paranaense lizar parcerias público-privadas em programa de desenvolvimento local.

Vai na mesma direção do Inova.RS e do Pro_Move Lajeado: abrir o município para as formas de fazer negócio consagradas no Vale do Silício e replicadas em diversos polos de tecno-

logia – entre eles o de Pato Branco.

Conhecer exemplos próximos e distantes é um passo importante, mas a principal crítica às iniciativas já existentes na região e no RS é quanto a lentidão. A chave é sair do discurso e agir.

MARCANTE E ATUAL Eu conheço um pouco das outras regiões do país, e ter um complexo como o da universidade em Lajeado é impressionante, ainda mais porque ela abrange todas as cidades da região.

Não vejo como uma pessoa ou uma comunidade pode progredir sem estar ligada ao meio acadêmico, sem estar na universidade buscando novas informações e oportunidades”

Neori Ernani Abel

Presidente da Sicredi Ouro Branco, em entrevista para o Negócios em Pauta de Fevereiro de 2019.

Cursos para produção de alimentos e bebidas VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

As indústrias de alimentos e bebidas são o foco de dois novos projetos online do Sebrae RS voltados para diferentes fases do negócio.

Um deles, chamado Start, se destina a quem está começando um negócio e foi elaborado para preparar comercialmente os empreendedores por meio da adequação de mo-

delos de negócios e da implementação de estratégias comerciais.

Já o Aceleração Comercial conta com ações de melhorias e estratégias para dimensionamento de resultados e adoção de novos modelos comerciais para atuação nos diferentes canais de venda. Os dois projetos ocorrem de março a

setembro e também ajudam na preparação para acesso a mercado, com participação em feiras e eventos do setor além de informações sobre as tendências do setor.

As inscrições podem ser feitas até o final de fevereiro, no endereço: https://conhecimento.sebraers.com. br/lp/conexao-alimentos-2021/.

Sonegação ou desespero?

O ano de 2020 foi marcado por um recorde no número de empresas abertas no país. Os mais de 3,3 milhões de novos CNPJs podem trazer a ilusão de que a crise da pandemia serviu para impulsionar o empreendedorismo. Essa não é a realidade.

Quase 80% dessas novas empresas foram abertas na modalidade Micro Empreendedor Individual, o famoso MEI. Criado para tirar da ilegalidade os milhões de negócios informais do país, o MEI é importante ferramenta para geração de renda.

Mas, acaba também se tornando mecanismo de sonegação fiscal.

O alerta partiu dos empresários contábeis Rui Mallmann e Valmor Kappler, na Rádio A Hora. Muitos empresários aproveitaram a modalidade para reduzir a carga tributária, o que não seria problema se a empresa em questão se encaixasse no valor máximo de arrecadação permitido, hoje R$ 81 mil por mês.

Para burlar a regra, esses empresários abrem mais de uma MEI, usando nome de familiares ou terceiros. Assim, pagam uma taxa de cerca de R$ 60 por mês para cada CNPJ envolvido na operação. Uma forma desonesta de fazer negócios. É nefasto porque desvia a finalidade de uma ferramenta importante para a redução da enorme desigualdade social braileira. Indecoroso, porque proporciona uma grande vantagem competitiva na comparação com empresas que pagam seus impostos corretamente.

O avanço dos MEIs também é um sinal de desespero dos mais de 14 milhões de desempregados. Sem perspectiva de uma recolocação, boa parte deles encontra no “empreendedorismo por necessidade” uma forma de colocar comida na mesa.

Para eles que o MEI foi criado e a eles deveria continuar pertencendo.

Boa Leitura !

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Fim de semana, 13 e 14 de fevereiro de 2021 Apresentado por

Vazamento de dados alerta para medidas de segurança Informações com CPF, fotos e endereço de mais de 223 milhões de brasileiros foram divulgadas ilegalmente na internet. Saiba como se proteger

A

s notícias sobre o maior vazamento de dados da história do Brasil reascenderam a discussão sobre a segurança eletrônica, seja pessoal, corporativa ou de órgãos governamentais.

