A Hora - 01/08/2020

Fundado em 1º de julho de 2002.

A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020 | Ano 18 - Nº 2644 | Fechamento da edição: 19h

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO

RUMO À CURA

Lívia chega aos EUA para tratar a AME Aplicação de remédio mais caro do mundo inicia em cerca de 20 dias. Menina de Teutônia faz bateria de exames para receber Página 16 medicamento.

Avulso: R$ 6,00

DISTANCIAMENTO CONTROLADO

Região volta à bandeira vermelha Na classificação preliminar do governo do estado, atualizada ontem à noite, o Vale do Taquari voltou a ser enquadrado como área

de alto risco de contágio. Municípios têm até domingo para enviar recursos ao Piratini. Resultado definitivo sai na segunda. Página 5

GABRIEL SANTOS

CONSTRUÇÃO CIVIL

Setor projeta retomada Após aflição sentida pelo segmento no início da pandemia, o otimismo começa a ressurgir. Empreendedores e analistas já conseguem enxergar

com mais clareza os desafios e as oportunidades no horizonte e acreditam na força do setor para conduzir um processo de reação econômica.

Páginas 6 a 9

OPINIÃO ADAIR WEISS

Cobertura propositiva Imprensa erra na dose ao apostar na tragédia para gerar audiência.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Bastidores da política Novas coligações, pré-candidaturas e inquéritos agitam cenário regional.

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A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

ABRE ASPAS

EDITORIAL

“O fisiculturismo ajudou a me tornar uma pessoa disciplinada” ARQUIVO PESSOAL

Morador de Roca Sales, Matheus Piccoli, 24, viu no fisiculturismo uma maneira de mudar o estilo de vida.

Atualmente é personal em uma academia em Encantado e participa de competições pelo Brasil.

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

• Como o fisiculturismo mudou a sua vida?

Quando comecei a treinar pesava 132kg e tinha como objetivo apenas emagrecer, pois estava bem acima do meu peso ideal. Em torno de 1 ano e meio depois estava com 86kg, praticando musculação todos os dias, treino aeróbico três vezes por semana e com um plano alimentar bem estruturado, então decidi começar minha graduação em Educação Física por pegar gosto pela musculação. Com o passar do tempo fui percebendo que meu corpo respondia bem aos exercícios, ganhando musculatura e condicionamento físico, então acabei decidindo competir até para ver o quão longe eu conseguiria chegar. O fisiculturismo também ajudou a me tornar uma pessoa disciplinada e focada em meus objetivos.

• O que você mais gosta nesta modalidade?

Gosto do desafio corporal e mental que esse esporte proporciona, pois exige disciplina 24 horas por dia, sete dias por semana. E das várias amizades que fazemos em nossa trajetória, conhecendo novas pessoas nos treinos e campeonatos.

• E o que menos gosta?

Do preconceito sobre o esporte e o estilo de vida.

• O que é mais difícil de manter: dieta ou treino? Por quê?

Acho o treino a parte mais difícil de manter, pois independente de qualquer problema externo preciso dar o melhor de mim dentro da academia. A dieta em fase de competição também se torna um pouco mais complicada e restrita em função da diminuição de calorias e quantidade de comida, porém consigo me acostumar com essa diminuição tranquilamente.

• Como é sua dieta?

Atualmente estou em off-season, período “fora de temporada”, onde por não ter campeonatos próximos foco em uma dieta com alta ingestão calórica para ganho de massa muscular. Faço oito refeições por dia, sendo sete sólidas e uma líquida, sempre contendo alimentos saudáveis e nutritivos, optando por produtos naturais, integrais e sem açúcar.

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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• Quais as principais dificuldades que um fisiculturista encontra no Brasil?

Por ser um esporte pouco conhecido no Brasil, questões financeiras, falta de patrocínios e de incentivo se tornam grandes dificuldade. É um esporte caro se comparado a outros, o que requer um grande investimento mensal para se tornar competitivo.

• Existe preconceito em relação à modalidade?

Existe sim, tanto em relação à modalidade como em relação ao corpo. Muitas pessoas relacionam o físico com falta de inteligência ou ficam olhando como se fosse um “monstro”, mas quem se aprofunda mais sobre o esporte acaba tendo uma noção que para se ter um físico competitivo são necessárias muitas aptidões intelectuais e emocionais.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

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Um movimento de retomada

A

construção civil é um setor amplo, com incursão em diferentes áreas produtivas.

Isso faz com que se torne um “termômetro” da condição econômica de um país, estado ou região.

Antes da pandemia era comum ouvir expressões como o “termômetro do PIB”, pois na mesma escala em que a geração de riquezas cresce, a indústria construtiva acompanha. Ter um ambiente de estabilidade é tudo o que o segmento espera, pois assim consegue manter as negociações, os prazos e as entregas das obras, sejam para moradia, comércio, lazer ou infraestrutura.

Mas a pandemia do novo coronavírus transferiu os polos magnéticos das certezas de outrora. Mesmo com o PIB em baixa, há indicativos positivos à construção. O cenário é de recessão global, de incertezas com o futuro e aqueles com dinheiro guardado no banco começaram a fazer outras opções.

Ao invés de esperar render na poupança ou no fundo de aplicações, ou no cambiou ou na bolsa de valores, investidores passaram a observar a

O mercado continua tensionado pela peste da covid-19. Porém, há uma tendência para os próximos meses e para 2021 de que chegue um horizonte mais límpido à economia.” aquisição de imóveis. Com taxas de juros menores e mais facilidade para o crédito, aproveitam o alto estoque de edificações e a momentânea baixa no preço. O ramo imobiliário é um investimento sólido, porém para médio e, na maioria das vezes, de longo prazo.

Esse movimento diferente do usual em épocas de recessão faz com que a construção civil tenha condições de, junto com a indústria alimentícia, ser uma propulsora da retomada econômica.

Isso não significa uma mudança de uma hora para outra. O mercado continua tensionado pela peste da covid-19.

Porém, há uma tendência para os próximos meses e para 2021 de que chegue um horizonte mais límpido à economia.

Neste contexto, cabe ressaltar a posição estratégica do Vale do Taquari.

Se trata de uma região que conquistou destaque estadual no segmento da construção. Seja pela qualidade das empresas do segmento, da inovação nos projetos quanto pela qualificada mão de obra.

Essa observação desperta o interesse de investidores gaúchos e de outros estados brasileiros, o que faz com que os projetos de construção previstos pelas organizações regionais mantenham-se dentro do programado apesar de toda a confusão causada pela covid-19.

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ADAIR WEISS adairweiss@jornalahora.inf.br

A DOENÇA DAS NOTÍCIAS NEGATIVAS A dose deveria nortear publicações e editoriais que desejam empatia e fidelidade do seu público. Mas preferem a tragédia que ainda gera muita audiência, embora isso possa custar a reputação da credibilidade logo adiante

S

e os meus estímulos forem “bombardeados” durante muito tempo por notícias negativas, obviamente, meu cotidiano se acostumará e logo estará envolto de tragédias e problemas.

Nem sempre e nem todos se dão conta desta arapuca.

A pandemia do coronavírus trouxe aprendizados e, em alguns casos, desnudou a própria imprensa. Acostumada a pautar sua audiência em fatos mais negativos do que propositivos, a mídia em geral errou na dose. Alguns canais ampliaram o clima apocalíptico para tentar “matar dois coelhos com uma cajadada só”, mirando a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Deram na trave.

Embora alguns discordem, muitos brasileiros – antes ligados, maciçamente, em um único canal de televisão -, mudaram de preferência. O “controle” da imprensa, literalmente, funcionou, com um simples toque.

A percepção do exagero em relação a algumas notícias acerca da covid-19 alcançou todas as classes. Foi a sensação de ser “bombardeado” apenas com informações negativas – o tempo todo e todos os dias – fez o espectador dar-se conta do elemento tóxico da desesperança.

Ainda que as mídias sociais também carreguem notícias tóxicas, elas serviram para desnudar os “arautos da opinião pública” que, repentinamente, se tornaram vulneráveis às críticas e aos julgamentos, tal qual como acostumaram fazer com os outros. É fato que a tragédia vende mais do que a ação positiva. Ao longo de décadas, jornais, rádios e televisões pautaram sua audiência na cobertura de notícias “bombásticas”. Alguns construíram verdadeiros impé-

rios em detrimento à desgraça alheia. A manipulação foi relativamente fácil, pois o acesso limitado às informações completas dificultava compreensões mais reais.

Com a era digital, o consumidor de notícias ganhou liberdade. Apesar da citação coerente do escritor Umberto Eco – a internet deu voz a um bando de imbecis –, as redes sociais democratizaram o acesso. Assim, dificultaram o controle ou o monopólio do conteúdo e da análise.

De repente, pequenos jornais,

Narrativas mentirosas bem articuladas estabelecem ‘novas verdades’. É, portanto, um expediente perigoso e tóxico ao qual o cidadão deve redobrar sua atenção”

rádios ou canais digitais desconhecidos se tornaram relevantes e muito acessados pelo público. E a capacidade de atender nichos acelerou a comunicação no mundo.

Hoje, apesar de muita desinformação e inutilidade disponíveis na rede, há, por outro lado, acesso a bibliotecas e fontes jornalísticas de vários continentes com alguns cliques. Esta é a parte positiva.

A negativa resiste na falta de discernimento ou atenção de quem consome as notícias. Os

“guetos” provocados pelas redes sociais, aliados aos robôs das fake news, tende a aumentar a crença em “falsas verdades”. E isso deturpa a informação crível.

Assim como um canal de mídia tradicional pode moldar seu editorial a interesses escusos de grupos ou acionistas, um sistema de manipulação em massa facilmente é criado nas redes sociais. Narrativas mentirosas bem articuladas estabelecem “novas verdades”. É, portanto, um expediente perigoso e tóxico ao qual o cidadão deve redobrar sua atenção. E pior: esta falsa verdade pode tanto vir com uma narrativa negativa como positiva, sobre algo ou alguém.

O presente comentário não quer recomendar esta ou aquela plataforma. Busca tão somente despertar os leitores para uma checagem racional, sem paixões e nem preconceitos. Quanto mais abertos e desconfiados em relação aos estímulos intermináveis que recebemos, melhor informados e mais livres de equívocos estaremos.

O futuro da imprensa profissional é a relevância. Sempre foi. Ainda assim, a curadoria será reconhecida pelo leitor, ouvinte ou telespectador, se o canal compreender que “não é dono da verdade”.

Fazer jornalismo exige – mais do que nunca – transparência, verdade e humildade para receber críticas e corrigir quando se erra. Tão fundamental é contribuir para que a sociedade possa se informar, aprender e crescer com o conteúdo, que ele sirva e faça diferença para algo melhor.

Os “arautos da verdade” derreteram como manteiga em brasa. Manipulação e desinformação nunca foram tão fáceis de se desmascarar. Basta desconfiar e checar.

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Havan em Lajeado Nesta sexta-feira, às 12h50min, os diretores das Lojas Havan protocolaram o pedido de Licença para Construir. O empreendimento terá 17,8 mil metros quadrados, com estacionamento no subsolo, e será erguido junto ao entroncamento da BR-386 com a Rua Bento Rosa. O projeto prevê a réplica da Estátua da Liberdade.

RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Novos e velhos hábitos!

Perguntas e silêncios!

Talentosa, inventiva e irrequieta, a jornalista lajeadense Laura Peixoto lança sua quarta obra literária: “Engole esse choro”. Na capa, uma belíssima arte sobre a foto do nosso saudoso Sebaldo. Nas folhas de papel, publicadas pela Editora Libélula, uma profunda e imperiosa reflexão sobre o nosso obscuro momento.

“Uma cidade que poderia ser a nossa, em 1974. Uma família classe média com seus vizinhos e suas intrigas politicas. Cartas.

Uma narrativa ficcional, com perguntas e silêncios que chegam sem respostas até o ano de 2019”, explica a querida autora.

O lançamento é agora, em agosto. Com tele-entrega! Sucesso, Laurinha.

Os novos hábitos não podem ser acompanhados dos velhos hábitos dos brasileiros. O aumento no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), em especial as máscaras descartáveis, precisa estar acompanhado

de outras boas práticas.

Entre essas, claro, colocar o lixo no lixo. E mais do que isso. Muito embora não seja um equipamento médico, a máscara “anti-Covid-19” está sendo usada como um e, como tal, pode carregar

Régua em Colinas.

