A Hora - 17/04/2021

A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021 | Ano 18 - Nº 2823 | Fechamento da edição: 19h

DE ENCANTADO PARA O MUNDO Obra do maior monumento do país em homenagem a Jesus Cristo vira manchete internacional e atrai as atenções ao Vale do Taquari. Resultado da mobilização comunitária e erguida com recursos 100% privados, estátua já mexe com a realidade de Encantado. Conheça os detalhes do empreendimento que impressiona o mundo e desafia a região a explorar todo o seu potencial turístico.

Páginas 11, 12 e 13

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Oportunidade de ouro Monumento pode ser um divisor de águas no turismo regional.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

O milagre do Cristo O que era alvo de chacota virou prova de que é possível materializar os sonhos.

Avulso: R$ 6,90 ALDO LOPES

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

ABRE ASPAS

“Uni a vontade de fazer doces com a de ter uma renda” ARQUIVO PESSOAL

Bruna Andrieli Manica, 16, é moradora de Teutônia e, junto com a mãe Daniela Pereira da Silva, confecciona em sua casa bolos e doces.

Desde os 15 anos, a jovem empreende no ramo gastronômico e hoje expande o seu negócio para todos os bairros da cidade.

LARISSA SANTOS larissasantos@grupoahora.net.br

Como surgiu o gosto pela culinária? Teve alguma inspiração?

Quando eu era pequena gostava de ajudar minha avó a fazer doces e bolachas, e então, com o passar do tempo, decidi vender cupcakes para as vizinhas dela. Como sempre gostei de produzir e percebi que houve uma grande procura, pensei em unir a vontade de fazer os doces com a de ter uma renda.

Criei assim a Inamoratta Doceria, em fevereiro de 2020.

Como ocorrem os processos do seu negócio?

A Inamoratta surgiu com o intuito de oferecer uma renda extra para mim e meus pais. As aulas e o trabalho de forma remota auxilia-

Sim, com a pandemia a procura pelos doces aumentou, bem como as tele-entregas. Acredito que seja pelo fato das pessoas estarem em casa, trabalhando de forma remota. Todo mundo gosta de comer um docinho no intervalo de uma atividade e outra.

ram nesse processo. Sempre tive ajuda de minha mãe na fabricação dos doces e do meu padrasto para fazer a tele-entrega deles. Durante a produção, sempre utilizo toucas e luvas. Procuro higienizar o ambiente e todos os materiais antes e após o uso para que seja seguro para todos.

Quais os produtos que fazem parte do catálogo da Inamoratta?

Oferecemos cupcakes, bolos de pote, bolo vulcão, sonho, copo da felicidade, cocadinha, roleta doce, bolo caseirinho, bolo em fatia, mousse no pote e ovos de colher, na Páscoa. Quem quiser presentear alguém que gosta tem as opções de combos e presentes.

Durante a pandemia foi intensificada a produção? Como você percebe esse momento?

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

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Com 16 anos já é empreendedora. Quais os teus planos daqui para frente? Pretende aumentar o catálogo de produtos? Oferecer loja física?

A Inamoratta é algo recente e que ainda trabalha de forma on-line, então acredito que continuará assim por algum tempo. Ter uma loja física envolve muitas coisas além de produzir doces, como toda a burocracia e custos que envolvem esse processo. Procuro sempre oferecer novas opções de produtos para os clientes, com variedades de sabores e preços diferenciados.

Qual a dica que você daria para os jovens que sonham em ter seu próprio negócio?

Quando comecei a fazer doces era por um passatempo, um hobby, porém quando vi que as pessoas gostavam e procuravam pelos produtos, tive uma imensa vontade de produzir cada vez mais. Foi então que vi a Inamoratta crescer, de só cupcakes para diversos doces que, com o tempo, evoluíram em todos os sentidos. Acredito que dar o primeiro passo seja sempre o mais difícil. Por isso, quem sonha em ter seu próprio negócio é preciso ter força de vontade e amor pelo que se faz, pois sempre terá um bom resultado e um caminho a percorrer pela frente.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

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EDITORIAL

No centro das decisões

E

ntre os motivos centrais que levam o jovem do meio rural a escolher permanecer na atividade dos pais está a possibilidade de decidir sobre os rumos do negócio, da propriedade. Participar das discussões, auxiliar na tomada de decisões, estabelecer mudanças nos processos de produção e nos investimentos fazem com que as chances de sucessão sejam mais reais.

Por décadas o Vale conviveu com o risco de esvaziamento do campo. O chamado êxodo rural. Pelos estudos, os anos de mais urbanização, entre o fim da década de 80 ao início dos anos 2000, também foram os de mais perdas em habitantes no campo.

Entre os motivos centrais que levam o jovem do meio rural a escolher permanecer na atividade dos pais, está a possibilidade de decidir sobre os rumos do negócio” Os motivos passam por diversos fatores, como: pouca perspectiva de evolução social, desvalorização da agricultura, infraestrutura de luz, água, tecnologias ineficientes.

A imagem do produtor rural empobrecido, do trabalho árduo de sol a sol, sem fim de semana, sem férias, e com moradias precárias ainda está muito latente na memória de muitos trabalhadores que deixaram a atividade primária e foram à cidade.

No passado, as famílias eram mais numerosas e o trabalho braçal. Como é a característica do Vale do Taquari, propriedades rurais pequenas. Na dificuldade de manter os filhos, os próprios pais desestimulavam a continuidade deles naquele ambiente. Junto com isso, o sonho de uma vida melhor na cidade.

Nas próprias organizações dos agricultores havia esse sentimento de desvalorização. A mudança começou com políticas públicas, mas não só isso, também com novas perspectivas de visão de mundo.

Nas medidas gerais, criou-se melhores mecanismos de apoio às famílias campesinas. Acesso a crédito fundiário, seja para as lavouras, na compra de implementos, para adaptação tecnológica e, inclusive, para construções e reformas das moradias rurais.

Aos poucos a fotografia tem mudado no interior do Vale. Em alguns, ainda há pobreza, ainda há desigualdade. Nestes, é fundamental a ação social e pública.

Mas em tantas outras propriedades, a agricultura de subsistência ficou para trás e se transformaram em verdadeiros empreendimentos rurais.

Reportagem na edição de hoje mostra um pouco destas transformações, em especial no desejo dos jovens em permanecer na atividade dos pais. Hoje muitos sucessores visualizam no trabalho na produção primária a perspectiva de atingir os objetivos de vida. Essa conduta, passa muito pelo protagonismo na tomada de decisões.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

O Cristo e a oportunidade de ouro ao Vale do Taquari A hora é esta. O momento é este. Nunca antes na história, o Vale do Taquari obteve tantos holofotes em torno de uma obra turística como agora. O Cristo Protetor de Encantado é muito mais do que um símbolo em homenagem a Jesus. Ele será – se ainda não é – um divisor de águas para o turismo regional e até mesmo gaúcho.

Encantado não será mais a mesma. O saudoso ex-prefeito Adroaldo Conzatti, um dos poucos – senão o único – a acreditar na construção do Cristo desde o início, disse a este colunista, poucas semanas antes de partir, que Encantado não estava preparada para receber o monumento. Ele tinha razão.

A cidade está em polvorosa.

Pelas ruas, cidadãos atônitos.

A cada esquina, algum deslum-

brado aprecia a imponência da estátua de Cristo, que do alto do morro das Antenas emana a proteção que a denomina. Na prefeitura, o telefone não para de tocar. Pedidos de entrevistas de todo lado. Agências de viagens querendo agendar visitação em massa e empreendedores ávidos para explorar o entorno.

Nesta segunda-feira, por exemplo, estará no morro do Cristo, uma empresa de Santa Catarina, disposta a bancar investimento num passeio de teleférico. Esta semana, a partir de mobilização de donos dos terrenos das imediações, confirmou-se a construção de uma Via Sacra do pé ao topo do morro.

Este é o momento para o turismo regional deslanchar de vez.

Jonas Calvi, o jovem prefeito, que há 30 dias era mero coadjuvante, faz um chamamento aos

prefeitos da Amvat para que se aproveitem da ocasião. “Isso não é apenas para Encantado se favorecer”. E é verdade.

Se o Trem dos Vales e o V13 – maior viaduto da América Latina – já eram a cereja do

Para onde irão os turistas depois de visitarem o Cristo Protetor? Eis o desafio regional. A estátua de Encantado impacta todas as rotas já existentes e as projetadas para o Vale do Taquari”

nosso bolo turístico, o Cristo é a embalagem de ouro que embrulha nossos pacotes e os fará brilhar país e mundo afora.

E daqui para frente?

30 a 50 minutos. Este é o tempo médio que os turistas ficam no Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Depois disso, vão a outros pontos de visitação. E como será aqui? Para onde irão os turistas depois de visitarem o Cristo Protetor? Eis o desafio regional. A estátua de Encantado impacta todas as rotas já existentes e as projetadas para o Vale do Taquari. E é por isso que este tema merece discussão regional.

Amvat, Amturvales, Codevat, enfim, todos devem olhar para o tamanho da transformação que o Cristo de Encantado está provocando.

Os astutos empresários e gestores da Serra Gaúcha já estão em processo de aproximação e querem fazer do Cristo uma extensão dos passeios a Bento Gonçalves, Gramado, Canela. O nosso desafio, é atrair os turistas direto para cá. Que venham para o Cristo e, de lá, vão para as outras cidades da nossa região.

E para isso, temos que ter oferta.

De segunda a segunda, com infraestrutura e atendimento a altura. E vamos combinar, belezas, paisagens e atrações não nos faltam.

Ao passo que a notícia sobre construção do Cristo Protetor percorre o mundo, a frase do eterno prefeito Conzatti se impõe: “Encantado não está preparada para receber o Cristo”. E disso, mais: O Vale também não.

Mãos à obra que o “problema é bom”.

Impressionado. Boquiaberto. Assim fiquei quando avistei pela primeira vez o Cristo Protetor. A imponência da estátua se avista de praticamente todos os lugares de Encantado. Estou contando os dias para subir o morro e conhecer de perto. Imagino como será dezembro, quando a obra deverá estar toda pronta. Encantado e o Vale não serão mais os mesmos

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

O milagre do Cristo

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esta semana, o povo de Encantado vivenciou um verdadeiro divisor de águas na história de 106 anos do município. A divulgação, em âmbito mundial, do Cristo Protetor mexeu com a autoestima e com as ambições da sociedade.

O sentimento é de que tudo é possível a partir da construção da gigantesca estrutura de concreto.

Não por menos. Estamos diante da maior estátua do gênero na América. Uma das maiores no mundo. Um investimento 100% privado, até o momento, e que chegou a ser motivo de chacota quando de sua divulgação, em 2019. Afinal, poucos acreditavam.

