A Hora - 29/05/2021

A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021 | Ano 18 - Nº 2853 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

PORTO DE ESTRELA

HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO

A saga italiana no estado Publicação lançada nesta semana detalha o processo migratório de milhares de italianos ao Rio Grande do Sul a partir de 1870. No Vale, primeiras colônias foram instaladas em EncantaPáginas 10 e 11 do, a partir de 1882.

Empresa assume área da Cesa

ESTÚDIO A HORA

AGORA É

Nome da primeira organização no complexo portuário será conhecido nesta segunda Com atuação em Estrela desde 1978, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) passa por processo de extinção. A unidade que já foi a mais produtiva do RS será substituída por uma

empresa, a ser responsável pela logística e armazenagem de insumos agrícolas no espaço. Pelo contrato, serão seis meses de serviços, prorrogáveis por igual período.

Página 8

Confira nas páginas 6 e 7

Das restrições ao desafio de recuperar o setor FILIPE FALEIRO

Pesquisa revela que sete em cada dez restaurantes estão com dívidas Após mais de um ano de regras severas que impedem o funcionamento pleno de bares e restaurantes, cenário incerto ainda desafia empresários do ramo gastronômico. Fechamento das atividades nos períodos de alta da pandemia e o aumento nos custos de operação resultam em adversidades e adaptação forçada.

Controle das despesas e mais canais de contato com clientes são fundamentais neste momento.

Páginas 6 e 7

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Ecossistema empolgante Gestões públicas evoluem e o Vale do Taquari pode virar a bola da vez.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Mais cultura ao Vale Novidades em Taquari e Imigrante animam a cena cultural da região.

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Nunca almejei ouro nem prata, mas sim fazer amigos” RAMIRO BRITES

Alexandre Azambuja Chaves, 50, o Menudo, é professor de Educação Física no CEAT. Nos anos 90 e 2000, foi jogador de futebol. Ele iniciou a carreira no Lajeadense e chegou a disputar uma temporada pelo Santos. Da vida nas quatro linhas, ficam a experiência e as amizades.

Como você avalia a sua trajetória como jogador?

Foi uma trajetória no futebol riquíssima em termos de relacionamento e cultura. Não foi uma trajetória muito vitoriosa, famosa, de títulos, de fama, de sonhos com seleção brasileira, ou sonhos de permanecer em time grande. Foram oportunidades que apareceram rápido. Mas muito realizado com a minha profissão no futebol e, agora, na educação. Nunca almejei ouro nem prata, e sim, fazer amigos.

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

De onde vem o apelido?

Quando nós entramos no Lajeadense tinham três meninos que eram bem mais jovens que o grupo profissional.

Nós treinávamos no profissional e jogávamos no juvenil. E eram os três menudos. No fim, eles eram um pouco mais velhos do que eu e aí ficou “menudinho”. Eu não gostava muito da banda Menudo. E apelido pega quando você não gosta. Agora, eu já me acostumei.

Qual história te marca no início da carreira?

O campo do Lajeadense estava em manutenção, eu já treinava junto com os profissionais. E eles foram fazer um treino em Encantado, nas Cabriúvas. Eu fiquei sabendo pelo jornal, de manhã cedo, que o treino iria ser à tarde. E eu não fui convidado para ir.

Talvez, ia ser só o time profissional e eu me lembro que meu pai me largou na rodoviária e eu fui de ônibus para Encantado para treinar. E aquilo virou manchete de jornal, página principal.

Isso mostra bastante perseverança...

Eu era um menino que tinha qualidade no colégio, me destacava. Mas isso muda quando você entra para o esporte de rendimento. Tem que ter algo mais. Eu acho que nunca fui um jogador diferenciado. Fui um jogador médio, mas sempre tive muita força de

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

vontade. Não me esqueço do roupeiro tendo que guardar o material, e eu implorando para deixar uma bola do lado de fora para ficar treinando no antigo Florestal. Ficava chutando noite adentro, já não enxergava mais a bola.

Aquilo que eu consegui, foi com muito esforço. Eu nunca fui um craque. Foi com muito suor, muito esforço, muito foco. E passando por dificuldades.

Fome e frio, quando fui para o Caxias, não tinha muita estrutura como tem hoje. Deixando minha cama quentinha, minha geladeira cheia. Lá, nem tinha geladeira. Para subir um degrau, tem um preço. Não é tão simples assim.

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Qual mensagem você passa às crianças com quem trabalha e sonham em ser jogador?

Eu sempre digo que o que mais vale a pena é tentar. A vontade não é ensinada. Ou tu tem, ou não tem. Você pode criar meios para motivar, mas a vontade é subjetiva. Vem de dentro para fora. Felizes os que tentaram e conseguiram, infelizes os que não conseguiram porque não tentaram. Tem que sempre tentar. Não deu? Tudo bem, dei o meu melhor. E aí é cabeça erguida para seguir outro caminho.

E a escola dá essa oportunidade. Por isso, o esporte não pode estar longe da educação.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Linha de frente da educação

A

certa o Estado em priorizar os trabalhadores da educação no processo de imunização contra a covid-19. A partir da liberação do Ministério da Saúde para que os entes federados definam suas estratégias locais, o Piratini anuncia a inclusão dos profissionais ligados às atividades de ensino no planejamento da distribuição de doses da próxima remessa a ser recebida do governo federal.

A medida busca dar segurança sanitária e jurídica para as aulas presenciais no ambiente escolar após um período extremamente conturbado para um dos setores mais importantes da sociedade. Vale destacar que a educação no RS foi afetada ao longo de quase todo ano de 2020 e os primeiros meses de 2021, com um impasse sem precedentes sobre o ensino.

A vacinação dos trabalhadores da educação consiste em decisão estratégica para garantir o funcionamento das instituições de forma segura e afastar qualquer possibilidade de uma nova interdição do ensino.” É inconcebível que bares, igrejas e academias, por exemplo, foram autorizados antes a receber público, enquanto que as instituições de ensino precisaram manter somente as aulas virtuais. Em um país onde a exclusão digital ainda é uma dura realidade, como ficam as famílias sem acesso à internet de qualidade ou mesmo sem computador em casa?

Todo esse período de interdição do ensino presencial acirrou ainda mais o desequilíbrio existente entre as redes pública e privada. Famílias de baixa renda, moradores do interior, sem acesso à internet de qualidade ou mesmo equipamentos adequados para manter os estudos em casa foram muito prejudicadas no que diz respeito ao processo de aprendizado.

Em determinados níveis de ensino, como no caso da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, quando ocorre a alfabetização, a presencialidade é insubstituível. Mais do que isso, especialistas alertam para os danos cognitivos e os prejuízos pedagógicos, além de aspectos como aumento da violência doméstica, depressão infantil e alimentação saudável comprometida.

O lugar certo para as crianças e estudantes em geral é o ambiente escolar. Claro, desde que respeitados os protocolos de segurança sanitária para toda a comunidade escolar. A vacinação dos trabalhadores da educação consiste, portanto, em decisão estratégica para garantir o funcionamento das instituições de forma segura e afastar qualquer possibilidade de uma nova interdição do ensino.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

As gestões O IBAMA E O SEU DESSERVIÇO públicas do Vale evoluem

Nosso olhar crítico e incisivo sobre o serviço público não pode ignorar os avanços. A visão empreendedora e mais emancipacionista da maioria dos prefeitos é o indutor que faltava para o Vale despontar em desenvolvimento econômico e qualidade de vida.

E

m Lajeado, o Promove e o Pacto Lajeado Pela Paz. Em Estrela, o avanço do projeto logístico, a preservação da história e o boom de investimentos em várias áreas.

Em Encantado, o Cristo Protetor e a cereja do bolo ao turismo regional.

Em Santa Clara do Sul, uma gestão de arrojo e de inovação que desponta e inspira.

Abro este artigo com quatro exemplos de gestões públicas que traduzem à altura o momento que o Vale do Taquari atravessa. Tenho conversado – e entrevistado – muitos prefeitos, líderes de entidades e empresários nos últimos meses.

O ecossistema criado na região é singular, empolgante e tem tudo para colocar o Vale do Taquari num patamar bem acima do atual.

O que se percebe é um olhar mais profissionalizado sobre o serviço público. Claro, não sejamos ingênuos em ignorar as segundas intenções que estão embutidas nos movimentos. Mas, é preferível que as segundas

intenções sejam alcançadas com trabalho perene e voltado ao interesse coletivo, em vez de discursos inflamados e ações assistencialistas.

Marcelo Caumo é cotado para ser candidato a deputado já no próximo ano. Paulo Kohlrausch quer concorrer a uma das cadeiras na assembleia legislativa. Elmar Schneider já foi deputado e quer reocupar o

O ecossistema criado na região é singular, empolgante e tem tudo para colocar o Vale do Taquari num patamar bem acima do atual.”

prestígio que já teve. Jonas Calvi virou prefeito por acaso, mas é um jovem que também pretende fazer carreira sólida na vida pública.