E em Lajeado?

contaminação. Daí a importância de, além de cuidar da higienização antes da reutilização do “novo” artefato, no caso das de pano, fazer o descarte de forma diferenciada.

Ou, no mínimo, não jogá-las ao chão.

Nessa quinta-feira, o Corpo de Bombeiros Voluntários Imicol recebeu o Alvará de Licenciamento do Meio Ambiente para implementar uma régua de controle do nível do Rio Taquari em Colinas. Aplausos aos voluntários, mais uma vez. Em todo o Vale do Taquari, e após os prejuízos do último evento, este é o segundo movimento em busca de um melhor monitoramento das enchentes. O primeiro foi anunciado pelo prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, no dia 15 de julho. Ele garantiu que instalaria uma régua em até 30 dias. Da mesma forma, novas réguas podem surgir no centro antigo de Lajeado, mas com patrocínio privado!

Bastidores da política Em Teutônia, o PDT trabalha para realinhar os líderes internos. Há ruídos. E também há insatisfações por parte de quem é preterido nos debates. Celso Forneck, por ora, é o nome mais forte dentro do partido e o pré-candidato a prefeito. Mas os debates ainda envolvem membros do MDB e do PP – cujos líderes também enfrentam ruídos –, essencialmente sobre as pré-candidaturas a prefeito e vice em 2020 e em 2024.

Bastidores da política II

Em Colinas, a Câmara de Vereadores encaminhou ofício ao Ministério Público (MP) informando sobre suposto “descumprimento de lei municipal que autoriza a prestação de serviços pelo Poder Público com equipamentos rodoviários nas zonas urbana e rural daquele Município”. Definitivamente, as polêmicas têm certa dificuldade de serem resolvidas entre os poderes Executivo e Legislativo na charmosa cidade.

Bastidores da política III

Em Lajeado, o PSDB reformula a lista de pré-candidatos a vereador.

Em maio passado, o ex-assessor parlamentar do vereador Ederson Spohr (MDB), Guilherme Bolsi – que é neto do ex-presidente da Câmara, Felice Bolsi, e filho do ex-vereador, Léo Bolsi –, anunciou sua filiação ao partido tucano, e também a sua pré-candidatura. Entretanto, dois meses após o anúncio, e por motivos particulares, ele desistiu de concorrer pelo PSDB.

Bastidores da política IV

O Ministério Público abriu inquérito civil para verificar se está havendo “preterição dos candidatos aprovados no Concurso Público aberto pelo Edital n. 022/2019 por cargos comissionados e/ou servidores contratados temporariamente, o que caracterizaria violação aos princípios regentes da Administração Pública”. O fato é verificado pelo promotor Neidemar Fachinetto na Prefeitura de Santa Clara do Sul.

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ONG reage à publicação homofóbica de vereador Parlamentar compartilhou vídeo com piada preconceituosa em grupo de WhatsApp. Movimento LGBT repudia a manifestação MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

TAQUARI

U

ma organização não governamental (ONG) de Porto Alegre encaminhou ofício à câmara de vereadores de Taquari solicitando a retratação de um parlamentar por compartilhar conteúdo homofóbico nas redes sociais. Os prints da conversa vazaram, chegando até a ONG Nuances Pela Livre Expressão Sexual.

O fato ocorreu durante em um grupo privado de WhatsApp dos vereadores. Renê D’Ávila, conhecido como Tio Nei (PP) compartilhou um vídeo que trata, inicialmente, de um suposto agravamento na saúde do governador Eduardo Leite, diagnosticado recentemente com covid-19.

A reportagem teve acesso ao vídeo, que relata a saúde do governador para, em seguida, fazer um comentário homofóbico. “(…) Ele não vai poder tomar a ivermectina, porque a ivermectina mata as bichas”, diz a mensagem, acompanhada de risadas irônicas.

Minutos após o compartilhamento do vídeo no grupo, o presidente do legislativo, Leandro Mariante (PT), pediu a exclusão do mesmo. “Nada condizente com a postura do parlamentar. Não é momento para fazermos brincadeiras de mau gosto ou compartilhamentos (…)”, solicitou.

“Ok presidente”, respondeu

Tio Nei. Outro vereador, Ramon Kern (PT), também reforçou os pedidos para que a publicação do colega fosse apagada, o que não ocorreu de imediato.

Estado revisa bandeiras e região vai à vermelha Na 13ª rodada do Distanciamento Controlado, Vale do Taquari foi classificado em risco alto de contágio pela segunda vez desde o início do modelo DIVULGAÇÃO

“Há uma ofensa ao público LGBT” Coordenador-geral do Nuances, Célio Golin disse que o ofício foi encaminhado com o propósito de que a câmara tome medidas internas sobre o caso. “Há uma atitude de homofobia do vereador. Ele é uma figura pública e o conteúdo que compartilhou não é condizente com o cargo. Esperamos uma retratação da pessoa”, salienta.

Os prints chegaram à ONG através de um cidadão de Taquari que se sentiu incomodado e ofendido com a publicação. “Para nós, enquanto militantes, há uma ofensa ao público LGBT. Se utiliza de uma questão privada, de sexualidade e do preconceito para se divertir, ironizar e desqualificar uma pessoa e acaba atingindo a população LGBT como um todo”, explica.

“Se precisar, vou me retratar” Conforme Leandro Mariante, até a tarde de sexta-feira, o ofício não havia sido protocolado na casa. Ele diz que câmara não possui gerência sobre postagens individuais dos vereadores. “Nós, enquanto presidência, repudiamos tal postura e solicitamos a exclusão do post”, resumiu.

Já Tio Nei atribuiu o compartilhamento do vídeo a um parente. “Foi meu neto que estava com meu celular e postou no telefone, compartilhou por engano em outros grupos.

Depois eu apaguei o vídeo. Se precisar, vou me retratar tranquilamente.

Não foi nada por mal”, salienta.

Tio Nei está em seu segundo mandato de vereador. Curiosamente, ele fazia parte do PSDB (partido do governador) até abril, quando ingressou no PP. DIVULGAÇÃO

Conversas no grupo de vereadores vazaram nesta semana

Piratini atualizou nessa sexta, 31, o mapa do Distanciamento Controlado. Das 21 regiões, 12 estão em alto risco de contágio.

RAMIRO BRITES ramiro@grupoahora.net.br

ESTADO

O governo do Estado atualizou as bandeiras do distanciamento controlado às 19h dessa sexta-feira, 31. Para esta semana, o Vale do Taquari retorna, preliminarmente, à bandeira vermelha. A última vez que a região esteve com as restrições do alto risco de contágio foi na primeira semana do modelo, instituído em 10 de maio.

Os municípios podem re-

correr a classificação até às 6h de domingo, 2. Os recursos são avaliados pelo Piratini na tarde da segunda-feira, 3. Se a contestação for aceita, a região voltará as restrições da bandeira laranja.

Ontem, o governador Eduardo Leite anunciou alterações no modelo. As mudanças implicam na criação de uma nova região, dos municípios da região carbonífera e da costa da Lagoa dos Patos. O nível de ocupação dos leitos também teve um peso menor nos indicadores que definem as classificações das zonas do Distanciamento Controlado.

Regra 0-0

A norma permite que os municípios que não tenham contabilizado internações nem mortes na última semana, mesmo classificadas em bandeira vermelha (alto risco de contágio), tenham as restrições da bandeira laranja.

No Vale do Taquari, 16 municípios podem ter restrições menos severas. São eles: Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo,Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Ilópolis, Nova Bréscia, Putinga,Santa Clara do Sul, São Valentim do Sul, Sério, Travesseiro e Westfália.

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A FORÇA DA CONSTRUÇÃO

Da incerteza para a retomada econômica Emprego, renda, arrecadação aos cofres públicos e uma oferta de produtos para diferentes camadas da sociedade. Para uma única obra, há 97 atividades econômicas envolvidas. Como resultado, a construção representa 20% do PIB nacional gerado pela indústria. Após os meses de março e abril, com obras fechadas e insegurança quanto ao futuro, o otimismo começa a voltar devido ao comportamento do mercado

FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESPECIAL

A

construção civil é o “termômetro da economia”. Nos anos de crescimento econômico do país, o segmento acompanha os índices positivos, gera emprego, renda e atrai investimentos.

Com a pandemia do novo coronavírus, muitas certezas viraram dúvidas. Em meio à falta de perspectivas quanto ao futuro, o setor também enfrentou dias de aflição.

Empreendedores e analistas ago-

ra conseguem enxergar com mais clareza os desafios e as oportunidades que vem no horizonte.

“A chegada da pandemia foi de muita preocupação. Ficamos duas semanas parados, como vários outros segmentos. O cenário era de muito pessimismo”, relembra um dos diretores da Construtora Diamond, Gustavo Schmidt.

Diferente da indústria alimentícia, que viveu surtos da doença nas linhas de produção, a construção, até pelo modelo de trabalho nos canteiros de obra, conseguiu uma

adaptação mais ágil, sem histórico de contágio entre as equipes.

Passados os dois primeiros meses de pandemia, há uma retomada dos investimentos, afirma Schmidt. “Apesar da situação econômica desfavorável, percebemos que ocorre uma procura por investimentos no ramo imobiliário.”

Esse volta gradual do otimismo para o setor se confirma pela Federação das Indústrias do RS (Fiergs). Por meio do Índice de Confiança do Empresário Industrial – Construção Civil – se per-

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A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020 FOTOS GABRIEL SANTOS

CENÁRIO DA CONSTRUÇÃO E TENDÊNCIAS PARA O FUTURO • Os financiamentos imobiliários com dinheiro das cadernetas do Sistema de Poupança e Empréstimo atingiram R$ 7,1 bilhões em maio. Um crescimento de 6,5% em relação ao mês anterior e de 8,2% em comparação com o mesmo período do ano passado; • No acumulado de 12 meses (junho de 2019 a maio de 2020), o volume de empréstimos somou R$ 85,1 bilhões, alta de 30,5% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores; • O PIB da indústria gaúcha superou R$ 20 milhões em 2019. O setor da construção civil representou 20% desse montante, conforme a Fiergs; • No Brasil, a manufatura teve um PIB de quase R$ 300 bilhões no ano passado. A indústria da construção civil contribuiu com mais de 20%;

cebe uma evolução nos números depois de abril e maio terem os piores resultados em anos.

Os indicadores variam de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 apontam para avaliações positivas por parte dos empresários. Conforme a federação, a confiança do setor cresceu para 41,2 em junho. Uma evolução de sete pontos em relação a maio.

Adaptação ao mercado A construtora Diamond mantém projetos de alto padrão e, con-

Uma obra mobiliza 97 segmentos econômicos, estima o Sinduscom. Além da atividade da construção, há lojas de materiais, fiação elétrica e hidráulica que dependem do andamento do setor

forme o Schmidt, a meta de vendas está sendo cumprida. Diversos fatores contribuem para esta realidade, passa pela queda nas taxas de juros e pelo fato de ser um investimento sólido, com menos variação frente à instabilidade da bolsa de valores ou do câmbio.

A percepção dele é similar a de Mateus Pedó, da Pedó Imóveis. “Quando começou a doença, ainda em março, algumas construtoras que temos contatos mostravam muito temor. Elas estavam se preparando para uma guerra”, realça.

A estimativa era de um congelamento total das vendas, com impacto nos prazos de construção e nas metas. “A preocupação era geral. Fechamos por uma semana. Depois começamos com trabalhos internos, com home office. As reuniões eram diárias.”

Com a retomada quase normal do trabalho, a surpresa: “fechamos o semestre dentro da meta prevista no início do ano. O que perdemos em março e abril conseguimos recuperar em maio e junho.”

A diretora da Imobiliária Antares, Fabiana Althaus Engster, relembra a surpresa das restrições às atividades econômicas. “Ficamos fechados por duas semanas. Na terceira voltamos a atender, mas de uma forma muito diferente.

Não permitíamos a entrada das pessoas. Atendíamos na porta.”

Naqueles dias, os negócios estagnaram. “Em seguida percebemos que era possível atender de outra

Em março e abril, o cenário era de apreensão com o futuro da construção civil. Com a adoção de medidas de proteção associadas às práticas da segurança do trabalho, segmento não registra surtos da covid-19 em todo o RS

• A cada R$ 100 investidos na construção, estima-se que R$ 25 retorne ao setor público em forma de imposto; • No país, são mais de 9 milhões de trabalhadores formais só no ramo da construção. No RS, conforme o Caged, se aproxima dos 700 mil empregos. O Vale do Taquari emprega mais de 25 mil pessoas no setor; • Levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que nos próximos cinco anos o país precisa construir 14,5 milhões de novos domicílios para suprir o déficit por moradia.