A obra do Cristo também eleva a régua sobre todas as cidades do Vale do Taquari. A sociedade encantadense demonstrou que é possível apostar em projetos mais audaciosos na área do turismo, com vistas à monetização e concretização do empreendimento a

No próximo dia 28 de abril, o Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum (MDB), estará em Encantado para mediar um encontro entre empreendedores da região e representantes do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e do Badesul. O objetivo é debater linhas de financiamento especiais para o segmento hoteleiro e gastronômico, além de outros setores de serviços ligados ao turismo. Tudo em função do Cristo Protetor, é claro.

“Desaglomeradores” curto, médio e longo prazo, e sem a sempre desejada participação do poder público no custeio das obras. A construção e toda a repercussão em torno do Cristo Protetor são a prova concreta de que é possível materializar sonhos.

A partir de abril de 2021, não há mais desculpas para os gestores e empreendedores locais.

Apoio à Corsan

Diferentemente das câmaras legislativas de Lajeado e Estrela, que rejeitaram Moções de Apoio à Companhia Estadual de Saneamento (Corsan) e não aceitaram aprovar Moções de Repúdio à privatização da complexa estatal, a câmara de vereadores de Encantado aprovou uma Moção de Apoio à Corsan, e também ao Banrisul e à Procergs.

Autismo

BRDE e Badesul

Nessa sexta-feira, o secretário estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Viana, visitou Lajeado. Além de conhecer a sede das empresas Fruki e Docile, ele também esteve na prefeitura para debater sobre a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtornos do Espectro Autista (TEA) e a criação de um Centros Regionais de Referência (CRR).

A prefeitura de Sapiranga inova na luta contra a pandemia da covid-19. Por lá, o governo municipal criou uma nova função pública: os “desaglomeradores”. São mais de 30 profissionais treinados e capacitados para atuarem na dispersão de aglomerações e no repasse de informações sobre o uso correto de máscaras à população. Todos eles são servidores concursados municipais (monitores de sala) nomeados para cumprir a função de agente desaglomerador.

Eles atuam durante a semana, das 8h às 12h e das 14h às 18h, e no sábado, das 8h às 12h.

Pro_Move e AGIL Nesta segunda-feira, a partir das 19h, ocorre nova reunião do Pro_Move Lajeado. No evento, serão apresentados os status dos eixos de inovação no ecossistema (Alimentos, TIC + TA e Saúde), e também os detalhes sobre a criação da Agência de Desenvolvimento de Lajeado (AGIL). Também está prevista a divulgação do nome do Executivo que vai comandar a AGIL, e que foi escolhido entre 32 concorrentes. O profissional está atuando em Porto Alegre, e já morou quatro anos em Lajeado. Ainda na área da inovação, o executivo municipal deve lançar edital para a criação de um Laboratório de Inovação do Governo, além de dar andamento ao projeto Lab 4.0.

Lixo Zero!

A Câmara de Lajeado acerta ao propor a campanha de conscientização “Semana Lixo Zero”.

O objetivo é propor debates em instituições educacionais, empresas, e outros espaços públicos e privados, proporcionando experiências lúdicas e técnicas, com escopo de fomentar a educação ambiental, a economia circular, o cooperativismo e a sustentabilidade. A matéria foi proposta pelos vereadores Ana da Apama (MDB), Lorival Silveira (PP), Sérgio Kniphoff (PT), Paula Thomas (PSDB), Jones Vavá (MDB), Adriano Rosa (SPB), Deolí Gräff (PP) e Heitor Hoppe (PP).

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CAMPO RENOVADO

Do abandono a uma nova visão de futuro Entre a década de 80 até o início dos anos 2000, a região enfrentou um processo de êxodo rural acelerado. Programas de financiamentos, melhorias na infraestrutura e garantia de renda reaproximam os jovens das propriedades. Pesquisa da UFSM indica que 80% das pessoas de 18 a 30 anos, filhos de agricultores, pretendem seguir o trabalho dos pais FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

E

m busca de uma vida melhor, Roberto Carlos Birck, 35, deixou o meio rural. Foram quase cinco anos de trabalho assalariado na cidade. Sem conseguir atingir os objetivos previstos devido ao custo de vida, decidiu voltar.

O ano era 2010. Nos primeiros meses de retorno, ficou na propriedade do pai da esposa, Josieli da Rosa, 32. Ajudavam no trabalho até que encaminharam um pedido de financiamento pelo Banco da Terra para a compra de uma área no interior de Canudos do Vale.

Nos pouco mais de 6 hectares, produzem leite e pepinos.

Com boa rentabilidade e mais qualidade de vida, o casal nem pensa em voltar à cidade. “Com crédito, assistência técnica e garantia de mercado enxergamos um futuro promissor. O nosso sucesso depende da dedicação e do trabalho. Temos as ferramentas para tornar o negócio lucrativo e sustentável”, afirma o agricultor.

A história de Birck e Josieli tem se repetido pelo interior do Vale do Taquari. Muito diferente do passado, quando a região enfrentava um processo de êxodo rural acelerado, explica o doutor em agronegócio e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Adriano Lago.

Esse abandono do meio rural pelos filhos de agricultores ocorreu na região entre os anos de 1980 até o início dos anos 2000. “Foi um período em que havia pouca perspectiva para os jovens. As famílias eram mais numerosas, em propriedades pequenas, com poucas condições de sustento. Os próprios pais incentivavam os filhos a sair”, destaca.

“A imagem do agricultor empobrecido, da desvalorização da agricultura tem ficado para trás.

Hoje há mais confiança de que é possível melhorar de vida na propriedade”, analisa Lago.

Algumas das políticas macro que auxiliaram neste novo momento são os programas de crédito governamental, tanto para as safras, para investimento nas moradias, compra de áreas e para tecnologias de produção e manejo.

O que faz o jovem a ficar na propriedade?

Além das políticas macro, há questões que passam pela infraestrutura (energia, internet, estradas) além da relação entre pais e filhos, explica o professor Lago.

Para tentar responder quais os motivos centrais para garantir a sucessão rural, o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Agronegócio da UFSM, entrevistou 60 agricultores, de 18 a 30 anos, em seis municípios do Vale do Taquari.

O estudo indica que 80% dos jovens pretendem permanecer na atividade agropastoril. Esse percentual, diz Lago, tem ligação com três aspectos fundamentais, muito ligados ao ambiente familiar.

“Trabalho, gestão e renda. No primeiro, os jovens já estão inseridos. Eles ajudam a família no dia a dia da propriedade. Na gestão, se verifica o nível de participação na tomada de decisões e nas estratégias do negócio rural. O último ponto, diz respeito a autonomia, de ter o próprio dinheiro, de poder fazer o uso dessa receita como quiser”, detalha do pesquisador.

O levantamento foi feito a partir de famílias associadas a cooperativa Languiru, de Teutônia. “EsARQUIVO A HORA

Vale passou por um período de êxodo rural intenso entre a década de 80 até início dos anos 2000

colhemos quatro cooperativas em diferentes regiões gaúchas. Cada uma em uma área de atuação.”

De acordo com Lago, algumas particularidades do Vale do Taquari contribuem para esse alto índice de sucessão. Entre elas, a proximidade das propriedades da área urbana, a disponibilidade de sinal de internet e telefone, e também a presença de escolas rurais.

Pela pesquisa, 98% dos entrevistados contam com acesso de boa qualidade à internet. “Em que pese algumas áreas que sabemos ter dificuldades neste acesso, o Vale do Taquari tem uma situação mais favorável do que a área central ou sul do Estado, por exemplo. Isso faz com que se tenham alguns serviços que antes só eram possíveis nas cidades.”

“Não troco o campo por nada” Jaíne Sprandel tem 23 anos.

Mora em Teutônia com os pais. Na propriedade de 9 hectares, produzem leite. Ela auxilia tanto no trabalho quanto na administração. Formada

em Engenharia Civil, decidiu continuar no interior.

“Passamos por momentos bem difíceis. Meu pai trabalhava na cidade, e a minha mãe ficava cuidando da propriedade. Minhas irmãs e eu víamos a dificuldade, e escutávamos que o melhor seria sairmos e buscar outras atividades.”

As duas irmãs mais velhas fizeram esse caminho. Jaíne não. “Me formei, e vi que não era o que queria. Desde pequena, sempre gostei daqui. De trabalhar no campo.” Com as oportunidades de investimentos, no manejo e em tecnologia, houve melhores perspectivas.

“No passado, meus pais não tinham o acesso a informações que temos hoje. Vimos que é possível se organizar, manter a propriedade, ter lucro e se sustentar”, frisa. Na família dela, todas as funções são divididas, inclusive as decisões. “Meus pais querem essa participação.

Nós conversamos, e decidimos juntos.”

A renda também é repartida, em frações iguais para os três, FILIPE FALEIRO

Pesquisas indicam um novo movimento, agora de retorno e de permanência. Muito disso está ligado ao acesso às tecnologias e oportunidades de negócio no meio rural

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021 ARQUIVO PESSOAL

SUCESSÃO NAS PROPRIEDADES Pesquisa da UFSM entrevistou 60 jovens agricultores de sete municípios. Seis no Vale do Taquari. São: Teutônia, Westfália, Colinas, Estrela, Poço das Antas, Paverama e Imigrante. De outra região, foi Maratá. Todos associados à cooperativa Languiru.

ACESSOS AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

98,3%

63,3%

Acesso a internet

TV via parabólica

76,6%

41,6%

Sinal de celular em funcionamento

TV por assinatura

RENDA Jovem recebe comissões sobre a produção ou venda de produtos

31,6% Jaíne Sprandel tem 23 anos e divide com os pais o trabalho e a gestão da propriedade em Teutônia

pai, mãe e para a jovem. “Pegamos o lucro, e cada um fica com uma porcentagem. Isso é importante, pois se trata do reconhecimento do trabalho.”

Na avaliação dela, morar no interior hoje não se difere de estar nos centros urbanos. “Eu tenho tudo o que preciso aqui. Na verdade, tenho mais qualidade de vida. Não troco do campo por nada”, enaltece Jaíne.

Função do cooperativismo A pesquisa da UFSM destaca que programas, debates e cursos voltados à sucessão rural desenvolvidos pelas cooperativas também são ferramentas importantes de estímulo à permanência do jovem.

“Anos atrás, essa não era uma preocupação das cooperativas.

Se via o êxodo rural como sendo um processo natural, pela desvalorização da agricultura, e que o governo era o responsável por mudar isso”, diz Lago. A Languiru, afirma o pesquisador, foi uma das precursoras em desenvolver projetos e ações para tentar manter o jovem no campo.

