A Hora - 19/09/2020

Fundado em 1º de julho de 2002.

A HORA | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020 | Ano 18 - Nº 2678 | Fechamento da edição: 19h

Avulso: R$ 6,00

Como o Vale virou polo da tradição GABRIEL SANTOS

A região tem mais de 50 entidades dedicadas a propagar o amor pelo Rio Grande. Se hoje o Vale do Taquari se destaca no tradicionalismo estadual, é graças ao esforço de diversas pessoas no passado. Conheça a história de três destes personagens que contruibuíram para transformar o Vale em referência na valorização dos costumes nativos.

Páginas 12 e 13

Sete décadas foram necessárias para a região se tornar reduto do tradicionalismo

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O que o Ideb revela sobre o ensino regional

A Hora divulga pesquisa na próxima semana

Resultado do Ideb 2019 foi divulgado nesta semana. Apesar da melhora ao longo dos últimos anos, desempenho irregular dos

Contrato com instituto Methodus prevê 11 pesquisas de intenção de voto nos principais municípios da região. A primeira delas será apre-

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Concessão e ciclovia Vale tem chance de ouro de concretizar antigo sonho na ERS 129/130.

OPINIÃO ADAIR WEISS

Esperança e coragem É hora de reprogramar a mente e estabelecer uma agenda sensata.

municípios mostra que o Vale ainda tem muito a avançar. Confira como foi a performance das 38 cidades da região. Páginas 14 e 15

sentada nos próximos dias. Debates eleitorais também integram a cobertura jornalística do pleito de 15 de novembro.

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ABRE ASPAS

“O 20 de Setembro é como o meu aniversário” Natural de São Gabriel e morador de Lajeado, Madison Zambrano Motta, 37, dedica a vida ao tradicionalismo. Incentivado pelos pais, Luiz Carlos Lopes Motta e Janice Zambrano, a ligação com o CTG iniciou muito cedo. Hoje é narrador de rodeios, cantor, compositor e administra uma escola de montaria

EDITORIAL

ARQUIVO PESSOAL

GABRIEL SANTOS

• Como começou a tua relação com o tradicionalismo?

Na minha cidade natal, em São Gabriel, o tradicionalismo sempre foi muito forte. Meus pais sempre foram envolvidos com o CTG, participavam de cavalgadas, invernadas artísticas e me incentivavam bastante. Tenho um carinho muito grande pela tradição.

• E como você chegou aqui na região?

• Quais os trabalhos realizados na região?

Comecei a cantar no Grupo Bate Casco onde gravamos um CD. Depois trabalhei por cinco anos em um hotel de cavalo. Foi quando me formei instrutor de equitação em Brasília e comecei a trabalhar com ecoterapia junto às Apaes de Estrela e Lajeado. Aqui no Vale também montei uma escola de montaria e isso deu muito certo. Na região também gravei o CD Rio Grandense Bagual, com Vinícius de Freitas. Vendemos mil cópias do disco.

• Hoje qual é o seu trabalho?

Além da música, que acabou parando com a pandemia, sou narrador de rodeios credencia-

do pelo MTG, tenho uma escola de montaria, sou radialista onde falo de rodeio pela Campeira FM. Hoje a minha vida envolve diretamente a tradição. Tudo que conquistei devo ao cavalo.

• Quando você ganhou o primeiro cavalo?

Ganhei meu primeiro cavalo com um ano de idade. Em São Gabriel, os desfiles reuniam mais de 3 mil cavalarianos. O 20 de Setembro era visto como a maior data do ano. As pessoas se preparavam o ano inteiro para desfilar neste dia. O tradicionalismo na fronteira era muito forte. Meu pai sempre foi um incentivador, ele preparava as pilchas e o arreio. Eu desfilo no 20 de Setembro desde um ano de idade.

• E a trajetória como narrador, como começou?

Eu laçava desde pequeno. Ficava olhando os narradores e sentia que aquilo ainda faltava em mim. Minha principal inspiração era o narrador Vagner Medina, de São Gabriel. Com o passar do tempo, busquei um credenciamento

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

O

diagnóstico trazido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) traz diversas análises sobre a educação da região. O levantamento é o principal termômetro para avaliar a qualidade das redes de ensino, dos municípios e das escolas.

Nas 38 cidades da região, os dados acerca do Ensino Fundamental e Médio apresentam oscilação nos diferentes níveis, ao mesmo tempo, na série história, a maioria das cidades teve evolução nos desempenhos.

Reportagem nesta edição faz uma avaliação do que os resultados do Ideb mostram sobre o ensino regional. Ao passo em que o Vale traz dados positivos nas séries iniciais do Fundamental, também serve para mostrar caminhos, potenciais e carências da rede pública.

Entre os melhores desempenhos e os piores, a proposta não é de estabelecer uma competição entre os municípios. O ranking ajuda a entender as diferentes

gabriel@jornalahora.inf.br

Cheguei no Vale do Taquari em 2003. Na ocasião vim para visitar alguns amigos do quartel.

Muitos jovens do Vale serviram em São Gabriel, ali fiz muitas amizades e acabei gostando da região. Como se costuma dizer, tomei a água do Taquari e nunca mais voltei. Hoje tenho muito a agradecer pelas pessoas aqui desta região que me acolheram tão bem. Hoje tenho um “mar” de amigos, ligados à tradição gaúcha, que me dão várias oportunidades de divulgar meu trabalho e levar o tradicionalismo onde quer que eu esteja.

O que o Ideb mostra sobre o ensino no Vale

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junto ao MTG, fiz cursos, provas e entrevistas.

Fui até Marau fazer a prova e passei no primeiro ano. Na minha turma tinham 14 alunos, 10 rodaram. Era um curso muito difícil de concluir.

• E o primeiro rodeio?

Faz quatro anos que narrei meu primeiro rodeio. Foi no Piquete Sinuelo de Tropa, de Venâncio Aires, que me deu a oportunidade. Foi uma emoção muito grande poder conduzir o rodeio do início ao fim. Desde então não parei mais.

• Qual é a importância da Semana Farroupilha pra você?

É o dia do gaúcho. A data me faz lembrar da Guerra dos Farrapos. Perdemos a guerra mas nunca deixamos de lutar pela nossa terra, pelo nosso chão e pela nossa igualdade. Isso nos torna diferente de outros estados. Temos um amor muito grande pelo nosso Rio Grande. Valorizamos a nossa música, nossa história e nossa cultura. Essa data de 20 de Setembro comemoro como se fosse o meu aniversário.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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No geral, o Vale tem notas melhores se comparar com as médias regionais do país e do RS.” realidades das cidades. Neste quesito, o próprio Ideb faz essa diferenciação. Cada meta prevista para os municípios leva em consideração o perfil daquele universo.

Os objetivos apresentados a cada dois anos partem da nota anterior, com uma escala progressiva específica para cada rede. Uma metodologia justa, tendo em vista as discrepâncias e peculiaridades de cada município e escola.

No geral, o Vale tem notas melhores se comparar as médias regionais do país e do RS. Neste detalhe, já se tem uma informação positiva. Ainda assim, é preciso manter a vigilância para que o crescimento seja contínuo em cada nova avaliação.

A pedagoga e doutora em Educação, docente da Univates, Morgana Domênica Hattge, faz uma ponderação que ajuda a compreender o quão difícil é creditar ao Ideb todo o peso de ser uma régua para avaliar a qualidade da educação.

Na análise dela, se trata de um indicador importante, mas específico. O cálculo parte das taxas de aprovação, evasão, repetência e dos resultados do desempenho em avaliações em larga escala de disciplinas específicas.

A dimensão do Ideb é de um levantamento que ajuda a compreender o desempenho nas áreas analisadas. Essa observação é importante para delimitar o peso desse número e comprova que a educação é um processo complexo, com variáveis sociais, econômicas e cognitivas de cada indivíduo.

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ADAIR WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

Como reprogramar o cérebro “pós-pandemia” Nossa mente precisa se contagiar com esperança e coragem para fazer o que tem de ser feito

N

apoleon Hill tornouse interlocutor de grandes homens de seu tempo, aconselhou estadistas e grandes empresários. Os gigantes da indústria de transformação foram seus clientes e amigos. Influente pensador, deixou sua marca indiscutível em seus seguidores.

Hill foi um dos homens do presidente Theodore Roosevelt, que participou da reconstrução dos EUA após a quebra de 1929 – o grande crash da bolsa americana.

O descrédito nas instituições estava instalado e ameaçava o futuro da nação. Os americanos viraram o jogo.

Hill foi um dos grandes pregadores da audácia da esperança e virou referência de futuro dos homens públicos.

Mais tarde, sua reputação seguiu influenciando o plano Mashall, em 1947, e o projeto de recuperação pós-segunda guerra, integrando a “Doutrina Truman”.

Em todos os momentos, a proposta central era desenvolver o país, e para isso era necessário desenvolver a mente das pessoas para uma visão sustentável e um novo tempo de prosperida-

de. Não só os americanos, mas o reposicionamento influenciou várias outras potências, como Japão, totalmente arrasado pela guerra. Assim fez a Alemanha, duas vezes.