Mais de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas que já morreram, tiveram informações divulgadas na internet no fim de janeiro.

Entre os dados vazados, cujos pacotes estavam sendo vendidos em um fórum online, estão CPFs, fotos, endereços, telefones, e-mails, scores de crédito, salários, lista de familiares, dados de veículos, além de benefícios do INSS e programas sociais como o Bolsa Família.

As informações podem ser utilizadas por criminosos para realizar fraudes e aplicar golpes variados, que

vão desde o envio de comunicações com faturas falsas até a abertura de contas e falsidade ideológica. As autoridades ainda investigam a origem do vazamento, mas o caso abre o alerta sobre as responsabilizações previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Criada em 2018 e em vigor desde setembro do ano passado, a LGPD visa justamente proteger os dados pessoais. A partir de agosto desse ano, passam a valer punições para empresas e órgãos públicos por vazarem informações de terceiros ou não tomarem medidas para evitar vazamentos, com multas que podem chegar a R$ 52 milhões.

Engenheiro de Cibersegurança da Olicenter, Gerson Fell afirma que as notícias sobre ataques de ransomwa-

Agora com a LGPD os ciber criminosos estão realizando um pedido duplo de resgate, tanto para liberação quanto para manter as informações em sigilo.”

GERSON FEIL

Engenheiro de Cibersegurança

res são recorrentes. Da mesma forma, aponta aumento nas extorsões que normalmente sucedem invasões do tipo.

“Agora com a LGPD os ciber criminosos estão realizando um pedido duplo de resgate, tanto para liberação quanto para manter as informações em sigilo”, alerta. Para ele, 2021 será um ano no qual as empresas investirão fortemente na proteção de dados.

Medidas de proteção Para Gerson Fell, as organizações precisam compreender a urgência de proteger tanto as suas informações quanto a de clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros.

“Sempre gosto de perguntar: ‘quanto

valem os dados da sua empresa?’.

Os dados são os bens mais preciosos de uma organização.”

Conforme Fell, a prevenção e o monitoramento periódico são as principais medidas para se proteger contra essas invasões. “A mobilização de uma equipe de TI preparada para traçar planos, acompanhar processos regularmente e para agir rapidamente em momentos de ataque está entre as principais atitudes a serem tomadas.”

Outras medidas também ajudam a aumentar a proteção contra ataques, como a orientação aos funcionários sobre o melhor uso da internet e de equipamentos e a busca por atualização constante sobre os avanços na área de TI. Produzido por

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“Um negócio tem alegrias e tristezas” Reconhecido pela trajetória empresarial, Nilto Scapin também se destaca pela atuação nas entidades de classe

N

atural de Bento Gonçalves, Nilto Scapin adotou o Vale do Taquari no início dos anos 1980, quando se tornou sócio da então Britagem Taquari, depois Conpasul. Ainda jovem, ele assumiu a gerência da organização que se viria a se tornar um grupo empresarial com diferentes negócios.

Hoje, Scapin está à frente das empresa Rhodoss, de implementos rodoviários e da Dinacon, única fabricante de explosivos instalada no RS. Também é reconhecido pela destacada atuação nas entidades empresariais e setoriais.

Ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Estrela (Cacis) e da Expovale, atualmente é vice-presidente da Agabritas/ Sindibritas. Em 1993, foi homenageado com o título de cidadão Lajeadense.

lonos e meu pai caminhoneiro. Sou apaixonado por caminhão, tenho isso no sangue. Com dez anos eu comecei a trabalhar na rodoviária de Bento. Depois trabalhei de garçom, fui frentista de posto de gasolina e, quando fiz 18 anos, tirei a carteira e fui trabalhar de motorista de caminhão com meu pai. Até que o quartel me pegou. Depois do exército, voltei para o caminhão, mas em dois meses senti que não era isso que queria. Fui trabalhar de empregado na empresa Concresul, de Bento Gonçalves. Com vinte e poucos anos tive a oportunidade de me tornar gerente da empresa.

Os sócios da época resolveram expandir a empresa e viram o Vale do Taquari como oportunidade.

