A Hora - 15/05/2021

A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021 | Ano 18 - Nº 2843 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,90

O SONHO DE UMA VIDA NÔMADE FÁBIO KUHN

Entre a liberdade e obstáculos diários, aventureiros contam a experiência de largar o conforto de um endereço fixo para viver na estrada Acordar todo dia em um destino diferente, explorar o mundo e experimentar culturas diversas. Conheça a história de ex-moradores do Vale que deixaram para trás a estabilidade e optaram por levar a vida sobre rodas.

Páginas 10 e 11

GRE-NAL 431

QUEM É QUE MANDA NO ESTADO? Estádio Beira-Rio recebe no domingo a primeira partida da final do Gauchão. Inter busca título após cinco anos.

Grêmio quer a quarta taça seguida.

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Lei goela abaixo Faltam argumentos mais claros sobre lei que afasta grávidas do trabalho.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Tamanho da APP É necessário mais debate sobre a redução de área de preservação.

FIM DAS BANDEIRAS

Estado garante mais autonomia para as regiões Governo modifica sistema de distanciamento e reduz protocolos A partir de domingo entra em vigor um novo formato de controle da pandemia no Rio Grande do Sul. O sistema terá três níveis de alertas. As análises serão diárias e, caso alguma região apresente

agravamento do cenário, o comitê de crise poderá interceder. De acordo com o governador Eduardo Leite, a nova estratégia é mais simples e proporcioPágina 6 na mais governança para os prefeitos.

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ABRE ASPAS

“A música é sobre cura e igualdade” RAMIRO BRITES

Dimitri Irion, 36, descobriu um câncer maligno no púbis há três anos. Ele prometeu que caso se curasse, gravaria um clipe com amigos músicos para celebrar a vitória contra a doença. O vídeo da canção “Se o céu é azul” tem mais de 300 mil visualizações no Youtube.

mesmos frutos, sem ninguém ser melhor do que ninguém. Tanto que no Ukulele das Américas, a gente sempre convida alguém para tocar, e quem quiser tocar, pode tocar junto conosco. É uma ideia diferente das bandas que se vê por aí.

Pode contar um pouco mais sobre o projeto?

O Ukulele das Américas era um canal do Youtube, em que só se falava sobre ukulele. Ensinava a afinar o instrumento. Falava de marcas, para iniciantes, para intermediários, falava de tudo sobre ukulele.

Enquanto eu tinha o canal publicava as coisas, mas aí descobri que estava doente. Eu prometi que se eu saísse dessa, eu ia chamar todos os meus amigos músicos e gravar um clipe. Fui lá para o interior, no bairro Carneiros, chamei todo mundo, gravei o clipe e repercutiu. Então, não ficou só um canal do Youtube.

Virou um projeto musical. É um revezamento de músicos. Ninguém é fixo, nem eu sou fixo. É quem puder, quando tiver um evento. É que o projeto surgiu no meio da pandemia, a gente não fez show ainda. Só live e fomos parar nas rádios, como A Hora e outras.

A música tem um poder terapêutico?

Uma pessoa que comentou no nosso canal respondeu que ajudou a se curar da covid. Claro, que covid passa, mas ajudou a se recuperar. Pessoas aqui de Lajeado já me falaram, que quando entram em depressão, olham o nosso clipe e ajuda a superar o dia. Então, acaba sendo terapêutico para depressão e para pessoas que estão doente.

Acho que aumenta a adrenalina, o arrepio que o clipe proporciona e acabam melhorando. Não sei se

Como você conheceu o instrumento?

O ukulele eu conheci em um show do Paul McCartney. Eu achei que era cavaquinho e fui pesquisar, era ukulele. Quando o Paul McCartney veio tocar aqui, em 2010, não tinha ukulele no Brasil. Agora tem, em tudo que é lugar. Aí eu fui viajar para Londres, com a minha irmã.

E vi ukulele para vender por três libras. Eu comprei meu primeiro ukulele, que não tenho mais hoje.

Gostei, e comecei a comprar uns melhores porque tomei gosto.

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

Como foi o processo de composição de “Se o céu é azul”?

Eu já tinha iniciado a música um pouco antes de descobrir que eu tinha um câncer. Eu tinha homenageado um casal de amigos meus que iriam casar. Então era “Se o céu é azul, todos somos um”, uma espécie de junção entre os dois.

Quando eu me dei conta, era uma música perfeita para gravar um clipe de cumprimento de promessas. Então, “Se o céu é azul, todos somos um” não é mais o casamento entre duas pessoas, mas sim a junção de vários amigos, para gravar. Um projeto musical que vai chamar atenção de todos e todo mundo vai colher os frutos. Por isso, “todos somos um”. É a ideia de igualdade, né? Se todo mundo tá feliz, todo mundo pode colher os

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

curando, mas se sentindo melhor para se encaminhar para cura.

Essa é a essência de “Se o céu é azul” e o clipe. Por isso que está todo mundo de branco no clipe, para representar a cura. A música é sobre cura e igualdade.

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EDITORIAL

Distante das escolas

E

scolas estaduais do Vale sofrem com a lentidão do poder público em solucionar entraves simples. Após meses de aulas estritamente remotas devido à pandemia, o impasse que proibia o retorno à sala de aula enfim se dissolveu, mas instituições de ensino importantes da região seguem impedidas de receber estudantes.

Na semana passada, foi destaque na imprensa regional a situação da escola Fernandes Vieira, de Lajeado. Problemas ainda decorrentes da enchente de julho de 2020 impossibilitam que quatro turmas tenham aulas presenciais. Já prejudicada por uma infestação de cupins, o assoalho de seis salas sofreu danos significativos na cheia histórica e, até hoje, os problemas não foram reparados.

Trata-se de um desrespeito com as comunidades escolares, que há meses aguardam pela permissão de retorno ao ambiente de ensino” É inconcebível que, durante esse tempo todo, não foi possível efetuar o conserto das áreas atingidas. No entanto, outra situação revelada nesta semana reforça a enorme dificuldade do Estado em garantir o funcionamento de um dos setores mais relevantes da sociedade. Outras nove escolas do Vale seguem sem aulas presenciais por falta de funcionários. É o caso de instituições em Lajeado, Arroio do Meio, Progresso, Forquetinha, Marques de Souza, Cruzeiro do Sul e Putinga. Sem merendeiras ou faxineiras, as direções escolares comunicam às famílias a impossibilidade de levar os estudantes ao colégio.

Sabe-se da lentidão costumeira da máquina pública, mas estes são casos que fogem da normalidade, especialmente por se tratar de espaços educacionais. Trata-se de um desrespeito com as comunidades escolares, que há meses aguardam pela permissão de retorno ao ambiente de ensino.

O fato é que o serviço público avança em um compasso próprio, muito aquém das necessidades da sociedade. A suspensão das atividades por falta de servidores é apenas um exemplo dessa letargia estatal. E não se trata de uma deficiência exclusiva da atual gestão de governo.

Mais do que nunca, é preciso avançar na revisão e modernização dos processos burocráticos, de modo a gerar mais agilidade e eficiência ao Estado na implementação de serviços e soluções para a sociedade. Claro, sempre visando a transparência e a segurança com o uso da verba pública.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

As gestantes e a lei “goela abaixo”

A

lei sancionada esta semana, que exige afastamento de grávidas do trabalho presencial é daquelas normas “enfiadas goela abaixo”. Não é unanimidade nem mesmo entre as gestantes.

Aqui ninguém está defendendo a exposição de grávidas ao risco. Pelo contrário, desde o início percebem-se movimentos coerentes e amparados no bom senso, de empresas afastando do trabalho presencial para o homeoffice as gestantes. Mas essa nova determinação, que elimina qualquer margem para negocia-

ção e analise individual de cada caso, é atemporal e perversa.

E digo mais, é um grande precedente capaz de iniciar um processo discriminatório contra grávidas que desejam acessar o mercado de trabalho. Lamentavelmente, pelo teor raso da lei, parece que ser grávida é doença.