São de Napoleon Hill alguns best sellers, como a “Lei do Triunfo” e “Quem Pensa Enriquece”. As obras permitem ao leitor experimentar narrativas vencedoras, com viés propositivo e resolutivo. Nada do tipo autoajuda ou similar. Os dois livros são orientados ao pragmatismo, à sinergia e à “mente mestra”. Aliás, Napoleon Hill afirmava que a união de duas ou mais mentes gerava um todo, muito maior do que a soma das partes envolvidas, o que ele chamou de Mente Mestra.

A história se repete, de tempos em tempos. Estamos diante de um momento singular, desafiador e de readaptações. É hora de fazer “mente mestra” na empresa, na escola, na família e entre os amigos, ou em qualquer lugar que estejamos.

Talvez, seja a primeira vez que a geração mais nova no Brasil esteja, verdadeiramente, diante de um desafio concreto para aprender e evoluir, enquanto nação. Nunca tivemos guerras,

O Brasil já ficou tempo demais discutindo quem tem razão nesta pandemia. O embate ideológico se enraizou no campo político, adentrou na medicina, desencorajou a educação e paralisou até as famílias, onde dividiu a ‘mente mestra’ por egos, medos e desinformação.”

mas o estrago da covid é sem fronteiras, ainda mais se não estancarmos esta paralisia mental que esperneia sem noção.

Quando adentramos nas páginas dos livros de Hill e nos inundamos com seus modelos e energia vencedores, fica impossível tolerar o discurso dos apocalípticos, sejam eles econômicos, sociais ou até trágicos de plantão.

Não importa a narrativa, existe apenas um caminho para vencer pós-guerra: acreditar que é possível reconstruir e fazê-lo; agir.

O Brasil já ficou tempo demais discutindo quem tem razão nesta pandemia. O embate ideológico se enraizou no campo político, adentrou na medicina, desencorajou a educação e paralisou até as famílias, onde dividiu a “mente mestra” por egos, medos e desinformação.

Negacionistas, nem alarmistas, merecem nosso crédito.

Sábio é observar os exageros e tirar as conclusões mais sensatas possíveis, pois a corrente do equilíbrio ganha escala à medida que os números falam por si e a retomada ocorre com segurança e organização. É hora de reprogramar nosso

cérebro para estabelecer uma agenda sensata. O corporativismo e conservadorismo, convenientes para alguns, precisam ser enfrentados com ações e atitudes firmes, sem medo da crítica. Se indispor, assumir posição – com respeito aos protocolos de higiene e saúde –, é necessário e urgente.

O discurso do medo e da histeria precisa dar lugar ao trabalho organizado. Nossa mente deve se contagiar com esperança e coragem para fazer o que tem de ser feito. A paralisação míope e o pensamento estático de que o “mundo não será o mesmo” depois da pandemia é para quem tem “geladeira cheia”.

Repito o que escrevi em outras colunas: o mundo só não será o mesmo para os pobres, que depois da pandemia serão ainda mais pobres, porque faltará emprego, renda e, por consequência, lhes restará a desesperança. Esta última, a pior de todas as misérias de uma sociedade. Aliás, precisamos devolver o entusiasmo e a esperança aos nossos jovens e crianças.

Pensemos nisso, e façamos a nossa parte.

Bom fim de semana!

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Concessão e ciclovia O

Vale do Taquari poderá ter uma chance de ouro para concretizar o sonho de uma ciclovia entre Estrela, Colinas e Imigrante. Eu explico. O governo estadual pretende conceder uma boa parte da malha rodoviária gaúcha à iniciativa privada. E a privatização da ERS-130 e de parte da ERS-129 é uma oportunidade concreta para a consolidação de um “passeio intermunicipal” junto ao trecho “germânico”. Não haverá praça de pedágio naquele trajeto, claro. Mas a estratégia de investimentos pode, sim, prever obras naquele ponto. É sempre bom reforçar: não é capricho, é segurança. O uso da bicicleta naquele trecho é uma realidade que salta aos olhos. A cada mês, são centenas – para não dizer milhares – de ciclistas utilizando aquela via sem acostamento para o lazer. Outras centenas utilizam por outros motivos. A ida ao trabalho.

Ao mercado. Ao vizinho. É um hábito natural naquela região, e que precisa ser cada vez mais incentivado. Mas desde que haja a devida segurança. E hoje, infelizmente, o trânsito está complicado para todos.

Ciclistas, pedestres e motoristas.

A ideia de incluir a ciclovia no edital de concessão da ERS-129 não é minha. Ela já circula nos bastidores. A ideia já permeia mesas de prefeitos, vereadores e líde-

O Fórum das Entidades se posiciona contrário à implantação de um camelódromo em Lajeado. A medida é ventilada faz décadas. E o debate voltou à tona em função das recorrentes reclamações de lojistas, que enxergam nos vendedores de rua uma concorrência desleal. Sobre o espaço, o “xis da questão” é o local a ser escolhido e, claro, os impactos sobre os vizinhos.

O Jardim Botânico de Lajeado completou 25 anos. E a entrevista concedida ontem pelo ex-prefeito Leopoldo Feldens – idealizador da proposta – à Rádio A Hora é esclarecedora.

Um projeto desta magnitude não depende de um só governo, ou de um só prefeito. É preciso ser assertivo para convencer os mais diferentes segmentos da sociedade. E é preciso ter coragem e passar por cima de outros interesses para garantir esses verdadeiros “pulmões urbanos”.

Assim como o Jardim Botânico, o Parque do Engenho, o Parque dos Dick são pedaços de mata atlântica necessários para a nossa qualidade de vida. Ou mesmo para a nossa sobrevivência. No futuro também contaremos com o novo parque às margens do Rio Taquari (denominado Parque Ney Arruda).

E podemos ampliar. As lagoas nos bairros Carneiros (a Lagoa dos Ruschel) e na divisa entre os bairros Santo Antônio e Morro 25 também merecem atenção.

res empresariais. Há um anteprojeto orçado em R$ 6 milhões. Mas é interessante buscar novos atores para ampliar o debate. Ciclistas, empresários, políticos, Univates, moradores e profissionais de tráfego, engenharia e tantas outras especializações precisam sentar juntos para a construção da melhor solução possível. Afinal, a oportunidade pode chegar a qualquer momento.

E as campanhas? E o camelódromo? E as multas?

Os assessores jurídicos dos principais partidos da região estão sem dormir. Muitos pré-candidatos continuam apostando nas postagens patrocinadas antes do início da campanha. E não são poucas as recomendações judiciais contrárias. Eu sugiro prudência. Até porque os processos, em alguns casos, podem ser articulados pelos próprios partidos dos candidatos.

Pulmões em Lajeado

As multas de trânsito cobradas em Lajeado estão minguando. Neste ano, o governo arrecadou quase R$ 625 mil.

Em abril e maio, por exemplo, foram arrecadados R$ 151 mil e R$ 101 mil em multas, respectivamente. Já nos dois últimos meses – julho e agosto –, a arrecadação caiu para R$ 50,3 mil e R$ 35,3 mil. E eu estou curioso para saber os números dos próximos meses.

“Culpa”do Bolsonaro!

Li, resumi e compartilho algumas conclusões controversas: Jair Bolsonaro já colocou fogo na Amazônia, derramou óleo no litoral brasileiro, voltou a brincar com fogo no Pantanal, instaurou uma pandemia no Brasil e

está envolvido na morte de Marielle Franco (PSOL).

A persistir este cenário pueril, boa parcela da Esquerda servirá para reeleger o atual presidente ainda no primeiro turno em 2022. Trata-se de uma oposição absolutamente previsível.

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INTENÇÃO DE VOTO

A Hora divulga primeira pesquisa na próxima semana FÁBIO KUHN

Contrato com o Instituto Methodus compreende 11 pesquisas eleitorais nos principais municípios do Vale. Debates também integram estratégia do grupo na cobertura jornalística do pleito de 2020 MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

partir da próxima semana, o Grupo A Hora inicia a divulgação de pesquisas de intenção de voto nos principais municípios do Vale do Taquari.

O trabalho de coleta ocorrerá por meio do Instituto Methodus e faz parte do projeto “Politica Cidadã”, criado no começo do ano para orientar a cobertura das eleições 2020.

Das 11 pesquisas a serem realizadas com o instituto, três ocorrerão na cidade de maior disputa na reta final. Nos demais municípios escolhidos serão duas pesquisas de intenção de voto. As datas de divulgação, por motivos estratégicos, não serão reveladas pelo Grupo A Hora. Os municípios contemplados são Arroio do Meio, Encantado, Estrela, Lajeado e Teutônia.

As pesquisas serão divulgadas em todos os canais de comunicação do Grupo A Hora: no jornal impresso (primeiro a divulgar), na emissora de rádio, no portal e também nas redes sociais, com análises e desdobramentos.

Debates a partir de outubro A Rádio A Hora sediará, a partir de outubro, debates eleitorais com os candidatos a pre-

Para a realização das pesquisas, serão ouvidos eleitores de cinco municípios da região: Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado e Arroio do Meio

feito de diversos municípios da região. Quatro deles (Arroio do Meio, Estrela, Lajeado e Teutônia) terão duas edições.

Os debates ocorrerão à tarde, com ampla repercussão no jornal impresso do dia seguinte. As regras serão comunicadas pela direção do Grupo A Hora aos debatedores antes da sua realização.

