A Hora - 23/07/2020

Avulso: R$ 2,50

A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020 | Ano 18 - Nº 2632 | Fechamento da edição: 21h

Fundado em julho de 2002

ESTRELA-COLINAS

Líderes locais cobram reparos na ERS-129 GABRIEL SANTOS

Levantamento do Daer aponta que rodovia teve R$ 1,7 milhão em estragos com a enchente. Vereadores buscam apoio do Estado. Página 10

COMITIVA A BRASÍLIA

Prefeitos voltam com promessas de recursos Ministro da Cidadania prometeu agilizar repasse de verbas para auxílio de famílias afetadas pela enchente. Prefeitos da região avaliam como positivo resultado de agendas na capital federal. Comitiva retornou ontem à região.

Página 7

NOVO DECRETO

Casos aumentam e município adota medidas mais rígidas Governo de Lajeado publica hoje novas regras para evitar aglomerações Número de casos confirmados saltou de 26 para 61 em uma semana. Crescimento atinge principalmente pessoas jovens. Novas ocorrências do vírus se concen-

tram principalmente no Centro e entorno da Univates.

Novas regras não restringem atividades econômicas e focam em coibir aglomerações.

Página 6 MATHEUS CHAPARINI

RODOVIÁRIAS EM CRISE

Setor inicia tímida reação

Sindicato projeta que melhora significativa deve ocorrer apenas na virada de ano. Rodoviárias tiveram queda de quase 90% no número de passageiros em abril.

Crise nos transportes já causou fechamento de estações no RS. Página 8 Boxes vazios e veículos com poucos viajantes se tornaram cenário comum nas estações rodoviárias

EXPOVALE CANCELADA

Decisão é a 1ª na história da feira Organização da principal feira de negócios da região confirmou ontem o cancelamento da edição deste ano. Agendado

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Mobilidade urbana O presente e o futuro de Lajeado perpassam dois projetos em tramitação na câmara de vereadores.

para novembro, evento marcaria retomada econômica após a pandemia. Nova data ainda não está definida.

Página 7

IMPACTO AOS TRABALHADORES

Setor de serviços é o mais atingido Pesquisa do Dieese aponta que quase metade dos trabalhadores do setor perderam renda com a pandemia no país. A redução

média foi de 61%. Quadro se deve à queda de demanda na economia ou à impossibilidade da atuação devido ao coronavírus. Página 3

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ABRE ASPAS

“A primeira cachaça foi feita em 20 de agosto de 1982” ARQUIVO PESSOAL

Costume que passa de geração em geração. No interior de Travesseiro, o agricultor Jorge Fuchs, 52, guarda em casa o trabalho e as recordações ensinadas pelo pai Laurindo Fuchs, o “Campeiro”, conhecido pela produção artesanal de cachaça. Em casa, estão armazenados mais de 1,5 mil litros de diversos tipos da bebida.

GABRIEL SANTOS gabriel@jornalahora.inf.br

• Como começou a produção de cachaça?

Eu lembro bem. A primeira cachaça que fizemos foi no dia 20 de agosto de 1982.

Meu pai Laurindo Fuchs (In memoriam) que iniciou a produção. Eram plantados cerca de 15 mil pés de cana de açúcar em dois ou três hectares. Todo o processo era feito manualmente.

• Você ainda guarda as ferramentas de trabalho?

Praticamente tudo está aqui. Moenda, caldeiras, pipas e litrões. Tudo está guardado.

Era um trabalho do meu pai, ele se dedicava muito, e ficou conhecido por isso. O apelido dele (“Campeiro”) era associado à cachaça campeira. Logo o apelido pegou.

• Como funcionava o processo de produção?

Tudo era feito manualmente. Isso demo-

rava um dia inteiro. O primeiro passo era colher a cana, depois a moenda, fermentação e o aquecimento na caldeira. Depois disso todo o líquido do alambique era armazenado nas pipas que tenho guardadas até hoje em um galpão construído pelo meu avô.

• Quantos litros eram produzidos em média?

Dependia muito. Nos primeiros anos, chegava aos 500 litros de cachaça, mas já batemos o número de três mil litros por ano. Os últimos litros de cachaça foram feitos em 2015.

• Para onde era vendida a produção?

O pai vendia direto ao consumidor ou para os armazéns de comunidades, como no Mercado Weimer de Picada Felipe Essig, no salão comunitário ou nas conhecidas “bodegas” da cidade e até fora dela.

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Tinha clientes até de Farroupilha.

• E os barris de madeira. Quantos ainda são guardados?

Tenho 12 barris, são aproximadamente 1,5 mil litros. As pipas eram construídas com madeira de grápia e vinham das mais diversas áreas. A madeira é fundamental para dar cor e a suavidez da cachaça. O envelhecimento é a etapa final da elaboração.

Depois, tudo pode ser engarrafado.

• Você é o único na família que seguiu os passos do pai?

Sim, o único que ficou trabalhando na agricultura. Éramos quatro irmãos. Era um serviço que eu e meu pai gostávamos de fazer, mas tudo exigia tempo e dedicação. Meu filho hoje segue trabalhando fora e a tradição de fazer o alambique parou em mim.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Trabalho, renda e esperança

A

cada diagnóstico sobre a empregabilidade e renda do trabalhador mais certezas sobre o caminho da economia em meio à crise O consumo não será mais o mesmo.

As pessoas estão cautelosas com os gastos e talvez isso indique um comportamento voltado aos gastos básicos, com mais consciência sobre as finanças pessoais. É uma obrigação a partir de agora. A pandemia forçou mudanças em toda a sociedade. Passa pelos setores públicos, administração das empresas, na gestão de pessoas e na observância da saúde dos trabalhadores.

A indústria alimentícia e o agronegócio são a força motriz para essa ascensão econômica.”

Justo no mercado de trabalho e na atuação profissional, o relatório do Dieese, publicado nesta semana, mostra os setores mais atingidos. O quadro é dramático, em especial nas regiões metropolitanas. As grandes cidades apresentam as maiores perdas. Entre as tabulações, o fato de 19 milhões de trabalhadores terem sido afastados das atividades, com suspensão de contratos e 30 milhões com perda de renda.

Neste caminho, segmentos ligados ao lazer, entretenimento e turismo com as maiores perdas. Junto com prestadores de serviço, comércio e os autônomos. O último ainda mais grave, pois sem condições de receberem algo do Fundo de Garantia, seguro-desemprego. São pessoas dependentes do auxílio emergencial de R$ 600.

O RS supera quatro meses de distanciamento social. Das primeiras semanas de pavor para trabalhadores e empresários, o cenário agora é de atuar da forma é possível, mitigando riscos e se adaptar convivendo com o vírus.

Aquelas organizações e profissionais que não conseguirem mudar, sem dúvida, vão ficar pelo caminho.

O Vale do Taquari tem condições de uma retomada mais rápida do que outras regiões gaúchas. A indústria alimentícia e o agronegócio são a força motriz para essa ascensão econômica. A crise epidemiológica não reduz necessidades básicas e muitas empresas ligadas a esse setor começam a ver uma luz no fim do túnel.

A estimativa é que nos próximos meses, entre setembro, outubro e novembro, haja uma grande expansão nas vagas de trabalho neste segmento. Reside nesta projeção a esperança de que o Vale não viva um colapso social.