E como ficam as domésticas, as comerciárias, as policiais, as enfermeiras, as manicures, as cabeleireiras? Como cumprirão suas atividades de casa? Será que ouviram elas se estão dispostas a concluir a gravidez em casa?

Além do conteúdo genérico

que sustenta a lei, tem o tempo.

Um ano e dois meses. Este é o tempo que vivemos em pandemia. Só agora ficou perigoso para as grávidas trabalharem?

Ok, as conclusões acerca dos impactos da covid-19 são cada vez mais completas e temos mais informações em maio de 2021 do que um ano atrás. Mesmo assim, faltam argumentos mais claros e evidentes para a lei imposta.

Com todo respeito, em outras épocas Jair Bolsonaro vetava esse tipo de aberração jurídicotrabalhista. Nem ele se opôs dessa vez.

Mais debate é necessário A diminuição da margem da Área de Preservação Permanente APP, solicitada por seis prefeitos de cidades lindeiras ao Rio Taquari, precisa ser mais debatida e analisada. Nos microfones da Rádio A Hora, ouvimos várias opiniões ao longo da semana, seja de empresários, gestores públicos, ambientalistas, sociedade. A conclusão é certeira: o debate é relevante e necessário.

Há boas razões de todo o lado e usar tudo isso para cons-

truir um entendimento diferente do que temos hoje, pode ser o grande resultado dessa soma de opiniões.

A questão ambiental não pode travar a economia, e nem a economia pode suplantar a questão ambiental. As duas áreas precisam e devem caminham em sintonia e equilíbrio. Muito por isso, percebe-se que o debate em torno da redução da APP não está suficientemente encaminhado.

CPI DO “VAGABUNDO” E O CIRCO MONTADO Os depoimentos que se extraem da CPI da Covid em Brasília estampam as manchetes dos jornais e portais todos os dias. Por mais que eu me esforce, não consigo levar a sério uma CPI comandada por Renan Calheiros, velha raposa da política nacional. Ele é o retrato do pior que existe dentro do sistema enraizado em Brasília. Mesmo com mais de uma dezena de processos – das mais diferentes razoes e motivações – Calheiros comanda a famigerada CPI que busca falcatruas ou desvios que tenham ocorrido durante a pandemia.

Num país sério, agentes públicos não se chamariam de vagabundos e tudo ficaria por isso mesmo. Pois Renan Calheiros foi chamado de “vagabundo” para baixo esta semana e mal

reagiu de A lona continua bem esticada sobre Brasília e tem gente brincando de mágico para ser levado a sério. Essa CPI é podre, desde que foi ordenada a ser implantada pelo STF. Ah, antes que me julguem, não estou dizendo que Bolsonaro e Cia são santos. Porque não são.

FUNDO DO POÇO. Renan Calheiros pede prisão de Fábio Wajngarten, estampa manchete da revista Exame dessa semana. Faltam adjetivos para classificar este fato.

Alguém que deveria estar – como tantos outros – na prisão, ordena a prisão de outro. Apertem os cintos.

Estrela 145 anos

Uma extensa programação está montada para a próxima semana, alusiva aos 145 anos de Estrela. Mãe de muitas cidades do Vale do Taquari, destaca entre outras coisas, a inauguração de um memorial público. Uma espécie de museu que abriga a história e a cultura do município. E o grupo A Hora também prepara novidades especiais, que serão anunciadas na próxima quinta-feira. Vem coisa boa por aí. Aguardem.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

É PRECISO DEBATER!

Vacina aos professores Defesa Civil O governo de Lajeado acerta ao priorizar, também, o grupo de professores na campanha de vacinação contra a covid-19. E acerta ainda mais ao priorizar o grupo com comorbidades, claro. Mas é preciso relembrar que uma proposta semelhante já tramitava no plenário da Câmara. No dia seis de abril, os vereadores Sérgio Kniphoff (PT) e Carlos Ranzi (MDB) protocolaram um projeto de lei para incluir professores e servidores das escolas públicas e privadas no grupo de prioritários.

Pingos nos Is

O Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RS) disparou contra o relator da CPI, o famigerado Senador Renan Calheiros (MDB), condenado em primeira instância por “enriquecimento ilícito” e “vantagem patrimonial indevida” em 2017. Ao mencionar o fato de Renan ter defendido a prisão de Fabio Wajngartem, ex-secretário de Comunicação da Presidência, Flávio provocou: "Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros.”

A

mudança na Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Taquari carece de um debate maior. A tentativa de reduzir de 100 metros para 30 metros em áreas rurais e, ainda, de estabelecer em 15 metros o limite mínimo de mata ciliar nas áreas urbanas precisa ser melhor discutida entre diversos atores e apreciadores do nosso manancial. Uma decisão cujo impacto vai ultrapassar a nossa própria geração não pode ser tomada de supetão e de forma unilateral pelos prefeitos de Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Colinas, Arroio do Meio e Bom Retiro do Sul. É preciso debater com maior intensidade as eventuais mudanças. Mas

sem muito romantismo.

Não faltam atores e entidades públicas e privadas interessadas no tema. O Comitê da Bacia Hidrográfica, as prefeituras, os acadêmicos e mestres da Univates, os ambientalistas, os investidores e os mais diversos órgãos fiscalizadores precisam participar deste debate. O limite de 100 metros é previsto em lei desde 1965, mas a origem histórica desta metragem em específico é uma incógnita para muitos estudiosos da área. Além disso, as metragens são regras engessadas em todo o país, desconsiderando os mais diferentes biomas existentes pelo Brasil afora. São regras que vêm de cima para baixo. Logo, são passíveis de debate e questionamentos.

Plano democrático

O governo de Lajeado, por meio da Secretaria da Fazenda, convoca a sociedade para participar da elaboração do Plano Plurianual de 2022 a 2025. Por ora, a participação poderá ser feita por meio do preenchimento de um questionário online, no qual é possível apresentar sugestões e opinar sobre prioridades de investimentos para os próximos anos. O link está no site da prefeitura municipal.

Whatsapp clonado

O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP), teve o seu Whatsapp clonado na tarde dessa sextafeira. Os criminosos encaminharam mensagens aos contatos do gestor para solicitar repasses financeiros. Um golpe conhecido e que vem se tornando absurdamente rotineiro na sociedade.

Pré-candidatos Nesta sexta-feira, durante reunião do Democratas (DEM) em Porto Alegre, um encontro entre três pré-candidatos para 2022: Policial Diego de Castro, pré-candidato a Deputado Estadual; Felipe Diehl, pré-candidato a Deputado Federal; e Ônix Lorenzoni, pré-candidato ao Governo do Estado do RS.

ASFALTO

Na quinta-feira, uma reunião virtual entre representantes dos poderes Executivo e Legislativo de Arroio do Meio e Travesseiro com os secretários de

(e aquática)

A Secretaria de Segurança Pública de Lajeado anuncia o Curso Especial para Tripulação de Embarcações. Com uma carga de quatro horas, o treinamento será ministrado para 31 alunos que integram o Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Defesa Civil e Departamento de Trânsito de Lajeado, Santa Cruz do Sul, Encantado, Estrela e Arroio do Meio. O encontro ocorre na próxima segundafeira. E um dos principais objetivos é aperfeiçoar as medidas de contingência em tempos de enchentes.

Braço-direito

O secretário de Administração de Arroio do Meio, Áureo Scherer, tem se destacado como um braço-direito do prefeito Danilo Bruxel (PP). Há quem diga que ele poderá ser o candidato a vice-prefeito em uma eventual tentativa de reeleição por parte do Progressista.

Cristo Protetor Desenvolvimento Econômico do RS, Edson Brum, e de Transporte e Logística, Juvir Costela, debateu sobre o asfaltamento de um trecho de seis quilômetros entre os municípios. A ideia é incluir a obra na programação do Estado.

O governo de Encantado firmou convênio com uma empresa para efetivar um estudo de impacto ambiental no entorno do Cristo Protetor.

Para tal, estão proibidas intervenções de grande porte pelos próximos seis meses.

