A Hora - 07/08/2021

A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021 | Ano 19 - Nº 2903 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

GERAÇÃO DE ENERGIA

DIA DOS PAIS

Paternidade inspiradora Relatos de pais diferentes que traduzem a força de um amor incondicional. Conheça histó-

rias como a de Davi, que cria o filho Lucas sozinho após morte da companheira.

Crise hídrica revive ameaça de apagão Hidrelétricas do centro do país estão com reservatórios abaixo de 50% Sem perspectiva de chuva consistente até novembro, o sistema nacional de energia precisa religar as termelétricas e comprar produção da Argentina e do Uruguai. Além do aumento de preço para os consumidores, abre-se o risco de racionamento

caso a situação permaneça até o fim do ano. Para especialistas e empreendedores, momento é uma oportunidade para avançar em termos de investimentos em pequenas hidrelétricas e de sistemas alternativos, como solar e eólico.

Páginas 6 e 7 ALDO CÉSAR LOPES

EXPLORAR POTENCIAL, SEM PREJUDICAR O ENTORNO

TURISMO SUSTENTÁVEL OPINIÃO FERNANDO WEISS

Vácuo a ser preenchido Precisamos direcionar a formação para as necessidades das empresas.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Mais um passo à inovação Participação comunitária é crucial para o trabalho da Agil.

Estudo identifica características locais e propõe critérios para desenvolver as redondezas do Cristo Protetor e lagoas de forma ordenada. Dados darão subsídio para legislação sobre imóveis e empreendimentos. Nessa sexta-feira, audiência pública abriu discussões para minimizar impactos Páginas 8 e 9

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ABRE ASPAS

“A gente nasceu dentro da confeitaria” Gilmar Leipnitz, 74, conhecido como “Folha”, foi apelidado em função da popular receita de mil-folhas. O doce tem sua origem na França em 1651 e seu nome é uma referência ao número de folhas da massa que o compõem, em camadas com um recheio cremoso e coberto de glacê. O confeito fez parte da vida de várias gerações de Lajeado. Além da receita, herdou do pai a paixão pela confeitaria, que levou como ofício para a vida toda.

RENATA LOHMANN renatalohmann@grupoahora.net.br

Como o senhor começou no ramo de confeitaria?

A gente nasceu dentro da confeitaria. Meus pais eram confeiteiros e padeiros, a gente sempre teve padaria, então fui entrando no ramo sem querer. Durante minha infância e adolescência, ajudar na produção dos mil-folhas e outros doces era parte da rotina. Meu pai nos chamava para ajudar a derramar a água para fazer

CLAUDIO ZAGONEL NETO

E como aprendeu a fazer a famosa receita de mil folhas?

Nossa receita de mil-folhas sempre existiu, desde meu pai, só que na época a receita era um pouco diferente. Se usava banha de frigorífico, porque ainda não existia a margarina que temos hoje. Eu fiz um curso de confeiteiro e acabei aperfeiçoando a receita da massa, usando margarina, e a massa ficou bem mais saborosa.

A gente aprendeu muita coisa porque vivíamos dentro da padaria. O creme é uma receita de família. Meu pai trouxe em 1948 para Lajeado, quando veio de Guaporé, onde ele trabalhava com um confeiteiro. O glacê também é uma receita nossa. Na época, todas as padarias faziam seu próprio glacê, não tínhamos acesso ao produto pronto. Fazer o glacê é muito trabalhoso já que, para produzir um balde, leva cerca de duas horas, os funcionários perdem muito tempo. Hoje é diferente, surgiu um glacê pronto e as padarias acabam comprando. Eu gosto do meu glacê, e como tenho tempo, nós seguimos fazendo nosso próprio glacê. o pão de milho. Nem todos os irmãos seguiram na área, mas eu segui. Herdei a profissão, a continuidade foi muito natural.

Como começou a história da família na região?

Nasci em Cruzeiro do Sul, que na época pertencia à Lajeado. Moramos um tempo em Guaporé e depois voltamos para Lajeado. Meu pai, Edwino Leipnitz, abriu uma lancheria no centro da cidade em 1967, onde produzíamos doces e salgados. Na época, além do restaurante, também

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

administrávamos um hotel.

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

CEP 95900-104

Seus doces fizeram parte da vida de várias gerações. O que isso significa para o senhor?

Não sou cozinheiro, gosto de cozinhar pra mim. Hoje, cozinhar é um hobby, que também me ajuda nas finanças. Mas como confeiteiro, sinto orgulho e satisfação. De fazer uma coisa que é apreciada pelas pessoas.

Isso é muito gratificante. A gente, desde aquela época, fez coisa boa.

Sempre nos preocupamos em produzir os doces com carinho e cuidado.

Essa fama, que até hoje o pessoal se lembra dos nossos doces e comenta com saudades, significa muito.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

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EDITORIAL

Campo para avançar

D

o apagão de 2001 até agora, o país avançou na geração de energia. Aumentou em 108% as linhas de transmissão e adotou projetos alternativos, com produção por meio do sistema eólico, solar e de biomassa. Ainda assim, nem todo o potencial ainda foi explorado e, mais uma vez, a sociedade se vê diante do risco de racionamento.

Energia elétrica é insumo básico à vida moderna, à economia e para o bem-estar.

Com isso em mente, planejar o futuro e garantir o necessário para atender as demandas da sociedade deve ingressar o campo das áreas prioritárias para qualquer governo.

Algumas barreiras, por vezes ideológicas, criaram barreiras para a instalação de hidrelétricas. O modelo que usa a força da água para produzir energia é a fortaleza do sistema nacional, mas não pode estar sozinha.

No ano do apagão, as hidrelétricas representavam 83% de toda energia gerada no país. Hoje, esse percentual está em 62%. O país avançou, criou alternati-

No Vale do Taquari, o potencial de geração de energia é enorme.

Cada megawatt criado é mais força para todo o sistema nacional.” vas. Ainda assim, está no uso dessa força da natureza a forma mais sustentável e autônoma para garantir o atendimento das necessidades, seja para o avanço da produção de riquezas ou para o consumo das famílias. Diferente da energia eólica e solar, que dependem de recursos impossíveis de se armazenar.

Neste contexto, entre as brigas ambientais e a instalação de novos projetos hidrelétricos, é preciso encontrar um meio termo. O controle do impacto na natureza deve ser acompanhado por regras claras e por diagnósticos efetivos dos riscos.

Hoje há condições de se ter evidências sobre o que representa determinado empreendimento, sem discursos utópicos, repletos de paradigmas, que mais afastam do que ajudam a resolver. Esse entendimento tem acompanhado os avanços dos últimos dois anos em termos de legislações ambientais no RS. Ainda assim, há diversas propostas em trâmite nos órgãos de fiscalização.

Algumas faz mais de dez anos. No Vale do Taquari, o potencial de geração de energia é enorme. Cada megawatt criado é mais força para todo o sistema nacional.

Como resultado, se reduz a instabilidade em caso de crises hídricas como a vivida no centro-oeste do país.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: fernandoweiss@jornalahora.inf.br

Um vácuo para ser preenchido

O

calcanhar de aquiles das empresas do Vale do Taquari chamase insuficiência de mão de obra apta a preencher os espaços abertos nas instituições.

Semana sim e outra também, ouço nos microfones da rádio, nas ruas, leio nas páginas dos jornais, dos portais e das revistas empresas correndo, quase de forma desesperada, atrás de pessoas qualificadas para as vagas existentes.

A situação é paradoxal. Enquanto no mundo (vide ilustração) temos 71 milhões de jovens desempregados, na região, e aqui está o paradoxo, não tem profissional suficiente para ocupar as ofertas mais básicas.

Vamos combinar, aqui no Vale, só não trabalha quem, literalmente, não quer.

Falta mecânico, soldador, vendedor, contador, cobrador, RH, programador, pedreiro, servente. Falta em todos os setores o tempo todo. Não poucas empresas já admitem reduzir o ritmo de crescimento em função da pouca oferta de mão de obra.

“Eu vou parar”, me confessou um dono de uma oficina mecânica esta semana, após dezenas de tentativas frustradas de encontrar mecânico no mercado. E o salário é atrativo.

O que percebemos região afora são movimentos intensos por parte das empresas, das entidades classistas e, em alguns poucos casos, até mesmo do

31%

dos jovens dizem que as competências e o treinamento oferecidos a eles não correspondem às suas aspirações profissionais FONTE: PESQUISA U-REPORT DA UNICEF

71 mi

de jovens em todo o mundo estão desempregados FONTE: UNICEF

20 a 40% dos empregos atualmente ocupados por jovens de 16 a 24 anos podem ser automatizados em meados da década de 2030

FONTE: PWC

74%

dos CEOs estão preocupados com a disponibilidade de competências essenciais para expandir seus negócios FONTE: 23ª PESQUISA ANUAL GLOBAL COM CEOS DA PWC

poder público, numa verdadeira cruzada para amenizar a situação. Escolas internas, treinamento específico ou curso profissionalizante têm sido saídas caseiras encontradas até aqui. Mas ainda é pouco.

O consolo (que é diferente de conforto) é que o problema não é apenas regional. A 23ª pesquisa da PWC, desenvolvida com centenas de CEOs de empresas do mundo inteiro, mostra que 74% dos entrevistados estão preocupados com a disponibilidade de competências essenciais para expandir seus negócios. Ou seja, a evolução das empresas pode travar na insuficiência de mão de obra preparada para atender as demandas atuais.

O novo ensino médio que bate a porta vem um pouco ao encontro desse paradoxo. A partir do próximo ano, os estudantes estarão mais perto da prática e menos afunilados na teoria.

Aliás, está mais do que na hora das universidades (públicas ou privadas) também acelerarem suas transformações nos métodos de ensino, sob pena de perderem cada vez mais espaço e relevância. O “canudo” está valendo todo dia menos, ainda que ele não pode, jamais, ser negligenciado.

Promove, Prodel, Agil, Tríplice Helice, inovação, tecnologia.

Muitas são as ferramentas e os canais criados para potencializar a formação de mão de obra e moldar as pessoas com base nas oportunidades. Fato é que precisamos diagnosticar de forma mais específica, qualificada e quantitativamente para acertar o alvo. E esta, convenhamos, é uma tarefa que ainda não fizemos. Chegou a hora.

