Negócios em Pauta - 14/08/2021

VALE DO TAQUARI Fim de semana, 14 e 15 de agosto de 2021 Edição 89

ENTREVISTA

Guido Collet conta a história de 40 anos do Kikão Lancheria Inaugurada em 1981 se tornou ponto de referência Localizado em uma das esquinas mais importantes de Lajeado, o Kikão nasceu em um pequeno trailer e cresceu junto com a cidade. Hoje restaurante e lancheria, o empreendimento é administrado por Guido ao lado do filho Stéfano Collet.

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Fim de semana, 14 e 15 de agosto de 2021

OPINIÃO

Realização

Pelo fim do vitimismo

THIAGO MAURIQUE thiagomaurique@jornalahora.inf.br

Patrocínio

A

Apoiadores

Empresa familiar, gestão profissional

Covid-19 trouxe uma mudança no comportamento de consumo que tende a se manter ou mesmo crescer no pós-pandemia. A compra em mercados de bairro cresceu 20%, desde o fim de 2019, conforme pesquisa realizada pela empresa Field Marketing.

Embalados por campanhas como a “Compre o que é nosso”, um quarto dos consumidores brasileiros tem intenção de manter o hábito de comprar perto de casa, segundo dados da Nielsen. Além de fugir das aglomerações nos grandes supermercados, os compradores são atraídos pelo atendimento familiar, produtos personalizados e conveniências que só os pequenos conseguem oferecer.

Apesar do momento favorável, os negócios de bairro precisam, mais do que nunca, profissionalizar a gestão.

ALDO CÉSAR LOPES

De nada adianta o aumento no fluxo de clientes se este não se traduzir em resultados no fim do mês.

O empresário Paulo Degasperi exemplifica os benefícios de uma gestão profissionalizada em uma empresa familiar. Com base nos dados, ele reestruturou as operações e hoje colhe os frutos do investimento

em um sistema de gestão.

Na sexta-feira, 13, Degasperi inaugurou um novo conceito de loja, após reforma que duplicou o tamanho do empreendimento. Renomeado como Casa Santo Nono, por Degasperi, o mercado abre as portas para o futuro, sem deixar de lado a herança do passado.

MARCANTE E ATUAL “Eu trabalhava como todos os outros, vendendo, comprando e pagando. Com o passar dos anos, notei que estávamos estagnados. Após uma conversa no escritório de contabilidade, passei a utilizar as informações para refazer a gestão e os resultados foram surpreendentes. Sem esses dados, não temos como entender os motivos para resultados negativos.”

Treinamento com foco em vendas VA L E D O TA Q U A R I Câmara da Indústria, Comércio e Serviços

A Acil promove no dia 17 de agosto treinamento voltado para vendas. Ministrada por Luciana Carvalho, a qualificação “Da abordagem ao fechamento” aborda todas as etapas de um atendimento comercial. As vagas são limitadas e as empresas associadas do Programa de Qualificação

Empresarial têm acesso gratuito mediante inscrição antecipada.

Para sócios da Acil, o investimento é R$ 68, não sócios pagam R$ 97. Mais informações e inscrições podem ser feitas através do telefone (51) 3011-6900, Whatsapp (51) 9 9822-7134 ou e-mail pqe@ acilajeado.org.br.

Paulo Degasperi,– no Workshop Negócios em Pauta de março de 2017.

Manifesto assinado pelo presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia, coloca em evidência uma das grandes características do empresariado brasileiro – o vitimismo. Sim, vivemos em um país com burocracias e tributos que dificultam qualquer atividade, mas a cultura da reclamação trava qualquer empresa.

Tamascia aponta, com razão, para o hábito de focar nos problemas e não nas soluções. Também relata a esperança depositada em “soluções mágicas de prosperidade”, um problema gravíssimo, capaz de drenar recursos em estratégias ineficientes.

