A Hora - 23/04/2021

A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021 | Ano 18 - Nº 2827 | Fechamento da edição: 21h

Avulso: R$ 2,90

EXPECTATIVA NO VALE

LAJEADENSE

110 ANOS DE

ALVIAZUL

Revisão de critério pode alterar bandeira

Um dos times mais antigos em atividade no Brasil, o Clube Esportivo Lajeadense chega à marca de 110 anos. Para comemorar, realiza uma série de ações para o torcedor.

Piratini avalia suspender regra da salvaguarda, que mantém Vale em risco altíssimo de contágio

NOVO BRASÃO?

Um óbito e mais de 180 casos confirmados

Proposta encontra resistência

Governo do estado estuda possível alteração no cálculo usado para definir o mapa do Distanciamento Controlado. Chamado de “salvaguarda”, o critério consiste na disponibilidade de leitos livres dividido pelo total de pa-

cientes com covid-19 em UTIs. Trata-se do principal motivo para o Vale e o próprio RS seguirem em bandeira preta. Caso ocorra a alteração, haveria redução no nível de risco da pandemia já para segunda-feira. Páginas 6 e 7

FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO

Após críticas, governo de Santa Clara retira da câmara projeto que altera desenho do símbolo municipal. Grupo de trabalho reavaliará o projeto. Página 5

VAGAS À VISTA

Incentivos para gerar empregos Fundopem contempla empresas do Vale do Taquari com R$ 18,6 milhões. Em contrapartida, empreendimentos devem criar 76 novos empregos. Página 9

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Caminhos peregrinos Cristo de Encantado instiga criação de novas rotas turísticas.

SURTO DE DENGUE

Bom Retiro intensifica ações para combater doença transmitida pelo Aedes aegypti. Após morte de moradora, total de casos chega a 181. Teutônia tem dois casos confirmados e Lajeado aguarda exames de 14 Página 8

Página 2

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A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

ABRE ASPAS

“O piano me trouxe liberdade”

Arthur Sulzbach, 21, largou a faculdade de Agronomia em Minas Gerais para se dedicar ao reparo e afinação de pianos. Enfrentou a contrariedade da família em busca de um sonho de criança. Sem escolas para o ofício na América Latina, aprendeu sozinho como deixar instrumentos antigos, muitos esquecidos, prontos para um recital.

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

Como a música e, em específico, o piano entraram na tua vida?

Surgiu quando eu tinha 11 anos.

Ninguém na minha família tocava, nem tínhamos músicos que pudessem ter provocado em mim essa vontade.

Foi algo espontâneo, um desejo que não sei explicar.

Pedi de presente um piano para meus pais. Mas, pensa só, uma criança, o que quer com um piano? Comecei a economizar. Os presentes de aniversário, de Páscoa, de Natal. Tudo ia para o piano.

Eu pensava nisso todos os dias. Em um ano, consegui juntar o dinheiro necessário. Comprei um piano velho, bem

ARQUIVO PESSOAL

instrumentos me trouxe felicidade. Então larguei a faculdade e voltei para Estrela, sob muito protesto dos meus pais.

Mas como foi essa mudança, entre sair de Minas e voltar para a região?

deteriorado, por R$ 2,8 mil. Então, fui atrás para restaurar e afinar. Foi muito difícil encontrar alguém. Quando achei, me assustei com o preço. Algo em torno dos R$ 10 mil.

Foi aí que comecei a mexer por conta.

Passei a pesquisar para ver como funcionava a manutenção do piano e no fim, o resultado ficou bom.

Desta paixão pela música, pelo instrumento, quando se tornou um modo de vida, um sustento?

Com 18 anos, passei no vestibular para a federal de Viçosa, em Minas Gerais. Me mudei para lá para estudar Agronomia.

Nada a ver com piano. Então para me manter, eu tinha de afinar pianos.

Foi em meio a esse trabalho, que percebi minha aptidão para isso. Trabalhar com os

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Quando cheguei em Viçosa, fui me apresentar na orquestra da universidade. Falei com o maestro, me apresentei como afinador de pianos. Pensa só, são poucos afinadores no país. Todos com mais de 50 anos.

Não há nenhuma escola na América Latina de concerto de pianos. Como um guri de 18 anos é afinador? Então ele me deu um teste. Me levou em um piano velho e disse: se deixar esse bom para tocar, pode afinar os outros. Deu certo e abri uma empresa lá em minas para restauro e afinação de pianos.

A decisão de voltar foi após um recital lá em Viçosa. Veio um grande pianista europeu se apresentar. Era um sábado, véspera do Dia das Mães. O maestro me ligou pela manhã, que eu precisava dar um jeito no piano de cauda. Eu fui. Trabalhei 9 horas direto no piano. Sem comer, sem ir no banheiro. Tinha que ficar perfeito.

Fui na apresentação no sábado a noite. E o pianista elogiou o piano. Eu lá, na plateia, anônimo, senti que aquilo era o que eu tinha de fazer. Na segunda-feira, já tranquei minha matrícula e me preparei para voltar.

O que significa esse trabalho para você?

O piano me trouxe liberdade. Hoje tenho mais de 400 clientes, em diversas cidades do Estado. Faço algo que sempre sonhei, desde criança. Estudar música, seja qual for o instrumento, traz muitos benefícios, na capacidade cognitiva, na habilidade psicomotora e também na socialização.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Saúde pública em alerta

A

ssim como a pandemia de covid-19, a situação da dengue no Vale do Taquari inspira alerta máximo. Apesar de não ter o mesmo poder de letalidade que a doença causada pelo coronavírus, a velha conhecida dos brasileiros pode ser de difícil tratamento e, para algumas faixas etárias, até mais perigosa.

A região nunca teve um cenário tão preocupante de dengue como atualmente. Nesta semana, Bom Retiro do Sul registrou um óbito por dengue hemorrágica. A cidade está com 181 casos confirmados da doença (69 reconhecidos pelo Laboratório Central do Estado e 112 constatados em exames de laboratórios privados).

Teutônia informa que há dois casos confirmados. Outros municípios monitoram pacientes com suspeitas, como Lajeado e Estrela. Na cidade mais populosa do Vale, são 14 casos em análise. Outro dado que gera apreensão é quanto à presença do mosquito transmissor. Conforme a Coordenadoria Regional de Saúde, 29 municípios do Vale são considerados infestados pelo Aedes aegypti.

Comunidade e governos precisam somar todos os esforços para evitar que a dengue ganhe proporções ainda piores.”

Até há alguns anos, falar em dengue no Vale do Taquari parecia algo improvável. Uma doença que acometia regiões tropicais ainda na década de 1990 ganhou cada vez mais força diante da ineficiência das autoridades e descaso de parte da sociedade. O fato é que a comunidade regional hoje convive com essa mazela, em uma conjuntura já bastante agravada pela pandemia.