Se olharmos para Taquari, Bom Retiro do Sul, Arroio do Meio, Teutônia, entre outros, também percebemos movimentos promissores de prefeitos comprometidos em tornar a gestão mais profissional. Está na hora mesmo.

O Vale do Taquari é a bola da vez.

Muito por isso, precisamos de gestores públicos alinhados com o interesse à altura dos investimentos projetados pela iniciativa privada. Aquele tempo de discursos e promessas ufanistas dá lugar para uma atuação mais conectada ao interesse local e regional.

O gestor público precisa ser um indutor do desenvolvimento e garantir o serviço básico de qualidade.

E no caso específico da região, precisam fazer os movimentos necessários para consolidar o Vale como polo de Alimentos, de Saúde, de Turismo e de qualidade de vida.

Estamos no caminho.

As obras de duplicação da BR-386 eram para iniciar em fevereiro. Diz o contrato. Estamos no fim de maio.

Semana que vem é junho. Já se passaram três meses e o Ibama tranca o início dos trabalhos. A Eurovias, empresa contratada pela CCR Via Sul, já oficializou a contratação de dezenas de trabalhadores. O que se vê em Marques de Souza é um monte de pessoas sentadas na sombra esperando o aval do Ibama para iniciar as obras.

Alguém está pagando essa conta, é claro. Ainda não é motivo para maiores preocupações ou de termos atraso no cronograma das obras. Mas, se

o Ibama insistir em trancar os trabalhos, logo logo, teremos anúncios de que os prazos não serão atendidos.

A inação e a morosidade do Ibama diante deste caso são o retrato mais cristalino do quanto o serviço público pode – quando quer – atrapalhar a iniciativa privada e a sociedade. Me dá calafrios quando me recordo das “tranqueiras” da Funai e do Dnit no processo de duplicação da BR entre Estrela e Tabaí. Será que o raio vai cair duas vezes no mesmo lugar? É bom a região ficar atenta a essa demora e aumentar a pressão para cima do Ibama. Afinal, já perdemos três meses.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Turismo de Aventura

Mais cultura ao Vale

A Neste sábado, a Associação dos Municípios de Turismo do Vale do Taquari (Amturvales) inicia o promissor curso “Competências Básicas do Condutor de Turismo de Aventura, que será ministrado pela empresa Nomas. A capacitação será no Jardim Botânico de Lajeado e se estende até o dia seis de junho.

O objetivo é capacitar recursos humanos para os segmentos de ecoturismo, turismo de aventura e turismo rural, alinhado com as normas da ABNT.

reforma e reinauguração do Theatro São João, em Taquari, é um alento e tanto para a cultura do Vale do Taquari. Com 128 anos de história, a casa de shows, espetáculos e tantas outras atividades culturais é um patrimônio histórico do Rio Grande do Sul. O ponto ainda vai receber um bar ou restaurante temático de frente para um dos principais pontos turísticos da

nossa região, a belíssima Lagoa Armênia. É um projeto inspirador, que nasceu por iniciativa da Sociedade Cultural Theatro São João, e contou com amplo apoio de diversas empresas, instituições e poder público.

Da mesma forma, a aguardada construção do Centro Cultural Boaventura (anexo ao Convento São Boaventura, no bairro Daltro Filho, em Imigrante) inicia em julho. O

teatro terá 156 lugares e receberá shows, teatros, oficinas, seminários, reuniões e apresentações culturais. O governo municipal firmará convênio com o Instituto Cultural São Francisco de Assis.

O custo da obra será de R$ 1,8 milhões, sendo R$ 326 mil do poder público. É mais uma grande notícia. Assim como o Memorial de Estrela, a digitalização do Arquivo Histórico de Lajeado, e outras ações pontuais!

Negócios!

O turismo é um grande negócio. É fonte de renda, emprego e qualidade de vida. Não é só lazer. E o Vale do Taquari parece que definitivamente vai acordar para esse aspecto mais comercial. Nas redes sociais, já são diversos blogs e páginas criadas para divulgar nossas potencialidades. O Estado e o país estão olhando para a nossa região. E nossos gestores municipais?

SÉRIO?

Neste sábado, o governador Eduardo Leite (PSDB) deve desembarcar no pequeno município de Sério. Ele foi convidado para a inauguração do acesso asfáltico pela ERS-421, uma obra aguardada há mais de três décadas. Se confirmada a programação, esta será a segunda visita do chefe do executivo gaúcho em menos de uma semana. Na segunda-feira, ele esteve em Arvorezinha para acompanhar o lançamento do livro “150 anos da Imigração Italiana no RS”, e também passou em Ilópolis, para acompanhar o início da colheita da erva-mate.

Lixeiras coletivas

Em Encantado, o governo quer aprimorar a coleta de lixo.

Conforme um PL encaminhado à Câmara, “os edifícios de apartamentos e habitações coletivas poderão instalar lixeiras coletivas fixas na área dos prédios, junto ou próximo ao logradouro, permitindo o livre acesso ao serviço público de coleta de lixo”.

De acordo com a mensagem justificativa, a proposição evita que prédios com dezenas de economias depositem seus resíduos nas lixeiras públicas existentes.

Um café no Parque Histórico!

O governo municipal concedeu o espaço e agora o Parque Histórico da Colonização Alemã passa a ter mais vida com a inauguração do “Café do Parque”. Instalado em uma das mais belas casas

reconstruídas no espaço, em estilo enxaimel, o empreendimento é a nova aposta para monetizar o nobre espaço. Não será a primeira tentativa, diga-se de passagem.

Mas tem tudo para dar certo!

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BARES E RESTAURANTES

Adaptação forçada, dívidas e expectativa de recuperação As restrições no atendimento, o fechamento das atividades nos períodos de alta da pandemia e o aumento nos custos de operação resultam em um cenário incerto para estabelecimentos gastronômicos e de confraternizações. De cada dez empresas do setor, sete estão endividadas Conforme pesquisa nacional, em cada dez restaurantes e bares, sete FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

“T

ivemos de mudar tudo. É quase como abrir outra empresa.” As palavras de Irineu Schmidt, dono de um restaurante e pizzaria no centro de Lajeado são uma amostra dos desafios enfrentados pelos empreendedores do segmento de alimentação e bebidas.

Manter as atividades em meio a maior pandemia do século exige reorganização. No empreendimento dele, precisou demitir mais da metade dos funcionários, rever as despesas e cortar a lista de compras dos alimentos. “Desde março do ano passado tivemos quedas constantes no faturamento. No período

Baixar custo de operação, usar plataformas digitais no contato com os clientes e mesclar atendimento presencial e teleentrega são estratégias para superar momento de dificuldade

de restrições, chegou a 80%. Houve uma melhora a partir dos últimos meses do ano passado e em março deste ano mais perdas.”

Essas condições interferiram sobre as obrigações. “Estamos com contas em aberto. Precisei renegociar energia elétrica e há impostos em atraso.” O endividamento é um quadro comum entre restaurantes e bares. De cada dez empresas do ramo, sete estão com dívidas. É o que aponta pesquisa da Associação Nacional de Bares e Restaurantes (Abrasel). Os dados foram apresentados nesta semana e mostram que a maioria das dívidas estão no pagamento do Simples, ou de outros impostos, como o Imposto de Renda e o INSS. Também há um percentual considerável de empreendimentos com aluguel atrasado e débitos vendidos de água, luz, gás e

com fornecedores.

Além disso, quase metade das empresas tem faturado menos do que 40% na comparação com o período antes da pandemia.

O levantamento aponta que 77% dos bares e restaurantes tiveram prejuízo em abril. Em março, mês em que todo o Rio Grande do Sul estava em bandeira preta, esse índice era de 81%.

90% endividados na região, diz Sindavat O presidente do Sindicato dos Hotéis, Motéis, Bares e Restaurantes do Vale do Taquari (Sindavat), Paulo Schöller, atesta a situação de dificuldade do segmento desde o início da pandemia. Pelo contato com os empreendedores,

afirma: “na região, 90% estão endividados. É um número extraoficial. Mas é uma realidade. Deste percentual, eu diria que uns 40% estão quebrados. Ainda assim, seguem abertos, tentando retomar os negócios.”

De acordo com ele, estabelecimentos noturnos, que oferecem gastronomia combinada com atrações de lazer e de cultura, têm sofrido ainda mais.

“Temos informações de que essa modalidade de negócio está com um faturamento entre 35 a 45% do que precisariam para manter as portas abertas.”

No RS, conforme a Abrasel, nove em cada dez bares e restaurantes tiveram problemas para pagar os salários dos funcionários em abril.“É impossível manter nossos negócios

sem poder atuar em todos os horários e sem o auxílio do governo”, aponta Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS.