Diante desse cenário, o presidente da Febrafar divide o mundo empresarial em dois grupos. De um lado estão aqueles em constante processo de vitimização. Para esses, se a empresa não vai bem, a culpa do insucesso é do governo, do mercado, da crise, da pandemia ou de qualquer fator externo que sirva como desculpa.

No outro extremo estão empresários que assumem o protagonismo de seus negócios e buscam em suas competências as soluções para os desafios. Neste ponto, Tamascia aponta a grande diferença entre os dois perfis: vítimas enxergam tudo como problemas, protagonistas enxergam desafios.

Para o presidente da entidade, a solução para romper o ciclo vitimista está no associativismo. No Vale do Taquari sabemos o quanto a união entre diferentes empresários colabora para uma cultura vencedora.

Nossas entidades se destacam pela atuação ativa junto aos empresários – característica que ficou ainda mais evidente durante a pandemia.

Obviamente, existem nas associações empresários vitimistas, mas é justamente nos exemplos positivos e no incentivo constante ao protagonismo que reside o mérito de uma boa entidade. Felizmente, neste sentido a região está muito bem servida.

Boa Leitura!

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Fim de semana, 14 e 15 de agosto de 2021 Apresentado por

SICREDI OURO BRANCO - Teutônia

40 ANOS

SICREDI OURO BRANCO

Juntos construímos a nossa história

H

á 40 anos, no dia 20 de agosto de 1981, nascia a Sicredi Ouro Branco, uma das maiores Cooperativas de Crédito do Estado e do País, que atualmente consolida-se como uma ferramenta muito eficaz de organização econômica, possuindo a missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas e da sociedade.

A cooperativa, que é integrante do Sistema Sicredi - a primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, caminha a passos firmes na busca pelo desenvolvimento econômico e social. Atualmente conta com mais de 71 mil associados e administra mais de R$ 2,1 bilhões em recursos (depósitos e patrimônio líquido), atuando em 21 municípios dos Vales do Caí e Taquari, com 22 agências e uma equipe de 290 colaboradores.

Com atuação local e iniciativas pautadas nos princípios do cooperativismo, gera renda para a região por meio de soluções financeiras, reinvestindo os resultados nas comunidades em que está inserida, transformando vidas e realidades.

Dessa forma, o Sicredi se destaca como um importante instrumento de desenvolvimento local, que promove a geração de valor econômico, social e ambiental.

O presidente da Cooperativa, Neori Ernani Abel, agradece: “em nome da direção da Cooperativa,

No dia 20 de agosto, dia do aniversário de 40 anos, os associados poderão acompanhar um evento em formato de live, preparado de forma especial para comemorar esta data especial. Na programação a comunidade poderá conhecer os principais fatos da história da Cooperativa, atrações culturais e um presente para os associados que será lançado no evento:

20 de agosto | 20h • Fatos marcantes da nossa história; • Conjunto Instrumental do Colégio Teutônia; • Lançamento de um presente aos associados; • Show “Os Serranos”

Sede administrativa da Sicredi Ouro Branco, em Teutônia

agradeço a todos os associados que escolhem diariamente a Sicredi Ouro Branco para realizarem os seus negócios financeiros, contribuindo assim com a construção de uma sociedade mais próspera”.

40 ANOS DE HISTÓRIA

A história da Sicredi Ouro Branco teve início em 20 de agosto de 1981, com a iniciativa de 24 produtores rurais de Teutônia, que se uniram em prol de um trabalho que objetivava atender a demanda de captação e financiamentos do setor primário.

Reunidos em Assembleia Geral, eles fundaram a Cooperativa de Crédito Rural Ouro Branco - Crediouro e deram início a uma trajetória de superação e sucesso. Uma década depois, no ano de 1992 a Cooperativa passa a integrar o Sistema Sicredi e adotar a marca em todas as agências.

Entre as principais conquistas desta

caminhada está a aprovação - pelo Banco Central do Brasil - do projeto de Livre Admissão de Associados, que ampliou a atuação da instituição no mercado regional. Desde 2006 a cooperativa oferece soluções financeiras tanto ao público rural quanto ao urbano, beneficiando pessoas físicas e jurídicas. Com um portfólio de mais de trezentos produtos e serviços, o Sicredi passa a oferecer oportunidades e vantagens para que o associado desenvolva todos os seus negócios com a cooperativa.