O bafo na nuca e a união precisam continuar O Estado tem sido teimoso nas negociações sobre o Plano de Concessões das rodovias estaduais. Esta semana, uma nova audiência no Palácio Piratini terminou frustrada. Até aqui, o Estado só fez de conta que nos ouve. Tem sido irredutível com a

outorga, o prazo das obras e as praças físicas. Fato é: precisamos continuar mobilizados e unidos no mesmo propósito e resistir ao máximo a esta tentativa antidemocrática do governo de Eduardo Leite em emplacar essa concessão que pune os gaúchos.

Atrito O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, causou desconforto ao falar, em entrevista à imprensa, que as entidades (CIC e Codevat) não têm autorização para falar em nome do governo de Lajeado sobre o tema concessão das rodovias.

Criou uma divergência desnecessária e coloca líderes regionais em rota de colisão com o chefe do Executivo. Reitero: a região

precisa fechar questão e bater pé.

Vaidades e interesses paroquianos não podem se sobrepor ao interesse regional. Marcelo Caumo tem crédito. Pode se explicar, desfazer o mal-entendido e reafirmar seu apoio ao movimento legítimo e necessário que as entidades regionais fazem desde que o estado apresentou essa proposta descabida de concessão.

A Amvat faltou De fato, na reunião frustrante de quinta-feira, na Casa Civil, faltou a presença da entidade que representa os prefeitos.

A Amvat não esteve. Paulo Kohlrausch, o presidente da associação, tem sido atuante neste sentido e tem representado os municípios de forma

pontual. De fato, não pode se imaginar que este movimento se faça apartado da força política regional, e muito por isso, não podemos perder para nós mesmos e começar a brigar por protagonismo ou espaço nas fotos. Não podemos perder o foco, por favor.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Cidade iluminada

O Conselho Gestor do Programa Municipal de Parcerias Público-Privadas (PPP) aprovou o edital de chamamento da Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) da Iluminação Pública. O documento será lançado na segunda-feira. O objetivo é firmar uma PPP para a troca da rede de iluminação para a tecnologia LED em até quatro anos, à eficientização energética dos prédios públicos e investimentos em soluções de engenharia, luminotécnica e tecnologia da informação, aplicadas em projetos que visam, também, iluminação artística, aumento da conectividade no município, soluções integradas para mobilidade urbana, semáforo inteligente, dentre outros mecanismos de inovação.

Voto auditável

O voto auditável, aplicado na maioria dos países que também usufruem de urnas eletrônicas, é um mecanismo criado para dar ainda mais transparência e segurança para o processo eleitoral, certo? Certo. O voto auditável, aplicado na maioria dos países que também usufruem de urnas eletrônicas, não significa o retorno integral ao antigo modelo de voto impresso, certo? Certo. Logo, não há qualquer razão moral para celebrar a provável derrota da proposta que sugere o voto auditável.

Voto auditável II Por outro lado, a provável derrota da proposta do voto auditável não pode servir de escusa para os proponentes bagunçarem todo o processo eleitoral. O mesmo modelo de votação eletrônica elevou Jair Bolsonaro ao cargo máximo da nação. Se algo mudou desde a sua eleição, e se de fato existem indícios de fraude, o presidente da república tem o dever moral e cívico de levar ao público o máximo de informações disponíveis sobre tais suspeitas. Caso contrário, é pura bravata.

Concessão

Os prefeitos das cidades mais atingidas pela concessão das rodovias estaduais respeitam os líderes das entidades. Mas eles também querem ser chamados para as reuniões com o governo do Estado.

Fundação da Agil Erradicação

A

assembleia de fundação da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil) ocorre na segunda-feira, às 18h30min, no Teatro da Univates. Um dos principais tópicos do evento, que precisa reunir empresários, estudantes, pesquisadores, acadêmicos, agentes públicos e curiosos, é o primeiro estatuto. O documen-

to é o definidor das diretrizes, compromissos e perspectivas da Agil, e também trata sobre a composição diretiva da mesma (estão previstos, além do Diretor Executivo, os cargos de Diretor de Inovação e Diretor Financeiro da agência) e as prováveis fontes de recursos. E a participação maciça da comunidade é crucial para este primeiro e importante momento.

Guia virtual de turismo

Lançado em outubro de 2009, o Programa de Controle e Erradicação de Tuberculose e Brucelose bovídea em Arroio do Meio segue repercutindo. Na sessão plenária desta semana, o vereador Roque Haas (PP), o popular “Rocha” lamentou o fato do MAPA “não ter recursos para honrar com os produtores que eventualmente necessitarem realizar o vazio sanitário em suas propriedades”.

Desapropriações

O governo de Lajeado avança com as desapropriações de imóveis localizados às margens do Taquari, no Porto dos Bruder.

O objetivo é ampliar o Parque Ney Arruda. Ao mesmo tempo, o Executivo avalia a compra de um prédio antigo em frente à Sprits, na rua Silva Jardim, onde hoje funciona um hotel. O objetivo é recuperar a edificação e instalar a Secretaria de Segurança Pública no local.

A Associação dos Municípios de Turismo do Vale do Taquari (Amturvales) divulgou a foto vencedora do concurso para a capa do novo guia de turismo da entidade. A imagem recebeu 53,7% dos votos. E o lançamento do produto está agendado para o próximo mês.

Rotativo

Em Lajeado, a Stacione Rotativo solicita aumento de R$ 0,40 na tarifa de estacionamento em vias públicas. Com isso, o valor da hora passaria de R$ 2,20 para R$

2,60. A empresa alega defasagem (o último reajuste é de 2018).

O valor está acima de cidades semelhantes à Lajeado. Em Farroupilha, por exemplo, o custo

é de R$ 2,30 para 60 minutos. Em Cachoeira do Sul, um projeto enviado à Câmara sugere o valor de R$ 2 por hora. Em Esteio, o preço também é de R$ 2 a hora.

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GERAÇÃO DE ENERGIA

Reservatórios baixos, luz mais cara e risco de apagão Por mais que a Aneel descarte o racionamento de energia no país, os níveis abaixo dos 50% nas hidrelétricas expõem a dependência nacional deste sistema. Como impacto, a conta de luz fica mais cara até o fim do ano.

Situação reascende o debate sobre investimentos em alternativas para geração FILIPE FALEIRO filipe@grupoahora.net.br

ESPECIAL

O

sistema energético nacional é todo interligado. No RS, as hidrelétricas do centro do país, em especial a usina de Itaipu, representam 60% do que é consumido. Com as chuvas muito abaixo da média histórica, os reservatórios estão baixos.

Com isso, foi necessário religar as termelétricas. Com o uso de combustíveis fósseis, a geração fica mais cara. E o valor é repassado ao consumidor, por meio do sistema de bandeiras tarifárias. Tanto que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), confirmou nesta semana a continuidade do patamar 2 da bandeira vermelha.

Significa que a eletricidade produzida no país terá um custo mais elevado. De abril a junho, o consumidor pagava R$ 6,24 a cada 100 quilowatt-hora. Com a bandeira vermelha patamar 2, o valor foi reajustado em 52%, passando para R$ 9,49.

Conforme a agência, as hidrelétricas estão com capacidade reduzida de operações, pois não houve melhoria em termos de chuva.

“Agosto inicia-se com igual pers-

pectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional) em níveis baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos”, justifica a Aneel por meio de nota.

Diante do aumento das atividades produtivas, de maior uso da capacidade industrial, da volta dos serviços e do comércio, a preocupação dos setores econômicos se sustenta no risco de racionamento.

A escassez de chuva no centro do país deve prosseguir até novembro. Caso volte a normalidade, estima-se que até abril os reservatórios possam retomar aos níveis normais. “O momento é preocupante. Há um risco real de racionamento. Isso seria péssimo à economia gaúcha”, avalia o coordenador do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações do Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Edilson Deitos.

De acordo com ele, é necessário ampliar os investimentos e a agilidade para aprovação dos projetos, em especial no RS. “Houve um erro estratégico com as políticas de usinas a fio d’água. Pois quando há necessidade, não há água reservada.”

Oportunidade para o Vale Para o presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT), Ivandro Rosa, a crise hídrica no centro do país precisa ser vista como uma chance de usar todo o potencial gaúcho e do Vale do Taquari. “Há tecnologia, projetos e alternativas para geração de energia”, avalia.

Tanto que dentro das políticas em busca de novas formas, ganha espaço o modelo solar, eólico e de biomassa. Quando se olha ao potencial dos recursos hídricos da região, essa oportunidade fica mais latente.

Conforme o presidente da Cooperativa Certel, Erineo Hennemann, a situação atual mostra a dependência da geração pelas usinas térmicas. “Aumentou muito o consumo e não temos folga. É preciso voltar a investir na geração hídrica e renovável. Pelos nossos estudos, temos condições de aumentar a produção.”

Para tanto, afirma, é preciso fazer os projetos “saírem da prateleira e entrarem em operação”.

Neste sentido, a cooperativa projeta construir cinco usinas no Rio Forqueta até 2029. Com este plano, seria possível ampliar em cerca de 125% a capacidade de geração de energia para o Vale do Taquari.

O RS NO SISTEMA NACIONAL

A matriz energética gaúcha tem 9,4 gigawatts instalados: • 80% de fontes renováveis: • Destes, 49,2% de hidrelétricas; • Eólica representa 19,5%; • Fotovoltaica com 8,2%; • Termelétricas de biomassa, 3,8% Conforme a Sema, há projetos de empresas privadas em trâmite para licenciamento. Ao todo, representam 15 gigawatts de capacidade.

• Hoje são 59 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs); • 87 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); • 17 Usinas Hidrelétricas (UHE); • Destas, 58% estão em operação.

PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS

• A Região Sudeste representa 70% da geração de energia hidrelétrica; • Os três estados do Sul produzem 7%; • Nos últimos anos, o Nordeste cresceu, com participação de 17,8%; • O Norte produz 5,2% da energia;

PARA EVITAR O RACIONAMENTO

Os técnicos do SNI e do Ministério de Minas e Energia descartam neste momento o risco de racionamento. Ainda assim, uma campanha nacional de conscientização foi lançada. Dentro das ações para evitar o racionamento, destacam-se: • Restrições para uso da energia hidráulica; • Aumento da geração térmica; • Compra de energia da Argentina e do Uruguai; • Campanha do uso consciente da água e da energia.