“Uma terceira onda seria a pá de cal”

A imposição de novas restrições, no caso de avanço da pandemia e necessidade de regras mais rígidas sobre o distanciamento social seria catastrófica para o segmento de alimentação fora do lar, realça Schöller. “Uma terceira onda seria a pá de cal. Não haveria como manter.

Sem dúvida, teríamos muitas empresas fechando as portas.”

Em meio ao período de dificuldade, também houve uma mudança no perfil das empresas. De acordo com o presidente do sindicato regional, havia um esforço para profissionalizar o segmento. “Nosso

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021 FOTOS FILIPE FALEIRO

aumentos nos preços do alimento, esse cálculo pulou para 120 almoços. Essa é a média de hoje, conta Miotto. “Estamos trabalhando para se manter aberto.

Eu e minha esposa não estamos tirando nada de salário para poder manter os funcionários.”

Com os fornecedores, o preço dos alimentos duplicou. O quilo da carne, custava perto dos R$ 20, agora está mais de R$ 40, afirma. “Março e abril foram meses terríveis. Tivemos 25% de faturamento. Agora percebemos que os clientes estão voltando.

Ainda vai levar um tempo, mas acredito que vai melhorar.”

Foi justo nos meses mais difíceis que teve problemas para quitar o aluguel. “É a única dívida que temos. O proprietário e eu conversamos, e chegamos a um acordo de empurrar esse atraso para quando tivermos melhores condições.”

“Nos meses difíceis, o segredo é ficar no empate” estão com contas em atrasos

perfil sempre foi de empresas familiares. Antes da pandemia, havia um movimento para contratação de mão de obra especializada.”

Com a pandemia e a necessidade de redução na equipe, se retornou ao cenário de uso de familiares para atendimento, frisa Schöller.

Custo dos alimentos duplica

O enfermeiro Fabrício Miotto ingressou no ramo de res-

taurantes faz dois anos e meio.

“Quando conseguimos uma boa clientela, chegou a pandemia”, lamenta. Nos períodos antes da covid-19, servia cerca de 250 almoços por dia. “Em um ano, conseguimos um bom faturamento e fizemos uma economia importante.”

Naquele período, para empatar as contas entre receita e despesa, precisava de uma média de 70 pratos por dia. Com os

Dono de uma pizzaria e sócio de um restaurante no centro de Lajeado, Márcio Dal Cin, está entre os menos de 30% de empresas do segmento sem dívidas.

“Conseguimos não nos endividar. Temos as contas do mês para pagar, como todo negócio, mas foi possível manter sem nem mesmo buscar empréstimos.”

No restaurante em que é sócio, assumiu a gestão faz cerca de 15 dias. “Pelas tabelas do ano passado, foram dez meses positivos e dois negativos. Justo naquele período de paradas sérias devido

ENTREVISTA SANDRO FALEIRO • diretor do Centro de Gestão Organizacional (CGO) da Univates

“ A pandemia ensina que é preciso fazer reserva” • Quais os aprendizados que a pandemia deixa para empresários do setor de restaurantes e bebidas?

A pandemia ensina que é preciso fazer reserva. Nosso empresário, micro e pequeno, mistura o recurso da empresa com o da família e o faturamento que der no negócio, costuma limpar o caixa, deixando com o mínimo de recurso necessário, usando para investimentos pessoais.

O micro e pequeno empresário precisa fazer uma reserva de caixa para situações emergenciais, calcular sua necessidade de fluxo de caixa para poder enfrentar qualquer situação de risco, situação momentânea.

• Quais os caminhos para haver uma retomada econômica deste segmento?

Com a vacinação. O consumidor está ainda muito receoso em frequentar restaurantes, hotéis, em sair de casa. A minha percepção é que as pessoas estão interessadas em consumir, mas

com receio de sair de casa. Com isso, tem um período em que o empresário terá de dar conta de sobreviver, de não quebrar para estar de portas abertas quando o consumidor voltar.

• Quais estratégias são mais sugeridas para mitigar as dificuldades e garantir o sustento do negócio? É preciso digitalizar o atendimento, isso é multiplataforma, ter o pague-leve, a tele-entrega e o cliente ter a opção de contratar o pedido pelo WhatsApp, Instagram, Facebook, portal ou aplicativo. Não tem jeito de ser diferente, é preciso de adaptar.

Tem um momento de sobrevivência, de dificuldade, uma baixa na demanda. O proprietário pode baixar seus custos fixos, negociar o aluguel, reduzir número de funcionários ou reduzir jornada de trabalho. Fazer esses cortes sem perder a qualidade, com um uso sistemático das multiplataformas para se aproximar os clientes.

a pandemia. Com isso, estamos na estatística de quem não está endividado”, afirma.

Para ele, as estratégias passam por um controle rigoroso dos custos, na reestruturação da equipe e não fazer investimentos. “Nos meses difíceis, o segredo é ficar no empate. É preciso avaliar cada detalhe

do negócio. Reduzir alguma despesa mas sem perder qualidade.”

Na pizzaria, como funciona no modelo de tele-entrega, a média de pedidos não oscilou muito.

“Percebemos que não houve crescimento, pois aumentou o número de empresas atuando nesse formato.”

SEGMENTO EM LAJEADO Pela tabulação da Secretaria da Fazenda, o segmento “Restaurante e Similares” inclui: lanchonetes, casas de chá, de sucos, restaurantes, bares com e sem entretenimento.

• Há 687 estabelecimentos ativos • Deste total, 70 foram abertas neste ano • De janeiro ao dia 28 de maio, 30 CNPJs foram encerrados

EM

• Foram registradas 126 novas empresas • Conforme o município, 74 empreendimentos encerraram as atividades

EM Antes da pandemia

Empresas abertas em 2019:

178

Baixas no ano:

74

Porte dos restaurantes em Lajeado • Pelos dados da Receita Federal, há 148 empresas do segmento • São 119 micro (faturamento de até R$ 360 mil ao ano) • Outras 22 Meis (cadastro de microempreendedor individual) • Mais 7 como empresa de médio porte (faturamento de até R$ 4,2 milhões ao ano)

SITUAÇÃO ECONÔMICA Pesquisa nacional mostra cenário enfrentado por restaurantes e bares

Setor endividado • 72% dos empresários afirmam ter contas em atraso • Destes, 81% estão em atraso com o pagamento do Simples ou outros impostos federais (como Imposto de Renda e INSS).

• Outros 43% dizem também ter problemas com impostos estaduais e municipais (como IPTU).

• 40% devem aluguel • 38% têm débitos vencidos de água/luz/gás.

• 77% ficaram no prejuízo em abril • 49% tiveram dificuldades para pagar os salários

Imagem dos governos desaprovam totalmente ou em parte as ações das autoridades públicas na pandemia.

Medidas de proteção ao emprego dos donos de bares e restaurantes pretendem adiar o pagamento de FGTS. pretendem adotar medidas de redução de jornada.

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Saída da Cesa precede primeira empresa no porto Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) será extinta pelo governo estadual. Para que complexo siga em uso, governo municipal terceiriza serviços de logística e operação para estoque de grãos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESTRELA

A

próxima semana será de novidades quando a operações no Porto de Estrela. Na

segunda-feira, às 16h30min, o governo municipal agenda o ato de assinatura do contrato de operação dos silos e armazéns.

O espaço hoje usado pela Cesa será repassado para uma empresa do segmento de nutrição animal. A escolha foi por meio de edital público para terceirização do serviço de logística e operação nos silos da companhia.

Conforme o gerente da unidade de Estrela, Ledo Daruy, a extinção da companhia foi aprovada pela assembleia legislativa faz dois anos. “A Cesa foi muito importante para o estado. Uma empresa pública criada na década de 50, quando não havia nada

ARQUIVO A HORA

Companhia administrada pelo Estado está em fase de encerramento. Entre as 22 unidades, a de Estrela estava na lista das mais produtivas do RS

para armazenagem de grãos”, argumenta.

Para ele, hoje não se justifica mais o Estado se comprometer com serviços de armazenagem de insumos agrícolas. “As empresas, as cooperativas, agora têm a tecnologia para fazer isso. A companhia já cumpriu seu papel.”

Antes da decisão de encerramento da Cesa, o governo estadual fez um levantamento sobre a companhia. Ao todo são 22 unidades. Desse total, apenas quatro seguem em operação (Estrela, Camaquã, São Gabriel e Ibirubá).

ainda há alguns trâmites legais em andamento e não sei quando tempo isso vai levar para assumir os silos da Cesa”, antecipa o gerente da unidade de Estrela, Ledo Daruy. A confirmação do nome da empresa responsável está prevista para o evento de segunda-feira.