No ano de 2011, a Cooperativa implanta a nova organização do quadro social, em núcleos, proporcionando maior representatividade e participação dos associados na gestão. Atualmente a cooperativa possui 103 núcleos e 300 Coordenadores de Núcleo, representando as comunidades de toda a área de atuação da Sicredi Ouro Branco.

No ano de 2014 a Sicredi Ouro

Sicredi Ouro Branco, 40 anos de resultados marcados pela responsabilidade social, credibilidade, crescimento e pela contribuição na melhoria da qualidade de vida dos associados e das comunidades onde atua

Acompanhe no canal do Facebook e do Youtube da Sicredi Ouro Branco

SICREDI OURO BRANCO RS

Branco inaugurou a sua sede administrativa atual, localizada na cidade de Teutônia. No mesmo ano implantou a política de governança, de acordo com as diretrizes do Banco Central, segregando a atuação da Diretoria Estratégica e Diretoria Executiva.

Ao completar 40 anos a Cooperativa consolida-se entre as principais do Sistema Sicredi. Conta com um quadro de colaboradores preparados para atender o associado de forma consultiva, transformando atendimento em relacionamento.

Suas agências possuem estrutura ampla e moderna, feitas para que o associado viva uma ótima experiência e se sinta em casa.

Mais de 71 mil associados contam com os diferenciais de uma instituição financeira da comunidade, que reinveste os recursos localmente. A Sicredi Ouro Branco possui atualmente 23 Cooperativas Escolares ativas, com mais de 780 jovens associados e 46 professores envolvidos. Está presente nas comunidades disseminando a Educação Financeira, cooperando com uma vida financeira sustentável.

Os resultados da Cooperativa são distribuídos aos associados anualmente, na conta corrente, na conta capital e através do fundo social, que em 2021 beneficiou sete hospitais da área de atuação.

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ENTREVISTA

“A melhor propaganda é o teu trabalho” Em 1981, o músico Guido Collet iniciou a trajetória de empreendedor no Kikão Lanches

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ancheria que se tornou ponto em referência de Lajeado, o Kikão completou 40 anos de atividade sob o comando de Guido Collet.

Natural de Linha Alegre, hoje Capitão, Guido iniciou a trajetória profissional como músico, se apresentando em bailes ao lado

– Qual as suas lembranças da infância?

GUIDO COLLET – Sou natural de Linha Alegre, que antigamente pertencia a Arroio do Meio e hoje faz parte do município de Capitão. Meus pais eram agricultores, então trabalhei na roça, e também fui músico. Ganhei uma gaita com 9 anos de idade e fiz o curso de acordeom, teoria e solfejo. Me formei e comecei a tocar bailes nos salões do interior com 16 anos. Era uma coisa sadia e bonita. A banda era eu, meu falecido pai, o Arlindo Sandri e mais um pessoal de Arroio do Meio. Isso está no nosso sangue porque meu filho também tem uma banda. Ao mesmo tempo, estudava em Encantado.

– Quando você decidiu se mudar para Lajeado?

COLLET – Vim para Lajeado

do pai.

Em 1981, aos 21 anos, ele iniciou a jornada na lancheria, que na época era apenas um trailer, ao lado do ex-sócio Nilton de Borba.

Localizado próximo à antiga rodoviária, em uma das esquinas mais importantes da cidade, o negócio prosperou com muita dedicação

dos sócios.

