A Hora - 21/11/2020

A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020 | Ano 18 - Nº 2723 | Fechamento da edição: 19h Avulso: R$ 6,00

QUASE 14% DE ALTA

OPERÁRIO FUTEBOL CLUBE

Onze atletas contra o preconceito Conheça o time formado por negros que marcou época em Cruzeiro do Sul na década de 70.

Além de enfrentar os adversários, equipe encarou o racismo e virou até caso de polícia. Páginas 12 e 13

Alimentos puxam inflação e reduzem poder de compra Demanda elevada diminui oferta e traz instabilidade nos preços A cada ida ao supermercado, um susto. Assim consumidores resumem o sentimento frente à inflação dos alimentos. De janeiro até outubro deste ano, o IBGE contabiliza um avanço perto dos 14%

nos preços dos alimentos e bebidas. É quase quatro vezes mais do que o IPCA. Caso uma nova estiagem se confirme, tendência é de mais elevação nos preços ao consumidor.

Páginas 6 e 7 FÁBIO KUHN

CANTO DA LAGOA

Conectados pela música Iniciou nessa sexta-feira mais uma edição do tradicional festival de música de Encantado. Com mais de 150 artistas, a programação não poderia deixar de ser realizada devido à pandemia.

Enquanto artistas e jurados atuam no Parque de Eventos, os espectadores acompanham as apresentações pela internet.

Página 10

O ambiente virtual foi a saída encontrada para manter um dos maiores festivais de música do país

OPINIÃO FERNANDO WEISS

Responsabilidade Confiança na vacina não pode ser desculpa para relaxar cuidados.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Parque linear em Lajeado?

Arquiteto elabora projeto e lança provocação a gestores públicos.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

ABRE ASPAS

“O interessante do nosso trabalho é que o livro vai até as pessoas” MATHEUS CHAPARINI

José Isaías Ferreira, 31 anos, é missionário.

Morador de Lajeado, em março, ele e a esposa deixaram os empregos públicos na área da saúde para vender livros na rua. Eles integram o Instituto Vida para Todos e rodam o estado oferecendo bênçãos e comercializando obras cristãs de mão em mão.

MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

• Como começou a venda dos livros?

Eu e minha esposa tínhamos empregos bons, éramos funcionários públicos, da área da saúde. Resolvemos abrir mão, porque entendemos que os livros poderiam contribuir muito mais que o serviço que a gente fazia. Isso foi agora em março. A gente já fazia parte do projeto do Instituto Vida para Todos, sempre gostamos de ler. O instituto é um canal cristão que quer divulgar livros, trazer uma palavra de fé, amor e esperança para as pessoas. A sede fica em São Paulo e no estado tem mais uma equipe em Caxias do Sul, uma em Novo Hamburgo e outra em Santana do Livramento.

• Como é a rotina do trabalho de vocês?

Nosso projeto é algo muito simples. A gente procura não invadir a vida das pessoas. Fizemos um curso de capelania, onde a gente aprende como falar com as pessoas de maneira simples. A gente pede um minuto para a pessoa, ora por ela e se ela tiver interesse, a gente apresenta o alimento espiritual.

• O que é a função do capelão?

O capelão nada mais é que uma pessoa que tem que exercer as ternas misericórdias pelas outras pessoas. Nós podemos ajudar as pes-

soas a buscarem a Deus. O capelão é isso, levar a pessoa a buscar Deus.

• O que o livro representa na sua vida?

Eu acredito que o livro fala com as pessoas.

E é interessante que você pode brigar com o livro e ele vai ser sempre o que é, ele é imutável.

O que mais me interessa nos livros é que se as pessoas lessem mais, elas poderiam descobrir algo maravilhoso que elas têm na mão delas, um poder muito bom. A leitura ativa nossas faculdades da mente. As pessoas que não leem perdem poder de discernimento. A gente quer ajudar o Brasil a ler, fazer as pessoas lerem.

Nosso objetivo não é discutir, forçar ninguém, e sim abençoar as pessoas e fazer elas terem uma experiência.

• Como é a recepção das pessoas nas ruas?

O interessante do nosso trabalho é que o livro vai até a pessoa, os livros perseguem as

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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pessoas. Ele tem que se tornar cada vez mais acessível. O livro, para nós, é um legado, algo que precisa continuar. O senhor leva dois livros por apenas R$ 20. Nosso objetivo não é o dinheiro, é que as pessoas possam ler.

• Vocês rodam por várias cidades.

Onde vocês estiveram essa semana?

Quinta-feira, a gente estava em Santa Cruz do Sul. Quarta, em Venâncio. Segunda e terça, aqui em Lajeado. Na semana passada, em Passo Fundo, na outra, Erechim e Santa Maria. A gente vai girando. Por mais que a gente tenha um carinho especial pela cidade, a gente tem contato com pessoas muito diferentes.

Isso é muito bom. Nosso objetivo é alcançar todas as pessoas. Nós sabemos falar em inglês e francês, um pouquinho de libras, para conseguir chegar nas pessoas. Não vou dizer que é fácil, mas a gente quer sempre aprender a amar as pessoas. Quem quiser nos encontrar, tem aplicativo de celular do instituto.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Conta que não fecha

A

inflação oficial e o custo da alimentação às famílias sempre se torna motivo de dúvidas. Há muitos que não acreditam no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), feito pelo IBGE. Ainda que a tabulação tenha peculiaridades, que invoque mais produtos e serviços integrantes das despesas familiares, a associação entre salário e custo de vida recaí com mais ênfase sobre o básico. Neste caso, a alimentação em casa.

Pelos dados concretos, o acumulado da inflação no país é de 3,9%. Se pegar aqueles itens que mais fazem parte das compras mensais das famílias, o arroz, o feijão, carne, legumes, frutas, bebidas, todo o conjunto que compõe esse segmento, a elevação do preço de janeiro até outubro é quase quatro vezes mais, algo próximo dos 14%.

Essa conta não fecha para o trabalhador, que vê seu salário valer menos cada vez que vai ao supermercado. Economistas apontam que o custo nestes itens representa em média 20% do orçamento das famílias. É a maior despesa nos lares.

“É hora de se avançar no debate da desoneração da folha de pagamento para que haja mais dinheiro na mão do trabalhador.”

Importante ressaltar, quanto menor a renda, maior interferência das compras nos supermercados sobre o orçamento.

Então entre a inflação oficial e o custo dos alimentos, se sustenta a grande dúvida: a inflação está mesmo controlada no país?

A década de 90, dos anos de hiperinflação, ainda está muito viva na memória, principalmente daqueles com mais de 40 anos. A variação nos preços era diária.

Para muitos, itens como carnes, queijo, presunto, dificilmente entravam nos lares.

Especialistas em finanças repetem como mantra: brasileiros não têm educação financeira. Uma meia verdade. Afirmar que é preciso gastar menos do que ganha é uma matemática fácil para quem está na classe média alta.

Para a maioria do assalariado, aqueles que recebem um salário mínimo ou um pouco mais, conseguir fazer uma poupança é inviável. Como guardar dinheiro se tem o aluguel, vestuário, alimentação, água, luz, gás e transporte? Mesmo levando na ponta da caneta, o mês vai começar e essa é outra conta que não fecha.

Para além das análises econômicas, do mercado internacional, a renda se faz pelo trabalho. Difícil para o trabalhador e para a empresa contratante, pois além das variações de humor da cotação do dólar, do aumento nos custos de operação e da própria sobrevivência, há uma carga tributária que sufoca quem produz.

Na carteira de trabalho está um salário, mas para o empregador custa dois. É hora de se avançar no debate da desoneração da folha de pagamento para que haja mais dinheiro na mão do trabalhador.

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FERNANDO WEISS Sugestões, críticas, contrapontos: adairweiss@jornalahora.inf.br

A bandeira, a vacina e a nossa

RESPONSABILIDADE

O

s casos de covid voltaram a subir. E é bem provável que continuarão. Sempre depois de grandes eventos que promovem aglomerações – leiam-se feriadões –, os números disparam uma ou duas semanas depois. De fato, estamos negligentes. É só olhar às ruas, conversar com as pessoas e perceber o comportamento.

As festas das vitórias nas eleições terão consequências, podem anotar. Mas seguimos.

Vivemos em meio à pandemia faz 8 meses. Já estamos bem mais informados e cientes do comportamento do vírus do que em março, quando, vamos combinar, parecia que o mundo acabaria. Isso não significa desmerecer ou ignorar as milhares de pessoas planeta afora que ficaram no meio do caminho em função do coronavírus.

Ainda que tenhamos uma forte onda nesta reta final do ano, precisamos ser assertivos nas medidas. Fechar comércio, indústria, escolas já não pode ser o remédio. Aliás, lamentavelmente muitas escolas sequer voltaram às aulas presenciais e as consequências dessa decisão equivocada amargaremos nos próximos anos. Mas o

A confiança de que, nos próximos meses, será possível começar a imunização, no entanto, não deve servir de desculpa para negligenciar cuidados”

assunto não é esse.

Usar máscara, atentar aos protocolos sanitários, sem aglomerações, sem compartilhar chimarrão, sem festas.

Isso sim. De resto, vida que segue, sem nos iludirmos que o vírus sumiu ou que ele perdeu a letalidade. Vamos aumentar a vigilância, voltar aos cuidados do início, respeitando o vírus, tendo comportamento responsável para proteger, sobremaneira, o grupo de risco. É pelo grupo de risco que todos precisamos nos cuidar.

Vem logo Russa. Chinesa. Americana.

Brasileira. Ou até paraguaia. Se a vacina para a covid-19 tiver

a chancela dos órgãos de saúde – os mesmos que validaram as dezenas de vacinas que todos nós tomamos – tomara que ela venha logo. É promissor assistir pela televisão 120 mil doses da vacina CoronaVac, da chinesa Sinovac, desembarcando em São Paulo, cuja vacina demonstrou capacidade de, em 97% dos casos, produzir resposta imune no organismo. Além disso, outros laboratórios anunciando imunizantes em avançado grau de testagem e eficiência.

