Você - 10/07/2021

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021 edição nº 299

Sem cabelo, com muita autoestima

Em meio a tratamentos de saúde, mulheres apostam em próteses e acessórios para amenizar o diagnóstico Páginas 6 e 7

Bastidores

S

Despedidas e reencontros

entada em um banco da estação de trem lotada, é possível ver turistas apressados para não perder o transporte. Crianças impacientes sentadas nas bagagens também fazem parte do cenário.

Mas o que chama a atenção são os abraços. Eles indicam despedidas e reencontros.

Para um estranho observador, o que resta é imaginar de onde vieram e para onde vão as pessoas.

Por quanto tempo não se viram e não se verão, e toda a conversa que vão ter que colocar em dia.

Essas idas e vindas fazem parte da vida. Às vezes elas demoram a passar, mas se complementam. O sabor de um reencontro só é possível com a dor de uma despedida e essa dor fica mais doce quando sabemos que mais adiante existe um abraço cheio de saudade nos esperando.

Ou mesmo quando dão espaço para

novas experiências que estão por vir.

Essa certeza também se chama liberdade para aqueles mais apegados. Não é um adeus, mas um até logo transformado em possibilidades de conhecer novos lugares, de trabalhar em outra cidade ou estudar em uma universidade longe de casa.

E mesmo nos casos em que as despedidas parecem ser eternas, elas também podem surpreender. Elas acontecem todos os dias. Mas os reencontros também. É mais ou menos com esse sentimento que me apresento mais uma vez por aqui. Talvez você já tenha me lido antes e me conheça. Mas para quem chega agora, posso dizer que esse é um desses reencontros, já que me despedi do caderno há um ano e meio.

Hoje volto diferente, como é de se imaginar. Mas espero continuar te tendo como leitor nessas páginas que se preocupam em levar relevância, cultura e boas histórias para dentro da sua casa. Para esse reencontro, é o meu abraço que espera vocês. Temos muito o que convesar.

MODA

Quente e confortável:

para não sair de moda no inverno 1 - TOUCA: um acessó-

rio que divide opiniões, mas está presente nos looks das influenciadoras digitais, as toucas vêm conquistando adeptos no país e se tornam uma opção moderna para compor o look do dia a dia.

2 - MANTA: uma das

peças mais versáteis do guarda roupa, a manta é também coringa para compor um look de inverno.

Além de ter diferentes formas de uso.

Boa leitura!

Bibiana Faleiro pravoceahora@gmail.com

Produção: Bibiana Faleiro

Arte: Gianini Oliveira

3 - CALÇA WIDE LEG: com modelagem

bem larga nas pernas, é a escolha perfeita para um look moderno, mas confortável.

4 - TÊNIS BRANCO:

o queridinho das mulheres, é uma peça confortável que não sai de moda.

2 | Você. | FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

O

que a gente mais quer no inverno é ficar quentes e confortáveis.

Já pensou unir isso às tendências da moda? Cada vez mais o conceito ganha adeptos pelo mundo e peças como os tricôs, os jeans soltinhos e o tênis ganham o coração do público feminino.

As camisas sobrepostas com um cropped também fazem sucesso. São roupas versáteis, que nessa época do ano combinam com toucas e mantas. Assim é possível se proteger do frio e ainda acompanhar as tendências do momento.

Ousar pode ser uma grande aposta para a estação.

5 - CAMISA E CROPPED: eles fo-

ram sucesso nesse verão, mas não é porque o calor foi embora que devem ficar no armário. A sobreposição da camisa social com o cropped é uma boa escolha que traz modernidade à composição.

6 - CARDIGAN: para combinar com o cropped, o cardigan é outra peça que está em alta. Apostar nas cores do momento como o azul claro e o lilás pode ser uma boa escolha.

CRON CENTRO REGIONAL DE ONCOLOGIA

Apresentado por

IB E S Instituto Brasileiro para Excelência em Saúd e

CONHEÇA OS SINTOMAS E ENTENDA O DIAGNÓSTICO DO

MIELOMA MÚLTIPLO

T

AVANÇO DA MEDICINA AUMENTA AS CHANCES DE REMISSÃO DO CÂNCER DE MEDULA ÓSSEA

ipo de câncer que afeta as células produzidas pela medula óssea, responsáveis por produzir anticorpos, o Mieloma Múltiplo torna o sistema imunológico mais frágil, aumentando o risco de infecções. A doença não tem uma causa específica e costuma ocorrer devido a alterações genéticas que afetam o funcionamento das células da medula óssea.