Cobertura crítica e aprofundada Na avaliação do diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, a política pública depende de bons gestores, com boas propostas. Por isso, a empresa opta por fazer uma cobertura pontual dos temas relevantes que norteiam o pleito, de forma crítica e aprofundada.

“A imprensa que não se dispõe a fazer este tipo de abordagem e, por vezes, até de enfrentamento, é amorfa. Isso não desenvolve uma região. O que nós buscamos é fortalecer a política pública e o desenvolvimento regional, ainda mais num momento de crise, medo e desesperança da população”, salienta.

Para Weiss, a imprensa deve

CONDUTA DO GRUPO A HORA NAS ELEIÇÕES 2020 • Nenhum profissional do Grupo A Hora pode oferecer qualquer tipo de serviço ou assessoria para partido ou candidato; • Os profissionais deverão se manter isentos. É proibida a participação em bandeiraços, comícios ou carreatas que traduzam campanha explícita a algum candidato ou coligação, exceto na cobertura jornalística;

• O Grupo A Hora não divulga resultados de pesquisas eleitorais contratadas por partidos ou candidatos; • O Grupo A Hora não cede ou comercializa material de arquivo para campanhas eleitorais e desautoriza que material produzido ou divulgado por seus canais seja usado na propaganda eleitoral; • O A Hora trata partidos e candidatos de maneira

equilibrada e isonômica; • Nenhum profissional da empresa pode aceitar qualquer cortesia de candidato, partido ou coligação; • Jornalistas, colunistas ou produtores de conteúdo do A Hora devem considerar grupos de mensagens e mídias sociais como comunicação pública, na qual prevalece o regramento ético esperado na sua atuação profissional regular.

atuar de maneira propositiva, capaz de encorajar a sociedade para uma grande retomada. “As eleições serão muito importantes para isso”, pontua.

SOBRE O PROJETO

POLÍTICA CIDADÃ

• A política é base no processo democrático. Pode contribuir ou trancar o desenvolvimento econômico e a redução das desigualdades sociais. Nos últimos anos, a prática da “política” tem se desviado da função e, por consequência, o tema acaba causando rejeição popular.

• Para resgatar e estabelecer uma compreensão mais republicana e cidadã em torno do assunto, o Grupo A Hora criou o Política Cidadã. O movimento, implantado no começo de janeiro, consiste em um calendário de ações, debates e reportagens sobre a política em contexto mais amplo.

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PIB gaúcho tem queda histórica Recuo da economia no trimestre é atribuído à estiagem e aos efeitos da pandemia. Vale do Taquari teve impactos menores que outras regiões LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

ESTADO

O

Produto Interno Bruto (PIB) do estado apresentou queda de 13,7% no segundo trimestre de deste ano, em relação ao anterior.

Se comparado ao mesmo período de 2019, o recuo é ainda maior com -17,1%. As duas taxas trimestrais são as maiores quedas já registradas desde o início do cálculo do indicador trimestral, em 2002. O recuo também é mais severo que o indicador do país, que apresentou -9,7% no mesmo período.

Os resultados do segundo trimestre foram divulgados na tarde de sexta-feira, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

No acumulado do ano, a queda no PIB do Rio Grande do Sul chega a 10,7%, contra -5,9% no país. Na avaliação do estado, a economia gaúcha recuou ao mesmo patamar do primeiro trimestre de 2009.

Entre os segmentos que compõem o cálculo, a retração mais sig-

Quedas em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado são as piores desde 2002

nificativa foi da agropecuária, com -20,2%, seguida da redução registrada na indústria, com -15,9%, e no setor de serviços, com -9,1%.

Com exceção dos Serviços, todos tiveram queda mais acentuada quando comparada com o país no período, em especial a Agropecuária, que no Brasil teve variação positiva de 0,4%. No país, a indústria registrou queda de 12,3% e serviços

de 9,7%, em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Impactos menos significativos no Vale Economista e especialista em Desenvolvimento Regional, Cíntia Agostini pontua que a queda significativa nos indicadores já era esperada, analisando a conjuntura

climática e sanitária que o estado se encontrava nos meses de abril, maio e junho. “Tivemos dois fatores que prejudicaram o RS em relação ao Brasil. A estiagem prejudicou principalmente o setor primário, que seguiu com quedas e quebras após sequência de chuvas e até enchentes. O outro fator é a pandemia, que atinge todos os setores”, explica.

Porém, conforme Cíntia, o Vale

do Taquari não sentiu com tanta intensidade os impactos da estiagem, pois não possui grandes produções de grãos como soja, milho e arroz em outras regiões do estado. “Os efeitos climáticos nos influenciaram, porém com menos força que em outras cadeias produtivas do RS”, reforça. Já a pandemia é um efeito genérico, pois começa na saúde e impacta a economia de maneira geral, explica.

Conforme Cíntia, a região sofre menos, pois tem uma dinâmica produtiva e uma diversidade econômica que sustenta quando um determinado setor não apresenta números favoráveis. “Um exemplo é o processamento de alimentos, que seguiu com uma produção praticamente igual”, esclarece.

O ano de 2019 foi de retomada e crescimento econômico no RS. De acordo com a economista, a queda se torna ainda mais significativa pelos índices positivos do ano passado.

A economista reforça que a retomada será lenta e gradual. “Para o próximo trimestre teremos indicadores melhores, com alguns setores reagindo mais que outros. Ainda teremos resultados negativos no fim do ano, mas com a economia em crescimento”, reforça.

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Entidades são contra camelódromo Fórum se reunirá com o governo municipal na tarde de segunda-feira, 21, para debater o comércio ambulante

ARQUIVO A HORA

LAJEADO

O

Fórum das Entidades Empresariais e Sociais de Lajeado (Feesla) discutiu nessa sextafeira, 18, o comércio ambulante e as recentes propostas apresentadas pela administração municipal.

Ao final do encontro, realizado no Sindilojas Vale do Taquari, o

Em reunião na sexta-feira, 18, entidades confirmaram ser contra permanência de ambulantes também nas ruas

grupo assumiu de forma unânime a posição contrária à criação e instalação de um local fixo para instalação dos vendedores ambu-

lantes, popularmente conhecido como ‘camelódromo’ na cidade, assim como a permanência dos ambulantes ilegais nas vias públicas.

O repúdio ao camelódromo, por parte das entidades, baseia-se principalmente em três aspectos: segurança pública, estabelecimento da ordem econômica e o ecossistema pejorativo para os habitantes.

Durante a reunião, as lideranças lembraram dos inúmeros casos de grandes e médias cidades do país, e inclusive do estado, em

que a formalização do comércio ambulante trouxe consequências danosas e quase sem controle a toda comunidade.

Na sequência, a decisão já foi manifestada de forma oficial ao prefeito Marcelo Caumo, por meio de documento encaminhado ao chefe do Executivo.

O Fórum também marcou reunião para a tarde da próxima segunda-feira, 21, com o prefeito e secretários municipais para apresentar os argumentos e buscar novos encaminhamentos.

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LEGADO DOS PIONEIROS

Personagens que semearam o amor pela tradição no Vale Se o Vale do Taquari tem hoje grande força no tradicionalismo e mais de 50 entidades, é porque um dia algumas pessoas se dedicaram ao início deste movimento. Por meio das atividades campeiras, da música ou da dança, eles abriram a porteira para a história que ainda hoje é construída. porque o gaúcho não é simplesmente aquele que nasce no Rio Grande ou anda pilchado. A gente tem um sentimento muito grande por esta terra e é uma das coisas que faz a diferença do gaúcho”.

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

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cultuada figura do gaúcho remete ao homem criado no Pampa, na lida da pecuária, em uma área que abrange boa parte do Rio Grande do Sul, quase todo o Uruguai e parte da Argentina.

A centenas de quilômetros das paisagens pampeanas, no Vale do Taquari, esta cultura fronteiriça de forte influência indígena, instalou-se a partir da década de 1950.

Desde então, a região conquistou protagonismo e relevância, teve representantes na presidência do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e até mesmo na criação da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG).

O evento reivindicado como primeiro rodeio crioulo do estado ocorreu na Fazenda Sinuelo, em Progresso, em 1952. Antes disso, as competições de laço já eram comuns no local, ponto de parada para tropeiros.

Um vale fértil ao tradicionalismo Foi a partir de 1947 que o tradicionalismo se consolidou e começou a se espalhar por todo o estado, a partir da criação do movimento, pelo

Jorge Moreira é referência da tradição em Encantado. O músico Fábio Tiecher (à esquerda) foi seu parceiro de composição e mantém sua obra viva.

Integração comunitária

Coordenadora da 24ª Região Tradicionalista (24ª RT), Luce Carmen Mayer destaca a importância de cultuar a história sem esquecer que ela é feita no presente.

“Viver, reverenciar e construir uma nova história, mas sempre lembrando das nossas raízes, da nossa base, dos antepassados. A cada geração que passa, alguma coisa é acrescentada. Não podemos parar no tempo, estamos sempre em movimento e evolução”

Homenagem a um pioneiro chamado Grupo dos Oito.