Diante dos leitos clínicos e de UTI em alto grau de ocupação, as doenças até então consideradas de média gravidade acabam se tornando mais preocupantes. Equipes de saúde exaustas e instituições à beira do colapso compõem um cenário em que qualquer necessidade de atendimento pode ganhar proporções mais críticas.

Comunidade e municípios precisam somar todos os esforços para evitar que a dengue ganhe proporções ainda piores. É necessário o comprometimento de todos nesse enfrentamento, e os cuidados já são mais do que conhecidos.

Eliminar pontos de água parada, denunciar situações de risco e potenciais criadouros, limpeza frequente de pátios e terrenos são as estratégias disponíveis.

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O Cristo e a Compostela RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Caminhos do Vale

O turismo no Vale do Taquari vai pulsar. A construção e a consequente divulgação do Cristo Protetor pelo Brasil e mundo afora é só o começo. Mais do que isso. É a chance para consolidar outros projetos que, por diferentes motivos, ainda não estão definitivamente consolidados nos mais diversos municípios da região.

Entre esses, os chamados Caminhos Autoguiados. A proposta de criar roteiros de caminhadas ainda não foi “comprada” pelos gestores. E isso é preocupante.

Caminhos do Vale II

Quando o projeto é bom, os outros copiam. E não será diferente com os nossos caminhos autoguiados. Recentemente, o idealizador deste modelo, o jornalista Alício de Assunção, criador do inovador projeto Passeios na Colônia, foi convidado pelas administrações municipais de Bento Gonçalves e de Santa Tereza para implantar e fomentar as caminhadas nos municípios da Serra Gaúcha. É mais um sinal de que a proposta tem valor. O que ainda falta é valorizarmos.

Caminhos do Vale III

A bem da verdade, o projeto de caminhadas Passeios na Colônia já serve de escola para outras regiões do Estado. Criada em 2011, a iniciativa já percorreu 2.700 km em 180 edições por 212 pequenas comunidades de 66 municípios gaúchos, atraindo cerca de 22 mil participantes. Alício resume o projeto de forma cirúrgica. “Isso comprova o estágio em que chegou o turismo regional, que antes se espelhava na Serra Gaúcha, e agora serve como exemplo”.

A

inauguração do Cristo Protetor vai gerar outros roteiros na região. Entre esses, os “Caminhos Peregrinos do Cristo Protetor”, nome usado inicialmente para definir quatro trajetos de longa distância, que passarão por cidades da região e culminarão na estátua, construída no alto do Morro das Antenas. Nessa quartafeira, a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), entidade que idealiza o projeto, e o grupo de colaboradores que ajuda a organizar o percurso, estiveram reunidos pela segunda vez. Desta vez, no ponto final da peregrinação O prefeito de Encantado, Jonas Calvi, e o coordenador do Trem dos Vales, Rafael Fontana., também participaram do encontro. A intenção é criar quatro caminhos com distâncias entre 130 quilômetros e 150 quilômetros, contemplando todo o Vale do Taquari. De acordo com o presidente da Amturvales, Leandro Arenhart, um dos percursos será inaugurado no fim deste ano, junto com a finalização da obra do Cristo Protetor. A ideia é que os peregrinos possam caminhar em torno de 20 a 25 quilômetros por dia, seguindo o modelo do tradicional Caminho de Santiago de Compostela.

Também deverá ser criado um site para o peregrino se inscrever e informar os dias em que estará caminhando. Será um cadastro que servirá para conhecer o peregrino, mas também para preparar os pontos de apoio.

“Os empreendimentos precisam se organizar para receber essas

Círio voltou

pessoas, que virão dos mais diferentes lugares”, aposta Arenhart, lembrando que os trajetos serão todos mapeados e sinalizados de forma semelhante ao histórico caminho em solo espanhol, com as famosas setas amarelas. O objetivo é recriar o mesmo ambiente do sagrado caminho.

Arenhart também prevê a criação de mapas, que poderão ser baixados em aplicativos, com informações, tanto para quem deseja fazer o percurso a pé ou para os ciclistas. O ponto de chegada dos caminhos será sempre a estátua do Cristo Protetor. “Serão caminhos de fé, de peregrinação, de autoconhecimento e de contemplação”, observa o presidente da Amturvales, alertando para a necessidade de trabalhar o entorno do novo monumento. “O Vale do Taquari precisa receber bem esse turista e também aproveitar sua passagem aqui, para que usufrua da nossa região”.

Eu faço parte do grupo de colaboradores peregrinos que ajuda a formatar os roteiros. Somos

Foi publicado no Diário Eletrônico de Lajeado: Círio Arnaldo Schneider foi nomeado para exercer o cargo em comissão de Diretor de Secretaria, padrão CC 4, na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Seosp). Ele é ex-vereador do PP.

um grupo de aproximadamente 20 pessoas que já dialoga desde meados de 2020. Assim como eu, são pessoas que já realizaram a peregrinação à Compostela, ou que sonham com a histórica caminhada. Mas são pessoa que, acima de tudo, apostam no Vale do Taquari e que percebem, aqui, condições muito próximas àquelas verificadas em solo europeu.

“E nosso grupo é aberto a quem mais quiser trabalhar junto”, destaca Arenhart.

Além de mim e do nosso presidente, também fazem parte deste grupo os amigos peregrinos Adriana Arenhart, Adilson Johann, Alício Assunção, Atilo Müller, César Bittencourt, Débora Goldmeier, Dirceu Pedó, Edson Diel Lopes, Isaura Heineck, Jaqueline Demamam, Lucas Warken, Michele Inês Gonçalves, Peter Hassmann, Cirlei Trombini, Cynara Sfoglia Barth, Betina Faleiro, Ingrid Elena Driemeier Müller e Selmar Klunk. E você, claro, já está convidado a participar!

LAJEADENSE

Hoje, o nosso Clube Esportivo Lajeadense completa 110 anos de história e, para celebrar a data, o Shopping Lajeado abre o Espaço Lajeadense. No local, o torcedor poderá comprar a camiseta comemorativa. O manto do Alviazul também estará à venda por R$ 149 em um ponto itinerante que será montado em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal, no centro de Lajeado.

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Projeto para mudança de brasão divide opiniões em Santa Clara Executivo retirou matéria da câmara para ajustes. Governo vai criar um grupo de trabalho sobre o assunto. Vereador da oposição propõe audiência pública e plebiscito para envolver a comunidade na decisão FOTOS: DIVULGAÇÃO

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

SANTA CLARA DO SUL

E

m vez das armas usadas na revolução federalista, um ramo de flores. Esse é o principal ponto de discórdia na mudança proposta pelo governo de Santa Clara ao brasão do município. O novo escudo trocaria ainda a imagem de um terreno arado por um campo florido, e a estrada de chão que cruza os vales seria uma via asfaltada.