A empresa cresceu, adquiriu áreas ao redor, passou a atuar também como restaurante e se tornou ponto de referência da cidade. Agora, Guido prepara a sucessão do negócio com o filho Stéfano, que também herdou do pai a paixão pela música.

aos 21 anos e continuei com a música até os 26. Na época, o Nilton de Borba me convidou para ser sócio no Kikão. Ele tinha uma sociedade em Santa Cruz do Sul que não deu certo e ouviu na rádio sobre esse ponto à venda em Lajeado. Me disse que o lugar era bom, apesar do preço alto, e que só estava mal cuidado. Já existia o Trailer e o nome Kikão, mas ninguém conhecia por esse nome. Era o Cachorrão da Peixaria, porque do lado tinha uma venda de pixes. Isso foi em julho de 1981.

– Porque a decisão de entrar no negócio?

COLLET – Eu havia trabalhado por 15 dias em uma lancheria em Porto Alegre, então tive essa experiência no ramo. Tinha terminado o segundo grau e seria muito difícil fazer faculdade, mas eu não queria ficar no campo.

Hoje a agricultura está melhor, com o sistema integrado de leite,

Guido Collet trabalha ao lado do filho Stéfano. Responsável por condu

Trailer onde Guido Collet iniciou as atividades do Kikão

Aprendi que não adianta ter pressa, mas sim paciência e persistência. O velho feijão com o arroz ainda é o mais importante."

Guido Collet

frangos e suínos, mas naquela época era muito difícil. O negócio de lancheria e trailers de cachorro quente estava dando muito certo na época. Meu pai tinha algumas economias e me emprestou para dar a entrada e o resto pagamos parcelado.

– Como foi o início do negócio?

COLLET – Nós trabalhamos muito, primeiro para pagar o ponto. O ponto já tinha um público

cativo, mas ficou fechado por 15 dias e estava muito sujo, atirado.

Antigamente, a rodoviária ficava onde hoje é o Beuren e funcionava 24 horas. Tinha uma lancheria na rodoviária que não dava conta do movimento, então sempre teríamos público. Fizemos uma limpeza grande e começamos a trabalhar. Começamos a fazer café da manhã, trabalhava de tarde e de noite até umas 23h, 23h30min. Nós preparávamos tudo: os molhos, as maioneses,

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Fim de semana, 14 e 15 de agosto de 2021 FOTOS THIAGO MAURIQUE

longo dos anos. Aprendi que não adianta ter pressa, mas sim paciência e persistência. Como eu era músico e meu sócio jogava bola, vinha muito colega músico e do futebol. Como nós mesmos fazíamos as coisas, a comida sempre teve qualidade. Antigamente era mais fácil porque quando abri o Kikão, em Lajeado tinha o Carmelito, que foi o primeiro, mais umas quatro ou cinco opções. Hoje tem diversas empresas no setor e até farmácia vende bebida e sorvete.

O velho feijão com o arroz ainda é o mais importante, pois não adianta fazer um marketing bonito sem ter um produto à altura.

A melhor propaganda é o teu trabalho. O ambiente e o atendimento precisam ser bons, mas o principal é a comida.

– Como a pandemia afetou o setor?

uzir o futuro da empresa, o jovem também herdou do pai a vocação para a música os hambúrgueres, fazíamos os lanches, servíamos e cobrávamos, porque não tínhamos funcionários. Como não tinha carro, fazia todas as coisas a pé, desde ir ao banco até fazer compras. E ainda tinha a banda, que eu puxava a frente e fazia o repertório.

100% ao mês. Foi um período muito difícil para todos.

– Quando vocês começaram a perceber que o negócio iria decolar?

– Como a empresa sobreviveu em meio a um período de hiperinflação?

COLLET – Foi difícil, porque faltava coragem para repassar os aumentos dos insumos, que eram diários. No início aumentávamos o preço uma vez por mês, depois a cada quinze dias. Para o cliente era difícil, porque ele recebia o salário e no outro dia já estava desvalorizado. Se trabalhava para empatar ou sobrar muito pouco. A gente tinha que correr para depositar no banco o dinheiro que recebíamos até às 14h. No outro dia já valia menos e se perdia dinheiro. No fim do governo Sarney a inflação estava

A pandemia também teve coisas boas por permitir readequações para a empresa. O delivery explodiu e separamos a operação."