“Aqui na região, o início foi em 1954, com a fundação do CTG Bento Gonçalves, com pessoas como Rui Lopes, o primeiro patrão, Luiz Carlos Lampert, Carlos Vale, entre outros”, afirma o advogado, empresário e tradicionalista Marco Aurélio Munhoz, o Keko.

Ele é coautor do livro ‘O Bento - 65 anos’, sobre a história da entidade mais antiga da região.

Munhoz destaca que o CTG foi um dos primeiros clubes sociais da região e atraía a juventude pelas atividades culturais e pela piscina.

A cultura tradicionalista absorveu características de povos imigrantes, como alemães, italianos e açorianos.

Keko cita ainda a criação do espeto corrido, como fusão das gastronomias campeira, italiana e alemã.

“O alemão e o italiano, vivendo aqui no Sul, se sentem gaúchos,

Incentivador e colaborador da cultura gaúcha, Getúlio Scheeren (1937-2017) é lembrado pelos feitos à comunidade de Progresso e região.

Na abertura da Programação Farroupilha, a 24ª Região Tradicionalista prestou sua homenagem, gerando a Chama Crioula junto à sepultura de Scheeren. Getúlio nasceu em 26 de fevereiro de 1937 em Vila Progresso.

Logo aos oito anos, era jóquei na cancha de carreiras de seu próprio pai na Fazenda Sinuelo. Aos 12,

Getúlio Scheeren é considerado o pione

madrinheiro e aos 15 anos tropeiro.

Casou-se com Ilca Schuller aos 22 anos, com quem teve cinco filhos: Leida, Lauro Jesus, Neusa Teresinha, Marisa e Adriana.

Na companhia de seu pai, fundou o CTG Sinuelo da Amizade em 1959.

Foi também coordenador da 24ª Região Tradicionalista de 1982 a 1984.

Durante sua gestão conseguiu aprovar uma moção junto ao MTG, para a proibição do porte de armas nos rodeios. “Até então era comum andar com arma na cintura. Por diversas vezes, Getúlio teve de intervir para evitar uma tragédia nos parques de rodeio”, conta dona Ilca.

Trajava diariamente sua pilcha

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Desfile em setembro de 1955, em Lajeado

eiro do rodeio crioulo no RS. Dona Ilca preserva pertences e memórias do marido

sem dispensar o lenço vermelho.

“Entre os causos que contava, lembro da vez que um fazendeiro negou pouso para meu pai. Isso na década de 60, conduzindo cerca de 200 cabeças de gado, trazidas da região das Missões. Dormiu ao relento, pois a tropa não aguentaria seguir direto", recorda a filha Leida Scheeren, 58.

Atuante na política, esteve à frente da subprefeitura de Progresso e foi eleito vereador em 1976, pelo município de Lajeado. “Barraram o Getúlio no dia da posse. Ele não poderia entrar no plenário da câmara pilchado.

Teve de arrumar um terno para participar da primeira sessão”, recorda a viúva Ilca Scheeren, 78.

O músico Fábio Tiecher foi parceiro de composição em pelo menos dez canções e recorda dele como um grande incentivador das novas gerações.

Jorge Moreira morreu em junho de 2020, aos 91 anos. Seu legado permanece vivo, na memória dos encantadenses e em sua obra.

“A obra poética que ele deixou é muito rica em relato de fatos históricos de Encantado, mas também

de aspectos que permeiam o tradicionalismo, como manifestações folclóricas. É um legado que o Jorge deixou”, afirma Tiecher.

Na edição virtual do Canto da Lagoa, em novembro, Tiecher vai defender “Monges do Pinheirinho”, composta pelos dois.

O músico planeja gravar um disco com vários intérpretes cantando a obra de Moreira. “É uma pessoa que merece nome

de rua, mas tem que ser uma rua grande e bonita. Ele merecia um velório daqueles bonitos e, infelizmente, não deu para fazer”, lamenta.

Ela trouxe a dança O pezinho, o maçanico, a chimarrita e outras danças tradicionais, hoje populares na região, foram trazidas por Ayra Christ Baierle.

Tia Ayra foi a primeira instrutora de

A arte de Jorge Moreira vive Jorge Moreira é daqueles personagens cujo currículo renderia um texto à parte. Foi professor, advogado, tradicionalista, poeta, músico e escritor.

Em 1961, fundou o CTG Giuseppe Garibaldi, do qual foi patrão por mais de uma década.

“Nossos jovens, quando precisavam saber de algum aspecto da história, recorriam a ele, que era a história viva. As prendinhas ainda recitam poemas dele. É uma inspiração para os nossos jovens”, avalia a patroa do CTG, Adriane Fassini.

Ayra Baierle aprendeu as danças tradicionais em Porto Alegre e trouxe o conhecimento para a região.

Na década de 1950, foi a primeira instrutora do CTG Bento Gonçalves.

dança do CTG Bento Gonçalves.

Na capital, onde foi estudar Educação Física, aprendeu as danças com Paixão Côrtes e Barbosa Lessa, autores do Manual de Danças Gaúchas.

“Esta mulher foi fundamental dentro da cultura porque ela se deu o trabalho de estudar para poder ensinar estas danças. Se ela não tivesse ensinado, estes que aprenderam com ela, não teriam ensinado os mais jovens e a cultura se perderia”, afirma a diretora cultural do CTG, Leonice Maria de Olvieira.

Após ficar viúva, retornou a Lajeado. Para além do tradicionalismo, Ayra teve papel fundamental também no trabalho e no âmbito familiar. Foi professora do Colégio Madre Bárbara por mais de 20 anos.

“A tia Ayra foi uma companheira muito boa. A gente viajava muito.

Meus pais não podiam viajar e a tia Ayra que nos levava nas viagem de fim de ano. Foi a segunda mãezona de todo mundo”, recorda a sobrinha Silvia Straatman, que foi sua prenda na invernada do CTG. Quando a irmã Jaíra faleceu em um parto, aos 29 anos, foi Ayra quem assumiu a criação de quatro sobrinhos pequenos.

Ayra faleceu em outubro de 2019, aos 93 anos. A tradição iniciada por ela segue ativa nos grupos de dança do CTG pioneiro.

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A HORA | Quarta-feira, 19 e 20 de setembro de 2020

Resumo do Ideb na região Os resultados são de 2019. As análises por município, região e país se referem à rede pública de ensino.

Ensino Fundamental (4ª série e 5º ano) Neste nível, a gestão é municipal.

• Dos 38 municípios do Vale, 20 atingiram a meta neste ano.

• Média nacional: 5.5 (meta era 5.2) • Média estadual em 2019: 6 (meta era 6.1) • Todas as cidades da região ficaram acima do desempenho nacional • Roca Sales, Canudos do Vale, Boqueirão do Leão. Taquari e Tabaí ficaram abaixo dos 6 pontos visto no RS • Destaque para Cruzeiro do Sul. Melhor média entre todos os municípios da região

Os cinco melhores

1º Cruzeiro do Sul: 8.1 2º Ilópolis; Vespasiano Corrêa: 7.6 3º Nova Bréscia: 7.5 4º Westfália: 7.3 5º Doutor Ricardo: 7

Os cinco piores

38º Roca Sales: 5.6 37º Canudos do Vale e Paverma: 5.7 36º Boqueirão do Leão, Taquari: 5.8 35º Tabaí: 5.9 34º Colinas, Putinga, Relvado: 6

Ensino Fundamental (8ª série e 9º ano) Os resultados da região foram decepcionantes. Apenas quatro cidades, das 38, atingiram a meta prevista. O resultado geral concentra as notas das redes municipal e estadual.

• São: Marques de Souza (6.2), Pouso Novo (5.8), Travesseiro (6.2) e Vespasiano Corrêa (5.8) • A média nacional em 2019 também foi baixa. Nota: 4.4. A meta era alcançar 5 pontos.

• Média estadual em 2019 foi de 4.8. Bem abaixo da meta desejada, de 5.6.

Os cinco melhores

1º Marques de Souza e Travesseiro: 6.2 2º Dois Lajeados: 6.1 3º Pouso Novo,Vespasiano Corrêa e Westfália: 5.8 4º Muçum e Mato Leitão: 5.7 5º Canudos do Vale, Colinas e Teutônia: 5.5

Os cinco piores

38º Paverama: 4.1 37º Cruzeiro do Sul e Roca Sales: 4.4 36º Tabaí e Taquari: 4.5 35º Boqueirão do Leão, Putinga e Sério: 4.6 34º Anta Gorda e Estrela: 4.7

Ensino Médio (3º ano) Responsabilidade da rede estadual, o Vale teve resultados melhores do que a média gaúcha e nacional.

• Nem o país e nem o RS atingiram a meta estipulada para 2019 • A nota do país neste nível foi de 3.9. A meta era chegar aos 4.7 • No RS, o resultado médio foi de 4.2. Bem abaixo de 5.3 estipulados como meta • Roca Sales foi o único município da região com uma média abaixo do Estado. Ficou com 3.9 • Dos 38 municípios da região, 21 atingiram a meta prevista.