O projeto para alterar o brasão foi enviado à câmara em 14 de abril, mas não foi à votação na sessão da terça-feira passada, 20. A proposta foi tema de reunião na tarde de ontem, entre a presidente da Casa, Helena Hermann (MDB), o líder de governo Eduardo Ferla (MDB) e o prefeito Paulo Kohlrausch (MDB).

Após o encontro, o governo municipal decidiu retirar o projeto da tramitação do Legislativo para ajustá-lo. O

Ainda não tem nada previsto. Mas, legalmente, não existe nada que não possa ser trocado. Não existe nenhuma ilegalidade em mudar o brasão.”

HELENA HERMANN PRESIDENTE DA CÂMARA

Após repercussão, governo retira proposta de mudança do brasão da câmara e cria grupo para ajustar projeto

Executivo vai criar uma equipe para tratar do assunto.

“Será criado um grupo de trabalho, envolvendo representantes das áreas de cultura, educação e turismo do município, para definir de maneira conjunta o novo modelo de Brasão”, diz o governo, em nota.

Para a presidente do Legislativo, Helena Hermann, não há ilegalidade na mudança do escudo. “Nós não pedimos para retirar o projeto. Nós pedimos para rever questões”.

Ela lembra que na época da emancipação, uma espécie de concurso elegeu o brasão da cidade, mas que a alteração no símbolo não ignora o passado.

“Queremos que a história permaneça, respeitamos muito as pessoas que começaram Santa Clara”, acrescenta.

A posição do vereador Airton Teloken (PP) é diferente. “O brasão novo não conta a história do município. O brasão conta história de flores, mas nosso passado

é a guerra dos maragatos”.

Teloken alerta ainda para os custos que podem ser gerados ao trocar o símbolo nos uniformes dos servidores e bandeiras da cidade.

Vereador propõe plebiscito O parlamentar Thiago Carvalho (PTB) acredita que a população deve ser envolvida na proposta.

“Isso deve ser decidido com a comunidade. Não podem nove vereadores decidirem mudar a história”, argumenta.

Ele propõe uma audiência pública para ampliar o debate e um plebiscito virtual. “Tem que ser feito um plebiscito. Pode ser online, sem ofender ninguém, sem tumulto nenhum.

Mas tem que discutir isso todo mundo junto”, projeta.

Brasão conta vitória de colonos contra maragatos Busto no município homenageia líder das tropas colonas

Uma das críticas à alteração no símbolo municipal diz respeito a um episódio histórico marcante na trajetória da co-

munidade. As baionetas que circundam o brasão seriam trocadas por um ramo de flores. As armas, porém, remetem a 1985, quando colonos santa-clarenses venceram o exército federalista.

A guerra civil entre os maragatos, revoltosos pela instauração de federação, e os pica-paus, que conservavam a república, durou cerca de dois anos. As batalhas sucederam à Revolução Farroupilha e tiveram a influência do contexto bélico da época.

A batalha de Santa Clara virou monumento na cidade, que expõe o busto do Coronel José Diel, líder do exército local.

Conforme o historiador José Alfredo Schierholt, Diel veio a região com dez anos acompanhado de parentes. Em 1872, a família migrava do Morro dos Bugres, em São Leopoldo, para a Picada Augusta, sendo uma das pioneiras da colônia de Santa Clara.

Ele foi o primeiro superintendente da localidade quando se tornou distrito em 1914.

“O brasão novo não conta a história do município. O brasão conta história de flores, mas nosso passado é a guerra dos maragatos” AIRTON TELOKEN VEREADOR

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EXPECTATIVA NA BANDEIRA

O que o Vale precisa para sair da preta

Estado revisa hoje mapa das bandeiras e tendência é que todo o RS siga em nível de risco mais elevado pela 9ª semana seguida.

Na região, critério de salvaguarda afasta chance de volta para bandeira vermelha. Comitê de crise, porém, estuda alterar regra frente à queda na ocupação de UTIs e leitos clínicos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

s leitos livres divididos pelo total de pessoas com covid-19 internadas em UTIs. Esse é o cálculo que está no cerne das preocupações do gabinete de análise de dados da região e que inviabiliza a retração à bandeira vermelha. Esse critério, chamado de salvaguarda, é um dos 11 usados para a definição do mapa do distanciamento social.

Sem essa regra, o Vale do Taquari estaria em bandeira vermelha há pelo menos quatro semanas, diz o secretário da Fazenda e integrante da comissão de dados da região, Guilherme Cé. “Pelo que vimos, seguiremos na bandeira preta, tanto o Estado, quanto os Vales do Rio Pardo e Taquari.”

O secretário cita as duas regiões pelo fato de a salvaguarda adotar como método as ocupações em leitos de UTI da macrorregião. Para saber a pontuação do Vale do Taquari, é preciso calcular os dados de Santa Cruz do Sul e de Cachoeira.

Caso a análise fosse restrita aos quatro hospitais do Vale com UTI, o Vale estaria com 0,42, com 16 leitos livres e 38 pacientes com covid em leitos intensivos. Como a salvaguarda estipula a nota da macrorregião (com Santa Cruz e Cachoeira), esse índice hoje é de

0,15. Para ficar na bandeira vermelha, o indicador precisaria ser igual ou superior a 0,35. “Observamos que temos um quadro estável em termos de novos contágios, mas que na macrorregião não temos leitos suficientes”, resume Cé.

Quanto ao RS, pelos dados da Secretaria Estadual de Saúde, no fim da tarde de ontem havia 486 leitos de UTIs livres, com um total de 1.895 pacientes confirmados com covid-19. O índice de 0,25 em termos de salvaguarda. Para os dados gerais, a linha de corte é superior às regiões.

Para o Estado ter patamar de bandeira vermelha, precisa ficar acima de 0,35.

Fim da salvaguarda Em reunião na tarde de ontem, o comitê de dados do governo do Estado debateu a possibilidade de rever o critério sobre a divisão dos leitos livres pelos ocupados por covid-19. Caso essa mudança seja confirmada, na rodagem

dos dados de hoje, o RS poderia sair da bandeira preta após oito semanas.

A salvaguarda passou a ter um peso maior na definição das bandeiras quando o comitê verificou um aumento drástico nos contágios e interna-

ções. A alteração ocorreu no fim de janeiro.

Com a queda nas internações em leitos clínicos e também nas UTIs, abre-se o debate sobre retirada dessa imposição.

Possibilidade saudada por prefeitos do Vale do Taquari,

Como funciona a salvaguarda Número de leitos livres Leitos de UTI ocupados por covid

Valor igual ou menor a 0,35 aciona a bandeira preta

Na macrorregião, são 16 leitos livres, com 102 pacientes em UTIs por covid-19.