– De que forma você veio para a região?

Scapin – Vieram para fazer uma pesquisa. O prefeito de Estrela da época ofereceu a instalação de britagem que a prefeitura tinha para um dos sócios. Eu vim junto para analisar o equipamento e fazer um parecer técnico. No retorno, os dois sócios, que eram meus patrões, viram que era uma boa oportunidade. Eles me elegeram para vir para cá e ser sócio deles. Nos instalamos em Estrela e fomos melhorando e aperfeiçoando as instalações que existiam. Assim começa a história da Britagem Taquari, depois mudamos o nome e marca para Conpasul.

18 anos. Ele transportava madeira e sugeri de comprar um depósito grande para trabalhar com pronta entrega. Já estava dentro de mim uma vontade de empreender. Meu pai achou que eu era muito novo.

Quando fui convidado para a sociedade me saltou os olhos para a oportunidade de ter participação em um negócio próprio. Uma sociedade é muito importante quando os sócios se complementam. Eram dois empresários que já tinha uma certa experiência, e eu novo entrando. Eu vim para cá e eles ficaram na Serra.

A Lei de Licitações é quase perfeita.

As obras da Copa de 2014 e as da Petrobras não passavam por essa lei e foi por isso que ocorreram todos esses problemas provados pela LavaJato."

– Quais foram os desafios do início das operações?

Scapin – De longe, a gente foi trocando informações por telefone e enfrentando o dia a dia. Era abrir mercado e construir a estrutura do zero. O que tinha era máquinas que a prefeitura tinha, todas mal cuidadas, mal operadas e que demandavam muitas reformas e modificações para poder se adequar às exigências do mercado. Mas temos que acreditar nas coisas. Na época, até mesmo a telefonia era complicada, tínhamos um aparelho a manivela e pilha, que ligava para uma

central no Centro de Estrela e de lá fazia as chamadas. Assim como as oportunidades, os primeiros desafios fazem evoluir e buscar resultados nos negócios.

– Como a empresa se tornou um grupo empresarial?

Scapin – Começamos com pedra, depois concreto e pavimentação asfáltica. Também ingressamos no ramo de explosivos, com a empresa Dinacon, hoje a única fabricante do Rio Grande do Sul. Depois a Rhodoss implementos rodoviários, onde fabricamos carretas. Foram se agregando uma série de outras empresas ao Grupo e fomos tocando. As coisas sempre foram muito bem até chegar a crise de 2014, 2015. Um negócio tem alegrias e tristezas, nem sempre tudo vai dar certo ou errado e é preciso administrar isso e ir se adaptando.

– Como a crise afetou o Grupo?

Scapin – Nossa empresa principal era muito focada em contratos com o poder público, federal, estadual e municipal. Nessa época tínhamos feito muitos investimento e expansões. Com a crise, sentimos muito e infelizmente tivemos

– Você já pensava em se tornar sócio e gestor de uma empresa?

– Qual o começo da sua caminhada profissional?

Nilton Scapin – Eu nasci em Bento Gonçalves, no Hospital Tacchini, depois fui morar em Monte Belo, onde morava meus pais e meus avós. Era o primeiro distrito de Bento, hoje emancipado, no fim do Vale dos Vinhedos. Meus avós eram co-

Scapin – Na época que eu estava em Bento, fazia faculdade de economia na UCS e morava com meus pais. Vir para o Vale era um desafio. Tinha que mudar de faculdade, de cidade e começar um negócio novo. Sempre fui muito guerreiro e trabalhei muito. Antes dessa época, me lembro de uma passagem com meu pai, quando eu tinha menos de

Scapin com a equipe da Dinacon, única fábricante de explosivos do Rio Grande do Sul

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THIAGO MAURIQUE

Além da Dinacon, Nilto Scapin também administra a empresa Rhodoss, fabricante de implementos rodoviários com sede em Estrela que tomar medidas que não são agradáveis, mas são necessárias.