PELA REGIÃO

ARROIO DO MEIO

Até o ano passado, o município tinha 86 empresas diretamente ligadas à Construção Civil; Os bairros que mais crescem são: São Caetano, Bela vista e Barra da Forqueta, pois hoje existem projetos de novos loteamentos encaminhados, e existem ainda, mais áreas de possíveis expansões dentro da zona urbana do município.

ESTRELA

LAJEADO

Só na construção civil são mais de 2 mil empregos (representam 6,3% do total de carteiras assinadas na cidade); Em termos econômicos, paga em salários cerca de R$ 4 milhões por mês (5,1% do volume de renda mensal do município) Até o fim do ano passado eram 213 empresas (6,6% do total de CNPJs);

forma. Começamos a optar pelos meios on line. Tivemos uma venda em que a pessoa viu o imóvel no site. Foi até o local e fechamos a negociação toda pela forma virtual.”

De acordo com ela, aos poucos o segmento imobiliário retoma a condição normal. “As pessoas ainda têm mais cautela no investimento, mas não pararam.” Na avaliação de Fabiana, medidas econômicas governamentais facilitaram o acesso a financiamentos, o que contribuiu com todo o segmento.

“Também percebemos que aqueles com dinheiro guardado estão com receio de deixar na aplica-

De acordo com o setor de Fiscalização Tributária da Secretaria da Fazenda estão inscritas no município 111 empresas no ramo da construção/reformas, de pequeno, médio de grande porte.

No ramo do mobiliário são 18 empresas, a maioria atuando na fabricação de móveis. Só neste segmento (mobiliário) foi responsável por um Valor Adicionado Fiscal, em 2018, de mais de R$ 7 milhões.

TEUTÔNIA

Os bairros com maior crescimento são Canabarro (residencial e comercial), Alesgut (residencial) e Languiru (predial comercial e residencial); Os setores ligados à construção civil representam 1,5% do valor adicionado de Teutônia. Ao todo, são 76 empresas.

ção e optando por investimentos mais seguros, que é o caso dos imóveis.”

Pela perspectiva dela, até o fim do ano o setor imobiliário e de construção tenha indicadores próximos do período antes da pandemia. “Tenho bastante otimismo. Mesmo que seja devagar, as coisas já estão melhores do que nos meses anteriores.”

Esperança com o futuro

O diretor da Lyall, Roberto Lucchese, parte do pressupos-

to de que a construção civil vive um momento distinto de outras atividades. “Fizemos a campanha ‘a obra não para’ muito para mostrar a importância da continuidade dos negócios e do trabalho. Nossa conduta foi de seguir o planejamento, pois temos responsabilidade com os funcionários e suas famílias. Não poderíamos parar e ficar em casa enquanto essas pessoas tivessem perdas no seu sustento.”

De acordo com ele, ficou

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comprovado que a atividade no canteiro de obras tem baixo risco de contágios, o que trouxe condições inclusive para que a construção seja a principal alternativa de investimento frente às condições propícias da baixa dos juros.

Para o Vale do Taquari, estima que os próximos meses serão de evolução. “Estamos no meio da pandemia, mas o cenário pós é empolgante. Acredito que 2021 será tudo o que deveria ter sido este ano.”

Adaptação e mais tecnologia

O arquiteto e professor da Univates, Rodrigo Spinelli, avalia as mudanças causadas pela pandemia na atividade de construção. Esses movimentos vão desde a necessidade dos clientes para adaptar a casa para o trabalho remoto, ao uso de tecnologia nos canteiros de obras e no atendimento ao público.

“A pandemia acelera as transformações. As construtoras estão revendo as estratégias para implantar tecnologias construtivas, com mais observância de regras técnicas e ainda mais atenção ao planejamento das obras, para que se tenha um projeto de qualidade.”

De acordo com ele, essa preocupação é uma busca de mais racionalidade nas obras, como uma forma de aproveitar melhor os insumos e evitar desperdícios. “A pandemia vai obrigar o aperfeiçoamento de todo o trabalho.”

O também professor e arquiteto Augusto Alves corrobora com essas afirmações.

Ele acrescenta ainda o cuidado com a saúde dos trabalha-

dores. “Os operários já trabalham dentro de normas de segurança de trabalho. Para evitar a disseminação da covid, basta acrescentar alguns protocolos. Isso, sem dúvida, garante uma expressiva queda no risco de propagação da doença no ambiente de trabalho.”

Importância econômica A indústria da construção envolve 91 atividades econômicas.

Vai do barro até os acabamentos. Frente ao amplo leque de atuações, é difícil estabelecer um percentual na geração de renda.

Pelos dados da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), toda a geração de riquezas das indústrias brasileiras no ano passado superou os R$ 20 bilhões. Deste total, estima-se que 20% tenha sido da cadeia da construção.

Com base em dados do IBGE, essa renda é gerada por obras de infraestrutura, edificação e serviços especializados. Sem considerar o

comércio de materiais, a contratação de profissionais autônomos ou gastos com mobiliário e decoração.

Na economia regional, o segmento é um dos mais importantes.

Nos 38 municípios da região, contabilizando organizações privadas, prestadoras de serviço e empresas, são mais de 30 mil cadastros. Nas maiores cidades, essa representação é ainda mais evidente.

São mais de mil empresas ligadas ao setor no Vale do Taquari. Lajeado concentra a maioria, com cerca de 470 CNPJs. A organização dessa estrutura parte do Sindicato das Indústrias da Construção Civil, Mobiliária, Marcenarias, Olarias e Cerâmicas para a Construção, Artefatos e Produtos de Cimento e Concreto Pré-Misturado do Vale do Taquari (Sinduscom-VT).

Construção de um Vale A participação e importância do setor à região podem ser vistas no desenvolvimento urbano das cidades, afirma o secretário de Planejamento de Lajeado, Giancarlo Bervian. A maior cidade da região é o maior exemplo dessa evolução.

O fim da década de 80 foi o marco da urbanização. O território dedicado à produção primária foi sendo reduzido. Começou com as emancipações e depois com as expansões urbanas. Hoje o município tem 1% estabelecido como sendo área rural.

Com a necessidade por mais moradias, algumas decisões foram tomadas sem um planejamento adequado. Equívocos trouxeram dificuldades, em especial no saneamento básico, mobilidade urbana e gastos com infraestrutura pública.

Para corrigir essas discrepâncias e evitar novos problemas, o Plano Diretor foi reelaborado.

O documento estabelece novas regras para o crescimento ordenado da cidade às próximas décadas. No caminho para o fu-

A tecnologia se tornou uma aliada ainda mais presente nas negociações e desenvolvimento dos projetos. Diversas empresas passaram a criar momentos de videoconferências com os clientes para acertar detalhes e apresentar produtos

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A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

ENTREVISTA

ENTREVISTA

JOSÉ ZAGONEL • Presidente do Sinduscon-VT e diretor da Construtora Zagonel

ANDRÉ DE NUNES Economista chefe da Fiergs

“O momento é favorável para quem compra” Muito estoque faz os preços baixarem, afirma Zagonel. O presidente do Sindicato das Construtoras do Vale do Taquari (Sinduscon) enaltece a qualidade e o perfil inovador das empresas locais e acredita que o segmento será a força motriz da retomada econômica do país, estado e da região.

A Hora – Após o baque das primeiras semanas de pandemia, qual o cenário da indústria da construção civil?

José Zagonel – Tivemos um impacto muito grande, com paralisação de obras.

Depois voltamos em menos

turno. Felizmente agora está normal, trabalhando dentro do horário. Primeiro momento preocupou demais, pois não dá para se manter funcionários parados com uma folha de pagamento alto. A solução foi dar férias e conseguimos administrar bem.

Queria a Deus que não tenhamos novas paralisações, pois se traz muitas dificuldades.

Em conversa com diversos empresários do setor, percebemos que há uma volta do otimismo, pois os negócios ocorrem apesar da crise. A que se deve isso?

Zagonel – Aos poucos os negócios estão sendo retomados. Não com a mesma fluência, mas o otimismo é muito grande entre os empresários e acreditamos muito que a economia vai se recuperar e vamos contribuir com isso.

Com relação ao mercado regional, quais as condições para os negócios?

Zagonel – A situação não é totalmente favorável. Na nossa região temos um grande número de empresas e muita oferta de imóveis. O momento é favorável para quem compra.

Há estoques e os preços estão baixos. Na medida em que a economia voltar a crescer, haverá maior valorização dos imóveis.

DIVULGAÇÃO

Apartamentos da Zagonel em Gramado devem ficar prontos em 18 meses. Custarão de R$ 291 mil até R$ 560 mil

turo, o planejamento das cidades se torna fator decisivo para melhorar a qualidade de vida, evitar gargalos, seja no trânsito e no saneamento básico.

“Foram visitados os 27 bairros, com 30 audiências públicas. A preocupação desse documento é que o bem coletivo se sobreponha ao interesse individual”, afirma o secretário.

O documento não pode ser votado ainda devido à pandemia, que forçou mudanças nos prazos para o trâmite do projeto. Comissões parlamentares fizeram emendas, que estão em análise pelo grupo de trabalho, conta Bervian.

Mesmo ritmo

Com base nos dados da fiscalização, análise de projetos

arquitetônicos e emissão do habite-se, a construção segue em níveis semelhantes ao período anterior a chegada do coronavírus, afirma Bervian.

“O trabalho permanece e chama atenção o volume de projetos para residências, sobrados, prédios que passam pela secretaria todas as semanas”, relata o secretário. “As obras não pararam. Em conversas com profissionais da área de arquitetura, eles se mostram bem satisfeitos com o andamento da atividade.”

Aposta na Serra

Nesta semana, o anúncio da Construtora Zagonel do investi-

mento de R$ 40 milhões para a edificação de sete torres residenciais em Gramado chamou atenção do estado. Conforme o proprietário da empresa, José Zagonel, serão 186 apartamentos, com uma grande estrutura de lazer.

O condomínio se chamará AIRE Gramado. O projeto é entregar a obra em 18 meses.

O complexo terá piscina aquecida, espaço para animais de estimação e praças. Os apartamentos partem de R$ 291 mil com um dormitório, R$ 349 mil para dois dormitórios com uma suíte, R$ 430 mil nos dois dormitórios com duas suítes e R$ 560 mil para três dormitórios com três suítes. O AIRE Gramado é o terceiro empreendimento da construtora de Lajeado na Serra Gaúcha.

“Podemos afirmar que o setor inicia um processo de retomada” A cadeia da construção é heterogênea, com a participação de diversos setores produtivos.

Se trata de um investimento de médio e longo prazo, que precisa de estabilidade econômica, afirma o economista. Ainda com um cenário incerto, André de Nunes acredita ser necessário manter a agenda de reformas estruturantes do país.

A Hora – Após o baque das primeiras semanas da pandemia, qual é o cenário da indústria da construção civil?

André de Nunes – De fato, o impacto mais intenso, não só na construção como em toda a atividade, ocorreu nos meses de março e abril. Em maio já vimos que a queda foi menos intensa e em junho também.

Ainda assim, a produtividade está abaixo do usual nas indústrias gaúchas, mesmo que a construção tenha tido menos restrições.

Para os próximos meses, vemos que há uma possibilidade de crescimento gradual. Ainda que não seja uma recuperação com grande confiança e vigor conforme os empresários relatam na pesquisa da sondagem industrial.

Sobre a intenção de investir e lançar novos empreendimentos, os resultados são mais positivos.

De que maneira a construção civil pode ser uma das condutoras da retomada econômica do país, do estado e das regiões, como o Vale?

Nunes – O setor é intenso em mão de obra. Mobiliza uma grande cadeia de fornecimentos, seja de bens industriais ou de serviços. Acaba que a construção é um setor fundamental à retomada econômica em todos os níveis, pois há uma grande gama de prestadores de serviços, terceirizados, de empresas menores e regionais envolvidas na cadeia.

Primeiro a alta demanda de mão de obra e de serviços especializados. A utilização de empresas de médio e pequeno porte e a mobilização da cadeia de suprimento e transporte. Isso faz com que se movimente muito a economia das regiões na medida em que haja uma retomada das construções. Em termos agregados acaba por contribuir ao crescimento do país.

Por que o setor é considerado o “espelho econômico” de um país?