Indicador é de 0,15

No Estado, são 486 leitos livres, com 1.895 pacientes em UTIs por covid-19

Indicador é de 0,25

como é o caso de Marcelo Caumo, de Lajeado.

Para ele, seria mais justo a retirada dessa exigência. “Só por essa regra que estamos em bandeira preta. Leito de UTI tem a finalidade de atender quem precisa. Não é certo ter a vaga e ficar dando alta para paciente só para atender um índice. Por natureza, as UTIs sempre tiveram altos índices de ocupação”, defende Caumo.

Volta às aulas De acordo com o prefeito, os dados da região indicam estabilidade no controle da pandemia. “O fim desta barreira é um ganho para nós.

Poderíamos inclusive nos organizarmos para retomar os atendimentos nas escolas”, afirma.

Tanto que esse assunto será debatido em reunião na manhã de hoje entre diretores das escolas privadas da cidade e o gabinete de crise do Vale. Nos colégios municipais, diz Caumo, também há organização prevista para reabertura em

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Estrutura hospitalar No Vale

No RS

• 65 leitos de UTI adulto

(85,5% de ocupação)

• 3.368 leitos de UTI adulto

(75,3% de ocupação)

• São 2.882 pacientes internados • Destes, 1.895 com covid-19

• São 49 pacientes internados

• 153 suspeitos

• Destes, 38 com covid-19

• 834 por outras enfermidades • Ocupação por covid-19 representa

• 11 por outras enfermidades

71,06% dos leitos em uso

• Ocupação por covid-19 representa

77,5%

dos leitos em uso

Cachoeira do Sul

Santa Cruz do Sul

• 27 leitos de UTI adulto

• 60 leitos de UTI adulto

• São 28 pacientes internados

(103,3% de ocupação) No fim da tarde de ontem, nível de ocupação de UTIs nos hospitais da região era de 75,3%

• São 62 pacientes internados • Destes, 48 com covid-19

A definição da continuidade ou não da salvaguarda será apresentada hoje, junto com a rodagem do novo mapa de distanciamento. Em caso da

• 1 suspeito • 8 por outras enfermidades

• Ocupação por covid-19 representa

• Ocupação por covid-19 representa

barreira ser levantada, a contrapartida dos municípios seria a suspensão da cogestão.

Com isso, as regiões não poderiam adotar protocolos anteriores a bandeira prevista.

Significa que, caso ocorra dados para bandeira vermelha, os prefeitos estariam proibidos de adotar protocolos laranja nas cidades.

71,4%

dos leitos em uso

dos leitos em uso

Cogestão pode ser suspensa

• Destes, 19 com covid-19

• 14 por outras enfermidades

77,4% caso de bandeira vermelha.

“Talvez seriam necessários alguns dias, mas a ideia é voltar com os atendimentos.”

(103,7% de ocupação)

Vale com taxa e ocupação de UTIs em 75,3%

Nos quatro hospitais com Unidades de Tratamento Intensivo da região há 49 pacientes internados. Deste total, são 38 confirmados com covid-19 e 11 por outras enfermidades.

Com relação aos leitos clínicos, segue a tendência de queda vista

nas últimas semanas.

Para o comitê de crise, temse um indicativo de que a taxa de contágio na região mantém uma constante redução.

O percentual de ocupação em UTIs está em 75,3%, um dos menores desde o fim de fevereiro. Os indicadores vistos no Vale do Taquari se assemelham ao que está sendo vivenciado em todo o RS. Apesar das reduções nos dois indicadores, o nível de risco

ainda é considerado elevado pelo comitê de risco. Na análise do grupo, há uma demonstração de que as medidas de restrição trouxeram efeitos, mas a infraestrutura hospitalar continua sendo muito exigida.

Hoje, as piores notas ficam para as regiões de Santa Cruz do Sul, Cachoeira, Novo Hamburgo, Uruguaiana e Palmeiras das Missões, todas com ocupação total ou acima dos 100%.

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Mais de 180 casos de dengue são constatados em Bom Retiro do Sul BIANCA MALLMANN

Exames foram realizados pelo Lacen e por laboratórios particulares. Principal foco do mosquito Aedes aegypti fica em um frigorífico desativado no bairro São João. Teutônia também registra dois casos confirmados. Em Lajeado, 14 exames aguardam resultado BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O

município de Bom Retiro do Sul está em alerta máximo contra a dengue. O número de casos confirmados disparou: são 181, entre exames reconhecidos pelo Laboratório Central Estado (Lacen) e outros por testes laboratoriais particulares. Tratase de mais que o quádruplo em relação ao número da última terça-feira, 20, quando havia 40 casos confirmados.

Um óbito por dengue hemorrágica também foi registrado no município.

Natural de Estrela, a mulher, de 47 anos, estava internada no Hospital Nossa Senhora de Oliveira, de Vacaria.

O óbito aconteceu nessa terça-feira, 20. O município ainda não foi notificado oficialmente pelo Estado sobre o óbito estar relacionado à dengue.

Como ações de prevenção ao aparecimento do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika, o secretário da Saúde, Paulo Marmitt, explica que os agentes seguem realizando visitação em residências para orientar e informar a população, assim como vistoriar, coletar material para análise e pontos com água parada.

Marmitt também lembra que foi identificado um foco do mosquito, localizado em um frigorífico desativado no bairro São João.

“A partir da identificação desse marco zero, quando começou o problema, fizemos os primeiros movimentos. O Estado também está envolvido, através da CEVS, que realiza a pulverização de um inseticida principalmente pela manhã e à tardinha, período de maior movimentação do mosquito vetor”, explica o secretário.

Em Lajeado, agentes vistoriam casas no raio mínimo de 150 metros no entorno das moradias das pessoas que são casos suspeitos

Dois casos confirmados em Teutônia

PANORAMA DOS MUNICÍPIOS

Outro município do Vale com casos confirmados de dengue é Teutônia. Segundo o município, são dois confirmados e outros dois que aguardam resultados de exames. Os já diagnosticados positivos são “não-autóctones” – ou seja, as pessoas foram infectadas em outra cidade.

Estrela Casos suspeitos em análise: 6

Lajeado tem 14 casos em investigação

Lajeado Casos suspeitos em análise: 14

O município de Lajeado teve a notificação de 20 casos suspeitos de dengue em 2021. Desses, seis foram descartados e os outros 14 seguem em investigação. Os casos suspeitos foram identificados nos bairros Centenário, Universitário, Conservas, Centro, Moinhos, Alto do Parque, São Cristóvão, Moinhos D' Água, Campestre e Jardim do Cedro.