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NOVO MODELO

Sistema de alertas e mais autonomia para os prefeitos DIVULGAÇÃO

DETALHES DO SISTEMA

O sistema monitora dados epidemiológicos e de acompanhamento da ocupação hospitalar. O objetivo é subsidiar a tomada de decisões dos gestores públicos das regiões gaúchas. Alguns preceitos do formato: • Ampliar o diálogo com os gestores municipais; • O formato mantém critérios sanitários, sob novas evidências científicas; • Aumentar a participação das 21 regiões Covid-19 e dos municípios na definição dos protocolos das atividades; • Simplificar o monitoramento e os protocolos;

A A A

• Agir conjuntamente;

OS TRÊS “AS” O acompanhamento da pandemia pode levar ao acionamento de três tipos de instrumentos de governança entre Estado e regiões:

AVISO

• O comitê de Saúde do Estado emite um aviso para a região quando detecta situações como: redução no ritmo de vacinação, apresentação instável de dados ou tendência de avanço da doença.

• Quando recebe um aviso, a região deverá redobrar sua atenção para o quadro da pandemia, sendo opcional adotar novas medidas.

ALERTA

• Quando os técnicos detectam algo grave, o Grupo de Trabalho (GT) Saúde informa o Gabinete de Crise do Estado e da região sobre a orientação de um comunicado de alerta.

• Caso o Estado decide não emitir o alerta, a região segue em monitoramento até a próxima reunião do GT Saúde. Se o Gabinete de Crise emite o alerta, parte-se para a necessidade de ação.

AÇÃO

• Emitido o alerta, a região terá 48 horas para responder sobre o quadro regional da pandemia e apresentar um plano de ação a ser adotado (protocolos, fiscalizações, etc.).

• Se Gabinete de Crise considerar adequada a resposta da região, a proposta é aplicada e divulgada nas plataformas oficiais do município.

• Se o Gabinete de Crise não considerar adequada a resposta, o Governo Estadual poderá estipular ações adicionais a serem seguidas na região em situação de alerta.

MONITORAMENTO

Distanciamento controlado não terá mais bandeiras de risco. Análises dos dados do comitê técnico do Piratini serão diárias, a partir do sistema dos três “As”. Caso uma região apresente tendência de evolução da pandemia, decisão por medidas mais restritivas será feita em conjunto com o Estado FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESTADO

O

novo modelo para enfrentar a pandemia foi apresentado pelo governador Eduardo Leite na tarde dessa sexta-feira. Ao invés dos cálculos feitos a partir de 11 critérios

para definição da bandeira de risco, o Piratini lança um sistema de gestão compartilhada, em que a tomada de decisão serão feita por cada uma das 21 regiões gaúchas.

A proposta desta estratégia foi debatida com prefeitos, deputados, especialistas em saúde, em análise de dados e representantes de setores econômicos do RS, afirma o governador. Conforme Leite, o

Para o governador, sistema é mais simples e proporciona autonomia às regiões

objetivo é tornar mais simples a análise dos indicadores da pandemia, ao mesmo tempo em que garante mais autonomia para os prefeitos sobre a adoção de protocolos mais ou menos restritivos.

O decreto que oficializa as mudanças será entregue aos prefeitos nos sábado e entra em vigor no domingo. Por parte do Estado, caberá fiscalizar o cumprimento de regras gerais.

Por meio dos três “As” (Aviso, Alerta, Ação), os dados de cada região serão acompanhados todos os dias.

Em caso de agravamento da pandemia, o Estado poderá interferir caso a resposta de ação da localidade apontada pelo alerta seja considerada insuficiente pelo quadro técnico, diz o governador. “Vamos buscar

• A equipe técnica do Estado, representada pelo GT Saúde e do Comitê de Dados, analisará o quadro da pandemia todos os dias; • Os indicadores acompanhados não serão pré-fixados, o que permite ampliar a gama de informações, para identificar novas tendências de crescimento • A velocidade da propagação e a capacidade de atendimento seguem sendo eixos importantes no acompanhamento da evolução da pandemia; • Os boletins diários estarão disponíveis no portal sistema3as.rs.gov.br;

a articulação consensual. Mas, caso não haja entendimento, o Estado pode tomar providências com intervenções localizadas em função de algum quadro grave”, destacou durante transmissão na tarde de ontem.

Entre os processos simplificados, o Piratini reduziu também o total de protocolos por setor econômico. No modelo anterior, eram 143 atividades.

Agora, serão 42. A organização será por meio de grupos de serviços, conforme o grau de risco de contágio.

Os critérios determinados também poderão ser revistos pelas regiões. Para mudanças, basta aprovação de dois terços dos prefeitos. Dentro dessas flexibilizações, podem constar regras de ocupação em bares e restaurantes.

Três regiões com avisos A situação atual da pandemia segue com tendência de queda na maioria das localidades gaúchas. Ainda assim, há três regiões com situações preocupantes, afirma o governador. Em Santo Ângelo, Ijuí e Cachoeira do Sul, a ocupação hospitalar, o aumento na incidência de novos casos por grupo de 100 mil habitantes e também no número de óbitos.

No Vale do Taquari, pelos dados mais atuais, a ocupação dos leitos de UTI está em 83,1%. Do total de 65 leitos, 59 estão ocupados. Destes, 33 são por covid-19. No Estado, o índice de uso dos leitos com pacientes graves é de 77,8%.

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DIVULGAÇÃO

REDE ESTADUAL

Falta de funcionários impede aulas presenciais em nove escolas do Vale BIANCA MALLMANN

Sem serventes de limpeza ou merendeiras, colégios estaduais de sete municípios estão com atividades presenciais suspensas.

Coordenadoria Regional de Educação promete soluções para a retomada plena nos próximos dias

• Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo, de Lajeado: falta de servente de limpeza (contratação autorizada, deve iniciar na próxima semana)

• EEEM de Forquetinha, de Forquetinha: falta de merendeira (empresa terceirizada atenderá)

VALE DO TAQUARI

Enquanto aulas presenciais não retornam, professores utilizam estrutura do colégio para encontros virtuais com os estudantes

volta às aulas presenciais na rede estadual de educação estava prevista para ocorrer nos dias 5 e 7 de maio para o ensino fundamental e no dia 10 de maio para o ensino médio. Mas até o final desta semana, algumas escolas ainda não puderam receber seus alunos por falta de funcionários. No Vale do Taquari, nove escolas aguardam a contratação ou o retorno por afastamento médico de merendeiras e serventes de limpeza para terem condições de oferecer um ambiente seguro aos alunos.

Um dos casos é o da Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo, de Lajeado.

Desde o dia 19 de março do ano passado, os cerca de 780 alunos matriculados não têm aulas presenciais. Neste momento, o motivo é a falta de funcionários para a limpeza e higienização dos espaços.

Conforme a diretora Silvana

Battisti, o ideal seria o colégio receber duas faxineiras para dar conta de toda a estrutura do colégio, tanto dos prédios, quanto da área externa. Porém a contratação de uma colaboradora para o turno da noite já possibilita o retorno das aulas.

De acordo com a 3ª Coordenadoria Regional de Educação, a contratação deste colaborador para a limpeza está autorizada.

Uma pessoa iria assumir a vaga, mas desistiu na tarde de ontem, 14. Por isso, a 3ª CRE iniciou os trâmites legais para o chamamento da próxima pessoa na lista de candidatos. Se esta aceitar, deve iniciar os trabalhos na próxima semana.

“Não podemos permitir o retorno das aulas presenciais sem garantir a segurança para os alunos. Sabemos das expectativas de todos com esse retorno. Mas não podemos deixar de lado o cumprimento dos protocolos sanitários”, explica Cássia Benini,

A

Raul Wolf foi morto em 2019, na cidade de Marabá, no Pará

Polícia prende suspeito por morte de empresário de Teutônia VALE DO TAQUARI

• EEEF Carlos Fett Filho, de Lajeado: falta de servente de limpeza (servidora afastada por sintomas de Covid-19, retorna dia 20)

BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

AS ESCOLAS AFETADAS:

coordenadora da 3ª CRE.