Nunes – A construção civil representa cerca de 20% do PIB da indústria gaúcha. Mas é importante ter em mente que esse setor tem efeitos de encadeamento muito grande. Grande parte da manufatura de aço, de plástico, materiais elétricos, cerâmicas fazem parte disso. Ou seja, são várias indústrias que contribuem e dependem da atividade de construção.

Então, em termos indiretos a representação econômica é ainda maior que os 20%.

Percebe-se que há uma volta do otimismo no setor. A que se deve esse movimento?

Nunes – A própria pandemia, com as pessoas ficando mais tempo em casa, faz com que as famílias reavaliem sua condição de moradia. Muitas vezes buscando reformas, ampliações e até indo atrás de outro lugar para viver.

Outro fator é a queda da taxa de juros. Isso faz com que o custo do financiamento seja menor. No entanto, temos de ter atenção que a construção é um setor muito amplo. Há cadeias perdendo muito, como no caso dos hotéis, de lajes corporativas e shoppings. Se por um lado a habitação deu uma esquentada em meio à pandemia, os outros segmentos estão sofrendo.

Do ponto de vista das políticas públicas, quais decisões podem ajudar o setor?

Nunes – Entendemos o empreendimento de construção, seja para investimento ou habitação, como algo de longo prazo. É preciso de tempo de construção, de maturação dos projetos, de fluxo de pagamento.

Isso está atrelado à expectativa que se tem com relação ao futuro.

Portanto, do ponto de vista econômico, o que beneficia muito o setor é ter estabilidade, com taxas de juros baixas e menos volatividade no ciclo de crescimento.

Tudo isso favorece o setor em médio e longo prazo. Esse será um desafio para os próximos anos, tendo em vista que a pandemia fez com que as despesas públicas aumentassem.

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Melhor e mais cara, nova gasolina chega aos postos segunda

FÁBIO KUHN

Alteração em parâmetros passa a valer a partir da próxima semana. Para especialista, vantagem está na padronização da qualidade do combustível FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

PAÍS

O

padrão da gasolina automotiva terá incremento de qualidade obrigatório a partir de segunda-feira, 3. Com as mudanças em parâmetros como a densidade, temperatura para evaporação e octanagem, os motoristas devem obter desempenho maior dos veículos, entretanto o preço do litro deve aumentar.

A Petrobras não divulgou quanto será o reajuste. Em nota, afirmou que "o ganho de rendimento compensa a diferença de preço da gasolina, porque o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro".

Resolução com as mudanças foi publicada, em janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em janeiro. Distribuidoras terão 60 dias, a partir de 3 de agosto, para vender os produtos que foram comprados antes e não atendem às exigências. Já os postos de gasolina terão prazo de 90 dias.

Postos ainda terão 90 dias para vender combustível antigo a partir dessa segunda-feira

As mudanças vão aproximar o padrão da gasolina brasileira ao da União Europeia, ressalta o professor da Univates, Sílvio Luiz Hüning.

Conforme ele, a principal vantagem será uma padronização na qualidade da gasolina.

Sobre os efeitos no motor, Hüning confirma que o novo combustível poderá registrar um rendimento maior. Ele não prevê efeitos no motor. “Os motoristas devem percebera apenas uma quilometragem a mais por litro.

Se fazia 10, agora deve fazer 11”, exemplifica.

Hüning lembra ainda que desde 2013 a ANP não realizava mudanças no padrão da gasolina.

As mudanças estão alinhadas aos atuais requisitos de consumo

de combustível dos veículos e de níveis de emissões atmosféricas, considerando o cenário das fases futuras do Programa de Controle

de Emissões Veiculares (Proconve – Ibama) e do Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, do governo federal.

MUDANÇAS Densidade – Haverá um limite mínimo de massa específica que será de 715 quilos por metro cúbico. Antes, os fornecedores só precisavam informar os valores desse parâmetro. Quanto maior for a densidade da gasolina, maior capacidade de gerar energia.

Temperatura para evaporação – Fica estabelecido uma faixa com limite máximo e mínimo de temperatura para evaporação de 50% da gasolina. Antes, a ANP regulava apenas o limite máximo.

Essa mudança gera melhora na qualidade da combustão em ponto morto, na dirigibilidade, no tempo de resposta na partida a frio e no aquecimento adequado.

Octanagem – Muda as especificações é na medição da octanagem, que é importante para controlar a resistência da gasolina à detonação.

Antes, só havia especificação prevista no país para a octanagem MON e o índice de octanagem (IAD), que é a média aritmética entre as octanagens MON e RON.

Município intensifica fiscalização no fim de semana LAJEADO

Policiais e fiscais da Prefeitura de Lajeado intensificam as ações de fiscalização na cidade neste fim de semana. O objetivo é garantir as medidas de distanciamento e o cumprimento dos decretos municipais e estaduais em razão da pandemia. Além disso, ruas, avenidas e parques também terão seus acessos restritos para evitar a circulação de veículos e pessoas e reduzir aglomerações.

As fiscalizações no município estão ocorrendo de forma integrada por fiscais das Secretaria do Planejamento, da Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde, da Secretaria do Meio Ambiente e do Departamento de Trânsito de Lajeado. Em algumas operações, conta com apoio da Brigada Militar e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

As ações já tiveram início na noite de quinta-feira, 30. A equipe percorreu os bairros Centro, Americano, Florestal, São Cristóvão, Universitário, Campestre, Olarias e Centenário. Foram vistoriados 50 estabelecimentos e foram aplicadas duas notificações visto que os locais não haviam alvará de funcionamento.

Com o objetivo de reduzir a circulação e aglomeração de pessoas para evitar contaminação pelo novo coronavírus, órgãos de fiscalização da Prefeitura de Lajeado farão novamente ações de restrição de carros e de pessoas nas áreas de maior risco de aglomeração. Os locais com restrição serão demarcados com sinalização de trânsito.

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Por que o governo cria uma nota de R$ 200?

Segundo economistas, tem relação com a queda na circulação de cédulas no país, com pessoas “entesourando” dinheiro em casa durante a pandemia. Especialistas descartam risco de inflação MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

PAÍS

U

m anúncio do governo federal nesta semana pegou o mercado de surpresa. A partir de agosto, uma nova cédula estará circulando no país, a de R$ 200, que terá o lobo-guará como símbolo. Entre dúvidas sobre a nota, criou-se também uma confusão entre uma parte da população, temendo um possível retorno da inflação.

Contudo, especialistas dizem que não é motivo para preocupação. A inflação está sob controle, inclusive abaixo da meta prevista. O que levou o Banco Central a apresentar uma nova cédula é o chamado entesouramento. “É isso que o governo têm alegado. Em função da pandemia, muitas pessoas estão fazendo isso. Aí, falta dinheiro circulando. Por isso, emitir uma moeda nova contribui para aumentar a circulação. ”, explica a economista e professora da Univates, Fer-

nanda Sindelar.

De fato, esta é uma análise predominante entre os especialistas.

O mestre em Desenvolvimento Econômico, Eduardo De Gasperi, considera que, num momento de incertezas, as pessoas têm preferência pela liquidez. “É um momento de incerteza generalizada.

As pessoas preferem entesourar moedas por motivo de precaução. Por isso, a demanda por papel cresceu muito durante a crise”, afirma.

A última cédula a ser lançada foi a de R$ 20. Naquela ocasião, Fernanda lembra que também a nota foi criada para aumentar a circulação de dinheiro e facilitar o troco. “Isso já ocorreu em outros momentos”, recorda.

Medo da inflação O trauma de quem viveu os anos 1980 e meados da década de 90 é grande quando o assunto é inflação. Naquele período, o Brasil convivia com índices altíssimos e constante mudança nos preços, motivando também mudanças na moeda.

“O povo tem uma memória in-

flacionária muito forte no Brasil. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.

A nova nota causou uma polêmica muito maior do que seria necessária. É mais para reduzir os custos com logística”, ressalta De Gasperi.

Efeito adverso

Para especialistas, a nova cédula terá efeito macroeconômico nulo.

Entretanto, pode apresentar algumas adversidades. Uma delas é o troco, que ficará dificultado com a nota

Lobo-guará será o símbolo da nota, que chegará ao mercado neste mês

de R$ 200. “E um efeito adverso é que a medida facilita contravenções. O mundo do crime está festejando essa nota, principalmente aqueles que lavam dinheiro”, alerta De Gasperi, citando o exemplo da Europa, que baniu a nota de 500 euros, muito utilizada pela máfia.

AS CÉDULAS DO REAL - Em 1994, o Plano Real entrou em vigor e, como efeito principal a redução na inflação no país. Inicialmente, foram criadas cédulas de R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100; - Após sete anos com as mesmas cédulas, em 2001 o Banco Central lançou a nota de R$ 2, com o propósito de facilitar o troco.

No ano seguinte, surgiu a nota de R$ 20, também com o mesmo objetivo; - Em 2005, a nota de R$ 1 parou de ser impressa. Desde então, ela passou a ser substituída gradativamente pela moeda de metal de mesmo valor. Hoje é raro encontrar uma nota de R$ 1, se tornando desejo de colecionadores.

Certel concede R$ 10 milhões em “bônus energia”

AGENCIA BRASIL_MARCELO CAMARGO

Cooperativa divide o valor em descontos nos boletos de todos os clientes, a partir de agosto. O recursos é parte de R$ 35 milhões das sobras do exercício de 2019 VALE DO TAQUARI

A partir de agosto, a Certel vai distribuir a todos os seus associados o Bônus Energia, aprovado na assembleia da cooperativa deste ano.

O valor é composto por R$ 10 milhões dos R$ 35 milhões das sobras do exercício de 2019. O recurso será creditado automaticamente por meio das faturas de energia, através de 12 parcelas, que irão aliviar a conta de luz do associado – ela já é cerca de 30% mais acessível, em comparação com a concessionária regional.

De acordo com o presidente, Erineo José Hennemann, a atitude da Certel comprova a preocupação em oferecer não somente o melhor atendimento, mas também as melhores condições econômicas ao quadro social. “É fruto de um esforço muito grande que é feito por toda a equipe de funcionários, diretores, conselheiros e delegados, com o importante apoio

dos associados que participam das assembleias e decidem, através do voto, o futuro da Certel”, analisa.

Companhias de energia retomam corte a inadimplentes A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anuniou nesta semana a retomada no corte de energia de clientes que não pagaram seus boletos. O órgão havia prorrogado até o fim de julho a proibição do corte de energia elétrica dos consumidores inadimplentes residenciais urbanos e rurais. A medida, no entanto, termina hoje, dia 1º.

As distribuidoras precisam enviar as notificações para os consumido-

Aneel anunciou retomada de cortes de energia aos inadimplentes

res, informando sobre pagamentos pendentes. Se depois da notificação, o consumidor não fizer o pagamento, a energia pode ser cortada.

A proibição do corte de energia por 90 dias foi aprovada pela agên-

cia no fim de março, com validade também para os serviços considerados essenciais no enfrentamento da pandemia. Apesar da proibição de corte de luz, os juros e multas continuaram a ser contabilizados.

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Estrela destrói mais de 20 casas atingidas pela cheia FÁBIO KUHN

Moradias não poderiam ser reformadas devido à lei municipal. Famílias foram encaminhadas ao programa de Aluguel Social

Arroio do Meio

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

Defesa Civil de Estrela iniciou nessa sexta-feira, 31, a demolição de cerca de 20 casas que não apresentavam mais condições de uso após serem atingidas pela enchente histórica do dia 9 de julho. As primeiras estruturas destruídas estão na Rua dos Marinheiros, no bairro Moinhos.

Coordenador da Defesa Civil, Sandro Bremm destaca que a Engenharia do município também analisa a necessidade de demolição de outras residências em bairros como o Oriental, Imigrante e Marmitt.

uma medida que estamos tomando até definirmos um local para estabelecê-las”, afirmou em entrevista dias após a enchente.

Daiana ressalta ainda que se estuda a possibilidade dessas famílias serem inscritas em uma etapa futura projeto habitacional do município e reflorestamento das margens do rio.

Processo iniciou ontem com a demolição de casas próximas à beira do rio Taquari

Bremm cita lei municipal que proíbe construção ou reformas em habitações passíveis de serem atingidas por cheias de 24 metros do Taquari. “As pessoas não poderiam mais fazer nada para arru-

mar e não é prudente ter famílias em áreas de risco”, informa.

O trabalho de demolição tem prazo indefinido de término, relata Bremm. Conforme ele, é necessário derrubar as casas e remover

os entulhos com cuidado por estarem em áreas próximas do rio.