Pelo contrato, serão seis meses de operação, prorrogáveis por igual período.

Aluguel dos silos

A estratégia regional é dotar o porto de condições para ser um entreposto logístico da região. Em abril, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), garantiu investimento na dragagem no Rio Taquari. O serviço ocorre entre Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Taquari e General Câmara.

Com a dragagem, é possível reativar o canal de navegação para um calado de 2,5 metros, profundidade necessária para as embarcações. O longo período sem manutenção na hidrovia, associada às últimas enchentes, em especial a de junho de 2020, interferiram muito sobre o canal. As intervenções no rio têm potencial de agilizar a reestruturação do modal hidroviário.

O espaço onde hoje opera a Cesa faz parte do complexo portuário. Como a área foi repassada para o município, a estratégia do governo é não deixar o espaço abandonado em meio ao processo de saída da companhia. “Se deixar isso parado, vai se deteriorar”, reforça Ledo Daruy.

A partir dessa observação, o Executivo abriu a concorrência pública para aluguel do espaço. O nome da vencedora ainda não foi confirmado.

Informações extraoficial dão conta de que há duas empresas na disputa. Uma de Lajeado e outra de Erechim.

“Pelo que nos informaram seria a Nutritec, que já tem uma área no município. Mas

Modais de transporte

CESA DE ESTRELA FUNCIONA DESDE 1978

• A companhia trabalha no beneficiamento de produtos como milho, trigo e arroz. O processo envolve limpeza, secagem, controle de insetos e armazenamento; • A unidade tem capacidade para armazenar 38,5 mil toneladas de grãos; • A média de ocupação dos silos entre 2011 a 2018 chegava a 60%;

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Ministério antecipa grupo e RS confirma vacinação de professores Cerca de 197 mil trabalhadores da educação aguardam pela imunização, conforme estimativa da Secretaria Estadual de Saúde. Intenção é priorizar trabalhadores das creches e préescolas a partir da chegada de novas remessas

ORDEM DE PRIORIDADE PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NO RS • Creches • Pré-escolas • Ensino fundamental • Ensino médio • Profissionalizantes/ EJA • Ensino superior

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

ESTADO

H

oras após a publicação de uma nota técnica do Ministério da Saúde, que antecipa a vacinação para profissionais da educação, o governo do Estado confirmou que também incluirá os trabalhadores no planejamento da distribuição de vacinas. A próxima remessa a ser recebida do governo federal deverá ter doses para atender a esse público.

Na prática, a decisão do Piratini referenda o movimento que diversos municípios gaúchos, incluindo Lajeado, realizaram, ao incluir professores e demais funcionários da área da educação nos grupos prioritários. O próprio governo gaúcho buscava, inclusive na Justiça, formas de garantir a imunização dos profissionais.

Lajeado é uma das poucas cidades gaúchas que vacina professores antes mesmo da nota técnica do Ministério da Saúde

Conforme cálculos do Piratini, são cerca de 217 mil pessoas que integram este público.

Pelo levantamento mais recente da Secretaria Municipal da Saúde, aproximadamente 20 mil já foram imunizados por iniciativa dos municípios. A intenção, agora, é priorizar profissionais de creches e pré-escolas, de forma concomitante com outros grupos prioritários da lista, seguindo as orientações do Ministério.

“Queremos escolas abertas, funcionando, com protocolos e todos os cuidados necessários, para cuidar das crianças enquanto os pais estão trabalhando. E queremos fazer isso com cuidado com as crianças, com cuidado de professores e trabalhadores da educação, que são patrimônio importante para nosso Estado”, afirmou Leite.

O Estado estima que, nas três primeiras semanas de junho, conseguirá imunizar to-

dos os trabalhadores da educação no RS com a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Priorização Na nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, o órgão informa que a motivação da priorização dos profissionais da educação se deve aos impactos sociais ocasionados pela covid-19, com a necessidade de volta às aulas presenciais. Ressalta que creches e escolas contribuem, além da educação, para a alimentação

e segurança alimentar das crianças.

Além dos grupos prioritários, o Ministério da Saúde inicia paralelamente a vacinação da população geral entre 18 e 59 anos, já que estados e municípios relataram demanda diminuída dos grupos elencados no plano de vacinação. No RS, isso será feito na medida em que se tenha um retorno mais seguro das aulas presenciais.

"Assim que conseguirmos contemplar todos esses grupos prioritários no Estado, especialmente os profissionais envolvidos na educação, iremos avançando por idade para a população em geral. Estamos na expectativa de um novo lote de doses nas próximas semanas, que nos permita seguir na imunização de forma mais rápida", explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

150 ANOS DA SAGA IT

Publicação lançada nesta semana detalha o processo migratório dos it ocorreu em 1870. No Vale do Taquari, os imigrantes construíra ARQUIVO PESSOAL

BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

R

oseta Colognese chegou ao Brasil com quatro anos, em um navio a vapor que desembarcou em São Paulo. Depois de ajudar a família na produção de café, foi para Dois Lajeados, onde criou os filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Ela veio de Verona, na Itália, e hoje, com 104 anos, é a última imigrante viva da segunda leva de italianos que colonizaram o Vale do Taquari.

“Ela conta que a viagem levou entre 30 e 40 dias, e como era ainda criança, só lembrava de ver muita água no caminho”, diz a neta Aneli Zonatto Buratti, 60.

Até poucos anos atrás, Roseta ainda preparava a polenta, um prato típico da família, e passou o gosto da música italiana para as gerações que vieram depois. A imigrante vive na Linha Alegrete, em um terreno próximo de onde residiu quando chegou ao Vale do Taquari, mas a casa daquela época já não existe mais.

Dona Roseta com a filha, neta e bisneta

História da imigração no Vale Esse processo migratório de milhares de italianos que vieram ao estado faz parte da obra literária “150 Anos de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul”, lançada no início da semana.

A coletânea, com mais de 1,2 mil páginas, é dividida em três volumes e foi organizada pelo escritor e jornalista Ademir Antônio Bacca, e por Luis H. Rocha, no projeto proposto pela Associação dos Amigos dos Moinhos do Vale do Taquari (AAMoinhos).

A obra foi financiada pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, e celebra os 150 anos da criação das primeiras colônias italianas no estado, Conde d’Eu e Dona Isabel, hoje Garibaldi e Bento Gonçalves, em 1870.

Natural de Progresso e residindo em Lajeado, a doutora em ciências, ambiente e desenvolvimento pela Univates e professora, Janaíne Trombini, escreveu um dos artigos do livro, sobre a imigração

italiana no Vale do Taquari.

Com mais de cinco anos de pesquisa na área, o artigo é parte da tese de doutorado intitulada “História ambiental e espacialidades ítalo-brasileiras: um comparativo em territórios no norte italiano e ao norte do Rio Taquari/RS”.

Segundo Janaíne, os imigrantes do Vale se instalaram primeiro nas colônias germânicas já existentes de Conventos (1855), composta por Sério, Progresso, Pouso Novo e Travesseiro; Encantado (1882), abrangendo Encantado, Muçum, Arvorezinha, Ilópolis, Anta Gorda, Nova Bréscia e Coqueiro Baixo; e sul da colônia Guaporé (1892), com Dois Lajeados e Muçum.

A pesquisa explica que o Vale do Taquari era, tradicionalmente, um território indígena, colonizado por portugueses que trouxeram os negros. Depois vieram os açorianos, os alemães e, por último, os italianos, completando o processo étnico-cultural da região.

Os primeiros imigrantes

Transformações sociais, políticas e econômicas do mundo capitalista fizeram com que muitos italianos migrassem para a América em busca de melhor qualidade de vida.

Os primeiros imigrantes do Vale do Taquari foram João Batista Lucca, Antônio Bratti e outras 15 famílias, vindas de San Pietro Valdastico para a colônia de Encantado, em 1882. Entre elas, as de sobrenome Fontana, Secchi e Bertozzi.

A viagem de navio levava entre 40 e 50 dias, com destino ao porto de Porto Alegre. Quando chegavam em terras gaúchas, os imigrantes eram transportados em carroças ou iam a pé até seus lotes coloniais.

No início, o governo brasileiro dava subsídio de estadia, alimentação e ferramentas para o trabalho. Feijão, milho, trigo, porco e erva-mate eram as principais produções naquele tempo.

Eles se instalavam em áreas de

maior altitude e relevo acidentado, com pequenas propriedades, intensificando a produção agrícola e excedentes. Assim, era possível acumular capital e investir em novos empreendimentos comerciais e industriais.

Em terras brasileiras, os imigrantes mantiveram os costumes da terra natal, mas também passaram a cultivar e alimentarse de novas culturas, além de utilizarem técnicas para o preparo da terra aprendidas com quem já vivia no país.

