A Hora - 30/01/2021

A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021 | Ano 18 - Nº 2768 | Fechamento da edição: 19h BIANCA MALLMANN

RISCO DE EPIDEMIA

Elevação no número de focos alerta municípios Há um risco iminente de um surto da dengue neste verão, avisa o governo do Estado. O Aedes aegypti, mosquito vetor da doença, se desenvolve em locais quentes e com água parada. Em Lajeado, como for-

ma de mapear o número de focos da larva do inseto, agentes epidemiológicos visitam residências. Os bairros Santo Antônio e Planalto registram os maiores níveis de infestação.

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O PALCO

DO PASSADO

Festival nascido na década de 70 consolidou a região como celeiro de artistas

Desde bandas consolidadas até novos talentos. O Festival Regional da Música Popular do Alto Taquari (Frempat) foi a vitrine para quem sonhava com a fama nas décadas de 70 e 80.

A competição itinerante criada em Encantado se espalhou pelo Vale do Taquari e marcou uma geração de músicos da região.

Páginas 10 e 11

OPINIÃO ADAIR WEISS

Déficit federal Contas da União no vermelho e nas prefeituras há sobras

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

De onde vem a água?

Em Estrela, contrato com a Corsan proibe captação do Rio Taquari

Avulso: R$ 6,00

FÁBIO KUHN

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“Minha missão é trabalhar na escola”

Alerta regional ANA CAROLINA BECKER

Íris Pereira Borges, 80, é uma das irmãs mais antigas do Colégio Madre Bárbara – Rede ICM, que completa 124 anos neste sábado.

Natural de Uberaba, em Minas Gerais, vive no Rio Grande do Sul há 60 anos, 32 em Lajeado. A vida religiosa começou aos 12 anos em São Paulo. Hoje, depois de seis décadas como irmã, ainda exerce a sua missão de vida com muita alegria. É a segunda filha, de uma família com 12 irmãos.

ANA CAROLINA BECKER anacarolina@grupoahora.net.br

Como veio para o Rio Grande do Sul?

Entrei de juvenista em São Paulo, depois fui para Santos e retornei para São Paulo.

Quando saí de lá, vim para o Colégio Mãe de Deus, no bairro Tristeza, em Porto Alegre, onde permanecei por 25 anos.

Como entrou na vida religiosa?

O envolvimento com a vida religiosa começou após conhecer a prima da minha mãe que era dessa congregação. Ela me convidou para ser irmã e aceitei. Na hora que ela me convidou, fui para o colégio em São Paulo, depois fui para Santos e fui vendo que era essa a minha vocação. Com 19 anos fiz os primeiros votos religiosos na congregação.

Como é o processo de formação de uma irmã?

A gente entra como aspirante para ir estudando e vendo sobre a congregação afiliada ao Madre Bárbara. Depois temos a parte do postulado, durante seis meses, para conhecer mais sobre a vida religiosa.

O nubiciado, com duração de dois anos, vem logo em seguida. Ele trata-se da preparação para a vida religiosa. Nesse

momento, vamos conhecendo a congregação, as normas, objetivos da vida religiosa e entendendo se realmente queremos seguir neste caminho.

Como resume a vida e a ligação com o Madre Bárbara?

Para mim é uma alegria trabalhar aqui na escola de modo especial com os professores, alunos e pais. Me sinto realizada, gosto demais do povo daqui.

A minha família, inclusive, sempre me chama de gaúcha porque estou há 60 anos no Rio Grande do Sul. Como foi viver o ano de 2020 distante dos alunos? Imaginava passar por isso?

Nunca imaginei passar por isso, mas, ao mesmo tempo, nunca fiquei distante dos alunos completamente porque vinha todos os dias na escola rapidamente, mas nunca me distanciei.

Diferença de gerações que já passaram por aqui? Como é a relação professor e aluno?

Acho que é tudo normal conforme a época. Os professores são muito

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capacitados e competentes, eles vão se adaptando a realidade de cada dia, eles são muito criativos. Sentimos que eles têm muito amor à escola. Temos muitos ex-alunos que são professores aqui hoje. Inclusive, a nossa diretora é uma delas.

Fale sobre os momentos marcantes.

Tantos acontecimentos marcantes.

Os pais em festa de Natal, missa das mães, missa para os pais, festa de São João, feiras de profissão, formatura.

Completei 80 anos, em um sábado chuvoso de julho com pandemia e enchente. Naquele dia, a diretora veio até a minha casa, cantando pelo meu aniversário. Ela me enrolou enquanto a coordenadora pedagógica e demais professores estavam no ginásio da escola. A coordenadora ligou na minha casa pedindo que eu fosse olhar que o ginásio estava com muita goteira em função da chuva. Na hora até que acreditei, mas quando atravessei a rua, vi que eles estavam todos espalhados dentro do ginásio para celebrar meu aniversário.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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A

constatação da vigilância sanitária sobre a presença cada vez mais constante de larvas do mosquito aedes aegypti deixa a região em alerta. A falta de cuidados da comunidade aliada ao déficit de agentes municipais de endemias, expõe carências organizacionais da sociedade.

O quadro é preocupante. Frente ao descuido com a prevenção, o Vale vive o risco de uma epidemia. Ainda que não haja registro de dengue, chikungunya ou zika nestas primeiras semanas de 2021 nas cidades da região, basta uma pessoa contaminada vir de outros locais para que as doenças se espalhem.

Como a proliferação do inseto acelera durante o verão, este é o momento para todas as esferas da sociedade unirem esforços e reduzirem as chances de contaminação. É preciso um cuidado que vá além das campanhas de conscientização. O movimento tem de ser orgânico. Estar com as agentes de saúde. Estar no contato diário com

“É preciso um cuidado que vá além das campanhas de conscientização.” a população. O assunto deve ser debatido de forma ampla e contínua.

Nos últimos anos, diversas cidades fizeram dias de combate ao mosquito.

Servidores e até o Exército estiveram nos bairros para eliminar os focos das larvas dos pátios, casas e quintais.

O poder público, nas três esferas, precisa fazer mais. É urgente, por exemplo, criar mecanismos para identificar de forma mais ágil os locais onde há risco de transmissão e combater o mosquito em áreas tão específicas quanto possível.

A situação merece ainda maior atenção devido ao momento de alerta sanitário em função da covid-19. A pandemia nascida na China tem ensina muito sobre como é necessário ampliar o controle de doenças e vetores.

Cabe ressaltar, essa não é uma luta só dos poderes públicos. É uma responsabilidade de todos. A ideia de que o RS estaria livre dessas doenças, encerrou faz anos. Com mudanças meteorológicas acentuadas, não se tem definida as quatro estações. O frio não interfere mais na proliferação do mosquito.

Os cuidados são conhecidos. Evitar o acúmulo de água parada significa reduzir as chances de o inseto sobreviver. O alerta é nacional. Para o Vale, cabe ações conjuntas do poder pública e com a vigia presente da comunidade.

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ADAIR WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

Prefeituras com caixa forrado e federação “quebrada” Os municípios receberam fartos recursos federais durante a pandemia. Maioria das prefeituras fechou 2020 com superávit, enquanto o governo central teve déficit de R$742 bilhões

Q

uando o presidente Jair Bolsonaro declarou que o “Brasil está quebrado”, muitos não entenderam, enquanto outros condenaram a declaração infeliz do primeiro mandatário do país. De fato é algo que um presidente da República não tenha de dizer à sua nação, pois esta espera soluções e ações concretas por parte de seu gestor.

Opiniões aparte, vamos aos números apresentados nesta semana pelo Planalto: o déficit público do país alcançou R$ 742 bilhões em 2020. Um dos maiores rombos monetários já produzidos na história recente da nação.

Na contramão, a maioria das prefeituras anuncia superávit em seu caixa municipal. Lajeado, por exemplo, fechou o ano passado com R$ 48 milhões de superávit, um dos maiores na história.

Se, de um lado o país “quebrou” ao socorrer a população, as empresas e os entes públicos estaduais e federais, do outro, se percebe folga de caixa para fazer frente às mazelas que devem crescer em 2021, especialmente, com o fim dos auxílios emergenciais e demais programas de incentivo do governo federal.

Na grande mídia ouvimos e vimos muita crítica ao governo central. Domina a narrativa de uma gestão “incompetente,

corrupta, insensível e descontrolada”. Raros os grandes players da comunicação nacional que se escapam desta retórica seletiva para desfazer a figura do presidente e de seu governo.

Ao cidadão, que assiste tamanhas incoerências, resta uma compreensão bastante desconfortável, diria até limitada, uma vez que as redes sociais também se tornaram vetores de desinformação e mentiras, contra e a favor do governo.

A imprensa profissional, que deveria servir de esteio da democracia e da transparência, começa a ser desacreditada. Ora pelos seus ranços, ideologismos ou interesses econômicos, noutra pela campanha orquestrada que é empreendida para desacreditá-la. Aliás, abre-se uma grande reflexão sobre o atual modelo jornalístico.

Restam os pequenos veículos, os regionais. O problema é a extensão das fontes destes, uma vez que a maioria dos pequenos jornais, revistas, rádios ou sites sempre se abasteceram dos grandes jornalões, canais de TV ou rádio nacionais.

