A Hora - 13/03/2021

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021 | Ano 18 - Nº 2798 | Fechamento da edição: 19h

HISTÓRIA DE LAJEADO

Digitalizar e preservar o passado Arquivo Histórico de Lajeado passa por digitalização e parte do acervo já está disponível na web.

Processo garante fácil acesso e melhor conservação das peças.

Páginas 10 e 11

Avulso: R$ 6,90

PRODUTORES EM ALERTA

Praga ameaça safra de milho Infestação inédita da cigarrinhado-milho prejudica safrinha de verão e pode gerar perdas de até 50% na produção. Desenvolvimento das plantas é travado pela ação do

inseto. Maior foco é em Marques de Souza, mas Emater alerta para ocorrência em outras localidades.

Especialistas dão dicas de como proteger as lavouras.

Página 9

UM ANO DE PANDEMIA Do temor do desconhecido ao colapso na saúde. Primeiro caso de coronavírus no Vale completa 12 meses no próximo sábado O Vale do Taquari revisou protocolos e comportamentos para enfrentar o coronavírus. Na saúde, uma adaptação forçada. A rotina do trabalho, a educação, as relações pessoais. Tudo mudou.

Entre a chegada da vacina até as UTIs lotadas, a sociedade falhou para conter as infecções e hoje enfrenta o momento mais grave da pandemia.

Páginas 6 e 7

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Estratégia certa?

Lojas estão fechadas faz 14 dias. E os números, como vão?

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Teatro na pandemia Após o período eleitoral, acabou a redução salarial de políticos.

Página 2

2

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Minha relação com a maquiagem é de muito orgulho” ARQUIVO PESSOAL

Foi no início da pandemia que o designer Cristiano Torrontegui Wraase, 20, se sentiu à vontade para se expressar artisticamente através da maquiagem.

Um ano depois, o lajeadense aperfeiçoou a técnica e exibe com orgulho o seu trabalho no Instagram.

Mudo de ideia o tempo inteiro, mas nesse exato momento, essa aqui (foto). Eu amor as cores, os traços e a falta de regras nas minhas makes. Minha relação com a maquiagem é de muito orgulho.

Quais as suas inspirações?

Minhas inspirações vêm de muitos lugares. Desde artistas visuais, estéticas de outros momentos da história e até outros maquiadores. Como falei, amo a maquiagem pela liberdade artística que ela proporciona. Tem dia que, pintando meu rosto, quero representar um sentimento, dia que quero fazer referência a algo da minha infância, ou que quero dedicar minha maquiagem a alguém, como meu pai.

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

Como é a recepção aos seus vídeos?

Sempre gostou de arte?

A arte sempre esteve comigo e eu com ela. Desde muito pequeno já tinha o hábito de desenhar.

Passava tardes desenhando e, em todas as vezes, mulheres. A silhueta e traços femininos sempre me encantaram.

Quando despertou o seu interesse pela maquiagem?

Tive contato com a maquiagem durante a adolescência em situações muito pontuais. Mas foi no início da pandemia, quando passei muito mais tempo em casa, que me senti à vontade para me expressar artisticamente através dela. Hoje enxergo todos os meus desenhos e aquarelas, de anos atrás, nos meu traços na maquiagem. Acredito que, seja qual for a tela, no fim é tudo expressão artística.

Como foi o resultado nas primeiras vezes que se maquiou?

Desastroso. Vejo muita gente falando sobre talento como a única forma de se fazer arte. Ou se nasce com ele, ou sem. Mas acredito muito mais em pôr a mão na massa e aprender praticando. Afinal, de que valeria o talento se eu não passasse todas as tardes desenhando ou me maquiando, construindo a minha própria arte.

Tem alguma maquiagem que seja a sua preferida?

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

CEP 95900-104

Eu diria que muito boa. Por muito tempo nem passava pela minha cabeça a possibilidade de aparecer maquiado nas redes sociais, eu não me permitia.

Custou muita desconstrução para lidar com a maquiagem de forma natural.

E para mim, hoje, saber que pessoas passaram a me acompanhar e acompanhar meu trabalho com a maquiagem é loucura, e eu amo.

Qual o seu sonho profissional?

De fato, na arte tenho muitas paixões. Eu diria que meu sonho profissional, hoje, é algo mais abstrato do que concreto. Cada ano que passa me descubro de uma forma diferente, me expresso de uma forma diferente, então eu sonho com a profissão que me dê liberdade para me expressar artisticamente da forma que me der na telha, seja criando materiais gráficos, fotografando, ou pintando meu rosto de todas cores.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

Filiado à

www.grupoahora.net.br / Fone: 51 3710-4200

Um ano de pandemia

E

sta semana foi marcada pelo primeiro óbito por covid no RS. Foi no dia 10 de março.

De lá para cá, muitas mudanças. O Estado já passou das 14 mil mortes devido a essa doença infecciosa que obrigou o mundo inteiro a rever comportamentos e condutas.

No Vale do Taquari, o primeiro contágio foi no dia 20 de março. A região se antecipou. Antes do primeiro caso, hospitais, postos de saúde e emergências já estavam em alerta, cumprindo protocolos diferentes dos que eram feitos até então.

O sistema de saúde do Vale do Taquari colapsou. Hoje é a região com maior ocupação hospitalar de todo o RS.” Houve um esforço para qualificar as estruturas, para aumentar o número de leitos. Planos de contingência foram adotados em todas as áreas. Antes da disseminação do vírus chegou o isolamento. Por 15 dias a região fechou comércios, restringiu aglomerações, proibiu eventos e festas.

Era o desconhecido assombrando o cotidiano. Em abril, o pico de contágios.

A primeira onda, com impacto sobre duas das maiores indústrias da região. Passado o susto, os casos foram estabilizados, com uma constante queda de novos pacientes.

Parecia que a comunidade regional havia aprendido a conviver com o novo coronavírus. Os protocolos deram segurança, inclusive as aulas presenciais foram retornadas. Havia o conceito do “novo normal”. Restaurantes voltaram a servir os bufês.

A covid-19 se mostrou uma peste traiçoeira. O mínimo relaxamento trouxe consequências. Foi pensar que o pior tinha ficado para trás, que a doença mostrou como deixou o mundo em alerta.

As imagens de UTIs lotadas, de falta de oxigênio para o atendimento dos pacientes, de equipes médicas no limite, que parecia distante, como se fosse na Itália ou em Manaus, na verdade ocorre aqui.

O sistema de saúde do Vale do Taquari colapsou. Hoje é a região com maior ocupação hospitalar de todo o RS. Na tarde dessa sexta-feira, dos 95 pacientes em situação grave internados nas quatro casas de saúde com UTI, 80 eram por suspeita ou confirmação de covid-19. Uma lotação de 137%.

Reportagem da edição de hoje mostra duas histórias. De um lado uma família que vive neste momento com as dificuldades de viver com a doença e que aguardam boas notícias para um dos entes queridos internados na UTI. A outra, de uma filha que perdeu a mãe para a doença. A primeira vítima confirmada da covid-19 no Vale. Em comum, ambas as famílias sentiram na pele o que as equipes de saúde falam: é a doença da solidão.

3

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

14 dias de comércio fechado.

E os números, como vão?

BIANCA MALLMANN

O caixa das empresas vai de mal a pior e a covid segue batendo recordes Brasil e estado afora

E

m 2020, no início da pandemia, decidiu-se fechar o comércio e boa parte das atividades econômicas consideradas não essenciais. Errado. Passado um período, chegou-se a conclusão que não estava ali o disseminador do maldito vírus. Com as escolas não era diferente.

Agora, um ano depois, busca-se barrar os contágios adotando a mesma medida que já se mostrou ineficaz no passado.

Faz duas semanas que lojas, barbearias, institutos, etc., estão impedidos de abrir as portas. Empresários agonizam e percebem suas finanças ruir, sem exagero da expressão. Meio mês com receita zerada pode ser fatal para muitos pequenos negócios. Mais fatal, inclusive, do que a própria covid.

Na esteira do ‘cada vida importa’, precisamos lembrar que falência leva ao desemprego, que leva à pobreza, que leva à fome. E fome também mata.

Aliás, mata milhões todos os anos.

Fechar o comércio neste momento é muito mais impactante e dramático do que fora um ano atrás. Agora não tem socorro governamental – redução de jornada, de salário e suspensão de contratos. Mas as contas não dão trégua: aluguel, salários, fornecedores, água, luz. O Estado prorrogou pagamento dos impostos.

Importante, mas insuficiente.

A revolta nas ruas e nas redes sociais, manifestada em petições contra o governador Eduardo Leite é compreensível. Ser impedido de trabalhar é dose.

Escrevo esta coluna antes do anúncio – sempre ocorre no fim de cada sexta-feira – do governador Leite, sobre a volta da cogestão e a possibi-

MAURO SCHAEFER

Bueiros na pista “Na esteira do ‘cada vida importa’, precisamos lembrar que falência leva ao desemprego, que leva à pobreza, que leva à fome. E fome também mata”.

lidade de reabrir parcialmente algumas atividades.