Eles também criaram um novo estilo na construção de casas e igrejas, modificaram a língua natal e começaram a se relacionar com habitantes que já ocupavam o território, como indígenas, negros, luso-brasileiros e alemães. Relações essas que deram origem ao povo diversificado que ocupa o Rio Grande do Sul, hoje.

Para contar a história da imigração, Janaíne também visitou

a Itália, e entrevistou famílias das regiões de Vêneto, Lombardia e Trentino Alto-Àdige, locais

de onde vieram os imigrantes do Vale. Ela também conversou com 24 famílias da região com

descendência ítalo-brasileira.

Entre elas, a família Rosset, que vive hoje em Ilópolis.

Viagem de navio levava cerca de 50 dias. Após chegada em Porto Alegre, famílias se deslocavam à carroça aos lotes coloniais

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

TALIANA NO ESTADO

alianos ao Rio Grande do Sul. Criação das primeiras colônias no estado am as primeiras instalações em 1882, na colônia de Encantado A OBRA LITERÁRIA

A iniciativa surgiu quando Ademir Antônio Bacca percebeu que a história da imigração italiana no estado era fragmentada e decidiu reuni-la em um único projeto. O primeiro volume da obra contou com a participação de 44 historiadores, mas cerca de 200 autores colaboraram.

“O livro conta a história de uma maneira que nunca foi apresentada antes. Acredito que acabamos fazendo um dos maiores documentos da imigração italiana até então”, destaca o escritor.

Segundo Bacca, uma nova publicação sobre o tema será feita em quatro volumes, contando as relações de trabalho resultantes da colonização italiana no RS. Também serão escritos volumes extras contando a história de outras famílias com descendência italiana. Até 2025, a ideia do projeto é reunir 10 volumes dos 150 anos dessa história no estado.

Também fará parte deste projeto, a produção de uma série documental com seis episódios, com a participação dos historiadores que fizeram parte da elaboração do livro.

COLÔNIA GUAPORÉ

Thiago Rosset (d) com o bisavô Giovanni Rosset

De Trichiana para Ilópolis “O avô do meu bisavô era Giovanni Rosset e veio com a família de Trichiana, na província de Belluno, em 1878”, conta o agricultor e vereador Thiago Rosset, 20. Ele faz parte da quinta geração da família no Brasil, e conhece a história dos antepassados pelos relatos do bisavô José Timóteo Rosset, o Téo.

O pai de Giovanni se chamava Franchesco Rosset e a mãe, Maria Moro.

Com seis filhos, se instalaram na colônia em Bento Gonçalves quando chegaram ao Brasil. A viagem levou cerca de 40 dias, em um navio a vapor.

Lá, os irmãos se dividiram. Giovanni foi para Itapuca, em Anta Gorda e, mais tarde, os filhos dele se instalaram em São Francisco, Ilópolis, nas terras que ainda hoje pertencem à família Rosset.

A mãe de Téo, Elisabet Maria Zuccolotto, casada com Reinaldo Rosset, também veio da Itália, e chegou ao Brasil no início de 1900, com oito anos. “Naquela época o Brasil estava sendo colonizado, quase não tinha ninguém e o governo fazia propaganda. Os italianos vinham procurar uma vida melhor nas terras brasileiras”, explica Thiago.

Mas por falta de dinheiro para as passagens de navio a vapor, a viagem da família Zuccolotto levou cerca de três meses em um navio veleiro. Quando chegaram ao Brasil, se instalaram primeiro em Ca-

ravágio, depois em Anta Gorda e, mais tarde, em Ilópolis.

Tanto a família Rosset quanto Zuccolotto transformaram as matas que existiam no Vale do Taquari em terras colonizadas onde criavam vacas leiteiras, porcos e galinhas e plantavam milho, trigo e feijão. No início a renda era pouca e o trabalho era para o sustento da propriedade.

Mais tarde, passaram a vender queijo, ovos e animais. As mercadorias eram transportadas em cavalos. Há cerca de 40 anos, as terras em Ilópolis passaram a cultivar, também, a erva-mate, que é plantada ainda hoje na propriedade. Nessas terras, também havia parreiras de uva e produção de vinho.

Como Ilópolis ainda não era uma cidade e pertencia à colônia de Encantado, os registros de nascimento das crianças ou a assinatura de documento para compra de propriedades tinham que ser feitos na colônia. Só mais tarde as famílias começaram a se organizar em vilas e ter uma sociedade civil própria.

Há três anos, Thiago fez um intercâmbio para a Itália e visitou a região de Trichiana, na comunidade onde a família Rosset veio.

As ruínas da casa de pedra ainda estão no local. Na propriedade ainda moravam descendentes com sobrenome Rosset.

1892

VALE DO TAQUARI COLÔNIA ENCANTADO

1882 COLÔNIA CONVENTOS (LAJEADO)

1855 (ONDE JÁ HAVIA COLÔNIAS ALEMÃS)

VESTÍGIOS DA ARQUITETURA ITALIANA NO VALE A obra é também composta pelo artigo do cineasta Cleber Zerbielli, nascido no Vale do Taquari, sobre a arquitetura italiana na cidade de Ilópolis. Segundo ele, as casas feitas de madeira pelos primeiros imigrantes italianos já não existem mais na região, por serem feitas de madeira e pelas próprias famílias, de forma não profissional.

Por outro lado, ele destaca, no texto, duas construções em Ilópolis que representam a

arquitetura chamada “Chalet Alpino”, características dos alpes europeus, construídas na cidade por artistas italianos do segundo fluxo migratório ao Brasil, depois de 1920.

Segundo ele, não há registros de outras casas neste estilo no país e, apesar de muitos acreditarem serem construções tradicionais da imigração italiana, elas são, na verdade, raras. “O que tem de tradicional nelas é o uso da madeira”, destaca.

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FIM DE SEMANA, 29 E 30 DE MAIO DE 2021

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021 camaralajeado

Notíciasda

Câmara Lajeado

Construindo uma Lajeado melhor.

de

A Comissão Especial que analisa o contrato do município de Lajeado com a Corsan terá mais um mês de atuação.

O pedido de prorrogação de prazo foi solicitado pelo Presidente da comissão, vereador Márcio Dal Cin (PSDB). A ideia, segundo o parlamentar, é neste período, buscar uma audiência com o Secretário Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura - Luiz Henrique Vianna, para apresentar os resultados apurados pela

comissão e estabelecer um prazo para que sejam respondidos os questionamentos anteriormente encaminhados à Corsan, à Prefeitura e à Agergs. Dal Cin adiantou que, se nada for feito, o relatório da comissão será encaminhado diretamente ao Ministério Público. Além de Dal Cin, integram a comissão a vereadora Paula Thomas (secretária); Jones Barbosa da Silva (relator), Deoli Graff (membro); Heitor Hoppe (membro) e Alex Schmitt (membro).

Projetos aprovados beneficiam empresa e usuários do transporte público

A Câmara aprovou nesta terça-feira (25/05), por unanimidade, dois Projetos de Lei do Executivo que tratam sobre subsídio e isenção de impostos, respectivamente, para o transporte público municipal.

O PL Nº 041-01/ 2021 autoriza a concessão de subsídio orçamentário à tarifa do transporte público coletivo urbano. O incentivo deve-se a razão do estado de calamidade pública decorrente da pandemia da COVID-19. Pela proposta, o município custeará R$ 0,50 do valor de cada passagem de ônibus pelo período de seis meses, reduzindo de maneira direta o valor final para o usuário e para os empregadores que, por lei, devem adquirir as passagens aos seus colaboradores.

O PL Nº 042-01/2021 concede isenção temporária de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para a empresa Expresso Azul. O benefício terá vigência limitada de 12 meses. As duas proposições seguem agora para a sanção do Prefeito Marcelo Caumo.

Vereadores indicados para o Comitê Histórico de Lajeado O Presidente Isidoro Fornari (PP) recebeu pedido da Secretaria da Administração para a indicação de um membro titular e um suplente da Câmara de Vereadores para comporem o Comitê Gestor do Plano de Revitalização do Centro Histórico de Lajeado. O plenário confirmou a

indicação dos vereadores Deolí Graff (PP), como titular e Paula Thomas (PSDB), como suplente. “Queremos trabalhar junto com os integrantes do comitê, apoiar as ações, e fazer com que Lajeado valorize a sua história e a suas origens”, destacou Graff.

ASSISTA AS SESSÕES E ACOMPANHE O TRABALHO DO SEU VEREADOR Toda terça-feira, às 17h, via canais oficiais da Câmara na internet • www.lajeado.rs.leg.br • (51) 3982.1154

Publicação paga pela Câmara de Lajeado. Veiculação R$ 1.016,00 | Criação R$ 00,00 (Lei 10.512/2017)

Comissão da Corsan conclui trabalho em 30 dias

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

Resumo da novela

OBITUÁRIO WALLY IVONE STAGGEMEIER, 81, faleceu sexta-feira, 28. O sepultamento foi no Cemitério Evangélico do Florestal, em Lajeado.