Com a era da internet, esta necessidade ou dependência diminui. Eles se tornaram mais autônomos, têm mais fácil acesso às fontes oficiais. Ainda assim, muitas redações viraram

se a notícia agrada um lado, desagrada totalmente o outro. É um preconceito lamentável e burro, para dizer o mínimo.”

aglomerados de “estagiários”, grande parte despreparada para o ofício jornalístico contextualizado ou de análise. Logo, também há desafios e lacunas herculanas para entregar uma informação crível e analítica aos leitores, ouvintes e internautas.

Aqui no Grupo A Hora a discussão tem sido exaustiva sob esta ótica. No Vale do Taquari, onde Bolsonaro venceu com mais de 70% dos votos, a esquerda passou a ser hostilizada, como se fosse o grande mal de todos os tempos.

Logo, fazer jornalismo em meio a este sentimento seletivo é um desafio enorme.

Para quem prima por linha editorial isenta e plural, a pressão vem de todos os lados. E não dá para fraquejar. E, necessariamente, tal cenário não significa que os “governistas” façam o maior coro ou batam o tambor mais forte.

Há poucos dias, uma entrevista com o médico Alessandro Loyola causou furor nas redes sociais contra a Rádio A Hora, por ter concedido espaço ao médico bolsonarista. Até ameaça de denúncia ao Ministério Público fizeram.

Não é diferente quando dado espaço para o outro lado, ao mostrar a gravidade dos números negativos relacionados à covid. Tem gente que prefere negar a doença.

Ou seja, se a notícia agrada um lado, desagrada totalmente o outro. É um preconceito lamentável e burro, para dizer o mínimo.

Desde crianças fomos educados a cotejar as partes. Agora, em plena era tecnológica, com acesso a quase tudo e a quase todos, nos comportamos igual a analfabetos, sem discernimento,

e o mais grave: não toleramos quem pensa diferente.

O propósito do texto de hoje é traçar uma reflexão sobre os paradoxos, sejam eles do campo político, social ou econômico.

Afinal, vejamos: se o país produziu o maior déficit de sua história, por socorrer os demais entes da federação, iniciativa privada e população, não seria hora de nos fazer algumas perguntas?

O dinheiro foi aplicado em quais ações e projetos? Como ele surtiu o efeito esperado? Quem acessou os recursos – que atire a primeira pedra quem não se beneficiou? E mais: os superávit das prefeituras não deveria compensar parte do enfrentamento às mazelas sociais que a federação já não dá conta de atender?

São perguntas que merecem a nossa reflexão. Como diz o velho e sábio ditado popular: “nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno”. À imprensa cabe mais sensatez e imparcialidade; aos prefeitos e governadores cabe fazerem a sua parte; ao governo federal, menos falácias e mais estratégia de unificação do país; e, a nós, cidadãos, cabe o mínimo de noção e desconfiança para entender que não há “mitos”’ e nem “bruxas”.

Estamos numa fase tumultuada, onde a emoção se impõe sobre a razão. Isso precisamos vencer!

Bom fim de semana a todos!

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Líderes de bancada RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Água do rio X Água de Poço

O

contrato entre a Corsan e o município de Estrela prioriza águas de poço artesiano, mesmo com toda a abundância do Rio Taquari.

Foi um anseio e um desejo de uma boa parcela da comunidade estrelense, e a companhia estadual optou por evitar confrontos e acatou o pedido capitaneado pelas autoridades municipais na época da assinatura do acordo. No contrato, consta que será assim enquanto for possível.

Ou seja, até secar as fontes.

Para alguns especialistas na área do abastecimento, é um erro crasso.

Para muitos, a água subterrânea é uma reserva técnica que só deveria ser mexida quando não há outra opção. E não é essa a realidade de Estrela, e tampouco de alguns bairros de Lajeado. Como por exemplo, o populoso Conventos, que também

Eleição e inovação só “aceita” água de poço. Temos água em abundância nos rios, reforço, e os especialistas alertam: estamos “queimando” uma importante reserva natural.

Em Estrela, a população tem receio de usar a água do Rio Taquari.

Por outro lado, a Corsan comprova, em Lajeado, a alta capacidade de garantir o tratamento adequado para a água. Ou seja, e de acordo com

Um novo Consisa Marcos Scorsatto (DEM), prefeito de Putinga, é o novo presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa). E ele tem o “desafio”

de segurar alguns municípios que demonstram insatisfação com a forma com a qual a entidade vem sendo conduzida. Eles cobram uma atuação mais técnica, e me-

especialistas, não haveria qualquer problema em utilizar a abundância do rio para abastecer a população estrelense. Aliás, seria uma forma de conscientizar ainda mais os moradores sobre a importância de tratar o esgoto e cuidar do nosso manancial. É um debate que iniciou e se encerrou na década passada.

Mas deve voltar muito em breve à mesa dos respectivos prefeitos. nos política. O Governo de Lajeado já deixou transparecer alguns atritos. Há muita insatisfação por parte dos governos municipais de Estrela e Colinas. A falta de convênio com o Hospital Bruno Born é outra “pedra no sapato”.

Fura-filas Nessa quinta-feira, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), por meio da Direção de Controle e Fiscalização (DCF), emitiu ofício aos órgãos fiscalizadores alertando sobre a necessidade do “fiel cumprimento à ordem de vacinação contra a Covid-19 estabelecida pelas autoridades sanitárias, bem como do registro das doses aplicadas a cada cidadão no sistema do Ministério da Saúde.” O órgão alerta para o

Em Lajeado, os vereadores indicaram os líderes e vice-líderes das bancadas de cada partido para a legislatura 2021/2024. No PP, Lorival Silveira e Alex Schmitt são os representantes; no PSDB, Paula Thomas e Marcio Dal Cin; no MDB, Jones Barbosa da Silva, o “Vavá”, Ana Rita da Silva Azambuja, a “Ana da Apama”; no PT, Sérgio Kniphoff; e no PSB, Adriano Rosa. Já o líder de governo na Câmara será o suplente Mozart Lopes, do PP, que assumiu a vaga de Fabiano Bergmann (PP), que assumiu como Secretário de Obras e Serviços Públicos da cidade.

crescente número de denúncias de desrespeito aos critérios de vacinação definidos pelos órgãos de saúde. Os chamados “fura-filas”.

Conforme o documento, os gestores municipais “têm papel fundamental para o êxito do Plano Estadual de Imunização”.

Em outra frente, o Ministério Público do RS também fiscaliza a ordem de vacinação e expede recomendação para evitar fura-filas.

Segundo o órgão fiscalizador, para que seja garantida ampla e irrestrita transparência dos gestores da saúde na execução da vacinação contra a covid-19, de forma que os órgãos de controle possam avaliar não só a probidade dos seus atos como também a efetividade das ações adotadas.

Talvez a liberação para a venda privada em clínicas possa aliviar essa pressão sobre o SUS.

No dia nove de fevereiro, ocorre a nova eleição para escolha dos componentes do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMTI) de Lajeado. O cargo de presidente segue com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag), e tudo indica que

Porto do Vale do Taquari Especialistas alertam: as grandes empresas precisam de segurança jurídica para investirem no complexo portuário instalado às margens do Rio Taquari, em Estrela. As incertezas sobre o futuro da área concedida ao poder público municipal podem gerar desconfiança nos investidores. E uma das perguntas que rondam os bastidores é: qual poder a prefeitura terá para outorgar a terceiros uma área que não lhe pertence e apenas lhe foi concedida por um determinado período?

André Bücker será mantido no cargo pelo prefeito Marcelo Caumo (PP). Em relação ao cargo de vice-presidente, os componentes do grupo devem reconduzir Simone Stülp para a função. Da mesma forma, as entidades precisam validar novamente os seus representantes.

Pregão ao vivo Sobre o tópico da edição de sexta-feira, que trata da transmissão ao vivo dos pregões eletrônicos de Estrela e Lajeado em redes sociais, um atento leitor alerta: a qualidade do som e da imagem nas transmissões das licitações em Lajeado é “uma piada”.

“Não adianta dizer que é ao vivo só para se promover”, provoca.

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021 FOTOS BIANCA MALLMANN

BIANCA MALLMANN

SINTOMAS DA DOENÇA

biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

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alor e pancadas de chuva. Clima favorável para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. O avanço no número de focos alerta as equipes epidemiológicas.

O próprio Estado adverte para a chance de uma epidemia dessas doenças no verão.

Pesquisa feita a cada três meses estima o nível de infestação nos municípios. É o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa). O último foi no início de dezembro. “Na época encontramos 25 focos do mosquito. Mas esse é um levantamento amostral.

Não significa que o município tenha apenas esse número. Foram realizadas visitas em 2066 imóveis sorteados”, explica a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental de Lajeado, Catiana Lanius.

Deste total de focos encontrados, foram oito no Santo Antônio, seis no Planalto, três no Campestre, dois no Conservas e um no Montanha, Moinhos d’Água, Centenário, Morro 25, Americano e Olarias.

O próximo LIRAa deve acontecer entre fevereiro e março, mas ainda não tem data exata. Segundo a Secretaria da Saúde, tendência é registrar mais focos do que foi apurado no índice de dezembro do ano passado.

Vistorias de rotina Além do LIRAa, agentes de endemias visitam residências do município. Em Lajeado, as ações são direcionadas para os bairros com maior nível de infestação. “Como temos apenas cinco profissionais nesse serviço, adotamos alguns critérios.