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IMPACTOS DA PANDEMIA

Quem são os mais atingidos DIVULGAÇÃO

Boletim do Dieese contabiliza como o coronavírus ampliou o desemprego e reduziu o salário dos trabalhadores. Regiões metropolitanas e as cidades maiores são os locais mais atingidos. Autônomos, comerciantes e prestadores de serviços sofrem as maiores perdas FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

PAÍS

M

anicures, cabeleireiros, vendedores, funcionários de bares, hotéis e restaurantes estão na lista dos profissionais que mais perderam renda desde o início da pandemia no país. A afirmação parte do Boletim Emprego em Pauta, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Pelo relatório, em maio, mais de 26,3 milhões de brasileiros declararam não ter trabalhado nem procurado emprego, mas que gostariam de estar no mercado. Entre eles, 18,5 milhões afirmaram estar nessa situação por causa da pandemia.

Do total de ocupados, 19 milhões estavam afastados. Desses, 15,7 milhões devido ao novo coronavírus. Ainda mais de 9,7 milhões de pessoas afirmaram ter ficado com menos ou até mesmo sem renda.

O diagnóstico foi publicado nessa terça-feira e analisa o rendimento dos trabalhadores que permaneceram ocupados em meio à pandemia. Pelos dados, cerca de 36% dos trabalhadores ocupados em maio (30 milhões de pessoas) tiveram alguma perda no rendimento na comparação com a situação anterior à pandemia.

A redução média foi de 61%. Esse quadro se deve em grande parte à redução de demanda na economia ou à impossibilidade da atuação frente às regras da quarentena.

“Os dados corroboram o que temos avaliado desde o início da

para acelerar a retomada.

Evitar o desligamento

Segundo Dieese, 49 % dos prestadores de serviço estão recebendo menos

pandemia. Por exemplo, o mercado informal é o mais afetado.

Junto com alguns setores específicos, em grande parte de atividades não consideradas essenciais”, afirma a economista e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini.

De acordo com ela, o vírus trouxe uma serie de mudanças nas produções e nos trabalhos. “No mundo inteiro há grandes organizações que vão fechar algumas unidades, que vão deixar de fabricar alguns itens.

Por consequência isso gera o fechamento de postos de trabalho.”

Na região, conforme dados do Caged, de janeiro a maio, foram extintos mais de 2,7 mil postos de trabalho. No início de janeiro, a região tinha 102.216 trabalhadores formais. Passou para 104.009 até o fim de fevereiro. Em seguida começou a queda. Abril terminou com 100.570 trabalhadores formais e maio reduziu para 99.503.

Perspectiva de retomada De acordo Cintia, pela dinâmica do Vale do Taquari, o baque econômico até agora é menos intenso do que em outras regiões do RS. Isso se deve à vocação alimentícia, tanto no setor primário quanto industrial.

Junto com isso, a diversidade produtiva também proporciona uma auto-gestão local para mitigar as perdas.

“Sem dúvida há setores que estão sofrendo. Mas pelas características regionais, há condições para uma retomada mais rápida do que em comparação com outras localidades.”

Outro aspecto ressaltado pela economista diz respeito à formalização do trabalho. De acordo com ela, pelos dados do IBGE, 84% das pessoas de até 24 anos atuam com carteira assinada. Isso significa que elas têm mais proteção social, com uma renda temporária do seguro-desemprego

caso seja necessário.

O presidente da Câmara da Indústria e Comércio da região (CIC-VT) Ivandro Rosa reafirma a análise de Cintia quanto à importância do setor de alimentos. Na avaliação dele, é possível um cenário econômico mais animador ainda neste ano, e que o agronegócio e toda a cadeia que movimenta será um dos meios mais seguros

O presidente do Sindicomerciários da região, Marco Rockenbach,realça que o Vale teve fechamento de vagas no setor comercial, mas em menor nível do que o dos grandes centros. “Percebemos que há uma busca por outras alternativas. O que mais temos é suspensão de contratos e redução de carga horária.”

A preocupação é quando à continuidade da pandemia. Dependendo do tempo, talvez os prazos dessas opções antes dos desligamentos possam ser insuficientes. Ainda assim, acredita que a região já passou por um cenário pior. “O fim de ano pode ser um período para retomada. Talvez em setembro e outubro a pandemia esteja superada.”

Com negociações entre os representantes patronais e os funcionários, destaca a possibilidade de estabelecer horários diferenciados e abrir em alguns domingos e feriados para mitigar as perdas.

REFLEXOS DA PANDEMIA NO TRABALHO Boletim do Dieese frisa que as regiões metropolitanas são as que mais sofrem com a crise sanitária. Alguns pontos que resumem o cenário:

· 18,5 milhões de brasileiros não trabalharam e não procuraram ocupação devido à pandemia;

· 19 milhões de pessoas foram

afastadas do trabalho e 30 milhões tiveram alguma redução no rendimento do trabalho; · As perdas de rendimento foram maiores entre os ocupados dos serviços, do comércio e da construção e entre os trabalhadores informais ; · O auxílio emergencial tem sido essencial para cobrir boa parte da perda de rendimento.

Índices correspondem à proporção de profissionais de cada segmento que tiveram perdas em maio

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Expovale e Construmóbil RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

A Comissão Organizadora da 22ª Expovale confirmou o adiamento da principal feira comercial, industrial e de serviços do Vale do Taquari.

Agendado para ocorrer entre

os dias 6 e 15 de novembro deste ano, no Parque do Imigrante, em Lajeado, o evento não resistiu às agressões da pandemia e foi cancelado. Sem nova data definida, são fortes

as chances de uma concorrência com a 10ª Construmóbil, em 2021. Hoje os organizadores avaliam seis possibilidades de datas. Entre essas, também está o ano de 2022.

Presente e futuro na câmara A câmara de vereadores de Lajeado avalia o passado e o futuro da cidade. No plenário do principal Legislativo do Vale do Taquari, tramitam dois projetos de lei que impactam diretamente na mobilidade urbana de milhares de lajeadenses. Uma das propostas projeta o novo Plano Diretor do município, com novos mapas de uso e ocupação do solo.

A outra matéria autoriza uma permuta de terrenos com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para o alargamento da Av. Alberto Pasqualini, no bairro São Cristóvão.

O novo Plano Diretor deve ser votado no dia quatro de agosto.

E um dos objetivos da matéria é evitar novos gargalos no trânsito lajeadense. Gargalos como este, verificado na Av. Alberto Pasqualini, especialmente entre o entroncamento com o trevo da BR-386 e a Ponte de Ferro sobre o Rio Forqueta. São centenas de metros de um trânsito estrangulado. E justamente no principal acesso à Universidade do Vale do Taquari (Univates). É a prova de que faltou, em algum momento, um melhor planejamento para aquela importante via.

E o problema tem proporções imensuráveis. Em alguns pontos, e de forma ainda improvisada, o poder público até conseguiu ampliar as pistas. Em outros, porém, as negociações se arrastam faz décadas. Há pontos comerciais e prédios residenciais. Novos e antigos. E também há bons exemplos de negociações já concretizadas, mas que ainda aguardam o início das obras por parte do poder público. Tudo custa muito dinheiro neste enrosco todo. E custará ainda mais se não planejarmos de forma decente o nosso trânsito para o futuro.

Covardia ou prudência?

Arki vence licitação

Um pequeno ruído de comunicação, e as posições se tornam mais radicais.

Presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, o popular Maneco (PT), quer mais diálogo antes de “aceitar” ou não a proposta do governo do Estado, que promete fortificar a autonomia aos prefeitos dentro do programa de Distanciamento Social. No entanto, a indecisão – ou erro de comunicação – do representante da Famurs gerou repercussão. Presidente da Federasul, Simone Leite foi dura:

Suspenso pela justiça em 2019, o polêmico edital de licitação para serviços terceirizados em Lajeado foi retomado em julho. Nessa terça-feira, a atual prestadora destes serviços foi declarada vencedora do processo licitatório, mesmo apresentando a proposta mais cara entre apenas três concorrentes. Com sede em Muçum, mais precisamente no número 344 da Rua Marechal Deodoro, a empresa ARKI apresentou proposta de R$ 1.262.029,42 mensais.

As concorrentes C. Romeira & Cia Serviços, com sede em Triunfo, e FacilServ, com sede em Lajeado, protocolaram propostas menores: R$ 1.230.142,58 e R$ 1.072.912.94, respectivamente.

“Tempos difíceis exigem o melhor de cada um de nós.

Vejo a Famurs se acovardando e se eximindo da responsabilidade. Prefeitos não são síndicos de prédios, são representantes de toda a sua comunidade e conhecem como ninguém a realidade local.

Que tipo de liderança abre mão de decidir no momento em que os seus mais precisam de um líder?”.

Maneco respondeu. “Radicalizar neste momento não vai ajudar em nada”, disse, prometendo aumentar o diálogo com prefeitos, associações regionais e Estado.

Entretanto, e conforme a ata de julgamento das propostas, assinada nessa terça-feira, as duas propostas foram desabilitadas em função do número de postos de trabalho inferior ao mínimo exigido no edital, além de outras incongruências. É um fim baralhado para algo que começou torto – vide a intervenção judicial. É um contrato superior a R$ 12 milhões anuais, e serve para contratação de diversos postos de trabalho. Entre esses, preparação de refeições, limpeza, zeladoria, recepcionista, manutenção e outros para diversas secretarias municipais. Ainda falta a “renovação” do contrato. Renovação, sim, por que a mesma Arki já detêm esses serviços há pelo menos 10 anos.

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DEBATES A HORA

Combate a fake news e medidas sanitárias marcarão eleições 2020

FÁBIO KUHN

Fiscalizar notícias falsas em uma campanha virtual será o principal desafio do pleito.

Debate ontem à tarde na Rádio A Hora 102.9 contou com juiz e promotora eleitorais de Lajeado MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

O

impacto do adiamento das eleições municipais deste alteram nos prazos regras do pleito foi o assunto abordado ontem à tarde no programa Debates A Hora - Política Cidadã.

O tema da edição foi “prazos e regras para partidos e candidatos nas eleições deste ano”.

O debate contou com a participação do juiz da 1ª vara cível e da 29ª zona eleitoral, de Lajeado, Marcelo Carvalho, e da promotora de Justiça eleitoral, Ana Emília Vilanova.

A promotora destacou que o acesso a informações sobre Direito Eleitoral é cada mais fácil, por meio da internet. Ela aponta que há diversos cursos online direcionados aos políticos.

“Candidato nenhum pode alegar desconhecimento. Quando o candidato, partido ou coligação tiver uma dúvida se algo é legal ou ilegal, não faça”, afirmou.

Como combater as fake news Nas eleições de 2016 para a presidência dos Estados Unidos, pela primeira vez as fake news protagonizaram o pleito, tendo inclusive influência sobre o resultado. O mesmo fenômeno foi observado no Brasil, em 2018.

Com a tendência de um processo eleitoral com menos corpo a corpo e mais campanha virtual, o debate sobre as notícias

Juiz Marcelo Carvalho (e) e promotora Ana Emília Vilanova participaram ontem do programa Debates A Hora, na Rádio A Hora 102.9

inverídicas ganha notoriedade.

“Talvez a pior fake news que vemos é em relação à urna eletrônica. A nossa urna é segura, nunca foi fraudada”, avalia o juiz Marcelo Carvalho.

Ele cita que o TSE fez convênio com associações de veículos de comunicação para alertar a população sobre o problema e destaca que é importante, ao Judiciário, ter o cuidado de não comprometer a liberdade de expressão.

“Temos que intervir o mínimo possível na campanha eleitoral, apenas coibir excessos. O direito do candidato de expor suas ideias e sua plataforma é sagrado”.

Fiscalização do eleitor A promotora Ana Emília Vi-

lanova avalia que o principal desafio da organização do pleito deste ano será fiscalizar a ocorrência de notícias falsas. Neste aspecto, ela destaca a importância dos eleitores e das equipes de campanha estarem atentos e denunciarem eventuais irregularidades.

“A fiscalização vai partir muito dos eleitors e dos concorrentes. Nem eu nem o Doutor Marcelo temos gente ou tempo para sentar na frente da internet 24 horas por dia. O eleitor será a peça fundamental nessa campanha”, diz.

DESTAQUES DO DEBATE

“Temos que intervir o mínimo possível na campanha eleitoral, apenas coibir excessos.

O direito do candidato de expor suas ideias e sua plataforma é sagrado”

“A fiscalização vai partir muito dos eleitores e dos concorrentes. (...)

O eleitor será a peça fundamental nesta campanha”

MARCELO CARVALHO

ANA EMÍLIA VILANOVA

JUIZ ELEITORAL

PROMOTORA DE JUSTIÇA ELEITORAL

Convenções virtuais Em função das medidas de distanciamento determinadas em função da pandemia de coronavírus, foram liberadas convenções realizadas virtualmen-

te, para evitar aglomerações.

Ainda assim, as convenções presenciais não estão proibidas.

“Aqui no Rio Grande do Sul,

eu vejo como inviável fazer uma convenção presencial. Pelo bom senso, ela deve ser virtual”, afirma a promotora.

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Novos casos motivam decreto mais rígido Novo decreto será publicado hoje, com medidas mais rigorosas para frear contágios. Secretário aponta aumento de casos em bairros onde antes a presença do vírus era menor MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

O

aumento recente no número de novos casos por covid-19 na cidade obrigou o governo municipal a preparar um novo decreto, com o propósito de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e frear o avanço da doença. O documento, junto com as medidas detalhadas, será publicado na manhã de hoje.

Há uma semana, Lajeado contava com apenas 26 casos ativos da doença. Este número mais do que dobrou, saltando para 61 na última

ARQUIVO A HORA

atualização da Vigilância Epidemiológica. Os dados preocupam o governo, sobretudo porque a maior parte destes casos são de pessoas jovens, oriundas de bairros próximos à Univates.

Conforme a vice-prefeita Gláucia Schumacher, o decreto não restringirá atividades comerciais e focará principalmente em medidas que evitem aglomeração de pessoas. “Será algo neste sentido.

As pessoas tem que entender que, até não tivermos uma vacina, devemos evitar de ficar juntos na rua, de se aglomerar nos momentos de lazer”, ressalta.

Segundo Gláucia, as restrições devem afetar horários de funcionamentos de bares. “Estes estabelecimentos tem gerado aglomerações após os horários de janta”, alerta a vice-prefeita, que esteve trabalhando ao longo dessa quarta no decreto, ao lado do secretário da Fazenda, Guilherme Cé, e do procurador jurídico do município, Natanael dos Santos.

Sem reflexo nas internações Apesar da preocupação com o aumento nos casos ativos, o

governo ressalta que ainda não houve um reflexo nas internações hospitalares por conta da doença, que seguem estáveis. “Mas é importante adotar estas ações, pois o vírus está circulando com maior intensidade”, salienta o prefeito Marcelo Caumo, que retornou ontem à noite a Lajeado após viagem à Brasília.