Stéfano Collet

COLLET – Passado um ano após pagar o ponto, começou a ficar mais tranquilo. No início tínhamos só o trailer de frente para a calçada. Em um lado do terreno havia a entrada da peixaria e em outro espaço uma sapataria. Cinco anos depois, consegui comprar um apartamento e meu sócio comprou um terreno para construir a casa dele. Depois compramos o ponto da sapataria e lá fizemos o banheiro, além de colocar espaço para mesas. Trabalhamos assim até 1995. O público aumentou e muita gente acabava indo embora por não ter onde sentar. Então, compramos o espaço da peixaria e iniciamos o restaurante.

– Quais os motivos para o crescimento do Kikão?

COLLET – Foi o trabalho ao

COLLET – O setor sofreu muito. No Kikão ainda temos a vantagem de operar em família.

Eu e minha esposa estamos aposentados, então trabalhamos sem salários. Meu filho Stéfano é sócio, não recebe FGTS, 13º ou férias. Minha filha, quando nos ajuda, trabalha de graça. A família pegou junto. Tivemos uma redução de 50% no número de funcionários e vendi alguns imóveis. Alguns fornecedores também nos ajudaram, segurando um ano os pagamentos. Sem isso não conseguiríamos.

STÉFANO – O setor sofreu um grande impacto, mas está melhorando. Julho foi o melhor mês do ano e a tendência é de crescimento. Temos muitos amigos nesse ramo que infelizmente fecharam ou venderam seus negócios. Fomos bastante afetados porque recém havíamos saído de uma reforma. Mas a pandemia também teve coisas boas por permitir readequações para a empresa. O delivery explodiu e separamos a operação. Hoje nosso delivery funciona como uma dark kitchen, e o lanche sai da cozinha direto para o entregador, sem passar pelo restaurante. O atendimento é separado e as ações e promoções são diferentes.

– Qual o futuro do Kikão?

COLLET – Deixo nas mãos do Stéfano. As novas gerações mudam as tendências de consumo e o meu filho, que se criou aqui dentro, está fazendo coisas novas. Dou liberdade, mas fico acompanhando. Eu

Lancheria está desde 1981 na esquina entre as avenidas ACVAT e Alberto Pasqualini

fui ambicioso, sempre pensei grande, mas vejo que teremos um crescimento ainda maior com ele.

STÉFANO – Tenho muito orgulho de tudo que o meu pai fez e pela confiança que ele deposita em mim. Eu nasci aqui dentro, com 12, 13 anos, estava na cozinha ajudando a montar pizza. Algumas vezes eu não queria estar ali, mas a vida nos prepara para enfrentar os desafios. Muita coisa ainda pergunto para o meu pai, porque ele tem uma grande bagagem e sempre aponta os pormenores. Se eu tivesse que começar um negócio do zero, não sei se seria no ramo da alimentação, porque os insumos estão muito caros e a pessoa precisa estar disposta a passar por tudo o que o meu pai passou. Para ter sucesso é preciso conhecer, ter o feeling do negócio e estar disposto a passar perrengue.

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QUALIFICAÇÃO

LAJEADO SERÁ UM DOS

hubs do Insight Sul Promovido pelo Sebrae, maior evento phygital de inovação do RS ocorre nos dias 10 e 11 de setembro

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Sebrae promove em setembro iniciativa que visa conectar os ecossistemas de inovação dos vales do Taquari, Rio Pardo e região Sul do Estado. O Insight Sul ocorre nos dias 10 e 11 de setembro, e terá Lajeado como uma das sedes. Em sua segunda edição, o maior evento

phygital do RS também ocorre simultaneamente nas cidades de Pelotas e Rio Grande.

O Insight Sul mescla encontros presenciais e com a possibilidade de imersão online via passaporte digital. Entre os palestrantes confirmados estão grandes nomes do empreendedorismo gaúcho como José Galló, Presidente do Conselho de Administração da Renner e Daniel Randon, Presidente e CEO da Randon.