Em uma fase inicial, o mieloma múltiplo não causa sintomas, mas ao longo do tempo pode provocar sinais como fraqueza, dor nos

ossos, sonolência ou anemia. O diagnóstico inicia quando pacientes com anemia, lesões ósseas suspeitas, alterações nas funções renais, aumento do nível de cálcio ou infecções de repetição são encaminhados para o hematologista – profissional especializado em doenças do sangue.

Doença considerada crônica, o câncer de medula óssea não tem cura, mas o paciente pode alcançar uma remissão. O termo significa que a doença está controlada, sendo necessário o acompanhamento regular. Nos últimos anos, com o advento da imunotera-

pia e novas drogas imunomoduladoras, a eficiência dos tratamentos evoluiu, alcançando resultados cada vez melhores.

O tratamento inclui quimioterapia, que consiste na união entre diferentes classes de medicamentos e o transplante autólogo de medula óssea, onde o doador é o próprio paciente. A exceção são pessoas com mais de 70 anos ou com múltiplas comorbidades, capazes de prejudicar a recuperação, para as quais o trasplante não é recomendado.

Os resultados se mostram positivos logo

O CRON - Centro de Oncologia há mais de 20 anos atende a comunidade do Vale do Taquari, conta no seu corpo clínico com a Dra Juliana Kratochvil, hematologista (CRM 27768) especialista em Clínica Médica e hematologia pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

ATENDIMENTO HUMANIZADO Diagnosticada com um tumor raro na medula óssea, Graciela Manini iniciou o tratamento em dezembro de 2019 com a Dra. Juliana Kratochvil, no Centro de Oncologia – CRON. Para ela, o atendimento humanizado e a acolhida por parte da hematologista e demais profissionais do CRON foi fundamental na batalha contra a doença.

“Agradeço a Dra. Juliana por ser essa profissional muito atenta e com um olhar sensível para as questões que permeiam o câncer”, destaca. Segundo Graciela, a doença, mesmo física, mexe com o psicológico do paciente e de toda a família.

“Os atendimentos leves e humanizados fizeram com que a minha família encontrasse conforto e ao mesmo tempo coragem para enfrentar aquele momento difícil”, ressalta. Passados quase dois anos do diagnóstico, Graciela também destaca o atendimento pós-remissão da doença, caracterizado pelo mesmo zelo e atenção

dedicadas durante o tratamento.

“No CRON, encontrei pessoas que fazem da sua profissão uma missão de vida, fazendo tudo com muito amor.

Toda a equipe, desde o administrativo, enfermagem, farmacêutico, psicólogo, nutricionista e médicos fazem parte desse perfil que tem como missão cuidar dos outros.”

após o primeiro tratamento, com o qual o paciente conquista uma melhora parcial ou completa. Após o transplante, é possível alcançar remissões ainda mais profundas e duradouras.

A doença ainda é um desafio e exige alto índice de suspeição, tendo em vista que os estágios avançados estão associados a prognóstico pior. Um encaminhamento rápido para o hematologista permite a instituição do melhor tratamento, podendo evitar quadros graves como diálise e fraturas ósseas.

SINTOMAS • Infecções: a produção desordenada destas células levam a deficiência de anticorpos.

• Destruição óssea/lesões ósseas/ dores ósseas: o aumento expressivo dos plasmócitos na medula óssea (dentro do tutano dos ossos), libera citocinas que levam a destruição óssea .

• Anemia: redução da produção dos glóbulos vermelhos saudáveis pela infiltração de plasmócitos na medula óssea.

• Insuficiência renal/alteração na função dos rins: pelo depósito da proteína anômala produzida por esta célula maligna.

Produzido por FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

| Você. | 3

CONTEÚDO PATROCINADO

Copa CTC/Construtora Diamond 2021 começa dia 17 USO DE MÁSCARA É OBRIGATÓRIO PARA ACESSO AO CLUBE E PARTICIPAÇÃO NAS ATIVIDADES

Último dia para emitir boleto com desconto

V

em aí a Copa CTC/ Construtora Diamond de Minifutebol 2021. O sorteio das chaves será realizado na próxima segunda-feira (12/07), a partir das 19h, no Salão Panorâmico do Clube Tiro e Caça (CTC). Já as disputas, iniciam-se no dia 17.

A temporada de jogos seguirá todo o protocolo de prevenção ao coronavírus e os participantes também devem ficar atentos às regras específicas do regulamento da competição. O acesso aos banheiros será permitido, mas os atletas não poderão utilizar os vestiários.