A confiança de que, nos próximos meses, será possível começar a imunização, no entanto, não deve servir de desculpa para negligenciar cuidados como distanciamento social, hábitos de higiene e uso de máscara.

O vírus circula com força renovada nas últimas semanas. A quantidade de casos, internações e mortes voltou a subir no país. Sem responsabilidade coletiva e individual, o preço pode ser um sofrimento ainda maior até o dia em que todos poderão receber a sua dose. E não importa a cor da bandeira.

A maior bandeira deve ser a saúde de todos nós.

“Eu tenho um sonho” Somos uma sociedade racista. Sustentar o contrário é alimentar um discurso negacionista de que somos racistas. A primeira tarefa para mudarmos – e isso vale para tudo na nossa vida – é aceitar e admitir que somos sim, racistas.

A barbárie que levou Porto Alegre para as manchetes policiais do mundo inteiro é o retrato de uma sociedade racista. João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, poderia ser branco e ter sido vítima das mesmas agressões fatais.

Mas não foi. Era negro. E não se trata de um fato isolado. Casos como de George Floyd, 46 anos, asfixiado por policiais brancos em Mineápolis, Estados Unidos, ou de João Pedro, 14 anos, baleado dentro de casa, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, comprovam que a barbárie registrada no Carrefour não é mera fatalidade. É preciso reagir. A sociedade toda precisa reagir.

Primeiro admitir que é racista e, a partir disso, mudar

postura e comportamento.

Depois, reavivar o discurso de Martin Luther King Jr., em 1963, nesta que foi até hoje a maior convocação por igualdade racial no mundo.

Entre as frases mais marcantes proferidas diante de 250 mil pessoas em Washington, o maior líder dos direitos civis da história dos Estados Unidos, declarou: “eu tenho um sonho”, referindo-se à igualdade de raças, cores, gêneros. Passados 57 anos, seu sonho continua retratado em pesadelos como o de Porto Alegre, registrado em 20 de novembro de 2020.

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Com vocês, o Parque Linear!

O amigo e arquiteto Rodrigo Guimarães Madeira lança uma nova provocação aos gestores públicos. Nesta semana, ele divulgou em suas redes sociais uma sugestão para a área central de Lajeado: um Parque Linear, que busca interligar a orla do Rio Taquari, o Parque Ney Arruda e o Parque do Engenho. A proposta também prevê a modernização do Porto dos Bruder, ciclovias, quiosques, quadras esportivas, uma passarela sobre o Lago do Engenho e muita, muita arborização.

Não custa sonhar. A atual gestão já deu o pontapé inicial e aposta na concretização do Parque Ney Arruda, localizado em uma belíssima área às margens do Rio Taquari, na esquina entre as Ruas Bento Gonçalves e Osvaldo Aranha.

A proposta de revigorar e embelezar toda a Av. Décio Martins Costa e o Arroio do Engenho já está no horizonte da atual administração municipal, e a provocação do arquiteto certamente fará brilhar os olhos de quem, assim como eu, aposta nesta ideia.

A Câmara de Vereadores volta a debater sobre a abertura do comércio aos domingos em Lajeado. Mas a intenção é repassar a decisão para a sociedade. Nesta sexta-feira, o presidente do Legislativo Lorival Silveira (PP) encaminhou ofício ao presidente do Sindilojas, Francisco Weimer, solicitando um plebiscito para deliberar sobre a questão. Há diversas propostas nos bastidores. A base tucana incitou a abertura irrestrita.

Há quem defenda apenas um domingo por mês. E há quem defenda a manutenção da lei atual, que permite apenas seis domingos por ano. É um assunto espinhoso!

Voto e compromisso!

Já estamos acostumados com o fato de que muitos vereadores eleitos deixam seus postos eletivos para assumirem secretarias municipais. E não há nada de ilegal nesta manobra. Mas há uma inegável problemática no fato de pedir votos

Comércio aos domingos e plebiscito

ao eleitor e depois deixar de lado o cargo para o qual foi efetivamente escolhido. Não por menos, diversas câmaras legislativas sugerem que o parlamentar renuncie o mandato para só então assumir outra função.

No âmbito estadual e federal,

também é comum a presença de deputados no quadro de secretários ou ministros. Em âmbito municipal, temos como exemplo a cidade de Lajeado. A gestão atual contou com a presença de dois vereadores, Lorival Silveira (PP) e Fabiano

Bergmann (PP). Juntos eles conquistaram 1,9 mil votos em 2016.

Em Estrela, o mesmo ocorreu com Cristiano Nogueira da Rosa (MDB) e José Alves (PTB) e Marcelo Braun (PSDB). Há outros casos no Vale. E como será em 2021?

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VILÕES DA INFLAÇÃO

Alimentos acumulam alta de quase 14% no ano Crescimento na demanda externa e interna, redução na oferta de produtos, aumento dos custos de produção e desvalorização do real fazem com que a alimentação em casa fique cada vez mais cara. Caso uma nova estiagem se confirme, tendência é de mais elevação nos preços ao consumidor FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

“Q

ualquer ida no supermercado é mais de R$ 100.

Percebo que toda a semana tem aumento nos preços.” Essa impressão da doméstica Eloede Kuhn, 57, se confirma a partir da apuração dos preços pelo IBGE. Neste ano, o segmento alimentos e bebidas (principal fator de consumo das famílias) se aproxima dos 14% de alta. É quase quatro vezes mais do que a inflação oficial do país, tabulada em 3,92% em outubro.

Para compor o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), são analisados nove segmentos. Nos quatro itens que mais interferem nos gastos da casa (alimentação, habitação, artigos domésticos e despesas pessoais), essa elevação nos preços se aproxima dos 20%.

“Eu procuro sempre pesquisar e pegar os itens das promoções. Não faço mais rancho”, relata Eloede. Esse comportamento tem sido cada vez mais frequente entre os consumidores, como é o caso de Maira Sturmer.

Na casa, é só ela e o marido. “Não faço mais rancho. Minhas idas ao mercado se tornaram semanais.” De acordo com ela, o gasto mensal com produtos alimentícios básicos, como arroz, massas, azeite, carnes, legumes, frutas e verduras, superam os R$ 1 mil. “Isso sem contar as idas na padaria, com alguns produtos específicos. É a principal despesa da casa”, conta.

A economista da Fecomércio, Giovana Menegotto, estima que as despesas com alimentos representem 20% do orçamento das famílias. “Quanto menor é a renda, mais interferência da alimentação nesse custo.”

Os motivos para a elevação dos preços nos alimentos passam por diversos fatores, diz. A pandemia fez com que as pessoas ficassem mais em casa, com isso, gastam mais no mercado. Esse aumento da demanda no mercado interno ocorreu também no exterior.

Como consequência, mais vendas para os dois públicos e redução na oferta. “Como o real está desvalorizado, a exportação se tornou mais rentável. Então aqueles que vendem para o exterior, estão destinando mais produtos para fora do que para atender os clientes do país”, avalia a economista.

Neste ano, os vilões da inflação têm como líder o arroz. No acumulado de 12 meses, está 50,81% mais caro. Depois vem itens como feijão (44,72%), leite (34,9%) e maçã (34,16%), além de carnes bovinas como músculo (36,33%), contrafilé (33,13%).

Outro produto que tem pressionado muito a inflação são os derivados de soja, com elevações próximas dos 45%.

Estiagem atinge a cidade A dona de casa Eloede Kuhn procura comprar os alimentos quando estão na promoção.

Com isso, durante a semana frequenta mais de um estabelecimento

Além da instabilidade da moeda nacional, a interferência do mercado internacional nas compras de alimentos que tor-

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020 FOTOS FILIPE FALEIRO

ENTREVISTA FERNANDA SINDELAR, economista e professora

“Alimentos são o principal custo para as famílias” A cotação do dólar, a menor oferta de produtos no mercado interno e o aumento no custo de produção são os motivos centrais para aumento de preço para as famílias, avalia a economista Fernanda Sindelar.

na o câmbio favorável para negociar em dólar, também há um fator sazonal, alerta o economista e professor da Univates, Eloni José Salvi.

Segundo ele, o caso do arroz é emblemático. “Já havia um alerta de falta do produto no mercado desde o fim do ano passado. Pois foram cinco anos de alta nos custos de produção. Somou-se a isso a seca”, lembra.

A frustração na safra e o desestímulo para orizicultores permanecerem na atividade trouxeram uma drástica queda nos estoques. “Essa realidade do campo demora um pouco a chegar, mas sempre atinge o consumidor da cidade.”

“Se não cabe no bolso, mude a dieta”

Na avaliação do economista, o mesmo ocorre na indústria, pressionada pelo aumento no preço dos insumos. “Os alimen-

Arroz é o item com maior elevação nos últimos 12 meses. Redução na área de plantio, impacto da estiagem na lavoura e alta demanda fazem com que oferta do produto seja menor

tos estão mais caros. Mas não só isso, também está mais custoso para as indústrias e para os produtores rurais.”

Neste momento, aconselha Salvi, as famílias devem ter algumas prioridades. Economizar em itens alimentícios por meio da pesquisa de preços e procurar por alimentos da estação. “O que é fora de época sempre fica mais caro.”

Outra medida importante é substituir alguns produtos. “Sempre que puder, pegar algum produto que esteja com preços menores.” A carne, item quase obrigatório no cardápio do gaúcho também tem de ser revisto. “Não há mágica. Se o produto não cabe no bolso, mude a dieta.”

A Hora – O consumidor comum vai ao mercado e vê que os alimentos estão mais caros. Por outro lado, a inflação oficial aparece em 3,9%. Quando essa pessoa compara, acaba ficando com dúvidas se o índice condiz com a realidade.

Como explicar isso ao consumidor?

Fernanda Sindelar – O IPCA é nossa referência do custo de vida.

Considera uma cesta de bens, que vão de pessoas que ganham um salário até 40 salários mínimos.

Se olharmos o cálculo da inflação, veremos que há outros componentes além dos alimentos. Tem vestuário, os transportes e outros itens que tiveram uma baixa muito grande durante os meses de mais restrições.