Faixa etária e bairros variados Se num primeiro momento a covid-19 teve casos importados como foco inicial e, posteriormente, se espalhou por bairros periféricos, boa parte dos novos casos estão relacionados ao Centro e à região próxima à Univates. “Os bairros monitorados são bem variados.

Vão desde o Centro até o Alto do Parque, Universitário, São Cristóvão”, explica o secretário da Saúde, Cláudio Klein.

Também chama a atenção, conforme o secretário, que a grande maioria dos casos ativos está na faixa etária dos 20 aos 50 anos. “É um grupo que não está ficando em casa e circula bastante pela cidade, nos bares, em áreas de lazer”, avalia Klein.

Governo de Lajeado publica novo decreto nesta quinta-feira

Pesquisa em curso O governo municipal está enviando aos casos positivados de covid-19, por meio do WhatsApp, uma pesquisa. A ideia do formulário, conforme Klein, é identificar os locais por onde eles circularam para que se tenha uma possível fonte do contágio.

“Montamos pelo Google Docs, é uma ideia bem interessante. No documento, há questionamentos se eles frequentaram supermercados, restaurantes, bares, academias, igrejas. E ela não precisa se identificar”.

CASOS ATIVOS DA DOENÇA NAS ÚLTIMAS SEMANAS 10 de junho: 22 casos 17 de junho: 12 casos 24 de junho: 22 casos 1º de julho: 15 casos 8 de julho: 17 casos 15 de julho: 26 casos 22 de julho: 61 casos Fonte: Vigilância Epidemiológica

Entidades aprovam retomada de esportes ARQUIVO A HORA

Decreto publicado na terça-feira permite a prática esportiva em Arroio do Meio. Para prefeito, é a chance da construção de uma “liberdade responsável” MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

ARROIO DO MEIO

Depois de quatro meses, ginásios, quadras abertas e canchas de bocha poderão receber atletas para a prática esportiva coletiva em Arroio do Meio. Um decreto municipal, publicado na terça-feira, flexibiliza a retomada destas atividades – bem como as culturais – com uma série de restrições.

Trata-se do primeiro município do Vale do Taquari e um dos poucos no estado a flexibilizar a atividade coletiva. A decisão ocorre em meio a um dos momentos mais críticos da pandemia no estado, mas traz alívio a quem vive do esporte.

Para o vice-presidente do Clube Sete de Setembro, Emerson da

ALGUNS PONTOS DO DECRETO - Permissão de horários somente para times locais, sendo vedada a vinda de equipes de fora do município; - A prática esportiva deve ocorrer entre 7h e 23h, sendo permitida a permanência no local de, no máximo, 60 minutos após o término do jogo; - É proibido ter aglomeração e plateia nos jogos; - Uso de máscara é obrigatório antes e após o jogo; - Vedada a participação de menores de 16 anos, bem como de pessoas integrantes do grupo de risco.

Dirigente da Lafa diz que retomada servirá de teste para volta de torneio

Rosa Neves, a liberação dos esportes representa uma forma de encorajar a população no combate à pandemia. “O momento ainda é complicado. Percebemos que estão todos carentes, abatidos com a situação. Ao mesmo tempo, ficar parado, de braços cruzados é muito pior”, avalia.

O clube, sediado no bairro São Caetano, está parado desde o começo da pandemia. Para Neves, a liberação da atividade é de “grande valia” para os esportistas do município. “A vida não voltará a ser como antes.

Portanto, temos que nos cuidar, ter todo um procedimento de segurança para o retorno”, salienta.

“O grande desafio é o pós-jogo” Presidente da Liga Arroiomeense de Futebol Amador (Lafa), José Elton Lorscheider, o Pantera, comemora a retomada das atividades esportivas. “Esporte também é saúde”, ressalta, lembrando que as próximas semanas servirão de teste para a retomada do campeonato municipal.

Para Pantera, o desafio é evitar aglomerações após a realização de partidas de futebol.

“Temos que voltar aos poucos, gradativamente. Esse é o caminho.

Mas as pessoas precisam entender

que se deve seguir as regras e não fazer aglomerações. O grande desafio é o pós-jogo”, reforça.

Já Nestor Scheibe, coordenador da Escolinha Rui Barbosa, considera importante o retorno “dentro da realidade” e que é impossível esperar a pandemia passar. Entretanto, mantém a aflição, já que a retomada das atividades não contemplam menores de 16 anos, foco da empresa.

Diálogo Segundo o prefeito Klaus Schnack, a decisão é amparada por um estudo feito pelo Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus. “Tivemos diálogo com entidades do município. Temos

crescimento de positivados, mas também dos recuperados. A condução da nossa equipe de saúde e do Hospital São José permite que Arroio do Meio esteja neste quadro estável”, explica.

O prefeito lembra ainda que atividades físicas e esportivas são importantes para a saúde das pessoas e ocorrerão de forma organizada, com as devidas medidas de higienização.

“Estamos dando um voto de confiança à nossa comunidade, na construção de uma liberdade responsável”, afirma Klaus.

Os proprietários dos estabelecimentos poderão ser punidos em caso de descumprimento das regras, cabendo a eles cuidar e fazer o controle dos ambientes.

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A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

Expovale é adiada pela primeira vez na história DIVULGAÇÃO

Avanço do coronavírus impossibilitou realização de feira em 2020. Nova data ainda será definida

posição dos custos ou utilização desse valor como crédito para próxima feira.

A nova data para a feira ainda não foi definida. A comissão organizadora estudará opções com patrocinadores, expositores e lideranças da comunidades, informa Arenhart. Próximo encontro da comissão organizadora deve ocorrer em cerca de 30 dias.

Nos próximos dias, a comissão fará contato direto com os parceiros e expositores. Da mesma forma, reúne-se para resolver sobre o concurso de soberanas, que também não ocorreu devido ao riscos à saúde dos envolvidos.

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

LAJEADO

O

rganizadores confirmaram ontem, 22, o adiamento da maior feira industrial, comercial e de serviços do Vale do Taquari. Programada para ocorrer em novembro, a 22ª edição da Expovale se torna mais um dos eventos sem data para ocorrer em função do coronavírus.

A decisão foi tomada em reunião entre comissão organizadora, governo de Lajeado e diretoria da Acil. Presidente da 22ª edição, Miguel Arenhart destacou que o cancelamento reflete a sensibilidade dos promotores com o atual

Em 2018, Expovale teve circulação de 87,5 mil pessoas e 300 expositores

Evento marcaria retomada

momento da pandemia. “A gente não teria condições de garantir a segurança do público e todos os expositores”, percebe.

Outro motivador para o adiamento da feira foi as eleições programadas para o dia 15 de novembro, data que coincidia com a feira.

“Poderia tirar o foco”, percebe Conforme Arenhart, os trabalhos estavam avançados com a

Em reunião realizada no mês de abril, a comissão organizadora havia mantido a feira por acreditar no enfraquecimento da pandemia até novembro. “A feira seria a mola propulsora da economia regional, pois a Expovale tem essa característica de ser uma grande vitrine dos negócios”, conta Arenhart.

Presente no encontro, o secretá-

contratação de fornecedores e cerca de 100 estandes já comercializados. “Foram vários meses de trabalho e dedicação na expectativa de fazer uma grande feira, que então não se confirma para esse ano”, lamenta.

A comissão organizadora entrará em contato com os expositores que já haviam confirmado presença na edição 2020 para re-

RETROSPECTO DA FEIRA Expovale iniciou como um evento voltado ao agronegócio. A primeira edição da então Feira de Gado Leiteiro, Mostra de Caprinos, Agro Industrial e Rodeio Crioulo ocorreu em outubro de 1983, no Parque do Imigrante.