Estamos finalizando o bairro Santo Antônio e na próxima semana já devemos iniciar o bairro Planalto”, explica a coordenadora.

Nestas vistorias, os agentes verificam possíveis focos do mosquito vetor da dengue. Se encontrado, uma amostra é levada para análise.

“Nossas equipes também realizam ações de educação. Ou seja, conscientizar os moradores sobre os cuidados necessários. Com dicas simples, cada um faz a sua parte no combate à doença”, comenta.

Como denunciar Em caso de suspeita de algum local com foco de larvas do mosquito, o morador pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental. Agentes de endemias se deslocam para o local e verificam a denúncia.

“A primeira orientação é eliminar o foco. Isso é feito tirando a água acumulada, para quebrar o ciclo de vida da larva.

O morador pode chamar nossa equipe, que o quanto antes fazemos uma vistoria em toda a residência. Mas o mais importante é cuidar para o local não voltar a acumular água”, diz a coordenadora.

• Febre alta súbita • Dor no corpo, nas articulações e na cabeça • Náuseas e vômitos • Pode haver manchas vermelhas no corpo e coceira

DICAS PARA COMBATER

• Calha: remover folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água.

Agentes epidemiológicos mapeiam áreas com maior incidência de focos do mosquito transmissor da dengue

MOSQUITO AEDES AEGYPTI

Novos focos alertam para risco de dengue O mosquito vetor da doença se prolifera na água parada e tem ciclo de vida intensificado com as altas temperaturas. Agentes epidemiológicos intensificam fiscalização e Estado atenção para possibilidade de epidemia

“Basta uma tampinha de garrafa pet” Depósito com pouca quantidade de água e localizado em áreas sombreadas, sem acesso direto à luz do sol.

Esse é o local preferido para o desenvolvimento das larvas do vetor. Cuidados para evitar a proliferação do mosquito devem ser tomados durante o ano todo e intensificados no verão, devido às condições climáticas.

“O Aedes aegypti não precisa

de muita água para se desenvolver. Uma tampinha de garrafa pet já é o suficiente. O ovo do mosquito pode sobreviver por mais de um ano sem ter contato com a água. Mas quando isso acontece, cerca de cinco dias são o suficiente para ele se tornar adulto e picar uma pessoa”, comenta Catiana.

Características do mosquito vetor

O Aedes aegypti é urbano e doméstico. Vive dentro e ao redor das residências, onde está localizado seu alimento: o san-

Amostras recolhidas são levadas para análise na vigilância ambiental

gue humano. Caso o morador encontre o vetor, a tendência é que o mesmo tenha nascido próximo à residência.

“Outra informação importante é que o mosquito não nasce contaminado. Ele precisa picar uma pessoa que tenha o vírus para então transmitir para uma próxima pessoa que vai picar”, esclarece a bióloga.

Aporte financeiro A câmara de vereadores de Lajeado aprovou nessa terçafeira a destinação de aporte financeiro para a área da saúde.

Foi autorizada a contratação de dez agentes epidemiológicos, em caso de surto da dengue. “Precisamos chamar a atenção da comunidade para as ações de prevenção. Mas se o alerta de epidemia se confirmar, já está tudo organizado para a contratação desses profissionais.

Estamos nos prevenindo. A ideia seria eles atuarem no combate ao mosquito e educação dos moradores, eliminando focos e dando dicas”, explica a coordenadora da Vigilância Ambiental.

• Caixas d’água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva: manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir, lavar o interior com escova e sabão.

• Banheiros externos e áreas sem uso: manter vasos sanitários tampados e colocar tela milimétrica nos ralos.

• Lonas: devem estar bem esticadas para não acumular água.

Caso for cobrir a piscina, colocar uma bola de vinil embaixo da lona, no centro, para facilitar o escoamento da água.

• Plantas aquáticas: trocar a água dos vasos e lavar com escova, água e sabão uma vez por semana • Materiais, latas, embalagens plásticas, vidros, garrafas, etc.: descartar no lixo ou secar e armazenar em local aberto.

• Piscinas fixas e plásticas pequenas: devem ser limpas/ esvaziadas uma vez por semana e tratadas sempre com cloro.

• Pneus: manter em local coberto ou fazer furos grandes para escoamento da água, caso os utilize na área externa.

Localização dos 25 focos do mosquito Aedes Aegypti encontrados em Lajeado no LIRAa (dez/2020):

8 Santo Antônio 6 Planalto 3 Campestre 2 Conservas 1 Montanha 1 Moinhos d’Água 1 Centenário 1 Morro 25 1 Americano 1 Olarias

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Alagamento em Santa Cruz do Sul põe Vale do Taquari em alerta Rio Taquari atinge cota de atenção em Muçum. No Vale do Rio Pardo, chuva superior a 100 milímetros em uma hora causou transtornos à população

RAMIRO BRITES

PREVISÃO DOS PRÓXIMOS DIAS

Sábado

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

A

enxurrada que alagou Santa Cruz do Sul traz a preocupação de um fenômeno semelhante ao Vale do Taquari. O deslocamento de nuvens carregadas pelo RS resulta em um fim de semana chuvoso. A perspectiva de 40 milímetros de precipitações afasta o risco de uma tempestade como a da cidade do Vale do Rio Pardo.

No entanto, o acumulado nas cabeceiras de afluentes do Rio Taquari provocam a elevação no nível da água.

Meteorologistas da MetSul afirmam que o evento de Santa Cruz foi localizado, prova disso que Rio Pardo, a 32 quilômetros da cidade, registrou precipitação de 40 milímetros, uma marca alta mas nem a metade da quantidade de chuva que causou aqueles alagamentos vistos em todo o RS. Desde o início da semana, o RS está sob a influência de ar quente e úmido que favorece muita chuva e volumes isolados excessivos em curto período.

Meteorologistas acreditam que domingo será o dia mais crítico de chuvas. Previsão aponta para 20mm

Lajedo envia mantimentos A Defesa Civil de Lajeado encaminhou roupas, equipamentos de proteção individual (EPIs) e outros mantimentos à Santa Cruz do Sul. Às 15h dessa sexta-feira, 29, uma camionete saiu do Parque do Imigrante em direção ao Parque do Oktoberfest, onde as doações são recebidas.

“Nos momentos difíceis que nós tivemos, recebemos muita ajuda. É uma prática da Defesa Civil trabalhar em solidariedade e está na hora de auxiliarmos nossos irmãos de Santa Cruz”, afirma o secretário de Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli.

Rio Taquari em elevação Às 16h dessa sexta-feira, o Rio Taquari atingiu cinco metros, em Muçum, onde recebe as águas do Rio Guaporé. O nível é a chamada “cota de atenção”, a partir dos nove metros é emitido um alerta e aos 16 metros, há transbordamento na localidade.

No porto de Estrela, o rio estabilizou na tarde da sexta-feira, em cerca de 13,5 metros. A maior medida foi registrada às 10h30min, quando o nível alcançou 13,54 metros. Neste ponto de medição, a cota de inundação é 17 metros. A Defesa Civil emite alerta quando as águas alcançam 15 metros.

Pouca chance de cheia Se os prognósticos com relação à chuva continuar o mesmo, não há risco de alagamento.

Há um grande volume de chuva vindo da parte sudeste da Argentina. As precipitações, porém, não devem atingir o Vale do Taquari, nem mesmo a Serra Gaúcha, onde estão as cabeceiras da bacia Taquari-Antas.

Para o secretário Paulo Locatelli, porém, é preciso manter a atenção. “Tranquilo estaria se não tivesse acontecido nada no entorno e não haveria a previsão para uma semana de chuva.”

De acordo com ele, Lajeado tem um plano de emergência, com

contratos em vigor, para caso seja necessário algum deslocamento para socorro de famílias ribeirinhas. “Temos nosso lugar de abrigo, que é o parque do Imigrante, temos também três refeições diárias licitadas”.

As medições do rio são atualizadas a cada 15 minutos, assim como os prognósticos de chuva.

A rede da Defesa Civil de diversas localidades do estado estão em comunicação e compartilhando informações do monitoramento.

Sol aparece no Vale do Taquari, porém, novas instabilidades avançam sobre a região. As condições ficam favoráveis para pancadas de chuva isolada. O amanhecer apresenta temperaturas agradáveis, já durante a tarde a sensação será de calor.

Mínima: 22ºC Máxima: 33 ºC Chuva: 14,9mm

Domingo Céu estará nublado na região.

Instabilidades influenciam com mais intensidade na região. Há risco de temporais isolados. As temperaturas ficam agradáveis na maior parte do período.

Mínima: 23ºC Máxima: 28ºC Chuva: 20 mm

DIVULGAÇÃO

Segunda-feira

Mantimentos saíram de Lajeado para Santa Cruz na sexta-feira

Tempo estará parcialmente nublado com pancadas de chuva. As temperaturas ficam agradáveis na maior parte do dia.

Mínima: 21ºC Máxima: 29ºC Chuva: 5,4 mm

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Paulo Kohlrausch assume presidência da Amvat Prefeito de Santa Clara do Sul assume entidade até janeiro de 2022. Energia, sanemaento e melhoria das rodovias foram elencados como principais bandeiras da gestão RAMIRO BRITES ramiro@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch, tomou posse como o novo presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A cerimônia foi realizada, na manhã dessa sexta-feira, 29, no Estrela Palace Hotel, em Estrela.