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Neste organograma, o mais avançado fica entre Pouso Novo e Coqueiro Baixo (Vale do Leite) deve ter a construção iniciada em outubro deste ano. Critérios técnicos e a relação custo e benefício foram os motivos para a sua priorização entre as demais. A cooperativa prevê cerca de um ano e meio para a conclusão da obra e mais oito meses para viabilizar a construção junto aos órgãos competentes.

Hoje a Certel gera cerca de 20 megawatts, a partir de quatro hidrelétricas: Salto Forqueta, Rastro de Alto, Boa Vista e mais 60% em Cazuza Ferreira. Com as novas cinco projetada, a cooperativa ampliará a geração em mais 25 megawatts.

Quase 100 projetos na gaveta A cada megawatt produzido no Estado, mais reforço para o sistema nacional. Se todas as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), aliadas aos modelos eólico e solar já consolidados, saíssem do papel, o RS alcançaria uma produção de energia acima da maior usina do país, a de Itaipu.

Conforme apuração do Grupo Temático de Energia e Telecomunicações da Fiergs, seria possível gerar 15 megawats no Estado.

“Hoje a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) tem de 80 a 100 projetos em análise. Iniciar as instalações de PCHs seria o maior programa de melhoria da infraestrutura energética do esta-

do”, projeta Deitos.

Na análise dele, há alguns paradigmas que precisam ser quebrados, em especial sobre os impactos ambientais da instalação de pequenas usinas. “Houve um avanço importante nas leis de licenciamento nos últimos dois anos. Mas o tempo que perdemos não se recupera mais.”

Toda a defesa contra a instalação das PCHs, diz Deitos, estão sendo deixadas de lado. “A análise para os projetos se sustentam nos três pilares: ambiental, social e econômico. Destravar esse potencial é fundamental para o nosso estado”, defende.

MATRIZ NACIONAL LINHAS DE TRANSMISSÃO

FOTOS: RENATA LOHMANN

Em 20 anos, investimentos nas linhas de transmissão resultaram em um aumento de 108% no total de redes de energia, aponta governo federal

2021 145,6 mil km

2001

108%

70 mil km de linhas de transmissão

Duas décadas depois do apagão Em 2001, o país foi obrigado a mudar os hábitos de consumo de energia. Era o último ano do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A crise energética estava ligada à falta de planejamento no setor e à ausência de investimentos em geração e distribuição de energia. Somouse a isso o aumento do consumo de energia devido ao crescimento populacional e a elevação do nível produtivo das indústrias.

Naquele ano, 83% da geração de energia vinha das hidrelétricas. Passados 20 anos, a dependência diminuiu para 63%.

“Houve avanços. Nem tudo está perdido. Nosso sistema está mais consistente e temos mais alternativas”, avalia Deitos.

Em 2001, os apagões foram uma amostra da necessidade de evoluir. Passados 20 anos, o que foi feito até então

de aumento em 20 anos

GERAÇÃO DE ENERGIA NO PAÍS FONTE: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

HIDRELÉTRICA TERMELÉTRICA

EÓLICA

NUCLEAR

SOLAR

BIOMASSA

3% 1%

0% 2%

0%

2001 2021

2001 2021

2001 2021

83% 62%

14% 15%

0% 2001 2021

2001 2021

10%

2001 2021

9%

ENTREVISTA JULIANO SCHIRMBECK • ENGENHEIRO ELÉTRICO E PROFESSOR

“As hidrelétricas são a fonte de menos custo e de mais autonomia” • A Hora – Os relatórios apontam para condições adversas nos reservatórios das hidrelétricas. Como isso interfere no RS e no Vale do Taquari?

Há risco de racionamento?

Juliano Schirmbeck: Sim, estamos em uma situação adversa. O Centro-Oeste se caracteriza por uma estação seca e uma chuvosa.

Historicamente os meses de junho, julho e agosto são os que menos chove. Já dezembro e janeiro é o inverso. Estamos indo para um período no qual se espera uma recuperação no armazenamento de água.

Uma possibilidade de racionamento depende do andamento do regime de chuvas de agora até dezembro. Porém, a condição climática histórica apresenta um cenário de possibilidade de recuperação.

No momento a situação hídrica do Rio Grande do Sul, não apresenta esse problema, nossas hidrelétricas estão trabalhando em sua capacidade plena.

• Por que o Brasil aposta tanto na geração de energia por meio das hidrelétricas?

Como foi esse processo de estruturação? Quais seus riscos e suas potencialidades?

Schirmbeck: As hidrelétricas são a fonte de menos custo e de mais autonomia. É possível gerenciar o sistema de acordo com a demanda de uso da energia, isso por meio do controle do consumo da água.

Podemos gerar mais energia quando temos maior demanda, isso consumindo mais água do reservatório, quando reduz a demanda de energia, se reduz a geração possibilitando reservar água novamente. A situação hoje não está mais crítica devido aos investimentos feitos após 2001.

• Como fazer para reduzir a dependência do sistema nacional?

Schirmbeck: O estado tem um potencial hidrelétrico com ampla possibilidade de expansão. O Vale do Taquari especi-

ficamente tem alto potencial a partir de PCHs. Mas aqui voltamos a lembrar que o sistema energético do Brasil é interligado, sermos auto sustentáveis não nos deixa livre de riscos de termos variações nos custos (as bandeiras) ou até mesmo de algum racionamento devido a uma crise hídrica em outra região do Brasil.

• Sobre alternativas. Quais as oportunidades e dificuldades da energia eólica e solar para aumentar a produção energética?

Schirmbeck: As alternativas às crises hídricas são as usinas termelétricas, que tem um alto custo. Ainda temos as energias renováveis, solar e eólica. O RS tem potencial a ser explorado nestes modelos.

Porém, nos sistemas eólico e solar não temos gerência em relação a produção de energia, pois ocorre de acordo com a disponibilidade de vento ou sol. Diferente da hidrelétrica que gerenciamos o “guardar” ou “consumir” água.

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CRISTO PROTETOR

Como explorar o turismo e preservar a identidade local

Estudo sugere critérios para o desenvolvimento ordenado no entorno do Cristo Protetor e das lagoas da Garibaldi.

Primeira audiência pública apresenta características e abre debate sobre a ocupação harmônica das áreas FELIPE NEITZKE regional@grupoahora.net.br

ENCANTADO

O

s primeiros dados do estudo para desenvolver de forma sustentável o entorno do Cristo Protetor foram apresentados nessa sexta-feira, 6, à comunidade, entidades e empreendedores. Esse trabalho inclui levantamento das características ambientais, resgate histórico e aspectos culturais.

Estudo mobiliza 15 técnicos de diferentes áreas para definir a identidade local e a ocupação harmônica das áreas próximas ao monumento e das lagoas. Conforme o engenheiro Daniel Schmitz, através da audiência pública é possível compartilhar essas informações e alinhar as melhores estratégias de investimentos.

“A obra do Cristo tem repercussão internacional, já atrai milhares de visitantes e requer planejamento adequado para valorizar

o local e não perder as características de um ambiente agradável, tranquilo e de boas sensações”, observa Schmitz.

São 1,4 mil hectare para desenvolver de forma sustentável.

“Temos o mapeamento georreferenciado, dados do solo, fauna, flora e a análise do conjunto que inclui a cidade, o rio Taquari e a paisagem do Vale”, explica o engenheiro.

Também há um planejamento para uma área maior, ocupando 1/3 da extensão territorial de Encantado. O estudo define uma unidade de conservação, com corredores ecológicos, agricultura sustentável, turismo rural, entre outras ações. “Queremos que o visitante tenha novas sensações ao chegar no município, mantendo a característica que o atrai pelo aspecto religioso e da natureza”, avalia Schmitz.

Uma segunda audiência pública está prevista para outubro.

Ocasião para apresentar possíveis investimentos e produtos a serem desenvolvidos no entorno do monumento. A entrega final

do estudo está prevista para novembro. “Todo o planejamento cria regras e limites. Serão estabelecidas para atender investidores e proprietários das áreas para não distorcer a harmonia do local”, reitera o engenheiro.

Estudo dará subsídio para legislação sobre imóveis e empreendimentos no entorno do monumento do Cristo Protetor e das lagoas

Investimento sustentável

Os dados do estudo foram apresentados quatro meses após içado o rosto do monumento de Cristo. Neste período, o prefeito Jonas Calvi assinou decreto para suspender todas as atividades de construção civil e licenciamento de vegetação desde as lagoas da Garibaldi até a área da obra turística.

“Vamos prorrogar por mais um período, pelo menos até a conclusão do estudo de expansão e ocupação da área. Essa decisão é para preservar o local e evitar o uso desordenado”, explica o prefeito de Encantado.

As opções de investimentos serão desenvolvidas com base nas informações apresentadas e em conjunto com a comunidade e entidades. “A

estátua é construída pela Associação Amigos de Cristo e entendo que a entidade teria condições de gerir e explorar essa ocupação do entorno”, observa Calvi.

O prefeito entende que há uma angústia grande por parte de investidores e talvez possam ter algumas frustrações. “Não podemos liberar investimentos neste momento. São vários fatores para serem analisados”, observa o chefe do Executivo.

Por parte do Poder Público, um dos investimentos projetados é o acesso asfáltico. De acordo com o prefeito, o alargamento da estrada e pavimentação do trecho de 2,5 quilômetros foi cadastrado junto ao programa Pavimenta RS. “Nós, enquanto governo, trabalhamos nos bastidores para desenvolver o turismo em Encantado,

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criamos um departamento específico e o conselho municipal”, pontua Calvi.

Resgate histórico O resgate histórico da área do Cristo Protetor de Encantado faz parte do estudo para definir a identidade do local. As lagoas da Garibaldi, por exemplo, foram essenciais para o desenvolvimento de Encantado, fornecendo energia elétrica entre os anos 1930 e 1940.

De acordo com o integrante da Associação Amigos de Cristo, Rafael Fontana, valorizar o passado é importante para manter a harmonia e preservar os potenciais turísticos.

“Estamos definindo o conceito de turismo que queremos e esse é um aspecto essencial para compor os atrativos”, afirma Fontana.

Nesse sentido, o estudo orienta também sobre a preservação da fauna e flora. “Precisamos saber quais animais estão inseridos aqui, organizar a preservação da vegetação e trabalhar para amenizar os impactos”, reitera o integrante da associação responsável pela obra do Cristo Protetor.