Ainda assim, reabrindo ou não na próxima semana, o estrago já foi feito.

Neste sábado, dia 13, completa duas semanas em que o comércio foi fechado. Os números da covid, lamentavelmente continuam a bater recordes em mortes Brasil afora.

Nunca saberemos se o comércio aberto deixaria estes números piores. O que sabemos é que o caixa das empresas, em sua maioria, pequenas e médias, está arruinado e se não voltarem a funcionar logo, muitas estão fadadas a fechar.

E AS ESCOLAS? Custará muito caro o preço das aulas presenciais suspensas.

Estamos criando um hiato abismal no processo de ensino e aprendizagem de nossas crianças. Gerações futuras sentirão o revés.

Assim como o comércio, já poderíamos – e deveríamos – estar num ciclo de aulas presenciais, com todos os cuidados sanitários e de distanciamento. Já testamos e funcionou.

Me parece, com toda sinceridade, que fechar tudo é mais fácil para o momento. Mas só para o momento. O tempo há de nos cobrar a conta.

Uma cena inusitada é vista por quem trafega na Avenida Benjamim Constant, entre os bairros Montanha e Conventos, especialmente na segunda parte da obra, construída pelo ex-prefeito Luiz Fernando Schmidt. Ocorre que no trecho, construído faz quase dez anos, bueiros foram implantados na pista à direita. E agora, criminosos furtaram as grades de proteção. Cones foram colocados nos locais, orientando que motoristas desviem dos buracos.

Não é a primeira vez que se verificam problemas neste trecho. Passados estes dez anos, pode-se concluir que o modelo de escoamento é ineficaz e precisa ser melhor avaliado numa próxima ocasião. Implantar bueiros em meio à pista de rolamento parece estranho mesmo.

FACHIN E O ESPASMO DA SEMANA Não vou entrar no mérito ou na relevância jurídica da decisão. O fato do ministro do STF, Luiz Edson Fachin, em mexer no ‘abelheiro’ envolvendo o ex-presidente Lula neste momento é atemporal e inapropriado. O país arde em sua pior crise sanitária com impacto agudo sobre a economia, e o minis-

tro aproveita para colocar mais ‘lenha na fogueira’.

Só acirra o embate político, estimula a polarização e antecipa a campanha eleitoral que deveria ficar apenas para o próximo ano. É o clássico exemplo de como um poder público – no caso o Judiciário – mais atrapalha a sociedade do que ajuda.

4

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Teatro na pandemia É

engraçado. Em 2020, às vésperas das eleições, e com um quadro menos grave de pandemia, eram diversos os agentes públicos bradando pela redução salarial dos políticos.

Lembram? Teve vereador em Lajeado e outros cantos do Vale do Taquari utilizando as redes sociais para divulgar a própria redução salarial, ou a doação para A ou B. Foi um festival de cestas-básicas para as famílias mais carentes, lembram? Pois bem. Passado o período eleitoral – com suas aglomerações --, e diante de um quadro sanitário e econômico ainda pior do que no período pré-eleitoral, os “novos” velhos políticos parecem ter esquecido as promessas e “bons exemplos” de outrora.

Mas esse “tapa na cara” do trabalhador que está proibido de trabalhar e levar o pão para dentro de casa não é uma exclusividade do Vale do Taquari. O “teatrinho” funcionou em todo o país. Basta uma rápida pesquisa no Google e o leitor vai relembrar as inúmeras propostas, sugestões ou manifestações de deputados, governadores, senadores, prefeitos, vereadores e assessores acerca da “necessária redução dos subsídios pagos aos nossos agentes públicos”. Uma grande parcela da classe política nacional se apropriou desse anseio popular e, salvo raras exceções, essa mesma parcela só agiu assim para buscar vantagem na corrida eleitoral. Eles enganaram o eleitor.

Voluntários O governo de Lajeado divulgou a composição do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU). Além de sete representantes de secretarias e outras repartições públicas, o grupo conta com os voluntários Maria Otília Müller Klein (Seavat); Daniel Bergesch (CREA/RS); Jairo Valandro (Sinduscon); Cesar Rota Bergesch (Acil); Douglas Mussolini (OAB); Marta Peixoto (CAU); e Fernando Bergesch (CDL). Um grupo habilitado e multidisciplinar para enfrentar o constante desafio de planejar a principal cidade do Vale do Taquari.

Barrados pela barragem Em meio ao debate sobre o reaproveitamento do Porto Fluvial em Estrela, um problema chama a atenção das autoridades. De acordo com nota do DNIT, a barragem de Bom Retiro do Sul segue com as comportas operando normalmente, mas a eclusa está paralisada devido a “problemas estruturais no portão de jusante esquerdo, o que impede a passagem de embarcações”. Com isso, algumas embarcações aguardam liberação para voltarem aos seus respectivos municípios. E devem permanecer em solo estrelense até o mês de abril.

Pão é essencial!

A frase é do presidente Jair Bolsonaro. E não poderia ser mais pontual. “Atividade essencial é toda aquela necessária para um trabalhador levar o pão para casa”. É isso!

Emergencial (e caro) Em Arroio do Meio, o prefeito Danilo Bruxel (PP) assinou um contrato emergencial (sem licitação) para uma Assessoria de Imprensa. O acordo vale para fevereiro e março.

E o custo mensal é de R$ 8,2 mil. Até 31 de dezembro de 2020, o serviço era realizado por uma jornalista com pós-graduação, e que atuava em um Cargo Comissionado de Nível 5. O salário bruto era de R$ 4,6 mil.

TROTES

A primeira reclamação dos órgãos de fiscalização de Lajeado.

Agora, a reclamação chega por meio do prefeito de Teutônia, o professor Celso Forneck (PDT). Segundo ele, a maioria – exatamente, a maioria – das denúncias de aglomerações encaminhadas ao poder público são falsas. “São trotes”, resumiu o indignado gestor, durante entrevista ao Frente e Verso. Isso é inaceitável!

Café no Parque

O governo de Lajeado assinou um Termo de Cooperação para conceder uma das casas do Parque Histórico Municipal para a instalação de uma cafeteria “para atender e receber melhor os visitantes, excursões e o pessoal que trabalha no parque, vedada a utilização diversa às disposições contidas em seu ato constitutivo e as deste termo, devendo zelar e adotar todas as medidas necessárias à conservação, manutenção e proteção do imóvel, sendo que, para os alimentos a serem servidos, não poderão ser fabricados, somente poderão ser aquecidos e/ou refrigerados no local.”

100% local

Na tarde de ontem, a UTI Covid do Hospital Bruno Born (HBB) era 100% local. Entre os 27 pacientes internados na unidade de tratamento intensivo (e outros 8 em espera), todos possuem residência em cidades do Vale do Taquari. São moradores de Lajeado (24), Estrela (2), Teutônia (2), Boqueirão do Leão (1), Canudos do Vale (1), Cruzeiro do Sul (1), Encantado (1) e Forquetinha (1). O mesmo vale para a UTI Intermediária Covid. Apenas no setor de Internação Covid (leitos clínicos) havia um paciente de fora. Entre as 66 pessoas internadas naquela ala do HBB, um é de São José do Herval.

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

5

6

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

RETROSPECTO DA PANDEMIA NO VALE

UM ANO DE PANDEMIA

Entre a chegada do desconhecido e o colapso na saúde O Vale do Taquari revisou protocolos e comportamentos para enfrentar a maior pandemia dos últimos cem anos. No próximo sábado, dia 20, a região completa 12 meses do primeiro caso confirmado. Na saúde, uma adaptação forçada. A rotina do trabalho, a educação, as relações pessoais. Tudo mudou. Entre a chegada da vacina até as UTIs lotadas, a sociedade falhou para conter as infecções

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

U

m ano de pandemia no RS. Essa foi a marca desta semana. Já o próximo sábado, dia 20, completa 12 meses do primeiro contágio por covid-19 no Vale do Taquari. Antes do primeiro caso, autoridades políticas, médicos, gestores de saúde, acompanhavam o avanço da doença pelo mundo e já previam o impacto nos hospitais.

Com os diagnósticos crescendo no estado, era questão de tempo para os pacientes começarem a chegar. Para se antecipar a essa condição, foi formado o comitê de crise regional e os municípios também passaram a instituir algumas restrições.

Foi o momento das transformações. Aulas presenciais suspensas, aglomerações proibidas, restrições para realização eventos sociais e novas regras para atendimento em saúde nos hospitais, postos de saúde e unidades de emergência.

A palavra de ordem era evitar contágios.

Fazer de tudo para frear o risco de um colapso no atendimento em saúde. Todos os profissionais dos hospitais, postos e emergências tiveram de adotar novos protocolos. Foi uma reviravolta, pois tudo era novo e desconhecido.

Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, a condição atual da rede de atendimento do Vale do Taquari conta com 69 leitos de UTI cadastrados. Na tarde dessa sextafeira, haviam 95 pacientes em estado grave internados. Representa uma ocupação de 137,6%. Do total de leitos ocupados, 80 são casos suspeitos ou confirmados de covid-19.