Ajuste fiscal As incertezas com relação aos rumos da economia mundial e a tendência de que o governo brasileiro fure o teto de gastos, faz com que o Brasil afaste o interesse de investidores internacionais, avalia a economista da Fecomércio, Giovana Menegotto.

Esses aspectos fazem com que a expectativa de aumento no custo dos alimentos siga pelos próximos meses. “Nos meses de pandemia, em especial abril e maio, o auxílio emergencial foi importante para manter o consumo. Em especial no segmento de alimentos. A partir de 2021, não sabemos como será isso. As decisões

Se olharmos nos últimos 12 meses, podemos ver que a Educação também está pressionando menos a inflação.

Alimentos são o principal custo para as famílias. Por isso dá a impressão que a inflação está maior do que os dados oficiais do IPCA. A Hora – Qual a perspectiva dos preços para os próximos meses?

Fernanda Sindelar – Há maior demanda de alimentos não só no nosso país, no estado ou na região. Todo o mundo foi atingido pela pandemia e as pessoas estão mais em casa. Assim, compram mais alimentos.

Para nós, há uma oscilação maior nos preços, pois quem está pagando mais pelas mercadorias é o mercado internacional. Então temos menor oferta. Essa condição pode ficar mais preocupante caso tenhamos mais uma estiagem. Se não tiver chuva, a safra gaúcha será menor e isso pode afetar também a produção nas indústrias.

governamentais de ajuste fiscal e de suporte serão importantes para definir o rumo da economia”, frisa Giovana.

O professor e economista Eloni Salvi vai além. “Há outras duas medidas possíveis. O governo pode estabelecer cotas de importação e exportação para regular o mercado interno, desonerando tributos ou mesmo ampliando algum imposto.”

A segunda opção seria um caminho abandonado pelo governo brasileiro faz alguns anos. “Voltar com estoques reguladores. Para o setor alimentício isso é estratégico. Não acredito que isso seja implementado.”

O conceito é simples, explica. “Quando há sobra de algum produto se estoca e quando falta, se coloca mais no mercado.”

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Após mais de dois meses, Vale retorna à bandeira vermelha Desde 1º de setembro em bandeira laranja, região de Lajeado piora índices de enfrentamento à covid-19 e retrocede para a vermelha. O 29º mapa preliminar do Distanciamento Controlado indica alto risco epidemiológico RAMIRO BRITES ramiro@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

G

overno do estado revisou nessa sexta as bandeiras e o Vale do Taquari retornou à vermelha (risco epidemiológico alto).

A última vez que a região havia recebido essa classificação foi na 16ª rodada, válida entre 25 e 31 de agosto. Municípios podem recorrer até as 6h de domingo, 29 de novembro. O mapa definitivo passa a valer na próxima terça-feira.

Caso o recurso não for aceito, o Vale do Taquari pode contar ainda com as regras da gestão compartilhada, entre municípios e Estado, para o enfrentamento a covid-19.

Portanto, maiores restrições só es-

tariam à vista caso a classificação em vermelho se repita por duas semanas consecutivas. Das 21 regiões do mapa de risco, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não aderiram ao sistema de cogestão do Distanciamento Controlado.

Além da região Lajeado, Caxias do Sul, Uruguaiana, Erechim, Palmeira das Missões, Porto Alegre, Passo Fundo, Guaíba e Santa Maria pioraram os indicadores de combate a pandemia e entram em bandeira vermelha. Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Canoas e Ijuí já estavam em risco epidemiológico alto e permaneceram com a mesma classificação.

Com isso, 12 regiões estão em bandeira vermelha. As demais oito regiões Covid estão na bandeira laranja (risco epidemiológico médio). Entre elas, Santo Ânge-

lo, Santa Rosa e Cruz Alta, que já haviam sido consideradas de risco alto na 28ª semana.

RS piora todos os indicadores Todo o território gaúcho observou piora em relação a disseminação do vírus na última semana. Houve elevação de 65% no número de óbitos, de 171 para 282 vítimas.

As hospitalizações aumentaram em 27%, saindo de 923 para 1.171 casos. Já as internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) subiram em 21%, de 681 para 827.

Conforme o Piratini o momento

é de alerta já que o Rio Grande do Sul apresentou piora em todos os

indicadores avaliados no modelo de Distanciamento Controlado.

Lojas da Bento também querem entrar no clima de Natal Iniciativa do Sindilojas visa estabelecer o espírito natalino para além da rua Júlio de Castilhos, valorizando vias esquecidas como a Bento Gonçalves MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

Já é tradição em Lajeado. Quando o Natal se aproxima, o poder público inicia a decoração de seu principal polo comercial, a rua Júlio de Castilhos. Em 2020, não foi diferente. Contudo, outras vias também querem mostrar o seu potencial natalino, visando tornar a cidade mais atraente no fim de ano.

A iniciativa “Natal Iluminado”, do Sindicato do Comér-

cio Varejista (Sindilojas), visa estabelecer o espírito natalino em toda a cidade, estendendo a decoração da fachada e vitrines para outras partes de Lajeado. Em especial, de ruas como a Bento Gonçalves, também localizada na área central da cidade.

“Sabemos que se a decoração for feita em toda a cidade, se torna inviável financeiramente para o município. Por isso, nós estamos fazendo a nossa parte, visando deixar a cidade mais bonita e fazer as pessoas caminhar por outras ruas, não apenas a Júlio de Castilhos”, co-

menta o presidente do Sindilojas, Francisco Weimer.

Ele lembra que muitos lajeadenses acabam indo a municípios vizinhos, como Estrela, para apreciar as decorações natalinas das principais ruas.

“Por isso abrimos para não apenas lojas e que estejam no Centro, mas também outras ruas, outras empresas que querem participar. Temos até uma escola que vai aderir”, salienta.

As inscrições, que encerrariam na segunda-feira, foram prorrogadas até o próximo dia 26.

colocando amor nas decorações e transmitindo isso para os clientes.

Não queremos apenas uma vitrine iluminada, mas que ela transmita também paz, luz e amor para os clientes”, salienta.

Vera defende defende uma união maior entre os lojistas da rua. “Se todos aderissem para criarmos nossa própria luz, estaríamos ainda mais fortes. E a Bento está bem valorizada hoje”, comenta.

MATEUS SOUZA

Mobilização Proprietária de uma loja de roupas na rua Bento Gonçalves, Vera Lúcia Scheibel elogiou a iniciativa do Sindilojas e justificou a adesão para como forma de resgatar e destacar o espírito natalino um período de pandemia, onde é grande a preocupação da população e dos empresários. “É importante esta competição,

Vera prepara vitrines de sua loja de roupas, na Bento Gonçalves

NATAL ILUMINADO 2020 • O concurso Natal Iluminado 2020 tem o apoio de Sesc, Senac, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lajeado, Grupo A Hora, Grupo Independente, Jornal O Informativo do Vale e Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer; • Serão premiados os três primeiros colocados, conforme pontuação atribuída pela comissão julgadora composta por representantes do Sindilojas e parceiros do concurso; • Os ganhadores receberão troféu, certificado e inserções de mídia nos veículos parceiros correspondentes a R$ 4 mil para o primeiro colocado, R$ 2,4 mil para e o segundo e R$ 1,6 mil para o terceiro, com valores já pré-determinados em cada um deles. O grande campeão também ganhará uma palestra sobre trabalho em equipe, no ano de 2021, no Senac Lajeado.

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Em seis anos, consumo de álcool cresce no Brasil DIVULGAÇÃO

Pesquisa do IBGE aponta que, entre as mulheres, houve um salto proporcionalmente maior do que entre os homens. Diagnósticos de depressão também aumentaram no período MATEUS SOUZA

PAÍS

E

carga mais pesada, e isso causa muito estresse. O aumento no consumo de álcool pode ter a ver com isso”, salienta.

Mais dados

mateus@jornalahora.inf.br

m seis anos, a população brasileira passou a consumir mais bebidas alcoólicas. Esta constatação aparece por meio de números apresentados nesta semana, pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela apresenta dados também sobre estilo de vida, doenças crônicas e saúde bucal.

De acordo com a pesquisa, o aumento no consumo semanal de álcool passou de 23,9% para 26,4% da população adulta. Esta elevação foi puxada pelas mulheres. O percentual, que em 2013 era de 12,9%, pulou para 17% em seis anos.

Já entre os homens, o percentual é bem maior, mas o aumento não foi tão significativo. Passou de 36,3% em 2013 para 37,1% em 2019. Ainda não constam dados de 2020, mas, entre especialistas, há a certeza de que houve um aumento significativo neste ano,

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Consumo semanal passou de 23,9% em 2013 para 26,4% em 2019

acentuado pela pandemia.

Para o médico psiquiatra Bruno Borba, este aumento se percebe nos últimos anos, seja com pessoas que já eram pacientes e tiveram recaídas, bem como no chamado uso recreativo. “É perceptível. Com a pandemia, o isolamento, as preocupações, o medo e a ansiedade, elas acabam usando, mesmo quem

estava em tratamento e não tinha mais recaídas”, observa.

Quanto ao crescimento no consumo por parte das mulheres, Borba acredita que esteja relacionado às exaustivas jornadas de trabalho e também preocupações do cotidiano.

“Elas estão mais inseridas no mercado de trabalho, o que é bom. Porém, estão com uma

Outro dado relevante da pesquisa é de que um em cada cinco motoristas homens dirigiu após beber, independentemente da quantidade. Isso representa 17% da população masculina habilitada. Na região Norte (23,4%) e no meio rural (22,5%), os índices estão acima da média nacional.

Quando se fala em faixa etária, a maior proporção de pessoas que beberam pelo menos uma vez por semana são adultos na faixa dos 25 aos 39 anos (31,5%). Após, vem os jovens de 18 a 24 anos, com um percentual de 30%. Por outro lado, o menor resultado aparece entre os idosos. Apenas 17% consomem bebida alcoólica no país semanalmente.

Já no comparativo por faixas de rendimento per capita, notase um padrão: quanto maior o rendimento, maior a proporção de pessoas que consomem bebida alcoólica. O índice começa com 18,6% entre os sem rendimento, chega a 27,8% entre os que estão na faixa de mais de 1 a 2 salários e dispara entre os que ganham mais de 5 salários: 49%.