• Doze não tiveram dados suficientes para tabulação do Ideb. (Bom Retiro do Sul, Canudos do Vale, Colinas, Coqueiro Baixo, Dois Lajeados, Forquetinha, Ilópolis, Muçum, Pouso Novo, Progresso, Putinga e Vespasiano Corrêa) • Cinco não atingiram a meta, são: Lajeado, Marques de Souza, Roca Sales, Sério e Tabaí

Os cinco melhores

1º Relvado: 5.6 2º Mato Leitão: 5.3 3º Imigrante, Teutônia e Travesseiro: 5 4º Doutor Ricardo e Westfália: 4.9 5º Nova Bréscia, Poço das Antas, Santa Clara do Sul e Sério: 4.8

Os cinco piores

38º Roca Sales: 3.4 37º Boqueirão do Leão: 4 36º Anta Gorda: 4.2 35º Fazenda Vilanova, Lajeado e Taquari: 4.4 34º Capitão, Cruzeiro do Sul, Encantado e Marques de Souza: 4.5

O VALE NO IDEB

Desempenho irregular mostra que há muito a avançar Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, resultado do Ideb nas 38 cidades do Vale ficou entre razoável e bom.

Na etapa posterior, da 8ª série e 9º ano, notas baixas.

Quando a análise vai para o Ensino Médio, a educação regional tem médias melhores do que as do país e do RS. No geral, educadores avaliam que o Vale melhorou os resultados ao longo dos últimos anos FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

O

Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) serve como um termômetro para medir a qualidade da educação. Nesta edição, divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) na terça-feira, a principal régua dos exames foi à educação pública.

A rede particular participou como amostragem. Essa diferença faz com que não se tenha comparativos entre as estruturas educacionais por escolas e regiões.

Com isso, os dados do Vale do Taquari se referem às redes públicas, municipal e estadual em 38 cidades. Divulgado a cada dois anos, o Ideb é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Para chegar ao desempenho

das redes, a metodologia do Ideb estabelece dois cálculos: taxa de rendimento escolar (aprovação) e média das notas dos alunos nos exames padrão aplicado pelo Inep.

O primeiro parâmetro é obtido a partir do Censo Escolar, enquanto as médias de desempenho são da Prova Brasil (Leitura e Matemática), para escolas da rede municipal, e do Saeb, para o resultado estadual e federal.

A pesquisa avalia em uma escala de zero a dez. A série de resultados do Ideb iniciou em 2005, quando foram estabelecidas as metas bienais de qualidade. Os objetivos do índice são feitos de acordo com a realidade de cada município. De acordo com as notas prévias são determinados os percentuais desejados a cada dois anos.

Processo evolutivo

O presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e secretário de Educação de Estrela, Marcelo Mallmann, destaca que o mais importante para uma análise sobre o Ideb é avaliar a evolução. “No caso de Estrela, em especial nos anos finais do Fundamental, de fato de não atingimos a meta estabelecida, como historicamente acontece. Contudo cinco das oito escolas avaliadas continuam em processo evolutivo, com notas superiores às da avaliação anterior. Será que isso é decepcionante?

Para mim, é um debate que precisa ser aprofundado.”

Como as metas são estabelecidas dentro da realidade de cada município, frisa que montar um ranking sobre as notas do Ideb não condiz com a realidade educacional do município.

Ensino médio acima da média Dos 38 municípios, 21 alcançaram a média estabelecida. Para a coordenadora regional de Educação, Cássia Benini, o Vale mostra uma evolução contínua nos últi-

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A HORA | Quarta-feira, 19 e 20 de setembro de 2020 FILIPE FALEIRO\ARQUIVO A HORA

ENTREVISTA MORGANA DOMÊNICA HATTGE, doutora em educação

“Evoluímos muito nas últimas décadas” Professora da educação básica por 18 anos, Morgana atuou nas redes municipal e estadual.

“Compreendi que o papel da escola está para muito além da formação de sujeitos que possam mostrar desempenho.

A escola pode ser um espaço em que todos aprendam mais sobre si mesmos”. A pedagoga e docente do Mestrado em Ensino, da Univates, considera que a região tem mantido uma evolução constante no Ideb.

mos anos. “As escolas e a comunidade escolar trabalham muito o conhecimento do aluno. Há medidas incisivas para redução da evasão escolar e da repetência.”

De acordo com ela, o Ensino Médio é um momento em que alunos também ingressam no mercado de trabalho, o que faz com que se afastem dos estudos.

“Temos uma atuação contínua em rede para manter os estudantes na escola.”

Para Cássia, o Ideb é um refle-

Na rede pública estadual, lotação das salas de aula é um dos problemas enfrentados pelas turmas

xo do trabalho das escolas e dos dirigentes da educação. A avaliação dos estudantes recaí sobre as estratégias pedagógicas da coordenadoria, das direções e dos docentes. “O sucesso do aluno é o sucesso do professor. O índice é importante, pois ajuda a pensar políticas educacionais que devem ser implementadas.”

A Hora – De que maneira podemos avaliar os resultados da região?

Morgana Domênica Hattge – Gosto de olhar à série histórica. Percebo que já avançamos muito na última década. É importante que possamos comemorar as conquistas já alcançadas. Para que tenhamos indicadores ainda melhores, é necessário um investimento maior na educação pública, que resulte em escolas com estrutu-

ras melhores, salas menos lotadas, equipes de apoio completas, bibliotecas bem equipadas e com bibliotecários atuantes, e formação continuada numa perspectiva que considere os saberes dos professores.

Na rede municipal, temos uma média entre razoável e boa para os anos iniciais do ensino fundamental. No entanto, resultados fracos nos anos finais do fundamental.

Como podemos explicar esse desequilíbrio?

Morgana – É muito difícil explicar essa diferença, porque depende do contexto específico de cada escola. Há vários aspectos, relacionados à escola e também por questões sociais mais amplas.

Estamos falando de duas redes de ensino diferentes, em alguns casos, já que em muitos

municípios os anos iniciais ficam mais a cargo das redes municipais e os anos finais ficam mais a cargo da rede estadual. É sabido que enfrenta problemas financeiros, estruturais, e certa carência de recursos humanos.

Por fim, como é a escola ideal?

Morgana – Entendo que a escola ideal seja aquela que melhor se adapte ao contexto em que está inserida. Não me atreveria a propor um modelo de escola ideal porque acredito que a escola deve ser construída na sua relação com a sua comunidade. Então, essa escola precisa estar atenta aos resultados de indicadores como o IDEB, mas sem esquecer que a arte, o movimento, a alegria, a camaradagem precisam ter um lugar muito especial na educação.

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18

A HORA | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

HORÓSCOPO LIBRA: Embora seja dia de folga, nem tudo vai ser tão fácil como você gostaria! A Lua vai brigar com Plutão e Saturno, deixando o clima meio tenso em casa.

ÁRIES: O final de semana começa tenso e você vai ter que usar toda a energia do seu signo para encarar os pepinos que devem surgir.

TOURO: Se ainda precisa cuidar de alguns trabalhos que ficaram pendentes, saiba que você terá que redobrar a dedicação para terminar suas tarefas sem atropelos.

ESCORPIÃO: Prepare-se para alguns altos e baixos logo cedo neste sábado! Com a Lua ainda infernizando o seu astral, você pode se chatear com gente fofoqueira ou mentirosa.

GÊMEOS: Você começa o final de semana com a Lua em sua Casa 5, mas nem tudo vai ser tão divertido quanto gostaria.

SAGITÁRIO: As finanças precisam de cuidado especial. A Lua briga com Vênus e Júpiter, por isso, há risco de prejuízo se estiver pensando em emprestar grana para um amigo.

CÂNCER: Embora a Lua continue em sua Casa 4, a convivência com a família pode passar por alguns momentos tensos logo cedo.

CAPRICÓRNIO: Se tem trabalho para fazer, prepare-se para ralar dobrado se quiser dar conta de tudo. É que a Lua briga com Saturno e Plutão, sinal de que o astral vai pesar no serviço.

LEÃO: Neste sábado, concentre-se no serviço para resolver algumas coisinhas que estavam pendentes e que não deu tempo de terminar durante a semana.

AQUÁRIO: Você começa o final de semana com altas expectativas para um passeio ou viagem, mas talvez os seus planos não corram do jeito que gostaria.

VIRGEM: As finanças precisam de supervisão e é melhor maneirar nos gastos. Embora a Lua destaque a habilidade para lidar com dinheiro, você estará vulnerável a exagerar nos gastos.

PEIXES: O final de semana começa tenso e podem pintar atritos. A Lua briga com Plutão e Saturno, e avisa que diferenças falam alto e nem todos os relacionamentos resistem numa boa.

OBITUÁRIO RICARDO DREHER, 66 anos, faleceu ontem no Hospital Bruno Born de Lajeado. Conhecido nos meios de comunicação da região, Dreher foi narrador esportivo, repórter, apresenta-

dor, comentarista, entre outras funções. Estava residindo na casa de repouso Pella Bethânia, em Taquari. O velório ocorre na Capela Mortuária São João, sala E, em Montenegro. O sepultamento será realizado no domin-

go. dia 20, às 11h, no Cemitério Municipal de Montenegro.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

Para informar falecimentos:

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Pinturas comuns nas Período obras de histórico Frida Kahlo em que se e Van Gogh desenvolveu a civilização egípcia

Figura Assistência (?): deve clássica ser prestada ao paciendo Velho Garganta te em esOeste (pop.) tado grave

Dor causada por má circulação do sangue

Evento central do nosso calendário cívico, comemorado em 7 de setembro

De visão curta (Med.) Prudência (fig.)