“O médico me ligou e disse: ‘Josi, pede por um milagre’” Josiane Delazeri Hilgert Bandeira, 37, é psicóloga. Atua na assistência social de Teutônia e tem consultório em Lajeado. Casada com Rafael Lima Bandeira, 36, mãe de um menino com 2 anos e de uma menina com 5.

Em todo o ano passado, a família precisou se adaptar. O marido, professor de futebol, parou de trabalhar e ficou com os filhos. A ordem era distanciamento. Quanto a Josiane, ficou duas semanas de março passado com serviços suspensos. Logo em seguida, ela retornou. Muito diferente de como era.

No início de fevereiro, o baque. Em um encontro familiar no domingo de Carnaval, com os pais em Teutônia, o marido começou a passar mal. Sintomas muito fortes, com febre elevada.

Voltaram para a casa e ambos testaram positivo. O filho do casal, de dois anos, também contraiu a doença. Rafael precisou ser internado. O restante da família ficou em isolamento. O pai dela, o professor de Direito da Univates, Renato Hilgert, também se contaminou e está na UTI do Hospital Ouro Branco, de Teutônia.

Do diagnóstico até a internação foi rápido.

O pulmão de Rafael ficou 90% comprometido.

“O médico me ligou e disse: Josi, pede por um milagre. Sou cristã. Mas foi desesperador ouvir isso. Parecia que o médico queria se desculpar, ele não disse, mas senti. Era como se estivesse querendo me dizer: eu não consigo ajudar.”

Dois dias depois, já fim de fevereiro, Rafael começou a melhorar e voltou para casa. “Recebi a informação que o perigo tinha passado. Já tinha melhor saturação de oxigênio no sangue.”

Ainda usa oxigênio, mas já consegue caminhar e se alimentar melhor, diz Josiane.

Quanto ao pai dela, Renato Hilgert, a informação mais recente que precisaram fazer uma traqueostomia para ajudar na respiração. “Sei

7

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

Rafael, marido de Josiane, teve 90% do pulmão comprometido. Agora se recupera em casa. Renato, pai dela, está na UTI do Hospital Ouro Branco

que ele acordou. Estamos com esperança de que vá sair dessa.”

“Ficou um vazio na nossa vida” A mãe de Beatris Vieira, 56, foi o primeiro óbito por covid-19 confirmado

na região. A dona Elmira, então com 86 anos, contraiu a doença e morreu em abril do ano passado. “Até hoje não sabemos onde ela pegou. Foi algo que nos marcou muito. Sabíamos da doença, que estava começando, mas parecia que estava longe. Só quando acontece com a gente é que temos noção do que

Família de Elmira Vieira, primeira morte confirmada por covid no Vale, não pôde fazer o velório. Um mês depois do óbito, a despedida veio por meio de um memorial

é essa doença.”

Até hoje ela se lembra da última vez que viu a mãe. “Foi quando ela internou.

Ficou no hospital e nunca mais a vi.” A família não pode fazer o velório. “Ficou um vazio na nossa vida. Semanas depois, foi feito um memorial para ela. Foi muito lindo. Serviu como uma despedida.”

De toda a experiência da família, ficaram traumas. “Entrei em depressão. Passei a ter problemas de saúde que nunca tive antes. Ficou um pavor na vida de todos nós.” Apesar de toda essa dor, houve mudanças no comportamento. “Desejo que ninguém passe pelo que passamos.”

8

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

Pandemia impulsiona seguros DIVULGAÇÃO

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados, ramo teve aumento de 11,7% entre janeiro e setembro do ano passado. Há projeção positiva para 2021, impulsionada por novos modelos de seguro.

MODALIDADES MAIS COMUNS DE SEGURO • Seguro saúde • Seguro para frota • Seguro de automóvel • Seguro de vida • Seguro residencial • Seguro viagem

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

pandemia da covid-19 afetou os mais diversos setores da economia. Muitos tiveram um 2020 de retração e quedas, e o começo de 2021 também não parece animador em meio a uma nova onda da doença, com aumento no número de contágios e óbitos. Mas há quem tenha fechado o ano passado em crescimento e com boas expectativas para os próximos meses.

O setor de seguros, entre janeiro e setembro do ano passado, teve um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2019 no país, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ao todo, foram R$ 14,6 bilhões em receitas para o setor, que já experimentava um crescimento acentuado nos últimos anos.

Uma outra pesquisa, da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) reforça que o setor segue em alta, sobretudo quando comparado com a indústria e os serviços, que tiveram baixas consideráveis em 2020. O documento “Conjuntura CNSeg” aponta que a redução dos

Avanço se deve a condições mais favoráveis de pagamentos, segundo empresário do setor

impactos sobre o setor segurador nacional foi gradual, indicando que a pandemia despertou maior sentido de aversão a riscos para a sociedade como um todo.

Este momento positivo e de boas projeções para o setor se percebe entre as seguradoras sediadas no Vale do Taquari. “É um setor que cresceu mesmo na adversidade, ainda que seja um crescimento menor na comparação com os últimos anos”, ressalta o gerente administrativo da Poolseg, Josenei Antônio Magalski.

Conforme Magalski, as pessoas estão se voltando a fazer sua própria previdência, não deixando a garantia apenas por parte do governo. “Elas estão vendo a importância disso, à medida em que se aposentar está ficando mais complicado”, observa.

zem seguros em 10, 12 vezes, coisa que não existia antes. Foram criados mecanismos que facilitaram a efetivação destes”, salienta.

Para Bernhard, o mercado de seguros está aquecido porque, com os recursos disponibilizados no ano passado de benefícios como o auxílio emergencial e o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), havia mais dinheiro circulando. “Isso fez a economia girar, por incrível que pareça”, afirma.

Ainda, conforme o empresário, há uma boa projeção de mercado para os próximos meses, com a renovação dos contratos de seguro já existentes. “A expectativa é de um crescimento estimado de 8 a 12%, alavancado por novas modalidades de seguro que estão se abrindo no mercado”, acredita.

Projeção positiva

Tendências

Na análise de Airton Paulo Bernhard, que atua no ramo há 30 anos, houve um avanço no setor, sobretudo por ter se tornado mais acessível aos clientes. “As companhias agora fa-

Conforme Magalski, 2021 teve um começo promissor, sobretudo pela volta às aulas, com as escolas adquirindo novos seguros. Com o cancelamento forçado pela bandeira

preta, porém, volta à tona o seguro residencial, que foi uma tendência do ano anterior.

“As pessoas estão inseguras. E, na medida em que elas ficam inseguras, cresce a possibilidade de vender um seguro residencial. São detalhes importantes de serem observados”, destaca, lembrando que a residência, com a pandemia, deixou de ser apenas uma moradia, servindo também como espaço de home office e ensino remoto.

Outro seguro que ganhou espaço, segundo os empresários do setor, é o de fiança locatícia, que, na prática, substitui o papel do fiador em ocasiões de fechamento de contratos de aluguel de imóveis. “É o ramo que mais cresce, na faixa de 60%. O inquilino paga esse seguro para a companhia e ela garante que, se ele não pagar o aluguel, ela cobre para o proprietário do imóvel”, pontua Magalski.

Bernhard lembra que também está em alta o seguro de cargas, que se tornou obrigatório em 2016. “Ele é controlado pela ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) e cresceu muito sua utilização”.

OS NÚMEROS DO SETOR 11,7%

foi o crescimento entre janeiro e setembro do ano passado, na comparação com o mesmo período de 2019

R$ 14,6 bilhões

foi o total de receitas somadas dos seguros no país em 2020

27,5%

foi a queda dos seguros automotivos em 2020, impulsionada pelo fato das pessoas ficarem mais tempo em casa

8% a 12%

é o crescimento estimado para 2021 no setor, alavancado pelo surgimento de novas modalidades

Reparo na eclusa baixa nível do rio Obras na barragem de Bom Retiro fizeram com que uma “ilha” surgisse no meio das águas BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Uma “ilha” se formou no leito do Rio Taquari durante

JHON TEDESCHI

a tarde desta sexta-feira, 12.

Cascalhos podem ser vistos no meio das águas, nas proximidades do Porto de Estrela.

De acordo com André Soares, engenheiro responsável pela barragem de Bom Retiro do Sul, o fato é causado devido às obras que acontecem na eclusa.

“Precisamos secar a eclusa.

Consequentemente, o nível do rio vai baixar”, explica Soares.

O nível do rio deve baixar mais cerca de 1 metro, o que

acontecerá nesta madrugada.

“A água do rio é muito turva.

Como a estrutura está submersa, não temos noção real do problema. Só vamos saber isso quando secarmos a eclusa. A previsão é que as obras demorem cerca de 30 dias”, explica.

Na tarde dessa sexta, cascalhos eram vistos no rio em Lajeado

9

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

Praga pode reduzir safra de milho pela metade na região FÁBIO KUHN

Infestação inédita de cigarrinha-domilho na safrinha de verão causa perdas estimadas em 30% a 50% no Vale

O QUE FAZER? • Caso a presença da cigarrinha seja percebida antes do pendoamento do milho, é possível realizar tratamentos do plantio com fungos naturais que agem como parasitas dos insetos como a beauveria bassiana ou com aplicações de agrotóxicos neonicotinoides e piretroides;

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

C

onsiderada uma praga secundária no passado, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) se tornou o principal problema de produtores da região. Os prejuízos já eram sentidos na colheita de 2020 e se intensificaram ainda mais com a safrinha de milho no verão.