Em 1986, passou a se chamar Expovale, edição que teve como presidente Nilson Roque Zen. Durante toda a década de 80, a feira foi realizada anualmente. A partir de 1991, com a intitulada Feira do Século, passou a ser a cada dois anos A 21ª e última edição foi realizada em 2018 com participação de 87,5 mil pessoas, 300 expositores e registro de R$ 57,1 milhões em negócios. Esta é a primeira vez na história que o evento é adiado.

rio do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker reforçou a expectativa de realização da feira que acabou não se concretizando. “Queríamos muito a feira e, em abril, maio, ainda achávamos que seria viável.

Lamentamos, mas não podemos correr riscos e temos que ser responsáveis”, afirmou.

Prefeitos retornam com promessas de recursos Ministro da Cidadania sinalizou repasse de verba para auxílio a atingidas pela cheia.

Comitiva do Vale voltou ontem de Brasília FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

Prefeitos do Vale do Taquari classificam como positiva a agenda em Brasília na busca por recursos após a enchente histórica que assolou a região neste mês. Ontem, 22, a

DIVULGAÇÃO

principal reunião foi com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Por testar positivo para covid-19 nesta semana, Lorenzoni participou do encontro por videoconferência, entretanto assessores do ministro estavam com os prefeitos da região.

Ele prometeu agilizar recursos para as famílias atingidas pela cheia.

“Assim, os prefeitos podem usar os valores do orçamento próprio para atender outras demandas, já que o acolhimento e abrigamento das vítimas nós podemos fazer”, citou. O ministro disse também que vai analisar a possibilidade de adiantar recursos federais para as redes socioassistenciais dos municípios.

Além desses recursos prometidos

por Lorenzoni, a comitiva do Vale solicitou R$ 10 milhões para o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na terça-feira. Ele afirmou que há recursos, entretanto dependem de uma análise dos projetos apresentados pelas cidades.

Prejuízo de R$ 195 milhões Atualização feita ontem, 22, aumentou os prejuízos com a enchente histórica. O montante passou para R$ 195 milhões – na primeira análise era de R$ 145 milhões. Conforme Celso Kaplan, presidente da Amvat, após apuração, verificou-se a “complicação de todos os dados”.

Com covid-19, Lorenzoni participou de reunião virtual com prefeitos

O relatório de danos registrou perdas de R$ 92,4 milhões na indústria e comércio. Com materiais, o prejuízo chega a R$ 89,1 milhões. Entre os

municípios, Encantado registrou o maior rombo (R$ 61,5 milhões) seguido de Estrela (R$ 45,7 milhões) e Lajeado (R$ 22,2 milhões).

8 MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

N

o fim da tarde, não mais do que dez passageiros esperam seus ônibus na rodoviária de Lajeado. Um veículo com destino a Imigrante encosta e sai vazio.

Ao menos seis das lojas da estação estão vazias, com placa de aluguel.

Das que ainda operam, boa parte está fechada. Restam as lancherias, com poucos clientes.

O movimento nas estações rodoviárias teve uma queda brusca com a chegada da pandemia e as medidas de distanciamento social. O impacto é percebido em todo o estado.

Em Encantado, a estação rodoviária, que chegou a ficar fechada durante o mês de junho, reabriu no início de julho. Em Cachoeira do Sul, no Vale do Rio Pardo, a rodoviária fechou faz duas semanas.

Em Venâncio Aires, a concessionária desistiu do ponto ainda no fim de abril e uma das empresas de ônibus assumiu a venda de passagens.

Abril foi o pior mês da crise e as rodoviárias chegaram a registrar pouco mais de 10% do movimento normal.

Aos poucos, a venda de passagens cresce e horários que haviam sido cancelados voltam a receber passageiros. Ainda assim, o sindicato da categoria projeta uma mudança mais visível apenas para o fim do ano.

“Não se vislumbra uma possibilidade de melhora daqui a um ou dois meses. Já estamos projetando algum crescimento mais significativo para dezembro”, afirma o presidente do Sindicato das Estações Rodoviárias do RS (Saerrgs), Nelson Noll. Os meses de dezembro e janeiro são considerados os de melhor movimento para o transporte rodoviário de passageiros.

Abril foi o pior mês Em Lajeado, o movimento em abril correspondeu a 18% do normal. “É uma queda brutal”, avalia Noll. Em maio, subiu para 23% e, em junho, chegou a 28%. Além de Lajeado, sua família administra também a rodoviária de Estrela,

A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

Rodoviárias projetam reação em dezembro Setor que chegou a ter redução de quase 90% no início da pandemia esboça reação. Expectativa é de melhora para a virada do ano

Fecomércio quer lojas abertas na bandeira vermelha ESTADO

MATHEUS CHAPARINI

Boxes com poucos ônibus e bancos com poucos passageiros se tornaram cenário comum nas rodoviárias

onde a situação é semelhante.

Noll afirma que não houve demissões. “Estamos segurando os empregos, utilizando dos programas do governo federal.

Tivemos prejuízos de março e junho e termos também em julho.

A gente não sabe até quando dá para aguentar.”

Retomada e otimismo na crise No meio de uma crise econô-

mica histórica para os setores ligados ao transporte, Franklin Fiel assumiu o desafio de reabrir a rodoviária de Encantado. A concessão está com a família faz cerca de 50 anos.

A estação chegou a fechar em junho e reabriu em 4 de julho, após renegociação com as empresas de ônibus. Dias depois, a enchente deixou a rodoviária abaixo de quase dois metros d’água, mas foi possível salvar os bens em um mezanino.

Mesmo com o início difícil, a projeção para os próximos meses é de retomada. Dos 32 horários diários, apenas 20 estão operando. No início de agosto, outros quatro devem ser retomados.

“O movimento aumenta dia a dia. Essas crises vêm a calhar para as rodoviárias. Com o aumento do desemprego, o pessoal vai migrando de cidade em cidade e usa o ônibus. A partir do fim do mês vou ter uma ideia real da situação”, afirma.

Em entrevista ontem para o programa Frente e Verso, da Rádio A Hora, 102.9, o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, falou sobre a campanha “O comércio quer trabalhar”, lançada pela entidade na semana passada.

Bohn defende que o setor deve permanecer aberto, com ao menos 25% da capacidade, mesmo em regiões classificadas com bandeira vermelha no Mapa de Risco de contágio, do modelo de Distanciamento Controlado do governo do Estado.

O presidente da Fecomércio apontou a necessidade de cuidado com a saúde e adoção de equipamentos de segurança, mas afirmou que o período de “120 dias em quarentena é exagero. O comércio não suporta mais duas semanas fechado”, justifica.

Conforme dados da Secretaria da Fazenda, o comércio teve queda de 30% em abril se comparado com o mesmo período do ano passado. Esse percentual diminuiu para 14% atualmente.

O entrevistado também citou outros dados. A perda de 123 mil empregos e 450 mil empregados com contratos de trabalho suspensos demonstram, segundo Bohn, a gravidade da crise econômica.

DIVULGAÇÃO

Segundo Bohn, comércio gaúcho perdeu 123 mil empregos

A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

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A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

V Congresso Internacional de Marcas será online LAJEADO

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onsiderando o cenário mundial, o 5º Congresso Internacional de Marcas/ Branding se reinventa e passa a ser 100% online. As atividades, que antes estavam previstas para acontecer em três dias, ocorrerão todas as quintas, das 10h às 12h, no período de 20 de agosto a 27 de novembro de 2020.