ENTORNO DO CRISTO

SOBRE O ESTUDO A CONCESSÃO NO RS • Coleta de dados ambientais, históricos e culturais da área do entorno do Cristo Protetor e das lagoas da Garibaldi na extensão de 1,4 mil hectare; • Primeira audiência pública de apresentação dos dados apurados desde maio/2021;

Obra do Cristo

Construído no topo do Morro das Antenas, em Encantado, o monumento tem 43 metros de altura, incluindo o pedestal. A envergadura dos braços é de 36 metros. A equipe técnica concluiu a instalação dos andaimes em todo o corpo da estátua e se prepara

para desenvolver o manto. Ele será esculpido de forma artesanal por Markus Moura.

Como a etapa abrange a maior parte do monumento, será uma das fases mais elaboradas. O processo se dá através da aplica-

ção de concreto em estruturas de arame, semelhantes às telas de viveiro. Os detalhes são criados com o auxílio de uma espátula.

A expectativa é concluir o serviço em dezembro.

• Seminário para acolher ideias e desenvolver opções de negócios (data à definir); • Segunda audiência pública para elencar produtos e critérios de ocupação da área, em outubro; • Conclusão do estudo e entrega do diagnóstico à comunidade, em novembro.

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Acordo de R$ 9 milhões projeta recuperação da Ferrovia do Trigo Prefeitos e entidades assinaram termo de cooperação para funcionamento definitivo do Trem dos Vales. Trecho será ampliado até Estrela e viagens podem ser mensais ou semanais RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

C

onserto da Ferrovia do Trigo no trecho de Estrela a Colinas, aumento do número de viagens e uma definição da periodicidade do transporte. Essas são as principais diretrizes do projeto técnico assinado na tarde dessa sexta-feira, 6, na prefeitura de Estrela.

De acordo com o coordena-

dor do Trem dos Vales, Rafael Fontana, a estratégia é uma cooperação entre sete governos municipais, a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), e a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF).

As melhorias estão divididas em três etapas. Primeiro no trecho entre Guaporé e Muçum, depois entre Muçum e Roca Sales e, por fim, de Estrela a Colinas. O investimento para todos os estágios será de R$ 9 milhões. “É um passo importante para tornar a nossa região um polo turístico. Do nosso Estado, da região Sul e, futuramente, do país”, planeja Fontana.

O projeto será encaminhado para a companhia ferroviária Rumo Logística e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Além de reformas na estrutura, para consolidação de viagens mensais ou semanais é necessária negociação para adequar o trânsito de trens de carga e de passageiros.

RAMIRO BRITES

Oportunidade e profissionalização O aumento da projeção dos empreendimentos turísticos e a projeção do setor na região elenca novos desafios. Para o presidente da Amturvales, Leandro Arenhart, a repercussão internacional da estátua do Cristo Protetor agrega valor para outras atrações como o Viaduto 13 e o Trem dos Vales.

“O Cristo Protetor vai puxar os outros projetos turísticos, mas todos os 38 municípios podem se beneficiar”, avalia.

Para Arenhart, a região deve ofertar mais serviços para atender a demanda dos turistas. A rede hoteleira e os restaurantes devem aumentar. O principal, porém, é a qualificação no atendimento.

Segundo o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, a assinatura do projeto evidencia o amadurecimento da região. Ele destaca a coletividade e o profissionalismo no plano de desen-

volvimento turístico. “Ninguém vai construir nada sozinho”, diz Kohlrausch, “Não há mais espaço para amadores na gestão pública e na gestão do turismo”, acrescenta.

Próxima temporada de passeios O Trem dos Vales fará 52 viagens entre novembro, dezembro, deste ano, e janeiro de 2022. O

O projeto foi assinado pela direção da ABPF, Amturvales e prefeitos de sete municípios

passeio comemorativo percorre o trecho entre Guaporé a Muçum.

Para esta temporada, foram vendidos 20 mil ingressos. A organização espera que a melhora no cenário epidemiológico disponibilize mais 10 mil vagas à atração.

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Um museu de bicicletas para o Vale Com mais de 30 bikes antigas, Vianei Augusto Wille transformou a casa em uma confraria para receber ciclistas e turistas da região. No espaço, ele também criou a Pousada Alto Arroio Alegre BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

SANTA CLARA DO SUL

Q

uando criança, o sonho de Vianei Augusto Wille, 53, era ter uma bicicleta. Ele cresceu no interior de Santa Clara do Sul e, aos 13 anos, compartilhava a primeira bike com o irmão. Na época, ainda sem experiência, customizou a Monareta dos anos 70 e foi ali que surgiu o gosto pela prática.

Mesmo adolescente, ele já gostava de fazer restauros e desde cedo começou a colecionar objetos, móveis antigos e, claro, bicicletas. De marcas nacionais, suíças e alemãs, hoje são mais de 30 bikes abrigadas na propriedade de Vianei.

Em setembro do ano passado, ele e a esposa tiveram a ideia de abrir um espaço para receber visitantes e montar a chamada Confraria da Bicicleta, que já recebe turistas e ciclistas de todo o estado.

Ao lado, uma exposição de antiguidades com móveis de época, vinis, toca-discos e uma vitrola dos anos 60 também fazem parte da exposição. Os objetos são relíquias da família guardadas por Vianei desde os 15 anos.

“Hoje as pessoas que me conhecem sabem que a gente tem esse

FOTOS: RENATA LOHMANN

acervo e acabam doando. A gente acaba mantendo para contar as histórias a quem um dia vier pra cá”, ressalta Vianei.

Oficina de bicicletas A ideia de montar um museu surgiu há mais de 20 anos, porque a coleção de bicicletas aumentou com o tempo. “Sempre pensamos no quanto isso é importante culturalmente. Contar a história dos nossos antepassados por meio da bicicleta, que era um dos meios de locomoção mais utilizados na época”, conta Vianei.

As bicicletas são datadas dos anos 20 aos 80. No museu, há as bikes de marcas alemãs como Gorick, NSU, Adler, Durkopp e Basterwerker, as suíças Coronado e as nacionais das marcas Monark e Caloi.

Quando Vianei começou com os reparos, não havia muita informação. Com o tempo, entrou nas redes sociais e passou a adquirir e trocar peças com outros amantes das bicicletas.

Em dois galpões na propriedade, outras bikes aguardam o conserto. “Eu procuro as peças originais, mas a pintura muitas vezes eu não mexo, para que ela não perca sua história”, conta Vianei.

No acervo, há uma bicicleta que veio da Alemanha há oito anos.

Da marca Durkopp, ela foi comprada em um leilão e é datada de 1920. Outra é de 1951, uma Adler feminina de três marchas comprada de um colecionador, também em terras alemãs.

Uma pousada rural O museu faz parte da Pousada Alto Arroio Alegre, um terreno que fica a cerca de 30km do centro de Lajeado. Em um trajeto de estrada de chão, o percurso de carro leva cerca de 40 minutos.

Monark Tiger Cross ano 1975 com três marchas em fase final de restauração

Adler feminina de 1951, comprada em leilão na Alemanha

Bicicletas aos hóspedes. Uma Odometa vermelha anos 70 e uma Monareta ano 74. A terceira é uma Monareta Dobramatic ano 73, todas nacionais

Frequentado especialmente por ciclistas, o maior movimento é aos fins de semana. Na parada, é oferecido um lanche caseiro ou piquenique aos visitantes.

São recebidos no máximo dois casais para passar a noite, já que o espaço conta com duas cabanas.

Uma delas é temática, com mobília de época, um fogão a lenha dos

anos 20, TV em preto e branco e uma geladeira dos anos 50.

A experiência também permite um banho de tacho ao ar livre, uma espécie de banheira que fica de frente para a vista do alto do morro. De lá de cima é possível ver parte do Vale do Taquari. Com a diária, há um passeio em algumas bicicletas antigas do acervo

de Vianei. A pousada também aceita que os hóspedes tragam seus pets.

A ideia do proprietário é preparar o espaço para fazer parte das rotas do cicloturismo projetadas para Santa Clara do Sul. Serão quatro percursos previstos para serem lançados nos próximos meses.

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Espaço oferece apoio a mulheres vítimas de violência Trabalho multissetorial feito pelo Centro de Referência e Atendimento já ajudou mais de 280 mulheres em Lajeado.

Neste fim de semana, Lei Maria da Penha completa 15 anos BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

LAJEADO

D

iferentes histórias de vida que têm uma coisa em comum: a superação. Mulheres vítimas de violência encontram no Centro de Referência e Atendimento à Mulher de Lajeado uma rede de suporte. Essa é a porta de entrada do serviço de conversa, suporte e orientação.

BIANCA MALLMANN

Desde o início de suas atividades, em 2016, cerca de 280 mulheres passaram pelo Centro. Uma destas usuárias terminou há cerca de quatro meses o casamento de mais de 20 anos depois de sofrer uma série de ameaças físicas e emocionais.

Ela conta que o processo de criar coragem para denunciar as agressões foi difícil. A cada novo episódio, pensava que ele iria mudar suas atitudes. O desfecho da situação se deu com o apoio da filha, que ao ver a mãe sendo agredida, incentivou e ajudou na denúncia.

Hoje, ela está em processo de superação. O sorriso no rosto e as risadas voltaram a aparecer. “Somos mulheres fortes, guerreiras e trabalhadoras. Depois de tudo o que aconteceu comigo, eu digo às outras mulheres: busquem ajuda, denunciem. Não merecemos ser agredidas, xingadas e humilhadas”.

Atendimento no CRAM O Centro atua com uma equipe interdisciplinar, formada por uma assistente social, uma assessora ju-

As profissionais lembram que a violência contra a mulher pode ser tanto física, quanto sexual, psicológica, patrimonial e moral.

Lei Maria da Penha e Agosto Lilás

Equipe oferece serviços de psicologia, assistência social e assistência jurídica

rídica e uma psicóloga. Neste espaço, as mulheres podem contar suas histórias, receber orientações e ajuda para denunciar agressões e solicitar medidas protetivas.

“Procuramos fortalecer e empoderar essas mulheres. Elas vêm de um ciclo de violência doméstica do qual é muito difícil sair. É um trabalho de passos de formiguinha. Mas cada vida que conseguimos tirar desse meio violento, pra

nós é uma grande conquista”, destaca Ana Lazaron, coordenadora e assistente jurídica do CRAM. As mulheres buscam o Centro por iniciativa própria ou encaminhadas por outros serviços, como por via judicial.