Por incrível que pareça, o segmento de infraestrutura é o único segmento tabelado do Brasil. Quem impõe o preço é o órgão contratante. Eles definem o teto e você tem que trabalhar dali para baixo. Se fala que obra pública tem muita confusão no país e de fato tem. Porque um dos governos abriu a guarda da Lei de licitações, que é quase perfeita.

As obras da Copa de 2014 e as da Petrobras não passavam por essa lei e foi por isso que ocorreram todos esses problemas provados pela Lava Jato. A ganância de alguns em tirar proveito da situação desencadeou toda essa situação.

– Trabalhar com obras públicas é um bom negócio?

Scapin – Nos últimos anos não.

Já teve momentos bons. Na verdade, cada obra é uma obra e cada caso é um caso. Não é simples nem fácil. Teve momentos da história com mega empreendimentos, como Itaipu e as grandes hidrelétricas mais recentes, no Norte do País, onde muitas empresas saíram bem, mas muitas tiveram prejuízos

enormes. É preciso estudar bem o órgão contratante, ver se o recurso está assegurado. Se pegar o histórico nos últimos 20 anos do setor federal, nós tivemos os últimos dois anos com pagamentos em dia. Já teve momentos de ficar 12, 18 meses sem receber o valor da obra, e você ter que pagar pessoas e fornecedores. Isso arrebenta qualquer empresa. Hoje percebemos que o valor da obra liberado é menor, mas o pagamento é certo. Fomos evoluindo e nos adaptando no decorrer dos anos e enfrentando essa loucura que é empreender no Brasil, ainda mais quando estamos lidando com órgãos públicos.

– Você também é reconhecido pela atuação nas entidades de classe.

Quais são as motivações?

Scapin – Acredito muito nas entidades e sempre atuei nas associações dos setores onde atuo. São locais onde se troca muita informação, conhecemos os concorrentes e os clientes. Existem pleitos empresariais que são comuns a todos e é mais fácil trabalhar no coletivo.

Penso que todos os jovens empreendedores devem participar das entidades de classe porque são aprendizados muito grandes. Crescemos muito como empresários. Não é perda de tempo, é investimento. Se

ganha muita coisa com aqueles minutos de troca de experiências, que também elevam o conhecimento e nos ajuda a enfrentar o dia a dia. Já presidi a Acil, a Cacis, a Expovale, a Agabritas e a Sisecon. Em 1993, recebi o título de Cidadão Lajeadense, do qual tenho muito orgulho.

– O que é preciso para ter sucesso no empreendedorismo?

Scapin – Saber o que se quer, ter foco no negócio e não esperar que o resultado seja imediato. Estudar e conhecer muito o segmento que quer entrar. Acreditar, ter pensamento positivo e se cercar de pessoas com conhecimento para trabalhar junto. Buscar informação, pois a pessoa curiosa tende a crescer mais. Ter muito cuidado com investimentos, fluxo de caixa. Empreender é uma ambição de 90% da população brasileira. Nem sempre vai dar certo, mas temos que tentar.

O jovem que tem essa perspectiva precisa dar esse passo. Acredito que uma associação, com um ou outro colega, também é importante para não começar sozinho. Uma sociedade for bem amarrada, com regras de conduta bem definidas, tendem a dar muito certo. Duas cabeças pensam melhor que uma e quando há o somatório de interesses e vontades, podemos ter a chave do sucesso.

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DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO QUE NÃO QUER TOMAR VACINA CONTRA A COVID-19

R

ecentemente o Ministério Público do Trabalho (MPT), órgão responsável por fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista no País, editou um Guia Técnico Interno de Assuntos Relativos a Covid-19.

O documento contém análise de várias normas brasileiras sobre saúde, medicina e segurança no trabalho, pontuando que a vacinação contra a COVID-19 tem como objetivo concretizar o direito fundamental à vida e à saúde do trabalhador, inclusive no seu aspecto coletivo e social.

Aponta, quanto a empregados rurais e da saúde, a existência de normas prevendo a compulsoriedade da vacinação face a outros riscos biológicos, devendo o custeio se dar pelo empregador (NR 32), ou por meio da possibilidade de acesso aos órgãos de saúde que promovem vacinação (NR 31).