Aumento na depressão

Outro número que preocupa apresentado na pesquisa é o au-

mento nos diagnósticos de depressão. Pouco mais de 10% das pessoas com 18 anos ou mais de idade foram diagnosticados com a doença por algum profissional de saúde mental em 2019, contra 7,6% em 2013.

Ao todo, o país tem 16,3 milhões de pessoas diagnosticadas com depressão, que tem maior prevalência em mulheres: 14,7%, enquanto nos homens é de 5,1%. “A OMS já alertava que, em 2020, a depressão seria um dos principais índices de incapacidade. O índice aumentou muito”, comenta Borba.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

16° CANTO DA LAGOA

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

ENCANTADO

“O

artista quer estar no palco”, argumenta Leine Werner, presidente da Associação Cultural Encantado. Em conjunto com a administração municipal, a entidade inova ao organizar o Festival Canto da Lagoa de forma totalmente online e oportunizar aos talentos um espaço para mostrar o trabalho artístico em meio à pandemia.

O concurso iniciou sexta e segue até o domingo (veja no quadro fechado). Ao total, serão cerca de 150 músicos que irão subir ao palco do Parque João Batista Marchese para 21 apresentações.

Toda a programação será transmitida de forma online pelo Facebook e YouTube do Festival Canto da Lagoa. No parque, só será permitida a presença de músicos, equipes técnicas e organizadores.

Leine reforça o esforço dos artistas para preparar as composições e apresentarem ao público, destacando que este ano as fases Nacional e Mercosul tiveram recorde de músicas inscritas (457).

“Não poderíamos deixar todo esse trabalho em vão e também acreditamos que a música é uma ferramenta para passar alegria nesse momento”, conclui.

O Canto da Lagoa é considerado um dos principais festival

Encantado se conecta pela música Considerado um dos principais festivais de música do estado, o Canto da Lagoa será totalmente online em 2020 com 21 apresentações de novas bandas e show com o melhor gaiteiro do mundo FÁBIO KUHN

Para o domingo, um dos diferenciais será o show do gaiteiro Gustavo Almeida. O jovem acordeonista é conhecido por ser um dos melhores músicos do instrumento do mundo em sua faixa etária, tocando o estilo Jazz/Virtuoso. A Orquestra de Encantado finaliza a programação.

Atração inédita Pela primeira vez, o evento contará com a Feira da Agroindústria Familiar, que estará localizada junto a Praça de Alimentação, no Parque João Batista Marchese de Encantado, no sábado, 21, e domingo ,22, das 8h às 18h30min.

Serão 16 empreendimentos presentes, que vão atender os visitantes com produtos coloniais de diversas cidades do Vale do Taquari.

A feira vai funcionar no formato drive-thru, com os consumidores dentro do carro fazendo suas compras atendidos pelos agricultores familiares.

PROGRAMAÇÃO Sábado 20h - Apresentações do concurso Festival em formato inédito neste ano é organizado pelo governo municipal e Associação Cultural de Encantado

de música do estado. Melhores artistas receberão prêmios que variam de R$ 5 mil a R$ 1 mil, além de troféu.

Melhor gaiteiro do mundo

As apresentações de sexta-

feira e deste sábado são dos artistas participantes do concurso nas fases Regional Nacional e Mercosul.

Domingo 17h30min – Gaiteiro Gustavo Almeida 19h – Orquestra Municipal de Encantado e Transmissão: Facebook e You Tube do Canto da Lagoa

Projeto quer unir turismo, fé e belezas naturais Amturvales e peregrinos estudam criação de nova rota turística no Vale, inspirada no Caminho de Santiago de Compostela, na Galícia (Espanha)

RODRIGO MARTINI

ANA CAROLINA BECKER anacarolina@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

A Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) e peregrinos trabalham na elaboração de um projeto inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, localizado na Galícia, na Espanha.

A ideia é que o percurso tenha cerca de 150 quilômetros e passe por cidades do Vale do Taquari. O presidente da Amturvales, Leandro Arenhart, destaca que a iniciativa vai englobar cultura, fé, provação e peregrinação.

“Aqui seria uma preparação envolvendo cidades com cultura alemã, italiana, portuguesa, além da gastronomia e um povo acolhedor.”

Ainda não há data para o início do projeto, mas uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana para tratar mais detalhes. Devem participar os peregrinos do Vale que já percorreram caminhos autoguiados em outras regiões do Brasil e, inclusive, o mais famoso do mundo de Santiago de Compostela. “O trajeto ainda não está definido, mas estamos

Percurso é inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha

com algumas ideias esboçadas”, ressalta.

A ideia, de acordo com Arenhart, é que os caminhantes percorram os 150 quilômetros entre cinco e seis dias. “Vamos propor que façam caminhadas de 25 quilômetros, tendo pontos de parada em hotéis, pousadas ou casas de pessoas que queiram receber o peregrino”, explica. No caso do ciclista, que também poderá participar o percurso, a ideia é que o trajeto seja feito em dois dias. “Vai ser tudo muito bem sinalizado, com placas amarelas semelhantes às do trajeto da Galícia.”

Na medida em que o projeto for desenvolvido, a ideia é criar

uma plataforma com mapas do trajeto e aplicativos de caminhada. “A pessoa que participar do percurso, vai receber uma credencial e irá carimbando ela ao decorrer do trajeto. Ao final, ela poderá comprovar que passou todos os 150 quilômetros”, ressalta.

Caminho referência Segundo Arenhart, a ideia é tornar o caminho referência no Vale do Taquari e na região Sul. “É um projeto grandioso para nós e que vai somar muito para os caminhos de peregrinação”, comenta. O caminho poderá ser feito de forma individual, em dupla ou grupos.

A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

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12

Na década de 1970, o Operário Futebol Clube reuniu os moradores da Pedreira, em Cruzeiro do Sul. Além do esporte, os bailes e confraternizações eram o único lazer da comunidade negra do município, proibida de acessar alguns espaços.

O time mobilizava dezenas de famílias e os bailes misturavam pretos e brancos para dançar madrugada adentro MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

ntes, não tinha nada para os negros fazerem. Nenhuma opção de lazer. Só o trabalho na pedreira.

Naquele tempo, década de 1970, não era qualquer local que uma pessoa de pele preta podia entrar. Foi assim que nasceu Operário Futebol Clube, em Cruzeiro do Sul. Os integrantes eram todos de famílias residentes na área da pedreira, fosse na Caverna, entrada da Bica ou cantão da Vó Nóia. Todo mundo era meio parente. Vieira, dos Santos e da Rocha eram alguns dos sobrenomes mais comuns.

O município cedeu um terreno no Centro, onde hoje ocorre a Festa do

A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

Um time negro n Aipim. Era um potreiro. Aos fins de semana, os futuros atletas trabalhavam com as mãos e enxadas para arrancar guanxumas e ajeitar o gramado.

Estava formado o campo dos negros. No local, foi construída a sede do Operário, onde eram realizados também os bailes.

“A gente só tinha esse divertimento. Nunca tivemos cinema, nada. A diversão era o Operário. Sábado era bailinho e domingo tinha jogo. A gente ia olhar a partida, mas queria mesmo era o baile”, recorda Maria Teresa da Rocha, que jogou na defesa do time feminino.

De um lado, ficava o campo dos brancos. Do outro, o dos negros.

Separados apenas por uma rua. O jogo entre Operário e Cruzeiro era um clássico. E o Cruzeiro sempre era favorito.

Na véspera de uma dessas partidas, os atletas do Operário focavam em não perder por muitos gols. Chegou o domingo e o time dos negros venceu por um a zero.

Gol de falta de Zé Grilo.

“Foi a maior felicidade dos pretos que eu vi até hoje. A festa começou ali mesmo. Fizemos a volta no campo do Cruzeiro e entramos no do Operário comemorando. Foi parar segunda-feira de manhã”, recorda Adão Luis dos Santos, que foi meia direita e presidente do clube.

Com o tempo, os mais antigos envelheceram, muitos morreram e as novas gerações não deram continuidade ao clube. Na década de 1980, o Operário encerrou as atividades.

Estima-se que o clube tenha durado cerca de 10 anos. É difícil precisar as datas dos fatos, pois os registros oficiais da agremiação se perderam. Os integrantes vivos permanecem, em sua maioria, morando na mesma localidade.

Nas suas memórias, segue bem vivo o time que levou os negros da

Após décadas, as lembranças do Operário ainda mexem com as emoções dos seus ex-integrantes. Boa parte

região a espaços onde antes não podiam pisar.

Caso de polícia “Ainda existe um pouco de preconceito, mas naquele tempo era maior.

Tinha lugares aqui em Cruzeiro que preto não entrava, como o Grêmio Recreativo Esportivo União. Tanto foi que teve um senhor que construiu um salão só pra preto”, conta Santos.

O surgimento da equipe alertou as autoridades e o delegado mandou chamar os responsáveis. Queria saber que história era aquela de um time só de pretos, suspeitava de ra-

cismo. Adão foi à delegacia prestar os devidos esclarecimentos.

“Coloquei pra ele que nós nunca proibimos um branco de jogar. Nós abrimos o time e quem nos procurou foram só os pretinhos”, recorda.

Logo depois, o time passou a contar com maior presença de brancos, tendo o empresário Nico Sehn integrando a diretoria.

Adão voltou a procurar o delegado.

“Só para o senhor ver que estava enganado, que a história não era como lhe contaram”.

Um dos fatores apontados por ele para uma maior aceitação dos negros na cidade foi a chegada de dois briga-

dianos de pele escura. “Aí eles viram que o negro não servia só pra trabalhar quebrando pedra”.

De futebol e baile Aos sábados e depois dos jogos, tinha baile na sede. Tocava vanerão, bandinha, mas o principal era samba. Martinho da Vila era sucesso garantido.

“O chão era de brita solta, subia uma poeira que não se via nada, mas era a coisa mais linda do mundo”, diz Clécio Guimarães, o Pepé, que apesar do problema na perna que rendeu o apelido, possuía o chute mais forte do time.