A combinação de calor e pancadas de chuva é ideia para a proliferação do mosquito. Como ação para controlar o aparecimento de novos casos e eliminar os focos do mosquito, os agentes de combate a endemias realizam visitas nos bairros que registraram os casos suspeitos.

“Os agentes estão fazendo visitas em um raio mínimo de 150 metros no entorno das moradias das pessoas que são casos suspeitos. A intenção é inviabilizar os criadouros e diminuir a densidade vetorial, para que o mosquito não pique a pessoa com suspeita de dengue”, explica Catiana Lanius, coordenadora da Vigilância Ambiental.

Arroio do Meio Não registrou casos suspeitos

Teutônia Casos suspeitos em análise: 2 Casos confirmados: 2

Taquari Não registrou casos suspeitos Encantado Não registrou casos suspeitos Bom Retiro do Sul Casos confirmados: 181 (69 casos positivos confirmados pelo Lacen + 112 casos positivos por exames laboratoriais particulares e/ou com avaliação clínica/médica, sem reconhecimento do Lacen até o momento)

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Com R$ 18,6 milhões em incentivos, empresas do Vale devem gerar 76 vagas DIVULGAÇÃO

Benefícios fazem parte do Fundopem, programa de fomento à expansão de companhias.

Em contrapartida, empreendimentos precisam gerar novos empregos

2021, foram 366 vagas diretas a partir da ampliação de empresas com recursos do Fundopem.

Conselho se reúne em junho

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

T

rês empresas da região foram contempladas com benefícios do Fundo Operação Empresa do Rio Grande do Sul (Fundopem-RS).

São R$ 18,6 milhões destinados ao Vale e fazem parte de um pacote de R$ 80 milhões aprovados pelo conselho deliberativo do programa na sexta-feira passada, 16.

Em Encantado, a companhia de alimentos Turatti recebeu R$ 3,7

Empresa de Arroio do Meio deve gerar 55 empregos com aporte de R$ 4,1 milhões

milhões e promete gerar dez empregos. Já a Petrobio, que transforma materiais à base de petróleo em óleo combustível e gás industrial, conta com o aporte de R$ 761 mil e deve criar 11 novos postos de trabalho.

A outra empresa da região incluída nesta rodada do programa é a

Centralsul Química, de Arroio do Meio. A indústria projeta ampliar o quadro funcional em 55 pessoas e, para isso, receberá R$ 4,1 milhões do governo estadual.

Conforme o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Joel Maraschin,

já foram aprovados 12 projetos, desde o início do ano. Ao todo, o aporte destinado é de R$ 181,6 milhões.

Os valores são creditados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a ser pagos pela companhia. A contrapartida é a geração de novos empregos. Em

O comitê que decide as próximas empresas beneficiadas pelo Fundopem se reúne a cada dois meses.

O próximo encontro está marcado para junho deste ano.

Maraschin afirma que não há setores privilegiados para receber os investimentos. Os fatores analisados são, principalmente, a responsabilidade da companhia na geração dos empregos e ampliação da produção gaúcha. “É analisado todo contexto desde o projeto, a planta, ao compromisso com investimento, e com a contrapartida que é a geração de empregos. Aquilo que ele se compromete em ampliar é creditado pelo estado em ICMS”, explica o secretario adjunto.

Interessados em participar do programa devem enviar os projetos de ampliação à Secretaria do Desenvolvimento Econômico.

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A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

Acordo sindical permite comércio no 1º de Maio Abertura de lojas no Dia do Trabalho foi solicitada por empresários do setor na tentativa de atenuar prejuízos causados pelas restrições dos decretos estaduais BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

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Sindilojas Vale do Taquari firmou um acordo, na tarde desta quinta-feira, com o Sindicomerciários de Lajeado e terá permissão para abertura dos estabelecimentos comerciais vinculados às entidades no feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalho.

“Pelo que eu tenho conhecimento, nunca foi autorizado usar mão de obra nesta data. E isto só foi possível graças à sensibilidade do Sindicomerciários de Lajeado. Só temos que agradecer a compreensão dos mesmos”, destaca o presidente do Sindilojas, Kiko Weimer.

Segundo ele, a empresa que desejar trabalhar no feriado deve providenciar um termo de adesão com os dois sindicatos. No Centro, o horário de atendimento permitido será das 8h às 12h e no Shopping de Lajeado, das 13h às 19h.

“Acreditamos que será muito importante esta oportunidade uma vez que será uma semana antes do dia das mães”, afirma Weimer. Segundo ele, o pedido foi feito por solicitação dos empresários, na tentativa de recuperar um pouco os prejuízos acumulados com o fechamento das lojas e, também, pelo feriado ser em um sábado, que representa 40% do movimento da semana.

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A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

Um refúgio ecológico no morro ARQUIVO PESSOAL

Situado no Morro Gaúcho, o Eco Container se tornou um lugar para quem gosta de explorar a natureza de forma consciente BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

ARROIO DO MEIO

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m meio às árvores nativas em um terreno no Morro Gaúcho, fica uma charmosa construção. Durante a noite, é a luz da lua, da fogueira ou de um fio de luzinhas que colore o ambiente cuidadosamente pensado pela família. É lá que fica o “Eco Container”, um refúgio ecológico para quem gosta de explorar a natureza sem danificá-la. É assim que o espaço criado pelas irmãs Roberta Stefani, 26, e Raiza Halmenschlager, 24, ao lado da mãe Ivani Salete Stefani Halmenschlager, a Kika, 55, é apresentado nas redes sociais, na página do Instagram @eco_container. Ele se tornou também um local de hopedagem para visitantes e as reservas podem ser feitas pela própria página ou pelo Airbnb.

Mas, antes de se tornar um espaço para receber hóspedes, a construção da casa era um sonho da família. A terra era de um antigo vizinho do pai, Ildomar Halmenschlager, mas estava abandonada e cercada por mato. O lugar abrigava uma casa de madeira e servia para a criação de gado e cultivo da lavoura. O pai contava que jogou muito futebol com os amigos por lá.

A ideia de Ildomar e Kika era plantar madeira de reflorestamento, ter um espaço para a criação de abelhas e construir um retiro para passar os finais de semana. Mas, desde 2010, quando Ildomar faleceu, o sonho ficou “adormecido”.

Foi no início da pandemia, no ano passado, que Roberta, Rai-

Roberta, Ivani e Raiza criaram um ambiente ecológico para passar os fins de semana e também compartilhar com outras pessoas ARQUIVO PESSOAL

Antes, o lugar abrigava uma casa e servia para a criação de gado e cultivo da lavoura

za e Kika decidiram tirar a ideia do papel. “Pensamos em muitas maneiras de construir e optamos pelo container por ser a mais segura, rápida e sustentável”, conta Raiza, estudante de arquitetura e urbanismo.