Além disso, todos os sócios deverão utilizar máscara de proteção para entrar e circular nas dependências do Clube. A medida é essencial para preservar a saúde de

Jogos serão realizados seguindo o protocolo de prevenção à Covid-19

todos, assim como para poder manter as atividades e ampliar as possibilidades de acesso ao CTC. Usar máscara da maneira correta é uma forma eficiente de prevenção e demonstra respeito com o próximo.

Reservas de campos e quadras Também estão liberadas as reservas dos campos de futebol e das quadras de tênis e areia. Conforme as novas de-

terminações, não é permitida a permanência no local antes e depois das partidas.

As reservas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, para as 18h30min, 19h45min e 21h. Aos sábados e domingos, as reservas estão disponíveis em horários da manhã e tarde. Os jogos podem ter até uma hora de duração, com intervalo mínimo de 15 minutos entre as partidas. Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente pelo telefone 37264980 com o setor de Esportes.

Participe do Torneio Interno de Tênis Simples CTC/Engemori/Água da Pedra ENTRE A GENTE

Os tenistas do CTC têm até o dia 23 para garantir a inscrição para o Torneio Interno de Tênis Simples CTC/Engemori/Água da Pedra. Os jogos ocorrem entre os dias 29 de julho e 1º de agosto, com disputas nas seguintes categorias: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Classe Masculina, Iniciantes Masculina e 1ª e 2ª Classe Feminina.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail esporte@ctclajeado. com.br ou pelo Whatsapp (51) 98153-1222. Não perca tempo e inscreva-se!

4 | Você. |

A diretoria e o Comitê de Crise do CTC decidiram, pela décima terceira vez, conceder desconto na mensalidade para os sócios em dia com as obrigações sociais. Os associados que estiverem adimplentes até o dia 28 de junho de 2021 terão direito a 20% de desconto no valor da mensalidade com vencimento em 10 de julho de 2021.

A medida é uma forma de incentivar os sócios a manterem suas mensalidades em dia para que o Clube mantenha o equilíbrio financeiro, preserve a estrutura física e cumpra com suas obrigações ordinárias, especialmente o pagamento de todos os funcionários.

O boleto com o valor diferenciado ficará disponível na Área do Associado, no site do CTC até o dia 10 de julho.

Após esta data, o pagamento poderá ser efetuado com o carnê existente. Para os sócios que possuem débito em conta autorizado, o desconto será concedido automaticamente.

CTC no acervo de 130 anos de Lajeado ARQUIVO CTC

Torneio Interno será realizado no final deste mês

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

O CTC é uma entidade centenária e, em muitos momentos, a história do Clube se mistura à história de Lajeado. Por isso, uma série de fotografias

antigas, registradas em diversos momentos do Clube, foi digitalizada e cedida ao acervo de comemoração aos 130 anos do município.

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

| Você. | 5

BELEZA

Comportamento

que vem de dentro Com a perda de um dos maiores símbolos femininos, mulheres contam como ressignificar a queda de cabelo por problemas de saúde e recuperar a autoestima durante e após os tratamentos

E

ra semana de Ano-novo quando Sandra Mezacasa, 47, passou pela primeira quimioterapia em Lajeado. Diagnosticada com tumor raro no fígado, iniciou o tratamento assim que recebeu a notícia do câncer, no fim do ano passado.

Os cabelos, antes longos, foram encurtados. Ela já se preparava para os efeitos dos medicamentos. Mas mesmo com as instruções dos enfermeiros e do guia sobre a doença, não foi fácil quando viu os primeiros fios de cabelo no chão no banheiro.

“Eu estava ciente de que isso ia acontecer, mas quando vi eles caindo foi um choque”, conta Sandra.

Algumas semanas depois, quando a amiga Marilene Mantelle, a Mari, 58, foi visitá-la, Sandra pediu que ela raspasse sua cabeça.

“Ela queria raspar e ninguém tinha coragem de fazer. Eu estava tranquila, ia raspar a minha também se fosse preciso para ela se sentir melhor”, conta Mari.

Naquele dia, Sandra demorou para se olhar no espelho.

“Aquilo me abalou muito. Eu tentei ficar forte, mas é um momento difícil. Meu filho de 11 anos também demorou a me olhar, porque ele me associava aos amigos que perdemos para a doença”, relata.

O uso de lenços e perucas foram opções encontradas por ela na busca pela auto aceitação. A primeira prótese capilar, Sandra ganhou da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado, ainda no fim do ano passado. Desde então gosta de variar.