Encarquilhado Titânio (símbolo)

(?) Espíndola: gravou "Garota Solitária"

(?)-azul, espécie de peixe em extinção Produz ruído Dom (abrev.)

Coordenada geográfica O "solo" do mangue

Alentada; confortada Serviço fornecido por assistências técnicas

Fonte do Direito O "pavor" do esnobe

O Grande Timoneiro Assim (latim)

Parte com a carga explosiva, no míssil "Que (?)!", expressão do desolado

Rato e porquinhoda-índia Técnica que permite examinar múmias Opção do caixa eletrônico Matiz

Haste colocada em membros fraturados Meliante juvenil Detalhe da roupa punk

(?)-de-sãojoão: auxilia no tratamento da depressão

Flor que simboliza a pureza Palavra temida pelo procrastinador

Violento fenômeno metereológico, comum no Centro e no Sul (BR)

Rio suíço que cruza a cidade de Berna

(?)-6: ácido graxo presente no salmão (?) Roques, destino turístico da Venezuela

Poema lírico grego Aperitivos de frango servidos no churrasco Astúcia Direito (?): (fig.) regula os procedimentos jurídicos

47

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Solução

Vogal que levava o trema (Gram.)

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© Revistas COQUETEL

47

A A N U G T I O N R A R E P T O R V A Ã T O O S A A P R

3/los — sic. 5/ômega. 6/agudez — an

ADAS DIRETAS

3/los — sic. 5/ômega. 6/agudez — angina. 8/latitude. 10/processual — tomografia.

BANCO

Vogal que levava o trema (Gram.)

A HORA ESPORTE | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

19

SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE E CAETANO PRETTO

Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

CRAQUES DO VALE

ENTRE OS MELHORES DE PORTUGAL Zagueiro e Capitão do Farense, Cássio Scheid estreia na primeira divisão portuguesa neste domingo EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

somente em representar o clube da melhor maneira possível.”

CONHEÇA O FARENSE Sporting Clube Farense está localizado em Faro. Uma cidade com pouco mais de 60 mil habitantes. Foi fundado em 1910 e é o clube mais antigo e com maior história na Região de Algarve. As melhores temporadas foram em 1989/90 quando disputou a final da Taça de Portugal e ainda em 1994/95 quando participou da Taça UEFA.

DIVULGAÇÃO

O

Farense retorna à primeira divisão de Portugal após 18 anos. A acensão do clube à elite está atrelada a história de Cássio Scheid. Natural de Lajeado, o jogador foi contratado na temporada 2016/17, quando o time disputava a terceira divisão nacional.

Quatro anos depois, o zagueiro se firmou entre os titulares e é a grande referência do time que reestreia na primeira divisão.

Recuperado de uma lesão no joelho, comenta que a pré-tempo-

rada foi muito atípica, mas que a equipe está bem preparada para fazer um grande campeonato.

“Queremos já neste domingo fazer uma boa partida e se possível sair com os três pontos.”

A estreia do Farense no Campeonato Português é neste domingo, às 14h30min, diante do Moreirense, fora de casa.

A expectativa sobre o início da competição está muito grande.

Scheid comenta que o o Farense entra no campeonato para fazer uma boa campanha. “Vamos pensar jogo após jogo, vamos dar o nosso melhor que é o que clube merece, vamos somando ponto a ponto e depois vamos ver onde ficamos.”

Com contrato até junho de 2021, Scheid recebeu várias propostas para deixar o clube, mas optou por permanecer no Farense.

“Sou muito grato a toda direção. O clube me abraçou na chegada e fez crescer. Neste momento eu penso

SOBRE O CAMPEONATO A competição é disputada por 18 clubes, eles jogam em turno e returno. O primeiro colocado vai direto para a fase de grupo da

Natural de Lajeado, o jogador foi contratado na temporada 2016/17, quando o time disputava a terceira divisão nacional

Liga dos Campeões. Segundo e terceiros colocados disputam a fase pré da Liga dos Campeões.

O quarto e quinto colocado jogam a Liga Europa. Os dois últimos são rebaixados.

Desde que foi criado a competição, em 1932, apenas cinco equipes já conquistaram o título do Campeonato Português. O trio formado por Benfica, Porto e Sporting domina a competição, com o Benfica como o maior campeão português, com 37 títulos. Segundo maior vencedor do Campeonato Português, o Porto tem 29 títulos nacionais, contra 18 do Sporting.

Outros clubes que já conquistaram o título da Primeira Liga, Belenenses e Boavista levantaram o troféu apenas uma vez. Enquanto o Belenenses foi campeão em 1945-1946, o Boavista ficou com o título em 2000-2001.

CICLISMO

SARA SCHERER CONQUISTA TÍTULO ESTADUAL EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Competindo na categoria Master B, a ciclista Sara Scherer, 50, recebeu nessa semana um grande prêmio. Em virtude da pandemia, a Federação Gaúcha de Ciclismo decidiu encerrar o Campeonato Estadual, com isso a atleta de Estrela ficou com o troféu de campeã. “É uma superação em todos os

sentidos. É o sonho de todo ciclista conquistar esse título. É um sentimento de gratidão pelas oportunidades, amizades e experiências que tive ao longo da competição.”

Sara comenta que o Estadual tinha oito etapas previstas, mas devido a pandemia, apenas duas foram realizadas. Em São Leopoldo, em fevereiro e em Passo Fundo, em março. Em ambas as etapas, a ciclista conquistou a primeira colocação.

Com o encerramento do Gaúcho, os treinamentos estão focados para participar da 2ª Etapa da Copa Noroeste que ocorre em

Ijuí, no dia 25 de outubro e também focar para o Desafio da Serra do Rastro que ocorre em 13 de dezembro na cidade de Lauro Müller, em Santa Catarina. “Meu lema é treinar, focar nos objetivos e alcançar as metas projetadas.

Bora treinar e superar a mim em primeiro lugar.”

Ela agradece a parceria e apoio da Casa do Ciclista, Smel, Flowbar e a equipe Santa Ciclismo/FaccinBicicletas.com.

OUTRAS CONQUISTAS Além do título Estadual na categoria master, Sara coleciona

troféus no MTB, Estrada, além de ser bicampeã do Desafio da Serra do Rio do Rastro. Na categoria Elite possui dois ótimos resultados, um quarto lugar e um sétimo lugar, ambos em 2019.

Sara Scherer foi campeã nas duas etapas disputadas pelo Campeonato Estadual de Ciclismo

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Atleta de Estrela levantou o troféu na categoria master B

A HORA | Fim de semana, 8 e 9 de agosto de 2020

20

A HORA ESPORTE | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

O TIME MAIS ANTIGO DE ARROIO DO MEIO

MINIFUTEBOL

COPA SOGES

RETORNA FIM DO MÊS EZEQUIEL NEITZKE

ARQUIVO A HORA

Fundado em 1932, Sete de Setembro completou neste mês 88 anos de vida EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

F Competição de 2020 terá um formato diferente e pode ter 29 times EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Aos poucos a rotina das pessoas está voltando ao normal. No esporte não é diferente. Com o governo do estado flexibilizando os esportes amadores, as entidades do Vale do Taquari se organizam para o retorno das competições. O primeiro torneio que voltará na Região é a Copa Soges de Minifutebol, em Estrela.

A expectativa é que o torneio inicie no fim de semana do dia 26 e 27 de setembro. As equipes tem até este domingo para confirmar a participação. A princípio 29 equipes disputarão o torneio.

Segundo o coordenador de esportes da Soges, Rodrigo Ramminger a ideia foi muito bem recebida pelos associados. “Estávamos nos preparando a bastante tempo, tínhamos protocolos organizados desde junho, com a liberação dos amistosos nos preparamos para voltar com o campeonato.”

O coordenador comenta que não será permitido o acesso aos vestiários e que os jogadores deverão vir fardados e ir embora fardados. Após acabar os jogos, os atletas poderão ficar no máximo 25 minutos na sociedade. “É uma maneira de voltarmos a ter movimento na sociedade e de manter ela.

Além disso é uma responsabilidade

muito grande, pois seremos modelos para outros campeonatos na região.”

Os jogos serão disputados nos sábados, domingos e nos feriados.

Ramminger comenta que as partidas serão intercaladas, com intervalo de uma hora entre os jogos. Por exemplo, no campo 1 o jogo iniciará às 12h30min, tendo o próximo duelo apenas às 14h50min. Nesse meio tempo, as equipes jogarão no campo 2. Assim a rodada se estende até o fim da tarde.