ANTONIO NEINAS, 70, faleceu sexta-feira, 28. O sepultamento foi no Cemitério Católico de Bela Vista, em Arroio do Meio.

ZULMIRA BERGAMASCHI, 95, faleceu sexta-feira, 28. O sepultamento foi no Cemitério São Pedro, em Encantado.

PEDRO VALDEMIR MARTHINS, 56, faleceu sexta-feira, 28. O sepultamento foi no Cemitério Municipal de Roca Sales.

Império Preocupado com a tempestade, o piloto do helicóptero deixa Maria Marta sozinha no Monte. Maria Marta encontra o diamante rosa. José Alfredo tem um mau pressentimento. Orville e Jonas acertam os detalhes do leilão com as obras de Salvador. Em meio a uma forte chuva, Maria Marta vê um homem misterioso e desmaia. O homem misterioso

leva Maria Marta de volta para a caverna. Maria Marta descobre que o homem que a ajudou é filho de Sebastião Ferreira. Maurílio conta a história de seu pai para Maria Marta, que se surpreende ao ouvir o nome de José Alfredo. Ismael recupera o anel de Lorraine. Maria Marta constata que Maurílio tem direitos sobre a fortuna de José Alfredo.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Os objetos de Itu, em relação ao tamanho normal

As pessoas que Titânia, Oberon, Umbriel, Ariel, Francisco e Miranda (Astr.) demonstram seguEla, em rança e decisão nas Bruce (?), ator e mesinglês atitudes e palavras tre de artes marciais

Conto infantil Delegacia de Descoberta de (?): atende o Disque-Desaparecidos

Tarsila do Amaral, pintora

"Eu te (?)", declaração de apaixonados

Tratamento relaxante indicado à mulher que trabalha de salto alto

Inscrição em lápides

Seguir sem vacilar em busca de algo (?) de Cristo: o Santo Sudário

Pastilhas medicamentosas

Tecido A vogal brilhante do meio de vestidos de festa

(?) compacto, item da nécessaire feminina

"Mundial", na sigla OMS

Telúrio (símbolo) O Sargento Tainha, por seus hábitos alimentares (HQ)

Colônia de insetos como as saúvas

Déjà-(?), impressão de já ter visto algo

Senhor (abrev.)

Página (abrev.)

A Vida da Gente com seu discurso durante a ceia de Natal. Eva pede para Rodrigo ajudá-la a montar um quarto para Júlia em sua casa. Eva afirma a Iná que Ana conseguirá resgatar tudo o que perdeu, e que Manuela ficará sem nada.

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Solução

Conteúdo do colchão inflável s

"It Will (?)", sucesso de Bruno Mars

"(?) e Jacó", obra machadiana (Lit.)

Assume expressão de alegria

Máquina bélica que abatia muralhas (ant.)

Símbolo da marca registrada

Senhor (abrev.)

(símbolo) nto Tainha, s hábitos ares (HQ)

Página (abrev.)

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

"Eu te (?)", declaração de apaixonados Tarsila do Amaral, pintora

Tecido brilhante de vestidos de festa

Conto infantil Delegacia de Descoberta de (?): atende o Disque-Desaparecidos

© Revistas COQUETEL

briel, Ariel, da (Astr.) , ator e meses marciais

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

Solução

A M E D O S E P I R O R R O Q S A U R I A I N E H A T O R E S

21/03 a 20/04

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L I T E S D E U R A N O

21/03 a 20/04

Dispositivos de usinas nucleares

E R I M T I G U V U A L A S O S E I O R M E R B O E A T

21/03 a 20/04

Conteúdo do colchão inflável

I M P O R M T A S L E H A V O C A R

DAS DIRETAS

Palavra, em francês

R C O P F O R A C I O N A B I S

PEIXES: Você terá muita facilidade para atrair aliados e parceiros, o que deve favorecer bastante os seus projetos.

Converse com Deus

O P E S A T R A R A M E D O S E P I R O R R O Q S A U R I A I N E H A T O R E S

VIRGEM: Tudo indica que você vai contagiar o mundo com seu entusiasmo e sua alegria de viver. Una-se aos colegas e troque ideias.

AQUÁRIO: Fique atento(a), pois você pode descobrir boas maneiras de aumentar sua renda ou economizar uma graninha.

BANCO

"It Will (?)", sucesso de Bruno Mars

S A T E L I T E S D E U R A N O

LEÃO: Se você está sem emprego ou insatisfeito(a) com o emprego atual, pode ser uma boa época para correr atrás de outras possibilidades.

CAPRICÓRNIO: Será mais fácil negociar e agradar as pessoas e, com isso, você pode fechar negócios, fazer acordos.

Letra no uniforme do Superhomem

Assume expressão de alegria

A L D S E S E V E R I M T I G U V U A L A S O S E I O R M E R B O E A T

CÂNCER: Você vai sentir um desejo maior de viver uma relação séria e duradoura, e deve buscar alguém que realmente combine com você.

SAGITÁRIO: Grana pode vir do seu emprego, seja por fazer umas horas extras, aumentar a produtividade ou arranjar um segundo emprego.

Que pertence a ele Capacidade Marreca de Dumbo comum no Brasil (Cin.)

S C H E R I M P O R M T A S L E H A V O C A R

GÊMEOS: Será mais fácil abrir mão das velhas formas, repensar o jeito de fazer as tarefas de sempre ou mesmo buscar novas oportunidades

ESCORPIÃO: Júpiter no seu paraíso astral também dá um bom apoio ao aumentar o seu carisma e entusiasmo.

(?) de sódio: substitui o fermento em receitas

"(?) e Jacó", obra machadiana (Lit.)

D E S P R C O P F O R A C I O N A B I S

TOURO: Nos assuntos do coração, quem está livre vai querer alguém que tenha valores, ideias e projetos parecidos com os seus.

LIBRA: Quem está livre pode contar com uma mãozinha para conquistar alguém. Programas caseiros vão incendiar a intimidade.

Máquina bélica que abatia muralhas (ant.)

3/mot — rip — she. 4/r

ÁRIES: Na vida a dois, vão lutar juntos por um desejo ou sonho de consumo do casal e isso deve fortalecer ainda mais a parceria.

21/03 a 20/04

HORÓSCOPO

Juntado como par São; incólume Veículo produzido pelo estaleiro (?) saber: na seguinte ordem

Símbolo da marca registrada

3/mot — rip — she. 4/rain. 5/irerê. 6/guloso. 8/mortalha. 10/paradeiros.

Celina conta para Nanda que Lourenço é o pai de Tiago. Renato compra um anel para Alice, enquanto Cícero presenteia a filha com um carro. Aurélia aceita namorar Wilson. Marcos comove Sofia e Olívia

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

ROLA A BOLA

O BRASILEIRÃO VEM AÍ DIVULGAÇÃO

Maior competição do futebol nacional inicia neste fim de semana com três representantes gaúchos e filhos do Vale do Taquari em campo CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

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Campeonato Brasileiro da Série A inicia neste fim de semana.

Pela primeira vez desde 2007, o Rio Grande do Sul terá três representantes, uma vez que o Juventude conquistou o acesso na temporada passada e somou-se à Grêmio e Internacional. Mais do que isso, o estado busca o primeiro título em vinte e cinco anos.

O último representante gaúcho que sagrou-se campeão foi o Grêmio, na temporada 1996.

O título é um dos dois conquistados pelo Tricolor, junto de 1981.

Já o Inter busca o tetracampeonato nacional para acabar com a seca que dura desde 1979.

BRASILEIRÃO COMO PRIORIDADE Diferente das últimas temporadas, o Grêmio optou dar atenção total para o Campeonato Brasileiro. Depois de cinco temporadas, terá um técnico que não seja Renato Portaluppi na casamata. Campeão gaúcho e classificado às oitavas de final da Copa Sul-Americana, o time quer voltar a brilhar no cenário nacional.

DIVULGAÇÃO

AGENDA DO BRASILEIRÃO 1ª RODADA SÁBADO

19h - Cuiabá X Juventude Natural de Encantado, Ronei disputará o Brasileirão pela Chapecoense

Na primeira rodada, o Tricolor irá até Fortaleza, onde enfrenta o Ceará. Para o jogo, Tiago Nunes deve escalar a mesma base de time que comemorou o título sobre o Internacional na semana passada. A principal novidade pode ser a entrada de Kannemann, afastado de campo desde abril.

ATENÇÕES DIVIDIDAS COM A LIBERTADORES Diferente do maior rival, o Internacional terá de dividir as suas atenções principalmente com a Copa Libertadores. Até por isso, é importante o time ter uma boa arrancada, uma vez que a competição Sul-Americana retorna apenas na metade do mês de julho.