Quanto aos demais setores da econômica, procedendo a uma interpretação sistemática da matéria, o MPT conclui que o ordenamento jurídico prevê: 1) a compulsoriedade da vacinação com base no critério da exposição do trabalhador aos agentes biológicos e 2) elege como princípio, o dever de contenção coletiva da pandemia, com o aumento da imunização da população, objetivando a diminuição da transmissibilidade e da incidência de infecção e a redução de casos graves ou óbitos pela doença.

Com tais ponderações, pontua que “na pandemia da COVID - 19, a qual todos os trabalhadores estão expostos ao novo risco biológico SARS-CoV-2, a conclusão inarredável é que a vacinação é compulsória para toda a população, incluindo os trabalhadores, cabendo aos empregadores, juntamente com o Poder Público, cumprirem o plano nacional de vacinação, e adotarem as medidas necessárias para a contenção da pandemia, seja com medidas individuais ou coletivas”.

Salienta em razão do reconhecimento ao direito à saúde dos trabalhadores que: a) as empresas são obrigadas a colaborar com o plano nacional de vacinação e que b) os trabalha-

Fernando Peretti Schäffer OAB/RS 37.772 fernando@schafferadvogados.com.br

dores também são obrigados a colaborar com as medidas de saúde e segurança do trabalho preconizadas pelas empresas (que devem incluir a vacinação como estratégia do enfrentamento da COVID - 19 no ambiente de trabalho).

Conjugando essas conclusões com o art. 8º da CLT, que refere “que nenhuma posição particular, convicção religiosa, filosófica ou política ou temor subjetivo do empregado pode prevalecer sobre o direito da coletividade” em obter a imunização conferida pela vacina, assevera que se houver recusa injustificada do empregado à vacinação, pode-se caracterizar ato faltoso, nos termos da legislação, podendo ocasionar a rescisão do contrato do trabalho.

Todavia, alerta o MPT que as empresas não devem utilizar de imediato a pena máxima, ou qualquer outra penalidade.

Antes deverão informar ao trabalhador os benefícios e a importância da vacinação, proporcionando atendimento médico, com esclarecimentos sobre a eficácia e segurança do imunizante.

Após isso, havendo recusa injustificada do empregado em tomar vacina liberada por órgão competente, deverá o empregador verificar as medidas para esclarecimento deste, fornecendo todas as informações necessárias para elucidação a respeito da vacinação e das consequências jurídicas acerca da recusa.

Em persistindo a recusa injustificada, entende o MPT, o trabalhador deverá ser afastado do ambiente laboral, sob pena de colocar em risco a imunização coletiva, podendo o empregador impor sanções disciplinares, inclusive a despedida por justa causa, como ultima ratio (artigo 482, “h”, combinado com art. 158, II, parágrafo único, alínea “a” da CLT), pois deve-se observar o interesse público, em que a proteção da coletividade é o bem maior a ser tutelado. O assunto suscitará inúmeras discussões.

MERCADO

Preço do aço pressiona setor privado Entidades alertam para as consequências da alta dos insumos na recuperação da economia

O

anúncio de novos aumentos no preço cobrado pelo aço produzido no Brasil causou apreensão no mercado. Insumo fundamental para as atividades industriais e da construção civil, o aço teve valorização superior a 100% entre abril de 2020 e janeiro desse ano. Entidades alertam que a elevação pode travar a recuperação da economia, tendo consequências no cenário pós-covid.

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, afirma que o aço impacta os custos de diversos segmentos da indústria no Rio Grande do Sul, desde o parque de máquinas agrícolas até bens de capital, autopeças e veículos.

“Essa elevação fora de parâmetros ameaça a retomada da economia como um todo, e pode ser um fator inflacionário importante, que o governo precisará administrar”, enfatiza. Segundo ele, em pouco mais de um mês de 2021, o preço do aço de uma das principais usinas siderúrgica do país teve reajuste de 30%.