A própria Jaíne Sprandel passou por essa formação. “Foi muito legal. Um ano e meio de curso. Lembro que o professor colocava os filhos de um lado e os pais de outro, e ali conversávamos. Isso trouxe entendimento. De que o filho não pode querer revolucionar, mudar tudo, e que os pais têm uma forma de trabalho que, aos poucos, pode se adaptar aos novos tempos.”

O gerente de Comunicação, Marketing e Cooperativismo da

Languiru, Alexandre Schneider, conta que antes de analisar os resultados das ações, é preciso ressaltar o seu propósito. “Não temos dúvida da necessidade destes programas, pois está em curso uma reestruturação nas propriedades. Havia um envelhecimento e isso vem se alterando”, realça.

Para medir esse aspecto, destaca a faixa etária dos associados. Pelos dados, há uma

redução da idade média que vem desde 2004. Naquele ano, a maioria dos associados tinha mais de 57 anos.

Esse número caiu para 52 em 2007. Pela análise mais recente, de 2020, a média de idade dos associados da cooperativa está em 49,9 anos. “Para nós, essa é uma amostragem de que as pessoas estão assumindo a gestão das propriedades cada vez mais jovens”, resume Schneider.

EXECUÇÃO DAS TAREFAS

65%

Jovem e o pai dividem de forma igualitária o trabalho

13,3%

Sucessor lidera o trabalho e os pais ajudam

8,3%

Pais lideram o trabalho e o jovem ajuda

6,6%

Sucessor fica com o dinheiro da atividade que gerencia

18,3%

18,3%

Caixa único na propriedade.

Uso conforme necessidade

5%

Sucessor tem renda urbana

3,3%

Pais aposentados ou falecidos, em que o jovem recebe toda a renda agrícola

TOMADA DE DECISÕES

58,3% Gestão dividida entre jovem e pais

20%

Sucessor não tem autonomia. Pai toma as decisões

15%

Jovem tem autonomia de decidir 1,6% Decisões divididas entre o jovem, pai e irmãos

1,6% Pai e avô decidem

O pai é o responsável e o sucessor auxilia

1,6%

6,6%

1,6%

Trabalho dividido entre o pai, o sucessor e outro familiar (avô, irmão, etc.)

Sucessor tem salário fixo

Sucessor pede dinheiro aos seus pais sempre que precisar

1,6%

21,6%

Sucessor tem autonomia sobre investimentos e uso do dinheiro Sucessor tem autonomia em alguma atividade de propriedade

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Apenas uma cidade da região não registrou óbito por covid-19 DIVULGAÇÃO

Localizado na parte alta da região, Dois Lajeados é um dos 15 municípios gaúchos zerados na lista.

Prefeito acredita que tratamento imediato dos pacientes contribui para a marca positiva MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

DOIS LAJEADOS

O

Rio Grande do Sul atravessou, entre o fim de fevereiro e a primeira semana de abril, seu pior momento na pandemia de covid-19, com sucessivos recordes no número de contaminações e mortes em decorrência da doença.

E mesmo com o vírus circulando em todo o estado, algumas comunidades resistem.

Quinze municípios gaúchos

MUNICÍPIOS GAÚCHOS AINDA SEM ÓBITOS POR COVID-19 Alto Alegre, André da Rocha, Benjamin, Constant do Sul, Campestre da Serra, Dois Lajeados, Guabiju, Ivorá, Jacuizinho, Novo Tiradentes, Pedras Altas, Porto Lucena, São Valério do Sul, Senador Salgado Filho, União da Serra, Vanini Dois Lajeados tem 331 casos confirmados da doença

ainda não registraram óbitos por covid-19, sendo que um deles está no Vale do Taquari. Com população de 3,4 mil habitantes, Dois Lajeados, situado na parte alta da região, às margens da ERS-129, faz parte deste seleto grupo.

Com o primeiro caso registrado em junho, Dois Lajeados soma, de acordo com o último boletim epidemiológico, 331 pacientes confirmados com a doença. Destes, apenas um está com vírus ativo. Em março, chegou a ter 63 pessoas contaminadas. Curio-

samente, dos municípios sem óbitos, é o que mais teve casos da doença desde o começo da pandemia.

“Tratamento imediato” Na avaliação da Secretaria Municipal de Saúde, a adoção do tratamento precoce surtiu efeito no combate à covid-19 em Dois Lajeados. O chamado kit Covid é recomendado para

todos os pacientes diagnosticados com a doença e oferecido gratuitamente na rede básica de saúde, mediante prescrição médica.

“Sabemos que tem um embate muito grande sobre o tratamento precoce, mas os médicos daqui indicam. Claro que vai muito do paciente, mas foi muito importante a adoção do tratamento imediato. Por ora, está dando certo”, comenta o prefeito Tiago Grando.

O fato de Dois Lajeados ser um município pequeno, para Grando, também ajuda no contexto. “Nós invertemos um pouco a situação.

Ao sentirem os sintomas, os pacientes devem procurar imediatamente o tratamento, pois o que é tratado no início tem probabilidade de cura maior. E muito disso se dá também pelo atendimento.

Os médicos acompanham, ligam para o paciente”, avalia.

Segundo Grando, alguns pacientes necessitaram de internação em leitos de UTI na região, mas se recuperaram da doença.

O Hospital São Roque, da cidade, possui apenas leitos clínicos.

Vacinação A vacinação no município de Dois Lajeados avança e está na faixa etária dos 60 anos. São 906 pessoas imunizadas com a primeira dose, enquanto 295 já receberam as duas doses. A imunização é feita sempre no Parque de Eventos do município, numa área aberta.

“Já são 26% da população imunizada. Utilizamos até o sábado de Páscoa para vacinar a população”, salienta Grando.

RS segue em bandeira preta Parque do Imigrante tem mutirão de vacinação no sábado

Na 50ª rodada do Distanciamento Controlado, todo estado está em risco altíssimo de contágio do coronavírus

ARQUIVO A HORA

ESTADO

M

esmo com melhora nos índices, todo o Rio Grande do Sul foi classificado com bandeira preta pela sétima semana consecutiva, desde que o sistema de salvaguarda de leitos foi implementado. A regra garante a aplicação automática da bandeira mais grave a todas as regiões quando a capacidade hospitalar está próxima do limite.

Como há risco de as equipes de saúde estarem sobrecarregadas e de haver atraso no preenchimento dos dados, a norma foi adotada.

Nesta 50ª rodada, houve nova redução nos números de pacientes confirmados com Covid-19

em leitos clínicos (-11%) e em UTI (-10%), comparativamente à semana anterior. O número de registros de óbito também reduziu, caindo 14% no período.

No cálculo desta rodada, o estado estava com 333 leitos de UTI livres e 2.096 pacientes confirmados com covid-19 em UTI, alcançando um índice de 0,16 – ainda abaixo da régua da salvaguarda.

Ainda assim, o número está melhor do que na rodada anterior, quando foi de 0,06.

Como a ocupação hospitalar ainda está próxima a 90%, o Estado segue com pressão sobre o sistema de saúde gaúcho.

O monitoramento das hospitalizações dessa sexta-feira, 16, mostra que há uma desaceleração na queda de internações no Estado em leitos clínicos. A variação de pacientes confirmados com coronavírus na semana retrasada foi de -21,4%, na semana anterior de -,18,3% e, nesta semana, de -10,8%.

Números do Vale A região de Lajeado, que corresponde aos municípios do Vale do Taquari, está com média ponderada em 1,88, a baixo dos 2,5 da bandeira preta. A nota apresenta melhora há cinco semanas, quando estava em 2,55.

Dois Lajeados tem 331 casos confirmados da doença LAJEADO

Com o recebimento de novas doses da vacina contra a covid-19, o município de Lajeado realiza neste sábado, 17, um mutirão de vacinação. No Parque do Imigrante, idosos com 62 anos completos ou mais podem buscar a aplicação do imunizante. A ação ocorre das 8h às 14h, no formato drive-thru.

No mesmo local, seguirá dis-

ponível a vacinação para segunda dose de todos aqueles que estão na época de buscarem o reforço da imunização. Neste caso é necessário levar a carteirinha de vacinação para comprovar a data da primeira dose. O reforço foi marcado para um intervalo de 28-30 dias depois de feita a primeira dose do Coronavac e 12 semanas depois da primeira dose da Oxford.

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Edital de concessão das rodovias do Vale será publicado em setembro ARQUIVO A HORA

Secretário estadual de Parcerias, Leonardo Busatto, participou de audiência virtual da Amvat nessa sexta.

Ele quer vir à região presencialmente para apresentar estudo feito pelo BNDES

Dragagem será feita entre os municípios de Bom Retiro do Sul (foto), Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Taquari e General Câmara

Dragagem permitirá retomada do fluxo de navegação no Rio Taquari

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

concessão de rodovias estaduais do Vale do Taquari foi tema de audiência pública virtual nessa sexta-feira, 16. O debate, promovido pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), serviu para alguns esclarecimentos sobre os próximos passos do projeto, que deve ser finalizado nos próximos meses.

O secretário extraordinário de Parcerias do RS, Leonardo Busatto, e o diretor de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Rafael Ramos foram os convidados da audiência. Conforme Busatto, a intenção é publicar o edital da concessão em setembro. “Ainda temos um prazo razoável de discussão, mas sabemos que ele anda muito rápido”, argumenta.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já entregou o estudo de campo de demanda (contagens e pesquisas), que estão sob análise pela equipe técnica do Palácio Piratini. Em breve, o governo terá reuniões técnicas com o consórcio que elaborou a proposta, em conjunto com entidades representativas.

DIVULGAÇÃO

Debate virtual na tarde dessa sexta discutiu o futuro das rodovias da região

A intenção é que o estudo seja apresentado em uma reunião presencial no Vale, com data a ser definida, a depender também da situação da pandemia. “Me comprometo em ir presencialmente, trazendo o que já se projeta de investimentos para a região, o que se prevê em termos de melhorias”, afirma Busatto.

Pedágio de Encantado Um dos pontos discutidos durante a assembleia foi a praça de pedágio de Encantado, na ERS130. Segundo Busatto, o Estado tem recebido uma série de críticas quanto a localização da estrutura. Porém, ele alerta. “Quanto mais pessoas passam pelo local, menor será a tarifa. Se deslocar para um trecho com menos movimento, ela será maior”.

Prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel discordou da possibilidade de mudança da praça de pedágio. “A questão da

localização nos preocupa. Não conseguimos imaginar que ela seja deslocada para outro ponto.

Tenho certeza que isso causaria um problema para nós, prefeitos”, opina.