Já contestado pela torcida, Miguel Ángel Ramírez terá de provar no certame nacional que é o técnico certo para conduzir o Internacional às glórias. Em 2021, o Colorado chega à marca de 42 anos sem vencer o Campeonato Brasileiro. Para a partida de estreia, contra o Sport, no Beira-Rio, o time deve ter a dupla Thiago Galhardo e Yuri Alberto no ataque.

A INCÓGNITA JUVENTUDE Terceira força do estado no Brasileirão, o Juventude retorna ao primeiro nível do cenário nacional após 14 temporadas. Com pé no chão, o clube aposta na missão de permanecer na elite, mas sabendo que pode surpreender.

Como trunfo, acredita na força do Estádio Alfredo Jaconi.

FILHOS DO VALE NO BRASILEIRÃO O campeonato de 2021 manterá a tradição com personagens do Vale do Taquari na disputa. São pelo menos três jogadores e um auxiliar técnico com forte ligação à nossa região. De passagem pelo Lajeadense, o goleiro Fernando Miguel trocou o Vasco pelo Atlético-GO e permanecerá na elite do futebol nacional.

De Santa Catarina vem duas figuras. O zagueiro Laércio, também revelado pelo Lajeadense, e que na temporada passada defendeu as cores do Santos, está de casa nova. Ele joga na Chapecoense, mesma equipe que Ronei Gebing, natural de Encantado.

No Grêmio, Ruimar Kunzel é auxiliar do time de transição,

Laércio trocou o Santos pela Chape

CAMPEÕES NOS PONTOS CORRIDOS

20h - Bahia X Santos

2003 – CRUZEIRO 2004 – SANTOS 2005 – CORINTHIANS 2006 – SÃO PAULO 2007 – SÃO PAULO 2008 – SÃO PAULO 2009 – FLAMENGO 2010 – FLUMINENSE 2011 – CORINTHIANS 2012 – FLUMINENSE 2013 – CRUZEIRO 2014 – CRUZEIRO 2015 – CORINTHIANS 2016 – PALMEIRAS 2017 – CORINTHIANS 2018 – PALMEIRAS 2019 – FLAMENGO 2020 – FLAMENGO mas é figura cada vez mais frequente também na equipe principal. Natural de Marques de Souza, ele pode pintar na equipe de apoio que auxilia o técnico Tiago Nunes.

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21h - São Paulo x Fluminense

DOMINGO

11h - Atlético-MG x Fortaleza

16h - Flamengo x Palmeiras

16h - Ceará x Grêmio

18h15 - Corinthians x Atlético-GO

DIVULGAÇÃO

18h15 - Chapecoense x Bragantino

18h15 - Athletico x América

Com passagem pelo Lajeadense, Fernando Miguel está no Atlético-GO

Ruimar Kunzel é auxiliar técnico do time de transição do Grêmio

20h30 - Internacional x Sport

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

Douglas Costa será a grande estrela do Grêmio no Campeonato Brasileiro

PATINAÇÃO EBEL LUCAS U

CIA SOBRE RODAS REPRESENTA LAJEADO NO ESTADUAL DIVULGAÇÃO

ARENA - DOMINGO, 18H15MIN

ESCALAÇÃO

CEARÁ

GRÊMIO

Richard Gabriel Dias Messias Klaus Bruno Pacheco Charles Oliveira Lima Vina Yoni González Jael

Brenno Vanderson Geromel Ruan (Kannemann) Diogo Barbosa Thiago Santos Matheus Henrique Léo Pereira Darlan Léo Chú Ricardinho

Técnico: Guto Ferreira

Técnico: Tiago Nunes

Cia Sobre Rodas participa do Campeonato Estadual de Patinação Artística, em Venâncio Aires

Equipe de Lajeado está representada por 16 atletas na competição RICARDO DUARTE

Taison é o camisa 10 e capitão do Inter no Brasileirão

ESCALAÇÃO

BEIRA-RIO - DOMINGO, 20H30MIN

INTER

Marcelo Lomba Saravia Lucas Ribeiro Víctor Cuesta Moisés Dourado Edenilson Mauricio Taison Palacios (Yuri Alberto) Técnico: Thiago Galhardo Miguel Ángel Ramírez

SPORT

Técnico: Umberto Louzer

Maílson Patric Rafael Thiere Sabino Sander Zé Welison Marcão Neilton Thiago Neves Júnior Tavares Everaldo (André)

EZEQUIEL NEITZKE

ezequiel@jornalahora.inf.br

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Ginásio Poliesportivo de Venâncio Aires, no Parque Municipal do Chimarrão, está recebendo desde 25 de maio, o Campeonato Gaúcho e Torneios Estaduais de Patinação Artística 2021.

O evento que tem sequência neste fim de semana é o primeiro oficial da modalidade a ocorrer desde o início da pandemia, respeitando os proto-

colos sanitários e de segurança.

Representante do Vale do Taquari, a Cia Sobre Rodas está com 16 atletas participantes.

Desses, o destaque ficou para Aline de Carli Marmitt, campeã na categoria novatos até 9 anos.

Segundo a coordenadora do grupo, Jaqueline Nonnenmacher, neste fim de semana ocorrerão mais algumas provas individuais e também a do grupo Unity Small Group na disputa da competição por grupos.

“Está sendo muito bom participar do torneio, pois estamos fixando ainda mais o nome de Lajeado na modalidade.”

Jaque comenta que o Unity se apresenta no sábado. Já no domingo quem entrará nos palcos são Muriel da Silva e Júlia Brenner Colling.

RETORNO AOS TREINOS Jaque comenta que nesta semana o governo municipal autorizou o retorno das aulas presenciais. Com um grupo reduzido e respeitando todos os protocolos de saúde, os treinos ocorrem no Ginásio Nelson Brancher nas terças, quartas e quintas-feiras, sempre a partir das 16h.

Ela informa que os alunos interessados em praticar o esporte podem entrar em contato pelo telefone 981340520.

Atualmente a Cia trabalha com escolinha de base – iniciação, intermediário e avançados. Shows, equipe de competição e grupo competitivo de shows.

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

ARQUIVO A HORA

FUTSAL

ÚLTIMO AMISTOSO PREPARATÓRIO

DIVULGAÇÃO

Fãs da adrenalina podem acompanhar as corridas no Facebook pela página André Produções e Eventos

VELOTERRA

TRAVESSEIRO SEDIA FINAL DA SUMMER CUP

Etapa deve reunir cerca de 110 pilotos.

Devido aos protocolos de segurança contra a covid-19, será sem público e com transmissão pelas redes sociais FÁBIO KUHN fabio@jornalahora.inf.br

A

propriedade de Marcelo Both, em frente ao Recanto da Amizade de Travesseiro, recebe a etapa final da Summer Cup de Veloterra. O evento está programado para ocorrer a partir das 13h15min deste domingo.

Esta será a terceira etapa da Summer Cup. A competição de verão que inclui 22 categorias também passou

por Anta Gorda e São Leopoldo. As principais baterias são das motos importadas.

Conforme os organizadores, a final deverá reunir cerca de 110 pilotos. Em função dos protocolos da covid-19, o evento será sem a presença de público. Apenas dois acompanhantes dos pilotos poderão estar presencialmente no local, seguindo regras como o uso de máscaras e distanciamento.

Quem quiser acompanhar as corridas poderá fazê-lo pelas redes sociais. O evento será transmitido ao vivo na página do Facebook da André Produções e Eventos – organizador da programação ao lado da prefeitura de Travesseiro e com apoio da Federação Gaúcha de Motociclismo e Lancheria Recanto da Amizade.

A competição de corrida ocorre em uma pista construída nos últimos dias pelo governo municipal. Com cerca de 1,2 mil metros, é classificada como uma das “maiores e melhores

do estado”, afirma o organizador André Tramontini.

“Temos que agradecer o proprietário que cedeu o terreno e o governo de Travesseiro por todo o apoio nessa competição”, ressalta Tramontini. O evento de velocidade retorna ao município após cerca de 15 anos.

ABERTURA DO GAÚCHO CANCELADA Em função do crescimento dos casos da covid-19, a FGM cancelou a abertura do Campeonato Pro Tork Gaúcho de Velocross 2021. A etapa estava prevista para ocorrer nos dias 5 e 6 de junho, em Arroio do Meio.

Conforme a FGM, em breve uma nova data e local para a abertura deverá ser divulgada. Neste ano, a competição deverá ter quatro etapas regionais classificatórias e uma final, se estendendo até o mês de novembro.