O cenário é ainda mais preocupante tendo em vista que a indústria de transformação também é afetada pela falta de insumos no mercado. No ano passado, a pro-

Além do aço, insumos como tubulações de PVC, fios e cabos elédução brasileira de aço bruto caiu 4,9% sobre 2019, para 30,97 milhões de toneladas.

A queda ocorreu pela parada de alto-fornos e outros equipamentos, pouco depois do anúncio das medidas de isolamento social, em março do ano passado. O cenário só foi revertido a partir do início do segundo semestre.

As vendas no mercado interno em dezembro subiram 28% sobre um ano antes, para 1,83 milhão de toneladas, acumulando expansão de 2,4% em todo 2020, a 19,25 milhões de toneladas, conforme informações do Instituto Aço Brasil.

Alerta na construção civil Vice-presidente do Sinduscon-VT, Jairo

Valandro afirma que o aumento do aço é apenas um dos problemas enfrentados pelo setor da construção civil.

Segundo ele, vários outros materiais essenciais para a atividade tiveram um aumento acima de 100%, como as tubulações de PVC, fios e cabos elétricos. “Além disso, outros insumos já passaram dos 50% de elevação.”

Valandro classifica a alta como absurda, e afirma que as elevações trazem prejuízos às empresas do setor. Lembra que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), que mede a inflação da construção civil, não acompanha os aumentos dos insumos. “Isso ocasiona uma defasagem na correção dos saldos devedores das vendas a prazo, e o mercado não está absorvendo

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tricos também tiveram alta acima de 100%. Elevações pressionam setor da construção civil por completo o repasse no preço final dos imóveis.”

Segundo ele, os construtores não terão escolha a não ser repassar esses aumentos de custo ao consumidor. Ou seja, o preço do imóvel vai subir ainda mais.

“Além do custo direto do aço na construção, estamos vendo o preço dos equipamentos dispararem, pois utilizamos equipamentos pesados e robustos, que são construídos com muito ferro, como guindastes, elevadores, andaimes, e demais ferramentais.”

Preço do aço (bobina) na bolsa de valores Alta no valor do insumo chegou a

$1005

107,5%

$800 $699 $615

$527

Custo elevado

$513 $488 $518 $468 $482

* VALORES EM DÓLAR (US$) * FONTE: WORLDSTEELPRICES.COM

1 02 02 /2

20 21

20

01 /

20

20 12 /

20 20

0 02

20 11 /

10 /

0 02

0

10%. Blocos de concreto, cimento, Concreto fck=25 Mpe, locação de Betoneira e placa de gesso não apresentaram alteração nos valores. Foi registrada redução

09 /2

08 /2

0 02 /2

07 /2

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0 06

0 02

02 05 /2

04 /2

/2

02

0

MÊS

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Dados do Sinduscon-RS confirmam a pressão sobre os preços dos insumos da construção civil.

Em janeiro, o aço apresentou alta de 15,08% na comparação com dezembro de 2020. O tijolo subiu 13,51% e o tubo de ferro galvanizado teve alta de 12,69%.

O fio de cobre anti-chama teve acréscimo de 12,04% e as esquadria de correr subiram em média

$1175 $1149

de preço em apenas um material dos 26 pesquisados: a fechadura para porta Interna, em ferro, com acabamento cromado, com queda de 0,27%.

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INFORME COMERCIAL

NUTRIÇÃO AJUDA A ELEVAR PRODUTIVIDADE DAS TERNEIRAS COOPERATIVA DÁLIA DISPONIBILIZA RAÇÕES ADEQUADAS PARA O MANEJO DO GADO LEITEIRO

A

FOTOS DIVULGAÇÃO

produtividade e lucratividade

mos 50 anos, atingiu diversas ci-

das vacas produtoras de lei-

dades e, inclusive, funcionários da

te podem ser determinadas

Cooperativa Dália Alimentos. a soli-

por diversos fatores, sendo

dariedade tomou conta de funcioná-

o manejo alimentar de bovinos um dos

rios, associados, parceiros, clientes,

mais importantes. Em uma propriedade

consumidores, prestadores de servi-

leiteira as diferenças na produção entre

ços e até mesmo pessoas que que-

os animais têm influência dos fatores

riam ajudar a essas famílias que fi-

ambientais, dos quais a alimentação re-

caram à mercê das águas, sem casa

presenta a maior parte, podendo com-

e sem móveis.