Serviço terceirizado Em outros municípios a mesma situação se repete. Escolas de Forquetinha, Arroio do Meio, Marques de Souza, Progresso, Putinga e Cruzeiro do Sul também aguardam a contratação de servidores para possibilitar a retomada das aulas presenciais com segurança para alunos e também professores.

De acordo com a coordenadora Cássia Benini, as vagas dessas escolas serão atendidas por uma empresa terceirizada. Um processo seletivo emergencial ocorreu no início do ano. Porém não houve pessoas inscritas para os municípios e funções em falta.

“Uma licitação está sendo concluída pela Secretaria Estadual. Esperamos que até os próximos dias isso também esteja resolvido. Queremos dar boas notícias para as nossas escolas”, diz Cássia.

• EEEM Guararapes, de Arroio do Meio: falta de servente de limpeza e merendeira (empresa terceirizada atenderá) • EEEF Itaipava Ramos, de Cruzeiro do Sul: falta de servente de limpeza (empresa terceirizada atenderá) • EEEF Afonso Mathias Ferrari, de Progresso: falta de merendeira (empresa terceirizada atenderá) • EEEF Jose Pretto, de Progresso: falta de merendeira (empresa terceirizada atenderá) • EEEF Frei Antônio, de Marques de Souza: falta de merendeira (empresa terceirizada atenderá) • EEEF Demétrio Berté, de Putinga: falta de servente de limpeza (empresa terceirizada atenderá)

A Polícia Civil, do estado do Pará, efetuou na manhã dessa sexta-feira, 14, a prisão temporária de sócio e suspeito de orquestrar a morte do empresário Raul Wolf, natural de Teutônia.

O crime ocorreu na manhã do dia 10 de novembro de 2019, quando retornava ao hotel, na cidade de Marabá.

A vítima, na época com 48 anos, estava na região para negócios. Wolf foi executado com tiros na nuca. Conforme relatos à polícia, dois homens teriam se aproximado em uma motocicleta, efetuando os disparos.

O delegado responsável pelas investigações, Toni Rinaldo de Vargas, relata tratar-se de um caso de extrema complexidade com diversos envolvidos no crime, em tese, motivado por ambições empresariais entre sócios da empresa no ramo de britagem.

“Foram apreendidos celulares, notebooks, drive externos, documentos diversos, além de arma municiada”, relata o delegado. A prisão ocorreu no município de Tucumã, distante cerca de 450 quilômetros de Marabá, local do crime. As investigações prosseguem pelo prazo de 30 dias com possibilidade de prorrogar por igual período.

Ainda conforme o delegado, a falta de peritos criminais motiva a demora nas apurações do caso. “O laudo do IML ficou pronto somente um ano após a morte da vítima”, comenta. Além dos investigados aqui no estado do Pará, também há suspeitos de envolvimento na morte do empresário no Rio Grande do Sul”, acrescenta Vargas.

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LIBERDADE SO

Vantagens e desafio

Viajantes deixam o endereço fixo e estabilidade para viver de forma nô BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

nascer do sol pode ser visto de diferentes lugares por William Spessatto e Maya Jurisic. Isso porque, em 2018, o casal comprou um motorhome e decidiu “pegar” a estrada. Ele de Nova Bréscia e ela da Croácia, encontraram na Itália o lugar para iniciar esse sonho, e há três anos fazem parte dos diversos viajantes que escolheram trocar o conforto e a estabilidade de um endereço fixo para viver de forma nômade e conhecer diversos lugares pelo mundo.

William, o “Ika”, e Maya demoraram a se acostumar com a vida na estrada. Afinal, viver em uma casa ambulante tem seus desafios. Entre eles, o acesso a internet, necessário para o trabalho de forma online, e encontrar locais para estacionar o motorhome nas grandes cidades, além do risco de assalto.

Muitos lugares também não possuem água para abastecer o carro ou local adequado para despejar a água

suja. Mesmo assim, para eles, as dificuldades são poucas perto dos benefícios dessa vida nômade que compartilham no perfil @viverdemundo.

“Se pudesse colocar em uma palavra essa experiência, seria liberdade. Acordar em um lugar diferente todos os dias, conhecer a diversidade, as culturas, é uma vida que te deixa feliz por simplesmente acordar”, acredita Ika. Desde que iniciaram a aventura, tinham um plano de visitar 100 países em cinco anos. Até agora, entre os lugares que conheceram, estão Itália, San Marino, Suíça, Liechesteinsten, Áustria, Eslováquia, República Tcheca, Polônia, e outros mais de 30 países.

O próximo destino nos planos do casal era o norte da Ásia, passando pelos países da antiga União Soviética até a Mongólia, viagem adiada com a pandemia. Hoje o motorhome está estacionado em uma casa alugada no sul da Itália, e o casal espera o primeiro filho. Assim que as fronteiras abrirem, a ideia é voltar à estrada e levar o pequeno com eles por mais algum tempo.

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Em Taquari, Rodrigo possui uma oficina que transforma veículos em motorhomes

TAQUARI

ITÁLIA

NOVA BRÉSCIA

Ika e Maya compraram um motorhome e viajam pela Europa e região desde 2018

Uma oficina de motorhome Para viabilizar o sonho dos viajantes, uma oficina em Taquari transforma ônibus, vans e outros automóveis em motorhomes.

Nas garagens da Popó Home, Rodrigo Saldanha tem nove veículos em produção.

“A gente compra o automóvel ou o cliente larga aqui. Na maioria das vezes é comprado ônibus rodoviário que transita com passageiros, então a gente arranca tudo o que tiver, os bancos, assoalhos, lataria, modificamos os fa-

róis, para então começar a transformação”, explica Rodrigo.

Desde 2012 na profissão, o taquariense estima que já fez mais de 40 motorhomes e adaptações como os baús dos caminhões.

O trabalho dele não é divulgado nas redes sociais, mas a própria clientela indica a oficina para outros viajantes.

Durante a pandemia, a procura pelos serviços de Rodrigo tem aumentado, mas principalmente para o comércio, já que o custo da trans-

formação é mais barato. Segundo ele, um ônibus, por exemplo, custa, em média, 50 mil reais, e a montagem custa cerca de 120 mil. Com a colocação dos ítens necessários, como cama, cozinha e banheiro, cada veículo leva entre três e quatro meses para ser finalizado.

Mas nenhuma produção é igual a outra. O trabalho exige criatividade para atender o desejo dos clientes que são variados. Muitos deles querem o motorhome para rodeios e levam as famílias. Ou-

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SOBRE RODAS

os da vida na estrada

ômade e conhecer diversos lugares do mundo em carro ou motorhome FÁBIO KUHN

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Cada dia um quintal diferente Clineu era motorista de caminhão e viajava pelas estradas nacionais há anos. Foi nessas andanças que conheceu a esposa Marinês. Formanda em arquitetura, ela acompanhava o marido nas viagens e se encantou pelos caminhos que percorreram.

“A estrada é libertadora. Tu tem a possibilidade de cada dia vivenciar uma experiência diferente. Conhecer pessoas de várias etnias, com outras culturas. Isso sempre nos encantou”, conta Marinês.

Acostumados com a vida na estrada, a vontade de deixar o apartamento alugado para viver em um motorhome era um sonho que eles passaram a compartilhar e que foi reforçado com a pandemia.

Da aquisição do veículo à transformação em motorhome, o processo levou cerca de quatro meses e teve um investimento de 150 mil reais. No interior, foi colocado um quarto, ar condicionado, cama de casal, TV, armários aéreos, ba-

O casal Clineu e Marinês deixou o apartamento e doou os pertences para viver na estrada

TAQUARI

SÃO LOURENÇO DO SUL

SANTA VITÓRIA DO PALMAR

nheiro com chuveiro a gás e água quente. Na cozinha, um frigobar, microondas, forno elétrico e tomadas para os eletrodomésticos. Toda a iluminação é feita com led.