Com a lesão de Dionizio, Natan (foto) será titular na partida

Alaf enfrenta o Santa Cruz Futsal no sábado, a partir das 17h EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Faltando uma semana para o início do Gauchão de Futsal, a Alaf realiza neste sábado o último jogo preparatório para a competição. A partida contra o Santa Cruz Futsal será no Ginásio Poliesportivo, em Santa Cruz do Sul, a partir das 17h.

Para o confronto, o técnico Edmilson Corrêa, o Bella, não contará com Dionizio, lesionado. O provável time titular deve ter Tiago, Natan, Kaká, Gui Fonseca e Cristiano Gaúcho.

O treinador comenta estar muito feliz com o desempenho dos atletas nesta pré-temporada. “Acredito que será um ano muito bom, achávamos que teríamos dificuldade para trabalhar, mas temos um comissão técnica muito boa. Estamos muito felizes com isso.”

CHÁ BENEFICENTE Para participar do torneio, a equipe está realizando um chá de bandeja para custear as despesas com o estadual. O lanche custa R$ 12 e será entregue na sexta-feira, dia 18 de junho. Interessados em adquirir podem entrar em contato pelo 99624-9430. A entrega será feita na Loja Lado Avesso, em Lajeado. As encomendas podem ser feitas até o dia 15 de junho e são limitadas em 1,5 mil bandejas.

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A HORA | Fim de semana, 29 e 30 de maio de 2021

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

ARDÊMIO HEINECK ARTIGO

E depois?

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grande desafio que enfrentamos ainda está em curso, mas lentamente percebemos que há luz no fim do túnel e que, em algum momento do futuro, sairemos disso tudo.

O trauma da tragédia vivida não deve ser esquecido – e para muitos nem terá como. Teremos enterrado mais de meio milhão de brasileiros, maior contagem em toda a história desta nação. Não esquecê-los nos permite

“(...) quem optar pelo “modelo antigo” estará se encaminhando para o fracasso. Ao futuro, então!“ não repetir erros que cometemos durante o evento.

Mas na medida em que o tempo levar toda essa tragédia para o passado, o que esperar? Não, as coisas não serão mais como antes. “Nada do que foi será”.

Mudanças ocorridas na compreensão das questões envolvendo saúde vão ficar. Os equipamentos e equipes treinadas vão ficar. Muitos leitos criados vão desaparecer, mas a forma de recriá-los num momento de emergência vai ficar. O olhar mais sério para com a logística na saúde deve ficar. A percepção que produtos estratégicos vão muito além do petróleo ficou clara na falta de máscaras e luvas descartáveis.

O álcool gel estará definitivamente incorporado e será universal.

Saindo da área da saúde, temos setores que precisarão se reinventar. O comércio eletrônico suplantou o comércio de rua. E o

quer fazer com estes últimos? E os imóveis que eles ocupavam e que agora estão vagos? Como reorganizar este setor e trazê-lo de volta ao desempenho pleno?

E o setor de serviços? Bastará abrir os estabelecimentos que tudo voltará a ser pleno? É provável que sim. Pela característica de sua atividade.

Mas...

E o ensino?

Há espaço para cursos completamente EAD? Aulas virtuais serão ferramentas do futuro?

Parece que sim. Pela comodidade e praticidade que proporcionam.

Mas superam aulas presenciais em qualidade? Não sei, não tenho condições de opinar. Mas vejo muita gente buscando nesta forma de ensino uma alternativa para novos tempos.

Acho que veremos muita discussão, ainda, a este respeito.

Mas talvez o aspecto mais interessante é o chamado HOME OFFICE, trabalho remoto que dispensa a ida ao escritório ou empresa.

Este conceito vejo como muito interessante, já que permite uma revisão no fluxo de pessoas nas grandes cidades, com seu trânsito sempre tão caótico, congestionado, que implica em gastos como combustível ou transporte, mas sobretudo, com desperdício de tempo.

Quantas pessoas existem que podem trabalhar a partir do seu domicílio e que, ao fazerem isto, não estarão lotando ônibus ou avenidas, nos horários de pico, mas que, mesmo assim, estariam sendo extremamente produtivas? Então, eu penso que, ao nos afastarmos desta tragédia que vivemos, um novo mundo surgirá, com novos caminhos e novas oportunidades.

Mas acho também que quem optar pelo “modelo antigo” estará se encaminhando para o fracasso.

Ao futuro, então!

ardemio@bewnet.com.br

ARTIGO

Empreendedorismo na prática

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oda a época tem suas inovações na área da administração. Nos anos de 1990 chega do Japão o Programa de Qualidade Total, revolucionando gestão e organização nas empresas e a vida dos nelas envolvidos. Surgem expressões como 5 S, desenho e retroalimentação de processos, lay out, nicho de mercado, feed back, gestão participativa, etc. Os efeitos jogam a gestão das nossas empresas na modernidade global.

Na sequência, aparece o empreendedorismo, ato de meter o peito e a cara para montar um novo negócio ou expandir o existente. Como sói acontecer, surgem diversos cursos e treinamentos, onde instrutores e painelistas trazem toda

“Semana passada a região teve um exemplo prático do mais puro empreendedorismo, quando o Grupo A Hora assume o controle do jornal Nova Geração, de Estrela.” uma teorização sobre o tema. Como se fosse apenas preencher fórmulas ou alimentar um software específico e pronto... lá está nosso empreendimento implementado, florescendo, bombando e gerando lucros.

Não é bem assim. Este é um campo delicado que envolve nuances que vão além do formulismo e da teorização. Claro que é imprescindível dominar e adotar conceitos e práticas modernos de gestão. Agora, na realidade há fatores extras que dão o caldo do sucesso. A sua enumeração e o peso de cada qual variam da análise de cada um. Particularmente destaco, como fundamentais, o “faro”, o senso de oportunidade, a capacidade de se adaptar rapidamente a novos cenários, não se acomodar, coragem e “confiar no seu taco”, valorização do material humano e boa gestão de crise.

Semana passada a Região teve um exemplo

prático do mais puro empreendedorismo, quando o Grupo A Hora assume o controle do jornal Nova Geração, de Estrela. Ocupo este espaço quinzenalmente e coincidiu que no fim de semana seguinte ao ocorrido, esta coluna era de outra autoria. Contudo, como economista aficionado do tema, da Região, do Estado e do Brasil, não poderia deixar de fazer esta abordagem, mesmo que, como notícia, já superada.

O Grupo nasceu de um ato de coragem e de transpiração de seu líder, Adair Weiss, há um tempo, quando, em Santa Clara, alguém lhe joga no colo um jornaleco chamado A Hora, dizendo-lhe, “te vira que tô partindo prá outra”.

Conheci o Adair na época. Era produtor de programa de rádio, de sucesso e poderia ter seguido ali, sem arriscar seu capital (por certo ínfimo, à época). Mas não.

“Farejou” uma oportunidade e, paralelamente à sua profissão desenvolve o jornal, chama seu irmão Fernando para ajudar e o consolida. Mas não parou. Há dez anos convida o jornalista Sandro, dos seus quadros, para tornar-se sócio.

Além de consolidar o seu negócio, oportuniza a jovens nele ingressarem. Ano passado incorpora a Rádio Sorriso e surge a Rádio A Hora. Não rivalizando com as demais daqui. Mas, fidelizando, cada vez mais, a audiência nos veículos do Vale do Taquari. E agora, demonstrando, na prática, que Estrela e Lajeado são um grande conglomerado urbano com interesses em comum, estabelece uma ponte definitiva entre ambas. Ao mesmo tempo, pereniza um jornal histórico como o Nova Geração e, novamente dá oportunidade à formação de novos empreendedores, na prática, ao convidar seu jornalista Rodrigo Martini para ser sócio na nova empreitada. Isto é “confiar no seu taco”, democratizar oportunidades e consolidar parcerias. Nesta linha e retribuindo à Região pelas oportunidades dadas, aliado ao Município de Estrela pretende formar, ali, um grande de museu da comunicação.

Há inúmeros cases de sucesso como o do Grupo A Hora. Apenas me fixei nele por conhecer toda a caminhada e, com esta alusão, homenagear todos os micros, pequenos, médios e grandes empreendedores privados, que botam sua cara a tapa diariamente para levar adiante a região, o estado e o país, num exemplo ímpar de brasilidade.

Fim de semana,

29 e 30 de maio de 2021

MAIOR COMPETIÇÃO DO PAÍS

VAI COMEÇAR O BRASILEIRÃO

Campeonato Brasileiro inicia neste fim de semana.

Maior competição do futebol brasileiro volta a ter três representantes do Rio Grande do Sul após 14 anos e conta com a participação de atletas e membros de comissão técnica ligados ao Vale do Taquari. Primeira rodada tem Cuiabá x Juventude, Ceará x Grêmio e Internacional x Sport.

MÍN: 12º MÁX: 21º

Sol com algumas nuvens. Não chove.