Tem dias em que também deixa a cabeça “respirar” e é quando os pequenos fios de cabelo

6 | Você. |

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

em crescimento aparecem.

O uso dos adereços mantém Sandra positiva, o que também auxilia no tratamento da doença. Tem dias melhores do que outros, mas nem mesmo as dores da quimioterapia impedem que ela prepare o almoço e o chimarrão.

“Enquanto tiver sol eu não me deito na cama. Faço um chá e tento levar pra frente”, destaca.

Quando sai de casa, ela também gosta de se maquiar com o lápis de olho ou batom, veste a peruca ou um turbante e diz querer ficar bem para ajudar outros pacientes oncológicos no futuro. Depois de 14 sessões de quimioterapia, ela aguarda, agora, os próximos exames.

Enquanto tiver sol eu não me deito na cama. Faço um chá e tento levar pra frente”.

Sandra Mezacasa Passa por um câncer no fígado

“Vamos nos redescobrindo nesse processo” A professora e empreendedora Raquel da Silva, 38, se preparava para a formatura quando se deu conta de que a falta de cabelo no topo da cabeça podia ser algo sério. Mas, com 18 anos à época, e no fim do curso de magistério, achou que fosse uma consequência da ansiedade. Alguns médicos diziam ser uma reação normal, e só três anos mais tarde ela procurou um especialista.

Foi nessa época que iniciou os tratamentos.

O diagnóstico veio aos 23 anos. Raquel sofria de alopecia, uma doença autoimune, em que o sistema imunológico tenta destruir o bulbo capilar.

Com diversos tipos da doença, ela não tinha certeza quanto ao diagnóstico.

Até que anos mais tarde descobriu se tratar de uma alopecia genética, e encontrou outros casos na família.

Mesmo com o tratamento, o cabelo continuava a cair e os efeitos colaterais eram muitos.

“Cada vez o meu cabelo caía mais, eu ganhava peso, tinha dor no peito, era quase um reposição hormonal que eu estava fazendo”, conta. Depois de anos na rotina, ela decidiu parar com as medicações.

“Em 2012 comecei a usar prótese capilar. Fiquei mais uns seis anos perdendo cabelo até não conseguir mais disfarçar e mais tarde resolvi raspar a cabeça”, lembra. Faz quase dez anos que ela aceitou a situação e resolveu lidar com a doença de uma forma mais leve.

“Elas se veem vulneráveis sem o cabelo” Banco de perucas de Vespasiano Corrêa atende pessoas de toda a região

No dia do seu casamento, Raquel conseguiu fazer o penteado que sonhava, mesmo usando prótese capilar.

“No começo é como perder a identidade, ainda mais pra mulher que tem o cabelo como parte da feminilidade. Tu te olha no espelho e te vê como uma pessoa diferente”, afirma Raquel.

O processo foi lento, mas ela encontrou nas redes sociais um refúgio e hoje fala abertamente sobre alopecia, com a esperança de ajudar outras mulheres em situação semelhante.

“Mostrar minha careca é algo libertador. No início eu

pensava em deixar tudo assim, porque com a prótese ninguém notava. Mas quando fiz o processo de raspar a cabeça, usar os acessórios e ter essa retomada da minha feminilidade, percebi que eu era muito mais do que o meu cabelo”, destaca.

Com a descoberta de outras belezas no próprio corpo, ela passou a se sentir bem. “A vida não é perfeita, mas a gente tem que aceitar ela como ela é, e vamos nos redescobrindo nesse processo”, ressalta.

Profissionais do Centro Regional de Oncologia (Cron) falam sobre o impacto da queda de cabelo no emocional das mulheres, tanto em pacientes oncológicos quanto de outros problemas capilares.

Um banco de perucas no Vale No fim de junho, a Secretaria de Educação, Cultura, Desporto e Turismo de Vespasiano Corrêa inaugurou o Banco de Perucas “Nova Esperança”, que atende pessoas de toda a região.

O espaço conta com 50 próteses doadas pela Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) de Bento Gonçalves, além de toucas, lenços ou turbantes feitos por voluntárias do projeto “Mãos que curam”.

“A nossa ideia é receber bem essas mulheres que chegam às vezes um pouco fragilizadas, com vergonha. Queremos dar amor e o que mais elas precisarem”, ressalta a secretária Marina Brustolin.