O veículo também tem sofá e um espaço para os dois gatos que se mudaram com o casal. Na área externa, é possível montar uma pequena varanda, com um fogão,

mesa portátil e cadeiras, onde o casal costuma tomar café da manhã e assistir ao nascer no sol. É tudo reduzido na “nova casa” e mesmo as louças ocupam o menor espaço possível. Hoje o casal não possui um endereço fixo, e quando precisam receber correspondências ou encomendas da internet, utilizam o endereço da família e amigos.

A primeira saída com o motorhome, chamado Casa M e Silva, foi para São Lourenço do Sul. Hoje estão no extremo sul do estado, em Santa Vitória do Palmar. O próximo destino nos planos do casal é o Uruguai e Argentina, antes de subir para o nordeste.

“Não temos um período específico para viver dessa forma. O tempo vai nos dizer”, afirma Marinês.

De carro pelas estradas do país

tros fazem disso um negócio e revendem depois da transformação de Rodrigo. Para outros, ainda, o motorhome é realmente a nova casa, e o espaço interno do veículo é adaptado para abrigar tudo o que é necessário para se tornar um lar.

Entre os clientes da oficina, está o casal Marinês e Clineu da Silva que, natural de São Lourenço do Sul, encontrou em Taquari, além de uma família, o que precisava para realizar o sonho de viver na estrada.

Muitos viajantes optam por pegar o próprio carro para percorrer o país ou atravessar as fronteiras. Entre eles, o morador de Lajeado Felipe Manfroi, que passou sete meses na estrada com o Honda FIT 2013. O carro, espaçoso e econômico é carinhosamente apelidado de Roy, em homenagem ao Fitz Roy, uma famosa montanha na Patagônia Argentina.

Além de fotógrafo de casamento, Manfroi é sócio em uma empresa de viagens, duas áreas muito afetadas pela pandemia. Trancado no apartamento, ele queria estar na natureza e decidiu sair em busca de novos destinos nacionais para a empresa.

Desde que saiu de Lajeado, rodou por dez estados brasileiros, e passou pela região dos cânions gaúchos e catarinenses, Chapadas dos Veadeiros (GO) e Diamantina (BA). Também andou por quase todo o litoral da Bahia até São Paulo.

“Com o agravamento da segun-

FOTO ARQUIVO PESSOAL

De carro, Felipe Manfroi percorreu dez estados brasileiros em sete meses

da onda da Covid, optei por voltar para casa. Pretendo ficar dois ou três meses pela região. Se as fronteiras abrirem, vou para o Chile ou Argentina, caso contrário, subirei para o norte do Brasil, novamente de carro”, conta o viajante.

Manfroi deitou os bancos do veículo e uma chapa de madeira foi colocada para nivelar o espaço. Em cima fica o colchão e é ali que ele passa as noites durante a viagem. O carro também leva o fogareiro, mesa e chuveiro portátil, saco de dormir, alguns leds e outros equipamentos.

A falta de uma geladeira, banheiro, energia elétrica e local fechado para banho são os pontos negativos ao viajar de carro. Mas campings e postos de combustíveis podem resolver o problema.

Por outro lado, os benefícios são incontáveis. “Pude dormir de frente para o mar, na beira de cachoeiras,

no alto de montanhas, no meio do mato. Antes, eu acumulava muito mais do que precisava e morando em um carro, aprendi que preciso de poucas coisas para viver bem e feliz. Mas é importante realizar viagens menores antes de embarcar em um grande projeto”, acredita.

BAHIA GOIÁS SÃO PAULO

LAJEADO

ENTRE OUTROS...

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A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021 DIVULGAÇÃO

Materiais arrecadados serão doados para as famílias dos alunos da escola

Drive-thru arrecada alimentos e materiais no Castelinho Ação ocorre no sábado das 8h às 12h em frente à instituição BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

C

om o objetivo de atender as famílias em situação de vulnerabilidade social, a Escola Estadual Castelo Branco, o Castelinho, realiza um drive-thru solidário no sábado, das 8h às 12h em frente à instituição.

Alimentos não perecíveis, materiais de limpeza, computadores, celulares e roupas em boas condições de uso serão algumas das arrecadações feitas pela equipe no dia, sem que seja necessário desembarcar do

carro. A destinação será para as famílias dos alunos da escola, principalmente em razão da pandemia.

“Após uma prévia seleção, a entrega dos materiais será feita de acordo com as necessidades dos nossos alunos, para quem todas as nossas doações serão revertidas”, ressalta a orientadora educacional e coordenadora pedagógica da escola, Jurema Ferreira de Oliveira.

A ação ocorre por meio do Projeto CRE- Companheiros Rotarianos na Escola e conta com o apoio do Rotary Club de Lajeado Engenho.

“Nós vamos doar dez cestas básicas e também recolhemos vários pares de calçados para a escola. Ainda se pretende fazer um recolhimento de roupas e mais materiais”, afirma o presidente da entidade, Jayme Dos Santos Costa.

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A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

Resumo da novela

OBITUÁRIO JAIR FERREIRA NEVES, 59, faleceu quinta-feira, 13, em Estrela. Sepultamento foi sexta-feira, 14, no Cemitério Municipal de Novo Paraíso, em Estrela.

LUCIA BUSOLLI, 70, faleceu sexta-feira, 14, em Relvado. Sepultamento foi no Cemitério Católico de Salvação, em Relvado.

ANITA GARCIA GOMES, 75, faleceu quinta-feira, 13, em Taquari. Sepultamento foi no Cemitério Católico dos Almeidas, em Taquari.

ERI FIENGBAUN, 72, faleceu sexta-feira, 14, em Lajeado. Ele será cremado neste sábado, 15, no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

Império Elivaldo se explica para os trabalhadores e consegue o apoio de todos. Reginaldo escapa de Jurema e não conta a verdade sobre a mulher para Tuane.

Elivaldo e Juliane se conhecem e Xana percebe a sintonia entre os dois. Maria Marta prepara sua viagem para Monte Roraima. José

Alfredo flagra a família de Maria Ísis em seu apartamento. Carmem conta para Téo que Orville se separou de Juliane para ficar com ela. Elivaldo pede que Cristina procure José Alfredo. Xana se assusta com a quantidade de repórteres na porta de sua pensão. João Lucas vai à casa de Maria Ísis

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Concessão "Amigo" básica do do sicrano programa de governo "Minha Casa, Minha Vida" Jesus, pelo modo como morreu

É mais ativa para quem Instalação elétrica que diminui tem a agenda cheia riscos de choque e sobrecarga nos fins de semana em casa O 1º fa- Camada bricado no Brasil foi o DKW-Vemag (1956) de tinta

Passagem secreta no videogame do Mario

Adiante Tecido de véus de noivas Glacial (?) White, presidente do UFC

Animal que teria sido extinto após a queda de um asteroide na Terra

Elemento estrutural do romance policial Fileira (?) Pitt, astro do Cinema "(?) Sorte", inscrição de provas Amargo

Midnight (?), grupo de rock da Austrália (?) dos Reis, município flumi- Rodrigo nense com Santoro, 365 ilhas ator

Sufixo de "poetisa" Refeições cristãs

Também, em inglês Glória (?), repórter

(?) Rennó, jornalista do programa "Encontro com Fá- Língua do tima Ber- (?), brinnardes" cadeira até 2019 infantil

Aquilo que torna (alguém) famoso

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Luta pela causa palestina (sigla) Festa literária noturna

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Fileira (?) Pitt, astro do Cinema 21/03 a 20/04 "(?) Sorte", inscrição de provas Amargo

Ouvido, em inglês O Planeta Vermelho

Adiante Tecido de véus de noivas

© Revistas COQUETEL

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RO

a para quem Instalação elétrica que diminui enda cheia riscos de choque e sobrecarga e semana em casa O 1º fa- Camada o Brasil foi o DKW-Vemag (1956) de tinta

O S O C R I S A L

21/03 a 20/04

à D O A D R TE O R D E S L P E I N V O E S

21/03 a 20/04

B A R M A A D R O C O N S I M O E S

21/03 a 20/04

A S U I L E A G R A I P E S S A R B A G U

21/03 a 20/04

Solução N C O N A N T U

21/03 a 20/04

Produto avícola passível de goro

D I N TO O I M A C O N B G S I R L A I A E R I U P O R

DAS DIRETAS

Não, em francês Liga de basquete

Newton (símbolo) Observa; enxerga

V C I A D N A O S O C R I S A L

PEIXES: Se você trabalha fora, pode ser difícil colocar em prática um antigo projeto. Melhor deixar para outro momento.