“Ouvimos e tentamos entender a situação, para ver como podemos ajudar.

Cada caso é um caso. Agimos de acordo com a vontade delas”, diz Magda Rigo, assistente social.

A lei nº 11.340, mais conhecida por Lei Maria da Penha, cria mecanismos para impedir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Neste sábado, 07, ela completa 15 anos. Sua importância está no papel de prevenir e punir crimes motivados pela questão de gênero.

Agosto é também lembrado pela cor lilás como mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres.

ONDE BUSCAR AJUDA?

Para denunciar e buscar ajuda a vítimas de violência contra mulheres ligue 180

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Teutônia confirma 5º Acampamento Farroupilha

DIVULGAÇÃO

Programação completa será divulgada ainda no mês de agosto TEUTÔNIA

U

ma reunião entre administração municipal de Teutônia, piquetes, Centro Cultural Tradicionalista (CCT) e Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) confirmou o 5º Acampamento Farroupilha e 4º Desfile Farroupilha de Teutônia. O acampamento ocorrerá entre os dias 11 e 20 de setembro, no Centro Administrativo Municipal, com realização da Prefeitura de Teutônia e CTG Rincão das Coxilhas,

do bairro Languiru.

O evento foi autorizado pelo Comitê de Atenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus (COE) de Teutônia, e seguirá todos os protocolos estabelecidos pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Em reunião com as entidades tradicionalistas foram informados todos os protocolos e cuidados que deverão ser seguidos, rigorosamente, para que o evento possa ocorrer sem riscos à saúde pública. A programação completa será divulgada ainda no mês de agosto.

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(?) killer, criminoso como Jack, o estripador Guerra (?): impulsionou a Corrida Espacial São codificados no WhatsApp

23/09 - 22/10 23/10 - 21/11

Poema elogioso Tramar; maquinar (?) e devoluções, setor de lojas

Animal usado para transporte de cargas

Personagem de Monteiro Lobato

3.000, em algarismos romanos

Área de quiosques, na praia Fábrica de tijolos Extensão de arquivos

"(?) Anos de Solidão", livro de Gabo Aparato que controla a entrada em estações Habitat de de trem leões Rochas sedimentares de cloreto de sódio 46

www.coquetel.com.br /

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Solução R

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Solução

"(?) Anos de Solidão", livro de Gabo Período fértil de animais

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3.000, em algarismos romanos

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Poema elogioso Tramar; maquinar

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© Revistas COQUETEL

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22/11 - 21/12

Local de onde o padre reza a missa

Que não têm destino definido

O S M A G O S

ocal de onde o dre reza missa

22/12 - 19/01

Entrada (abrev.)

Grande cervídeo

P I A T M R O T O E N L TA O A R E M M A R I L C I M A

Entrada (abrev.)

Grande cervídeo

20/01 - 18/02

Grupos sertanejos Excluído (fig.)

Viajar como a ave Grosseira; intratável

E

Cenário do filme "Psicose"

19/02 - 20/03

21/03 a 19/04 20/04 - 20/05 21/05 - 20/06

21/06 - 22/07 23/07 - 22/08

23/08 - 22/09

Cenário do filme "Psicose"

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Iodo (símbolo) Mais, em inglês

Mentor enigmático dos protagonistas de "Caverna do Dragão" (TV)

Iodo (símbolo) Mais, em inglês

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Mentor enigmático dos protagonistas de "Caverna do Dragão" (TV)

O lugar como Punta ProprietaCana ou Bali riado Pablo (?), poeta ganhador do Nobel de Literatura em 1971

Museu de Arte do Rio (sigla)

P M A N D A R E S R A R D U E P I DA A S A R I A L I A C A C T E O R O O L R A C A L V A A I S G

lugar como Punta ProprietaCana ou Bali riado ablo (?), poeta ganhador do Nobel de Literatura em 1971

© Revistas COQUETEL

E R R A N T E S

© Revistas COQUETEL

Itens vendidos em lojas de ferragens Informações que se espalham sem checagem de fatos Local escolhido para o Dia D (Hist.)

Aparelhos de fábricas de tecido

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PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

A C

O Rio Grande do Sul recebe do

A faixa etária para imunização em Lajeado volta a baixar neste sábado, desta vez para nascidos até dia 31 de dezembro de 1990, ou seja, que completam 31 anos em 2021. Os locais de vacinação são o Parque do Imigrante, no modelo drive-thru, e o Posto de Saúde do Centro, das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia. Em Estrela, o público-alvo são os profissionais da educação que precisam completar o esquema vacinal. Ao todo 750 pessoas devem receber a segunda dose.

PEIXES: Simpatia e entusiasmo vão garantir ótimo entrosamento com as pessoas e você deve se sair muito bem nas parcerias que formar.

O S M A G O S

RS recebe mais 390 mil doses de vacinas

Lajeado e Estrela com vacinação no sábado

VIRGEM: Vênus em Virgem também deixa você mais prestativa e garante boa convivência com as pessoas ao seu redor.

AQUÁRIO: Vênus indica mudanças e avisa que serão muito positivas. Pode até conseguir algumas vantagens para o bolso.

T O E N L TA O A R E M M A I R L C I M A

O

Vale do Taquari recebeu nessa sexta-feira, 06, um novo lote com 7.446 doses de vacinas contra a Covid-19. Os imunizantes foram distribuídos ainda ontem aos municípios da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde. Deste total, 5.706 doses são da Pfizer e outras 1.740 da Coronavac, ambas para primeira aplicação.

ROSALINO LINO BENTO, 61, faleceu na sexta-feira, 06. O sepultamento será neste sábado, 07, às 10h, no Cemitério Jardim da Paz, em Serafina Correa.

RENATA BALEN MENEGHEL, 36, faleceu na sexta-feira, 06. O sepultamento será no sábado, 07, em horário a ser definido, no Cemitério Municipal de Guaporé.

ARLI HEINRICH GOTTEMS, 60, faleceu na sexta-feira, 06. Foi cremada no Memorial e Crematório Jardim Montanha dos Vales, em Santa Cruz do Sul. IVO ILDO BRUCH, 84, faleceu na sexta-feira, 06. O sepultamento foi no Cemitério Evangélico do Morro Vermelho, em Arroio do Meio.

JOSE RENATO RAMOS BRANDÃO, 66, faleceu na sexta-feira, 06. O sepultamento foi no Cemitério Católico da Linha São José, em Estrela.

ERICO KOELZER, 65, faleceu na sexta-feira, 06. O sepultamento foi no Cemitério de Bela Vista, em Arroio do Meio.

CELSO LUIS DA SILVA FLORES, 55, faleceu na sexta-feira. O sepultamento foi no Cemitério Municipal de Guaporé.

LEÃO: Fique atenta às oportunidades, pois pode pintar uma grana inesperada e você deve estar ligada para aproveitar a chance.

CAPRICÓRNIO: Seu charme vai atrair como ímã, mas tudo indica que você só vai se envolver com alguém se sentir que pode iniciar algo.

E

VALE DO TAQUARI

OBITUÁRIO

CÂNCER: Bom momento também para trocar ideias com pessoas experientes ou fazer cursos e aprimorar seus conhecimentos.

SAGITÁRIO: Vai sentir uma vontade enorme de viajar e encontrar quem está longe.

Mas avalie se é mesmo um bom momento para isso.

O D U E S P I DA A S A R I A L I A C A C T E O R O O L R A C A L V A A I S G

Ministério da Saúde, neste final de semana, 390.630 doses de vacinas contra a covid-19. Estão previstas para esta remessa: 162.630 Pfizer, 3.700 Janssen e 224.300 AstraZeneca. A definição da destinação das doses passa por pactuação entre gestores estaduais e municipais, em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que ocorreu nessa sexta-feira. A distribuição às 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) e aos municípios, por sua vez, deve ocorrer na próxima segunda-feira, 09.

GÊMEOS: Pode até investir em uma promoção ou reivindicar um aumento aos chefes, se achar que é mesmo um bom momento para falar sobre isso.

ESCORPIÃO: A Lua também dá sinal verde para quem planeja viajar, desde que tome todos os cuidados para proteger a sua saúde.

E R R A N T E S

Imunizantes que chegaram ontem à região são da Pfizer e Coronavac. Todas as doses são destinadas para a primeira aplicação. Lajeado e Estrela fazem ações neste sábado

Final de semana terá a chegada de mais 390 mil doses de imunizantes ao Estado

TOURO: Vênus realça o seu charme e garante que vai atrair muitos admiradores na paquera. Já encontrou seu par perfeito?

LIBRA: Seu trabalho vai render bem mais hoje e você só terá motivos para comemorar, com chance até de promoção.

C I A S F A L S A S

DIVULGAÇÃO

ÁRIES: À tarde, você pode sentir uma vontade maior de se isolar no seu canto. Aproveite para pensar nos seus projetos e fazer planos.

4/more. 6/serial. 9/sais-gemas. 10/caracteres. 14/mestre dos magos.

Vale recebe lote com 7,4 mil doses de vacinas

HORÓSCOPO

AH

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A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

AH

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

SONHO OLÍMPICO

DE LAJEADO PARA TÓQUIO

DIVULGAÇÃO

Árbitro Tiago Stürmer trabalhou na final do tênis feminino nos Jogos Olímpicos.

Orgulhosos com a carreira do filho, pais João Vicente e Maira guardam recordações das viagens e competições CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

O

s Jogos Olímpicos de Tóquio premiaram o Brasil com a primeira medalha do país na história do tênis. O feito foi da dupla feminina Luisa Stefani e Laura Pigossi, que conquistou o bronze. O que poucos sabem, no entanto, é que o Vale do Taquari também esteve representado neste esporte. E inclusive na final. Natural de Lajeado, o árbitro Tiago Stürmer, 33, viveu o sonho olímpico pela segunda vez. Em casa, alegria para os pais João Vicente e Maira Stürmer.

Depois de trabalhar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, como árbitro local, Tiago sente-se ainda mais orgulhoso em ter sido selecionado para estar em Tóquio.

Como árbitro de linha, ele completou todos os maiores torneios do mundo. Esteve nos quatro Grand Slams: Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open.

Copas Davis, Olimpíadas e competições por todo o mundo. Sem nunca esquecer de onde iniciou.