A bebida favorita também era o

RECORDAÇÕES DA É

Maria Iolanda foi fundadora e a primeira presidente do time feminino

Time do Operário em fevereiro de 1979

Em 1983, o clube elegeu rainha e princesas

Na década de 80,

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

na colônia germânica FOTOS: MATHEUS CHAPARINI

antigos integrantes, o início das atividades do clube coincide com o fim do Escurinho, que atuava em Lajeado.

No Passo de Estrela, formou-se também o Ferroviário, com outro grupo. Havia outras equipes formadas por integrantes das mesmas famílias, como o Longe da Bola, de veteranos, e as Américas, feminino.

De um racha na direção do Operário, surgiu o Grupo de Casais.

Ainda que fosse formado por integrantes de um mesmo núcleo, havia rivalidade.

Décio recorda que, sem vaga entre os titulares do Operário, foi jogar no Grupo de Casais e venceu o confronto contra o ex-clube.

“Eu alugava uma casa no Passo, mas morava durante a semana no meu cunhado. Depois do jogo, disseram pra eu ir embora com a mulher e a filha pequena. Uma semana depois, minha sogra foi lá em casa pedir desculpa, que era pra nós voltarmos”, lembra Décio.

Craques da pedreira

deles ainda vive na pedreira ou arredores, em Cruzeiro do Sul

samba. “Cachaça com Coca, mas a Coca era só um pouquinho, pra pretear e não dizerem que era canha pura”, brinca outro integrante.

O time das Américas As mulheres da comunidade formaram um time feminino, as Américas.

Maria Iolanda Farias foi fundadora e a primeira presidente. Tirou do seu salário em uma metalúrgica o dinheiro necessário para o início.

“Só tinha quatro gurias, eu e minhas três cunhadas. Nós botamos na cabeça e fomos. A gente nem sabia chutar uma bola”, recorda.

Com a direção formada, foram atrás das atletas. Coube a Décio Luís Vieira organizar a equipe.

“Fui o cara que montou o time das Américas. O senhor me dá um time para montar, eu monto. Na hora de jogar, eu sou sacado e o outro entra de treinador. Mas era tudo combinado, numa boa, tinha votação. Nunca fiquei brabo com ninguém. Eu amava meu time e amo até hoje”, afirma Décio.

Do futebol da Pedreira, saíram atletas que disputaram campeonatos por outros times da região e até mesmo profissionais. Badô, Cuni, Naco, Marretinha e Caco são alguns dos mais lembrados.

Saiu de Cruzeiro o homem que acabou com a festa de despedida de Paulo Roberto Falcão do Internacional. Em julho de 81, Falcão já estava acertado com a Roma, da Itália, e sua última partida foi contra o Lajeadense.

O time de Lajeado venceu por um a zero, com gol de Mauro Farias, revelado pelo Operário.

Netos da Vó Nóia O time do Operário não era

Adão chegou a ser chamado à delegacia para explicar o “time dos pretos”

tecnicamente o melhor da cidade e não chegou a ser campeão municipal. Mas tinha muita vontade e uma torcida fiel, que incluía charanga com percussão, viola e cavaquinho.

Entre os torcedores, se destacava Eva Caetano dos Santos, a Vó Nóia.

“Ela chacoalhava o alambrado e gritava. Ela xingava, xingava e depois pedia: ‘paga uma cachacinha pra vó’”, recorda Flávio Antônio da Rocha, o Tonho, filho de Eva. Durante um período, a ilustre torcedora viajava de graça nas excursões e tinha consumo liberado na copa. Se perdia a carona para o jogo, Nóia ia a pé para ver o Operário jogar.

Valsa negra Filho de sangue da famosa Vó Nóia, Tonho saiu de casa aos

sete anos e foi criado por uma família germânica. Depois, seguiu carreira profissional no futebol. Só participava dos jogos do time dos parentes quando estava de férias.

Em uma dessas partidas, em Bela Vista, Arroio do Meio, recorda que a divisão era exata: de um lado, só negros; do outro, só germânicos. Depois do jogo, essa separação se desfazia e o baile era junto e misturado.

Quando a banda tocou uma valsa em alemão, Flávio subiu no palco e disse que ia cantar. Um dos músicos quis saber se ele falava alemão. “Sprecht du Deutsch?” , perguntou. “Ja, ja, sicher”, confirmou Tonho.

“Rapaz, parou o baile. Teve uns que até sentaram para olhar.

Foi um sucesso. Depois, a gente não conseguia mais ir embora”, recorda Tonho.

Outros times pretos no Vale

O Operário não foi o único time majoritariamente formado por negros na região. De acordo com os

ÉPOCA

maior presença de brancos

Longe da Bola, de veteranos, surgiu da mesma raíz

Casados, Maria Teresa integrou o time feminino e Décio organizou as onze atletas em campo

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

Draco localiza desmanche de veículos de luxo no centro DIVULGAÇÃO

Peças foram achadas em terreno localizado na avenida Benjamn Constant LAJEADO

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Lajeado realizou na tarde dessa sexta-feira, 20, uma ação contra desmanche de veículos de luxo em prédio localizado na Avenida Benjamin Constant, na área central de Lajeado.

De acordo com o delegado da Draco, Dinarte Marshall Júnior, a iniciativa dá continuidade a uma investigação iniciada no primeiro semestre, que teve apreensões entre julho e agosto, quando haviam sido roubados três veículos de mulheres.

A Polícia Civil suspeita de que funcionários de um Centro de Remoção e Depósito (CRD), conve-

niado com o Detran, estejam encomendando o roubo de veículos específicos.

Peças de um Audi A3, roubado no bairro Universitário neste ano, e de uma BMW 125i, de Caxias do Sul, roubada em junho de 2018, além de partes de outros veículos, foram encontradas em terreno, com duas residências, uma abandonada. O morador do imóvel é filho de uma funcionário do CRD. O terreno, porém, é registrado no nome da esposa desse funcionário, que não foi localizado pelos agentes da Polícia Civil.

O delegado destaca que, desde o ano passado, houve redução de 60% nos roubos de furtos e roubos de veículos devido ao trabalho da Draco.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020 Apresentado por

Unicred VTRPP 25 anos: uma história de crescimento, confiança e conexão com a comunidade COOPERATIVA DO SISTEMA UNICRED RS CHEGA AO SEU 25º ANIVERSÁRIO COM SÓLIDA PRESENÇA NO MERCADO E ÓTIMO RELACIONAMENTO COM SEUS COOPERADOS

A

Unicred VTRPP celebra seu 25º aniversário no mês de dezembro, comemorando bons resultados e seu crescimento coletivo, ainda que em meio ao período delicado que atravessamos. Na impossibilidade de promover uma celebração presencial, a cooperativa irá realizar algumas ações especiais para comemorar a ocasião junto aos seus colaboradores e cooperados.

Para o dia 11 de dezembro, data exata em que é comemorado o aniversário da cooperativa, os cooperados que visitarem as Unidades de Negócios receberão um mimo em forma de agradecimento pela confiança no trabalho da instituição.

Mas as ações não param por aí: A cooperativa está elaborando um vídeo institucional e uma revista especial de 25 anos que contará os principais desafios e conquistas da trajetória da Unicred VTRPP. Além disso, será realizada uma campanha com sorteio de vários prêmios aos cooperados.

Segundo a Diretora Geral da Unicred VTRPP, Roselaine Buttenbender, as ações de comemoração ao aniversário da cooperativa têm como objetivo principal exaltar a história e a solidez da instituição e aproximar cada vez mais seu coope-

FOTOS FELIPE MANFRÓI

SOBRE A UNICRED RS

Equipe Unidade de Negócios de Lajeado

Unidade Administrativa Regional com sede em Lajeado

rado. “Há 25 anos temos uma relação de grande comprometimento com a nossa comunidade, que foi construída com muito trabalho e respeito. Hoje queremos celebrar essa importante data na história da Unicred VTRPP, agradecendo a todos aqueles que, de

alguma maneira, nos ajudaram no fortalecimento do cooperativismo e em nosso crescimento constante no mercado”, destaca.

A Unicred VTRPP (Vales do Taquari e Rio Pardo e Região da Produção) comemora seus 25 anos abrangendo

A Unicred é uma instituição financeira cooperativa que atua no âmbito financeiro, concedendo empréstimos, financiamentos, aplicações financeiras, seguros, previdência e cartões aos seus cooperados por meio de uma gestão participativa, democrática e transparente. O Sistema Unicred RS possui 12 cooperativas e 71 pontos de atendimento que representam 62,9 mil cooperados, R$ 4,4 bilhões de ativos e 2,7 bilhões na carteira de crédito.

Para mais informações, acesse: www.unicred.com.br/centralrs

128 municípios com mais de 5 mil associados, sendo uma das maiores singulares do Sistema no Rio Grande do Sul. Registrando crescimento anual constante desde a sua fundação, projeta aumentar sua participação no mercado conquistando novos cooperados, além de consolidar a confiança estabelecida com os já associados, oferecendo excelência no relacionamento e as melhores soluções financeiras.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

OBITUÁRIO ERCULINO LUZZI, 90, faleceu nessa sexta-feira em Ilopólis. Sepultamento será no sábado em Doutor Ricardo. Os horários ainda não foram definidos.

ANA VINILDA PINHEIRO BORTOLINI,77, faleceu nessa sexta-feira em Lajeado. Sepultamento será no sábado no Crematório Ecumênico Cristo Rei, em São Leopoldo ELGA KAISEKAMP, 79, faleceu nessa sexta-feira em Teutônia. Sepultamento foi no Cemitério Evangélico de Berlin, em Westfália.

Para informar falecimentos: • WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

Resumo da novela

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL

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Solução

Símbolo de "seno" (Trigon.) athan wift, critor ndês

Olegário Mariano, poeta recifense

Alvo de previsões da cigana

Graças (Teol.)

1.045, em romanos

Cabeça, em francês

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tudei livro ago rev.)