Pacientes oncológicos ou não, quem tiver interesse pelos acessórios ou perucas pode agendar um horário para visitar o banco junto ao Centro de Referência e Assistência Social (Cras) do município.

Doações de cabelos também podem ser feitas no lugar. O comprimento mínimo para a doação é de 20 cm. Interessados podem entrar em contato com a secretaria pelo (51) 3755-8198 ou (51) 51 9549-1587.

A Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado também recebe a doação de cabelos, na Casa Rosa, ou no Hospital Bruno Born (HBB).

Francielli Macagnan Psicóloga CRP 07/2421

Quais são as reações mais comuns da perda de cabelo para as mulheres?

Pode ter um impacto diferente para cada mulher. Mas, sem dúvida, representa um momento delicado, gerando uma sensação de intenso estranhamento. Observo como sentimentos mais comuns, a angústia e a vulnerabilidade.

Por que a questão do cabelo é tão importante, especialmente para mulheres? E como lidar com a situação junto ao tratamento de uma doença?

Ele representa mais do que uma parte do corpo, sendo um símbolo da feminilidade.

Assim, elas se veem vulneráveis sem o cabelo, que até então foi referência de autoestima para a maioria. A mudança assusta, pelo menos até conseguirmos perceber os recursos à nossa volta e utilizarmos a nosso favor.

Existe algo que possa ser feito para diminuir os impactos dessa queda no emocional das mulheres?

Na oncologia, hoje, existem recursos inclusive que oferecem possibilidade de

Julia Bisotto Jardim Enfermeira RT

minimizar a queda do cabelo, como a touca de resfriamento do couro cabeludo, para pacientes que passam por sessões de quimioterapia. Recentemente, inclusive, é um recurso disponível no Cron. A touca diminui a circulação sanguínea, fazendo com que menos quimioterapia passe no local, diminuindo a queda de cabelo. Para algumas pessoas, essa queda chega a ser mais impactante do que o próprio diagnóstico de câncer, e é para essas pessoas que podemos fazer a diferença e tornar essa fase da vida um pouco mais leve.

Como é possível ressignificar esse momento?

Uma boa rede de apoio é muito importante. Acima de tudo, é importante que cada mulher consiga, olhando para si, reconhecer aspectos que possam tornar a experiência menos difícil. Cortar, quando começa a sentir a queda do cabelo pode ser uma boa alternativa. Outra possibilidade é a utilização de acessórios que possam fazê-la sentir-se bonita. Se necessário, buscar ajuda.

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

| Você. | 7

Saúde e beleza

O cuidado começa na raiz Terapia capilar e o uso de cosméticos aliados ao acompanhamento profissional ajudam na prevenção e tratamento de problemas capilares

N

o espaço de saúde e bem-estar de Marilúcia Zanoni, não há problema em falar de doenças capilares, e não existe tabu, especialmente entre as mulheres. Ela é tricologista, cuida dos fios de cabelo e do couro cabeludo, e por meio da terapia capilar, ajuda na prevenção e tratamento de patologias.

As técnicas variam entre manuais, com aparelhos e com o auxílio de cosméticos, de acordo com uma ficha personalizada para cada paciente. Um dos problemas mais comuns é a queda de cabelo, que pode estar ligada ao estresse, alimentação, questões emocionais ou mesmo genéticas. O problema também foi constatado para pessoas que passaram pela Covid-19.

Essa queda é também chamada de alopecia, e o tratamento depende da gravidade da doença. Em alguns casos, diminui, mas não resolve o problema. Em outros os resultados são mais ágeis. “O tricologista ajuda, mas não resolve sozinho. É importante lembrar que esse

8 | Você. | FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

é um tratamento multidisciplinar envolvendo profissionais de outras áreas como nutricionistas, psicólogos ou médicos”, ressalta Marilúcia.

Nas estantes do MR Espaço Saúde e Beleza, onde a esteticista atua, uma linha de cosméticos é um dos aliados da profissional para a terapia.

Produzidos em São Paulo e distribuídos para dentro e fora do país, os produtos da Grandha, representados na região pela Suprema Distribuidora, tornaram-se referência no tratamento capilar e são indicados pelos especialistas.

Com cheiro de lavanda, rosas ou laranja, eles são dermocosméticos com tecnologia nano à base de óleos essenciais, substâncias extraídas de plantas, a fim de garantir saúde, beleza e bem-estar. “A saúde é o primeiro pilar na questão do tratamento do couro cabeludo e se estende para os fios, que resulta na beleza. Já o bem-estar está nas fragrâncias”, ressalta

Marilúcia Zanoni é tricologista e terapeuta capilar em um espaço de saúde e bemestar no bairro São Cristóvão.