Cronograma Para Isidoro Fornari Neto (PP), vereador de Lajeado, primeiro o Estado precisa apresentar um cronograma de obras previstas nas rodovias concedidas para, depois, se falar em tarifa e mudança de pedágio. “Participei dos estudos da duplicação da BR-386 e nós sabemos de tudo o que está previsto para acontecer nos próximos anos, o que é contemplado no projeto”, observa.

Busatto reforçou que, no estudo, consta as intervenções necessárias, que consideram o volume de tráfego atual e a projeção para o futuro e lembra que a concessão da RSC-287, que também passa pelo Vale, conta com um cronograma detalhado das obras e o período em que ocorrerão.

Serviço autorizado pelo Dnit busca proporcionar canal navegável de 2,5 metros de profundidade. Para a CIC-VT, procedimento possibilita que região se transforme em rota de integração com a Hidrovia do Mercosul BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiu uma Ordem de Serviço para a realização da dragagem no rio Taquari.

Os serviços são para melhorar as condições de navegabilidade no curso do rio. A dragagem vai acontecer entre os municípios de Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Taquari e General Câmara.

A autarquia trabalha para que a

hidrovia do rio Taquari tenha as condições necessárias para o trânsito fluvial e segurança da navegação para os usuários. A empresa contratada realizará o serviço para que o canal de navegação tenha um calado, profundidade em que cada navio está submerso na água, de 2,5 metros.

O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, Ivandro Rosa, comenta que a dragagem do rio é um dos requisitos para a retomada da navegação no local.

“O rio está muito comprometido, em função principalmente das últimas enchentes. Tivemos mudança do fluxo, do nível do rio. Essa última enchente de julho do ano passado foi muito agressiva. Temos muitos cascalhos no fundo do rio, acabou soterrando. E isso dificulta a navegação. Barcos não conseguem circular”, diz Rosa.

Com as intervenções, o rio Taquari pode voltar a ser importante rota para integração da Hidrovia do Mercosul.

“O fluxo de navios de mercadorias está muito reduzido. Em função do soterramento, as embarcações vêm com cargas reduzidas. A dragagem vai possibilitar o transporte de cargas maiores e a também a retomada de outras mercadorias e produtos, que agora acaba sendo principalmente de areia”, explica Rosa.

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O CRISTO NO DETALHE

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Conheça as peculiaridades da gigantesca obra que virou manchete internacional nesta semana e saiba quais as iniciativas já previstas para atrair visitantes ao maior monumento brasileiro em honra a Jesus FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

ENCANTADO

U

ma agência de turismo de Porto Alegre organiza, para este fim de semana, o que deve ser o primeiro grupo a pagar para conhecer o Cristo Protetor de Encantado. Nem o aviso de fechamento da obra para visitação cancelou a viagem. Almoços e passagens já estavam reservados. Cerca de 20 turistas virão ao Vale para fotografar o maior monumento em honra a Jesus do Brasil, nem que seja de longe.

A exaltação em torno do Cristo encantadense iniciou após a divulgação das primeiras imagens do rosto e braços içados. Uma provocação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, repercutiu

Confira o vídeo de como está a obra:

nacionalmente nas redes sociais.

Após, imagem do fotógrafo Sílvio Avila, da agência de notícias AFP, parou em diversos portais internacionais. Isso foi suficiente para que a estátua se tornasse “pop”, mesmo antes de concluída.

A obra iniciou em julho de 2019 no topo do Morro das Antenas.

Conforme o supervisor Artur Lopes de Souza, a estrutura terá cerca de 1,6 mil toneladas de concreto, argamassa, ferro e vigas metálicas. “Até o momento, já utilizamos mais de 1,2 mil toneladas de materiais”, ressalta.

Atualmente, a obra está na fase da edificação da vestimenta do Cristo. Esculpir a imagem fica a cargo de Moisés Markus Moura.

Um dos diferenciais do monumento será o elevador interno, que chegará aos 34 metros, no coração de Jesus.

Neste ponto, haverá espaço para contemplação dos morros, rio Taquari e cidades da região. A cabeça é oca e terá uma abertura para o ponto mais alto da estátua – obviamente com acesso não permitido aos futuros turistas.

O Cristo Protetor de Encantado é construído com doações da comunidade. A associação chamada “Amigos de Cristo” trabalha para angariar cerca de R$ 1,5 milhão, empréstimo viabilizado pela Sicredi para concluir a obra, o que deve ocorrer no fim de 2021.

Interessados podem doar para a “Assoc. Amigos de Cristo de Encantado” (Banco Sicredi, Ag.: 0136, Cc: 5567-5, CNPJ: 33302974/0001-89).

CONTINUA >>

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Depois de pronta O que será feito em torno do terreno de 1,8 mil metros quadrados onde repousa o Cristo ainda é uma incógnita. Mas há grandes expectativas. Como exemplo, nesta semana uma empresa agendou visita para estudar a possiblidade de um teleférico no local.

O que a Associação Amigos do Cristo confirma é que a estátua deverá contar com um mirante voltado à cidade de Encantado. Também terá estrutura para alimentação, espaço para a venda de lembranças e banheiros.

Conforme um dos representantes da associação, Rafael Fontana, há possibilidade de também criar espaços de preservação de grandes pedras existentes hoje no morro. No passado, o local era usado como pedreira para a retirada de paralelepípedos usados nas ruas centrais de Encantado.

O governo encantadense também busca verbas com o Estado para pavimentar os 2,5 quilômetros que ligam a Lagoa da Garibaldi até o topo do Morro das Antenas.

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Preparado aos visitantes?

Preparar a população para receber o público é um dos desafios para a consolidação do Cristo Protetor de Encantado, aponta Fontana. Conforme ele, a maioria dos empreendimentos do Vale precisa de adequações simples para agradar ainda mais os futuros visitantes. “É a forma de apresentar um prato ou a decoração de um ambiente”, pontua.

Outro desafio será criar atrações para se integrar ao Cristo.

Fontana percebe que a grandiosa estátua de Jesus tem potencial para ser chamariz, mas haverá necessidade de outras opções turísticas para que as pessoas venham e prolonguem sua estada no Vale do Taquari.

Interligar o Trem dos Vales com o Cristo já é uma das ideias previstas ao futuro.

Outra proposta elaborada por um grupo de peregrinos prevê a criação de três roteiros até o monumento. Os trajetos seriam de 100 quilômetros, iniciando em pontos diferentes do estado, com destino final na estátua encantadense.

ALTURA

43 metros ENVERGADURA DOS BRAÇOS

39 metros PESO TOTAL

1,6 mil toneladas CONCRETO

483 m³ ARGAMASSA

46 toneladas (até o momento)

FERRO DE CONSTRUÇÃO

44 toneladas (até o momento)

A rota dos “MAIORES”

Não é só o Cristo de Encantado que chama atenção pelas suas dimensões. Em um raio de 100 quilômetros da ousada obra, existem mais atrativos turísticos classificados como os maiores em âmbito nacional e até continental.

Maior bungee jump (80 km)

Com 150 metros de altura, o Parque de Aventuras Gasper tem o maior salto de bungee jump do país. A queda livre varia de 40 a 60 metros dependendo do peso do aventureiro. O empreendimento foi inaugurado em 2016. Está localizado na linha Eufália, em Bento Gonçalves, a cerca de 80 quilômetros de Encantado.

VIGAS METÁLICAS

17 toneladas

Arvorezinha

Ilópolis

PROFUNDIDADE DAS SAPATAS

2 metros

Put u ing n a

BARRAS DE ANCORAGEM

140 ALTITUDE DO MORRO

418 metros TAMANHO DO TERRENO

1,8 mil m²

Relvad a

Pouso P Novo

Coqu queiro Baixo

Progresso

B

Gramado Xavier

Trave v ssei Boqueirão do Leão

Canu n dos do Val ae

Marqu ques de Souza F rqu Fo quetinha

Sério

Sant n a Clara do Sul Mato Leitão ã

Venâncio Aires

Cr uz C do S

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Maior caverna de basalto (40 km) Anta Gorda tem uma das maiores cavernas de basalto da América do Sul. A formação rochosa está localizada na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, no distrito de Itapuca, a cerca de 40 quilômetros de Encantado.

A caverna tem 30 metros de largura e 14 de comprimento. Na gruta, também há espaço com arborização, churrasqueiras e até área para acampamentos.

“Vemos que, mesmo durante a pandemia, a gruta está sendo muito visitada. As pessoas precisam desse espaço de fé e orações”, acredita a secretária de Turismo de Anta Gorda, Marili Debortoli.

A secretária comemora a obra e percebe que o Cristo poderá se tornar um elo de ligação no turismo entre Encantado e a região alta do Vale. Além da gruta, Anta Gorda também possui caminhos autoguiados, moinhos antigos, cascatas e a Rota Turística da Erva-Mate.

Maior viaduto férreo (30 km)

Ant n a Gorda

D is Lajead Do a os

Vesp s asian a o Correa

Dout u or Ricardo

do

Muçum

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Localizado em Vespasiano Corrêa, o Viaduto 13 é a maior ligação férrea das Américas. A gigantesca construção tem 143 metros de altura e 509 metros de comprimento. Faz parte dos 27 viadutos da Ferrovia do Trigo, entre Passo Fundo e Muçum.

Também conhecido como V13, o viaduto férreo inaugurado em 1978 já é um dos pontos mais visitados da região e fica a cerca de 30 quilômetros de Encantado. “Só temos a ganhar ainda mais com o Cristo e com o aumento de turistas que virão para o Vale. Somos parceiros para a região ser referência no turismo”, afirma o secretário de Turismo de Vespasiano Corrêa, Daniel Gavineski.

Ele já visitou a obra do Cristo e classifica o trabalho como “visionário”. Na avaliação dele, a região precisa se unir cada vez mais para fomentar a vinda de turistas, atividade que já garante o sustento de inúmeras famílias na região.

Encant n ado

Capitão ã

Roca Sales

Arroio do Meio

ALDO LOPES

Imigran a te West s fá ál ia

Colinas Lajeado

zeiro Sul

Teut u onia

Poço das a Ant n as

Estrela

F ze Fa z nda Vilanova v

P ve Pa v ram a a

Bom Re R tiro o do Sul T baí Ta

Taq aquar a i

Maior cactário (30 km) Em meio século, a coleção de Leopoldo Horst se tornou o maior cactário em variedade da América do Sul. São mais de mil espécies de cactos e suculentas encontradas no empreendimento localizado próximo à prefeitura de Imigrante.

Carregando o nome da família, o Cactário Horst possui plantas de todo mundo com preços que variam de R$ 6 até mais de R$ 3 mil. O cultivo de um cacto pode demorar décadas, conta o atual proprietário, Ingo Kurt Horst.