Elas queriam algo “não convencional” e buscaram o menor impacto ambiental possível. “Optamos pela estrutura do container para possibilitar uma obra limpa, com geração mínima de resíduos e entulhos. O container também é um material que já teve sua vida útil esgotada no transporte de cargas e ao invés de virar mais um entulho no planeta, virou nossa casa”, explica Roberta, estudante de jornalismo.

Desde o jardim até o interior, o DIVULGAÇÃO

Espaço está disponível para reservas por meio da página no Insta ou no Airbnb

lugar foi todo montado pela família que procurou unir simplicidade e aconchego naquele que virou um lugar especial no morro. As cadeiras que Ildomar ganhou no enxoval do casamento também fazem parte da casa. “É como um lembrete que ele faz parte da idealização de cada cantinho e está sempre presente, de alguma forma, com a gente”, acredita Roberta.

Sem wi-fi e com energia solar A proposta ecológica já começa com a utilização do container.

Além disso, a energia utilizada no local é solar e a água vem de um poço artesiano. O lixo orgânico se decompõe no “mato” e as meninas prezam pela não utilização de utensílios descartáveis. A casa não possui wi-fi e é cercada por trilhas.

Outro ponto ecológico da estrutura é o isolamento térmico, feito de lã de Pet, uma composição de materiais reciclados pouco invasiva ao solo e à natureza do entorno.

A ideia é compartilhar os hábitos já adotados pela família com outras pessoas e permitir que se hospedem no lugar.

“Levar as pessoas para o meio do mato talvez seja uma forma de aproximar e trazer a responsabilidade do cuidado para cada um.

Fazer a sua parte parece clichê e pouco, mas é imprescindível”, acredita Raiza.

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A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

Edição virtual do Beer Fest Vale ocorre neste sábado DIVULGAÇÃO

Programação terá apresentações musicais e preparo de receitas. Evento é gratuito e não é necessária inscrição prévia

Em formato adaptado, evento reúne apresentações musicais e preparo de receitas LARISSA SANTOS larissasantos@grupoahora.net.br

LAJEADO

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estival cervejeiro, gastronômico e repleto de atrações musicais, o Beer Fest Vale traz novidades para a sua 4ª edição.

Em formato adaptado e virtual, a programação conta com apresentações musicais e preparação de receitas. O evento, que ocorre neste sábado, 24, a partir das 20h, terá transmissão pelo Facebook e Youtube.

Um dos organizadores do Beer Fest Vale, Marcelo Nobilos, participou do programa Redação nas Ruas, da Rádio A Hora 102.9, dessa quinta-feira, 22, e deu detalhes sobre o evento.

O festival já ocorreu três vezes no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado. Nas oportunidades,

SINARA MARIA SCHEDLER, 56, faleceu ontem, em Lajeado. Ela foi cremada no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

SERGIO LUIZ KERN, 62, faleceu ontem, em Estrela. Sepultamento foi no Cemitério Católico de Estrela.

juntou em média, entre 1,5 mil e 2 mil pessoas. Em 2020, o evento não pôde ser realizado devido à pandemia.

Para este ano, a ideia é trazer temas pertinentes em um formato de live diferente das que vinham sendo feitas pelo mundo. “Nos reinventamos para matar um pouco a saudade e movimentar os profissionais da área de eventos e música. Eles foram os primeiros a parar e, provavelmente, serão os últimos a voltar”, afirma Nobilos.

O idealizador do evento conta que a programação trará a música na sua essência. Chefes renomados da gastronomia estarão presentes para ensinar receitas de comida e cerveja. “Queremos levar entretenimento e informações de qualidade ao público, bem como movimentar essa roda, lembrar dessa turma de bares, eventos e músicas”, pontua.

Outra novidade para 2021 é a presença do artista plástico Alessandro Cenci. Para retratar o evento, ele fará uma obra artística ao vivo. A tela deverá ser sorteada durante uma live dedicada à valorização dos músicos afetados pela pandemia, promovido pelo projeto “Acordes Solidários”.

Nobilos explica que, durante o Beer Fest, haverá formas do público interagir e experimentar cervejas. Chamado de “Beer Thru”, as promoções e descontos que estão ocorrendo em cervejarias da região podem ser conferidas na página Facebook do evento.

Conforme o organizador, a estrutura do festival foi montada nesta semana. Os protocolos de cuidados foram utilizados pela equipe para garantir a segurança do evento. “Que em 2022 a gente consiga celebrar de outra forma”, finaliza.

ATRAÇÕES CONFIRMADAS: Sady Homrich, Rafael Malenotti, Tonho Crocco, Banda Bico Fino Brothers Band, Chef Roberto Vianna, equipe da Rota do Malte e Alessandro Cenci.

OBITUÁRIO OSCAR LUIZ HEBERLE, 86, faleceu quarta-feira, 21, em Estrela. Sepultamento foi ontem, no Cemitério Católico de Estrela.

ANTENOR QUADRI, 68, faleceu ontem, em Porto Alegre. Sepultamento foi no Cemitério Municipal de Muçum.

THEREZA DELAZERI MULLER, 83, faleceu ontem, em Nova Bréscia.

Sepultamento foi no Cemitério da Linha Sagrada Família, em Nova Bréscia.

Para informar falecimentos:

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo @grupoahora.net.br

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A HORA | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

Resumo da novela Império tar em seu restaurante com Maria Clara e Beatriz. José Alfredo encontra o álbum de recortes. Cora se apavora ao ser presa dentro de um armário por José Alfredo. José Alfredo lamenta por Eliane nunca tê-lo procurado. Cristina estranha o sumiço de Cora. Enrico desiste de demitir Vicente. José Alfredo manda o segurança soltar Cora pela manhã. Maria Marta fica furiosa por não conseguir descobrir onde José Alfredo esteve. João Lucas sofre um assalto.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Arbusto andino da família da pinha Ofício de Régis Tadeu e Tárik de Souza Bebida que minimiza os efeitos da altitude

Antecipar um fato Reação frequente do "estourado"

Artefato no qual se pendura roupa

Peça que protege a roda de carros União Democrática (?), entidade que defende o direito à propriedade agrícola

BANCO

(?)

Chapéu, jogador de sinuca

Inimigos do Predador (Cinema)

50

Solução

Solução

(?) da Noite, personagem de "GoT" minho ntre tanhas

Catalão (abrev.)

Aposta coletiva

(?)

Chapéu, jogador de sinuca

Louco, em espanhol

scenncia esso de etano

Deusa do amanhecer Mastro de bandeiras

(?) da Noite, personagem de "GoT"

50

PEIXES: À tarde, conta com criatividade, popularidade e facilidade pra se comunicar na vida pessoal e na carreira.