GRUPOS E EQUIPES

Grupo Verde: Xtotz United, Limitados, Nárnia FT, Tsunami, Meninos da Vila, Meia Boca Juniors e Tô Com Sede; Grupo Amarelo: Brocadores, Galácticos, Passabola/ Smoking, Firma FC, Super 10 Original, Velha Guarda FT e Ser Nata; Grupo Azul: Saidera, Sokanelinhas, Sem Bronca FTA, Os Kururus NC, Diretoria FC, LDU e Travadeira; Grupo Branco: Super 10 FC, Demonhos Jr, Só Resenha FC, Cevaria FC, Manguaça, Fúria FC, Estrelas do Futuro e Interditados;

undado em setembro de 1932, o Sete de Setembro completou neste mês 88 anos de vida. É o clube mais antigo de Arroio do Meio. Ao longo da história, coleciona diversos títulos municipais e até intermunicipais, mas a tão desejada taça, a do Regional Aslivata, ficou perto em três oportunidades.

Para manter o clube em dia, a comunidade realiza jogos de veterano e master aos fins de semana, além de ceder o espaço para a escolinha Pratas da Casa. Somado as atividades esportivas, o clube realiza eventos sociais. Com o auxílio da Administração Municipal, conseguiram construir um ginásio de esportes com quadra.

“Estamos nos estruturando com parcerias para crescer cada vez mais”, destaca o vice-presidente Emerson Neves.

• Qual a importância do clube para a comunidade de São Caetano e para Arroio do Meio?

Emerson Neves – O Sete está na história de Arroio do Meio. O clube é mais antigo que a cidade. O município tem 87 anos e nós 88. Então tem uma importância enorme e está no sangue do arroiomeense. Se tu conversar com os atletas e membros de diretorias dos outros clubes, a grande maioria vai dizer que começou a trajetória no esporte aqui no Sete. Somos muito receptivo.

Aqui no Bairro São Caetano, têm muitas pessoas de outras cidades que escolheram o bairro para morar e adotaram

Clube do bairro São Caetano é o maior campeão municipal de campo

o Sete como clube do coração.

• Qual a avaliação sobre o municipal de Arroio do Meio?

Neves – Prefiro a qualidade do que quantidade. Podemos ter dez times e não ter a qualidade que tem hoje. Nessa edição, por exemplo, temos apenas um time classificado para a semifinal. O restante está tudo brigando por vaga. O nível do municipal está muito bom, com jogadores, equipes e arbitragens muito boas.

• Sete de Setembro pretende ir para o Regional?

Neves –Estamos no programando para isso. Gostamos muito do Regional. Em 2019 tivemos o Fernando Feil, o “Lima” no comando. Foi uma experiência ótima. É um treinador que conseguiu trazer torcedor, conseguiu trazer o pessoal de São Caetano para a sede do Sete. Temos que ver como vai funcionar. Acredito que vamos ter uma queda brusca de patrocínio, pois a economia do Brasil não está legal. Gostamos de manter o clube em atividade e se for viável, vamos para o Regional. Vamos depender da economia, finanças e patrocinadores.

• É possível conquistar o título inédito do regional?

Neves –Eu tenho uma visão que temos que ter uma sequência. Certo dia falei para um torcedor que o Regional é que nem a Libertadores. Todo ano tu tem que ir para se estruturar e pegar a malandragem da competição. O Regional é dife-

rente de um municipal. É diferente de qualquer outra competição. É uma das mais difíceis que já disputei. É de alto nível. Tu tem que ter sequência, até chegar a tua hora de conseguir o título. Custa caro?

Custa. Teu nível de stress vai lá em cima, tu abre mão da família muitas vezes, mas na hora que tu conquista ele, é muito gratificante e cobre todos os problemas que tu teve para conquistar. Mas temos que se ter sequência. O clube sem futebol e sem atividades é fadado ao fracasso.

FICHA TÉCNICA

Nome: Sport Clube Sete de Setembro Fundação: 07/09/1932 Localização: Bairro São Caetano, Arroio do Meio Títulos: Campeão Municipal (1967, 1968, 1970, 1971, 1972, 1975, 2015 e 2018); Campeão Copa Integração (1999 e 2000)

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

BRASILEIRÃO

ÚLTIMA PARADA ANTES DO GRE-NAL

Sem esquecer o clássico, Grêmio e Internacional precisam se concentrar também no Campeonato Brasileiro

DOMINGO

SÁBADO

11ª RODADA 19h

Bragantino

x Ceará

19h

Fortaleza

x Internacional

21h

Atlético-GO

x Atlético-MG

16h

Grêmio

x Palmeiras

16h

Coritiba

Vasco da x Gama

18h15min

Botafogo

x Santos

20h30min

Sport

x Fluminense

TE

DO

R ICA

R

AR DU

Prestes a completar 500 jogos pelo Inter, D’Ale deve ser titular no sábado

LU C

AS

GRÊMIO Vanderlei Orejuela Paulo Miranda David Braz Cortez Lucas Silva Matheus Henrique Alisson Isaque Everton Diego Souza Técnico: Renato Portaluppi

BE

L

PALMEIRAS

X

Weverton Marcos Rocha Felipe Melo Gustavo Gómez Matías Viña Ramires Gabriel Menino Bruno Henrique Raphael Veiga Rony Willian Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Alisson deve ser um dos titulares que iniciam a partida neste domingo

CLASSIFICAÇÃO

ESCALAÇÕES

EQUIPE

PG V

E

D GM GS SG

Internacional

20 6

2

2 15

6

9

Atlético-MG 18 6

0

3 14

9

5

São Paulo

18 5

3

2 13 11 2

Vasco da Gama

17 5

2

2 15

Flamengo Palmeiras Santos

17 5 17 4 15 4

2 5 3

3 13 13 0 0 13 8 5 3 14 12 2

Fluminense

14 4

2

4 12 13 -1

Ceará

13 4

1

5 10 12 -2

Fortaleza

12 3

3

4 10 9

Corinthians

12 3

3

4 15 16 -1

Atlético-GO

12 3

3

3 9

Grêmio Athletico Sport

12 2 11 3 11 3

6 2 2

1 8 6 2 5 8 10 -2 5 10 13 -3

Bahia

9

2

3

5 12 18 -6

Botafogo

9

1

6

2 9

Goiás

8

2

2

4 11 13 -2

Coritiba

8

2

2

6 7

Bragantino

7

1

4

5 10 16 -6

Sábado, 19h, Arena Castelão

FORTALEZA Felipe Alves Marlon Quintero Paulão Carlinhos Juninho Felipe Romarinho David Osvaldo Wellington Paulista Técnico: Rogério Ceni

UE

LIBERTADORES

BRASILEIRÃO

Em crise após péssima atuação diante da Universidad Católica, o Grêmio demitiu na sexta-feira o executivo de futebol Klauss Câmara. Para o domingo, Renato Portaluppi não confirmou se escalará uma equipe alternativa ou se mandará a campo o que tem de melhor.

A parada é dura, pois o Grêmio recebe, às 16h, o Palmeiras, única equipe ainda invicta neste Brasileirão. Como o time precisa mostrar reação, vencer, e subir na tabela, se espera que Renato escale alguns titulares. O Grêmio entra na rodada em 13º, mais perto da zona de rebaixamento do que da zona de Libertadores.

Domingo, 16h, Arena

SUL-AMERICANA

E

m meio à disputa da Libertadores, Grêmio e Internacional precisam se concentrar também no Campeonato Brasileiro. No entanto, com o Gre-Nal marcado para a próxima quarta-feira, as duas equipes devem priorizar a competição continental e escalar equipes alternativas neste final de semana.

O primeiro a entrar em campo é o Internacional. O Colorado ainda é o líder do Brasileirão, e com 20 pontos, precisa vencer para não ver a sua liderança ameaçada pelo Atlético-MG. Em caso de empate ou derrota, o time pode ser superado pelo Galo ainda nesta rodada.

Eduardo Coudet deve escalar um time alternativo no sábado contra o Fortaleza. A tendência é que apenas os titulares que estão de fora da Libertadores joguem, casos de Moisés e Edenilson. No entanto, o treinador argentino só deve revelar a equipe instantes antes da partida. A bola rola às 19h, na Arena Castelão.

ESCALAÇÕES

EM CRISE, GRÊMIO RECEBE O PALMEIRAS

X

INTER Marcelo Lomba Rodinei Rodrigo Moledo Matheus Jussa Moisés Johnny Edenilson Boschilia Patrick D’Alessandro Leandro Fernández Técnico: Eduardo Coudet

REBAIXAMENTO

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

9

6

1

11 -2

11 -2 12 -5

ELIMINATÓRIAS DA COPA DO MUNDO

COM POUCAS SURPRESAS, TITE CONVOCA A SELEÇÃO BRASILEIRA LUCAS FIGUEIREDO

Seis meses depois da última convocação, o técnico Tite convocou novamente a Seleção Brasileira para iniciar a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. O Brasil estreia na disputa contra a Bolívia, dia 9 de outubro, e depois encara o Peru, no dia 13.

Em meio a jogadores como Neymar, Alisson, Gabriel Jesus e Thiago Silva, apenas um atleta foi convocado pela O Brasil estreia na disputa das eliminatórias contra a Bolívia, dia 9 de outubro

primeira vez, Gabriel Menino, do Palmeiras, que foi chamado para a lateral-direita.

Havia a expectativa de que Tite convocaria mais jogadores que atuam no Brasil, no entanto, apenas cinco foram convocados.

Além do lateral palmeirense, Tite convocou Santos (Athletico), Weverton (Palmeiras), Rodrigo Caio e Éverton Ribeiro (Flamengo).