Kohlrausch assume o cargo no lugar do ex-prefeito de Imigrante e atual secretário de Saúde de Estrela, Celso Kaplan. Como vice-presidente assume o prefeito de Encantado, Adroaldo Conzatti e segundo vice, o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo.

Passados 11 anos do primeiro mandato à frente da entidade, Kohlrausch busca ser preciso quanto às prioridades regionais para encontrar soluções pontuais.

ENTREVISTA PREFEITO SANTA CLARA DO SUL, PAULO KOHLRAUSCH, NOVO PRESIDENTE DA AMVAT

O que lhe motivou a ser presidente da Amvat?

A partir de conversas com amigos e líderes políticos da região, recebi o incentivo para aceitar este desafio pela experiência que tenho na gestão pública, por ser um dos prefeitos reeleitos e por enxergarem em mim uma pessoa capacitada para liderar este importante movimento que tem por objetivo principal lutar pelas demandas da população do Vale do Taquari.

O que muda de 2010, quando foi presidente a primeira vez, para essa nova gestão?

Acredito que hoje, com a globalização, o avanço tecnológico e

a transformação do cotidiano das pessoas, precisamos ser muito mais ágeis, eficientes, inovadores e resilientes para conseguirmos gerar resultados e nos adaptar rapidamente às mudanças. Passados 11 anos da primeira passagem como presidente da Amvat, o Vale do Taquari cresceu muito e as demandas também. Por isso, se torna fundamental a união de esforços para que a região se fortaleça cada vez mais e tenha uma representatividade importante para defender os interesses locais.

Qual será o objetivo à frente da Amvat em 2021?

Uma das primeiras ações a serem realizadas, em conjunto com a diretoria, será redefinir a atuação da Amvat, implantar a visão, missão e valores da entidade e tornar a estrutura ainda mais profissionalizada. Também pretendemos alinhar um número menor de prioridades regionais para que seja possível concentrar esforços e buscar soluções para demandas pontuais e estratégicas para o Vale do Taquari. Nossas

principais bandeiras serão a infraestrutura, a energia e a conectividade, que julgamos ser fundamentais para o desenvolvimento da nossa região e que hoje carecem de melhorias.

Ainda buscaremos alternativas para garantir um suporte maior aos prefeitos para que tenham a possibilidade de trazer ainda melhores resultados em seus municípios.

Você se torna presidente da entidade em um momento de esperança de fim da pandemia com a chegada das vacinas. O que acredita que a Amvat ainda pode fazer quanto a covid-19?

Quero aproveitar a oportunidade para parabenizar o trabalho desenvolvido pelo presidente Celso Kaplan e de toda a sua diretoria no período em que esteve à frente da entidade. Entre as ações desenvolvidas esteve o enfrentamento à pandemia. Em parceria com os órgãos de saúde nacionais, estaduais e regionais, vamos continuar trabalhando fortemente no combate ao Coronavírus,

Prefeito de Santa Clara ressalta necessidade de uniáo regional

principalmente de vacinação da população regional.

Santa Clara do Sul promete investir forte no turismo. Esse interesse também pode ser levado para a Amvat?

O Vale do Taquari tem um potencial muito interessante na área do turismo. Por isso, a ideia é estimular parcerias com entidades ligadas ao setor, principalmente com a Amturvales, que tem realizado um importante trabalho de estímulo ao turismo regional.

Acreditamos neste segmento como uma ferramenta de manutenção do desenvolvimento social e econômico dos municípios, sobretudo se o trabalho de construção for realizado de maneira profissional e integrada.

Diretoria da associação foi apresentada em assembleia nessa sexta-feira

Soluções conjuntas, defende presidente do Consisa Prefeito de Itapuca, Marcos Scorsatto, comanda o ConsisaVT no biênio 2021-2022 BIANCA MALLMANN biancamallmann@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Uma nova diretoria assume o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (ConsisaVT). A partir da próxima segundafeira, 1º de fevereiro, Marcos Scorsatto, prefeito de Itapuca, é o novo presidente da entidade.

Scorsatto participa do ConsisaVT há duas gestões. Atuou como membro da diretoria e integrante do conselho fiscal. “O principal motivo para presidir o Consórcio é a possibilidade de dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido.

Também quero incrementar novas ações e projetos”, comenta.

Principais metas do Consisa-VT para o ano de 2021 • Instalar um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) • Aumentar o teto físico e financeiro do Centro de Oftalmologia, de Encantado • Buscar parcerias para adquirir terreno para a construção da sede do Consórcio • Viabilizar a melhoria da iluminação pública em LED • Coordenar estudo de Destinação dos Resíduos Sólidos para os municípios do Vale do Taquari • Ampliar o número de prestadores de serviços na área da saúde

ENTREVISTA PREFEITO DE ITAPUCA É O NOVO PRESIDENTE DA ENTIDADE

“Ano será de muitas dificuldades aos municípios” Qual a responsabilidade de assumir a presidência do Consisa-VT? Scorsatto: Quando se está à frente de uma entidade, que representa um grupo de municípios que se unem para solucionar problemas e buscar novas iniciativas em conjunto, se tem uma grande responsabilidade. É preciso promover políticas públicas. Espero atender esta demanda dos municípios integrantes do Consórcio da melhor forma possível.

Quais as suas expectativas para o biênio 2021-2022?

Scorsatto: O ano será de muitas dificuldades aos municípios. São os efeitos causados pela pandemia, principalmente na área da econo-

mia. Tenho expectativa que o Consórcio possa ajudar neste momento difícil.

Por isso, vamos trabalhar para dar continuidade aos trabalhos que já estão sendo desenvolvidos. E vamos buscar cada vez mais parceiros e prestadoras de serviços para atender os municípios associados.

Quais serão suas principais bandeiras nesta gestão?

Scorsatto: As nossas frentes de trabalho vão ser definidas em conjunto pelo grupo de prefeitos que compõem o Consisa-VT. Vou buscar ouvir a todos, para traçar um plano de trabalho a frente do Consórcio, buscando parcerias com demais entidades ligadas aos municípios, tais como Amvat e Amturvales.

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

Compaixão e respeito marcam vida de Denise Rosa Pretto A professora e líder comunitária de Encantado faleceu aos 71 anos nessa sexta-feira. Além de lutar dois anos contra a leucemia, Denise foi infectada pelo coronavírus RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

U

m dos últimos desejos de Denise da Rosa Pretto foi realizado em dezembro de 2019. Ela não poderia perder as bodas de ouro com Irno Pretto. A partir daí, se intensificou uma cruzada à leucemia. A luta contra o câncer no sangue durou cerca de dois anos. Nessa sexta-feira, 29,

ela não resistiu. O corpo será cremado neste sábado em Porto Alegre.

“Sempre muito apaixonada pelo meu pai e ele também por ela. Eles tiveram uma vida boa. De muito trabalho mas de muita dedicação da família, perdemos uma parte, mas ela vai estar sempre no nosso coração e, com certeza, olhando por nós”, garante o filho de Denise, presidente da Associação de Vereadores do Vale do Taquari (Avat) e vereador de Encantado, Diego Pretto.

A partir de 2020, a luta contra leucemia foi intensificada. Diego doou a medula-óssea para a mãe, porém, a condição de saúde da matriarca não possibilitava o transplante. No processo de fortalecimento do organismo para receber o órgão, Denise foi acometida pela covid-19, um baque para sua imunidade.

“Depois da covid, ela chegou a ir pra casa. Em 4 de dezembro, teve uma infecção urinária e foi para o hospital.

Depois de internada nunca mais voltou”, diz Diego.

Manter a família unida era um dos objetivos da jornada de Denise Pretto.

O espírito caridoso se refletia também nas escolas em que lecionava e na co-

munidade. Com vida pública atuante, ela foi candidata à prefeita, em 2012, e presidente do PSDB de Encantado.

Assim como o filho, o marido Irno foi vereador e a filha Clarissa Pretto Scatola é secretária de Saúde.

“Ela queria o desenvolvimento do município, a UTI a gente falava bastante, o desenvolvimento da agricultura, e a retirada do pedágio. Ela pensava além da educação”, lembra Diego sobre o período de campanha da mãe ao Executivo.

Psicopedagoga formada, ela lecionou em diversas instituições de ensino da região.

“A Denise acreditava nas pessoas” A afirmação Miriam Dentee Bertelli, 38, é orientadora educacional do Instituto Monsenhor Scalabrini e foi aluna de Denise.

“Ela sempre fez tudo na escola com muito amor. A fala dela eram falas acolhedoras. Que faziam os alunos se sentirem seguros. Uma pessoa que tinha o dom de fazer as situações difíceis

ARQUIVO PESSOAL

Mesmo diagnosticada com leucemia, Denise celebrou os 50 anos de casada com Irno Pretto em 20 de dezembro de 2019.

ficarem mais leves”, relata.

Nos primeiros anos de docência, trabalhou como alfabetizadora no colégio Domenico Vicentini, onde também foi diretora. Depois, foi orientadora educacional no Scalabrini. Miriam e Denise trabalharam juntos no Scalabrini e no Sinodal de Roca Sales. Denise também manteve, por mais de 20 anos, um consultório particular de pedagogia clínica.