Levantamento inicial da Emater/ RS aponta perdas no Vale do Taquari que variam de 30% a 50% dependendo da variedade da semente ou intensidade da infestação. “Como é uma praga nova que apareceu com força, os produtores não estavam preparados e os prejuízos estão sendo enormes”, lamenta o gerente regional da Emater/RS, Marcelo Brandoli.

O acumulado de dois anos de seca possibilitaram uma procriação maior do inseto que se reproduz mais rápido em ambientes com pouca umidade, relata Brandoli. Juntado a isso, está o fato da temperatura nos primeiros meses de 2021 estar acima da média. “O calor e a falta de umidade criaram essa superpopulação de cigarrinhas”, reforça.

Conforme a engenheira agrônoma da Emater, Anna Cristina Xa-

• Produtores devem adotar o hábito de monitorar as lavouras; • Uma das formas para evitar a infestação para o futuro e evitar o plantio tardio do milho em períodos de entressafra;

Desenvolvimento das plantas é travado pela ação da cigarrinha. Stacke é um dos produtores prejudicados

vier, os danos causados pela cigarrinha são sentidos no pendoamento do milho – fase reprodutiva da planta. Por isso, os danos na lavoura são considerados irreversíveis.

A preocupação da Emater é que a praga siga prejudicando futuras produções. Para evitar isso, orienta que os produtores monitorem as plantações, evitem o plantio na entressafra e optem por sementes mais tolerantes à cigarrinha.

Prejuízos no campo Produtor de Marques de Souza, Amenofis Stacke havia percebido uma diminuição de 10%

na primeira safra, colhida no ano passado.

Na safrinha, o prejuízo já foi constatado logo no início da produção pela demora no desenvolvimento da planta. A perda, conforme Stacke, poderá será de aproximadamente 40%. “Algumas variedades do milho atingiu mais. Tem que ver como vai ficar a qualidade desses grãos”, ressalta.

Stacke previa estocar milho e se preparar para uma produção maior de soja, mas os planos mudaram com os prejuízos.

“Agora tem que ver se a produção será suficiente para os animais ou se vamos precisar

comprar algo pra suplementar a alimentação”, lamenta.

• Outra dica importante é optar pelo plantio de variedades resistentes à praga na próxima safra.

FÁBIO KUHN

Saiba mais A cigarrinha-do-milho é uma praga que mede de três a quatro milímetros, tem cor amarelada e se desloca rapidamente. Ela tem um ciclo de 25 a 40 dias, o que permite uma rápida multiplicação e, por consequência, requer aplicações sequenciais para o manejo.

Por si só, a cigarrinha é inofensivo ao milho. O problema ocorre pelo fato do inseto succionar a seiva das plantas e transmitir vírus que prejudica o enfezamento do milho.

Cigarrinha mede quatro milímetros e se desloca de forma rápida

10

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

O pas

digital Centro da Univates já realizou a primeira parte do processo de digitalização do acervo

O Arquivo Histórico em números O espaço foi criado em 12 de janeiro de 1995 na Casa de Cultura. No ano seguinte, passou a funcionar junto à Biblioteca Pública Municipal. O seu acervo possui:

• Acervos Avulsos (requerimentos, ofícios, cartas e outros): aproximadamente

78.979 7.930 documentos e

requerimentos;

• Acervos Iconográficos (fotos avulsas e álbuns) :

154 580 Álbuns: Fotos avulsas:

fotos

• Mapoteca (croquis, plantas e mapas) : 84 documentos, sendo um

101

total de com cópias/duplicadas; • Acervos Impressos (legislação e relatórios – Federal/Estadual/ Municipal):

252

• Biblioteca Especializada:

439

livros

• Códices (livros manuscritos desde 1877) aproximadamente

1.125

BIBIANA FALEIRO bibiana@jornalahora.inf.br

LAJEADO

C

artões postais, cartas da 2ª Guerra Mundial, fotografias e diversos mapas são alguns dos documentos que contam a história de Lajeado e fazem parte do Arquivo Histórico Municipal. Com cerca de 80 mil itens, ele está localizado em uma pequena sala no segundo andar da Biblioteca Pública Municipal e, no início deste ano, parte do seu acervo passou por um processo de digitalização.

A ação faz parte do projeto intitulado “Salvaguarda do Patrimônio Documental Histórico de Lajeado” que recebeu R$ 50 mil depois de ser um dos 16 selecionados pelo edital de concurso FAC Educação Patrimonial do Governo do Estado. Lajeado investiu R$ 21,5 mil como contrapartida, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer.

“O projeto também consistiu na compra de equipamentos, então hoje temos estrutura para dar continuidade para essa digitalização. A gente se ateve às informações mais consultadas para esse início. Demos um pontapé inicial, mas ainda é preciso fazer muita coisa”, explica o Secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Reckziegel.

A ideia é também promover oficinas de capacitação.

Além disso, a secretaria pensa em um projeto de busca por mais informações e documentos para compor o Arquivo Histórico que está nas mãos da historiadora Adriana Jachetti desde 1996. “É através desses documentos que podemos descobrir como era organizada a economia, as leis, as profissões existentes em diversas épocas na nossa região. É um retrato da história e cultura do nosso Vale do Taquari que tem muito valor”, entende a historiadora.

Nas prateleiras, o acervo histórico

As mais de 80 mil peças conservadas no Arqui origens de Lajeado e região. Para facilitar o ace um processo de digitalização e parte dele já e se divide em diversos documentos procurados especialmente por universitários e alunos de ensino fundamental e médio. “Alguns meses vinham 40 ou 50 pessoas visitar o Arquivo, em outros mais de 150. As professoras gostam de trazer os alunos que estão estudando a história do município. Agora está parado por conta da pandemia”, conta Adriana.

Muitas vezes a historiadora colocava os cartões postais musicais vindos da Alemanha, que fazem parte do acervo, para tocar. Esse era um dos itens preferidos das crianças.

Acervo digital O trabalho de digitalização iniciou com a equipe do Centro de Memória, Documentação e Pesquisa do Museu de Ciências da Univates (CMDPU), com o recurso do projeto “Salvaguarda do Patrimônio Documental Histórico de Lajeado” e foi realizado por três profissionais. Uma delas é a historiadora e supervisora do centro, Patrícia Schneider. Ela explica que foram digitalizados 183 Livros Códice manuscritos de 1891 a 1912, sendo a maioria relacionada a eleições, além dos registros de alistamento militar.

Outros documentos já disponíveis no acervo digital são os impressos que compreendem o período de 1890 a 1973 e tratam sobre a legislação estadual e federal, relatórios dos intendentes e prefeitos, códigos de postura do município e leis orgânicas.

Eles são aguardados em 31 caixas, contendo 252 itens.

O acervo também compreende 84 itens da mapoteca, divididos entre croquis, levantamentos topográficos, plantas e mapas do período de 1887 a 1993.

“O objetivo do projeto é facilitar o acesso à informação e as fontes de pesquisa sobre a história regional, tanto para pesquisadores e historiadores, quanto para a comunidade. A

11

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

ssado

Alguns destaques do Arquivo Histórico

lizado

uivo Histórico Municipal ajudam a remontar as esso e eternizar os registros, o acervo passa por está à disposição da comunidade na internet BIBIANA FALEIRO

digitalização, na medida que evita o manuseio dos originais, também garante sua preservação por mais tempo”, explica Patrícia.

Por ser um material que precisa de cuidado, o processo não é feito com máquinas de scanner e sim câmeras fotográficas, para não danificar os documentos. Durante a execução do projeto que finalizou nesta semana, a equipe digitalizou cerca de 38 mil páginas, mantendo a catalogação e registro do Arquivo Histórico.

Patrícia explica que para fotografar os arquivos impressos com dimensões menores, eles são colocados sobre uma mesa, sempre limpa e com base de suporte. Já os exemplares maiores devem ser colocados no chão, com papel neutro para protegê-los do contato com o solo.

“A ideia é fazer a digitalização de 100% dos materiais do Arquivo Histórico. O que ainda tem no acervo nós pretendemos terceirizar e o que entrar de novo, vamos criar uma sistemática para conseguirmos digitalizar com todo o maquinário e o conhecimento necessário”, explica o secretário Reckziegel. Ainda não há previsão para finalizar o processo, mas a ideia é que grande parte seja feita até o fim do ano.

O acervo pode ser acessado pela página da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer no site da prefeitura, clicando na aba Acervo Histórico Municipal Digital. Lá já estão documentos como plantas de Lajeado, livros códices, além das plantas sobre o projeto de restauração da Casa de Cultura.

Adriana Jachetti é responsável pelo acervo desde 1996.