Fifa e Conmebol confirmaram na quinta-feira que as Eliminatórias Sul-Americanas vão manter o formato de disputa habitual, com todas as dez seleções do continente se enfrentando em duelos de ida e volta.

CONVOCADOS Goleiros Alisson – Liverpool Santos – Athletico Weverton – Palmeiras Laterais Danilo – Juventus Gabriel Menino – Palmeiras Alex Telles – Porto Renan Lodi – Atlético Madrid Zagueiros Thiago Silva – Chelsea Marquinhos – PSG Felipe – Atlético Madrid Rodrigo Caio – Flamengo

Meias Casemiro – Real Madrid Fabinho – Liverpool Bruno Guimarães – Lyon Douglas Luiz – Aston Villa Philippe Coutinho – Barcelona Éverton Ribeiro – Flamengo Atacantes Gabriel Jesus – Manchester City Rodrygo – Real Madrid Neymar – PSG Everton – Benfica Roberto Firmino – Liverpool Richarlison – Everton

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A HORA | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo por mês, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

CAROLINE LIMA SILVA Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

Regeneração: a cura necessária

S

empre me interessei pelo aspecto reflexivo da vida, simplesmente, por ser algo natural em mim. A observação, o questionamento e a percepção das questões existenciais sempre me guiaram, até que a vida de relação me fez reconhecer a transitoriedade, a materialidade e a cotidianidade do viver todo dia. Escrevo isso, porque há seis meses estamos vivendo uma realidade completamente inesperada, bastante reclusa, reflexiva, enfim. Estamos ainda em fase de elaboração de tudo o que se apresentou até o momento, diante de tantas visões sobre o mesmo assunto da pandemia. Dentre elas, gosto muito do prisma de que estamos num processo de regeneração, não apenas do ponto de vista macro, em relação ao planeta Terra e à necessidade da natureza no seu processo de equalização de suas fontes de recursos, energia e equilíbrio dos seus ciclos, mas também de forma micro, pontual e subjetiva.

Nesse sentido, refiro-me à regeneração do ser humano como ser pensante e atuante em seus mais diversos contextos. Não é nenhuma novidade que estávamos nos perdendo

como humanidade, em decorrência de darmos valor à superficialidade em todos os seus sentidos. Esticamos demais o limite do bom senso e recebemos agora as consequências de nossas ações.

Ao mesmo tempo, a regeneração presume restaurar. Restabilizar. Recuperar. Curar um mal, uma ferida, uma doença, só que, neste caso, restaurar o aspecto valorativo de cada um de nós: através da volta ao senso de pertencimento familiar, à privação, evidenciando o valor das coisas realmente importantes, aos cuidados de saúde, ao despertamento da consciência coletiva e, principalmente, ao resgate do que é humano. Todos nós já caímos e machucamos um joelho, e levou tempo para que a ferida cicatrizasse. Dessa mesma forma, podemos ampliar o olhar e perceber a nossa cura como humanidade como um processo e, portanto, passível de tempo. Tal vivência está nos transformando em seres melhores, porque é na experiência que sentimos de fato o que precisamos evoluir, internalizando o sofrimento como uma possibilidade de mudança e aprendizado interno.

Cada qual tem um propósito neste mundo através das mais diversas funções, e cada uma tem a sua importância. Nessa grande oportunidade de olharmos para dentro, estamos sendo convidados a nos curarmos de tudo o que trazemos mal resolvido. Tudo o que entrava o nosso desenvolvimento evolutivo.

Que essa cura nos aproxime de nossa essência como coletividade, a fim de que sejamos o sal da Terra a reparar a nós mesmos.

Caroline escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ela: carolswasthya@yahoo.com.br

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor técnico do Centro Regional de Oncologia (CRON)

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Medicina de precisão

conhecimento dá saltos de tempos em tempos. Em meados de 1700, surgiu a vacina, em seguida no ano de 1920 descobriu-se a penicilina.

Após a Primeira Guerra Mundial, desenvolveu-se a quimioterapia. Do Raio X evoluímos para a tomografia, depois para a ressonância e em seguida para o PET SCAN. Melhores formas de prevenir, de tratar e melhores formas de diagnosticar.

Existem, no mundo, milhares de cientistas, pesquisadores, alunos, pós-graduados, buscando formas mais rápidas de diagnosticar e curar doenças.

A quimioterapia, para tratamento de câncer, desenvolveu-se a partir de armas químicas usadas na Primeira Guerra Mundial. Este evento abriu uma porta que nos lançou em uma nova busca por meios para conter a doença que desafia a humanidade desde antes de Cristo.

Novas drogas foram sendo desenvolvidas, e a cada novo passo, nova compressão da doença e seus mecanismos surgiam. E este conhecimento por sua vez, permite novas abordagens terapêuticas. O arsenal de tratamentos ficou gigante e o resultado começou a aparecer.

Mais recentemente surgiu o conceito da medicina de precisão, isto é, duas pessoas com o mesmo diagnostico, apresen-

taram doenças com características diferentes. Se isso por um lado pode ser uma desvantagem, por outro, pode ser útil na construção de tratamentos. É uma desvantagem na medida em que não conseguimos definir um tratamento genérico para os dois casos. Por outro lado, se identificarmos características individuais, de cada tumor, podemos desenvolver estratégias individuais para seu combate, e evitar que um paciente receba um tratamento sem eficácia.

Assim, cada vez mais, vamos descobrindo características e informações sobre cada caso, e desenvolvemos tratamentos específicos para cada um.

Assim como a vacina e o antibiótico do passado, este é um novo passo para o futuro.

Hugo escreve sempre no primeiro fim de semana do mês. Fale com ele: hugo.schunemann@gmail.com

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A HORA | Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo mensal, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

MARCO D. ROCKEMBACH

Presidente do Sindicomerciários

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ara muitos gaúchos o 20 de Setembro é o feriado mais importante do calendário.

Comemora-se a Revolução Farroupilha, uma guerra civil que perdurou por 10 anos (1835-1845) entre farroupilhas e republicanos, em que os farrapos defendiam a separação do estado sulino dos demais estados brasileiros.

No processo de construção da memória da Revolução Farroupilha, é possível observar diferentes versões e análises do mesmo acontecimento do passado em distintos autores. Para João da Cunha Lobo Barreto e Rodrigo Pontes, por exemplo, a revolução no sul foi “mais desastrosa” que nas demais províncias “rebeldes”, motivado pelo “exagero” de propagação de ideias democráticas à população e pela falta de experiência do Império no modo de lidar com rebeliões.

Para Joaquim Francisco de Assis Brasil, não houve exagero. A Revolução Farroupilha se desencadeou diante da opressão econômica e política do Império, restando à

20 de Setembro maior parte dos farroupilhas a ampla defesa e desejo de autonomia e independência do Rio Grande do Sul. Há, evidentemente, uma vasta bibliografia acerca desse fato histórico, contudo, destaca-se o estopim da revolução: a tributação do charque.

Os estancieiros do sul iniciaram um movimento contra a corte imperial do Rio de Janeiro, por entenderem que os impostos cobrados pela venda do char-

que eram salgados demais. O charque gaúcho, quando entrava no Rio de Janeiro, tinha 25% de impostos, enquanto o charque que entrava no Rio Grande do Sul, vindo do Uruguai, pagava apenas 4%.

Correlacionando nos dias atuais, as práticas de impostos do passado parecem se repetir. O projeto de reforma tributária encaminhado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa taxa tributação de insumos agrícola que prejudicam a competitividade do produtor rural, especialmente da agricultura familiar. Sobre isso, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG/ RS) destaca que o aumento do imposto sobre a uva, que é produzida predominantemente em pequenas propriedades, assim como os sucos em agroindústrias, fatalmente perderão mercado, pois não serão competitivas

frente aos produtos importados.

Entendo que é contraditório dizer que a reforma tributária beneficiará os mais pobres, afinal a proposta altera exatamente a base de cálculo da cesta básica de alimentos e de remédios. Além disso, produtos como hortifrutigranjeiros perderão a isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a tributação do gás de cozinha aumentará.

Diante dessa realidade, que este 20 de Setembro de 2020 seja um dia para reflexão, pois “não basta pra ser livre ser forte, aguerrido e bravo, povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. É necessário que cada gaúcho/a se aproprie da discussão sobre a reforma tributária, porque depois de aprovada não adiantará a lamentação. A omissão é o maior erro que podemos cometer.

Marco escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ele: sec.lajeado@seclajeado.com.br

Fim de semana, 19 e 20 de setembro de 2020

MÍN: 10º MÁX: 21º

O tempo segue firme em um dia de sol e nebulosidade variada. Da tarde para a noite a nebulosidade aumenta e pode ter chuva fraca e irregular. No amanhecer pode ter nevoeiro. As temperaturas ficam amenas e apresentam redução em direção à noite.

Tradicionalismo no look urbano Na Semana Farroupilha, bombachas, saias longas, alpargatas, cintos e lenços saem do guarda-roupa para incrementar o estilo do dia a dia. Além de charmosa, a combinação do tradicionalismo com o visual urbano é atemporal e uma aposta para o ano todo. Descubra como utilizar os elementos da vestimenta tradicional gaúcha em looks casuais.