Ave insetívora Filtro do sangue

T C A D O A L E M R A M A RO Ã D O A D R TE O R D E S L P E I N V O E S

VIRGEM: Romance com alguém influente ou do trabalho pode enfrentar alguns desafios: cuidado para não se machucar.

AQUÁRIO: A Lua no seu paraíso astral indica que você vai conseguir tudo que quiser com simpatia e alto-astral.

BANCO

Daniele Suzuki, por sua descendência

Europa (abrev.)

B A R M A A D R O C O N S I M O E S

LEÃO: Logo cedo, você pode enfrentar algum aborrecimento em relação a amigos ou parceiros de trabalho. A Lua em Gêmeos defende o diálogo.

CAPRICÓRNIO: Fofocas e mal-entendidos podem prejudicar o seu trabalho, por isso, melhore o diálogo.

Luta pela causa palestina (sigla)

F I O T A S U I L E A G R A I P E S S A R B A G U

CÂNCER: O cansaço e as preocupações da semana devem pesar um pouco mais sobre o seu astral nesta sexta-feira.

SAGITÁRIO: Procure cuidar melhor da sua alimentação e escolher bem o que come. Controle a gula e evite extravagâncias.

"(?)

Monde", jornal francês

Festa literária noturna

N C O N A N T U

GÊMEOS: Mas uma tensão entre Lua e Netuno adverte que, pelo menos de manhã, você deve ter mais cuidado para não parecer autoritário(a)

ESCORPIÃO: A Lua em quadratura com Netuno avisa que você deve ter cuidado para não criar ilusões e expectativas sobre qualquer assunto.

O Universo

F CR U G E L D A D I N TO O I M A C O N B G S I R L A I A E R I U P O R

TOURO: O desejo de ganhar dinheiro e ter uma condição de vida melhor e mais confortável acompanha seu signo e está mais acentuado agora

LIBRA: O céu indica alguma preocupação com alguém que está longe. Quem planeja viajar pode ter alguns imprevistos.

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ÁRIES: Agora, é importante focar nos assuntos realmente importantes, sem se envolver em fofocas, intrigas e papos duvidosos.

21/03 a 20/04

HORÓSCOPO

Ouvido, em inglês O Planeta Vermelho

2/le. 3/ear — nba — non — oil — sir — too. 4/dana. 6/ágapes — sansei. 18/crédito imobiliário.

Título nobre inglês Acontecimentos inesperados (?)

Pantanal, estádio de Cuiabá Trouxeram o Carnaval para o Brasil no século XVII

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A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

AH

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

Galhardo é um dos goleadores do Inter no Gauchão com quatro gols

GRE-NAL 431

Diego Souza é o goleador do Gauchão com seis gols

RTE

L UEBE

RICARD O DUA

S LUCA

FIM DO JEJUM X TETRACAMPEONATO Internacional e Grêmio voltam a se encontrar na decisão do Gauchão após dois anos. Colorado quer um título que não vence desde 2016.

Tricolor busca a taça pelo quarto ano consecutivo

HISTÓRICO JOGOS

EMPATES

VITÓRIAS DO GRÊMIO

588 559 GOLS DO INTER

GOLS DO GRÊMIO

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

I

nternacional e Grêmio voltam a se encontrar em uma final de Campeonato Gaúcho após dois anos. Sem vencer o título desde 2016, o Colorado quer pôr fim a uma seca. Atual tricampeão estadual, o Tricolor quer manter a sua hegemonia recente de títulos e de confrontos contra o maior rival. A primeira partida da decisão ocorre no domingo, no Estádio Beira-Rio, às 16h.

Diferente do que suas forças mostram, a Dupla Gre-Nal tem decidido

Marcelo Lomba Rodinei Zé Gabriel Víctor Cuesta Moisés Rodrigo Dourado Edenilson Praxedes Carlos Palacios Mauricio Thiago Galhardo Técnico: Miguel Ángel Ramírez

Miguel Ángel Ramírez busca a sua primeira vitória no clássico após perder na estreia

poucos estaduais entre si. Nos últimos dez anos, o Campeonato Gaúcho teve o clássico na final em apenas três oportunidades: 2014, 2015 e 2019.

Times do interior têm se intrometido na decisão. Desde 2012, Caxias, Juventude, Novo Hamburgo e Brasil de Pelotas figuraram nas finais. Em 2021, no entanto, a decisão volta a ter o maior clássico do estado.

INTER BUSCA TÍTULO APÓS CINCO ANOS

O Internacional planejava chegar

CAMPANHA

ESCALAÇÃO

GRÊMIO

Brenno Rafinha Geromel Ruan Diogo Barbosa Lucas Silva Matheus Henrique Luiz Fernando Darlan Ferreira Diego Souza

LUCAS UEBEL

157136137 VITÓRIAS DO INTER

INTER

RICARDO DUARTE

430

ESTÁDIO BEIRA-RIO - DOMINGO, 16H

Técnico: Tiago Nunes Com 100% de aproveitamento no comando do Grêmio, Tiago Nunes fará seu primeiro Gre-Nal

mais tranquilo à decisão do Gauchão.

Depois de ficar de fora da final no ano passado, o Colorado volta à decisão e persegue um título que não conquista desde 2016. O time de Miguel Ángel Ramírez precisa dividir as atenções entre o clássico e a Copa Libertadores, onde é líder mas tem a mesma pontuação dos adversários do grupo. Em meio às duas finais, o time terá duas partidas importantes no torneio continental.

Devido à maratona de jogos, Ramírez escolheu preservar alguns titulares contra o Deportivo Táchira, na terça-feira. Com isso, alguns jogadores che-

gam descansados para a partida, casos de Rodinei, Maurício e Edenilson. A principal dúvida é na zaga. De atuação ruim contra os venezuelanos, Zé Gabriel pode perder a posição para Lucas Ribeiro.

GRÊMIO DE OLHO NO TETRA

O Grêmio de Tiago Nunes chega tranquilo à final. Desde que o novo treinador chegou à Arena o time venceu todas as partidas. Com a classificação na Copa Sul-Americana enca-

13 JOGOS 13 8 VITÓRIAS 9 2 EMPATES 3 3 DERROTAS 1 27 28 10 11 GOLS MARCADOS GOLS SOFRIDOS

minhada, o Tricolor pode focar todas suas atenções no título gaúcho.

Para o Clássico Gre-Nal, o treinador deve ter como ponto de preocupação em sua defesa a bola aérea, que tem sido bastante explorada pelos adversários e é uma das armas mais fortes do Inter.

O Tricolor deve ter como dúvida até minutos antes de a bola rolar a presença do volante Thiago Santos, que deixou o campo na vitória sobre o Lanús sentindo dores musculares. Se ele não estiver à disposição, a tendência é de que o técnico aposte na presença de Lucas Silva.

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DIVULGAÇÃO

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

MOVIMENTE-SE

DADA A LARGADA

Inscrições para o Desafio das Estações estão abertas e seguem até 12 de junho EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

C

om o objetivo de incentivar as pessoas a praticarem um exercício físico, o Grupo A Hora lançou o Desafio das Estações.

Os interessados em participar podem se inscrever no evento.

O primeiro desafio será durante o inverno. As inscrições custam R$ 49 e podem ser feitas no site www.bit.ly/desafio-das-estações até o dia 12 de junho. Quem quiser participar em todas as estações pode adquirir o combo ao preço de R$ 150, ganhando uma etapa de cortesia.