Sente-se prilegiada de trabalhar em meio a tantos itens históricos

Arquivo Histórico Municipal possui cerca de 80 mil documentos armazenados

Foto original da primeira Miss Lajeado, Eugênia Mello de Oliveira, em 1929

Livro de 1938/1939 contém o registro de carteiras de motorista da época.

Nele está o prefeito João Frederico Schaan, que dá nome à Biblioteca Pública Municipal. Os documentos retratam a realidade da época quando as mulheres eram registradas apenas como domésticas e os veículos estavam no nome dos maridos.

Cartas da 2ª Guerra Mundial entre parentes da Alemanha e Brasil. Foram escritas em alemão e a maioria está traduzida. Esta é de 47, de um cidadão alemão à família de Conventos. Foi traduzida por Wolfgang Collischoon: “Nós éramos três. Um tombou na França em 1944. Para nós a guerra também não foi nenhuma diversão”.

Mapa dos antigos distritos de Lajeado. Na época, Cruzeiro do Sul, Sério, Boqueirão do Leão, Progresso, Marques de Souza e Santa Clara do Sul pertenciam ao município.

O mapa mostra uma área de 1399 km² com 75 mil habitantes. O documento faz parte dos arquivos já digitalizados no site da prefeitura.

Cartão postal musical da Alemanha que contém canções e músicas instrumentais alemãs que podem ser tocadas em discos antigos. Este é da vista da Catedral de Munique.

O Arquivo Municipal também tem registros de cartões postais musicais de Lagos da Baviera, no sul da Alemanha e outras cidades.

Foto original da sala cirúrgica do Hospital Bruno Born no ano de 1936

12 | Fim de semana 13 e 14 de março de 2021

TERRENOS VENDO - Lote medindo 360m²,loteamento Safira, R$80 mil .Pagamento 10% entrada e saldo em 40x diVENDO - Apartamento mobiretas.Fone: (51) 98599-7308. liado e decorado, 2 dormitóCRECI 45709 rios com box, no Jardim do Cedro. Valor R$150 mil ( aceiTERRENO Alto do to carros). Fone: (51) 98599Parque,medindo 360m² 7308.CRECI 45709 (12x30) , próximo a Av.Alberto Miller.R$190.000,00.FaciliAPARTAMENTO - Próximo to pagamento. Fone: (51) a Univates, semi mobiliado, 98599-7308. CRECI 45709.

2 dormitórios com Box. Ótimo para investir e alugar, R$ TERRENOS – 2 juntos, Lot. 170.000,00. Fone:(51) 98599Alto das Figueiras, excelente 7308. CRECI 45709. localização, fundos do Parque do Imigrante,sol da manhã, aceito veículos, R$ 300 mil cada R$ 500 mil os dois CASAS juntos Tel: (51) 99941-0777 VENDO Casa na Praia Rodrigo de (Rainha do Mar) Rua Ametista, 168 , Xangrila-RS VENDO - Lindíssimos terrecom 210 m², 03 quartos 02 nos 03 juntos, no 8 da Unibanheiros e com piscina, vates, sol da manhã, tamaGaragem para 03 carros , nho de cada terreno 12x30 . mobiliada, a uma quadra do R$. 350.000,00 cada terreno.

Mar!! Tamanho do terreno é Rua Urla Storck Ferri ,Car12 X30 .Aceito carro, moto, neiros loteamento Altos da Motorhome e imóvel em laje- Colina .Tel : 051-99899.1387 ado. Valor: $ 450.000,00 Tel: Léo.

051-99941-0777 Rodrigo VENDO - Terreno no loteamento Residencial Cruzeiro do sul. Defronte canil RuSOBRADO dinho, próximo a entrada bairro das Nações, exceSOBRADO - DOIS DORMITÓ- lente localização, acesso RIOS, MEDIDAS : 70m², ALTO para Cruzeiro, 481 metros.

PADRÃO COM AMPLO PÁTIO, R$ 93.000,00 aceito carro, LOCALIZAÇÃO PRIVILÉGIADA, moto. Tel:( 051) 99941-0777 RUA PRINCIPAL DO LOTEA- Rodrigo.

MENTO, SOL DA MANHÃ .BAIRRO CONVENTOS, LAJEADORS. VALOR: R$ 184.990,00 Tel: (51) 99941-0777

APARTAMENTO

OPORTUNIDADE - Matryx Com. Visual, busca profissional com experiência em corte, dobra e colagem de Acrílico. Interessados enviar curriculo para O email:administrativo@ matryx.com.br

3710-4200

VENDE-SE- Sofá cama na cor preta $700,00, poltrona cor cafe´$200,00 e sofá 2 lugares na cor marfin $100,00 todos em bom estado.

Fone(51)994661331 VENDO – Centro de treinamento do piloto Enzo Lopes, 03 pistas , 70.000 M² de área, água,luz. Quiosque novo c/140 M², estrutura top, todo cercado ! No costão em Estrela, próximo a Sirlei chocolates. R$ 750.000.00 estudo trocas . Tel: 051-99899.1837 Léo

AH

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

AH

13

14

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

Resumo da novela Haja Coração

Giovanni fica inconformado com a armação de Bruna. Tancinha afirma a Beto que só ficará com ele por três meses. Apolo diz a Nair que não quer se afastar de Tamara.

Lucrécia e Fedora vão à feira livre ver Agilson e Leozinho. Bruna ameaça Giovanni.

Em casa, Tancinha não fala com Beto. Dulce visita Bia, que fica amedrontada. Hen-

rique consola Beto. Rodrigo oferece um jantar para Guido. Safira dispensa Ariovaldo e coloca Teodora em seu lugar. Rodrigo convida Francesca para jantar. Marieta flagra Agilson com Lucrécia e Leozinho com Fedora. Shirlei decide procurar Carmela.

Francesca se encontra com Guido. Beto prepara um jantar para Apolo e Tancinha.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

OBITUÁRIO JUVENIRA DE SOUZA DOS SANTOS, 96, faleceu sexta-feira, 12, em Estrela. Sepultamento foi no sábado, no Cemitério Católico, em Estrela.

ANAIR MARMITT FRANÇA, 56, faleceu quinta-feira, 11, em Cruzeiro do Sul. Sepultamento foi no Cemitério Católico, em Cruzeiro do Sul.

MARIA ERINO PALACIO BORGES, 69, faleceu sexta-feira, 12, em Lajeado. Sepultamento foi no sábado, no Cemitério Católico da Hidráulica, em Lajeado.

LUIS INÁCIO WEBER, 67, faleceu quinta-feira, 11, em Estrela. Sepultamento foi no Cemitério Católico, em Estrela.

THEOBALDO ROMALDO GERHARDT, 94, faleceu quinta-feira, 11, em Arroio do Meio. Sepultamento foi na sexta-feira, no Cemitério Católico de São Luis, em Capitão.

ARNO HUBERTO IMHOFF, 85, faleceu quinta-feira, 11, em Estrela.

Sepultamento foi na sexta-feira, no Cemitério Evangélico de Linha Imhoff, em Imigrante.

DELMAR MENDES DA SILVA JUNIOR, 50, faleceu quinta-feira, 11, em Estrela. Ele foi cremado na sexta-feira, no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo.

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL (?) 2 Duo, processador da Intel Local de trabalho do médico-legista A de trabalho desencadeia o estresse

Érico (?), ator do humorístico "Zorra"

Prato típico da culinária alagoana

Primeira demão na Antigo pintura de altar dos paredes hebreus

ADILAR RADAELLI, 72, faleceu quinta-feira, 11, em Encantado. Sepultamento foi no Cemitério Santo Antão, em Encantado.

Setor da Economia Reivindiligado ao cação da campo população diante do aumento da violência

Arte, em latim Que legal! Última porção do intestino grosso

Negócio ilícito (gíria)

TEREZA DUTRA, 76, faleceu quinta-feira, 11, em Nova Bréscia. Sepultamento foi no Cemitério Católico São João Batista, em Nova Bréscia.

Personagem de Shakespeare

Para informar falecimentos: • WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200

Time carioca "Mr. (?)", série (TV)

Número de reinos da natureza Sul, em espanhol Contestar; discutir

Palavra de um dicionário

• E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Gaivota (bras.

Zool.)

Local do culto maçônico Carvão, em inglês Capitão (abrev.)

Atividade proibida na época de desova

Prática de ascetas hindus "A (?)

Rebelde", filme Tosquia

São apresentadas no leilão público

Capaz Fábricas de tijolos

O boletim de rendimento do aluno

O maior porto do Brasil (SP)

Disparo da arma de fogo

Curso d'água como o Ipiranga

HORÓSCOPO

49

O boletim de rendimento do aluno

Solução

Curso d'água como o Ipiranga O maior porto do Brasil (SP)

-

Archote Órgão eleitoral (sigla)

Disparo da arma de fogo

Forma sincopada de "senhor"

Joana d'(?): a Virgem de Orléans

Prática de ascetas hindus

Local do culto maçônico

Que legal!

Arte, em latim

Primeira demão na Antigo pintura de altar dos paredes hebreus

Time carioca "Mr. (?)", série (TV)

Gaivota (bras.