Marilúcia.

Com mais de 200 ítens, os produtos são para todos os tipos de peles e idades, e também são recomendados para a prevenção das doenças e manutenção da saúde do couro cabeludo e fios.

O uso deve ser recomendado pelos profissionais de saúde e beleza, que também podem oferecer os produto nas estantes dos estabelecimentos. Profissionais interessados podem entrar em contato com o representante Marciano Zanoni, pelo (51) 996463018.

Benefícios da Terapia Capilar • Melhora a oxigenação e circulação sanguínea do couro cabeludo; • Reduz a oleosidade, queda capilar e descamação; • Melhora e trata a caspa e dermatites; • Trata a coceira, a sensibilidade e inflamações do couro cabeludo.

Cultura

ARTISTAS ESPALHAM

PRP EM MEDICINA REPRODUTIVA

cultura pela cidade Comunidade compartilha talentos como a música, dança, ou declamações no Sacada Cultural

D

a sacada da Casa de Cultura de Lajeado, a cidade é coberta por música, danças, declamações e outras manifestações de artistas regionais.

Esse é o objetivo do projeto Sacada Cultural, criado para acolher a comunidade e valorizar o patrimônio histórico do município.

“O espaço é aberto para todos os artistas e para todos os tipos de manifestações culturais”, destaca a coordenadora da entidade, Ana Paula Vieira Labres.

O projeto iniciou há duas semanas com a apresentação dos alunos de violão da Casa de Cultura, Oliver Monteiro Gugel e Davi Assis.

“Foi uma experiência nova e muito interessante, já que foi uma apresentação maior do que qualquer outra que eu já fiz”, conta Oliver, de 14 anos.

Na segunda edição, participaram os integrantes do CTG Bento Gonçalves, Daniel Artur Rauber, o Candinho, ao lado de Luíse Grauck, e de Carlos Augusto Stein Trierweiler.

“Eu estava com saudade de participar de um evento cultural, saudade de fazer cultura e mostrar o trabalho feito na entidade”.

Daniel Artur Rauber, o Candinho, 22.

“A saudade de subir aos palcos e declamar para o público era grande, e mostrar que o CTG não se resume apenas a dança e laço é muito gratificante. Nossa cultura precisa ser compartilhada”.

Luíse Grauck, 16.

“Atendi de pronto o chamado para participar desse evento tão significativo, em um lugar muito especial para a minha família, na frente da praça onde meus avós se conheceram e na região onde se passaram muitos acontecimentos da família”.

Carlos Augusto Stein Trierweiler, 17.

Muitos avanços foram obtidos nas últimas décadas visando aumentar as taxas de sucesso dos tratamentos para engravidar e permitir que cada vez mais homens e mulheres tenham filhos.

Dentre as diversas estratégias apresentadas com o intuito de propiciar um endométrio (camada que reveste internamente o útero e local onde o embrião se implanta) com condições mais favoráveis ao acolhimento e desenvolvimento da gestação, recentemente alguns pesquisadores passaram a estudar o uso do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na área da Reprodução Assistida (RA).

O uso de PRP em Medicina não chega a ser algo novo.

Inicialmente utilizado nas décadas de 80 e 90 em cirurgia cardíaca, dentária e maxilofacial, vem gradativamente sendo adotado também nas áreas regenerativa e desportiva para acelerar a cicatrização de tendões, ligamentos, músculos e cartilagens.

Acredita-se que isto se deva à grande concentração no plasma sanguíneo de fatores de transformação, re-

generação e crescimento celular, dentre outros. Também foi verificado que o plasma, porção líquida obtida após a centrifugação do sangue, tem funções anti-inflamatórias e antimicrobianas, comprovadas no combate às infecções uterinas em equinos e bovinos.

A aplicação de PRP autólogo (obtido do próprio sangue da paciente) no útero, prévia à colocação dos embriões, parece estar trazendo benefícios às mulheres detentoras de endométrio fino (com espessura menor que 7 mm) e, por este motivo, desfavorável ao início da gestação. Em 2015, pesquisadores chineses descreveram casos de mulheres com endométrio fino e/ou histórico de falhas de implantação embrionária no qual houve a evolução das gestações após a transmissão intrauterina do preparado de PRP. O resultado descrito estimulou outros centros a estudarem tal técnica e a tentarem reproduzir os desfechos animadores relatados. Assim, o uso do PRP autólogo tem sido reportado em muitos campos da Medicina e, mais recentemente, está sendo avaliado na área da RA.