prometer o planejamento financeiro em

Então, à época, uma conta especí-

médio e longo prazos.

fica para os atingidos pela cheia foi

Segundo o IBGE, a produtividade de

Cooperativa Dália Alimentos disponibiliza duas rações para bovinos com até 6 meses

uma vaca leiteira cresceu mais de 60%

aberta e o valor de R$ 150.061,31 foi depositado, oriundo das mais diver-

nos últimos anos. Isso significa que pre-

sas pessoas e destinos. Com parte

cisamos de um número menor de vacas

do valor foram adquiridos móveis e

Conscientização no trânsito

para produzir a mesma quantidade de leite. Consequentemente, aumenta a exigência nutricional desse animal para aproveitar o potencial genético.

De acordo com o supervisor do Setor

entregues às famílias.

Segurança do Trabalho da Dália Alimentos,

Um saldo de R$ 40 mil sobrou de

engenheiro de Segurança do Trabalho, Luis

todo o montante e em dezembro de

Uma ação de mobilização para que não

Henrique Wendt, a ação visou conscientizar

2020 outras famílias foram beneficia-

Um dos fatores impactantes no pro-

ocorram acidentes de trânsito foi realizada

os funcionários e terceiros quanto à aten-

das com a ação solidária e de empatia

cesso é a preparação dos animais jo-

junto aos funcionários da unidade frigorífica

ção redobrada ao dirigir, sempre cumprindo

iniciada pela Cooperativa Dália Alimen-

vens, que necessitam desenvolvimento

de frangos da Cooperativa Dália Alimentos em

com as leis de trânsito em busca de direção

tos e abraçada por diversos amigos e

adequado. Recentemente os trabalhos

Palmas, Arroio do Meio, no dia 8 de fevereiro.

defensiva e prevenindo acidentes de trânsi-

parceiros. Desta vez foram adquiridos

apresentam o ganho de peso da terneira

Realizada pelo Serviço Social do Trans-

to”. O mesmo trabalho também será desen-

nove refrigeradores, quatro fogões,

e/ou novilha influenciado pelo nível pro-

porte/Serviço Nacional de Aprendizagem do

volvido no Complexo Lácteo de Palmas, no

cinco colchões de casal, cinco camas

teico da dieta. Com isso, tecnicamente

Transporte (SEST/SENAT) juntamente com

dia 24 deste mês.

de casal, 11 roupeiros, oito cozinhas,

existe a necessidade de ajustar as ra-

o Setor de Segurança do Trabalho da Dália

ções com a finalidade de alcançar o nível

Alimento, a atividade foi desenvolvida no pá-

necessário para o ganho de peso.

A Cooperativa Dália Alimentos dispo-

quatro jogos de estofados e três me-

tio da indústria e envolveu os empregados

Ação solidária

No mês de julho de 2020, uma en-

que receberam dicas, informações e brindes.

chente considerada a maior dos últi-

atingidos pelas águas em Encantado.

sas com quatro cadeiras. Foram beneficiadas 24 famílias de vários bairros

nibiliza duas rações até os 6 meses de vida: a pré-inicial e a inicial. Entende-se que uma única ração nessa fase é o suficiente. Portanto, a partir de fevereiro apenas a ração terneira Inicial permanecerá e será fornecida dos primeiros dias de vida até os 6 meses de idade. A ração inicial de terneiras terá 20% de proteína.

Na fase de novilha é preciso de uma dieta com maior teor proteico e menor teor de amido. A principal alteração passa do teor proteico de 18 para 22%. Além disso, uma redução do teor de amido com uso de fibra de alta qualidade, considerando que a ração complementa a dieta volumosa disponível na propriedade.

Equipe do Sest/Senat realizou atividade de conscientização sobre o trânsito com funcionários da cooperativa Produzido por: AI da Dália Alimentos