R

© Revistas COQUETEL

P

Descobriu Estádio em Manaus as 4 maio- construído para a res luas Copa do Mundo de de Júpiter 2014 (fut.)

H

A G E R N T E E N S T A I D N S A A N A O M N D A E Z S M O X N T L I L V A

3/get. 4/

DAS DIRETAS

M

R

R

G A L I L E U G A L I L E I

PEIXES: ‘Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, sábado à noite tudo pode mudar’. Sabadou, meu cristalzinho!

Solução

V J A G R A A L D M P I G R A G D E O T R J E S

VIRGEM: O Sol começa um rolê em Sagitário, mudando o clima energético de intensas emoções e sentimentos que estava presente nas semanas anteriores.

AQUÁRIO: Sabadou. Com a Lua de rolê no seu signo, você vai acordar se sentindo super bem e a fim de aproveitar para se divertir e para se cuidar.

35

C K M I K D I T C O O M I O P A P N R E M T A

LEÃO: Meu cristalzinho, hoje a Lua passa suas últimas horas em Aquário e se prepara para ingressar no signo de Peixes.

BANCO

P

CAPRICÓRNIO: Hoje ocorre uma transição planetária: o Sol dá tchauzinho para o signo de Escorpião e começa um rolê em Sagitário.

H

CÂNCER: O Sol passa suas últimas horas em Escorpião. Com isso, novos ventos sopram em seu barco no dia de hoje e o empurram para mares tranquilos!

Ator chinês da trilogia "Os Mercenários"

S

SAGITÁRIO: Hoje o Sol ingressa no seu signo e produz uma onda de energia positiva que irá empurra -lo ainda mais na direção de seus objetivos pessoais.

Feitio do furador de coco

Símbolo de "seno" (Trigon.)

D I E T A E E X E R C I C I

GÊMEOS: Hoje é dia de descanso, certo? Errado!

Você deve aproveitar o dia de hoje para resolver um assunto pessoal que está lhe causando preocupações.

Presidente que instituiu o AI-5 (Hist. BR)

O

ESCORPIÃO: As tensões geradas essa semana parecem dar uma trégua para permitir que você relaxe um pouco e aproveite um final de semana.

Jonathan Swift, escritor irlandês

A dificuldade de Tomé

C

TOURO: Os astros decidiram dar uma trégua para sua beleza! As configurações astrológicas indicam um dia ameno, com menos tensões e solicitações.

Graças (Teol.)

1.045, em romanos

Cantora britânica do hit "Skyfall"

S T A I D N S A A N A O M N D A E Z S M O X N T L I L V A

LIBRA: A Lua segue o baile por Aquário e convida meus cristaizinhos de Libra a aproveitar o sabadão para fazer contato com seus amigos.

Olegário Mariano, poeta recifense

I L E U G A L I L E I

ÁRIES: Você vai acordar mais tarde do que o usual e poderá se sentir preguiçoso, com desejo de permanecer até mais tarde na cama.

Grama (símbolo) Obter, em inglês

A L D M P I G R A G D E O T R J E S

HORÓSCOPO

Cabeça, em francês

Lagarto com crista Bairro carioca

Título do dirigente de Catar Área de atuação do compositor de jingles

Técnica usada na regressão de memória

Estudei no livro Pago (abrev.)

D I T C O O M I O P A P N R E M T A

vanni no dia da entrevista de emprego.

Leozinho e um comparsa sabotam a aeronave. Aparício pede ao advogado para dar entrada no divórcio. Teodora expulsa o marido de casa, mas Fedora intercede por Aparício. Rebeca recebe uma mensagem de Teodora e vê que foi demitida. Leozinho finge que está doente para não viajar com Fedora.

A pergunta de quem não ouviu direito

Alvo de previsões da cigana

S

Leozinho confirma o plano com Dinamite. Lucrécia questiona Agilson sobre a noite anterior. Carmela humilha Shirlei e depois desabafa com Adônis sobre a raiva que sente da irmã. Agilson ameaça Leozinho. Francesca e Tancinha falam sobre o beijo de Beto e Tancinha. Carmela e Adônis se beijam para provocar Shirlei. Bruna incentiva Gio-

Os aplausos da plateia, para o artista

(?) secreto: o autor de cartas anônimas

A E E X E R C I C I

Haja Coração

Letra que identifica o rei no baralho

O

peração. Joyce desabafa com Zu. Bibi culpa Jeiza pela manutenção da prisão de Rubinho. Jeiza comemora mais um desafio de luta no MMA. Caio beija Bibi.

Condição do decasségui no Japão Uma das profissões de Chico Anysio

Descobriu Estádio em Manaus as 4 maio- construído para a res luas Copa do Mundo de de Júpiter 2014 (fut.)

C

Ruy questiona Caio se Eugênio está tendo um caso. Caio afirma a Ruy que Cibele pode prejudicá-lo.

Nonato conta para Biga o que descobriu sobre Silvana. Bibi garante que ajudará Rubinho, e Aurora se preocupa.

Eugênio se desentende com Joyce. Caio conversa com Jeiza sobre seu depoimento contra Rubinho. Nonato confessa a Biga sua compaixão por Silvana. Bibi confronta Jeiza, que se irrita com Caio. Ivana apoia Cláudio em sua recu-

Indicação Utensílio comum na área de serviço médica para per- Prêmio do Festival der peso de Gramado (Cin.)

3/get. 4/tête. 5/jet li. 6/kikito. 9/emigrante. 10/mick jagger.

A força do querer

Vocalista da banda The Rolling Stones

17 | Fim de semana 21 e 22 de novembro de 2020 O P O R T U N I D A DE –Apartamentos 2 dormitórios,localizado no Bairro Olarias, 67m²,com ótima posição solar.Prédio com elevador.Valor da condição R$ 110.000,00.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

AH

18

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A HORA | Fim de semana, 14 e 15 de novembro de 2020

SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE E CAETANO PRETTO

Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

BRASILEIRÃO

EM MEIO À CRISE, INTER

PRECISA VOLTAR A VENCER

O Colorado até venceu sua primeira partida sob o comando do novo treinador na quarta-feira, mas acabou eliminado nos pênaltis para o América. Agora, precisa voltar a vencer também no Campeonato Brasileiro.

Na segunda colocação e com apenas dois pontos a menos que o líder, o time tem a chance de ter-

coxa direita e virou desfalque.

As dúvidas na escalação residem principalmente no meio-campo.

D’Alessandro, Marcos Guilherme, Maurício e Yuri Alberto disputam duas vagas no time titular.

BEIRA-RIO – DOMINGO, 18H15MIN

ESCALAÇÕES

INTER

FLUMINENSE

Marcelo Lomba Rodinei Zé Gabriel Víctor Cuesta Uendel Rodrigo Dourado Edenilson Patrick D’Alessandro (Marcos Guilherme) Yuri Alberto (Maurício) Thiago Galhardo Técnico: Osmar Loss (interino)

Muriel Igor Julião Digão Luccas Claro Danilo Barcelos Hudson André Yago Nenê Wellington Silva Felippe Cardoso

TRICOLOR BUSCA A NONA

VITÓRIA CONSECUTIVA equipe alternativa na rodada. Os titulares com maior desgaste devem ser poupados. Por isso, há

dúvidas na projeção do time, que deve ser liberado apenas momentos antes do jogo.

NEO QUÍMICA ARENA – DOMINGO, 20H30MIN

CORINTHIANS

ESCALAÇÕES

GRÊMIO

Cássio Fagner Marllon Gil Fábio Santos Gabriel Xavier Luan Ramiro(Everaldo) Otero Matheus Davó

Vanderlei Orejuela David Braz Kannemann Cortez Lucas Silva Matheus Henrique Luiz Fernando Jean Pyerre (Pinares) Everton (Pepê) Diego Churín (Diego Souza)

Técnico: Vagner Mancini

Técnico: Renato Portaluppi

CLASSIFICAÇÃO

Técnico: Odair Hellmann

GRÊMIO

Renato Portaluppi prometeu e o Grêmio decolou na temporada.

Pode-se dizer que hoje o Tricolor voa tranquilo. São onze jogos de invencibilidade, com oito vitórias seguidas. Para manter a boa forma, o time visita o Corinthians no domingo e quer a vitória. A partida ocorre às 20h30min, na Neo Química Arena.

A boa sequência do time de Renato aplica-se também ao Brasileirão. São quatro triunfos consecutivos na competição. Com isso, o Grêmio subiu na tabela e hoje ronda a zona de classificação à Libertadores. Com 33 pontos, ocupa a sétima colocação.

Como tem feito nos últimos jogos, a tendência é que o treinador rode o elenco e escale uma

Inter depende dos gols de Thiago Galhardo para voltar a vencer no Brasileirão

EQUIPE

PG V

Atlético-MG

38 12 2

7

37 26 11

LIBERTADORES

E

m momento ruim, depois de ser eliminado pelo América na Copa do Brasil, o Internacional precisa recuperar a inspiração e voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Colorado recebe o Fluminense, no Estádio Beira-Rio, às 18h15min, e com muitos problemas.

Na sexta-feira, o Inter ganhou mais um desfalque para o jogo. O técnico Abel Braga testou positivo para

CHANCE DE VOLTAR PARA A PONTA

minar a rodada na ponta da tabela.

As boas notícias são os retornos de Patrick e Nonato, que testaram negativo para o coronavírus e estão liberados. Do outro lado, o lateral Moisés teve lesão muscular na

Internacional 36 10 6

5

32 20 12

São Paulo

36 10 6

2

29 17 12

Flamengo

36 10 6

5

34 30

Palmeiras Santos Grêmio

34 9 34 9 33 8

7 7 9

4 28 20 8 5 30 24 6 3 26 19 7

SUL-AMERICANA

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

covid-19 e não comandará o clube na 22ª rodada. Os auxiliares Osmar Loss e Leomir irão dirigir a equipe.

Além do compromisso pelo Brasileirão, Abel também pode ficar afastado do primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, contra o Boca Juniors, na próxima quarta-feira.