Zool.)

Setor da Economia Reivindiligado ao cação da campo população diante do aumento da violência

© Revistas COQUETEL

S

S

E

E

DAS DIRETAS

GA

R S O E N GU E R OG A C N I ÇA O

R C I O A L A O R

CH

3/ars — sur — tai. 4/

PEIXES: A semana está acabando e você segue confiante e esbanjando gás para colocar assuntos pessoais em ordem.

Solução

N GU E R OG A C N I ÇA O

AQUÁRIO: Com a ajuda da família, poderá comprar algo valioso para a casa, fazer uma reforma rápida ou iniciar um negócio.

49

R C I O A L A O R

LEÃO: No amor, a atração física deve crescer e você pode viver momentos intensos com o mozão. Sua sensualidade ajuda a animar a paquera.

BANCO

CH

CAPRICÓRNIO: Além de mostrar mais objetividade na hora de expressar suas ideias, você também vai dar um show de simpatia.

R B A E B A T T E I O A L N O V TO J S T A S A I A R E N P O R T A T O U L S

CÂNCER: Talvez seja melhor investir em maneiras alternativas para matar a saudade e dar risada com a turma.

Forma sincopada de "senhor"

Bairro nobre de Brasília

S U T D R B E E C S C A A P O P O L T A T E IR I A N Ç S A S

SAGITÁRIO: Tá trabalhando em home office nos últimos tempos?

Então comemore porque o trampo vai melhorar.

Archote Órgão eleitoral (sigla)

A D V E N P E C P R O P S F I A

GÊMEOS: É hora de mergulhar de cabeça nos seus planos e se esforçar ainda mais para conseguir tudo o que deseja.

Haste; mastro Entrada de templos

Exigência do locador

3/ars — sur — tai. 4/coal — core — lear — loja. 6/asa sul. 7/parruda.

ESCORPIÃO: Os relacionamentos estarão protegidos e você, que não costuma mostrar seu lado mais suave com facilidade.

Metal usado como catalisador

A E C A R D A A L O R B A E B A T T E I O A L N O V TO J S T A S A I A R E N P O R T A T O U L S

TOURO: Depois de cuidar das obrigações, é hora de se divertir! Você pode até sonhar em sair da rotina e viajar para algum lugar.

Crustáceo que vive enterrado na areia

C US O B R R R U E A R S U T D R B E E C S C A A P O P O L T A T E IR I A N Ç S A S

LIBRA: Pode surgir a oportunidade de mudança de emprego, se já vinha sonhando com isso há um tempo.

Joana d'(?): a Virgem de Orléans

S P A L A D V E N P E C P R O P S F I A

ÁRIES: Aproveite para diminuir o ritmo e repensar algumas coisas.

Há chance de ganhar algo que não estava esperando.

VIRGEM: No que depender da Lua, os relacionamentos continuam em destaque e os outros terão papel importante no seu sucesso.

Idioma asiático Vasilha de aduelas

Pasta fria usada em canapés

15

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

GRÊMIO

LUCAS UEBEL

ESTREIA NO GOL

Com problemas para definir o goleiro titular, Renato dá chance para o jovem Brenno na partida contra o Esportivo

a posição para Paulo Victor nas finais da Copa do Brasil e retornou no jogo contra o Ayacucho, mas assim como o seu parceiro de posição, falhou em um gol.

Assim, aos 21 anos, Brenno terá a grande chance de sua carreira. O jovem possui no currículo apenas duas partidas como profissional do Grêmio.

Uma delas foi especial, vitória por 1 a 0 sobre o Internacional em um clássico Gre-Nal. Além do goleiro, a equipe de Renato Portaluppi segue repleta de jovens para a partida em Bento Gonçalves. Dos mais experientes, apenas Rodrigues, Pinares, Cortez e Thaciano foram relacionados para a partida.

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Grêmio terá uma grande atração para a partida deste sábado contra o Esportivo.

Depois de falhas de Vanderlei e Paulo Victor, o jovem goleiro Brenno terá a chance de ser titular pela primeira vez na temporada.

A posição entre as traves é a grande carência do elenco tricolor neste momento. Antigo titular, Vanderlei perdeu

ATLETAS DO VALE NO ESPORTIVO

Um jogador do Vale do Taquari pode

Com problemas entre as traves, chegou a vez de Renato testar o jovem goleiro Brenno

ser fundamental para a partida de estreia do goleiro Brenno, trata-se do centroavante Gonzalo Fornari, natural de Lajeado e recentemente apresentado pelo Esportivo.

Depois de atuar por duas temporadas no São José, ele rumou para a Serra Gaúcha, onde no último fim de semana, fez a sua estreia pelo Esportivo. Em Bento Gonçalvez, atuará no Gauchão, Copa do Brasil e Série D do Campeonato Brasileiro. Além do grandalhão de quase 2 metros, o goleiro Jonathan Walker, natural de Sério, representa o Vale na partida.

ESCALAÇÕES

MONTANHA DOS VINHEDOS – SÁBADO, 20H

ESPORTIVO

GRÊMIO

Anderson Itaqui Júnior Alves Igor Samuel Balbino Lucas Hulk Mateus Santana Juninho Tardelli Daniel Cruz Vinicius Martins Warlei

Brenno Vanderson Ruan Rodrigues Cortez Lucas Araújo Darlan Thaciano Pinares Guilherme Azevedo Isaque

Técnico: Luiz Carlos Winck

Técnico: Renato Portaluppi

INTERNACIONAL

COLORADO RECEBE O LÍDER NO BEIRA-RIO GAUCHÃO ESCALAÇÕES

Yuri Alberto deve iniciar novamente como titular contra o Ypiranga

O Internacional treinou a semana inteira com a expectativa de que teria a estreia de seu treinador na partida de domingo, contra o Ypiranga. No entanto, Miguel Ángel Ramírez não foi inscrito no Boletim Informativo Diário da CBF até a tarde de sexta-feira. Com isso, o treinador do time na quarta rodada do Campeonato Gaúcho deverá ser Osmar Loss.

Depois de três rodadas com o time

Sub-23, tendo conquistado uma vitória, um empate e uma derrota, o Colorado deverá ter a volta de mais jogadores do elenco principal para a partida deste domingo.

O técnico espanhol treinou a equipe pela primeira vez na terça-feira, dia 09, e mesmo que não esteja na casamata do Estádio Beira-Rio, deverá ser quem irá escalar a equipe. A tendência é que atue um time parecido com

Técnico: Osmar Loss

o que vinha jogando com Abel Braga.

CAMPANHA 100% FORA DE CASA O Ypiranga chega com moral para

Deivity Muriel Reinaldo Luís Eduardo Zé Mário Mikael Clayton Mossoró Jean Silva Caprini Cristiano Técnico: Júnior Rocha

a quarta rodada do Gauchão. Líder da competição, o time de Erechim venceu duas partidas e empatou uma até aqui. Mais do que isso, está com 100% de aproveitamento fora de casa. Foram dois jogos e duas vitórias, contra São Luiz e Pelotas.

CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICADOS

Daniel Heitor (Rodinei) Lucas Ribeiro Cuesta Moisés (Léo Borges) Lindoso Edenilson Praxedes (Maurício) Yuri Alberto Patrick (Peglow) Galhardo

YPIRANGA

REBAIXAMENTO

INTER

EQUIPE

PG V

E

D GM GS SG

Ypiranga

7

2

1

0

8

3

Aimoré

6

2

0

1

5

3

Caxias

6

2

0

0

4

2

São Luiz

6

2

0

1

4

5

Internacional 4 Grêmio 3 Juventude* 3

1 1 1

1 0 0

1 0 2

4 4 4

4 1 4

Esportivo

3

1

0

2

1

3

Brasil de Pelotas Novo Hamburgo Pelotas*

3

1

0

2

2

5

5 2 0 -1 0 3 0 -2 -3

2

0

2

1

5

7

-2

2

0

2

1

3

5

São José

0

0

0

2

0

2

-2 -2

4ª RODADA SÁBADO

ESTÁDIO BEIRA-RIO – DOMINGO, 20H

DOMINGO

RICARDO DUARTE

20h 20h 20h 20h 22h

Esportivo x Grêmio Brasil de Pelotas x Caxias Internacional x Ypiranga Aimoré x São José São Luiz x Novo Hamburgo

16

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

CRAQUES DO VALE

O HOMEM GOL DE LAJEADO JOSÉ ROBERTO GASPAROTTO

FICHA TÉCNICA

Jackson Coletti foi revelado pelo Lajeadense e girou o Brasil. Na carreira, marcou quase 200 gols como profissional EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

S

e tornar ídolo do time da cidade onde nasceu é o sonho de toda criança quando inicia no esporte. Seja no futebol, basquete, futsal, voleibol ou até mesmo no atletismo. A grande maioria que pratica uma modalidade busca se tornar referência. Esse é o caso de Jackson Coletti, um dos melhores atacantes que já passaram pelo Lajeadense.