“Eu acabei escolhendo a mesma profissão dela, e levo até hoje comigo características do trabalho dela.

A capacidade de ver o aluno com todas as demandas emocionais e sociais, pensando sempre que aquela pessoa, seja estudante ou colega, tem capacidades enormes que precisam ser aproveitadas e precisam dar o espaço”, inspira Miriam.

Para a ex-aluna e colega, Denise “transpirava amor” e é um exemplo de ser humano a ser seguido, principalmente, por acreditar e confiar nas outras pessoas. Ela deixa o esposo Irno Pretto, os três filhos Diego, Clarissa e Andreia e cinco netos.

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

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FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

ntes da fama, músicos consagrados no Vale passaram pelo Festival Regional da Música Popular do Alto Taquari (Frempat). Muito provável, a competição de talentos criada em Encantado foi a primeiro do gênero nas terras banhadas pelo Rio Taquari.

A ideia surgiu do professor Hary Souza Lopes e foi chancelada pelo Instituto Musical Mascarenhas (organizador oficial do evento). Na década de 70, o festival passou por Arroio do Meio, Estrela e Lajeado. Em 1980, deixou de ser apenas regional ao agregar seleção de músicos em cidades como Garibaldi e Caxias do Sul. O festival que passou a contar no calendário turístico do

FREMPAT:

Conheça a história do festival de música que lotava os salões da região e ince RS tinha como objetivo “descobrir novos talentos na área artística, como também, proporcionar a integração social e desenvolvimento da cultura artística de nosso povo".

No acervo da Casa da Cultura de Encantado, notícias dos jornais da época, documentos e fotos demonstram o sucesso dos eventos. Tanto o Correio do Povo (Porto Alegre), quanto o Informativo (Lajeado) e Opinião (Encantado) destacavam que o Frempat lotava os salões por onde passava.

A competição anual fun-

cionava da seguinte forma: haviam pré-seleções nos municípios participantes. Os melhores se apresentavam em uma final itinerante que mudava de cidade em cada ano.

As canções eram avaliadas por um corpo de jurados formado por profissionais influentes no ramo musical. Havia escolha dos melhores em diversas categorias (cantor profissional, cantor amador, compositor, conjunto musical e melhor interprete). Os prêmios variavam desde viagens até instrumentos musicais de marcas famosas e até dinheiro.

Dez edições do festival

Incentivo do último lugar Um dos músicos que estreou no Frempat foi Wanderley Theves, o “Xumby”. Em 1974, ele tinha 13 anos e até falsificou a carteira de estudante para poder se apresentar na competição que permitia cantores acima de 14 anos.

Mesmo alertado por Hary Lopes, Xumby insistiu em se apresentar com uma canção própria na categoria mais disputada. “O Hary disse que vinha artistas até de Porto Alegre para cá e que ficaria em último”, relembra.

A estreia nos palcos ocorreu no dia 8 de novembro em um Cineclube Real lotado, em Arroio do Meio. Com a guitarra nas mãos e acompanhado pela banda Superfive, Xumby cantava a música autoral “O sol”, quando tomou um choque do microfone na boca.

O jovem cantor saiu e foi chorar nas cortinas do salão de Ar-

A primeira edição do Frempat ocorreu em 1970. Eliminatórias foram em Estrela e La-

Ivo Spohr, um dos fundadores do Barbarella, relembra a força do festiv

roio do Meio. Instigado por colegas que gritavam o nome, apenas apareceu no palco novamente para dar um “alô”. “Fui desclassificado e realmente fiquei em último”, relembra Xumby.

Diferente do que se possa prever, a experiência negativa serviu como incentivo para Xumby continuar na música.

Na escola, ao invés de gozações, Xumby foi enaltecido pela coragem de encarar o palco. “Valeu por mil apresentações. Foi uma satisfação ter ficado em último no Frempat”, brinca.

No decorrer dos anos, o morador de Arroio do Meio ficou conhecido por integrar vários projetos musicais como o Rock 70, Banda Instinto e Xumby e Banda. Também venceu o Festival Unisinos e tem faixas em coletâneas de Rock Gaúcho.

FÁBIO KUHN

Xumby estreou nos palcos durante o Frempat no dia 8 de novembro de 1974. Tinha 13 anos

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Os vencedores do Frempat ganhavam

valores em dinheiro e até 1 viagens, instrumentos musicais como premiação Além da definição das melhores bandas,

tinha concurso para eleger a 2 Frempat rainha e duas princesas

por onde o Frempat passava lotavam 3 Salões nas noites de apresentações musicais do Instituto Mascarenhas, Hary Lopes 4 Professor foi idealizador do Frempat na década de 70

3

T:

primeiro palco dos talentos do Vale

entivou a formação cultural do Vale do Taquari durante as décadas de 70 e 80 FÁBIO KUHN

val. Professor de música, lamenta o fim de eventos voltados à música

jeado, com a grande final em Encantado, no então famoso Cinema Marabá. Conforme o Jornal Diário de Notícias, 27 músicas concorreram em duas categorias.

O vencedor na categoria Compositor foi Luiz Carlos Fontana, de Encantado. Já na categoria Cantor, o primeiro lugar ficou para Dirceu Gomes dos Santos, de Estrela. O prêmio era uma viagem para São Paulo custeada pela Pepsi Cola e pela Cerveja Polar, de Estrela.

Conforme registros da Casa da Cultura de Encantado, foram dez edições do Frempat. Há notícias jornalísticas que indicam que o festival se estendeu até 1980, enquanto outras publicações informam que a última edição ocorreu em 1987.

Quem foi Hary Souza Lopes?

Natural de Porto Alegre, Lopes nasceu em maio de 1935.

Começou a estudar música aos sete anos e com 15 anos já era regente na Orquestra da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Formado em Teoria Musical pelo Instituto de Belas Artes da URFGS, se mudou a Encantado para atuar como professor no então Instituto Brahms (que passou a se chamar Mascarenhas).

Lopes também foi professor da Escola Farrapos e fundou a

O Instituto Musical Mascarenhas A escola foi fundada em março de 1961 e inicialmente funcionava nas dependências da câmara de vereadores. Registrada pelo Ministério de Educação e Cultura, ensinava instrumentos musicais, canto, teoria e solfejo.

Segundo o pesquisador Gino Ferri no livro “Encantado sua história sua gente”, o instituto musical tinha cerca de 800 alunos e 15 professores em 1985. Além da sede em Encantado, tinha filiais em 18 municípios, inclusive na capital Porto Alegre.

Pontapé inicial da fama Muito antes da gravação de sucessos como “Só uma canção”, o Barbarella também passou pelo palco do Frempat.

Um dos fundadores, o músico Ivo Spohr dava aulas no Instituto Mascarenhas e a banda arroio-meense era convocada para acompanhar os “calouros” que não tinham conjunto musical.

Em 1978, o Barbarella participou da competição com um cover da música “Nice and slow” de Jesse Green. A apresentação rendeu o primeiro lugar contra outras bandas regionais famosas na época como o

Ivo Spohr (centro) e outros professores do Instituto Mascarenhas em ensaio para o Frempat

Banda Municipal de Estudantes de Encantado e a Banda Maestro Ângelo Bergamaschi. Pela importância cultural, recebeu o título de cidadão honorário encantadense.

O professor de música faleceu em 2002 na cidade de Imbé.

“Caribe Show” e “Os Tropicais”. “O resultado saiu até na Zero Hora. Com certeza esse prêmio ajudou em nossas careiras”, ressalta Spohr.

O Frempat, diz, oportunizou aos talentos uma vitrine.

Lembra que muitos empresários e donos de banda aproveitavam a competição para contratar os músicos destaques.

“Foram muitas pessoas que tiveram a primeira oportunidade ali”, ressalta.

Spohr lamenta o fato de festivais regionais no estilo do Frempat não existirem mais.

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DESCONTOS ESPECIAIS

Liquida Lajeado começa nesta segunda-feira

FILIPE FALEIRO

Neste ano, 180 estabelecimentos participam da campanha

Campanha terá duração de duas semanas e tem como objetivo gerar fluxo de caixa e liquidar os estoques de verão

I

nicia na segunda-feira, 1º de fevereiro, o Liquida Lajeado 2021. A campanha terá a participação de 180 estabelecimentos e tem como principal novidade a ampliação no período de duração.

A tradicional campanha da CDL Lajeado, cujo objetivo é gerar fluxo de caixa e liquidar os estoques de verão, ocorrerá durante duas semanas, até o dia 13, proporcionando aos consumidores mais tempo para adquirir produtos com descontos, prazo de pagamento estendido ou condições especiais.

Além de atacados, chocolaterias, papelaria, supermercados e farmácias; participam da ação empresas que comercializam roupas, calçados e moda íntima; óculos, joias e acessórios; eletrodomésticos e eletrônicos; móveis e peças para decoração; colchões; cosméticos; e itens esportivos, de pesca e agropecuários.

Presidente da entidade, Aquiles Mallmann destaca que a campanha deste ano será disponibilizada gratuitamente para todos os participantes do

Lajeado Brilha 2020, o que garantirá ainda mais estabelecimentos envolvidos. Segundo ele, a liquidação é muito esperada pelos lojistas, pois incrementa as vendas em um período no qual a tendência é de queda no consumo, sendo uma oportunidade para empresários reduzirem os estoques e consumidores efetuarem compras com preços e condições especiais. O dirigente projeta um aumento significativo nos resultados, especialmente pela antecipação do início da promoção e ampliação da sua duração: “A expectativa é que a campanha tenha um impacto enorme.