Catalão (abrev.)

Aposta coletiva Caminho entre montanhas

Andy Murray, tenista Poucos

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

AQUÁRIO: Logo de manhã, você tende a fazer contatos com facilidade, sobretudo com quem tem ideias parecidas com as suas.

21/03 a 20/04

Alexandre (?), ator curitibano

© Revistas COQUETEL

DAS DIRETAS

Conserto; Veículo autônomo remendo em testes do Google Planta (?) FC, jogo trepadeira virtual de futebol

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

VIRGEM: À tarde, Sol e Lua avisam que os estudos, sobretudo de faculdade, estão beneficiados com criatividade e vontade de aprender.

CAPRICÓRNIO: Contando com agilidade, proatividade e energia, deve dar duro no serviço, porém esperará o mesmo esforço dos colegas.

Dotar de membros de voo

Andy Murray, tenista Poucos

R O N T O O E O S P RO L E U A A M N U L O MO S C A T B O L O D E G R A R U I L I E N S A L I S TA

LEÃO: Tem tudo para rolar chuva de lobo-guará e alcançar sua ambição de subir na vida, graças ao aspecto top que rola à tarde entre Lua e Sol.

Sem validade Sacudir com força

3/eos — mia. 4/dala — loco. 6/aliens. 9/chá de coca. 10/cherimolia.

CÂNCER: À tarde, Sol e Lua trocam juras de amor e revelam que você deve se dar bem em seus contatos e amizades.

SAGITÁRIO: Na saúde, Sol e Lua despejam good vibes. Deve cuidar do corpo e higiene, manter a energia em alta e valorizar a aparência.

Louco, em espanhol

R C E C O C A P I T A R A P R R R O N T O O E O S P RO L E U A A M MO N U LO S C A T B O L O D E G R A R U I L I E N S A L I S TA

GÊMEOS: À tarde, Sol e Lua formam um aspecto maravigold e trazem equilíbrio, sensibilidade e harmonia no lar.

ESCORPIÃO: A Lua traz timidez, cautela e senso crítico, podendo te deixar com o pé atrás com alguns amigos.

Descendência Sucesso de Caetano

Deusa do amanhecer Mastro de bandeiras

C M C H A D P R E C I I R A T I P S I M B OL C O L A A L R M I A O US A D A I U G C A B I C A L O T L A A R U R

TOURO: À tarde, sinal de que terá facilidade para atrair e se relacionar com as pessoas, criando um clima gostosinho.

Alexandre (?), ator curitibano

Via pública Produto da compostagem

Inovadoras (em seu estilo)

LIBRA: Com a parceria de Vênus e Urano, sua relação deve ficar intensa, mas há risco de perderem dinheiro e até bens.

O urso como o Knut, do zoo de Berlim

3/eos — mia. 4/dala

ÁRIES: Sol e Lua estão num clima tudo de bom e despejam good vibes na sua saúde. Contará com pique para aguentar a rotina.

Conserto; Veículo autônomo remendo em testes do Google Planta (?) FC, jogo trepadeira virtual de futebol

Preparado (para uma tarefa)

O do sódio é Na (Quím.)

Substância aderente usada em trabalhos escolares "Mamma (?)!", interjeição italiana

HORÓSCOPO

Cama para transportar doentes

T I P S I M B OL C O L A A L R M I A O US A D A I U G C A B I C A L O T L A A R U R

Reginaldo garante a Tuane que conseguirá a guarda de Victor. Téo marca um encontro com Maria Marta. Cristina se surpreende com a visita de José Alfredo. Marcão sugere que Cristina peça dinheiro a José Alfredo. Cora sai de casa com o álbum de fotos. Maria Marta manda Helena descobrir onde José Alfredo passou a tarde. Cora consegue entrar na loja Império.

Vicente decide inovar na cozinha, sem a autorização de Enrico, e Antônio se preocupa. Enrico vai jan-

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A HORA ESPORTES | Sexta-feira, 16 de abril de 2021

JOSÉ ROBERTO GASPAROTTO

LAJEADENSE

110 ANOS COM MUITAS NOVIDADES Alviazul apresenta camisa especial e prepara uma série de ações para o dia de hoje CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

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m 23 de abril de 1911 um grupo de jovens que praticava o futebol decidiu fundar um clube. Ele resistiu, cresceu e é hoje um dos mais antigos do país em atividade. É nesta sexta-feira que o Clube Esportivo Lajeadense comemora 110 anos de histórias.

Os festejos de aniversário começaram ainda ontem com o lançamento da camisa especial alusiva à marcante data.

Produzida pela Kalber Fardamentos Esportivos, a camisa terá 500 unidades à venda.

Os preços são de R$ 129,90 para os sócios e R$ 149,90 para os não sócios. Há ainda a possibilidade de personalizar a peça com nome e número na cor dourada. Os modelos vão de PP ao 4G. A venda da camisa é ex-

SÉRIE ESPECIAL

Para marcar a semana de aniversário, o canal A Hora Esportes, do YouTube, preparou uma série especial de vídeos sobre o querido Alviazul.

Em entrevistas com personagens que marcaram a história do clube, conta a trajetória e paixão pelo clube em três produções. Intitulados de Lajeadense 110 anos: Arquibancada, Campo e Bastidores, os vídeos podem ser encontrados no canal ou no QR Code acima.

Camisa alusiva aos 110 anos do clube está à venda diretamente com o clube, através do 99616-6468, com Aline

clusiva pelo clube, pelo contato 99616-6468, com Aline.

Além disso, o clube preparou uma ação especial visando angariar novos sócios. Quem se associar no Plano Ouro ganha uma camisa especial. O pacote de maio a dezembro de 2021 custa R$ 390 e dá ainda acesso aos jogos em casa.

AÇÕES NO DIA DE HOJE O clube inaugurou ontem em evento com a imprensa o Espaço Lajeadense, no Shopping Lajeado. O local permanecerá com exposição até metade de

maio. Fotos, camisas e taças que marcaram a história do clube estarão em exposição.

Hoje também haverá uma loja do Lajeadense em frente à Caixa Econômica Federal, no Centro. Lá, estará à venda uma rifa de três kits exclusivos de produtos personalizados, assim como a camisa de 110 anos.

PRESIDENTE NO A HORA ESPORTES O Programa A Hora Esportes, da Rádio A Hora, receberá hoje o presidente do clube, Everton Giovanella.

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A HORA ESPORTES | Sexta-feira, 23 de abril de 2021

INTERNACIONAL

À ESPERA DO CAMISA 10

Taison deve desembarcar em Porto Alegre no final de semana CAETANO PRETTO

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Amigos pessoais, Taison herdará a camisa 10 de D’Alessandro

ro jogo do atacante ainda é uma incógnita e passará pela evolução nas atividades no CT Parque Gigante.