Destaque nos campeonatos de base, sendo artilheiro de vários campeonatos estaduais, Coletti fez a estreia no profissional do Lajeadense em 1997, aos 17 anos. A primeira partida não poderia ter sido melhor. Vitória em cima do Glória por 1 a 0, com gol do atacante. “Foi uma sensação que fui sentir novamente quando nasceram meus filhos. É algo muito emocionante.”

Depois do Lajeadense, passou por vários clubes como Guarani (Venâncio Aires), Avenida (Santa Cruz do Sul), Passo Fundo (Passo Fundo), Rio Pardo FC (Rio Pardo), Internacional (Santa Maria), Bagé (Bagé), Cachoeira FC (Cachoeira), EC Rio Grande (Rio Grande), Esportivo (Bento Gonçalves), Crack e Novo Horizonte (Goiás) e Atlético Chapecó (Santa Catarina).

ARTILHEIRO MATADOR Em 15 anos de carreira, Coletti acredita ter marcado quase 200 gols oficiais, uma marca expressiva para um jogador do interior do Rio Grande do Sul. Em 2005, foi artilheiro da Copa RS. Atuando com o Lajeadense, marcou 13 gols e foi o grande nome da equipe na ocasião.

O bom desempenho com o clube de Lajeado o levou para Bento Gonçalves, onde teve o momento mais marcante da car-

DIVULGAÇÃO

Coletti com algumas das premiações que recebeu ao longo da carreira

reira. Colorado fanático, Coletti enfrentou o Internacional que poucos meses antes havia sido campeão do Mundial de Clubes, em 2006. “Poder enfrentar defensores como Fabiano Eller, Bolívar e Índio foi algo incrível.”

Mas engana-se quem pensa que o jogador/torcedor pegou leve. Em uma bela jogada individual, foi derrubado dentro da área por Bolívar. Marco Antônio pegou a bola e marcou o único gol do Esportivo na derrota por 2 a 1.

FIM DA CARREIRA Coletti jogou até 2011 no Guarani de Venâncio Aires, depois de sofrer uma lesão no nervo ciático, encerrou a carreira.

“Não conseguia mais treinar em alto nível, e o salário não estava mais valendo a pena. Meu filho era bem pequeno, e aí decidi priorizar a família. O amador também pagava melhor.”

Ele diz que, como estava sempre lesionado, acabou perdendo espaço. “Quando somos jogadores de futebol, estamos no auge da idade de festas e curtição.

Esse é o maior problema do jogador e a causa das lesões que muitos sofrem. Poucos se cuidam como deveriam.” Ele conta ainda que teve grandes oportunidades de times grandes que perdeu porque estava lesionado.

“Futebol é momento.”

Sobre arrependimentos, Coletti comenta que além das lesões, fez algumas escolhas que o prejudicaram. “Podia ter conquistado mais coisas, mas por minha própria culpa não conquistei. Se ti-

vesse focado mais, escutado mais os conselhos dos experientes, se tivesse aberto mão de algumas coisas, teria ido melhor.” Apesar de tudo, se sente um atleta realizado. “É o sonho de muitos. Era o meu também e trabalhei para conquistá-lo.”

Nome completo: Jackson Coletti Idade: 41 Mora em: Lajeado Clubes que passou: Guarani (Venâncio Aires), Avenida (Santa Cruz do Sul), Passo Fundo (Passo Fundo), Rio Pardo FC (Rio Pardo), Internacional (Santa Maria), Bagé (Bagé), Cachoeira FC (Cachoeira), EC Rio Grande (Rio Grande), Esportivo (Bento Gonçalves), Crack e Novo Horizonte (Goiás) e Atlético Chapecó (Santa Catarina).

Filhos Bernardo e Vicente buscam seguir o mesmo caminho do pai

FOTOS: DIVULGAÇÃO

1

LAJEADENSE Conselheiro do Lajeadense, cita que é muito conhecido na cidade por tudo que fez. “Em alguns lugares que vou, muitos perguntam “Você é o Coletti goleador do Lajeadense. Assistia todos os jogos teus”. Ouvir essas coisas não tem preço.”

Cita que o clube é muito respeitado fora do Vale e que falta valorização em Lajeado. “Precisamos trazer o torcedor de volta e apoiar mais o nosso clube, pois santo de casa faz milagre sim.”

DEDICAÇÃO AOS FILHOS Empresário no ramo de móveis, dedica o tempo livre para ajudar no desenvolvimento dos filhos Bernardo e Vicente. Bernardo, 12, é centroavante do Juventude, enquanto Vicente, 8, se divide entre ALE, Lajeadense e Juventude. “Tento passar tudo que fiz de certo e errado para eles terem conhecimento, e conseguirem deslanchar na carreira.”

Coletti comenta que os dois têm muita qualidade e que se dedicarem vão ter sucesso. “Me sinto muito orgulhoso e realizado em ver eles dentro do gramado.”

2

3 5

4

1. Coletti teve uma boa passagem pelo Internacional, de Santa Maria 2. Centroavante ainda atuou pelo Avenida, de Santa Cruz do Sul 3. Atleta marcou inúmeros gols vestindo a camisa colorada 4. Alguns lances com a camisa do Internacional, de Santa Maria 5. Jogador também ganhou destaque na imprensa regional quando atuou pelo Lajeadense

17

A HORA ESPORTES | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

DIVULGAÇÃO

Goleiro está com 36 anos e vai para o Atlético-GO por empréstimo

CRAQUES DO VALE

FERNANDO MIGUEL ACERTA COM O ATLÉTICO-GO

Natural de Venâncio Aires e com passagem pelo Lajeadense, goleiro foi anunciado na quinta-feira EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O Atlético-GO ganhou um reforço debaixo das traves para a sequência da temporada. Nessa quinta-feira, o presidente do clube, Adson Batista, anunciou nas redes sociais a contratação do goleiro Fernando Miguel.

O Atlético Goianiense acertou a contratação do goleiro Fernando Miguel. O atleta co-

nheceu a estrutura do Atlético em treinamentos com o Vasco e confia no projeto do clube.

Estamos muito felizes com a contratação deste grande profissional!", escreveu o mandatário em seu Twitter.

O arqueiro chega por empréstimo até o fim da temporada. No clube disputará posição com Maurício Kozlinski, que tem sido utilizado como titular no começo do Campeonato Goiano.

Fernando Miguel está com 36 anos e defendeu o Vasco na última temporada. O goleiro iniciou sua carreira no Brasil de Pelotas, em 2006, e acumulou passagens por times como Lajeadense, Juventude e Vitória.

18

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

JONAS RÜCKERT

Diretor do Colégio Teutônia

EDSON BRUM

ARTIGO

Vulnerabilidade: Fraqueza ou Virtude?

N

este final de semana, independente da cor da bandeira que regula o modelo de distanciamento social, sabemos da importância de praticar os protocolos sanitários e observar as restrições que, gostemos ou não, devem ser cumpridas.

Independente da confusão política e social que se instala em meio a toda dificuldade vivenciada pelo setor da saúde e seus profissionais, o exercício para manter-se lúcido precisa ser praticado. Àqueles que se perguntam sobre o que fazer no sábado e

“A vulnerabilidade é difícil, assustadora e perigosa, mas garanto-lhe que recompensadora.” domingo, concedam-me uma dica, face à reclusão que em boa medida faremos. Por sugestão da minha filha Carolina, assisti a uma palestra quase que em forma de show.

Disponível em diversas plataformas, o título “The call to Courage”, com tradução literal, a chamada para a coragem, é uma oportunidade para reavaliarmos conceitos a partir de Brené Brown.

Se pudesse escolher entre zona de conforto e coragem, qual seria a sua opção?

Antes de responder, permita-me compartilhar algumas evidências. Para iniciar, me valho da seguinte afirmativa de Brené: “não dá para ser corajoso sem ser vulnerável”. Mas, afinal, o que é vulnerabilidade?

Segundo pesquisas da autora, é incerteza, risco e exposição emocional. Faça um exercício mental para lembrar sobre seus momentos de coragem e comprove por si mesmo a tese da autora (da minha parte

Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS

assim foi) que igualmente reitera: vulnerabilidade sem limites não é vulnerabilidade.

Após 20 anos dedicando seus estudos a temas como constrangimento, coragem, empatia e vulnerabilidade, Brené concluiu que todos estes conceitos/sentimentos/ situações estão interligados. A vulnerabilidade é difícil, assustadora e perigosa, mas garanto-lhe que recompensadora. Ao encontro do que já compartilhado por mim há algum tempo sobre o que escreve a geriatra Ana Claudia Arantes em seu livro “A morte é um dia que vale a pena viver”, Brown nos afirma ser muito mais difícil, perigoso e assustador chegar ao fim da vida e ter que se perguntar “e se eu tivesse me arriscado?

Assim como eu, você, caro leitor, já deve saber que nada na vida dará resultado sem que corramos riscos.

Criar a cultura da vulnerabilidade, seja no contexto familiar ou profissional, exige que os envolvidos estejam dispostos a sair da zona de conforto, enxergar pontos cegos até então não questionados e, principalmente, que cada um assuma a responsabilidade para com a conscientização própria.