Como participar O projeto não tem datas previstas e ocorre de acordo com a disponibilidade dos artistas. Pessoas interessadas em se apresentar no Sacada Cultural podem entrar em contato com a coordenação da Casa de Cultura, por meio do telefone 3982-1081.

Dr. Marcos Höher Médico especialista em Reprodução Assistida

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

| Você. | 9

SAÚDE E AMOR

PARA ENSINAR OS PEQUENOS BIBIANA FALEIRO

Uma boa educação alimentar faz diferença no desenvolvimento das crianças

A

massar frutas, triturar alimentos mais sólidos e intercalar a amamentação. Esses são os primeiros passos na hora de introduzir alimentos mais sólidos na rotina das crianças.

Por ser um momento importante para o crescimento saudável dos pequenos, o acompanhamento de profissionais da saúde é essencial. Mas algumas dicas também podem auxiliar para uma educação alimentar com segurança e naturalidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, mas depois desse período, outros alimentos também são necessários para complementar a nutrição.

Entre eles estão as frutas amassadas, e misturas de legumes, cereais e tubérculos como o arroz, batatas ou macarrão, carnes ou ovo e feijão amassados com um garfo.

Renata Dalmoro é proprietária da Mam

Assim que a criança aceitar os alimentos, as frutas em pedaços ou inteiras podem ser introduzidas na rotina alimentar.

O mesmo pode ser feito com os legumes.

Mas, com o crescimento, a quantidade de refeições também aumenta. O importante é não forçar, e deixar que os pequenos experimentem diferentes gostos e texturas.

Feitas com amor Garantir saúde e praticidade durante a introdução alimentar é a proposta da Mam, comidinhas feitas com amor. São 35 receitas saudáveis, sem gordura ou conservantes e 100% naturais,

10 | Você. | FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021

armazenadas em potinhos de 120g a 320g.

No cardápio, Alícia, Bento, Sofia ou Joaquim são alguns dos nomes escolhidos para cada preparo que leva legumes, proteínas, carboidratos e cereais. A linha para crianças de até 1 ano não contém sal. A partir dessa idade é introduzido o sal rosa. Os temperos também são fresquinhos e naturais. Tudo foi elaborado com o auxílio de uma nutricionista materno infantil.

Apesar de pensada para crianças de 6 meses a 12 anos, as receitas ganharam o paladar de adultos, idosos e pessoas com restrições alimentares, como no caso do pós-operatório de cirurgias bariátricas.

“Os potinhos vão do freezer para o microondas e direto para a mesa. É muito prático e tem muito valor nutricional. Nos preocupamos em misturar os alimentos necessários para uma boa alimentação", destaca a proprietária da loja, Renata Dalmoro, que administra a empresa ao lado do marido Diego Dalmoro.

Os valores variam de R$ 9,50 a R$16,50. A empresa também possui registro de processo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está localizada na Rua 11 de Julho, nº 80, no bairro São Cristóvão.

Untracongelados Ainda quentes, os alimentos são armazenados em um freezer ultracongelador que chega a -18ºC. O choque térmico evita a criação de micro-organismos que alteram o sabor dos alimentos. Depois, os potinhos podem ser armazenados no congelador comum por seis meses.

Esquema alimentar para crianças amamentadas Após completar 6 meses

Leite materno sob livre demanda, papa de fruta, papa com legumes, cereais, tubérculos e proteínas.

Após completar 7 meses

Leite materno sob livre demanda, papa de fruta, papa com legumes, cereais, tubérculos e proteínas em maior quantidade.

Após completar 12 meses

Leite materno, frutas, cereais ou tubérculo, pães simples e introdução da refeição básica da família.

Fonte: Dez passos para uma alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos (MS)

Batata rostie da Júlia

A

R

lajeadense Júlia Bortoli, 22, possui a página no instagram @ queijuvegan, onde compartilha dicas e receitas para quem gosta de cozinhar de forma afetiva, descomplicada e vegetariana.

Ingredientes:

• 2 batatas inglesas • sal • pimenta • óleo

Modo de preparo:

Em uma tigela, descasque e rale as batatas inglesas na lâmina fina. Passe para uma peneira e aperte com a mão para sair o excesso de água. Retorne para a tigela e tempere com sal e pimenta ou temperos de sua preferência.