Foi durante o US Open de 2019 que recebeu a notícia de que trabalharia em Tóquio. “Fiquei muito feliz e lisonjeado. Depois de trabalhar como local em 2016, fui selecionado como árbitro internacio-

Nas Olimpíadas de Tóquio, Stürmer chegou a trabalhar na grande final do tênis feminino ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

Como árbitro de linha, trabalhou nos quatro Grand Slams: Australian Open, Roland Garros, US Open e Wimbledon, além de outros torneios pelo mundo

nal. Um feito mais difícil e muito comemorado”, lembra.

Tiago considera que a sensação de estar em uma Olimpíada como árbitro é a mesma dos atletas. “É o maior evento esportivo do mundo, todos têm o sonho de estar ali.” O momento mais especial é fácil de ser escolhido. O lajeadense trabalhou na grande final feminina. Vitória da suíça Belinda Bencic sobre CAETANO PRETTO

a tcheca Marketa Vondrousova

EXPERIÊNCIAS NO JAPÃO

Stürmer mora na Áustria. A trabalho, viaja o mundo, e assim passou a valorizar a cultura de cada local. Estar no Japão foi especial por isso também. “Já havia estado ali em 2017 e pude sentir a receptividade e a generosidade do povo japonês. Trago a percepção de quão amigáveis eles são. Sinceros e educados. Poder estar emergindo de novo em uma cultura completamente diferente da nossa, saindo da zona de conforto e tentando compreender e aprender sobre algo novo, é o mais especial para mim.”

João Vicente e Maira, pais de Tiago, e o quadro com os crachás que o filho usa nas competições de tênis pelo mundo

DA ENGENHARIA À OLIMPÍADA Formado em Engenharia Ambiental, Tiago fez uma mudança drástica na carreira profissional ao decidir se empenhar na arbitragem do tênis. Ao projetar o futuro, considera já ser realizado como árbitro de linha. Agora, quer se consolidar também como árbitro de cadeira.

“Em 2020 completei todos os Grand Slam como linha. Agora o meu sonho é me consolidar como árbitro de cadeira no cenário mundial”

“SEMPRE TORÇO PARA O ÁRBITRO”

Em casa, Tiago sempre teve apoio.

Seus pais, João Vicente e Maira, são seus maiores fãs. O pai, inclusive, guarda uma coleção de itens: fotos, crachás, bonés e roupas usadas nos torneios em que trabalhou. Há inclusive um quadro de recordações. “Sou muito grato a todo este apoio. Sinto falta deles, mas sei que estar aqui é importante para o prosseguimento

da minha carreira”, diz o árbitro.

O pai João sente-se orgulho ao falar de Tiago. “É um guri trabalhador, começou no CTC, esteve também na Soges. Lembro que a primeira vez que deu aulas foi em um condomínio aqui em Lajeado. Pouco tempo depois, pode dizer que trabalhou em todos os maiores torneios do mundo”, destaca.

A idolatria do pai pelo filho é tanta que já fez João viajar pelo mundo para acompanhar o trabalho de Tiago. Esteve no Rio Open, Uruguai Open, em um ATP 250 na Áustria e também no US Open. “O que posso dizer é que sempre torço para o árbitro”, brinca.

Em Tóquio, os pais pouco conseguiram acompanhar o filho. Em função do horário e também da falta de transmissão do tênis para o Brasil, olharam apenas a final feminina.

Jogo em que, mais uma vez, torceram para Tiago. “Eu brinco que eles focam demais no jogador, quando deveriam mostrar mais o árbitro”, diz a mãe, Maira.

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JOGOS OL IM PICO S

AS ÚLTIMAS MEDALHAS

DIVULGAÇÃO

Brasil vive a expectativa de Ouro no futebol, voleibol e boxe EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@grupoahora.net.br

O

s Jogos Olímpicos de Tóquio chegam ao fim neste domingo, às 8h, com a cerimônia de encerramento oficial.

Porém, antes das festividades, o Brasil tem a expectativa de conquistar ao menos mais três medalhas de ouro.

Neste sábado, a partir das

8h30min, a seleção brasileira enfrenta a Espanha na decisão do Ouro. Recuperado de lesão, Matheus Cunha deve seguir no time. O provável time titular deve ter Santos; Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Arana; Bruno Guimarães, Douglas Luiz e Claudinho; Antony, Matheus Cunha e Richarlison.

Quem também pode conquistar uma medalha de ouro é a

AGENDA SÁBADO Futebol 08h30min – Brasil x Espanha

Atletismo 07h34min – Salto em altura feminino 07h45min – 10000m rasos feminino 08h – lançamento de dardo masculino 08h40min – 1500m rasos masculino 09h30min – 4x400m rasos feminino 09h50min – 4x400m rasos masculino 19h – Maratona masculina

Basquete 23h30min – final feminina

pugilista Beatriz Ferreira. Na madruga de domingo, às 2h, enfrenta Kellie Harington, da Irlanda, na decisão da medalha na categoria peso leve feminino.

VOLEIBOL FEMININO Comandadas por José Roberto Guimarães, o Brasil superou

Beatriz Ferreira busca a medalha de ouro na categoria peso leve feminino

#

PAÍS

1

China

36

26

17

79

2

Estados Unidos

31

36

31

98

3

Japão

24

11

16

51

4

Grã-Bretanha

18

20

20

58

5

Atletas da Rússia

17

23

22

62

6

Austrália

17

6

21

44

7

Itália

10

10

18

38

8

Alemanha

9

11

16

36

9

Holanda

9

10

12

31

masculino

10 França

7

11

9

27

Vôlei masculino

16

4

4

8

16

a Coreia com facilidade e vai enfrentar os Estados Unidos na decisão. A partida está agendada para à 1h30min de domingo.

Domingo - 8h - Cerimônia de Encerramento

Beisebol

Karatê

07h – Japão x Estados Unidos – final masculino

07h55in – Kumitê acima de 61kg feminino 08h05min – Kumitê acima de 75kg masculino

Ciclismo 04h55min – madison masculino 23h20min – Velocidade individual feminino

Ginástica Rítmica 23h – Grupo Geral feminino Handebol 09h – Dinamarca x França, final masculino

Luta Olímpica 07h50min – livre até 65kg masculino 08h30min – Livre até 97kg masculino 09h20min – livre até 50kg feminino

Nado Artístico 07h30min – final equipes feminino

Hipismo

Pentatlo Moderno

07h – Saltos por equipes misto

07h30min – final individual

QUADRO DE MEDALHAS TOTAL

Brasil

ATUALIZADO ÀS 20H

09h15min – Atletas da Rússia x França, final

DOMINGO Boxe

Ciclismo Pista

02h – Beatriz Ferreira (Brasil) x Kellie Harington (Irlanda), peso leve feminino 02h15min – Andy Cruz (Cuba) x Keyshawn Davis (EUA), pelo leve masculino 02h45min – Lauren Price (Grã-Bretanha) x Li Qian (China), peso médio feminino 03h15min – Richard Torrez (EUA) x Bakhodir Jalolov (Uzbequiztão), superpesado masculino

Handebol

00h – keirin masculino 00h25min – Omnium feminino 03h – final feminino

Polo Aquático 04h30min – final masculino

Vôlei feminino 01h30min – Brasil x EUA

20

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

BRASILEIRÃO

C

om o perigo de entrar na zona de rebaixamento, o Internacional terá uma parada dura neste fim de semana: o Flamengo no Maracanã. A partida colocará frente a frente duas equipes com retrospecto recente oposto. De um lado, o Inter que só venceu duas das últimas dez partidas. Do outro, o Rubro-Negro de Renato Portaluppi, com 100% de aproveitamento desde que o técnico chegou ao clube. A partida ocorre no domingo,

às 18h15min.

Diego Aguirre teve a semana cheia para trabalhar a equipe, que pode ter novidades e estreia. O zagueiro Gabriel Mercado foi regularizado no BID e deve começar a partida. A dúvida é se jogará na zaga ou na lateral-direita.

Como Moisés está suspenso, não é descartado um esquema com três defensores: Mercado, Bruno Méndez e Victor Cuesta. Se seguir o formato com dois zagueiros, Paulo Victor deve jogar na lateral-esquerda. Outra dúvida é no meio-campo.

Patrick está recuperado e pode ini-

ciar o jogo no lugar de Palacios. Na frente, Yuri Alberto cumpriu suspensão e volta à titularidade.

O Inter tem hoje 15 pontos e ocupa a 14ª colocação do Campeonato Brasileiro. Se vencer, pode entrar na zona de classificação à Copa Sul-Americana. Uma derrota pode colocar a equipe na zona de rebaixamento.

FLAMENGO ARRASADOR Se antes não conseguia engrenar com Rogério Ceni, o atual

FLAMENGO

INTERNACIONAL

Diego Alves Isla Gustavo Henrique Léo Pereira Filipe Luís Willian Arão Diego Éverton Ribeiro Arrascaeta Bruno Henrique Gabigol

Daniel Saravia (Mercado) Bruno Méndez Cuesta Paulo Victor Rodrigo Dourado Edenilson Caio Vidal Taison Carlos Palacios (Patrick) Yuri Alberto Técnico: Diego Aguirre

Técnico: Renato Portaluppi

campeão brasileiro vive lua de mel com Renato Portaluppi. Desde que o novo comandante chegou, foram seis jogos e seis vitórias. 24 gols marcados e apenas três sofridos. O Rubro-Negro ocupa a quinta colocação, mas com dois jogos a menos, é postulante à liderança.

COPA DO BRASIL

RENATO NO CAMINHO DO TRICOLOR

BRASILEIRÃO CLASSIFICAÇÃO EQUIPE

LUCAS FIGUEIREDO

Sorteio colocou o Flamengo no caminho do Grêmio nas quartas de final

A cerimônia também definiu o chaveamento dos confrontos. Portanto, caso o time de Felipão avance

às semifinais, além de garantir uma premiação de R$ 7,3 milhões, pegará o vencedor do confronto entre

PG

J

D

GM GS

2

2

25 12 13

Atlético-MG

31 14 10

1

3

21 10 11

Fortaleza

27 14

8

3

3

22 12 10

Bragantino

27 14

7

6

1

25 16

Flamengo

24 12

8

0

4

25 11 14

SG

9

Athletico

23 13

7

2

4

21 15

6

Ceará

22 14

5

7

2

17 13

4

Santos

19 14

5

4

5

16 16

0

Atlético-GO

19 14

5

4

5

12 15

-3

Bahia

17 14

5

2

7

18 23

-5

Corinthians

17 14

4

5

5

12 14

-2

Fluminense

17 13

4

5

4

10 12

-2

Juventude

16 13

4

4

5

9

14

-5

Internacional

15 14

3

6

5

12

18

-6

Sport

14 14

3

5

6

8

11

-3

Cuiabá

13 13

2

7

4

13 16

-3

São Paulo

12 14

2

6

6

9

-8

América

11 14

2

5

7

11 19

-8

Grêmio

7 12

1

4

7

6

-8

Chapecoense

4 14

0

4

10 11 25 -14

17 14

15ª RODADA SÁBADO

O Grêmio terá o final de semana para descansar, pois só joga na segunda-feira, contra a Chapecoense.