Serão duas palestras, quatro painéis, oito workshops com grandes pensadores e profissionais da atualidade. O evento terá convidados de diversos países, que apresentarão casos relevantes, esclarecerão dúvidas e oferecerão ferramentas adequadas para as marcas enfrentarem os desafios, aproveitarem as oportunidades e se serem negócios promissores.

Além disso, o congresso tem 11 grupos de pesquisas, incluindo Cenários Críticos, os quais oferecem aos participantes a oportunidade de refletirem sobre a gestão de marcas e negócios e de conhecerem novas estratégias e tendências e muito mais.

Participam do evento empresas e universidades representadas por palestrantes e/ou membro do Comitê Científico do Chile, Colômbia, Espanha, Portugal, EEUU, Inglaterra e Omã, entre outros. O congresso é voltado para empresários, para acadêmicos e para profissionais das áreas de comunicação, administração, design, marketing, direito e demais interessados em gestão de marcas e negócios.

COMO PARTICIPAR?

Para participar de qualquer umas das atividades, é necessária a inscrição prévia realizada pelo site do congresso. As vagas são limitadas. É importante enfatizar que as palestras e painéis serão abertos aos públicos e que os workshops

e Grupos de Pesquisas serão conteúdos exclusivos.

O valor do passaporte, que dá acesso a todas atividades, é de R$ 490,00 e pode ser pago até em 3x pelo cartão de crédito. Os estudantes têm 50% de desconto e grupos também.

Branding Congress: www.univates.br/5brandingcongress Programação: https://www.univates.br/5brandingcongress/ programacao Inscrição: https://www.univates.br/5brandingcongress/taxa-de-inscricao Passaporte completo: https://www.univates.br/sistemas/inscricoes/processo-3265 Inscrições avulsas: https://www.univates.br/sistemas/inscricoes/processo-3270 Vídeo no YouTube: https://youtu.be/e1n_8w3C4JA

Projeto da Sicredi Integração RS/MG concorre a prêmio internacional

DIVULGAÇÃO

VALE DO TAQUARI

Associados e colaboradores do Sicredi vão representar a instituição financeira cooperativa no World Council Young Credit Union People (WYCUP), programa mundial que estimula a formação de jovens lideranças e premia participantes que desenvolveram projetos com potencial de causar influência global no segmento de Cooperativismo de Crédito.

O WYCUP deste ano, que aconteceria nos Estados Unidos, ocorrerá de maneira virtual entre os dias 22 e 24 de julho. A Sicredi Integração RS/MG, concorre com o projeto “Educação Financeira: fazer mais com o mesmo e realizar sonhos”.

Como foco na gestão do orçamento familiar, o projeto é desen-

“Educação Financeira: fazer mais com o mesmo e realizar sonhos” é desenvolvido pela colaboradora Mainara Weirich na comunidade de Travesseiro

volvido na comunidade de Travesseiro, pela colaboradora Mainara Weirich, e inclui alunos, pais e professores. O sistema Sicredi concorre com sete cases no evento desse ano. As iniciativas são lideradas

por quatro colaboradores e três associados em municípios do Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Tocantins e uma delas no Haiti.

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A HORA | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

Resumo da novela

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Fantasma de Hogwarts (Lit.) Caráter do comentário que visa a desmoralizar uma pessoa

Fina Estampa

Punta del (?), cidade conhecida como A Pérola do Uruguai Equipe, em inglês

Região de Método que pode Manaus aumentar em até 67% Os pedidos a produção da lavoura de casamento em outdoors

Identificar (som) Representante da indústria brasileira "A única (?) da vida é a morte" (dito) Roedor raro das ilhas Moleques do Sul (SC)

Apelido de Caetano Tipo de pão

Paulo. Antenor lembra que fez uma cópia do arquivo que estava no laptop de Marcela e liga para o jornal.

Tereza Cristina vê Marcela durante uma visita ao túmulo de seus pais, e acaba desmaiando. Baltazar liga para Tereza Cristina ao ver os funcionários fecharem as portas do cemitério.

Espetáculo da Broadway Josafaz ou Itaimbezinho (Geog.)

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Solução

Loterias e divirta-se com diversos passatempos A maneira de agir do romântico incorrigível

/coquetel

Concurso nº 2281- 18/07/20

14-27-35-40-50-55

@coquetel Concurso nº 1995- 20/07/20

01 03 05 07 09 10 11 12 13 14 18 19 20 23 25

Concurso nº 5319- 21/07/20

13-23-42-65-73 ACUMULOU

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va, especiaia Nastácia Bilhete Único (sigla)

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6 GANHADORES

@coquetel

Acesse www.coquetel.com.br

Escassos (fig.)

Qualidade do cão

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/coquetel

Solução

C R U Z P A L A V R A S D A S

C R U Z P A L A V R A S D A S

BANCO

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Rio de MG e ES A 3a nota musical

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(?) way, embalagem descartável (ing.)

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A maneira de agir do romântico incorrigível

8 8 0 6 4 2 8 8 0 6 4 2 8 8 0 6 4 2 8 8 0 6 4 2 8 8 0 6 4 2 8 8 0 6 4 2

ACUMULOU

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Acesse www.coquetel.com.br e divirta-se com diversos passatempos

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Carolina, cantora Vai a pé

(51) 9 9552-8190 Tenente (abrev.)

Tratado comercial que inclui o Brasil

Apelido de Caetano Tipo de pão

Orientação de voo de morcegos

(?) escura, origem da máquina fotográfica

(?) vera, ingrediente hidratante de cremes

Sou um machinho porte médio, já castrado e vacinado! Mas preciso de um lar muito especial, pois meu canil está com super lotação e infelizmente enquanto não formos adotados, a tia Ana não pode resgatar outros. Quem sabe você poderia me ajudar? Se tiver interessado, chame a minha tia Ana:

5 0 9 9 8 5 5 0 9 9 8 5 5 0 9 9 8 5 5 0 9 9 8 5 5 0 9 9 8 5 5 0

Um dos filhos de Noé (Bíblia)

FLOCOS

Tipo de deboche usado por humoristas

O cavalo como Pégaso (Mit. grega)

Estado mais rico do Brasil (sigla)

Verniz para acabamento de móveis

Cidade natal de Prudente de Morais (SP)

Disney on (?), show de patinação Representante da indústria brasileira

© Revistas COQUETEL

8 6 6 3 8 9 8 6 6 3 8 9 8 6 6 3 8 9 8 6 6 3 8 9 8 6 6 3 8 9 8 6 6 3 8 9

OZ N A F R A N C A

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AG G U I R C N I I U C C O S UL E I T I T U A M A RA L D D A L O E D S P O S R D O CE S M I E G A S M A R ÃO

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I R O N I A

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T I E Z A M E C I O T A C L A I A G N H O P E C

ME LEVA PRA CASA

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(?) Epps, ator de "House" (TV)

PEIXES: Hoje a Lua circula no lado oposto do seu Horóscopo e manda poderosos estímulos para suas parcerias.

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AQUÁRIO: Seu poder de decisão e sua vontade de realizar mudanças ficam mais fortes por obra da Lua virginiana.

Rio de MG e ES A 3a nota musical

(?) way, embalagem descartável (ing.)

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LEÃO: Atuando em sua Casa da Fortuna, a Lua deixa seu tino comercial mais apurado e sua percepção mais organizada.