Fluminense

32 9

5

7 29 24 5

Bahia

28 8

4

9 28 30 -2

Athletico

25 7

4 10 18 21 -3

Sport

25 7

4 10 19 28 -9

Fortaleza

25 6

7

8 20 19 1

Corinthians Ceará Atlético-GO Vasco da Gama Bragantino

25 6 24 6 24 5

7 6 9

8 24 29 -5 8 25 30 -5 7 19 27 -8

23 6

5

9 22 26 -4

23 5

8

8 25 28 -3

Coritiba

20 5

5 11 19 28 -9

Botafogo

20 3 11 6 20 25 -5

Goiás

12 2

REBAIXAMENTO

Sem o técnico Abel Braga, que testou positivo para covid-19, Colorado recebe o Fluminense no Beira-Rio

E

D GM GS SG

4

6 11 21 34 -13

22ª RODADA SÁBADO 19h

Flamengo

x Coritiba

19h

Athletico

x Santos

21h

Goiás

x Palmeiras

DOMINGO 16h

São Paulo

x Vasco da Gama

16h

Ceará

x Atlético-MG

18h15min

Botafogo

x Fortaleza

18h15min

Internacional

x Fluminense

20h30min

Corinthians

x Grêmio

SEGUNDA-FEIRA 20h Sport

x Atlético-GO

Seguindo o rodízio do elenco, Renato deve escalar Churín no comando do ataque

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020 EZEQUIEL NEITZKE

COPA SERRANA

TARDE PARA DEFINIR

OS SEMIFINALISTAS JOTA TRINTA EVENTOS ESPORTIVOS/DIVULGAÇÃO

Vila Santa Emília – São Luiz x Deodoro Linha Andréas – Avante x Assespe Linha Duvidosa – Duvidosa x União Linha Santana – Santo Antônio x AERT

Partidas iniciam às 14h e 16h. A partir de agora será cobrado R$ 5 de ingresso

ARROIO DO MEIO

Avante e Assespe se enfrentam em Linha Andréas, no domingo

MUNICIPAL ENTRA EM NOVA FASE Semifinais ocorrem neste domingo, em Forqueta e Rui Barbosa EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Com muita emoção, assim é aguardada a fase semifinal do municipal de campo de Arroio do Meio. Neste domingo, a partir das 14h, quatro equipes entram em campo pela partida de ida. A partir de agora será cobrado R$ 5 de ingresso.

Em Forqueta, o Forquetense recebe o Rui Barbosa. As duas equipes se enfrentaram no dia 1 de março e na categoria titular quem levou a melhor foi o Rui Barbosa, vitória por 4 x 0. Já no outro jogo,

SEMIFINAL

o Esperança recebe o Sete de Setembro. Na fase classificatória as equipes ficaram no 1 x 1.

Por terem feito melhor campanha na primeira fase, Forquetense e Esperança jogam por dois resultados iguais. No aspirante quem tem a vantagem são Rui Barbosa e Esperança.

VETERANO A quinta e penúltima rodada da fase classificatória ocorre nos bairros Rui Barbosa e São Caetano. Em Rui Barbosa, o Só Khellas encara o Rui Barbosa.

Já em São Caetano o Sete de Setembro pega o Cruzeiro.

A classificação tem o Rui Barbosa liderando com seis pontos, seguido de Sete de Setembro e Rui Barbosa, ambos com cinco e na lanterna tem o Cruzeiro com quatro.

Aspirante e titular Forqueta – Forquetense x Rui Barbosa Rui Barbosa – Esperança x Sete de Setembro

QUARTAS DE FINAL

Jogos de volta das quartas de final iniciam às 14h, na categoria aspirante, e 16h, na categoria titular EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A

Copa Serrana, torneio que reúne equipes de Mato Leitão e Venâncio Aires, realiza neste domingo a partida de

volta das quartas de final. Os jogos iniciam às 14h (aspirante) e 16h (titular). O ingresso custa R$ 5.

Após vencerem os jogos de ida, Deodoro, Avante, União e AERT jogam por um empate para se classificar. Já São Luiz, Assespe, Du-

vidosa e Santo Antônio precisam vencer no tempo normal para levar a decisão da vaga aos pênaltis.

No aspirante, quem joga pelo empate são AERT e Avante. Santo Antônio e Assespe tem que vencer duas vezes – tempo normal e pênaltis, para chegar na semifinal.

Já São Luiz x Deodoro e Duvidosa e Horriver Plate quem vencer avança. Novo empate leva a decisão da vaga para as penalidade.

CATEGORIAS DE BASE

CLÁSSICO DE LAJEADO NA LIGA GAÚCHA EZEQUIEL NEITZKE

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Um clássico inédito no futsal do Vale. Neste sábado, Alaf e Guarani se enfrentam no Ginásio Nelson Brancher, a partir das 19h, em jogo válido pela Liga Gaúcha Sub 17.

Com uma vitória e um derrota na rodada inaugural, o Guarani, do Bairro Igrejinha, precisa da vitória para encaminhar a classificação para a próxima fase. Já a Alaf, comandada pelos técnicos Nei Jung e Peninha, estreia na competição.

A rodada teria ainda a participação do Garibaldi, mas em virtude de um surto de covid na equipe, a organização remarcou os jogos.

Depos do clássico lajeadense,

Depois de estrear no sub 11 e 13, Alaf agora disputa a primeira partida na sub 17

a Alaf tem outro compromisso agendado na categoria. No dia 23, próxima segunda-feira, enfrenta a AAPF, às 20h, no Ginásio Nelson Brancher.

OUTRAS CATEGORIAS Após vencer a AAPF por 4 x 0 em Teutônia, a Teutônia Futsal volta a quadra neste sábado, quando en-

frenta novamente a AAPF, dessa vez, em Bento Gonçalves, a partir das 11h. A participação na fase classificatória se encerra no dia 26, quando enfrenta o Top Sport, em Caxias do Sul. Até o momento, a classificação da categoria sub 13 tem a Teutônia Futsal liderando com 6 pontos, seguido de Top Sport e AAPF, ambas com três.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

Competição realizará jogos das quartas de final neste sábado EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O

Clube Tiro e Caça realiza neste sábado mais uma rodada do Torneio CTC/Construtora Diamond de Minifutebol. Os jogos são válidos pelas quartas de final das séries Ouro e Prata. As partidas ocorrem nos campos A e B e iniciam às 12h15min.

O destaque fica para o duelo entre Borussia e Lesionados, às 16h15min. O jogo coloca frente a frente a melhor defesa da competição contra um dos melhores ataques do torneio.

Na Série Prata, o destaque fica para o jogo entra Exxtraclasse e Nacional. Enquanto que o Exxtraclasse se classificou com certa facilidade, o Nacional eliminou o Maragatos no tiro livre.

CTC

RETA FINAL NAS

SÉRIES OURO E PRATA EZEQUIEL NEITZKE

QUARTAS DE FINAL Série Ouro – campo A 12h15min – Smurf x Donos da Bola 14h15min – Supérfluos x Ser Sodabeb 16h15min – Borussia x Lesionados 18h15min – Coroas Mirim/Lyall x Amnésia

Série Prata – campo B 12h15min – Dínamo x La Cantera 14h15min – Lesionados B x Kondenados 16h15min – Exxtraclasse x Nacional 18h15min – Capitão América x Resenha FC

Sodabeb é uma das equipes que disputa o título da Série Ouro

SETE

SOGES

RESTAM DUAS RODADAS FASE CLASSIFICATÓRIA PERTO DO FIM EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A Copa Sete/Sicredi/CBM de Minifutebol está entrando em um momento decisivo. Faltando duas rodadas para o fim da fase classificatória, equipes entram em quadra buscando as vagas da Série Ouro e Prata da competição.

Na primeira divisão, a partida entre Galera e Cataluña definirá os classificados para para a semifinal da chave A da Série Ouro. Um empate garante as duas equipes. Se perder, o Cataluña corre sério risco de ficar fora do mata-mata.

As outras duas partidas são pela Série Prata. No primeiro jogo, SNS e Real Madruga jogam a sobrevivência no torneio.

Quem perder estará eliminado.

Um empate deixa as duas equipes em situação delicada.

Já o outro confronto é pela vaga na final. Quem vencer entre Coringa e Só Pela Ceva se garante decisão da Série Prata.

SEGUNDA DIVISÃO Pela Série Ouro, América e Brothers podem se classificar para a semifinal em caso de vitória em cima de Saragossa e Mercenários, respectivamente.

Na Série Prata, JéDuCa e Kanxeiros fazem confronto direto pela vaga na semifinal. Quem vencer avança.

Outro time que pode avançar à semifinal em caso de vitória é a Afusi.

AGENDA

Primeira divisão Sábado 12h15min – SNS x Real Madruga 14h15min – Galera x Cataluña 16h15min – Só Pela Ceva x Coringa

Segunda divisão Sábado 13h15min – América x Saragossa 15h15min – Brothers x Mercenários 17h15min – Meia Boca Jr x Dinamite Domingo 9h15min – JéDuCa x Kanxeiros 10h15min – Afusi x Coringa 11h15min – UFC x Copeiros EZEQUIEL NEITZKE

Coringa e Só Pela Ceva fazem confronto direto por vaga na final da Série Prata da Primeira Divisão

EZEQUIEL NEITZKE

Campo 1 12h30min – Saidera x Fúria FC 13h40min – Super 10 Original x Ser Nata 14h50min – Super 10 FC x Limitados 16h – Xtotz United x Cevaria FC 17h10min – Demonhos Jr x Nárnia 18h20min – Sokanelinhas x Galácticos

Super 10 FC e Super 10 Original estão muito próximos de se classificar à próxima fase EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

A Copa Soges de Futebol Sete realiza neste sábado mais uma rodada da fase classificatória. As partidas ocorrem a partir das 12h30min nos campos A e B. Super 10 FC e Xtotz United

RODADA DO FIM DE SEMANA

podem se classificar à semifinal da Série Ouro em caso de vitória diante de Limitados e Cevaria, respectivamente.

Os Kururus NC e Tsunami podem avançar às quartas de final da Série Prata em caso de vitória diante de Estrelas do Futuro A e Meia Boca Jrs.