A instalação do maior monumento de Jesus a cerca de 30 quilômetros do cactário anima Horst. “Um restaurante bom, o trem, um monumento. Tudo ajuda a trazer mais visitantes”, comenta.

Conforme ele, o empreendimento familiar já é visitado anualmente por milhares de pessoas de todo o Brasil em função da proximidade com Gramado.

ENTREVISTA RONALDO SANTINI Secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini visitou o Cristo de Encantado no sábado passado, dia 10. Em entrevista ao A Hora, enaltece a grandiosidade da obra e aborda os desafios para atrair os visitantes no futuro.

“O Cristo fez os olhos do mundo se voltarem ao Vale” A Hora: Na sua avaliação, o que representa ter o maior monumento em honra a Jesus no interior do RS? Santini: Ter o maior monumento em honra a Jesus no interior do RS é, sem dúvida nenhuma, um orgulho para nós gaúchos.

Com o destino turístico cada vez mais trabalhando setores como o turismo religioso, certamente fará com que possamos trazer ao RS a visita de pessoas de diversos estados do país e diversas nações, especialmente, quem está voltado a essa prática do turismo da fé, turismo da esperança. Nesse momento que estamos passando, o Cristo tem um papel muito importante na renovação dos nossos propósitos e do nosso destino como ser humano.

A Hora: Quando pronto, como o Cristo Protetor de Encantado poderá ser interligado com outros roteiros turísticos do estado visando a atração de visitantes?

Santini: O Cristo Protetor será um dos atrativos que a região precisa trabalhar. O Cristo fez os olhos do mundo se voltarem ao Vale. Agora a gente precisa fazer que tudo isso possa ser aproveitado da melhor forma possível. Precisamos agregar ao Cristo outras atividades que fomentem o turismo como um todo.

Esse é o nosso papel como agente público do Estado.

Auxiliar nessa qualificação e preparo da região para receber o grande número de turistas que deve se des-

locar para Encantado e região.

A Hora: O governo de Encantado apresentou um pedido para pavimentação do trecho de 2,5 quilômetros entre a Lagoa da Garibaldi e a estátua.

O que podemos falar neste momento sobre essa demanda solicitada ao Estado?

Santini: A pavimentação do acesso até a Lagoa da Garibaldi até o Cristo é uma das ações que temos que tomar para facilitar a chegada dos turistas até a imagem do Cristo e para que a gente possa integrar os outros pontos turísticos da cidade. Estamos analisando o projeto para viabilizar os recursos para essa obra.

A Hora: Passado o boom inicial, há algo a mais que o Estado poderá fazer para consolidar o Cristo Protetor de Encantado como um ponto turístico de renome no RS? Santini: A consolidação do Cristo Protetor como um destino turístico do RS passa por uma série de outras ações como a qualificação profissional dos receptores dos turistas, a melhora na infraestrutura, melhora na sinalização e uma ampla divulgação deste destino turístico depois de pronto, para que o mundo conheça essa obra e o verdadeiro significado que ela tem. Essas ações terão de ser feitas em conjunto com o setor privado, que proporcionou essa magnífica obra, e o setor público que são os municípios, Estado e a União.

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Diretor do A Hora assume presidência da ADI-RS Adair Weiss fica à frente da entidade até 2022 e aposta na influência dos jornais no interior do estado para o crescimento do mercado BIBIANA FALEIRO bibianafaleiro@grupoahora.net.br

BIBIANA FALEIRO

ESTADO

M

odernização, adaptação e fortalecimento dos jornais e suas plataformas complementares são algumas das propostas da nova diretoria da Associação de Diários do Interior (ADI-RS) para a gestão 2021/2022. A posse, de forma virtual, ocorreu na manhã dessa quinta-feira, 15. Adair Weiss, diretor executivo do Grupo A Hora, assume a presidência da entidade e sucede

Eládio Dios Vieira da Cunha, que esteve no cargo de 2019 a 2021.

“Agradeço a confiança dos colegas. Vamos nos valer da história e experiência do que foi feito até aqui para redesenhar os rumos da entidade”, diz Weiss.

Ele percebe a mudança nos jornais e a influência que desempenham no interior, com o fortalecimento e audiência dos portais de comunicação que ocupam lugares de destaque nas microrregiões do RS onde atuam.

“Isso, somado às demais plataformas, potencializou o espectro e alcance dos jornais”, afirma.

Com cerca de 30 jornais relevantes e bem estruturados, a associação tem cobertura em áreas importantes do estado. A proposta para a nova gestão é levar ao mercado, grupos de comunicação modernizados e em constante adaptação às necessidades do negócio.

“Nossos jornais, hoje, são muito mais influentes do que há 10 anos.

Todos se fortaleceram em sua audiência, embora a tiragem impressa tenha caído um pouco. Fato é que o interior continua adepto aos impressos e adiciona o digital para sua abrangência e alcance de novos públicos”, afirma.

Weiss acredita no fortalecimento

DIVULGAÇÃO

Weiss (à esquerda) sucede Eládio Dios Vieira da Cunha (d) no comando da ADI

dos veículos regionais, pela proximidade e vínculo afetivo com seu público.

Além da credibilidade que às comunidades onde atuam. “Vida longa aos jornais, agora mais fortes e com audiência multiplicada em vários de seus canais multiplataforma”, observa.

Relevância no interior O ex-presidente da entidade, Eládio Dios Vieira da Cunha esteve à frente da associação por três anos consecutivos. Da última gestão, ele destaca a criação do projeto “Voz do Interior”, onde os diários associados da ADI veiculam material jornalístico de forma simultânea, abrangendo temas em comum de todas as regiões.

Cunha também comenta sobre o

jornalismo atual. “O que se verifica na prática é que os jornais impressos das grandes metrópoles têm perdido forças, ao contrário dos diários do interior que têm se fortalecido ao longo dos anos e, mesmo com a pandemia, permanecem com vitalidade extraordinária, capazes de representar as comunidades em que atuam”, afirma.

Segundo ele, não se pode imaginar as cidades do interior do estado sem um jornal impresso que represente a comunidade com responsabilidade.

E aposta no trabalho da nova diretoria para fazer com que os meios continuem atuantes, modernos tecnologicamente, com edições impressas, portais digitais e informações precisas. “Os jornais vão entregar o que as pessoas precisam”, acredita.

DIRETORIA ADI-RS 2021/2022 Presidente: Adair Gilberto Weiss – diretor executivo do A Hora (Grupo A Hora), de Lajeado, Vale do Taquari; Vice-Presidente: Márcio Vieira da Cunha – diretor comercial do Jornal do Povo (Grupo Vieira da Cunha), de Cachoeira do Sul, Região Central; Secretária: Teolides Luiza Antonello – gestora executiva do Jornal Diário Serrano (Grupo Serrano), de Cruz Alta, Região Planalto e Alto Jacuí; Tesoureiro: Ricardo Silberschlag - diretor do Jornal Folha do Mate (Grupo Folha), de Venâncio Aires, Vale do Rio Pardo.

Conselho fiscal Titulares: Alexandre De Grandi – gestor comercial do Jornal Diário de Santa Maria (Grupo Diário), Região Central; Hélio Correia – diretor do Jornal Bom Dia (Grupo Bom Dia), de Erechim, Região Norte e Nordeste.; Múcio de Castro Filho – diretor do Jornal Nacional, de Passo Fundo, Região das Missões.

Suplentes: Moacir Menezes – diretor do Jornal de Gravataí e Folha de

Cachoeirinha, Grande Porto Alegre; Luiz Valdir Andres Filho – diretor do Jornal A Tribuna (Grupo Sepé de Comunicação), Santo Ângelo, Região Noroeste e Missões; Omar Batista Luz - diretor do Jornal Momento de Osório (Grupo Gazeta Litorânea) Diretores de Relações Institucionais: Cláudio Scherer – diretor do Jornal Integração Gramado e Canela (Grupo Integração da Serra Gaúcha); Virginia Fetter – diretora do Diário Popular de Pelotas, Região Sul. Diretora de Eventos e Promoções: Patrícia Cerutti – diretora do Jornal O Alto Uruguay, de Frederico Westfhalen, Região do Alto Uruguai.

Diretor de Produtos e Serviços: Sydney de Oliveira – diretor administrativo e financeiro do Jornal Gazeta do Sul (Grupo Gazeta do Vale do Rio Pardo), de Santa Cruz do Sul. Conselho de ex-presidentes (5 últimos) Eládio Dios Vieira da Cunha –

Jornal do Povo (Grupo Vieira da Cunha), de Cachoeira do Sul, Região Central. (2004/2006, 2011/2012 e 2018/2021) Sérgio Klafke – Jornal Folha do Mate (Grupo Folha), de Venâncio Aires, Vale do Rio Pardo (2016/2018) Jones Alei da Silva – Jornal Gazeta do Sul (Grupo Gazeta), de Santa Cruz do Sul, Vale do Rio Pardo – (2014/2016); Mara Rúbia Flores – Jornal Ibiá, de Montenegro, Região do Vale do Caí (2013/2015); Ivone Villa – diretora do Jornal O Informativo, de Lajeado, sucessora do ex-presidente Oswaldo Carlos Van Leeuwen (sócio fundador da ADI).

O convite é singular, uma forma de reconhecimento à importância do Jornal O Informativo e seu fundador Oswaldo Carlos Van Leeuwen, que foi um líder atuante na entidade. Ivone substitui o expresidente Kamal Badra, da Plateia, que seria o quinto presidente, mas está se desligando do jornal. A definição pela Ivone é uma escolha pessoal do novo presidente, entretanto, justa e meritória pela importância do Sr. Oswaldo Carlos Van Leeuwen e os esforços de Ivone Villa, que atualmente dirige o diário O Informativo.

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

Resumo da novela Império

legacia. Danielle garante a José Pedro que ele será o sucessor de José Alfredo.

Maria Clara e Enrico marcam a data do casamento. Érika comenta com Téo que Cláudio faz passeios noturnos. Cristina decide procurar a suposta carta de Eliane. Cora faz um escândalo durante o velório da irmã e Xana percebe o seu fingimento. Lorraine decide falar com Maria Marta. José Pedro questiona José Alfredo sobre a sucessão da empresa.

Elivaldo agride um preso na cadeia. Cristina encontra a falsa carta de Eliane.

OBITUÁRIO ARI JOSÉ DE CONTO, 77, faleceu quinta-feira, 15, em Encantado. Sepultamento foi sexta-feira, 16, no Cemitério Santo Agostinho, em Encantado.

Para informar falecimentos: • WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200

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Solução

21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04 21/03 a 20/04

Início de viagens Luan (?), cantor

O mais leve dos metais (símbolo)

Abandonar o serviço militar

Constelação também chamada Altar ência cional viação l (sigla)

"Demais", na fala do gaúcho uatro, e (MG) está op.)