Conforme a coordenadora de Habitação, Daiana Ávila as famílias desabrigadas foram encaminhadas para o Aluguel Social. “É

A enchente histórica fez ressurgir a preocupação com habitações localizadas na rua Campos Sales, em Arroio do Meio. Desde 2011, eram registrado deslizamentos no local. Após a cheia, o ponto entre os fundos da Brigada Militar (BM) e a estação da Corsan foi bloqueado para o trânsito por risco de novos desmoronamentos.

Cinco casas estão nesse trecho de cerca de 100 metros. Considerada a rua mais atingida pela enchente, a Campos Sales registrou ainda a destruição parcial ou total de 15 residências.

Uma equipe técnica estará no município na próxima semana para analisar soluções à rua. Segundo o Setor de Planejamento, ainda está indefinido o que poderá ser feito no local.

Bombeiros voluntários instalam réguas no rio Taquari Limpeza do terreno inicia hoje. Investimento previsto é de R$ 10 mil decorrentes de campanhas de doações GABRIEL SANTOS gabriel@jornalahora.inf.br

COLINAS

Com o objetivo de auxiliar no monitoramento regional do nível do rio Taquari, os Bombeiros Vo-

DIVULGAÇÃO

luntário de Imigrante e Colinas (Imicol) iniciam sábado a limpeza do terreno para a instalação de novas réguas de monitoramento do rio Taquari. O local escolhido é a antiga rampa da rua Doutor Parobé, na área central.

Conforme o comandante da corporação Marcelo Ceppo, a falta de um sistema confiável no monitoramento foram primordiais para a entidade dar início as instalações. Câmeras para o monitoramento em tempo real também serão insRégua será instalada na antiga rampa do rio Taquari, localizada na rua Doutor Parobé

taladas futuramente. O investimento previsto é de R$ 10 mil.

O alvará e licenças ambientais foram aprovados na quinta-feira, dia 30.

Para a captação de recursos, Ceppo conta com a ajuda de empresas locais e com ações solidárias. Uma delas é a venda de bandejas para o Dia dos Pais por R$ 12. Cartões podem ser adquiridos com os voluntários e

a retirada será no sábado, dia 8 de agosto. Outras doações também podem ser realizadas por meio de depósitos bancários.

Ceppo acredita que o novo monitoramento traz mais segurança aos moradores e autoridades.

“Sentimos na pele o que é um sistema falho de monitoramento. Aqui teremos em tempo real e podemos trabalhar com mais segurança e fazer previsões

mais concretas”, destaca.

Nova embarcação Outra demanda do Corpo de Bombeiros é uma nova embarcação. As campanhas também estão em andamento e a meta é de alcançar R$ 74 mil. “Foram atividades intensas na enchente. Com isso identificamos a necessidade de adquirir um novo bote a motor”.

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Rumo à cura: Lívia chega a Boston para tratar a AME DIVULGAÇÃO

Aplicação do Zolgensma deve ocorrer em cerca de 20 dias. Família permanecerá nos Estados Unidos por dois meses para o tratamento LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A

menina Lívia Teles, de Teutônia, desembarcou na cidade de Boston, em Massachusetts, nos Estados Unidos, nessa quinta-feira, rumo à cura da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1. A família partiu na quarta-feira, de Porto Alegre, e após 13 horas de viagem chegou ao destino final da campanha Todos Pela Lívia. A menina precisa de uma dose única do medicamento mais caro do mundo: o Zolgensma.

Conforme Erico Diehl, avô materno de Lívia, ela receberá o tratamento em um hospital de Boston. Nos próximos 20 dias, a menina passará por uma bateria de exames. “Caso os resultados sejam positivos, em seguida ela recebe a aplicação da dose única da terapia gênica”, explica.

A expectativa é de que a família permaneça no exterior por cerca de 60 dias. Diehl explica que o tempo será necessário para monitorar o período de pós-aplicação.

“Nossas perspectivas para o sucesso do tratamento são as melhores possíveis. No Brasil, a Lívia realizou diversos exames que preparavam para a aplicação”, relata.

Conforme o avô materno, há

Após viagem de 13 horas, família de Lívia desembarcou nos Estados Unidos, para iniciar o tratamento

muitos casos de crianças que não conseguem a cura por não estarem aptas para receber o Zolgensma. “Acreditamos que com a Lívia dará tudo certo, pois clinicamente ela está ótima”, reforça.

Conquista dos R$ 12 milhões No início de julho, a família conquistou, após 11 meses de campanha de arrecadação, os R$ 9 milhões. Na projeção inicial este era o valor total

do medicamento Zolgensma. Após altas seguidas no dólar, o valor do medicamento foi estimado em R$ 12 milhões. No dia 8 de julho, uma decisão liminar da Justiça Federal de Lajeado liberou recursos para o custeio do tratamento da menina.

Evolução da campanha A campanha Todos pela Lívia movimentou famosos na internet e voluntários anônimos em diversas partes do país e do mundo. Sorocaba, da dupla com Fernando, Andrés D'Alessandro, jogador do Internacional, o youtuber e comediante Whindersson Nunes, as apresentadoras Ana Rickmann e Eliana, jogadores de outros clubes do país e o jogador de vôlei da seleção brasileira, Lucão, são alguns dos famosos que divulgaram a campanha que ganhou notoriedade nacional.

Conforme a mãe de Lívia, Luana Teles diversos famosos ajudaram compartilhando a campanha, porém nenhuma doação foi de valores expressivos. “A campanha ganhou forma com ajuda de voluntários anônimos que se engajaram durante o quase um ano de campanha”, explica.

Ações entre amigos, Vakinhas Online, pedágios solidários, show e lives beneficentes foram algumas das atividades organizadas durante a campanha Todos pela Lívia.

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19

20

A HORA | Fim de semana, 1º e 2 agosto de 2020

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL Vinho cuja cor é Profissional que resultado de curto prepara o paciente tempo de maceração Situação para comum nas compras de Natal exames

"(?) Horas", programa de Serginho Groisman

Big (?), atração turística inglesa

O preço Árvore médio de em (?): mercado, bonsai usado no IPVA do carro Refúgio do estudioso

Executores da pena de morte Itens do material de escritório Desculpa usada para justificar fracasso Comer, em inglês Formação da quadrilha junina

Remo, em inglês Luxuoso; suntuoso

Usina (?): utiliza combustíveis fósseis para a produção de energia elétrica

58

3 GANHADORES

dor, fonte renda de clubes de futebol

Realce Corte da carne de panela

Que vivem de aparências

ACUMULOU!

,

@editorapixel

/editorapixel

(?) qual: igual A Terra do Louro (CE)

04-10-12-14-36-46

Concurso nº 1999 - 29/07/20

03 04 06 07 08 09 13 15 17 19 20 22 23 24 25

Concurso nº 5327 - 30/07/20

03-10-25-43-49 2 GANHADORES

Gi

Recorte da roupa que valoriza o colo

@editorapixel

O livrão sobre os personagens interpretados pela Gi no Luccas Toon.

Deuteronômio (abrev.)

/editorapixel

Solução

s os Nhho iijiiN

Vasco da (?): descobriu a rota para a Índia Cabeça (?): abobalhado (pop.)

Loterias

Gi

Concurso nº 2284 - 29/07/20

Árvore em (?): bonsai

-

Solução

Especialidade do curador de museus Agência de notícias da Espanha (sigla)

DA

Objeto de estudo na aula de etiqueta

Esforço braçal como a colheita Ótimo, em inglês

Remo, em inglês Luxuoso; suntuoso Orlando Morais, cantor e compositor

O livrão sobre os personagens interpretados pela Gi no Luccas Toon.

BeiijiNNhhooss

Alimento evitado na Semana Santa

Mês de São Jorge "Escritório" do pintor

(?) velvet, bolo colorido com beterraba

Chamamento a um desconhecido

Camp (?), estádio do Barcelona

Dar um (?): passear (pop.)

58

C

Executores da pena de morte

BANCO

Recorte da roupa que valoriza o colo

T

Big (?), atração turística inglesa

(?) torcedor, fonte extra de renda de clubes de Técnica futebol adotada pela pesquisa de marketing

I

Aguarda um lar na sede da Apama.

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Vasco da (?): descobriu a rota para a Índia

Deuteronômio (abrev.)

3/ben — eat — icó — nou — oar — red. 4/fine.

BIGODE

Cabeça (?): abobalhado (pop.)

C

© Revistas COQUETEL

(?) qual: igual A Terra do Louro (CE)

T

ME LEVA PRA CASA

Especialidade do curador de museus

T E C A N O U C R X A B R IL R E I R I C A A B O R S R ED C A R NE O E FE S E R G A MA O R G C O T E A G E M

Vinho cuja cor é Profissional que resultado de curto prepara o paciente para tempo de maceração Situação exames comum nas compras de Natal

Realce Corte da carne de panela

Imagem que representa um aplicativo, no celular

I

vingar de Sebastião. Patrício conta a Leopoldina sobre a gravidez de Benedita. Piatã sai com os guerreiros da tribo para salvar Ubirajara e Olinto, e coloca Jacira no comando da aldeia. Germana e Hugo impedem Licurgo de voltar a cozinhar. Sebastião reconhece a mãe de Libério. Nívea entrega a Anna o recado de Joaquim. Dom Pedro protege Benedita de Domitila.

Agência de notícias da Espanha (sigla)

A R B L I O E T A S N A E S R O O A M O ELET P L F U T EI I L A N E T E N F A T A L I O H C D E O S T R

"(?) Horas", programa de Serginho Groisman

Objeto de estudo na aula de etiqueta

M B I A N S I E AT D U E R C A A L E C O U L A O C E A M

oquetel.com.br

Alimento evitado na Semana Santa

3/ben — eat — icó — nou — oar — red. 4/fine.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

(?) Diniz, atriz feminista dos anos 1960

S

Benedita se surpreende com a gravidez de Domitila. Wolfgang se incomoda com a recusa de Diara em falar sobre o romance de Greta e Ferdinando. Elvira arma para escapar dos piratas. Dom Pedro não consegue se aproximar de Leopoldina. Anna ouve uma conversa entre Thomas e Sebastião, e pede que Nívea leve um recado para Joaquim.

Diara promete ajudar Matias a se

(?) velvet, bolo colorido com beterraba

Que vivem de aparências

(?) Paz, capital da Bolívia

Novo Mundo

Esforço braçal como a colheita

Ótimo, em inglês

S

Cristina, e conta para Antenor. Tereza Cristina marca um encontro com Pereirinha. Os comparsas de Ferdinand seguem Antenor. Pedro Jorge ouve Danielle e Beatriz conversando sobre Vitória. Antenor é sequestrado, e Daniel alerta Griselda.

Chamamento a um desconhecido

T E C A N O U C R X A B R IL R E I R I C A A B O R S R ED C A R NE O E FE S E R G A MA O R G C O T E A G E M

Griselda imobiliza Tereza Cristina.

Celina avisa a Danielle que quer Pedro Jorge de volta. Dagmar agradece Wallace por ajudar Leandro. Tereza Cristina pede socorro a Antenor.

Daniel ouve Álvaro e Íris falando sobre um outro segredo de Tereza

Mês de São Jorge "Escritório" do pintor

Orlando Morais, cantor e compositor

A R B L I O E T A S N A E S R O O A M O ELET P L F U T EI I L A N E T E N F A T A L I O H C D E O S T R

Fina Estampa

Camp (?), estádio do Barcelona

M B I A N S I E AT D U E R C A A L E C O U L A O C E A M

Resumo da novela

Dar um (?): passear (pop.)

A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

HORÓSCOPO ÁRIES: Neste sábadão, Mercúrio em oposição com Plutão alerta que você pode ter que repensar alguns planos. A família pode exigir atenção.

TOURO: Touro, quarentena é uma palavra que não existe no dicionário dos astros. Por isso, eles estão no maior fervo, com Lua, Júpiter e Plutão aglomerados na sua Casa do Saber.

GÊMEOS: Vários astros vão influenciar as suas finanças neste sábado e por isso você é muito privilegiada, sim!

Mercúrio dará criatividade em dobro para você buscar novas formas de ganhar.

CÂNCER: Curtir o sábado em boa companhia será prioridade para você. Errado não tá, né? No trabalho, busque parcerias. A concorrência pode até incomodar

LEÃO: Leão, meu cristalzinho, Marte manda o papo reto e avisa que hoje imprevistos podem rolar. Precisa sair de casa e cumprir algum compromisso?

Então, acorde mais cedo e vá à luta.