De acordo com o vice de futebol do Inter, João Patrício Herrmann, a reestreia de Taison como jogador colorado ocorrerá somente quando o técnico espanhol entender que o atleta tem condições de atuar.

Sobre a regularização do jogador na Confederação Brasileira de Futebol, o clube conseguiu finalizar os trâmites burocráticos e ontem o nome de Taison já constava no Boletim Informativo Diário. Assim, ele está livre para jogar.

O procedimento foi mais simples do que geralmente ocorre com jogadores estrangeiros, quando é necessária a retirada de visto de trabalho para os atletas.

GRÊMIO

TRICOLOR RECUSA INVESTIDAS POR JEAN PYERRE

LUCAS UEBEL

O meia Jean Pyerre recebeu investidas de clubes do exterior nas últimas semana. A proposta mais concreta veio de um time da Major League Soccer, a primeira divisão dos Estados Unidos.

Uma negociação chegou a ser aberta, mas a chegada do técnico Tiago Nunes esfriou as tratativas.

Em meados de março, Jean foi oferecido a clubes da MLS e alguns deles entraram em contato com o estafe do atleta. Porém, apenas uma equipe tem negociação em andamento para tirá-lo

PARABÉNS, LAJEADENSE!

DIVULGAÇÃO

caetano@jornalahora.inf.br

Internacional espera a chegada de Taison nos próximos dias. O jogador de 33 anos resolve algumas pendência na Ucrânia e é aguardado em Porto Alegre para iniciar os trabalhos com o elenco e ficar à disposição do técnico Miguel Ángel Ramírez.

Contratado para ser o novo camisa 10 do Colorado, camisa que herdará de D’Alessandro, o primei-

CAETANO PRETTO

caetano@jornalahora.inf.br

do Grêmio.

As partes envolvidas tentam não vazar detalhes. O modelo de negócio é transferência definitiva, com o Grêmio mantendo parte dos direitos do jogador. No entanto, com a chegada do novo treinador e as recentes boas atuações do atleta, Jean deve permanecer no Tricolor.

Jean Pyerre tem contrato com o Grêmio até o fim de 2023. A multa rescisória estipulada no vínculo é de 120 milhões de euros.

Jean Pyerre tem multa estipulada em 120 milhões de euros

M

anter um clube de futebol não é fácil. Manter um clube de futebol no interior do Rio Grande do Sul muito menos. Por isso, é louvável o fato do nosso querido Clube Esportivo Lajeadense estar comemorando 110 anos hoje.

O Alviazul é o único clube de futebol profissional em ativa no Vale do Taquari.

Foi o trigésimo clube a ser fundado no Brasil e está hoje entre os vinte e cinco times em ativa há mais tempo. Não é fácil. Nunca foi. E nunca será. Por isso, mais uma vez, parabéns ao nosso clube.

Confesso que não tive muita relação com o Alviazul na infância, lembro de ter acompanhado poucos jogos. Muito pelo clube ter ficado um tempo sem atividade. Meu pai, no entanto, fazia questão de lembrar dos momentos de glórias do passado.

Mesmo sem ser ligado ao clube, estive em partidas emblemáticas, como o jogo do acesso ou a partida das chamas, contra o Juventude.

Não devo ter ido a mais de dez partidas no antigo Florestal. Hoje tenho saudade do que nem vivi.

Foi a partir do momento que virei repórter que passei a acompanhar o Lajeadense.

E também foi quando me apaixonei por este clube. De 2017 para cá, tirando o período que estive fora de Lajeado, devo ter ido a 80% dos jogos do clube em casa. Foi assim que entendi qual é a magia do Lajeadense.

O Lajeadense tem história.

O Lajeadense tem títulos. O Lajeadense tem também decepções. Mas mais importante, o Lajeadense tem torcida e pessoas que amam o clube. E enquanto tiver, o Lajeadense sempre existirá. 110 anos se foram. Que venham mais 110.

Sexta-feira, MÍN: 15º MÁX: 29º

23 de abril de 2021

AVENTURA SOBRE RODAS

DE CRISTO A CRISTO

Bombeiro Militar, Carlos Eduardo Kroth percorre de bicicleta trajeto entre estátuas de Encantado e do Rio de Janeiro EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A

paixonado pelo ciclismo, o triatleta Carlos Eduardo Kroth decidiu encarar uma aventura diferente. Desde o dia 14 de abril está percorrendo de bicicleta o trajeto de 1,5 mil quilômetros entre os Cristos. Ou seja, pedala até o Rio de Janeiro, onde fica o Cristo Redentor. A aventura deve se estender até

o dia 30 de abril.

Kroth relata que a ideia surgiu assim que descobriu que Encantado estava construindo o Cristo Protetor. “Resolvi que seria o primeiro a fazer o trajeto até o Cristo do Rio de Janeiro.” A ideia inicial é ir de bicicleta e voltar de carro.

Em relação ao trajeto, o ciclista relata que não é 100% definido, pois procura passar por cidades e pontos turísticos que não conhece. Por dia, pretende pedalar em média 120 quilômetros. Sobre a logística, conta que foi feita no improviso. “Na verdade resolvi em cima da hora, questão de dois dias já estava rodando na estrada.”

O início foi sozinho. De Encantado, o ciclista foi para Caxias do Sul e depois para Canela. No terceiro dia, passou pelos cânions, em Cambará do Sul, e, em seguida, chegou a Torres, onde en-

Sol com algumas nuvens.

Não chove.

DIVULGAÇÃO

Kroth iniciou o trajeto no dia 14 e percorrerá 1,5 mil quilômetros até o dia 30 de abril

controu com a esposa Marina.

De lá, conta com o apoio da esposa que o acompanha de carro. Relata que os familiares não gostaram quando contou a ideia, mas hoje estão mandando mensagens de apoio.

DEDICAÇÃO AO ESPORTE Kroth destaca que ingressou no esporte faz 10 anos, quando

poucas pessoas pedalavam nos Vales. Conta que começou indo a Santa Cruz do Sul para trabalho e acabou pegando o gosto.

A paixão pela modalidade o levou para outro esporte, o triatlo.

Nele já participou de diversas competições, entre elas o mundial de cross triathlon, na ilha de Mauí, no Havaí. “Meu sonho é um dia disputar a final do mundial de Ironman, em Kona, também no Havaí.”

Além de bombeiro, Kroth é sócio da empresa Yellow Bikes e para poder participar das provas de triatlo e ironman, tem uma rotina intensa de treinamentos, um pela manhã e outro à tarde. “O segredo é acordar cedo e tentar encaixar em média três horas de treino por dia. ” Conta que a viagem ao Rio de Janeiro também só aconteceu por não ter definido um calendário de provas e competições.