B

(?) americano, embalagem de requeijões

M

Local onde se cumpre a prisão domiciliar

B

Significa "ar", em "aerobarco"

Solução

N

PEIXES: Deve rolar uma ligação forte com seus queridos, e poder curtir o seu cantinho e guardar memórias com eles será bom.

46

I FE O R I A C A R I O C A

AQUÁRIO: No amor, vida que segue: a Lua Nova avisa que tudo que não era bom ou não deu certo deve ficar no passado.

BANCO

D E S E R T A R

CAPRICÓRNIO: Aproveite para planejar o futuro com o mozão e, se tiver um crush em vista, acione o contatinho.

Constelação também chamada Altar

R R E C B R A R I D O L A C O I A R CO S P AS T O N T AD A D I C A O A N S E A

SAGITÁRIO: Também pode perder o controle e torrar sua grana com diversões, jogos, esportes e coisas que curte.

Agência Nacional de Aviação Civil (sigla)

A R E N A S

ESCORPIÃO: Em família, contará com paciência para as responsabilidades domésticas e se sentirá bem cuidando do pessoal.

Associação que surgiu durante a Revolução Industrial (?) Ham(Hist.) burger, (?) da terra: diretor de é demo- "Xingu" cratizada pela reforma agrária

A E

© Revistas COQUETEL

"Demais", na fala do gaúcho

LIBRA: Em casa, o clima é o mesmo e há sinal de tensão com parentes. Cuidado com manipulações.

F

Repressor Dela fazem parte os (fig.) bairros da Pavuna e Espaço de escolas Anchieta aproveitado no recreio (RJ)

Tinta da fotocopiadora Lançar os (?): arriscar

A dúvida de Hamlet (Lit.) Designada

R B

21/03 a 20/04

(?) Quatro, cidade (MG) Aí está (pop.)

B

21/03 a 20/04

Início de viagens Luan (?), cantor

A

21/03 a 20/04

Arma do Legolas (Lit.) Estádios modernos

(?) americano, embalagem de requeijões

M

21/03 a 20/04

(?) de cristal: 15 anos de casamento

Abandonar o serviço militar

B

21/03 a 20/04

Billy (?), cantor de "Rebel Yell"

O mais leve dos metais (símbolo)

N

21/03 a 20/04

Existir em grande quantidade Ancestral do homem, no Evolucionismo

P P E A R T I I FE O R I A C A R I O C A

DAS DIRETAS

Cidade natal de Manuel Bandeira Abastadas

D E S E R T A R

VIRGEM: Lua e Saturno entram num clima delicinha e enchem o seu astral de magia logo na madrugada de sexta.

Local onde se cumpre a prisão domiciliar

Registro dos temas da reunião

C D A L U I S L A T A R E C R A R I D O L C O I A R CO S P AS T O N T AD A D I C A O A N S E A

LEÃO: A Lua Nova avisa que é o momento perfeito para você e o mozão realizarem o sonho da casa própria.

Se está na pista, pode pintar romance.

1.050, em romanos Cerveja, em inglês

A R E N A S

CÂNCER: Nos negócios, conhecerá seus limites e pensará bem antes de investir seu dindim pra não entrar em roubadas.

Significa "ar", em "aerobarco"

N G U A C M L E E S O F A A C M A O D S E O M S I C P O

GÊMEOS: Vai ser fácil se relacionar com as pessoas, sejam elas da sua turma ou novas amizades. Contará com mais foco e concentração nos estudos.

Repressor Dela fazem parte os (fig.) bairros da Pavuna e Espaço de escolas Anchieta aproveitado no recreio (RJ)

Dedica-se à produção de teses e dissertações, em uma faculdade Página da agenda

4/anac — beer —

TOURO: Há risco de problemas em viagem, inclusive de trabalho, dificuldades nos estudos ou dores de cabeça com parentes.

Pac-Man, Doom e Nossa Super MaSenhora rio Bros de (?), (Inform.) padroeira do México Claros e simples

• E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

HORÓSCOPO ÁRIES: Seu lado dominador vem à tona, fazendo com que você se meta na vida dos outros, queira liderar os colegas de trabalho e controlar tudo.

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E E S O F A A C M A O D S E O M S I C P O

IRMA ROSA HOSS, 93, faleceu sexta-feira, 16, em Estrela. Sepultamento foi no Cemitério Católico de Novo Paraíso, em Estrela.

AMALIA CILENA MERLO, 84, faleceu sexta-feira, 16, em Nova Bréscia.

Sepultamento foi no Cemitério Católico de Capitão.

YARA MARIA SCHMIDT PANCOTE, 71, faleceu quinta-feira, 15, em Lajeado. Ela foi cremada sexta-feira, 16, no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

4/anac — beer — idol. 5/toner. 9/guadalupe. 16/periferia carioca.

Cora discute com Eliane e insiste que ela diga para Cristina que ela é filha de José Alfredo. Robertão vai à casa de Maria Ísis. Cora imita a letra de Eliane e escreve uma carta para Cristina. Cora certifica-se da morte da irmã e chama uma ambulância. Enrico gosta da animação de Vicente. José Alfredo exige que o advogado liberte João Lucas. Cora entrega para Cristina a carta que escreveu em nome de Eliane. Cora arruma o quarto de Eliane e o assume como seu.

Du observa José Alfredo chegar à de-

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A HORA ESPORTES | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

RESENHA ESPORTE CLUBE

SEM RESSACA, O SAIDERA SE DESTACA NO VALE Clube criado por amigos de Teutônia disputa a Copa Soges desde 2012 DIVULGAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE

ARQUIVO A HORA

ezequiel@jornalahora.inf.br

“M

e vê a saidera!” A frase é muito dita nos bares e também serviu de inspiração para uma turma de amigos. Em 2007, o grupo de Teutônia criou o Saidera FC, equipe que disputa os principais torneios de futsal e futebol 7 do Vale do Taquari.

Natural de Linha Berlim, Westfália, Leonardo Kliks, 29, se mudou para Teutônia aos 7 anos. Lá logo fez diversos amigos, com quem jogava futebol aos fins de semana. Em 2007, ao lado de Alexandre Camargo e Evandro Greef criaram o Saidera para jogar competições pelo Vale. Dos atletas que estiveram na primeira formação, além de Kliks e Sandro, Gustavo da Rosa e Vando Dieger estão ainda no elenco.

Em 2012 os amigos decidiram dar um passo a mais na história do time e buscaram novos desafios.

Se associaram na Soges e fizeram parceria com o Tô Na Área, time que disputava a competição. “Com o passar dos anos os atletas do Tô Na Área saíram e ficou somente a nossa turma.”

Kliks relata que o grande objetivo do time é ser competitivo fora e dentro de campo, como na copa e churrasqueira.

Em 2016, o clube se arriscou até no futebol de campo. Kliks conta que naqueles anos apenas dois times de Teutônia disputariam o Regional Aslivata e com isso os atletas

Saidera FC foi criado em 2007 por um grupo de amigos.

Base do time continua a mesma até hoje

do Saidera não teriam vaga. Na ocasião foram eliminados para o 25 de Julho, atual campeão Regional.

O projeto não seguiu adiante pela falta de gente. “Quem organizava tudo eram os mesmos que jogavam e isso desgastava demais, por isso resolvemos dar uma segurada, quem sabe no futuro possamos voltar.”

MASCOTE, LOGO E FARDAMENTO O logo da equipe é uma garrafa virada dentro do copo, uma alusão a cerveja, outra paixão dos fundadores. As cores do time são azul claro e branco. Já o mascote é chamado de Borrachinho. Segundo Kliks, uma homenagem aos mais fortes do time que aguentavam tomar todas após os jogos. “Esse é o nosso grande diferencial, o futebol é apenas uma desculpa.”

MOMENTOS MARCANTES Kliks destaca que são vários momentos que marcaram a equipe. Os acessos na Copa Soges, torneios disputados ao longo dos anos, os títulos conquistados, como o Abertão da Mimi. No entanto, guarda com carinho os minitorneios organizados aos sábados à tarde na sede do Esperança, no Bairro Languiru. “Quando tínhamos 11, 12 anos, juntávamos vários times e nos divertíamos bastante, foi a partir dali que a turma começou a se unir.”

DESTAQUES Kliks comenta que o grande nome dentro de campo é o atacante Maiquel Kalkmann, mas todos tem a sua importância dentro da equipe. “Somos um time de amigos onde todos se ajudam em busca do objetivo.”

Atualmente o Saidera FC (esq.) disputa o Torneio de Verão da Soges

SOLIDARIEDADE

Todos os anos o Saidera promove campanhas de agasalho.

Em 2020, ao lado do Brocadores, Cevaria e Sokanelinhas, juntaram dinheiro para adquirir máscaras para o Hospital Ouro Branco, de Teutônia. Em 2021, a meta da equipe é ajudar mais pessoas e com isso, nos próximos meses pretendem fazer campanhas para arrecadar alimentos, brinquedos e agasalhos.

PROJEÇÃO PARA 2021 Atualmente o time está disputando o Torneio de Verão da Copa Soges, onde está classificado para a disputa da Série Ouro. Para o restante do ano, Kliks comenta que alguns reforços serão contratados para ajudar a equipe a seguir fazendo história dentro e fora de campo.

CONHEÇA A EQUIPE Nome: Saidera Fundação: 2007 Cidade: Teutônia Títulos conquistados: Aberto de Futebol 7 da Elegê (2009), Aberto de Futsal de Imigrante (2010), Aberto da Mimi de Futebol 7 (2011, 13 e 19), Aberto de Futsal da São Jacó (2012), Aberto de Futsal da Linha Berlim (2013 e 15), Aberto de Futsal da Mimi Sub 20 (2014), Aberto de Futsal Imigrante Sub 20 (2014).

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SUCESSOR DE RENATO

DIVULGAÇÃO

GRÊMIO SE APROXIMA DE TIAGO NUNES

Ex-treinador de Athletico e Corinthians é o favorito para assumir cargo de treinador no Tricolor CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Grêmio já sabe qual é a ficha número 1 para suceder Renato Portaluppi no comando técnico da equipe: Tiago Nunes. O Tricolor inclu-

sive avança nas conversas para definir a contratação do treinador. O acerto pode ser sacramentado nos próximos dias.

As duas partes encaminharam um acordo para a chegada do técnico à Arena, em um contrato inicialmente válido por um ano. A situação pode ser oficializado na segunda-feira, dia 19. As negociações são conduzidas diretamente entre o clube e o agente do técnico, Nick Arcuri.