Assim o volume de negócios e vendas tende a crescer também”.

As lojas participantes estarão identificadas com faixas plásticas, sendo que também receberão tags para identificar os produtos e destacar as ofertas. A relação completa dos estabelecimentos que aderiram à promoção pode ser conferida no site da entidade (www. cdl-lajeado.com.br).

AH

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

Resumo da novela

OBITUÁRIO IVONE HOFMEISTER, 72, morreu nessa quinta-feira no Hospital Bruno Born. O sepultamento ocorreu na sexta-feira, no Cemitério Evangélico Luterano do bairro Florestal.

VALQUÍRIA MARLENE KUNZ, 48, faleceu nessa quinta-feira. O sepultamento foi na sexta, no cemitério católico de Chapadão, em Santa Clara do Sul. DARCI PEDRO DA COSTA, 57, morreu nessa quarta-feira no Hospital Bruno Born. O sepultamento foi na quinta-feira, no cemitério católico de Bela Vista, Arroio do Meio.

A força do querer Zeca apresenta Carla a Nazaré.

Caio desconfia quando Aurora conta que Bibi sabe de seu namoro com Jeiza. Bibi afirma a Kikito e Sabiá que vigiará Carine. Eugênio despede Mira, que se muda para a casa de Irene. Irene afirma a Mira que afastará Garcia e Elvira de seu caminho. Ritinha insinua a Zeca que Ruyzinho poderia ser seu filho. Dita se surpreende ao saber que

Bibi já foi noiva de Caio. Joyce não aceita ouvir Silvana falar sobre Ivana.

Ruy defende Ivana, que se emociona com o irmão. Eurico insiste para que Junqueira convença Heleninha a abrir mão de seus direitos na empresa. Elvira e Garcia cuidam de Dedé na casa de Aurora. Cândida sonda Aurora sobre sua relação com Caio. A luz na casa de Aurora se apaga novamente.

Para informar falecimentos:

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

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Passar em água para tirar o sabão

Terra natal de Garrincha (RJ) Produto artesanal típico do Nordeste

A Terra (p. ext.)

Ave semelhante à ema Emissora de TV, transmite o "MasterChef Brasil "

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Solução

A Terra (p. ext.)

i)

a

s

3/e

Usar a opção "mudo" de celulares

Óscar Valdez, boxeador mexicano

PEIXES: Caso já tenha um fofo(a) na sua vida, que tal programar um filminho ou uma live musical para curtir no sofá de casa?

U A R N D E E M A S P C A R O P O O V S S E T I O A T R A B C D E M O

VIRGEM: Na paquera, sua timidez deve se revelar e embaçar o meio de campo na hora de se conectar com o crush. Ah! Cuidado com caso secreto!

37

Solução

Claude Monet, pintor de "Ninfeias"

AQUÁRIO: Lembre-se: nem todo mundo é ligado no 220 como você! Em relação à alimentação, a dica é buscar o equilíbrio.

Quantia arriscada em jogos de azar

LEÃO: Se estiver só, é grande o risco de não conseguir se decidir entre dois pretendentes. Quem será que vai faturar seu coração?

Órgão da ONU que Condição fomenta a Adminis- do lixo cultura tração reciclado (sigla) (abrev.)

CAPRICÓRNIO: Caso esteja só, aposte nos seus impulsos mais dominadores para se aproximar do crush.

Centro da indústria automobilística (SP)

S P C A R O P O O V S S E T I O A T R A B C D E M O

CÂNCER: Tome cuidado com o excesso de entusiasmo: avalie detalhes do contrato para não endossar um negócio desfavorável.

Cidade italiana que promove anualmente um festival internacional de música BANCO

Claude Monet, pintor de "Ninfeias"

E I S R I O L E A N C M I A N R

SAGITÁRIO: Marte cobra desempenho e sugere que você fique de olho nas atividades dos colegas para o serviço render.

(?) Klink: o comandante do Paratii-2

E D R D O S C A O J M U A N D S A

GÊMEOS: No setor financeiro, a fada sensata Vênus comparece para aumentar seu instinto para negociar ou estimular as parcerias comerciais.

Casaco, em inglês

3/emu. 4/agar — coat — orbe. 6/trojan. 7/san remo.

ESCORPIÃO: Se seu lindo/sua linda encrespar, valorize os sentimentos entre vocês em vez de colocar mais lenha na fogueira.

"(?) Cara Sou Eu", sucesso do Rei

A A G R A T R E I S R I O L E A N C M I A N R

TOURO: Na relação amorosa, você vai exigir bastante apoio do seu bem. Na paquera, talvez prefira que seu alvo tome a iniciativa primeiro...

Óscar Valdez, boxeador mexicano

N X U G M E D R D O S C A O J M U A N D S A

LIBRA: Revise direitinho seus recursos e aposte no jogo de cintura do seu signo para escapar dessa armadilha, valeu?

Quantia arriscada em jogos de azar

T E P A T R M O D E A T R E N B A

ÁRIES: Nessa fase, é bom se ligar aos falsos amigos: por conta do seu inferno astral, aumenta a probabilidade de traição de colegas.

Orlando Moraes, cantor brasileiro

Troiano, em inglês

HORÓSCOPO

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Banha Turim Refresco nordestino

Círculo restrito e seleto de pessoas

delo. Carmela descobre que Henrique e Penélope estão juntos. Tamara decide não tomar seus remédios para participar da Fórmula Rally. Carol diz a Nicolas que abandonará a escola.

Fedora interrompe a inauguração da cantina de Tancinha.

Usar a opção "mudo" de celulares

R M O D E A T R E N B A

Tamara pede desculpas a Apolo por ter hostilizado Tancinha. Shirlei aconselha Tancinha. Bruna se desespera ao saber que Camila está viva. O médico avisa a Aparício que Camila sofreu traumatismo craniano. Henrique diz a Carmela que ela jamais será mo-

DAS DIRETAS

Sinal retirado de "linguiça" (Gram.)

Aplicar pequenas dentadas

Haja Coração

Órgão da ONU que Condição fomenta a Adminis- do lixo cultura tração reciclado (sigla) (abrev.)

Escrava concubina São estudados de Abraão (Bíblia) pelos Que faz travessuras cabalistas (bras.)

Revelou Augusto Boal

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE RODRIGO VEDOY CAETANO PRETTO

Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

BRASILEIRÃO

RICARDO DUARTE

COLORADO FAZ PRIMEIRA DAS SEIS FINAIS

E

m meio à maior sequência de vitórias de sua história no Campeonato Brasileiro, o Internacional precisa frear a ansiedade e se concentrar em mais uma decisão. Neste domingo, o líder do campeonato recebe o Bragantino, dono da segunda melhor campanha no turno. A bola rola às

200 JOGOS

A partida será importante também para Victor Cuesta. O argentino completará na rodada a sua par-

tida de número 200 pelo Colorado.

Depois de Rodrigo Moledo e Rodrigo Dourado, o zagueiro é que mais disputou partidas pelo time no atual elenco.

Colorado chega com moral após voltar a vencer um Gre-Nal

BRAGANTINO EM ALTA O Bragantino vive uma ótima fase no segundo turno do Brasileirão. Nas últimas cinco partida foram quatro vitórias e um empate. O time de Bragança Paulista tem a segunda melhor campanha do segundo turno, atrás apenas do Inter. Em campo, o destaque é o meia Claudinho, um dos goleadores e postulantes ao título de melhor jogador do Brasileirão.

INTERNACIONAL

Depois de construir uma longa série invicta, o Grêmio chega à 33ª rodada em sequência de duas derrotas consecutivas. Para voltar a vencer, o Tricolor terá um duelo contra um time da zona de rebaixamento, o Coritiba.

A partida ocorre no domingo, às 16h, no Estádio Couto Pereira.

A série de invencibilidade construída com muitos empates se transformou em cinco jogos sem vitórias ao time de Renato Portaluppi. Na sexta colocação, no entanto, o Grêmio não pode largar o campeonato de mão.

X

Marcelo Lomba Rodinei Lucas Ribeiro Víctor Cuesta Moisés Rodrigo Dourado Edenilson Praxedes Caio Vidal Patrick Yuri Alberto Técnico: Abel Braga

GRÊMIO

LUCAS UEBEL

Para isso, é necessário vencer e voltar a brigar pelo G4.

Para piorar a situação, o treinador terá de fazer ajustes na escalação.

Kannemann e Matheus Henrique receberam o terceiro cartão amarelo e estão suspensos. Mais para a frente, Diego Souza e Pepê sentiram desconfortos e não estão confirmados na partida.

Com tantas baixas, Renato só decidirá o time instantes antes da partida.

A tendência é que David Braz, Darlan, Ferreira e Churís apareçam na equipe.