(?) de chuva, especialidade de Tia Nastácia (Lit.) Bilhete Expressão Único (sigla) do gaúcho 9 5 0 6 4 3 6 9 5 6 7 4 9 Dois 8 6 8ingre9 0 6 4 1 3 5 7 8 dientes 9 0 8 7 da 9 7 8 9 7 5 4 5 4 paella 2 6 1 9 8 7 6 5 7 0

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CAPRICÓRNIO: A Lua se movimenta em Virgem, signo do elemento Terra, como o seu, deixando você muito mais à vontade.

OZ N A F R A N C A

CÂNCER: A Lua passeia em sua Casa 3, ativa sua inteligência, seu poder de comunicação.

Um dos filhos de Noé (Bíblia)

AG G U I R C N I I U C C O S UL E I T I T U A M A RA L D D A L O E D S P O S R D O CE S M I E G A S M A R ÃO

SAGITÁRIO: As coisas devem fluir bem para o seu lado hoje e a maior aliada será a Lua, brilha em sua Casa 10.

(?) Epps, ator de "House" (TV)

I R O N I A

GÊMEOS: Em harmonia com Mercúrio e Urano, a Lua virginiana promete um dia produtivo para seus interesses profissionais.

Escassos (fig.)

Qualidade do cão

Monte dos Dez Mandamentos (Bíblia)

T I E Z A M E C I O T A C L A I A G N H O P E C

ESCORPIÃO: Você vai contar com as bem-vindas energias da Lua virginiana para se concentrar em seus objetivos.

Estado mais rico do Brasil (sigla)

P E D I S C E R T P R E R A P E Ç A C A N I A A T T E C S I N A V M B O L I E N B A H L U L A

TOURO: Os ventos dessa quinta-feira sopram a seu favor e as estrelas prometem um período de excelentes vibrações.

Região de Método que pode Manaus aumentar em até 67% Os pedidos a produção da lavoura de casamento em outdoors

(?) vera, ingrediente hidratante de cremes Tipo de deboche usado por humoristas

LIBRA: A Lua percorre o signo que abriga seu inferno astral, o que poderia ser um sinal de alerta para você.

Punta del (?), cidade conhecida como A Pérola do Uruguai Equipe, em inglês

Verniz para acabamento de móveis

P E D I S C E R T P R E R A P E Ç A C A N I A A T T E C S I N A V M B O L I E N B A H L U L A

oquetel.com.br

(?)

Carolina, cantora Vai a pé

Bater na mesma (?): insistir em um assunto

ÁRIES: A Lua atravessa o setor da saúde em seu Horóscopo e troca likes com Urano e Mercúrio.

sma de rts (Lit.) comentário a desmora-

(?) escura, origem da máquina fotográfica

Tenente (abrev.)

3/ice — one — sem. 4/doce — omar — team. 7/pirraça.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Cidade natal de Prudente de Morais (SP) O cavalo como Pégaso (Mit. grega)

Anton Tchekhov, escritor de "A Gaivota"

HORÓSCOPO

VIRGEM: Os astros mandam ótimas vibes nesta quinta-feira, a começar pela Lua, que segue o passeio em seu signo.

Tratado comercial que inclui o Brasil

3/ice — one — sem. 4/doce — omar — team. 7/pirraça.

Teodora afirma a Pereirinha que provará que todos estão enganados a seu respeito. Tereza Cristina manda Ferdinand apressar o plano contra Quinzé. Vanessa se incomoda com a proximidade de Esther e Paulo. Wallace diz a Clint que aguarda o resultado dos exames que refez em São

Disney on (?), show de patinação

Orientação de voo de morcegos

SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE E CAETANO PRETTO

Quinta-feira, 23 de julho de 2020

EM MEIO À PANDEMIA

ENTREVISTA

O RETORNO APÓS MAIS DE QUATRO MESES

“QUERO QUE TODOS OS SEGMENTOS POSSAM RETORNAR” Ex-árbitro Fifa, Leandro Vuaden volta a apitar um jogo após quatro meses e analisa o retorno do Gauchão

MATEUS SOUZA

Árbitro do Vale, Leandro Vuaden comenta sobre os desafios na retomada do futebol EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Árbitro da região, Leandro Vuaden participou do programa A Hora Esportes de ontem

“Estou trabalhando a parte psicológica e mental. Estou a mais de quatro meses sem pegar no apito.”

MIGUEL LOCATELLI/SITE OFICIAL

O

Gauchão retornou ontem com duas partidas e hoje temos sequência com a realização de mais três duelos, entre eles o clássico Ca-Ju – Caxias x Juventude, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. A partida será apitada pelo estrelense Leandro Vuaden.

Em entrevista ontem para o programa A Hora Esportes, da Rádio A Hora, o árbitro destacou que o Gauchão pode ser o ponta pé para o retorno das atividades no Rio Grande do Sul. Ele acredita que se os governantes deixarem a vaidade de lado e a população colaborar, os índices no Estado vão melhorar. “Sabemos que a vontade é de reunir os amigos, mas vamos ter calma, vamos evitar qualquer tipo de comportamento que não seja recomendado, como aglomerações.”

Sobre voltar a apitar depois de quatro meses ele brinca. “É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece.”

Após a entrevista, se deslocou para Porto Alegre onde iniciou o processo de concentração. Hoje viaja para Caxias do Sul onde vai apitar a partida, junto com Leirson Martins, Tiago Kappes Diel e Francisco Dias.

A rodada ainda tem às 15h, em Lajeado, Novo Hamburgo x Aimoré e às 19h, em Bento Gonçalves, São Luiz x São José.

Como você analisa a volta do Estadual em meio à pandemia?

Leandro Vuaden – Eu quero que todos os segmentos possam retornar. A sociedade em si está muito fragilizada.

Espero que toda sociedade possa voltar. Faço parte desse contexto chamado futebol.

Como árbitro estou inserido nesse processo e faz quase quatro meses que não trabalho.

Tivemos auxílio, mas quero trabalhar, acredito que todas as pessoas têm esse direito e precisam trabalhar. É claro que precisamos respeitar as recomendações, tudo aquilo que é necessário para voltar.

Quero que a volta do Gauchão seja o ponte pé inicial para voltarmos com as atividades normais. Para voltarmos com as escolas, que todas as nossas empresas, lojas, autônomos, que todos os segmentos possam voltar ao normal e que todos os hospitais possam receber cada vez menos pacientes. Mas acredito que não tem outra forma a não ser enfrentar e testar para ver se vai dar certo. Da mesma forma que para saber se temos ou não o Covid a gente passa por testes, acredito que esse inicio do campeonato seja um teste para a volta das atividades.

Queria que outras coisas voltassem antes do futebol, preciso ter esse senso coletivo, você olha pro lado as pessoas estão fragilizadas. A expectativa é grande que a sociedade possa voltar ao ritmo normal, mas para voltar a rotina vai ser diferente. Vou voltar a apitar futebol, obrigatoriamente a rotina será diferente, vou me higienizar mais, usar máscara, álcool em gel, repeitar as distâncias, todos os cuidados que se fazem necessários para que possamos voltar com segurança.

Vemos todos os protocolos que os clubes estão fazendo com os jogadores, mas como está sendo o protocolo

dos árbitros? Como que funcionam as testagens?

Vuaden – Nós fizemos a coleta, passamos na segunda-feira e hoje de manhã saiu o resultado.

Aqueles que testaram positivo foram afastados e os demais iniciaram ontem, às 15h, a concentração em hotel oferecido pela FGF, tomando todos os cuidados. Hoje pela manhã viajo para Caxias do Sul. Como é voltar a apitar depois de quatro meses e de cara ser um clássico Ca-Ju? Vuaden – É outro jogo que tem uma característica peculiar. O Gre-Nal é único. Alguém vai querer ser campeão, o Caxias foi campeão do primeiro turno, com isso apenas um time da Capital pode chegar na final.