A diretoria gremista evita comentar o andamento das negociações. A posição do clube é de que um anúncio sobre

o novo treinador só ocorrerá a partir da próxima semana. No entanto, o nome de Nunes foi debatido até antes de Renato assinar a sua última renovação, em março.

Desde que deixou o Corinthians, no ano passado, Tiago Nunes recebeu várias propostas para assumir trabalhos. Recusou todas. O treinador tem planos de trabalhar no exterior, mas vê com bons olhos o projeto de assumir um grande clube no Brasil. Tiago Nunes inclusi-

ve já trabalhou no Grêmio, nas categorias de base, e treinou um dos expoentes do elenco gremista, o meia Jean Pyerre.

Técnico foi o responsável pelos títulos da Copa Sul-Americana e Copa do Brasil pelo Athletico

TIME EM CAMPO Em sequência de jogos sem muito tempo para preparação, o Grêmio volta à campo já no domingo. Na sexta-feira o Tricolor enfrentou o Caxias, no Estádio Centenário. Em partida que encerrou após o fechamento desta edição.

O confronto deste fim de semana é em casa, na Arena, contra o Novo Hamburgo, às 20h.

A tendência é que o time volte a ter alterações. Se contra o Caxias o Tricolor usou um time alternativo, os titulares devem voltar à atuação contra o Noia.

NAS PISTAS

SKATISTAS UNIDOS NA REGIÃO ARQUIVO A HORA

Associação busca revitalizar áreas para a prática do esporte EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Esporte olímpico, o skate é muito praticado no Vale do Taquari. Com vários adeptos, a região carece de locais adequados para desenvolver ainda mais a modalidade. Pensando nisso, os skatistas se uniram de vez e criaram a Associação de Skatista e Similiares de Lajeado.

Segundo Samuel Zanchettin, um dos integrantes da diretoria, o objetivo é gerenciar as reivindicações necessárias para a prática do esporte, assim como fizeram nas cidades de Passo Fundo e Santa Cruz do Sul. Outro objetivo da associação é buscar recursos para melhorar a infraestrutura das pistas, promover eventos e desenvolver ainda mais a modalidade.

“Somos muitos, muitas vozes, material humano de primeira, e

Pista do Parque dos Dick é o principal ponto de encontro dos skatistas do Vale do Taquari

queremos demonstrar que não somos apenas skatistas, também somos artistas, engenheiros, administradores, advogados, enfermeiros, empresários, servido-

res públicos, bancários, etc.”

Zanchettin comenta que uma vez organizados como pessoa jurídica sem fins lucrativos, a associação pode focar toda essa

energia em projetos salubres para o esporte.

A assembleia constituinte será dia 27, data em que será votada a chapa.

PRATICANTES E LOCAIS

Acredita-se que em Lajeado haja em torno de mil pessoas entre praticantes e simpatizantes. “Com a associação queremos fazer esse levantamento, pois hoje não temos como mensurar esse número.”

Atualmente, o Vale do Taquari dispõe de diversos locais para a prática do esporte, mas a grande maioria foi muito mal planejado, impossibilitando a utilização. O desportista cita como exemplo a pequena pista situada no Bairro São Cristóvão, em Lajeado, e as pistas de Cruzeiro do Sul e Santa Clara do Sul. “Nesses locais o esporte é impraticável”, reclama.

Ele informa que a prática do esporte se limita à pista de skate localizada no Parque dos Dick, mas que está deteriorada em virtude das frequentes cheias do Rio Taquari.

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FUTSAL

DIVULGAÇÃO

FLORINDO GHIDINI SERÁ O PREPARADOR FÍSICO DA ALAF DIVULGAÇÃO

Conhecido nos gramados do país, ele terá a primeira experiência na modalidade EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O

professor Florindo Ghidini acertou sua chegada à Alaf. Aos 60 anos, com um vasto currículo no futebol gaúcho e nacional, o profissional vai para sua primeira experiência no Futsal.

Natural de Lajeado, Ghidini iniciou a carreira no Lajeadense, depois trabalhou em diversos clubes do Brasil como Caxias, Sergipe, XV de Novembro e Itapemirim.

Presidente da Alaf, Andŕe Delazeri destaca estar muito satisfeito em poder ter na comissão técnica mais um profissional qualificado. “O professor Ghidini chega com uma bagagem de grandes trabalhos no esporte de rendimento e, certamente, conseguirá contribuir muito ao projeto.”

Ghidini comentou sobre o acerto com a Alaf. “Fiquei muito feliz por ser escolhido para assumir esse cargo. Espero contribuir com muito trabalho e fazer história no futsal como fiz no futebol de campo.

Vamos trabalhar muito, 100% focados para buscar nossos objetivos.”

Padu estava no Novo Hamburgo antes de acertar com o Monte Azul

CRAQUES DO VALE Ghidini teve passagem por diversos clubes profissionais de futebol

JEISON PERMANECE NA ALAF O fixo/ala, Jeison Luiz Miguel, permanecerá vestindo a camisa da Alaf nesta temporada. O atleta, que completa 20 anos neste mês, é natural de Teutônia e irá para seu segundo ano sob o comando do técnico Edmilson Bella. “Momento muito especial em renovar com a ALAF, equipe de tradição no futsal gaúcho. Irei me dedicar ao máximo para ajudar e corresponder à altura, que seja um ano de muitas felicidades e conquistas, agradeço a direção da ALAF por acreditar no meu trabalho”, comentou Jeison.

DIVULGAÇÃO

Jeison é natural de Teutônia e irá para seu segundo ano sob o comando do técnico Bella

PADU JOGARÁ EM SÃO PAULO

Jogador foi apresentado no Monte Azul para a disputa do Paulistão Série A2 EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Depois de atuar pelo Novo Hamburgo no Campeonato Gaúcho, o centroavante Padu Carvalho disputará o Paulistão Série A2 com o Monte Azul.

Apresentado na quinta-feira, dia 8, o atleta chegou ao clube através do empresário Cassiano Mendes que já conhecia a estrutura do clube.

O objetivo do atleta é ajudar a equipe a voltar para a primeira divisão. “Expectativa é de fazer um bom campeonato e poder ajudar a equipe.”

O contrato do atleta vai até o fim da competição.

CONHEÇA O CLUBE Atlético Monte Azul é um clube de Monte Azul Paulista, interior de São Paulo. Foi fundado em 28 de abril de 1920.

Manda seus jogos no estádio Otacília Patrício Arroyo.

Os maiores rivais do Atlético Monte Azul são o Barretos Esporte Clube, Inter de Bebedouro e o Olímpia. Atualmente o clube é o 11º colocado com quatro pontos em quatro jogos.

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

PAULO CEZAR KOHLRAUSCH

CAROLINE LIMA SILVA

Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

ARTIGO

Qual é o próximo veredicto?

C

rescemos numa sociedade que estimula uma linguagem que nos afasta das nossas necessidades e dos nossos sentimentos, nos estimulando a comparar, rotular, exigir e julgar, de uma forma naturalizada e validada por todos, sem o senso da consciência.

Tornamo-nos juízes de nossos irmãos de caminhada, daqueles que, como nós, estão aprendendo, a cada dia, o real significado da existência. Acabamos por não admitir o contraditório, a pluralidade de opiniões, a diferença que vai, não raras vezes, de encontro com o que pensamos, por, simplesmente, ser um ponto de vista diverso,

“Simplesmente precisamos ser escutados e compreendidos, sem a busca desnecessária de quem está certo ou errado.” o que é natural e esperado em qualquer sociedade democrática. Entretanto, vemos as redes sociais constituindo-se como verdadeiros tribunais de inquisição, com discurso de ódio e cultura do cancelamento. O outro, humano como nós, se torna nosso maior inimigo.

Precisamos urgentemente resgatar a conexão com a nossa verdadeira natureza que é o

Prefeito de Santa Clara do Sul e presidente da Amvat

amor, a afetividade, a compaixão e a humanidade que nos fazem iguais, conquanto diferentes em nossas singularidades. Conforme aponta Marshall Rosenberg, psicólogo norte-americano e criador da abordagem da Comunicação Não Violenta, os comportamentos violentos não são inatos, mas aprendidos, de acordo com o tipo de socialização e condicionamentos, experienciados ao longo da vida. Projetamos aos outros aquilo que está dentro de nós, sendo que o que é comunicado diz muito mais em relação a nós mesmos do que ao outro. E esse não é um simples discurso revestido de ideal ou utopia, mas sim uma maneira factível de enxergar a vida, sem sentenças, sem culpados e vítimas, mas para além da visão dicotômica de bem e mal que nos afasta ainda mais uns dos outros.

Assim, nunca como hoje há tanta necessidade de afeto nas nossas relações, principalmente porque enfrentamos uma pandemia que nos exige reflexão e resgate de valores humanos, esquecidos e deturpados. Se observarmos a existência de vulnerabilidades e falhas dentro de nós, poderemos compreender a limitação dos outros também e veremos que todos importam e são importantes. E, nesse sentido, cada um simplesmente busca o seu lugar no mundo, diante da missão que veio desempenhar.

Simplesmente precisamos ser escutados e compreendidos, sem a busca desnecessária de quem está certo ou errado. Simplesmente, sem inquisições da Idade Média que nos afastem da nossa genuína essência humana.

N

ARTIGO

Como inovar na gestão pública?

a semana passada, a convite da jornalista e empreendedora Danielle Harth, participei de uma gravação para o 4º Dia Mundial da Criatividade, que ocorre nos dias 21 e 22 de abril. O tema definido para a minha participação no evento foi inovação na gestão pública, área na qual tenho buscado me aperfeiçoar constantemente nos últimos anos.

Um questionamento feito pela entrevistadora, no entanto, me levou a refletir sobre os modismos do momento e até que ponto estamos de fato evoluindo na gestão dos nossos municípios. Quando perguntado se é possível inovar no setor público, recordei das dificuldades inerentes à tentativa de implementar novos processos e do quanto a burocra-

“Bons exemplos existem e muitos estão sendo praticados em municípios da nossa região, principalmente naqueles que promovem inovação e ainda preservam a essência da vida em comunidade.” cia e a estrutura resistem a novas ideias e projetos que tenham como propósito desenvolver as comunidades de forma mais ágil e equilibrada.

Entre outras coisas, inovar significa fazer a gestão do presente e do futuro através da mudança com o intuito de atingir melhores resultados. Mudar, porém, sempre foi um grande desafio para o ser humano, principalmente no caso da administração pública, que envolve uma série de interesses

difusos, segmentados e que rapidamente se transformam em resistências.

A inovação surge de uma necessidade, seja de resolver um problema ou de melhorar um processo, um serviço ou um produto. Dessa forma, ao mesmo tempo em que a burocracia é um empecilho para uma gestão pública mais efetiva, ela acaba sendo o maior motivador da inovação, pois é necessário muita criatividade e imaginação para se promover o desenvolvimento de cidades em nosso país, onde a falta de profissionalismo e de interesse coletivo são poderosas amarras que travam novas iniciativas e o progresso.