O participante pode optar por caminhada, corrida, bicicleta ou horas de atividades.

Ao se inscrever, o atleta tem direito a uma camiseta alusiva à estação. A atividade é uma realização do Grupo A Hora com o apoio da Lucasa Construtora,

Sicredi, Gota Limpa, Kalber Fardamentos Esportivos, Academia Corpo e Alma e Brasrede.

O DESAFIO Para validar a atividade, o atleta tem que fazer um print da tela do aplicativo utilizado para marcar a atividade ou ainda uma foto do período em que realizou a atividade. Após isso, deve enviar todos os documentos para o e-mail desafiodasestacoes.ahora@gmail.com.

Nele tem que conter o nome, quilometragem ou horário e data. As atividades podem ser enviadas ao término de cada dia ou quando completar o desafio estipulado. A equipe organizadora irá validar os prints do aplicativo e fazer a contabilização, caso esteja tudo correto no final da etapa, o participante será informado para receber a medalha de participação.

A comissão organizadora informa que não haverá premiação de ranking geral ou por categorias, a ideia é estimular a prática esportiva.

Será disponibilizado no instagram @ahora_esportes, a relação dos atletas que concluírem a atividade.

AS ESTAÇÕES INVERNO

VALOR DA INSCRIÇÃO Por estação

R$ 49

Combo das quatro etapas

R$ 150

OUTROS DESAFIOS

Para deixar a atividade mais emocionante e desafiadora, foram estabelecidos alguns mini desafios. O vencedor de cada proposta será premiado com brindes especiais. Cada desafio será avaliado por uma banca julgadora.

VERÃO

Inscrições: 15 de maio até 12 de junho Período para realizar atividade: 21 de junho à 23 de setembro

Inscrições: 07 de novembro à 12 dezembro Período para realizar atividade: 21 de dezembro à 21 de março de 2022

PRIMAVERA

OUTONO

Inscrições: 09 de agosto à 12 setembro Período para realizar atividade: 23 de setembro à 21 de dezembro

Inscrições: 14 de fevereiro de 2022 à 13 de março de 2022 Período para realizar atividade: 21 de março de 2022 à 21 de junho de 2022

MODALIDADE E DISTÂNCIAS

Desafio ocorrerá durante as quatro estações do ano

Caminhada

50 km / 100 km/ 150 km Corrida

50 km / 100 km / 150 km Bike

500 km / 1000 km / 2000 km Horas de Atividade

20h / 60h / 80h

DESAFIOS • Foto mais criativa. Ao final de cada etapa será escolhido a melhor foto da estação, com base nos seguintes critérios: ângulo, cores, composição da foto.

• Lugar mais inóspito. Envie um vídeo do lugar menos agradável por onde passou.

• Maior número de cidades percorridas. Por quantas cidades você passou? Envie fotos de cada lugar por onde tenha passado completando a atividade.

• Maior altimetria alcançada.

• Maior quantidade de cachoeiras.

• Temperatura mais baixa no inverno. Registre a temperatura mais fria durante a realização de atividade que você enfrentou.

• Temperatura mais alta no verão. Registre e mande a temperatura mais alta que você enfrentou • Muitos animais no seu percurso? Envie para nós a quantidade de animais que você encontrou no seu percurso e o mais estranho.

• Além da sua atividade, que tal um desafio ainda maior?

Mande para nós um vídeo de uma atividade que fará você se desafiar: rapel, pêndulo, asa delta...

• A equipe/pessoa que mais entregar donativos (roupa, alimentos, produtos de limpeza) ganha um prêmio.

• Equipe com maior número de participantes.

• E para finalizar, queremos conhecer seus talentos. Use o TikTok, Reels, Kwai e participe do concurso com um vídeo criativo dançando em algum lugar do Vale.

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A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

PAULO CEZAR KOHLRAUSCH Prefeito de Santa Clara do Sul e presidente da Amvat

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CAROLINE LIMA SILVA ARTIGO

Santa Clara Mais Feliz

ferecer condições para que as pessoas sejam felizes é, segundo Aristóteles, uma das principais funções da política e, por isso, responsabilidade dos gestores públicos eleitos para representar os interesses da sociedade. Mas é importante considerar que essa sensação de bem-estar subjetivo, que engloba alegrias, prazeres, relacionamentos e realizações, é algo inconstante e depende mais de fatores internos, individuais e traços de personalidade do que propriamente de políticas públicas e ações governamentais.

Todavia, a iniciativa de buscar alternativas que possibilitem diminuir as dores emocionais

“Essa necessidade latente de se adaptar ao novo momento que vivemos tem deixado as pessoas apreensivas quanto às perspectivas futuras” que assolam as comunidades deve ser encarada como um desafio de saúde pública, tendo em vista que grande parte das pessoas que hoje procuram atendimento nas Unidades Básicas de Saúde o fazem com o intuito de resolver problemas de natureza muito mais emocional do que física.

A globalização, sobretudo o rápido avanço da tecnologia e das redes sociais, e o advento da pandemia ampliaram a percepção de medo, incerteza e intolerância em uma parte massiva da sociedade, o que acaba influenciando na sua qualidade de vida. Essa necessidade latente de se adaptar ao novo

momento que vivemos tem deixado as pessoas apreensivas quanto às perspectivas futuras.

Segundo pesquisa realizada pela Fiocruz no Brasil e na Espanha entre abril e maio de 2020, sintomas de ansiedade e depressão afetavam 47,3% dos trabalhadores de serviços essenciais durante a pandemia. Mais da metade deles sofria de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% estavam abusando de bebidas alcoólicas, 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono e 30,9% haviam sido diagnosticados ou estavam em tratamento para transtornos mentais.

Outra preocupação é o uso excessivo das redes sociais e as notícias falsas, que acabam manipulando e desinformando as pessoas.

E é justamente no sentido de amenizar esses impactos que estamos implantando um programa inovador no nosso município. Denominada de Santa Clara Mais Feliz, a iniciativa é composta por uma série de ações com o intuito de promover uma sensação maior de bem-estar da população. As atividades serão coordenadas pelo Departamento de Saúde Emocional, que atuará especificamente no combate efetivo às causas e consequências desse adoecimento emocional por que passa nossa sociedade e, assim, promover o suporte para que as pessoas consigam ter uma vida mais tranquila e feliz.

Temos a convicção de que o programa Santa Clara Mais Feliz será um importante norteador para o desenvolvimento ainda mais equilibrado e saudável da nossa comunidade. Como diz o economista Joseph Eugene Stiglitz, “são as pessoas que fazem uma cidade se desenvolver e, consequentemente, movimentam a economia. Portanto, os aspectos econômicos não podem ser considerados mais importantes que a percepção de bem-estar da população”.

Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

ARTIGO

A morte como ciclo natural da vida

E

stamos vivendo um tempo em que o sofrimento e a morte são constantes e aparecem de uma forma evidente diante da pandemia do coronavírus. A perda de pessoas tanto desconhecidas, quanto próximas de nossos círculos de amizade nos coloca frontalmente ao inevitável da vida. Entretanto, nós ocidentais não temos o hábito, tampouco a cultura de olharmos a morte de uma forma natural e como parte do ciclo vital do ser humano e de todos os seres da natureza, de nascer, crescer, viver e morrer, como o fazem os povos orientais desde a tenra idade. A nossa tendência é negá-la e tentar controlá-la

“Podemos nos resignar a partir do amadurecimento emocional e fazermos da nossa vida uma experiência grandiosa de amor, crescimento e evolução.” de alguma forma para conseguirmos internalizar o seu sentido e significado. Assim, ter a confiança na vida e nas leis que a regem talvez seja a maneira mais sábia perante o enfrentamento do aparente fim.

Aparente, pois para alguns apenas o corpo físico morre, e o espírito segue em novas dimensões evolutivas, enquanto, para outros, a crença se alicerça no nada.