Gerente regional do Sebrae Vales do Taquari e Rio Pardo, Liane Klein destaca o formato escolhido para esta segunda edição do evento, que une o físico e o digital. “Por meio de uma plataforma, o evento

será transmitido para qualquer lugar do mundo.”

Conforme Liane, durante a organização do evento se percebeu as semelhanças entre os dois ecossistemas.

“Estamos em estágios similares de desenvolvimento, estamos trabalhando temas muito próximos e por isso percebemos a possibilidade de fazer essa integração para trocar experiências entre as duas regiões.”

Gerente regional do Sebrae RS, Ciro Vives

afirma que as Regiões Sul e dos Vales são polos importantes para o desenvolvimento do Estado, com vocações marcantes que facilitam o processo de conexão em eventos como o Insight Sul. ‘‘São regiões que concentram segmentos relevantes, como agronegócio, especialmente na pecuária de corte e leiteira, varejo, turismo, além da economia criativa.”Em Lajeado, o evento presencial ocorrerá na sede do Sicredi Integração, no bairro São Cristóvão.

Cidades inteligentes A programação ainda inclui um painel sobre Cidades Inteligentes, com a participação dos prefeitos Marcelo Caumo, de Lajeado, Paula Mascarenhas, de Pelotas e Fábio Branco, de Pelotas.

Conforme Liane, os gestores municipais apresentarão as medidas em desenvolvimento para acessar novas tecnologias e torná-las disponíveis à população.

O encontro contará ainda com os painéis “Histórias que Inspiram”, onde serão apresentados cases de sucesso de empresas que reinventaram seus negócios em meio a crise provocada pela pandemia de Covid-19.

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PALESTRANTES CONFIRMADOS José Galló –Atual presidente do Conselho de Administração da Renner, atuou por 20 anos na presidência da companhia. Com mais de 600 lojas em todo o Brasil, a Renner lidera o mercado do setor, é referência em varejo físico e em sua operação no comércio eletrônico. Em 2017, Galló publicou o livro “O Poder do Encantamento”, com ensinamentos sobre austeridade, confiança, ousadia eficiência operacional e “um olho no freguês, outro na concorrência.”

Daniel Randon – Presidente e CEO da Randon S.A., é referência no país por acreditar na inovação como impulsionadora da transformação na indústria. Ele aplica a premissa nas Empresas Randon, companhia que atua em implementos para transporte, autopeças e serviços. Também é presidente do Conselho Superior do “Transforma RS”, hub colaborativo que reúne lideranças empresariais governamentais e acadêmicas e da sociedade civil para apoiar o desenvolvimento sustentável do RS. Lisiane Lemos – Escolhida pela Revista Forbes como uma das jovens com menos de 30 anos que fazem a diferença no Brasil, tem sua trajetória marcada pelo desafio de aliar a liderança no mundo corporativo e a tecnologia para potencializar negócios. Nascida em Pelotas, tornou-se executiva da Microsoft, se engajou em movimentos pela inclusão de pessoas negras no meio corporativo, como o “Blacks at Microsoft.”

Pedro Englert – CEO da StartSe, ex-sócio da InfoMoney e da XP Investimentos, acumula vasta experiência e incontáveis conquistas no mercado financeiro e de estratégia empresarial. Entusiasta de tecnologia e inovação, conectado com o ecossistema de startups do Brasil e do exterior, transforma a visão analítica de seus negócios em soluções para seus parceiros, colaboradores e usuários.

Também é sócio das fintechs Warren, FitBank, Monkey Inc, Bee Tech e Vortex.

Artur Igrejas – Empresário, investidor anjo e professor da FGV, é cocriador da AAA, plataforma de conteúdo com curadoria de Ricardo Amorin e Allan Costa, cujo objetivo é entregar informações imprescindíveis sobre o que acontece no Brasil e no mundo em inovação e tecnologia, o que causa impacto nas pessoas, nas carreiras e nos negócios.