BRAGANTINO

Cleiton Aderlan Léo Ortiz Ligger Edimar Raul Ryller Helinho Claudinho Artur Ytalo Técnico: Maurício Barbieri

BRASILEIRÃO CLASSIFICAÇÃO EQUIPE

PG

V

LIBERTADORES

Internacional 62 18

SUL-AMERICANA

PARA VOLTAR A VENCER

ESCALAÇÕES

BEIRA-RIO - DOMINGO, 18H15MIN

Nas ausências de Geromel e Kannemann, entram David Braz e Rodrigues

ESTÁDIO COUTO PEREIRA - DOMINGO, 16H

CORITIBA

X

Wilson Natanael Nathan Ribeiro Henrique Vermudt Jonathan Hugo Moura Nathan Silva Matheus Galdezani Luiz Henrique Rafinha Técnico: Robson Gustavo Morínigo Yuri Alberto

ESCALAÇÕES GRÊMIO

Grêmio Vanderlei Victor Ferraz Rodrigues David Braz Diogo Barbosa Lucas Silva Darlan (Maicon) Alisson Jean Pyerre Técnico: Renato Pepê (Ferreira) Portaluppi Diego Churín

REBAIXAMENTO

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

18h15min, no Beira-Rio. Comandado por Abel Braga, o Inter chega à 33ª rodada com oito vitórias consecutivas. Líder do campeonato e do segundo turno, a cada vitória o Colorado fica mais perto do título. Até o fim do Brasileirão serão seis jogos. Menos de um mês para o clube conquistar uma taça que não vence desde 1979.

Com moral elevada por ter ganhado o Gre-Nal, o time tem o retorno do atacante Caio Vidal, que estava suspenso pelo terceiro amarelo. Essa é a única mudança prevista na escalação.

E

D

GM

GS

SG

8

6

55

30

25

Flamengo

58

17

7

8

57

43

14

São Paulo

58

16

10

6

52

34

18

Atlético-MG

57

17

6

9

56

41

15

Palmeiras

52

14

10

8

45

31

14

Grêmio

51 12

15

5

42

31

11

Fluminense

50 14

8

10

45

40

5

Ceará

45

12

9

11

47

42

5

Corinthians

45

12

9

11

39

38

1

Santos

45

12

9

11

44

44

0

Bragantino

44

11

11

10

45

37

8

Athletico

42

12

6

14

29

31

-2

Atlético-GO

42

10

12

10

32

37

-5

Vasco da Gama 36

9

9

14

34

47

-13

Sport

35

10

5

17

26

41

-15

Bahia

35

10

5

17

38

54

-16

Fortaleza

35

8

11

13

28

32

-4

Goiás

29

7

8

17

33

54

-21

Coritiba

27

6

9

17

27

43

-16

Botafogo

23

4

11

17

27

51

-24

AGENDA 16h 16h DOMINGO

Depois de chegar na oitava vitória consecutiva, líder recebe o Bragantino em busca de mais três pontos

16h 17h 18h15min 19h 20h30min

20h 16h

Atlético-GO x São Paulo Coritiba x Grêmio Vasco da Gama x Bahia Atlético-MG x Fortaleza Internacional x Bragantino Ceará x Athletico Fluminense x Goiás SEGUNDA-FEIRA Sport x Flamengo TERÇA-FEIRA Palmeiras x Botafogo

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

EZEQUIEL NEITZKE

MINIFUTEBOL

CTC DEFINE OS CRUZAMENTOS DO TORNEIO DE FÉRIAS ARQUIVO A HORA

Tabajara, de Jean Both, venceu mais uma no Sete de Setembro e se classificou à Série Ouro

MINIFUTEBOL

RODADAS SERÃO ENCERRADAS NA PRÓXIMA SEMANA

Temporal que caiu no Vale na quinta-feira paralisou os jogos do Clube Sete de Setembro e Soges EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A

forte chuva que caiu no Vale do Taquari na noite de quinta-feira paralisou os jogos da fase classificatória do Torneio de Verão do Clube Sete de Setembro e da Soges. As partidas serão disputadas na próxima semana.

Na Soges, o primeiro jogo aconteceu normalmente e com ela o Os Kururus NC venceu o Tô Com Sede por 4 x 2.

Já o segundo jogo, entre Sem Bronca e Interditados, foi encerrado no intervalo com vitória parcial do Sem Bronca por 2 x 1. O restante da partida e o jogo en-

tre Super 10 Original e Diretoria serão disputados na segunda-feira.

SETE

Na única partida realizada, o Tabajara venceu o Kitufo por 4 x 1. Já o duelo entre Tocafogo e Real Madruga foi encerrado no intervalo e estava empatado em 1 x 1. O segundo tempo, mais o jogo entre Dinamite e Debilitados, serão disputados na terça-feira.

JOGOS DE SEGUNDA-FEIRA

Sete de Setembro

19h – Kanxeiros x Debilitados 20h10min – Meia Boca Jr x Kitufo 21h – JéDuCa x Real Madruga

Soges 20h – Sem Bronca x Interditados 21h – Super 10 Original x Diretoria

CLASSIFICAÇÃO

Soges Chave A: Xtotz United e Saidera (3 pontos), Firma e Demonhos Jr (sem pontuar); Chave B: Diretoria FC e Super 10 Original (3 pontos), Nárinia FT e Fúria FC (sem pontuar); Chave C: Limitados e Meia Boca Juniors (3), Manguaça FC e Estrelas do Futuro (se pontuar); Chave D: Os Kururus NC (3), Tô Com Sede, Sem Bronca FTA e Interditados Sete Chave A: Tabajara (6 pontos), Kitufo (3), Coringa (1) e Meia Boca Jr (sem pontuar); Chave B: Tocafogo, Real Madruga e JéDuCa (3 pontos), e América (sem pontuar); Chave C: Mercenários (4 pontos), Dinamite, Debilitados e Kanxeiros (1);

Jogos de quinta-feira definiram os cruzamentos das quartas de final

Jogos eliminatórios ocorrem na próxima semana

Anos, Ser Sodabeb e Lesionados B jogarão a Bronze.

RESULTADOS

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Debaixo de muita chuva, foi assim que os quadrifinalistas das séries Prata e Bronze do Torneio de Férias do Clube Tiro e Caça foram conhecidos.

No primeiro jogo da noite, o Capitão América goleou o Aliança 47 Anos por 7 x 1.

Daniel Santos foi o cara da partida ao balançar as redes em duas oportunidades. Já o Smurfs não tomou conhecimento do Lesionados B ao vencer por 8 x 1. Adriano Ferla foi o nome do jogo ao marcar dois gols. No jogo que fechou a rodada, Ser Sodabeb e Four ficaram no 0 x 0.

Com os resultados, Four, Smurfs e Capitão América disputarão os jogos da Série Prata, enquanto que Aliança 47

Smurfs 8 x 1 Lesionados B Capitão América 7 x 1 Aliança 47 anos Ser Sodabeb 0 x 0 Four

QUARTAS DE FINAL

SÉRIE OURO

Supérfluos x Bitterflex Coroas Mirim/Lyall x Donos da Bola Amnésia x Aliança

SÉRIE PRATA 100 Pressão x Shark Attack Capitão América x Four Smurfs x Los Charruas

SÉRIE BRONZE

Lesionados B x Kondenados Resenha x Limitados Exxtraclasse x Aliança 47 anos

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

COPA LIBERTADORES

SANTOS E PALMEIRAS DISPUTAM A GLÓRIA ETERNA NO MARACANÃ

Clássico paulista decide a maior competição do continente neste sábado

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

P

ela terceira vez na história dois brasileiros decidirão a Copa Libertadores da América. Depois de São Paulo x Atlético-PR, em 2005, e São Paulo x Internacional, em 2006, chegou a vez de Palmeiras x Santos. A grande final será jogada neste sábado, às 17h, no Maracanã.

Esta será a primeira vez que um time brasileiro levantará a taça continental no estádio mais im-

portante do país. Campeão pela última vez em 2011, o Santos busca o quarto título, o que o tornaria o brasileiro com mais taças da competição. Campeão em 1999, o Palmeiras busca o bicampeonato.

Desacreditados no início da competição, os rivais paulistas fizeram uma trajetória parecida. Em grupos fáceis, classificaram em primeiro com 16 pontos. Nos mata-matas, o Palmeiras eliminou Delfín, Libertad e River Plate. Já o Santos passou por LDU, Grêmio e Boca Juniors. Agora, disputam o jogo mais importante da histórica rivalidade.

Palmeiras busca o segundo título Palmeiras, de Luiz Adriano, busca o segundo título continental

Santos, de Marinho, pode se tornar o brasileiro com mais títulos na competição

Do início com Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras trocou

de técnico e melhorou sob o comando de Abel Ferreira. Em uma mescla de experiência e jogadores jovens, o time disputa as finais da Libertadores e da Copa do Brasil. Em campo, os destaques são o goleiro Weverton, o zagueiro Gustavo Gómez e o atacante Luiz Adriano.

Santos quer o tetra O Santos viveu uma montanha russa ao longo do ano. De um time que passou por série crise financeira e institucional, o Peixe pode se tornar o brasileiro com mais títulos da maior competição sul-americana.

O grande destaque da equipe comandada por Cuca é o atacante Marinho. No elenco, há também o zagueiro Laércio, revelado pelo Lajeadense.

ATLETISMO

PANDEMIA ATRAPALHA TREINAMENTOS DE JAQUE WEBER

O

ano começou recheado de incertezas. A pandemia segue afetando o calendário de preparação de Jaqueline Weber. A atleta iniciou período de treinamentos visando as Olímpiadas.