De acordo com a ciência moderna, a espiritualidade, dimensão humana sem qualquer viés

religioso, aumenta a qualidade de vida e proporciona respostas lógicas e ponderadas que ajudam o ser humano a aceitar o que não pode mudar, como a morte neste instante. Principalmente num contexto social de doença ainda sem cura, permeada de tantas incertezas. Entretanto, desenvolver uma espiritualidade significa ter fé em si e na vida e a compreensão de que tudo acontece por um propósito maior no Universo. Talvez possamos pensar que seremos exatamente iguais como somos hoje, pois na natureza nada se cria, nem se perde, mas se transforma num outro estado de consciência e energia. Acima de tudo, respeitemos as diferentes opiniões e crenças em relação a isso, entendendo que a situação experienciada pela humanidade com a pandemia a transformará em todos os sentidos.

Por fim, e o mais importante de ser lembrado, é o amor que vivenciamos na vida, porque esse sentimento jamais se desenlaça daqueles que já partiram pelos que ficam, porque é o sentimento por excelência, de onde todas as outras virtudes nascem.

Somos amor em estado de latência esperando para aflorar em cada relação com aqueles que criamos um elo, tendo a oportunidade de ressignificar sempre a nossa história, as nossas dores e as nossas perdas. Dessa forma, podemos nos resignar a partir do amadurecimento emocional e fazermos da nossa vida uma experiência grandiosa de amor, crescimento e evolução. Somente a nós cabe fazer isso.

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A HORA | Fim de semana, 15 e 16 de maio de 2021

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

ARDÊMIO HEINECK ARTIGO

O porquê da qualidade

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Centro de Oncologia, CRON, divulgou esta semana a conquista do selo de qualidade ONA (Organização Nacional de Acreditação) nível 3 – Excelência.

Chegou-se ao máximo.

Este programa oficial, que teve inicio lá nos anos 2000, serve de balizador para as instituições de saúde, assim como o selo ISO, serve para a indústria, por exemplo.

A ONA define critérios de segurança no atendimento feito por uma instituição, define critérios de transparência e, por fim, de gestão. O CRON

“Ter um maior número de hospitais, clínicas e institutos certificados vai trazer ao Vale destaque maior ainda.

Qualidade é inteligência. Inteligência é futuro” cumpriu todos com folga.

Isso é bom para o CRON. Isso é bom para os pacientes.

Mas é muito mais que isso.

Há no Rio Grande do Sul, 3 instituições certificadas nível 3 da ONA (na área de oncologia). O CRON e duas em Porto Alegre. É um orgulho para a equipe. É bom para o Vale.

A aposta na qualidade é

uma opção. Tem seu preço e exige comprometimento.

O comprometimento da equipe CRON é total. Mas, no fundo, quem ganha é a comunidade. Ter instituições certificadas garante segurança, racionalidade, transparência, alinhamento com a inovação. E a busca por qualidade é incansável.

Quem é bom, quer ficar melhor. E com isso, o Vale vai se encontrando como polo de saúde, com dois hospitais acreditados (Hospital Estrela e HBB), com uma universidade que se volta cada vez mais para a saúde (Univates) e com uma operadora de saúde (Unimed) que sempre se preocupa com qualidade.

Tenho certeza que a este grupo se somarão, em breve, outras instituições, clínicas, consultórios, buscando a qualidade como um diferencial.

A pandemia da Covid-19 nos mostrou a fragilidades, necessidades. As ferramentas da qualidade ajudam as instituições a visualizar melhor os cenários e ajudam na tomada de decisões. A pandemia vai passar. Mas os desafios persistirão.

E neste mundo conturbado e competitivo, as ferramentas da qualidade permitirão melhor desempenho. E ter um maior número de hospitais, clínicas e institutos certificados vai trazer ao Vale destaque maior ainda.

Qualidade é inteligência.

Inteligência é futuro.

ardemio@bewnet.com.br

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ARTIGO

O escândalo do leite

uando assessor da Reitoria da Univates em áreas não acadêmicas de interesse regional, em 2001 focamos a cadeia produtiva do leite, importante por envolver dezenas de milhares de produtores rurais. Com o diagnóstico de pesquisa abrangente e ampla discussão setorial, vimos o que necessário para organizar e desenvolver o segmento. Agregam-se ao trabalho, de forma decisiva, as Cooperativas Dália e Languiru. Em duas visitas técnicas à Galícia/ Espanha (2007 e 2010) vimos o modelo necessário, emitindo-se, na FestLeite de Anta Gorda, a “Carta de Galícia”, com os princípios de um Programa consistente, inédito no Estado e no País. Nascem, então, os conceitos “Vale dos Lácteos” e “Vale dos Alimentos”.

Com a posse de Tarso Genro em 2011, seu laborioso secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi,

“Poucos se articulam para espoliar a larga maioria, valendo-se de pretensa impunidade. E o porquê disto? Um dos fatores, nosso Judiciário: lento e omisso. O outro, nossa omissão.” conheceu nosso modelo laticinista em reunião na Dália. Como consequência, convida o Vale do Taquari a expandi-lo no RS para a organização e desenvolvimento da cadeia produtiva do leite estadual. Em 2012 Mainardi lidera comitiva oficial à Galícia, firmando Convênio para a migração e apropriação de know how. Signatários: Governos da Galícia e RS, Univates/Codevat e CIC Vale do Taquari. Para coordenar o trabalho, nossa assessoria é contratada por Ocergs e 5 grandes Cooperativas, inclusive Dália e Languiru e colocada à disposição do Governo.

Em dezembro de 2013 a Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, Lei instituindo um Programa de Estado para a organização e desenvolvimento do setor leiteiro (PRODELEITE) e, em outra Lei, um Fundo setorial para

financiar as ações necessárias (FUNDOLEITE), apropriando modelos vistos na Galícia/Espanha, USA, Canadá, Israel, Holanda, Uruguai e Nova Zelândia, através da Câmara Setorial do Leite do RS, Para operar o modelo estipulou ao Estado conveniar com entidade privada representativa do setor. Surge, para isto, em 2014 o Instituto Gaúcho do Leite (IGL), privado, representativo, constituído por 45 entes ligados ao Setor. Corroborando este esforço, o fato de a cadeia leiteira representar, em 2014, 9,4% do PIB gaúcho.

Desde o início SINDILAT/RS, dois laticínios multinacionais e uma grande Cooperativa foram contra. Recolheram o Fundoleite em depósitos judiciais para amparar ações na Justiça, posteriormente vencidas em todas as instâncias. Privaram o Fundo de 49% da arrecadação, prejudicando os trabalhos do IGL, a cadeia leiteira e a economia gaúcha. A partir de 2015, com a complacência do Secretário da Agricultura do Governo Sartori, e ao arrepio da legislação, aqueles poucos desarticulam o IGL e a organização setorial em implantação.

Pois agora, querem editar Decreto Estadual alterando os critérios – previstos em Lei - para uso dos vultosos recursos parados no Fundoleite, ignorando, inclusive a Lei maior, a do Prodeleite que rege todo o modelo.

Aqui, o escândalo. Primeiro, a aberração jurídica: na surdina, alterar uma Lei através de Decreto do Executivo, driblando a chancela dos Deputados. Por segundo, o mecanismo proposto para uso dos recursos do Fundo, inclusive depósitos judiciais vinculados, beneficia o mesmo grupelho.

Trago o fato por exemplificar os bastidores do Poder Público, em todos os níveis. Poucos se articulam para espoliar a larga maioria, valendo-se de pretensa impunidade. E o porquê disto? Um dos fatores, nosso Judiciário: lento e omisso. O outro, nossa omissão.

O caso relatado atinge em cheio a nós “valedotaquarianos”. Grupinho público privado nos afrontou ao desmontar um modelo gestado aqui, sob a liderança de Univates, Codevat, Amvat, CIC Vale do Taquari e Cooperativas Dália/Languiru. Nós e os gaúchos em geral o deixaremos?

Se sim, merecemos um sincero muar.

Fim de semana,

15 e 16 de maio de 2021

MÍN: 10º MÁX: 23º

Sol com algumas nuvens.

Não chove.