Além disso o Caxias quer o título do segundo turno para se tornar o campeão. Existe uma rivalidade grande em Caxias do Sul e é uma responsabilidade grande apitar esse duelo.

Estou muito motivado e feliz de poder apitar o jogo. Estou trabalhando mais a parte psicológica e mental para relembrar como se apita um jogo. Estou a mais de quatro meses sem pegar um apito na mão, nem no futebol amador não consegui apitar.

Como disse um amigo meu em 1998 na Copa Santiago, apitar futebol é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece (risos). Obvio que depois de quatro meses é bom a gente ter um cuidado no início da partida, mas logo a gente entra no ritmo de jogo. O mais importante é ter cuidado e saber o que é mais importante, mas a experiência de anos apitando te ajuda nisso. Temos que cuidar com as jogadas perto da área, pois não teremos o VAR, não temos esse mecanismo a disposição, isso não é desculpa, temos que ter uma atenção mais redobrada para tomarmos uma decisão mais acertada, para que a gente possa ver no fim do jogo ou no noticiário que deu tudo certo.

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A HORA ESPORTE | Quinta-feira, 23 de julho de 2020

LAJEADENSE

ESTÁDIO ALVIAZUL EM

ALTA NO GAUCHÃO

CAETANO PRETTO

caetano@jornalahora.inf.br

O QUESTIONÁVEL RETORNO DO FUTEBOL

Gerente de Futebol do Lajeadense, Thiago Matos comenta sobre a realização de partidas do Campeonato Gaúcho em Lajeado KEVIN SGANZARELLA

Na primeira partida disputada no Rio Grande do Sul, Ypiranga e Esportivo empataram em 2 a 2 em Lajeado CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

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Campeonato Gaúcho retornou após mais de quatro meses. Além do clássico Gre-Nal, outra partida movimentou o estado e chamou a atenção. Ypiranga e Esportivo se enfrentaram no Estádio Alviazul, em Lajeado. A cidade do Vale do Taquari voltou a receber um jogo de primeira divisão após mais de quatro anos.

Gerente de futebol do Lajeadense, Thiago Matos concedeu entrevista ao programa A Hora Esportes de ontem para falar sobre a realização das partidas em Lajeado e sobre o que isto impacta no Lajeadense.

Segundo Matos, assim que foi concretizada a data de retorno do campeonato estadual, a direção do Lajeadense se moveu para tentar trazer alguma partida para a cidade. Em um primeiro momento a tentativa foi de trazer o GreNal ou algum jogo do São José. “O presidente Sebben passou a tratar diretamente com o presidente da FGF e conseguiu fazer com que pelo menos duas partidas fossem disputadas aqui”, comenta.

Foi Matos quem tratou de toda a operação que envolve a partida. Todos os gastos operacionais serão pagos pelas equipes mandantes. O Ypiranga na partida de ontem, e o Novo Hamburgo no jogo de hoje. “Agora, o que é pago ao Lajeadense pelo uso do estádio eu não estou por dentro”, diz o gerente.

ESTAMOS AUXILIANDO O CAMPEONATO GAÚCHO. UM DIA QUEM SABE SERÁ NÓS QUE PRECISAREMOS DE ALGUM AUXÍLIO. É SEMPRE BOM MANTER ESTA AMIZADE ENTRE AS PARTES”.

THIAGO MATOS GERENTE DE FUTEBOL DO LAJEADENSE

dência, além de aproximar os laços entre a direção e a Federação Gaúcha de Futebol. “Estamos auxiliando o Campeonato Gaúcho.

Um dia quem sabe será nós que precisaremos de algum auxílio. É sempre bom manter esta amizade entre as partes”, afirma.

O gerente enfatiza a importância do trabalho feito pela torcida nos últimos meses. Um grupo de torcedores realizou reformas estruturais e fez a pintura de toda a estrutura do estádio. “São pessoas que vivem aqui dentro, que vivem o Lajeadense. Foi um trabalho magnífico. O pessoal da FGF falou que nunca viu tanta organização em um estádio de interior.”

SÉRIE DE PROTOCOLOS

Para a realização da partida foi necessário o cumprimento de uma série de protocolos. Os membros da FGF passaram por todos os vestiários e ambientes do estádio. Tudo higienizado. A desinfecção foi feita duas vezes, de manhã e de tarde. Todos os atletas e comissão foram testados e cada clube levou um máximo de 31 pessoas ao estádio. “Caso a Divisão de Acesso retorne, nós já temos uma base sobre como é feito este protocolo. Já saímos ganhando com isso”, afirma Matos.

ESTRUTURA ELOGIADA Thiago acredita que a vinda das partidas para Lajeado faz com que o Lajeadense fique em evi-

JOGOS EM LAJEADO Depois do empate em 2 a 2 entre Ypiranga e Esportivo, o Estádio Alviazul recebe hoje o jogo entre Novo Hamburgo e Aimoré, o Clássico dos Sinos. A partida ocorre às 15h.

Uma série de incertezas e mudanças de última hora marcaram o retorno do futebol ao estado. Das seis partidas que estavam agendadas para a rodada de reabertura do Gauchão, apenas uma foi ou será realizada no estádio da equipe mandante, o clássico entre Juventude e Caxias, no Alfredo Jaconi.

Das outras cinco partidas, quatro serão disputadas em estádio neutro e uma foi adiada, o Bra-Pel. Além dessas questões, tivemos o presidente do Juventude testando positivo para o

coronavírus e dois atletas da dupla Gre-Nal, um de cada time, também testando positivo às vésperas do clássico.

Essas questões só mostram o quanto este retorno de Gauchão foi precipitado. Ou no mínimo deveria ser mais questionado. Entendemos a necessidade financeira dos clubes e dos profissionais envolvidos no futebol, mas ainda acredito que não seria a hora adequada para este retorno. Aguardemos nos próximos dias quais serão as consequências.

TÍTULO MERENGUE NA ESPANHA Uma legião brasileira comemorou na última semana o título de La Liga, o Campeonato Espanhol. Éder Militão, Marcelo, Casemiro, Vinícius Jr. e Rodrygo participaram ativamente da campanha do Real Madrid, que ainda possui o jovem Reinier em seu elenco. Os cinco foram peças fundamentais de um elenco que ainda viu três de suas estrelas brilharem. O goleiro Courtois, o zagueiro Sérgio Ramos e o atacante Benzema, este último apontado por muitos como um dos possíveis melho-

res jogadores do mundo na temporada. O Real Madrid se aproveitou de um Barcelona que não se encontrou na temporada e comemorou o seu 34º título nacional.

SUPER CHAMPIONS

A maioria dos campeonatos nacionais está chegando ao fim na Europa. Quem se aproxima é a Champions League, que com formato remodelado, está sendo chamada de “Super Champions” nesta temporada. Restam ainda alguns jogos para serem disputados nas oitavas de final.

Depois disso, das quartas

adiante, todas as partidas serão disputadas em Portugal e em jogo único. A chance de ocorrer alguma zebra é grande e o chaveamento ainda favoreceu um lado. Para mim, os favoritos à chegar na final são Bayern de Munique e Atlético de Madrid ou PSG. Veremos como se desenrola a competição.

Quinta-feira, 23 de julho de 2020

MÍN: 17º MÁX: 29º

Ar seco domina o tempo no Vale novamente.

As temperaturas se elevam gradativamente.