VIRGEM: Hoje os humilhados serão exaltados e o céu promete um dia leve, divertido e descontraído para você.

Nosso reizinho Mercúrio vai estimular as amizades e também a troca de ideias com colegas de trabalho.

LIBRA: Libra, meus consagrados, os astros avisam que assuntos de casa e família terão prioridade para você. Mas Marte e Plutão mandam o papo reto e deixam claro que você pode se desentender com os parentes.

ESCORPIÃO: Ei, Escorpião, hoje você não merece palmas, merece o Tocantins inteiro, minha filha! Em todos os setores, simpatia, criatividade e boa lábia ajudarão você a conseguir tudo que quiser.

SAGITÁRIO: Mercúrio rainha, Plutão nadinha! Pois é, meus consagrados! Mercúrio pode salvar sua pele e ajudar você a enfrentar os desafios de Plutão retrógrado e a encontrar soluções para as suas preocupações financeiras.

CAPRICÓRNIO: Lua e Júpiter em Capricórnio realçam todos os pontos fortes do seu signo, o que deve beneficiar você em todos os setores. Será mais fácil ver o lado bom da vida e seu otimismo vai contagiar as pessoas.

AQUÁRIO: O dia será muito produtivo para quem vai trabalhar. Mercúrio vai acentuar sua criatividade e você terá boas ideias para vencer qualquer desafio.

PEIXES: Lua, Mercúrio e Urano vão turbinar seu carisma e criatividade, e você deve explorar isso para se dar bem. No trabalho, terá facilidade para cativar as pessoas. Pode agir em equipe para agilizar as tarefas.

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SEGUNDA À SEXTA 12h20min às 13h

APRESENTAÇÃO

EZEQUIEL NEITZKE E CAETANO PRETTO

Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

REPRODUÇÃO YOUTUBE

CRAQUES DO VALE

CARREIRA ABREVIADA POR LESÕES

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Com gol na estreia pelo profissional, Felipe Spellmeier viu o sonho de seguir no esporte ruir após uma série de complicações no joelho EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

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á 17 anos, um jovem de Imigrante estreava no Campeonato Brasileiro marcando um gol contra o Corinthians. O início promissor de Felipe Spellmeier o levou para o futebol europeu e asiático. Diferente do que era esperado, a carreira não deslanchou em virtude das recorrentes lesões.

Hoje, o atleta divide os tempos com a empresa dos seus pais e aos jogos amadores.

Natural de Imigrante, Spellmeier deu os primeiros passos na escolinha CSU, de Roca Sales.

As boas atuações o levaram para o Juventude. Lá ganhou vários torneios na base como Estadual Juvenil e Júnior. Aos 17 anos, o técnico José Luis Plein o promoveu para o profissional.

A estreia não poderia ter sido melhor. Aos 37 minutos do segundo tempo entrou no lugar de Taílson.

Aos 41min, Mineiro cruzou, Spellmeier subiu mais que todo mundo e cabeceou no canto de Rubinho. O gol fechou a goleada do Juventude por 6 x 1 em cima do Corinthians.

A partida ainda foi especial pois foi transmitida para o Brasil todo pela Rede Globo, com narração de Cléber Machado. “Foi um momento marcante que ficará guardado para sempre na minha memória.”

PASSAGEM PELA EUROPA As boas atuações pelo Juventude lhe levaram para a Europa.

Meia-atacante teve um início promissor no Juventude, marcando gol na estreia como profissional

Após encerrar a carreira, Felipe Spellmeier participa de torneios amadores pelo Vale

Intermediado por Antônio Carlos Zago, Spellmeier desembarcou em Roma. Na Itália oscilou entre as categorias júnior e profissional da Roma. Durante o período destaca o convívio com o craque Francesco Totti, um dos principais jogadores da Seleção Italiana.

“Ele era fora da curva, nunca tive um companheiro com tanta qualidade como ele.”

Na Roma ficou uma temporada e voltou para o Juventude. O clube quis contratar o jogador em definitivo, mas o time de Caxias do Sul aumentou a proposta e com isso o negócio não saiu.

Depois de retornar para o Brasil foi jogar na Coreia do Sul, no Gangwon FC. No clube ficou por oito meses.

Na volta ao Brasil fez um bom Gauchão com o Juventude e logo depois foi contratado pelo Levante. Na Espanha, a forte crise econômica enfrentada pelo país fez com que disputasse apenas duas temporadas.

RETORNO AO BRASIL De volta ao Brasil, peregrinou por clubes paulistas até ganhar uma nova oportunidade de jogar

o Brasileirão Série A. Em 2011 defendeu as cores do Avaí. Em 2012 e 2013 voltou ao futebol paulista onde encerrou a carreira na Penapolense.

LESÕES INTERROMPEM A CARREIRA

Com 27 anos encerrou a carreira. O principal motivo foi o corpo não responder mais ao que os clubes pediam. Durante o período que foi profissional teve quatro lesões de ligamento cruzado. O fato de ser filho único e os pais precisarem de uma ajuda para gerir a empresa também pesou na decisão.

Depois que encerrou a carreira, recebeu duas propostas para voltar. Uma da Ferroviária, de São Paulo, e outra do Lajeadense, mas decidiu mudar o foco e começar a trilhar uma carreira do amador.

Indagado se fosse fazer algo diferente se recomeçasse do zero, o atleta comenta que talvez teria ficado mais tempo no Brasil e não teria ido novo para a Europa. “Sempre tem uma e outra coisinha que me arrependo, mas na verdade a vida é pra ser vivida e me orgulho das decisões que tomei.”

FUTEBOL AMADOR

Depois que se aposentou começou a disputar competições amadoras pelo Vale do Taquari. Ídolo e referência em Imigrante, tenta ajudar o Ecas a conquistar o único título que falta em seu currículo, o do Regional Aslivata. Já no Clube Tiro e Caça defende as cores do Aliança, na primeira divisão.

Spellmeier relata que a região tem muitos atletas que poderiam jogar profissional, mas que para ter sequência precisa de uma série de situações, entre elas, sorte, um elenco bom, um bom empresário e um treinador que gosta do atleta.

“Se tu sabe jogar e tem uma cabeça boa, tu vai longe. Esse é um grande problema hoje em dia também, muitas pessoas se vislumbram e se perdem”.

FICHA TÉCNICA Nome completo: Felipe Spellmeier Idade: 34 Natural de que cidade: Imigrante Reside em: Lajeado Posição: meia-atacante Profissão: Empresário Clubes por onde passou: Juventude-RS, Roma (Itália), Levante (Espanha), Gangwon FC (Coreia do Sul), Ferroviária-SP, PenapolenseSP e Avaí-SC. Títulos: Campeão Italiano de Juniores pela Roma; Brasileiro de Seleções, pela Seleção Gaúcha; Campeonato Gaúcho Júnior com o Juventude; Campeonato Gaúcho Juvenil com o Juventude; Copa Serrana com o Juventude;

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

AGENDA DO

FUTEBOL SÁBADO

COPA DO NORDESTE – FINAL 16h

Bahia

x Ceará

SÁBADO

COPA DA INGLATERRA – FINAL 13h30min Arsenal

x Chelsea

SÁBADO

ITALIANO – PRIMEIRA DIVISÃO 15h45min Milan

x Cagliari

15h45min Atalanta

x Inter

15h45min Juventus

x Roma

15h45min Napoli

x Lazio

SÁBADO

TAÇA DE PORTUGAL – FINAL 16h45min Benfica

x Porto

DOMINGO

BAIANO – SEMIFINAL 16h

Alagoinhas

x Juazeirense

16h

Bahia

x Jacuipense

DOMINGO

CATARINENSE – SEMIFINAL 16h

Chapecoense

x Criciúma

16h

Juventus

x Brusque

DOMINGO

MINEIRO – SEMIFINAL 11h

Caldense

x Tombense

16h

Atlético-MG

x América-MG

GAUCHÃO

SEMIFINAIS EM PORTO ALEGRE Após liberação do prefeito, Internacional e Grêmio buscam em casa as vagas para a final do segundo turno

Líder do Grupo A, o Internacional enfrenta o Esportivo, time que surpreendeu e acabou na segunda colocação do Grupo B. As duas equipes voltam a se enfrentar no domingo, às 16h, uma semana após empatarem em 1 a 1. Na ocasião, o Internacional atuou com uma escalação reserva.

Para a semifinal, o técnico Eduardo Coudet mandará a campo o que tem de melhor.

Após vencer o Aimoré por 2 a 0 em uma boa atuação coletiva, o time deve manter uma mes-

Após um empate jogando em Lajeado na última rodada, Grêmio e Novo Hamburgo voltam a se enfrentar na semifinal do segundo turno. A partida será disputada na Arena, no domingo, às 19h.

O Grêmio chega à semifinal após se classificar como líder do Grupo B, em campanha invicta no segundo turno. Se na partida anterior Renato Portaluppi escalou um time reserva, agora ele deve mandar a campo força total.

Nenhum atleta do time ti-

SEMIFINAIS

Domingo – 16h Beira Rio

DOMINGO

PAULISTA – SEMIFINAL Mirassol

x Corinthians

Palmeiras

x Ponte Preta

vírus.

Agora, sem a desculpa de jogar fora de casa ou a reclamação sobre o estado dos gramados, a Dupla Gre-Nal tem pela frente duas surpresas do interior.

Novo Hamburgo e Esportivo são os desafiantes da vez na semifinal do segundo turno.

ma base de escalação.

A dúvida fica por conta de Rodrigo Lindoso. O volante sentiu lesão ainda no segundo tempo da última partida e deve desfalcar o Colorado. No seu lugar, deve atuar o argentino Musto.

Com isso, a escalação colorada tem: Marcelo Lomba; Saravia, Bruno Fuchs, Cuesta e Moisés; Musto, Marcos Guilherme, Edenílson e Boschilia; Thiago Galhardo e Guerrero.

Surpresa da última rodada, o Esportivo desbancou o Caxias para avançar à semifinal do turno. No ano do retorno à elite do Gauchão, o time da Serra quer agora desbancar

Equipes voltam a se enfrentar uma semana depois de empatar em 1 a 1

o Internacional para avançar à final.

Com uma espinha dorsal formada por jogadores experientes, o time que deve ir a campo tem: Re-

nan; Bovi, Cleiton, Luis Eduardo e Xaro; Gullithi, Robert, Igor Bosel (Galliardo) e João Pedro; Caprini e Marcão (Flávio Torres).

DEPOIS DE LAJEADO, JOGO NA ARENA

Domingo – 19h Arena

19h

O

prefeito de Porto Alegre liberou e as semifinais do segundo turno do Campeonato Gaúcho serão disputadas na capital do estado. Nelson Marchezan comunicou na tarde de sexta-feira a autorização para

as partidas serem disputadas na Arena e no Beira-Rio. Com isso, Grêmio e Internacional voltam a disputar uma partida em suas casas depois de mais de quatro meses. Os últimos jogos em Porto Alegre haviam sido jogados ainda em março, antes da paralisação por conta da pandemia de corona-

DE VOLTA AO BEIRA-RIO

Internacional x Esportivo

16h

CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

Grêmio x Novo Hamburgo

tular está fo. Qualquer alteração na escalação será de ordem tática ou por preferência do treinador. O provável time do Grêmio que busca chegar à final do segundo turno tem: Vanderlei; Victor Ferraz, Geromel, Kannemann e Guilherme Guedes; Maicon (Lucas Silva) e Matheus Henrique; Alisson (Pepê), Jean Pyerre e Everton; Diego Souza.

Do outro lado, estará o Novo Hamburgo, surpresa deste segundo turno. O time do Vale dos Sinos tem apenas a décima campanha geral do Gauchão, mesmo assim,

conseguiu a classificação após uma boa sequência de resultados.

Para a partida, o técnico Márcio Nunes deve ter a volta do meia William Schuster. A provável escalação tem: Jacsson; Gian Costa, Diego Ivo, Moisés e Zé Mário; Chicão, Bertotto, Mossoró e William Schuster; Juba e Kayron.

Os dois times empataram em 0 a 0 no meio da semana

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

LAJEADENSE

SÓCIOS APROVAM REFORMA DO ESTATUTO SOCIAL DIVULGAÇÃO

“TEMOS QUE SER ETERNAMENTE GRATOS AO MARCEL” Jaqueline Nonnenmacher fala sobre o desenvolvimento do esporte no Vale do Taquari EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

Clube se prepara agora para uma nova eleição à presidência

Principal novidade é a criação de um Conselho de Administração CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

O

Clube Esportivo Lajeadense convocou os sócios a votar na reforma do Estatuto Social. Em Assembleia Ordinária e Extraordinária realizada na quinta-feira, foram apresentadas e aceitas as reformas estatutárias.