Convido-lhes a iniciarmos a jornada para nos tornarmos indivíduos mais vulneráveis e, por consequência, corajosos. Não nos calemos diante das conversas difíceis.

Não falemos sobre as pessoas, mas com as pessoas. Estejamos abertos a feedbacks construtivos. Entendamos, que, como dito por Theodore Roosevelt, o triunfo da vitória é daquele que fracassa arriscando-se a ser imperfeito, pois este tem o mérito de ter vivido na arena.

Deixo aqui o exemplo, em forma de gratidão e reconhecimento, para com os profissionais de todas as áreas da saúde, que em toda sua vulnerabilidade tornaram-se a personificação da coragem no enfrentamento à covid. Sigamos o ensinamento prático, dentro do nosso escopo profissional e pessoal, destes heróis.

Arrisque-se! Exponha-se ao chamado da coragem. Seja a diferença!

ARTIGO

Caminhos do desenvolvimento

E

stamos diante do pior momento desde o início da pandemia de covid-19: falta de leitos em hospitais, profissionais de saúde esgotados, empreendedores endividados, economia asfixiada. É diante desta realidade que assumi a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio Grande do Sul. Aceitei o convite não apenas para atender a convocação do governador Eduardo Leite e do meu partido, o MDB. O meu sim ao desafio se deve, principalmente, ao fato de acreditar

“Precisamos apoiar e valorizar a matriz produtiva gaúcha” que é diante das dificuldades que precisamos mostrar a nossa força e o quanto podemos contribuir para mudar o que for preciso.

Em tempos árduos, só conseguiremos vencer os obstáculos com muito trabalho, agilidade e ação. Podemos nos queixar da pandemia, da burocracia, da crise, da estagnação, mas se ficarmos só na reclamação, o foco estará na culpa e não na solução.

O dever da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é trabalhar de forma integrada com os empreendedores para fazer jus ao seu nome.

Precisamos apoiar e valorizar a matriz produtiva gaúcha, os empreendedores de todos os portes, au-

mentar a competitividade das nossas empresas e também do Estado para atrair investimentos.

Só teremos desenvolvimento por meio de engajamento com a iniciativa privada, com o encurtamento da burocracia e com a preparação de empresas e de mão de obra para as mudanças que a tecnologia e a pandemia trouxeram.

Temos a responsabilidade de encontrar maneiras para estancar os prejuízos gerados pela restrição de funcionamento das atividades econômicas. Para isso, precisamos mobilizar os setores da indústria, do comércio e dos serviços para retomar a geração de empregos. Apenas em 2020, cerca de 20 mil postos de trabalho foram fechados no RS. Vamos nos dedicar a modernizar a legislação que regula o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem) para diminuir a burocracia que causa entraves aos nossos empreendedores. Também necessitamos de linhas de crédito no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e na agência de fomento Badesul para pequenos prestadores de serviço, comerciantes e microempreendedores individuais. Além disso, precisamos investir em inovação tecnológica.

No entanto, é importante lembrar que, ao mesmo tempo que buscamos alternativas para a nossa economia, precisamos fazer a nossa parte e redobrar os cuidados na luta contra a covid-19. É de responsabilidade de cada um de nós respeitar os protocolos: usar máscara, higienizar as mãos e evitar aglomerações. Só assim venceremos este vírus e manteremos as atividades econômicas em funcionamento.

19

A HORA | Fim de semana, 13 e 14 de março de 2021

NEY ARRUDA FILHO

CARLOS CYRNE Professor da Univates

Under pressure...

Eu sou egoísta... Por

que não, por que não?

L

á no distante mês de maio fiz referência a uma música do Bezerra da Silva: Farinha pouca, meu pirão primeiro. As movimentações que vivíamos para mitigar o impacto da pandemia eram muitas. Fui levado a acreditar que os serem humanos se preocupavam com os outros.

Passados dez meses, me pego pensando novamente se somos egoístas ou não. Então lembrei de duas outras canções: Eu Sou Egoísta (Raul

“O atual momento me faz acreditar que as duas músicas “conversam entre si”, mesmo que tenham alguns anos de diferença e muitos em relação ao momento atual.”

Seixas) e Under Pressure (David Bowie).

O atual momento me faz acreditar que as duas músicas “conversam entre si”, mesmo que tenham alguns anos de diferença e muitos em relação ao momento atual.

A pandemia cresceu de intensidade, ao invés de retrair, trazendo consigo uma sensação de “Se você acha que tem pouca sorte... Se lhe preocupa a doença ou a morte...” e

ney@jornalahora.inf.br

ARTIGO

uma intensa de ansiedade decorrente disto. Muito embora “...o que você quer em sua vida é só paz... E você chora, você reza Você pede, e implora...”, mas, infelizmente “o homem é o exercício que faz...” e o que tenho observado é que “Eu sou ista, eu sou ego...Eu sou ista, eu sou ego...

Eu sou egoísta... Por que não, por que não? O que vemos são: aglomerações, festas clandestinas (até mesmo de idosos, como a que foi noticiada em São Paulo); responsabilização das autoridades; clamor por mais fiscalização.

Ao mesmo tempo o que menos se vê é o questionamento: e qual a minha responsabilidade? Qual é “...a parte que me cabe neste latifúndio...” (mas esta já é outra música).

Talvez este comportamento seja decorrente da pressão a que estamos submetidos e que “divide uma família em duas...” em virtude das correntes de pensamento que hora dizem: fique em casa; hora afirmam que o mundo não pode parar, que a economia precisa girar. “A que ponto chegou o mundo... Rezo para que o amanhã me deixe mais animado... mas ele está tão rachado e despedaçado...”.

No entanto, não precisa ser assim, é possível demonstrar amor, pois “o amor te desafia a se importar com as pessoas... desafia você a mudar nosso modo de nos preocupar com nós mesmos...”. Podemos deixar de ser egoístas, mesmo sob pressão. Por que não, por que não?

S

ARTIGO

Um ano

emana que vem faz um ano. Um ano que tivemos que fechar as portas, que pediram pra gente ficar em casa. Nestes últimos 12 meses, a sensação que eu tive foi de que o minuto não teve 60 segundos, que a hora não teve 60 minutos, que o dia não teve mais as 24 horas de antanho. E que a semana não teve os seus naturais 7 dias, assim como o mês voou abaixo de 30.

Tudo passou muito rápido, muito mais rápido do que passava antes. A pandemia, debito a ela, diminuiu o tempo e a minha percepção dele. Na última terça feira eu li uma crônica do Luís Augusto Fischer com o mesmo título deste artigo, “Um ano”. Ele relata um causo, segundo o qual algum incauto pediu pro Eisntein explicar a teoria da relatividade. Como gênio que era, o “pai” da teoria teria respondido assim: “Imagina um minuto ao lado da pessoa amada; e agora imagina um minuto com a mão na chapa quente do fogão”.

“(...) um ano não foi suficiente para que a racionalidade prevalecesse (...)”

Verídico ou não, confio no professor Fischer e penso que o que vale mesmo é a reflexão que o causo nos provoca.

Aquela história de que estamos todos no mesmo barco não cola mais. Ouvi outro dia alguém dizer que sim, estamos todos juntos! Mas não é no mesmo barco: é na mesma tempestade. E cada um tem enfrentado essa tempestade sem fim com as forças que encontra, agarrando-se onde consegue se agarrar. Alguns não têm nada, outros têm uma daquelas boias de braço, uns poucos têm realmen-

te um barco.

Voltando a teoria da relatividade, cruzando ela com a tempestade e com o que temos para enfrenta-la, fico imaginando a sensação de passar um minuto com a mão na chapa quente do fogão. Fico imaginando que foi essa a sensação da maioria das pessoas, para as quais o ano demorou absurdamente pra passar e a dor foi aumentando. Aquelas pessoas que perderam parentes, amigos, que perderam o emprego, a possibilidade do sustento. Fico lembrando dos discursos da meritocracia e do empreendedorismo: como se faz agora? Pra que lado a gente corre?

Se pra mim o ano voou, para muitos ele se arrastou, levando com ele vidas e sonhos.

Ninguém, absolutamente ninguém, estava preparado pra suportar um ano inteiro, abrindo e fechando, começando e parando, na perspectiva de que em algum momento iria melhorar. Mas nada melhorou, só piorou.

Um ano não foi suficiente para que a racionalidade prevalecesse. Para que os líderes liderassem positivamente, para que se unissem em favor da vida. Um ano não foi suficiente para produzir consciência, empatia, atitude. Um ano de tantas perdas que não tem como contar.

Fim de semana,

13 e 14 de março de 2021

ARTILHEIRO

O HOMEM GOL DO VALE

Revelado pelo Lajeadense, Jackson Coletti é um dos melhores atacantes que já passaram pelo Alviazul. Em sua carreira no futebol, rodou o estado e o país, tendo atuado em mais de dez clubes. Foram cerca de 200 gols em 15 anos como profissional.

MÍN: 18º MÁX: 34º

Sol com algumas nuvens. Não chove.

JOSÉ ROBERTO GASPAROTTO FOTOS: D IV

ULGAÇÃO