O confronto coloca frente a frente os dois últimos colocados do Campeonato Brasileiro. O Tricolor é 19º, enquanto que a Chape é lanterna e ainda não venceu na competição. O jogo ocorre na Arena, às 20h.

E

32 14 10

18h

Athletico x São Paulo

21h

Cuiabá x Bahia

21h

Palmeiras x Fortaleza

16h

América x Fluminense

DOMINGO

DUELO DE LANTERNAS NA SEGUNDA-FEIRA

REBAIXAMENTO

Santos e Athletico.

V

Palmeiras

16h

Juventude x Atlético-MG

16h 18h15min 18h15min

Santos x Corinthians Ceará x Atlético-GO Flamengo x Internacional

SEG

O Grêmio reencontrará Renato Portaluppi. Em sorteio realizado na tarde de sexta-feira, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, ficou definido que o Flamengo será o adversário gremista nas quartas de final da Copa do Brasil.

Para chegar a esta fase do torneio, o Tricolor eliminou Brasiliense e Vitória. Já os cariocas passaram por Coritiba e ABC. Curiosamente, os dois clubes trocaram de treinador recentemente e são os únicos que ainda não sofreram gols na competição.

ESCALAÇÕES

ESTÁDIO MARACANÃ – DOMINGO, 18H15MIN

LIBERTADORES

CAETANO PRETTO caetano@grupoahora.net.br

Daniel terá de enfrentar o ataque do Flamengo, autor de 24 gols nas últimas seis partidas

SUL-AMERICANA

Colorado encara o Rubro-Negro no Estádio Maracanã. Equipe está com 100% de aproveitamento desde a chegada de Renato Portaluppi

RICARDO DUARTE

INTER TENTA PARAR O FLAMENGO

20h

Grêmio x Chapecoense

21

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

CAETANO PRETTO

MINIFUTEBOL

CLUBES PROMOVEM TORNEIO INTEGRAÇÃO

Partida será a terceira preparatória para a Divisão de Acesso. Antes o Alviazul empatou com o Sete de Setembro e venceu o Veranópolis

LAJEADENSE

EZEQUIEL NEITZKE

Décima edição iniciará no dia 9 de setembro e terá a novidade da categoria sênior

ÚLTIMO C AMISTOSO

EZEQUIEL NEITZKE

ezequiel@grupoahora.net.br

ESTREIA CONTRA O BAGÉ

Depois de encarar o Veranópolis, o Lajeadense terá uma semana de treinamentos até a estreia da Divisão de Acesso. O primeiro jogo é em casa, dia 15, contra o Bagé.

FORÇA LIVRE Neste sábado os três clubes dão sequência aos torneios de sábado a tarde. No Sete de Setembro restam duas rodadas para o fim da fase qualificatória e os times brigam pelas sete vagas restantes à primeira divisão. Até o momento apenas Só Pela Ceva, Tabajara, Tocafogo, Lendas do Movimento e Coringa A

estão garantidos na elite.

Já no CTC faltam quatro rodadas para definir os times classificados às três divisões. O destaque fica para o confronto no campo B entre Los Charruas e Lesionados, ambas as equipes estão com 100% de aproveitamento e quem vencer se garante na primeira divisão.

Soges inicia uma nova fase.

A partir deste sábado as equipes entram em campo em suas divisões para definir depois os classificados as Séries Ouro, Prata e Bronze. Neste sábado os jogos são pela primeira rodada da fase da segunda divisão.

Nesta nova fase, as equipes jogam todas contra todas. Ao fim da fase classificatória, os quatro primeiros disputam a semifinal da Série Ouro. Do quinto ao oitavo disputam o título da Prata e os demais o Bronze.

CAMPO B

CAMPO A

COPA CTC – 4ª RODADA

CAMPO C

A uma semana de estrear na Divisão de Acesso, o Lajeadense faz neste sábado o último amistoso antes da estreia contra o Bagé. Às 11h, encara o Veranópolis, no Estádio Antônio David Farina.

As duas equipes se enfrentaram na semana passada e o Alviazul levou a melhor. Graças ao gol de Edimilson, venceu o adversário por 1 a 0. Agora, é a vez de se provar também fora de casa. O Veranópolis é um dos favoritos ao acesso na competição.

Para o jogo, o técnico Gelson Conte terá alguns desfalques. O

FUTEBOL 12h15min Coroas Mirim/Betiolo

x Capitão América

13h30min Bitterflex

x Amnésia

14h45min Aliança

x Peladeiros

16h

x Coroas Mirim/Lyall

Canhão

17h15min Four

x 100 Pressão

12h15min Nacional

x Ser Sodabeb

13h30min Resenha

x Executivos

14h45min ADL

x Smurfs

16h

x Limitados

La Cantera

17h15min Lesionados

x Los Charruas

12h15min EPTG

x Coroas Mirim D

13h30min Borussia

x Dínamo

14h45min Supérfluos

x Aliança 47 anos

16h

x Kondenados

Descontrole

17h15min Donos da Bola

x Pampero/Lyall

COPA SETE – 4ª RODADA CAMPO 1

caetano@grupoahora.net.br

AGENDA DO

CAMPO 2

CAETANO PRETTO

lateral Mano segue em recuperação de lesão na coxa e fica de fora inclusive da estreia da Divisão de Acesso. Além dele, Maycon e Du são dúvidas. Por outro lado, Marquinhos está recuperado e pode jogar alguns minutos.

Para Conte, o momento é de por em prática o que é treinado ao longo da semana. “Temos que repetir bastante. Sabemos que teremos situações adversas no jogo, será uma tônica nas partidas fora de casa.”

CTC, Sete de Setembro e Soges promovem neste sábado mais uma rodada das copas de minifutebol

12h15min Dinamite

x Pânico

13h30min Contra Ordem

x Meketrefe

14h40min Coringa B

x Saragossa

15h50min Arranca Toco

x Smoke

17h

x Real Madruga

Cataluña

18h10min Tabajara

x Debilitados

12h15min Meia Boca Jr

x JéDuCa

13h30min Afusi

x Kitufo

14h40min Renegados

x Brothers

15h50min Lendas do Movimento

x Kanxeiros

17h

x Coringa A

Tocafogo

18h10min Só Pela Ceva

x Copeiros

SOGES – SEGUNDA DIVISÃO CAMPO A

Alviazul encara o Veranópolis no Antônio David Farina.

lube Tiro e Caça, Sete de Setembro e Soges promovem pela décima vez o Torneio Integração de Minifutebol. Para este ano, a novidade fica por conta do acréscimo a categoria sênior.

As inscrições das equipes nas categorias máster, sênior e veterano se encerram no dia 25 de agosto. No dia 30 ocorre uma reunião com as equipes no Clube Sete de Setembro. A competição prevê seu início para o dia 09 de setembro na categoria veterano, dia 10 para o sênior e dia 14 de setembro na categoria master.

Sempre com jogos em terças-feiras para o máster, em quintas-feiras para a categoria de veteranos e nas sextas para a categoria sênior.

12h30min Cevaria

x Interditados

13h40min Manguaça

x Tsunami

14h50min Fúria

x Dinos

16h

x Estrelas do Futuro

Firma

17h10min Só Resenha

x Meia Boca Junios

18h30min SPC

x Velha Guarda

22

A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

CÍNTIA AGOSTINI

Vice-presidente do Codevat e Gestora de Relacionamento e Negócios do Tecnovates

ALBANO MAYER

ARTIGO

Eventos climáticos extremos explicitando urgências ambientais

O

s dias andam confusos em muitas dimensões e na perspectiva ambiental e climática não está sendo diferente. No Vale do Taquari nevando e, ao mesmo tempo, temos 50 graus de temperatura no Norte do Planeta, com o extremo de termos peixes “cozinhando” dentro dos rios e lagos.

Bem, a discussão dos temas ambientais acontecem de forma muito presente faz vários anos e mais fortemente

“Não se trata de discurso vago de ambientalistas, mas sim, um discurso de economistas, de ministros e de representantes de grandes empresas, que também agora percebem os problemas climáticos” no último meio século, no entanto, vivemos altos e baixos na consciência e na percepção do tamanho desses problemas e consequências para toda a sociedade. Nesse momento parece-me que alguns sinais dão conta de um senso de longo prazo, “transgeracional”, como diria Ari Wallack.

O novo presidente do Estados Unidos, Joe Biden, retoma a discussão dos grandes acordos climáticos; os líderes europeus ressaltam essas

Administrador de Empresas, Empresário, Consultor e Assessor de Gestão da Univates.

temáticas após enchentes históricas em seus países; e grandes empresas iniciam propagandas nas mídias defendendo as temáticas ambientais em suas cadeias produtivas.

Corroborando com essas informações que nos circundam, o Relatório de Riscos Globais de 2021, emitido durante o Fórum Econômico Mundial, indica que os eventos climáticos extremos e os danos ambientais causados pela ação humana, são considerados riscos imediatos e, concretamente, são todos esses eventos que temos visto acontecer em nosso entorno.

Enfim, não se trata de discurso vago de ambientalistas, mas sim, um discurso de economistas, de ministros e de representantes de grandes empresas, que também agora percebem os problemas climáticos e indicam estes no Fórum Econômico Mundial como sendo de alto risco para o desenvolvimento.

Alto risco pois limitam a produtividade, limitam a competitividade, aumentam custos de produção, inviabilizam novos negócios e inovações, e isso não ocorre porque as leis e as regras impedem, mas porque os limites climáticos impedem.