Jaque embarcaria para a cidade de Paipa, na Colômbia, na próxima quarta-feira, aonde realizaria um período de preparação de 23 dias em altitude de 2600 metros. Acontece que o governo colombiano cancelou todos voos previstos para os próximos 30 dias oriundos do Brasil, devido a nova variante do coronavirus encontrada no país. A

atleta já tinha toda logística planejada, incluindo passagens aérea, transportes terrestres, testes PCR e hospedagem.

Porém teve que alterar seus planos.

“Sempre gostei muito do período de treinamentos realizado em altitudes, seria a quinta vez que o realizaria fora do país. Como é um ano Olímpico, e a temporada promete grandes competições, queria me preparar da melhor maneira possível. Infelizmente teremos que readaptar.”

Com a previsão da temporada de competições iniciar em março, será difícil realizar um período de treinos

fora do Brasil, mas Jaque relata que ela e seu treinador Fabiano Peçanha estão avaliando as possibilidades.

“O objetivo de um training camp é o de ter as melhores condições possíveis para treino e recuperação, principalmente para manter o foco total nos objetivos, sem nenhuma outra distração ou compromisso.”

Agora Jaque busca outras possibilidades, em outros países, mas também dentro do Brasil, como por exemplo a cidade de Campos do Jordão, que tem altitude de 1700 metros. “Nos próximos dias definire-

mos esse reajuste. ” Apesar do imprevisto, Jaque relata que essa alteração de planos é a mais tranquila em relação ao planejamento.

“Minha torcida é para que a vacinação ocorra o mais rápido possível, para que todos fiquem protegidos.”

Ela torce para que o calendário de competições nacionais e internacionais se mantenha normal a partir de março, pois esse sim seria um impacto muito mais forte na preparação visando competições como Troféu Brasil de Atletismo, Campeonato Sul Americano Adulto e Jogos Olímpicos.

DIVULGAÇÃO

Jaque embarcaria para a cidade de Paipa, na Colômbia, na próxima quarta-feira

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A HORA | Fim de semana, 30 e 31 de janeiro de 2021

SÉRGIO R. SANT’ANNA Publicitário e professor da Faculdade La Salle

ARTIGO

Insanidade

S

ou daquelas pessoas que procuram acreditar no outro. A expressão do ser humano é uma das mais belas manifestações desse mundo, então custa crer que dela provenham tamanhas impropriedades e atos tão depreciativos para nossa espécie.

Em se tratando do momento que vivemos, com o vírus entre nós sem previsão de saída, as atitudes deveriam ser diferentes. Mesmo assim, segue a novela da vacina.

Fora a descrença de alguns e a inoperância e irresponsabilidade de muitas autoridades, os fura-filas escancaram o quanto ainda precisamos evoluir para uma sociedade ética.

A história há de registrar

“A história há de registrar as incoerências desses anos e no futuro teremos, quem sabe, a visão bizarra dessa obra.”

as incoerências desses anos e no futuro teremos, quem sabe, a visão bizarra dessa obra. Em 1904, no Rio de Janeiro, os protestos contra a obrigatoriedade da vacina para a varíola terminaram triunfantes com a chamada Revolta da Vacina e o fim da obrigatoriedade. Na época, diziam que feições de bovinos poderiam surgir naqueles que recebessem a dose. Ninguém virou vaca e em 1908 a cidade foi tomada por uma violenta epidemia da doença.

Em A Metamorfose, de Franz Kafka, de 1915, me chama a atenção as reações do personagem Gregor que, ao acordar atrasado para o trabalho, se vê metamorfoseado em um inseto gigante. O realismo fantástico de Kafka capta as angústias do personagem preso

aos limites das autoridades que o cercam (o pai, o trabalho, o tempo) e a falta de habilidade para lidar com a transformação por que passa. Embora trágico e excessivo para uma boa parte do público de hoje, a obra nos remete às questões da adaptabilidade e colaboração tão necessárias à atualidade.

Conforme pesquisa publicada pelo Salesforce Group, “O futuro do trabalho, agora”, estas são competências das mais relevantes para quem deseja crescer, tanto no ambiente digital quanto físico: adaptabilidade e colaboração.

Segundo o estudo realizado com 20 mil pessoas (2 mil pessoas entrevistadas) em diversos países, inclusive no Brasil, as facilidades de acesso à informação por meio de tecnologia podem nos auxiliar a aprender novas habilidades, mas precisamos também nos apoiar em competências, habilidades sutis ligadas diretamente às nossas atitudes e comportamento, as chamadas soft skills.

Nos próximos seis meses, algumas dessas soft skills serão as mais requisitadas por empresas e clientes: adaptabilidade e colaboração (96%), criatividade (95%), habilidades comerciais e análise de dados (93%). Outros exemplos de competências necessárias são a empatia, ética, liderança, resolução de conflitos, flexibilidade e a gestão de equipes.

O estudo não traz nenhuma novidade. Basta observar os resultados que alguns países, principalmente latino-americanos, vêm alcançando na condução do combate à pandemia e fica clara a falta, tanto de habilidades quanto de competências, no trato do problema. Mas tanto no macro quanto no microambiente, sem dúvida, elas são necessárias à nossa sobrevivência. A falta de habilidades e competências pode ser combatida com conhecimento, treinos e desejo de fazer.

Transformar-se em inseto ou qualquer bicho é pura insanidade.

NEY ARRUDA FILHO

ney@jornalahora.inf.br

ARTIGO

Fragilidades reveladas F alar de pandemia atualmente soa repetitivo. E chato. Mas com a encrenca às vésperas do primeiro aniversário, é inevitável olhar pra trás, pensar no caminho que percorremos até aqui e no que teremos que percorrer ainda em 2021. Várias organizações, locais e internacionais, estão se debruçando sobre o que parece ser um “mundo totalmente novo” e que precisa ser repensado. Se alguma verdade existe, é que muito se aprendeu, mas ainda pouco se sabe.

“Se alguma verdade existe, é que muito se aprendeu, mas ainda pouco se sabe“ Dentre o que (re)aprendemos, a primazia da vida humana foi, na minha opinião, a premissa que uniu e dominou as ações globais.

Além disso, houve a necessária imposição de restrições no fluxo de pessoas, com maior vigilância e menos liberdade, algo que seria impensado alguns anos atrás.

Esses dois primeiros movimentos, propiciaram que se revelassem muitas nuances da modernidade. O “trabalho invisível” foi uma, mas somente para algumas categorias privilegiadas de profissionais e de trabalhadores. A partir daí que me obrigo a falar de algumas fragilidades.

A pandemia expôs fissuras sociais e econômicas até então menos aparentes. A fragilidade do sistema de saúde, comentada desde que me conheço por gente, ficou escancarada de vez.

A necessidade de investimento público e o reforço do SUS,

enquanto meio de enfrentamento da emergência global da saúde, se tornou uma quase unanimidade.

Já a fragilidade dos sistemas de produção e do emprego formal, principalmente nas indústrias e no comércio tradicional, foi uma das fissuras mais surpreendentes.

A emergência da pandemia pôs em cheque os meios de produção e de distribuição de bens e de serviços. Ninguém, nem mesmo o maior craque em planejamento estratégico e em análise de risco teve a sapiência de incluir em seus manuais alguma alternativa de enfrentamento do inesperado. Quase tudo que se fez foi improvisando.

O ensino, em todos os seus níveis, foi afetado e a fragilidade do sistema se revelou. Nos ensinos médio e fundamental, escancarou-se o abismo que separa as condições de aprendizagem da rede pública e da rede privada.

Nas universidades, as modalidades à distância tornaram-se dominantes. Basta olharmos para a nossa pujante Univates, nos dias de hoje. Em tempos de outrora, nada distantes, a instituição recebia um fluxo enorme de pessoas em seu campus, vindos de todas as cidades do Vale e além dele, num vai e vem pulsante. Lembro com orgulho e saudosismo dos tempos que lá lecionei, salas de aula e corredores cheios, a biblioteca, as áreas de convivência, restaurantes e cafeterias. Muitos dos espaços que foram preparados para receber gente, hoje estão ociosos, à espera do retorno.

A necessidade de reinventar modelos, para enfrentamento das velhas e das novas fragilidades é um consenso. Mas penso que há poucos indicativos concretos de que as coisas não voltarão a ser como antes, iguaizinhas aos nossos velhos e extravagantes modos de viver. Com seus bônus e seus ônus.

Fim de semana,

30 e 31 de janeiro de 2021

COPA LIBERTADORES

PAULISTAS PELA GLÓRIA ETERNA

Pela terceira vez na história, dois clubes brasileiros decidem a maior competição do continente. Com o Maracanã como palco, Palmeiras e Santos escrevem capítulo especial da rivalidade histórica.

MÍN: 24º MÁX: 33º

Sol e aumento de nuvens de manhã.

Pancadas de chuva à tarde e à noite.

Bonitas e saudáveis, mesmo longe do dono

Cada planta tem a sua peculiaridade. Algumas exigem mais atenção, outras florescem sem muito esforço. Conforme a estação, os cuidados também mudam e quando você precisa

viajar, sempre surge a dúvida: o que fazer com as plantas?

Descubra nesta edição quais os cuidados básicos para diferentes espécies e como prepará-las para sobreviver as suas férias.