De fato, a inovação é uma das ferramentas necessárias para transformar cidades comuns em cidades inteligentes, desde que você entenda uma cidade inteligente como aquela que proporciona serviços de qualidade para os cidadãos, ao mesmo tempo que os estimula a se sentirem parte da construção, donos e responsáveis pelo lugar em que escolheram viver. É notória a importância da inovação no setor público, seja na implementação de melhorias em processos e serviços ou na utilização de tecnologias, principalmente no sentido de proporcionar uma maior conexão dos habitantes com as cidades onde vivem. Uso racional do solo, da água e da energia, mobilidade e acessibilidade são algumas das premissas básicas para promover um ambiente mais sadio e sustentável, tendo o cidadão como elemento principal.

Bons exemplos existem e muitos estão sendo praticados em municípios da nossa região, principalmente naqueles que promovem inovação e ainda preservam a essência da vida em comunidade. Afinal de contas, cidades inteligentes são aquelas que conseguem servir de suporte para a evolução e felicidade das pessoas, onde as novas tecnologias são apenas ferramentas para servir a sociedade, impulsionando o desenvolvimento econômico e melhorando a qualidade de vida de forma sustentável.

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A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de abril de 2021

HUGO SCHÜNEMANN

ARDÊMIO HEINECK

Médico oncologista e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

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Chico e o vinho

á contei aqui do macaco Chico, um mico prego, extremamente inteligente e rei das fugas lá no sitio. Muito esperto, observador e ágil, foi disparado o macaco que mais fugiu no criadouro, sendo recapturado em todas elas em pouco tempo.

Numa das fugas, após sete dias, ele veio aos pés do tratador e se entregou, entrando espontaneamente em seu viveiro.

Mas, houve uma fuga em que Chico sumiu. No final do dia, um proprietário de um restaurante das proximidades, visivelmente irritado,

“Recolhido o macaco aos seus aposentos, fui ao restaurante acertar o prejuízo, e entre os itens discriminados estava um garrafão de vinho.” ligou para avisar que Chico estava lá, e obvio que havia feito uma festa... Recolhido o macaco aos seus aposentos, fui ao restaurante acertar o prejuízo, e entre os itens discriminados estava um garrafão de vinho. Achei muito exagerado, mas como o dono do restaurante estava muito incomodado, deixei por isso mesmo.

Macaco não tira rolha de garrafão, pensei.

ardemio@bewnet.com.br

ARTIGO

Passou um tempo e Chico se feriu em uma briga com outro macaco. Brigas por territórios e fêmeas são comuns entre primatas e podem ser violentas.

Chico estava ferido e precisava de curativos. Coloquei-o numa gaiola e levei-o comigo para Porto Alegre, em meu apartamento, onde eu mesmo podia fazer os curativos. Pareceu uma boa ideia. Pareceu.

Ao final do dia, sedava o querido Chico e trocava o curativo. Era simples. Em uma semana ele deveria estar de volta ao criadouro. Pareceu uma boa ideia, até que um dia, minha esposa e filhas estavam na frente do prédio, furiosas. Chico fugiu, dentro do apartamento. Ao entrar no apartamento, Chico havia revirado tudo. E lá estava ele, em um canto da cozinha, com um garrafão de vinho que eu havia ganho de um paciente, bebendo. Isso mesmo.

Chico abriu o garrafão de vinho e estava bebendo. Pegá-lo foi fácil.

Prendê-lo foi simples. Levá-lo de volta ao sítio foi exigência da esposa...

Chico mora feliz com outros macacos. Chico não bebe mais, e não foge mais.

Suas fugas ensinaram-nos a lidar com estas situações no criadouro, e providenciar equipamentos de captura. A veterinária vai semanalmente para verificar a saúde dos animais, onde há um pequeno hospital para seu uso.

Chico grita e ri ao me ver. Ele é especial.

Chico não bebe mais, mas aprontou outras...

E

ARTIGO

Logística: nossa mola propulsora

m 13 de março uma carreta carregada com combustível explodiu sobre a ponte do Arroio Boa Vista/Estrela, na BR-386, comprometendo a via onde aconteceu o acidente e avariando a passagem da outra mão da rodovia. Como consequência, transtornos diários com prejuízos expressivos (econômicos, de tempo e psicológicos) dos usuários. Previsão de normalidade em 13 de maio (sessenta dias após). Este prazo não ficou em seis meses porque os prefeitos de Estrela e Lajeado, a CIC Vale do Taquari e a Acil se mobilizaram, formaram um comitê de crise e contaram com a boa vontade da concessionária (CCR) e da Agência Reguladora (ANTT), mercê da interveniência imediata do senador Heinze. Mesmo assim, os transtornos diários poderiam ser menores caso houvesse, desde o início, uma gestão mais eficiente do problema, por quem de obrigação.

“Nas semanas seguintes ao acidente da 386, esta discussão era acalorada. Mas agora, mês e meio depois, já nem tanto, para, quem sabe, esfriar de vez, logo adiante.”

Aí aflora um nó estrutural logístico histórico nosso: a falta de travessias alternativas entre Lajeado/ Estrela e Lajeado/Arroio do Meio. Sim, ninguém ainda se flagrou: caso aconteça algo parecido sobre a ponte do Rio Forqueta, na ERS-130, toda a conexão com a região de Encantado, Guaporé, Casca, Marau, como fica?

Nas semanas seguintes ao acidente da 386 esta discussão era acalorada. Mas agora, mês e meio depois, já nem tanto, para, quem sabe, esfriar de vez, logo adiante. A não ser que algum grupo arregace as mangas e assopre o braseiro por debaixo das cinzas, para que esta chama não se apague. O mesmo espírito que norteou um grupo na década de 1950 para trazer o traçado da 386 para cá. E

outro que conseguiu, mais tarde, seu alargamento/ duplicação até Porto Alegre.

Lajeado, Estrela, Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul são considerados, legalmente, conglomerado urbano. Por isto, por exemplo, não pagamos DDD na telefonia entre eles. Uma conquista dos anos 2000 liderada por Carlos Alberto Martini, quando secretário da Indústria e Comércio de Lajeado.

Assim, há amparo para outras facilidades serem buscadas. Como, por exemplo, duas novas pontes sobre o Rio Taquari.

Uma, interligando Lajeado/Estrela, mas na altura de São Rafael – Cruzeiro do Sul. Se justificaria, adicionalmente, como integrante de um alongamento da RST-453 a se interligar, com a nova travessia, com a “Trans Santa Rita”, do lado de Estrela, conectando, daí, com a 386. Um pouco acima desta interseção, volta a encontrar a 453 (já como Rota do Sol), rumo a Garibaldi/Caxias.

A outra ponte seria entre Arroio do Meio/ Encantado, num prolongamento da RST-130, encontrando a RST-129 do outro lado do Taquari e seguindo em direção à intercessão com a Rota do Sol. Possibilitaria, aos veículos, derivarem, então, para a 386 sem congestionar Arroio do Meio/ Lajeado/Estrela ou, subirem em direção a Caxias e Terra de Areia, onde, via BR-101, rumam ao Norte do Brasil.

Teremos um anel viário circundando o conglomerado urbano de que falei, ao tempo em que seria uma excelente opção de conexão, para as principais microrregiões do Vale do Taquari. E tendo no seu miolo, o Centro Logístico Intermodal junto ao Porto de Estrela, em gestação. Uma “santa loucura” futurista.

Impossível? Não só possível, como necessário.

Basta definirmos, como Região, o Projeto e gestionarmos, junto ao Governo do Estado, sua inclusão no pacote de concessões à iniciativa privada, das rodovias hoje em poder da EGR. Como fazê-lo?

Unidos, coesos e com o apoio das devidas parcerias estratégicas na articulação junto aos escalões competentes.

Porém, com dois pontos inarredáveis: que a obra tenha a grandiosidade que o Vale precisa para alavancar seu futuro e que a cobrança do pedágio seja eletrônica (paga o que usa e sem o cercamento oneroso dos nossos municípios, via cancelas).

Fim de semana,

17 e 18 de abril de 2021

MÍN: 20º MÁX: 24º

Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.

DIVULGAÇÃO

11 ANOS DEPOIS

TAISON RETORNA AO BEIRA-RIO

Atacante revelado no Inter foi anunciado nas redes sociais do clube e chega nos próximos dias a Porto Alegre CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

atacante Taison está de volta ao clube que o revelou. Internacional e jogador chegaram a um acordo e assinaram contrato de dois anos. A contratação foi anunciada nas redes sociais do Colorado na sexta-feira. A apresentação oficial será feita nos próximos dias.

Formado no Progresso, em Pelotas, Taison estreou no Inter em 2008. Pelo Colorado, foi campeão da Libertadores, Sul-Americana, Copa Suruga e bicampeão gaúcho. Mesmo ao sair do Inter, nunca perdeu relação com o clube e sempre buscou exaltar o sentimento colorado.

O Inter usou as redes sociais para fazer o anúncio. Primeiro, com uma sequência de emojis que indicavam a volta do ídolo.

Até o presidente Alessandro Barcellos entrou na brincadeira.

O clube também apelou para a nostalgia com uma série de imagens antigas do atacante. Primeiro, Taison apareceu fazendo um telefonema em uma comemoração em sua primeira passagem pelo clube, com a hashtag #Taisonday. Depois, uma foto ao lado

de Guiñazu. O anúncio veio com música especial ao som de pagode no Beira-Rio. Mais tarde, o Inter realizou uma live com o novo reforço.

CORRIDA CONTRA O TEMPO PARA A LIBERTADORES O Inter agora trabalha para regularizar o jogador. O clube pode inscrever Taison na Libertadores antes mesmo da publicação do nome dele no Boletim Informativo Diário da CBF. Conforme o regulamento, o clube tem até 72 horas antes da estreia para enviar a lista com até 50 jogadores inscritos na Libertadores. O Inter faz o primeiro jogo na próxima terça-feira,

Sucesso com a camisa do Shakhtar o levou à Seleção Brasileira. Cria do Inter, ele esteve no elenco de Tite na Copa do Mundo de 2018

às 19h15, na Bolívia, contra o Always Ready.

SUCESSO NA UCRÂNIA E COPA O atacante viveu onze temporadas na Europa desde sua

saída do Inter, em 2010, quando foi negociado com o Metalist, da Ucrânia. Pelo Shakhtar, atuou por nove anos. Ainda vestiu a camisa da seleção brasileira entre os anos de 2016 e 2018, participando inclusive da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.