Tito Gusmão – Com quase 20 anos de experiência no mercado financeiro e de investimentos, é CEO e sócio-fundador da Warren, gestora e corretora de investimentos que coloca o cliente no centro, visando eliminar o conflito de interesses no mercado financeiro do Brasil. Com amplo histórico de empreendedorismo, ministrou mais de 500 cursos e treinamentos, além de criar ferramentas e plataformas para o mercado de investimentos.

Geraldo Rufino – Criado na favela de Sapé, em São Paulo, é fundador da JR Diesel, maior empresa da América Latina em reciclagem e desmontagem de veículos. Ainda criança, recolhia latinhas de aço e folhas de flandre para vender no ferro-velho.

Superou todos os obstáculos da vida e hoje compartilha sua história para servir de exemplo e ajudar outras pessoas. Autor dos livros “O Catador de Sonhos” e “O Poder da Positividade”, também é professor da PUC-RS Rafael Martins – CEO e cofundador do Share, um dos maiores players de educação para o mercado de comunicação do país. Sua empresa já concluiu 190 turmas de cursos presenciais com 17 mil alunos formados. Realizou projetos com empresas como Twitter, Facebook, Nubank, MacDonalds, Globo, RedBull, Grupo RBS, Bradesco, 99, Pinterest e diversas faculdades do Brasil.

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Comitiva mineira visita estrutura da Sicredi Integração CLARISSA JAEGGER/DIVULGAÇÃO

VALE DO TAQUARI

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Vale do Taquari e a serra gaúcha foram o destino de uma comitiva de 22 pessoas, entre colaboradores e associados da Sicredi Integração RS/MG. De 09 a 13 de agosto, o grupo esteve no Rio Grande do Sul para conhecer a estrutura da instituição.

O grupo, composto por empresários dos ramos de transporte, alimentação, turismo e entretenimento dos municípios de Itabirito e Ouro Branco e do distrito de Cachoeira do Campo, visitaram as dependências do Centro Administrativo, em Lajeado, e conheceram agências da área de abrangência da cooperativa no sul, além de acompanhar

Comitiva de 22 associados e colaboradores de Minas Gerais também visitou cidades da Serra Gaúcha uma explanação sobre o funcionamento da Sicredi Integração e sua atuação junto à comunidade.

O roteiro ainda incluiu encontros com colaboradores locais e membros do Conselho de Administração, bem como uma visita de estudos à cidade de Gramado, na serra.

De acordo com o vice-presidente Luiz Mario Berbigier, a iniciativa de trazer associados mineiros para o Rio Grande do Sul visa promover a integração entre os dois estados, fortalecendo a cooperativa como uma empresa só.

“A vinda dos mineiros nos dá

uma tranquilidade porque eles passam a acreditar e confiar mais na cooperativa, tornando-se nosso parceiro inclusive na divulgação e incentivo ao desenvolvimento naquele Estado”, explicou.

Durante a apresentação feita pelo presidente Adilson Metz, a comitiva pode conhecer com mais detalhes os produtos e serviços oferecidos, os programas sociais desenvolvidos, diferenças entre cooperativas e bancos comerciais, bem como a história, os valores e os números da regional, que em 31 de julho somava mais de 61 mil associados, sendo cerca de cinco mil somente em Minas Gerais.

O dirigente também antecipou os planos para os próximos cinco anos, os quais incluem a inauguração em Mariana ainda

em outubro deste ano e a construção de um centro administrativo em solo mineiro, o qual será uma minirréplica do prédio de Lajeado. “A cooperativa não é somente operações financeiras.

Queremos ajudar a comunidade e mostrar como fazer junto”, destacou Metz.

Essa relação com os associados foi um dos pontos destacados por Marco Aurélio Xavier Pinto, empresário do setor de turismo/hotelaria de Cachoeira do Campo. Ele descreveu sua surpresa ao conhecer pessoalmente a estrutura do sul, a integração com as comunidades locais e a atenção dada aos colaboradores: “Isso demonstra a preocupação que se tem com todos que interagem de alguma forma com a cooperativa”.