Nessas condições, vemos negócios se apropriando de novas tecnologias para se qualificarem e diminuirem seus impactos e esses mesmos negócios determinam que os seus parceiros façam o mesmo, no entanto, precisamos chegar a cada pequeno, médio ou grande negócio; precisamos alcançar os pequenos e grandes produtores rurais e do agronegócio; precisamos “virar a chave” no setor privado e público; precisamos educar nossas crianças e nossos adultos; para então sim, cada um agindo na sua vida e no se entorno, poderá contribuir com o todo. As questões ambientais não são problemas dos outros, são problemas de todos e de cada um de nós!

C

ARTIGO

AGIL

onforme o dicionário, “ÁGIL”, que se movimenta com excesso de facilidade, que se move de maneira rápida, veloz. Que se comporta ou trabalha de maneira eficaz e rápida, diligente, expedito e trabalhador.

O movimento Pro_Move Lajeado foi lançado no dia 28 de março de 2019.

Durante este mesmo ano a organização CERTI, de Santa Catarina, mapeou e priorizou as ações do nosso ecossistema, identificou vários pontos de alinhamento que nos ajudam a tomar as decisões relacionadas ao aprimoramento do Ecossistema de Inovação. Material

“No dia 9 de agosto de 2021, o movimento Pro_Move Lajeado deixará uma grande marca na sociedade lajeadense, talvez o maior legado desde o seu lançamento.

Viabilizará o nascimento da AGIL (...)” que pode ser consultado em www. promovelajeado.com.br.

Durante o mapeamento, pela Certi, uma sugestão ficou latente, criar uma agência de inovação no nosso ecossistema.

Foram várias reuniões, muitas discussões sobre as possibilidades de organização desta entidade, discussões sobre o papel, responsabilidade e resultados

esperados, surgindo primariamente o seu nome, que já diz muito do que esperamos dela, AGIL – Agência de Desenvolvimento e Inovação Local.

Mas como formar uma organização que representasse a nossa comunidade e seu ecossistema de inovação? Optamos então por um modelo que nos caracteriza. Somos uma sociedade muito colaborativa e empreendedora, focada em resultados. Compartilhamos muitas expectativas e sabemos como trabalhar em conjunto, então nos focamos em criar uma associação.

Uma organização como esta precisa de pessoas e organizações comprometidas, alinhamos as hélices do ecossistema: Poder Público, Universidade e Empresários e pela sua mobilização criamos o embrião da associação, contratamos um profissional com o objetivo de executar a nobre tarefa de iniciar construção deste legado.

No seu estatuto, a AGIL tem o objetivo da concepção, estruturação e gestão sustentável de um ecossistema de inovação capaz de criar e consolidar empreendimentos, através da interação e cooperação entre universidades, empresas, organizações não governamentais e governamentais, no Vale do Taquari, Estado do Rio Grande do Sul, demais Estados da Federação e Distrito Federal, bem como no âmbito internacional.

No dia 9 de agosto de 2021, o movimento Pro_Move Lajeado deixará uma grande marca na sociedade lajeadense, talvez o maior legado desde o seu lançamento. Viabilizará o nascimento da AGIL, uma organização focada na inovação e no desenvolvimento da nossa sociedade. Às 18h30min no teatro da UNIVATES, será feita a instalação da AGIL, e a partir deste dia Lajeado terá no seu território uma agência voltada ao desenvolvimento e inovação regional.

Parabéns, Pro_Move Lajeado. Parabéns, sociedade lajeadense. Agora nos cabe o desafio de manter vivo este projeto inovador!

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A HORA | Fim de semana, 7 e 8 de agosto de 2021

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

ARTIGO

Meio ambiente: a compreensão do todo

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e tempos em tempos, temos a recorrência de assuntos ligados ao meio ambiente, de volta à mídia. Fala-se de aquecimento global em escala mais acelerada que o previsto, ou em desmatamento, crise hídrica, enchentes, piranhas no Taquari. Enfim, assuntos que nos afetam de um modo ou outro e que de certa forma, ameaçam nosso futuro. Vivemos inseridos no contexto.

Estamos no ambiente natural de várias formas. Precisamos de água. E a usamos muito. Precisamos de terras para cultivo e criação. E usamos muito. Realizamos obras em áreas inadequadas que descobrimos depois serem risco. E assim por diante.

“Na ânsia de crescer, de desenvolver a qualquer custo, gerar riqueza de qualquer forma, vamos criando um passivo ambiental, vamos ‘entrando no cheque-especial’ do planeta, em crescente endividamento difícil de pagar.”

Na medida em que consumimos os recursos do planeta, sem criar uma estratégia para o desenvolvimento sustentável, comprometemos o futuro nosso e de outras gerações. O descaso com nossos rios, o manejo inadequado do lixo e do esgoto, a ocupação de áreas sucessíveis, como banhados ou mangues, trazem consequências e que agora vamos percebendo como é difícil de solucionar.

Na ânsia de crescer, de desenvolver a qualquer custo, gerar riqueza de qualquer forma, vamos criando um passivo ambiental, vamos “entrando no cheque-especial” do planeta, em crescente endividamento

difícil de pagar.

A expansão da fronteira humana para dentro de áreas selvagens traz riscos claros e outros nem tanto. A recente pandemia de covid-19 possivelmente é consequência dessa expansão, fazendo contato homem/vírus acontecer e, como consequência, 560 mil mortos no Brasil.

Provavelmente o uso exagerado/inadequado de recursos hídricos aliados à variação climática não previstos nos trouxeram desafios na geração de energia e todos estamos pagando por isso.

Destruição de matas nativas, até pouco tempo preservadas, tem consumido riquezas de forma primitiva e não nos dando oportunidade de compreender a dimensão do valor disso que está sendo destruído.

Sempre ouvi dizer que prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém.

Não seria o caso de sermos prudentes neste assunto? De usar a cautela como guia e não lucro? É claro que o lucro, o desenvolvimento e o crescimento da atividade econômica são importantes. Mas não estamos nós, matando a galinha dos ovos de ouro?

Revisar o processo não seria mais inteligente e garantiria um futuro mais certo? E o que podemos dizer da qualidade de vida?

A qualidade de vida está ligada à qualidade do ambiente que nos cerca.

Há alguns dias estivemos no município de Santa Clara do Sul, onde conhecemos o projeto de agricultura ecológica. Além de criar renda, produzir alimentos saudáveis, sem agrotóxico e manejo saudável, preservará o solo e os rios. Não será essa a saúde? Cuidando do mundo que nos cerca, diminuindo nossa “pagada ” diária no planeta, não contribuímos para uma vida melhor, mais saudável. Enfim, cuidando do mundo que nos cerca, cuidando da água que usamos, dando o destino certo ao lixo, ao esgoto e nos alimentando de forma saudável, não estamos vivendo de forma mais plena?

Viva plenamente.

A responsabilidade é de todos.

NEY ARRUDA FILHO

ney@jornalahora.inf.br

ARTIGO

A Era da Enganação

J

á faz bastante tempo que a tecnologia da informação entrou nas nossas vidas. Os equipamentos e os sistemas digitais promovem revoluções permanentes. Telefones inteligentes, televisores inteligentes e seus aplicativos facilitam o dia a dia, criam opções de entretenimento e encurtam distâncias. Na atividade profissional não é diferente e, em todas as áreas, desde o setor primário, até a indústria, o comércio e os serviços, quem não está na rede, não está no mundo. Nem mesmo a sisuda OAB conseguiu resistir às pressões de mercado e teve que flexibilizar o rígido código de ética da advocacia, para se adequar ao marketing digital.

“[...]com a tecnologia, ficou muito mais simples, fácil e indolor manipular a verdade [...]”

Ralph Keyes é um escritor americano, autor do livro chamado “Era da pós-verdade: desonestidade e enganação na vida contemporânea”. Ele faz uma interessante abordagem sobre como a tecnologia tornou mais fácil a prática da milenar arte de mentir. Segundo ele, embora sempre tenha havido mentirosos, antigamente era

mais difícil para eles exercerem seu ofício.

No tempo do “olho no olho”, as mentiras eram contadas com alguma hesitação, uma pitada de ansiedade, um bocado de culpa, uma certa vergonha. Na pior das hipóteses, o mentiroso se sentia constrangido, era atacado pelo freio da timidez. Agora, com a tecnologia, a facilidade de conexão, a informação fácil e em tempo real, ficou muito mais simples, fácil e indolor manipular a verdade. Podemos fazê-lo protegidos pela tela do nosso computador ou do nosso telefone celular, de modo a dissimular sem culpa. Ralph Keyes chama isso de pós-verdade. Vivemos em uma era da pós-verdade, afirma o autor. “Nós levamos a sociedade pela qual pagamos”.

Isso significa que podemos ser enganados pela sociedade pós-verdadeira e, ainda por cima, pagando por isso. Não há maior propensão humana para contar mentiras, mas a facilitação do “processo” faz com que mais mentiras estejam sendo ditas a cada instante. E é muito difícil distinguir o que é falso do que é verdadeiro no universo de informações da web. As fake news estão aí para comprovar.

Dia desses eu estava navegando na web, especificamente em redes sociais com perfil profissional e tive algumas surpresas. Sites e perfis com publicação de conteúdos interessantes, layout atraente, muitas curtidas, comentários e engajamento me fizeram aprofundar a leitura.

Fui conferir os propósitos de determinada organização, sua responsabilidade social, os atributos indicados por certo profissional. A tal organização, na prática, não faz nada daquilo que está escrito no Instagram e no LinkedIn. O profissional conhecido por seu jeito pouco cordial, por seu ânimo belicoso e litigante, se apresenta como “hábil negociador”. Tudo escrito ali, sem nenhuma hesitação, pitada de ansiedade, bocado de culpa ou vergonha. A tecnologia realmente tornou mais fácil a prática da milenar arte de mentir.

Fim de semana,

7 e 8 de agosto de 2021

MÍN: 15º MÁX: 27º

Sol com algumas nuvens.

Não chove.

NAS QUADRAS DO MUNDO

Árbitro de linha no tênis, Tiago Stürmer trabalhou nas Olimpíadas de Tóquio, inclusive na final feminina. Natural de Lajeado, esteve presente nas maiores competições do mundo no esporte (fotos ao lado). Em casa, tem nos pais João Vicente e Maira os seus maiores fãs.

FONTE: ARQUIVO PESSOAL