Aqueça a frigideira com um fio de óleo e em fogo baixo distribua as batatas pressionando bem. Deixe-as por 8 minutos de cada lado, virando com auxílio de um prato e colocando mais óleo na frigideira. Depois de pronta, uma sugestão

Cereais não maltados para fazer cerveja? Sim!

é servir com um bom vinho. A quantidade serve uma ou duas pessoas.

ecentemente a Skol, 5ª cerveja mais vendida no mundo resolveu entrar na onda do puro malte com o lançamento de sua nova cerveja. Na coluna dessa semana, vamos entender sobre o uso de adjuntos como milho, arroz e açúcar branco, e a produção de cervejas.

Ao longo da história, as bebidas fermentadas foram feitas com cereais, frutas ou fontes de açúcar mais disponíveis para as comunidades.

Os japoneses criaram o Saquê, um vinho de arroz. Nas Américas Central e do Sul, os grupos indígenas usaram, e ainda usam, o milho para a sua chicha, um fermentado alcoólico.

Na região da Crescente Fértil, onde hoje ficam Egito, Israel, Jordânia e Iraque, por volta do ano de 2.500 A.C, os povos locais usavam uma mistura de trigo e centeio, moídos juntos e usados para a fermentação de suas cervejas.

Com os anos, o uso de maltes de cevada e trigo foi se consolidando como base para a fabricação de cerveja. É importante lembrar que o malte de cevada também é usado para a fabricação de whisky e de vodca.

Na região da Bavária foi estabelecido a primeira lei de proteção alimentar da Europa, a Rheintsgebot.

Essa é a conhecida lei da pureza da cerveja do Duque Guilherme IV da Baviera, de 1516, que obrigava a cerveja a levar apenas maltes de cevada ou trigo, água e lúpulo. A levedura foi introduzida depois na lei.

Mas, na vizinha Bélgica, os mestres cervejeiros usavam aveia em flocos, açúcar demerara ou açúcar branco, trigo não maltado e muitos condimentos para fazer as suas cervejas.

Nos Estados Unidos, logo após o fim da Lei Seca, os mestres cervejeiros tiveram que fazer ajustes em suas receitas de lagers e ales, utilizando menos malte de cevada e completando com arroz ou grist de milho (milho moído) para diminuir

o corpo das cervejas. Isso porque o publico não estava mais acostumado com cervejas encorpadas e alcoólicas.

Esse novo estilo vem a ser as American Light Lagers, que correspondem por mais de 80% de todas as cervejas consumidas no mundo. Elas são mais leves e claras, com baixo teor alcoólico. Uma cerveja para ser consumida em grandes quantidades.

Esses adjuntos podem ser colocados na cerveja em até 40%, e devem ser discriminadas no rótulo como cereais não maltados, que podem ser arroz, flocos de milho, milho moído ou xarope de glicose.

Algumas das melhores cervejas do mundo levam adjuntos, como a Budweiser, com arroz, a Duvel com açúcar branco e algumas New England IPAs que levam aveia.

Então fuja do marketing da cerveja puro malte, tem muita cerveja que segue a lei da pureza alemã e são péssimas cervejas, beba o que te dá prazer e vamos falar de cerveja.

FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021 Você. |

11

Alissa Sartori Arquitetura @arq.alissasartori arq.alissasartori@gmail.com

U

m projeto moderno com valorização do ambiente externo. Essa foi a proposta da arquiteta Alissa Sartori para a construção de uma casa ampla em Arroio do Meio. A residência foi pensada em um terreno de

Casa de família no estilo americano 1,1 mil metros quadrados.

A estrutura foi projetada para ter uma área de 280 metros quadrados, para ser moradia de uma família do município. Por isso apresenta um pátio amplo e ambientes integrados. Uma varanda externa coberta também faz

PATROCINADORES

| Você. | FIM DE SEMANA, 10 E 11 DE JULHO DE 2021 1212| FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020

parte da arquitetura. “A ideia era fazer uma casa plana e com telhado aparente, por se tratar de um terreno bem grande”, destaca Alissa.

Na residência há a predominância de cores mais claras, mas com alguns elementos ousados. A telha

utilizada foi a shingle, como parte de um estilo de arquitetura americana e com alguns detalhes em pedra.

Uma cor mais escura também foi escolhida para compor a pintura externa.

O grande destaque é a porta de entrada, na cor azul e

REALIZAÇÃO

em um conceito mais clássico. O espaço externo também traz a possibilidade de investir no paisagismo, que compõe o terreno da casa.

Na composição, todos os elementos se interligam, em harmonia. Um típica casa de família.