Campo 2 12h30min – Passabola x Manguaça 13h40min – Meia Boca Juniors x Tsunami 14h50min – Diretoria FC x Tô Com Sede 16h – Os Kururus NC x Estrelas do Futuro A 17h10min – Interditados x Estrelas do Futuro B 18h20min – Meninos da Vila x Velha Guarda FT

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo por mês, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

HUGO SCHÜNEMANN

CAROLINE LIMA SILVA

Médico e diretor do Centro Regional de Oncologia (CRON)

Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

Prontidão: sorte ou esforço?

N

ão foram poucas as vezes nas quais escutei alguém falando que determinada pessoa conseguiu algo por mera sorte, como se ela não tivesse mérito algum sobre a conquista. No julgamento precipitado e influenciado pela lente da percepção de cada um, as vitórias podem parecer fáceis.

Mas no contexto da vida real, sabemos que existe uma condição básica para que as coisas aconteçam de fato: o estado de prontidão, que significa estar-se pronto para que algo aconteça.

Nesse sentido, prontidão pode ser entendida como uma situação a partir da qual se encontram conhecimento, capacidade e merecimento, mas, acima de tudo, esforço para alcançar uma meta. Temos a tendência de ver o que está aparente e manifesto, deixando de levar em conta as dificuldades latentes e esperadas da vida, já que a natureza não dá saltos e que a verdadeira aquisição presume constância, disciplina e evolução. Ou seja, uma construção de habilidades que capacitam e legitimam o lugar a ser alcançado.

Nossa sociedade hoje é extremamente imediatista, e as novas gerações possuem muita dificuldade em lidar com a frustração advinda desse longo caminho de construção pessoal. Zygmunt Baumann, sociólogo e filósofo polonês, autor de inúmeros livros, comenta no seu best-seller, “Modernidade Líquida”, que as pessoas não têm mais visão de longo prazo, sendo impulsionadas pelo resultado instantâneo.

Desistem rapidamente ao primeiro obstáculo. Realmente nos tornamos uma civilização afastada do modo natural de viver, no qual paciência, resiliência e constância acabaram por se perder no vácuo dos acontecimentos, até sermos despertados por uma pandemia que nos fez desacelerar e escutar nossa voz interior. E estar pronto também quer dizer estar consistente e robusto, no sentido de permanecer ao longo do tempo diante de tantas ofertas fugazes e com pouca propriedade.

Dessa forma, conquanto possamos imaginar que basta um pensamento positivo para superarmos os fantasmas internos que exigem profundidade de análise, assim também devemos entender que nos construímos através de um processo longo de crescimento.

Tal qual as árvores precisamos de raízes fortes para nos sustentarmos diante do primeiro vendaval, porque a força e a qualidade estão no processo, não no resultado. Assim, poderemos dizer que nunca foi sorte, sempre foi empenho.

Caroline escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ela: carolswasthya@yahoo.com.br

‘’Saúde não tem preço, tem pressa’’

E

ste era o bordão de um personagem de um programa humorístico, há um ano. Ele estava meio certo, e meio errado.

Sim, temos pressa na saúde. Os esforços feitos pelo Estado e pelas instituições estão sempre aquém das necessidades. Faltam leitos, e as emergências estão lotadas. O exame demora, o resultado demora mais ainda. A burocracia complica.

Temos pressa. Num país que mais que duplicou a população em 50 anos, falta tudo. Faltam estradas, falta ensino, falta organização, falta hospital. O SUS perdeu, desde 2003, cerca de 42 mil leitos hospitalares.

E aí, quando menos se espera, surge uma pandemia... E já são mais de 165 mil mortos. Se por um lado houve um esforço para organizar um enfrentamento à pandemia, há uma negação por parte de setores da sociedade quanto à realidade que hora enfrentamos, e por outro lado, vemos autoridades anestesiadas e inalterantes ao problema. Fechar tudo, não é mais a solução. Mas qual é? Temos pressa, lembra?

Mas há outras questões. Câncer, diabetes, doenças cardíacas, doenças renais, Alzheimer e por aí

afora... temos pressa. Temos um serviço de saúde pública que se esforça em estender seus braços e proteger a todos, por outro lado, mostra-se uma baleia encalhada na praia em várias ocasiões. Mas o que seria de nós sem ele?

Mas faltou a outra parte da frase.

Saúde talvez não tenha preço, mas tem custo. E cada vez maior.

A evolução da medicina tem essa característica. A cada degrau que se sobe, acrescentam-se custos.

E alguns são estratosféricos! As vacinas para covid-19 estão estimadas em US$ 21,00 por unidade. Se vacinarmos 100 milhões de brasileiros, e se contarmos que a cotação do dólar está em R$ 5,30, podemos imaginar a montanha de dinheiro que só a compra da vacina vai custar ( e sem contar o custo de logística para a distribuição e aplicação da vacina num universo tão grande de pessoas ­– e lembrar que ainda estaremos excluindo do cálculo os outros 110 milhões de brasileiros).

E este montante é apenas para fazer frente a um único item da lista de problemas de saúde enfrentados pelos brasileiros.

Apresentar soluções é complexo.

E caro. Precisa ser estabelecido quem paga. Precisa ser estabelecido o que vai ser disponibilizado e de que forma. Enfim, é uma discussão longa, complexa e técnica.

Num país que não gosta deste tipo de processo. Um país que gosta de soluções mágicas e que acha que tomar decisões não tem consequências nem custos. Aí, o que sobra é empurrar com a barriga, como sempre fizemos.

Saúde? Tem pressa e preço.

Hugo escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ele: hugo.schunemann@gmail.com

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

E

mociona-me lembrar de um fato que envolveu um amigo próximo. Sua mãe padecia de câncer, com sucessivas melhoras e pioras. No quinto ano de luta contra a doença, ao interná-la para mais uma quimioterapia, inesperadamente ela entra em coma, indo para a UTI. Dia seguinte, sem ter acesso à mãe, toca seu dia a dia, retornando às 17h (horário permitido) para vê-la.

O médico informara que ela não sairia do coma e a passagem seria questão de tempo.

Parado ao lado do leito, via-se num conflito: pedir que a mantivessem assim o máximo de tempo para, ao menos, poder vê-la diariamente, mesmo que inconsciente, ou liberá-la. A tentação de segurá-la ali era por demais forte. Até porque, liberá-la como? Foi quando lhe ocorreu a crença de que, mesmo em coma, os pacientes sentem a presença de pessoas queridas. Ato contínuo, venceu o amor. Debruça-se no ouvido dela e sussurra: “te libero, mamãe. Vai encontrar Deus e o papai. Saberei me cuidar”.

Surpreso, teve a impressão de ter visto leve sorriso e um lampejo de felicidade no rosto da mamãe. De volta ao quarto do hospital, nem dez minutos depois o avisaram do óbito. Sobrara amor no filho, dando à mãe a eterna felicidade.

Julho deste ano iniciou chuvoso, com períodos de precipitação e

ardemio@bewnet.com.br

ARDÊMIO HEINECK

A tua sobra é a felicidade de alguém de tempo bom. Dia sete em diante choveu de forma contínua, gerando a expectativa de cheias. Só que nem mesmo os ribeirinhos calejados em enchentes podiam prever a noite de terror que aconteceu dia 09.

Elevação rápida da água, em níveis apenas vistos na enchente de 1956.

Aliado ao frio, o fenômeno submeteu centenas de pessoas a horas de terror, de deixar todos os seus pertences para trás diante da expectativa de morte iminente. Passada a cheia, novo desespero: a destruição que ocasionara.

Ato contínuo, estabeleceu-se uma extensa corrente de solidariedade.

Milhares de pessoas doaram suas

sobras – móveis, roupas, utensílios domésticos, comida –, em auxílio aos atingidos por aquela cheia sem precedentes. Trabalhamos com material de construção e correlatos. Por isto, muitos dos vitimados passaram lá, na maioria gente humilde que perdera bens e patrimônio amealhados por décadas.

Mas em nenhum deles, sentimento de revolta. Só de gratidão por estarem vivos, por poderem recomeçar e, com as doações recebidas. Na maioria das vezes não eram muitos os objetos recebidos, porém, naquele momento em que tudo recomeçava do zero, representavam uma enormidade. E, não raras

vezes eram sobras que estorvavam dentro de casa, para aqueles que os doaram.

Por fim, o relato feito por uma amiga, também envolvendo gestos singelos, de profundidade material e emocional ímpar. Conta que muitos componentes do enxoval de seu filhinho de quatro anos, desde que bebê se acumulavam e incomodavam. Até que lhe ocorreu repassar a uma amiga, recém mamãe. Ficou impressionada com a felicidade desta, com a utilidade que as doações teriam e a supressão de gastos que representavam. Novamente, gestos singelos que calam fundo.

Daí que ocorre a sugestão de os municípios, ao lado do esforço de grandes ações de natureza econômica, criarem pontos de recepção e de disponibilização de objetos que sobram para alguns e que suprem necessidades em outros. Para fazer a felicidade de alguém não é necessário alocar recursos vultosos. Simples sobras nossas têm o condão de fazê-lo.

Adicionalmente, permear nossos gestos com amor: do filho com a mãe moribunda, dos cidadãos diante de catástrofes, das mamães, umas com as outras, e de nós, despojando-nos do que não precisamos e do Poder Público Municipal, fazendo a mediação. E, temperando tudo isto, a tolerância ao invés da intransigência. Do outro lado, a recompensa será de um sorriso de felicidade.

Fim de semana, 21 e 22 de novembro de 2020

MÍN: 14º MÁX: 26º

O sol aparece acompanhado de nuvens.

Da tarde para a noite, há chance de ocorrer chuva isolada e pouco volumosa. O dia apresenta grande amplitude térmica, com manhã amena e tarde de calor.

Maneiras de se

reconectar Pedras para atrair boas energias.

Autoconhecimento por meio da posição dos planetas no céu durante o nascimento.

Os quatro elementos como guias para a conexão entre ser humano e natureza.

Descubra nesta edição como essas crenças influenciam a vida de quem busca desenvolver a espiritualidade.