A principal novidade do novo estatuto é a criação de um Conselho de Administração, órgão que auxiliará o presidente do clube na tomada de decisões. A escolha do primeiro grupo que formará este conselho sairá na próxima reunião do Conselho Deliberativo.

Vice-presidente do Conselho Deliberativo, Neidemar Fachinetto comemora a aprovação da refor-

ma. “Felizmente foi acolhida e aprovada a alteração estatutária. As propostas apresentadas foram muito bem aceitas, creio que estamos preparando o clube para um futuro de maior participação dos associados e da comunidade”, pontua.

O vice-presidente acredita que a reforma implicará em uma administração mais transparente e comprometida com objetivos corporativos e de gestão atualizada. “É um passo importante para termos resultados contínuos e positivos.”

NOVA ELEIÇÃO Aprovada a reforma do Estatuto Social, o clube se organiza para uma nova eleição para presidência. Ficou decidido que em quinze dias o Conselho Deliberativo do Lajeadense chamará uma reunião ordinária. Um edital de convocação para eleição deverá ser publicado até o dia 15 de agosto, com a eleição ocorrendo até o final do mês.

MINIFUTEBOL

CTC ESCOLHE MELHORES DE 2019 Depois de escolher o gol e a defesa mais bonita de 2019, o Clube Tiro e Caça inovou mais uma vez.

Todo mês, até o retorno das competições, o clube escolherá a seleção dos melhores jogadores da Copa CTC de 2019.

Para participar é só entrar no site www.minifutebolctc.com.br e selecionar a opção Seleção Copa CTC. Os atletas mais selecionados

formarão a seleção e ganharão brindes dos nossos apoiadores e patrocinador.

DESCONTO

O Clube concedeu 40% de desconto na mensalidade com vencimento no dia 10 de agosto de 2020 para aqueles sócios que estão em dia com suas obrigações sociais.

• Como a patinação entrou na tua vida e como surgiu essa paixão pela modalidade?

Nos anos 80, morava em Estrela e tinha um professor de patinação Uruguiao que trabalhava em Porto Alegre que vinha dar aula em Estrela. Eu, minha irmã e minhas primas patinavamos com ele em um clube da cidade. Quando vim morar em Lajeado em 1981, me deslocava para fazer patinação.

Logo então, a diretora do Madre Bárbara me convidou para abrir alguma turmas na escola.

Desde então começou e não paramos mais.

Lá se vão 38 anos. É uma história bacana e linda, tá no coração.

• Como iniciou a escola de patinação?

Antes de pensar em competição e trabalho de alto rendimento, a gente se fascina pelo esporte, pela dança, apresentações, por todo o brilho que encanta a criançada. Eu e minha amiga Grazi tomamos a frente da escolinha. Foi quando paramos de brincar de patins e começamos a levar a patinação mais a sério. Passei a estudar, fazer cursos, aperfeiçoar, trazer colegas com mais conhecimento para me ajudar a evoluir os alunos. Assim fomos nos destacando. Nesse meio tempo o Marcel Sturmer apareceu e foi todo esse expoente que o Brasil já conhece. Ele fez muita historia. Aqui em Lajeado os grupos de show em 2007 e 2010 também tiveram um trajeto lindo no esporte, indo para o mundial de patinação. Temos uma caminhada de muito amor e muito trabalho que sempre foi muito reconhecido. A gente é muito feliz por toda a história e por ter semeado essa sementinha em Lajeado. Ela rendeu muitos frutos, quase todas as escolas que temos no Vale do Taquari foram minhas alunas. É muito gratificante para a gente ver o sucesso delas.

• Quantas alunas vocês têm?

A Cia de Patinação Sobre Rodas foi fundada em 2002 e desde lá muitas pessoas passaram pela escola. A gente tinha turmas em Venâncio Aires e Santa Clara do Sul. Hoje temos turma em Encantado, Boqueirão do Leão e Progresso via projetos sociais. A gente tenta levar o esporte para todos as regiões e cidades do Vale. A gente acredita que em torno de cinco mil crianças já passaram pela patinação. Estávamos com 140 alunos na Cia Sobre Rodas.

• Como vocês estão fazendo nesse período de pandemia? Tem previsão de retorno das aulas?

Estamos parados desde o dia 16 de março. Com a nossa equipe de competição, a gente tem um trabalho onde passamos dicas de preparação física para que eles não percam o ritmo e

ARQUIVO PESSOAL

condicionamento. Já com a escolinha é mais difícil, pois eles querem estar em cima dos patins.

Eles querem ensaiar coreografias, aprender novos elementos para executar e se apresentar nos shows de fim do ano. Fiz um material didático e pedagógico onde passamos virtualmente.

Estamos tentando trabalhar algumas questões teóricas e corporal. Não temos nada previsto para o ano, para voltar temos que ter uma autorização dos governos. Quanto a show e competições não temos a mínima noção se poderemos fazer algo.

Estamos torcendo para esse quadro mude o mais rápido possível.

• É possível termos um novo Marcel no Vale?

Nada é impossível, quando a gente menos espera pode aparecer um novo ícone no esporte. Temos que ser eternamente grato ao Marcel. O Brasil teve muito a ganhar com o talento dele e a projeção que conseguiu. A gente despontou no esporte.

Colocamos Lajeado no cenário Mundial. Não tem como não ser grato por ele. Eu como professora dele por 20 anos, a gente sabe as dificuldades que corremos e tivemos que enfrentar para poder chegar la tudo que abdicamos e estudamos muito, aprendemos muito um com o outro. Acho que nós lajeadenses temos que ser eternamente gratos por tudo que ele conseguiu. Ele conseguiu abrir a facão o caminho, foi muito árduo e hoje é muito mais fácil pra quem começarão.

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

REFERÊNCIA EM

FORQUETINHA

Nacional FC leva o nome da cidade para diversos locais do Rio Grande do Sul • Quais as ações que vocês fazem para movimentar a sede?

Alécio Feil – Hoje em dia não é fácil manter um clube. A única fonte de renda que mantém o clube em pé, é a nossa festa que fazemos em janeiro que é a Festa dos Amigos do Nacional. Vendemos cartões e oferecemos bebida e comida liberada.

Sortearemos vários prêmios, é uma fonte de renda para manter o clube em pé.

• Qual a importância do clube para a cidade?

Feil – Ele é fundamental para a cidade. A gente consegue manter alguns que querem correr atrás da bola, mas não está fácil. Hoje em dia tem várias outras modalidades esportivas, mas o futebol é uma maneira de manter o pessoal longe da criminalidade. Outra coisa que

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

F

undado em 15 de novembro de 1962, o Nacional Futebol Clube está localizado na Vila Prass, em Forquetinha. O clube busca retomar as glórias do passado e projeta voltar a gente mantém bem forte é o veterano. Ele foi fundado em 1982, temos jogos todos os sábados, o ano todo. Outra curiosidade nós temos um único treinador até o hoje que é o Élio Schwingel. Ele é o único secretário, desde quando o clube foi fundado. Temos uma diretoria bem formada e isso é muito importante para manter o clube em ordem, temos que ter uma diretoria unida.

• Como é fazer futebol em uma cidade pequena como Forquetinha?

Feil – É bem difícil. Anos atrás era mais fácil. Jogávamos mais o Regional. Hoje jogamos a Copa Integração que é entre os municípios pequeninhos. Agora com essa pandemia está tudo parado. Montamos um time para buscar o título neste ano. Pensamos em retornar para o Regional, essa era a ideia. Resta

JOÃO JUNG/DIVULAÇÃO

Equipe segue na busca pelo título inédito da Copa Integração

para o Regional Aslivata.

Presidido pelo icônico Alécio Feil, o “Pelé dos Vales”, o time é um dos maiores vencedores da categoria aspirante do Regional Aslivata com três taças. Engana-se quem pensa que o somente o futebol movimenta o clube.

A equipe tem um departamento de bocha e um de bolão que são muito atuantes, conquistando vários títulos pelo Vale do Taquari. “Difícil alguém nunca ter ouvido falar do Nacional”, conta Feil.

Natural de Canudos do Vale participa ativamente do Nacional, desde

saber como vai se comportar a pandemia. Outra situação importante é que a gente sempre recebe uma ajuda da prefeitura, que ajuda na medida do possível, então é muito importante essa ajuda.

têm tantos jogadores da casa. Fica difícil de montar uma bela equipe.

Se um time da cidade pequena tem patrocinadores, tem que deixar investir. Para nós aqui de Forquetinha fica difícil achar jogadores de alto nível, temos alguns sim, mas não o suficiente.

• O que falta para o Nacional conquistar o título na categoria titular?

Feil – É um sonho isso, inclusive estamos correndo para conquistar ele. Em 2002, era um dos melhores times que tínhamos, o time veio inteiro da Marcopolo, chegamos bem perto na ocasião, mas fomos eliminados para o Juventude, de Venâncio. Outros anos montamos bons times com o Sírio Pereira Duarte, mas não deu certo. A Aslivata tem que liberar mais atletas de fora, do jeito que está fica difícil para os clubes de cidades pequenas, pois não

• Qual a projeção para 2020?

Feil – Pois é, estamos na expectativa se começa a liberar o futebol.

Vamos primeiro terminar o Integração. Não sei o que a Liga vai faze e se sair o Regional vamos jogar. É por aí a coisa, estamos aguardando. O clube anda com os pés no chão, não fazemos loucura. Financeiramente estamos bem, tem tudo pago, temos que manter a nossa estrutura. Estamos muito bem com dinheiro em caixa, temos que continuar fazendo futebol com os pés no chão.

1984, mas nunca ganhou título com a equipe. “Nunca ganhei titulo municipal, o que tenho foi com o ríval, o Arroio Alegrense, para tu ver como é (risos). Então vamos tentar agora como presidente, ver se montamos um time capaz de ser campeão.”

FICHA TÉCNICA Nome: Nacional Futebol Clube Fundação: 15/11/1962 Localização: Estrada Bauereck.

Vila Prass, em Forquetinha Títulos: Tricampeão Regional na categoria aspirantes (2002, 2005 e 2012) Supercampeão Regional aspirante (2012) Campeão Municipal de Lajeado (1982) Campeão veterano do Centenário de lajeado em 1991

DIVULGAÇÃO

FÓRMULA 1

CHEGOU A VEZ DA INGLATERRA Quarta corrida da temporada ocorre no domingo, no Circuito de Silverstone CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

A

temporada 2020 da Fórmula 1 segue neste final de semana com o quarto Grande Prêmio. Em meio à um calendário atípico, com provas canceladas e corridas repetidas nos mesmos circuitos, o GP da Inglaterra terá mais uma surpresa.

Piloto da Racing Point, Sérgio Pérez testou positivo para a covid-19 e

está fora da corrida de Silverstone.

Para seu lugar, a equipe mandará à pista o alemão Nico Hulkenberg, es-piloto da Renault e que está sem equipe desde o ano passado.

Com um histórico de mais de 170 corridas, Hulkenberg nunca correspondeu às expectativas que dele se esperavam. Como substituto de Pérez, ele terá um bom carro para tentar chegar ao seu primeiro pódio na Fórmula 1. Como melhor colocação na carreira, o alemão tem a quarta colocação.

Piloto da RBR, Max Verstappen fez o melhor tempo nos primeiros treinos livres, ainda na sexta-feira

TREINOS CLASSIFICATÓRIOS

GP DA INGLATERRA

Os pilotos iniciaram os treinos livres na manhã de sexta-feira. Na manhã de sábado, às 7h, irão novamente para a pista realizar uma sessão de treinamento. Os treinos classificatórios ocorrem às 10h e definirão o grid de largada.

O Grande Prêmio da Inglaterra tem a corrida marcada para às 10h10min de domingo. Esta será a quarta prova do ano. Até agora, o campeonato tem o inglês Lewis Hamilton com duas vitórias e o finlandês Valtteri Bottas com uma. Os dois são pilotos da Mercedes.

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IDEIAS

A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo por mês, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

HUGO SCHÜNEMANN Médico oncologista e diretor técnico do Centro Regional de Oncologia (CRON)

D

efinição¹: qualidade ou condição de cidadão.

Definição²: condição de pessoa que, membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida política.

A pandemia mostrou o lado ruim de muitos seres humanos, insensíveis com o sofrimento

CIDADANIA alheio, incapazes de se imaginar naquela situação. Mostra o lado podre de muitas empresas, que não vendo o que lhe será cobrado no futuro, passaram a cobrar preços exorbitantes por seus produtos, escondidos de forma cínica na lei de oferta e procura. Mostrou que mesmo em momentos tristes e de angústias, onde a estrutura do serviço público carece de tantos insumos, é assaltada por gente cuja definição não pode ser descrita aqui, mantendo viva a tão presente corrupção no estado brasileiro.

Mas nem tudo está perdido. Sim, isso mes-

Hugo escreve sempre no primeiro fim de semana do mês. Fale com ele: hugo.schunemann@gmail.com

Administrador de Empresas, Empresário, Consultor e Assessor de Gestão da Univates.

Presidente do Codevat e Coord. Adm. do Tecnovates

O direito de errarmos coletivamente: do desconhecido ao término da pandemia

A

forte dentro de nós. O Brasil não está perdido.

Temos a oportunidade de alinhar o nosso futuro, dando espaço amplo para empatia e permitindo que o amanhã seja melhor que o HOJE. Canalhas existem em todos os lugares, mas eu prefiro pensar na legião de gente do bem que vem se esforçando, em fazer valer seu valor como cidadão, participando da construção eficaz de um Brasil melhor.

ALBANO MAYER

CÍNTIA AGOSTINI

pandemia tem nos afetado a todos, alguns mais e outros menos. Alguns com problemas de saúde e todos sentindo os efeitos econômicos dessa crise de saúde pública mundial. Muitos adoeceram e já perdemos mais de 91 mil pessoas no Brasil. No Estado do RS são mais de 1800 mil pessoas que faleceram e, aqui no Vale, mais de 60 pessoas.

Boa parte de nós perdeu alguém ou conhece alguém que perdeu uma pessoa próxima. A medida que as mortes deixam de ser estatística e se tornam pessoas conhecidas, tomamos mais ciência e temos mais consciência de que esse é um vírus que veio para ficar entre nós. Não podemos admitir naturalizar todas essas pessoas que faleceram e, no mínimo, temos que nos manter indignados e firmes no propósito de que as vidas são o que temos de mais importante.

Daqueles que se foram, muitos idosos e com comorbidades, mas que não perderíamos essas pessoas somente por serem idosos e terem outros tipos de comorbidades.

Perdemos elas para o vírus. Um vírus que ainda não tem tratamento efetivo, muito menos vacina ou cura. Mas isso é ainda, pois o esforço mundial está concentrado em trabalhar pelo tratamento e pela vacina para o covid-19.

A pandemia irá passar, como outras passaram, mas o vírus continuará aqui e temos que aprender a conviver com ele.

No entanto, ficamos entre aqueles que acreditam na pandemia e aqueles que ainda não acreditam. Percebemos defesas e acusações em se tratando de tratamentos e vacinas e pouco aceitamos que todos estamos acertando e errando o tempo todo

mo. Há esperança.

Vimos uma crescente de solidariedade, como não sei se já houve neste país. Empresas pequenas, medias e grandes entraram na onda de ajuda que vem se instalando no país, que é de nos deixar orgulhosos.

Mas, não foram só as empresas. Pessoas.

Muitas pessoas. Gente rica. Gente pobre. Gente gente. Em uma grande mobilização por cestas básicas, EPIs, álcool gel, insumos médicos, enfim, muita gente ajudando e querendo ajudar, mostrando que sim, existe algo de muito bom e

em se tratando desse vírus, justamente por ser desconhecido.

São tantas informações que geram desinformação e nós já estamos cansados de tentarmos nos convencer e convencer os outros a ficar em casa. Mas precisamos ter um pouco mais de paciência, precisamos sim continuar nos cuidando e principalmente, precisamos ter resiliência e olhar para o outro, olhar o que está acontecendo com o outro.

Essas últimas semanas temos tido aumento nos casos de covid no Estado e aqui na região, estamos enfrentando esse que é um enorme problema de saúde pública, que se tornou um problema social e econômico. Mas não temos como apagar o ano de 2020, apesar de vários de nós querer isso. O passado já passou.

Desde o início da pandemia temos errado muito e acertado outro tanto, estamos apreendendo juntos e criando possibilidades em termos de medicação, vacina, métodos de distanciamento e equipamentos que estão em testes constantes. Mas temos que permitir o erro coletivo na tentativa do acerto.

E por fim, temos que contar com o futuro, um futuro que precisamos desenhar juntos, tomando os cuidados consigo mesmo para proteger os outros, sendo pacientes e resilientes, trabalhando muito e nos dedicando ao máximo para conviver com essa nova vida, nos permitindo e permitindo aos outros errar e acertar e sendo solidários para com o próximo. A pandemia vai passar!

Cíntia escreve sempre no primeiro fim de semana do mês. Fale com ela: cintia@univates.br

Uma comunidade resiliente e cooperativa

D

urante as últimas semanas, tive a oportunidade de aprender muitas coisas diferentes. A velocidade da transformação, alavancada pela pandemia, fez com que nos reinventássemos e possivelmente nos redescobríssemos em algumas atividades. Uma das mudanças que me deparei foi a transição para o mundo das LIVES, um lugar onde podemos compartilhar e trocar conhecimento de forma voluntária e gratuita. A qualidade do conteúdo garante uma boa audiência e confiabilidade na tua capacidade profissional.

Uma das LIVES que tive oportunidade de conduzir me despertou para uma reflexão relacionada à nossa comunidade. O tema era inovação, mas em determinado momento acabamos identificando que a cooperação é uma das partes mais importantes no ecossistema de inovação. Cooperar significa: contribuir com trabalho, esforços, auxílio, colaborar. Parece que temos um novo paradigma para avaliarmos, somos uma comunidade talhada pela cooperação, mas cooperar para inovar significa compartilhar ideias e, em conjunto, entregar inovação, uma inovação colaborativa.

Mas qual o paradigma? O paradigma de que a ideia é só minha. Quando trabalhamos em cooperação, compartilhamos a ideia, expandimos, aprimoramos e, possivelmente, teremos uma solução mais eficaz e de maior sucesso.

Outro tema que me deparei é a capacidade desta comunidade ser re-

siliente. O que significa isso? Resiliência é um conceito da física, referente à propriedade de que são dotados alguns materiais. Estes podem ser submetidos a um determinado stress sem ocorrer rupturas. Este conceito também é ampliado para as pessoas, que, mesmo em momentos de extrema dificuldade e stress, conseguem superar seus desafios e se reerguer, muitas vezes melhores e mais fortes.

O que me levou a reunir estas duas palavras é o momento que estamos vivenciando. Como líderes, estamos tendo dias desafiadores, um mercado de trabalho com muitas restrições, algumas empresas que não conseguem realizar as suas atividades, escolas fechadas ou a distância, a saúde exigindo uma superatenção, dificuldades na nossa comunidade e certamente no nosso lar. Este momento vai nos exigir uma grande capacidade de resiliência. As dificuldades precisam ser enfrentadas e solucionadas de forma colaborativa e inteligente. Somente com a cooperação vamos conseguir transpor estes novos desafios.

Tenho convicção que sairemos deste momento mais fortes, com novos conhecimentos e novos modelos, mas para isso precisamos manter uma mente aberta e nos permitirmos aprender.

Albano escreve sempre no primeiro fim de semana do mês. Fale com ele: contato@albanomayer.com.br

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A HORA | Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020 GABRIEL SANTOS

artigo ardemio@bewnet.com.br

ARDÊMIO HEINECK

Não é hora de afrouxar

Mande sua foto para o A Hora.

WhatsApp (51) 9 92487689.

Uma infestação de ratos preocupa os moradores da rua Ana Maria Schüller Azambuja, no bairro Moinhos d’Água, em Lajeado. Nesta semana, reportagem do A Hora flagrou dezenas de roedores em terrenos e lixeiras. Comunidade local pediu providências por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que alega já ter trocado lixeiras e implantado iscas para conter a proliferação.

FRASES DA SEMANA “Não adianta ligar para dizer que o vizinho do apartamento ao lado está fazendo festa. Isso é com o síndico do prédio” Günther Meyer,

responsável pela Ouvidoria de Lajeado, sobre reclamações que chegam ao órgão sem respaldo legal.

“Se notifica um local, elas vão para outro. Como conscientizar 80 mil pessoas?”

Giancarlo Bervian,

secretário municipal de Planejamento, sobre a dificuldade de coibir as aglomerações em Lajeado.

M

oro num sítio onde mantenho alguns animais de estimação. O momento de tratar esta “bicharada” é prazeroso. Tanto pela interação com eles – e não poucas vezes me pego “conversando” com eles – quanto pela hora em que o faço: cedito, dia raiando.

Nessa sexta foi mais especial. Além do espetáculo fantástico de um amanhecer claro, após dias morrinhentos com chuvas e cerração, dois fatos novos me chamaram a atenção: o alvorecer acontecia mais cedo e o cantar de dois pássaros migratórios, próprios da primavera, no capão próximo à casa. Que prenúncio!

Finda julho e entra agosto que é o mês da virada. Jamais do desgosto, da desgraça e do azar. Mas da virada de um inverno marrento para uma primavera florida, perfumada, inebriante.

Ainda mais num ano em que a “zica” tá solta e, dentre os infortúnios, sem dúvida, o da covid-19 ganha fácil. Desde janeiro, de forma crescente e com intensidade progressiva, este vírus foi nos afligindo até atingir o ápice em meados de março.

Pauta preponderante na imprensa e nas redes sociais, dava-nos a impressão de que o fim do mundo estava por acontecer.

Aliás, para o editor do tradicional programa “da virada” que vai ao ar dia 31 à noite, o deste ano será moleza, pois terá poucos assuntos preponderantes além de: coronavírus, Bolsonaro, estatísticas macabras da covid.

Mas nem tudo são flores com o fim do inverno e a chegada da primavera, florida e sorridente. Sei que estamos prá lá do limite para aguentarmos mais, depois destes mais de quatro meses de reclusão, lockdown, distanciamento social e um programa oficial do Governo do Estado – das bandeiras – que acha que a atividade empresarial é tal qual um armário: abre e fecha quando quer. Adicione-se a este caldo, pitadas de um eterno debate político se Bolsonaro é bandido ou mocinho, da tentativa de consagração, como

“especialistas”, de anônimos analfabetos nos assuntos que tentam dissecar, além de outros fatos que levaram você quase ao desespero. Mas não podemos “chutar o pau da barraca”, pois, numa simples mudança de estação, a covid-19 não estará morta.

Não se deixe levar pelo cansaço e desgaste emocional, físico e financeiro, que a imprensa macabra, políticos interesseiros e autores bandidos de fakenews provocaram em todos. Seremos vítimas de prejuízo maior se assim procedermos, pois a pandemia ainda está aí para ser enfrentada. Teremos que aprender a conviver com ela, até que as vacinas cheguem a todos, quem sabe no início do próximo ano.

Conhecimento para tal já o temos.

Principal convicção: não é hora de afrouxar os cuidados, do contrário, os sacrifícios vividos até agora terão sido insuficientes e o vírus fará os estragos temidos. É hora de os municípios endurecerem no cumprimento das regras de distanciamento, multando a quem desobedecer, viabilizando a atividade econômica de forma segura. De o Governo do Estado rever o programa de distanciamento, permitindo a economia funcionar, em convívio com um controle efetivo e preventivo à covid. De as associações de municípios passarem do debate à ação: a) assumindo os controles do equilíbrio entre prevenção à covid/ minimização das perdas econômicas e sociais; b) valendo-se de universidades regionais, abrindo mão da controvertida Ufpel; c) envolvendo entidades classistas, empresas e outras entidades para agilizar e democratizar o acesso aos remédios preventivos e de tratamento efetivo no início da infecção, recomendados por protocolos médicos. Não é hora de afrouxar, mas da continuidade de cuidados e de um convívio com o problema, com a assunção de ações e de responsabilidades por cada um de nós.

A simples mudança do inverno para a primavera não vai nos resguardar.

Fim de semana, 1º e 2 de agosto de 2020

Beleza com consciência Versões ecológicas de maquiagens e artigos de higiene pessoal são alternativas para quem quer aliar saúde e autocuidado com consciência ambiental e social.

Descubra como foi a experiência de quem substituiu produtos convencionais por opções sustentáveis e transformou esta tendência em negócio e estilo de vida.

MÍN: 12º MÁX: 24º

O tempo segue firme e o sol aparece, porém, com nebulosidade variada no Vale.