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Prefeitura de Araxá e CBMM revitalizam ginásio

A solenidade de entrega simbólica da obra de revitalização que acontece no Ginásio Poliesportivo Márcio Vieira Borges, bairro Santo Antônio, contou com a presença de autoridades locais e familiares dos homenageados na terça-feira, 5. A transformação da fachada com pintura em grafite pelo artista Ton Lima foi possível através de parceria entre a Prefeitura de Araxá e CBMM.

Quem passa pelas proximidades do ginásio nota a bela obra realizada em suas paredes externas em homenagem a personagens da recente história da cidade. O secretário municipal de Esportes, José Antunes Soares Júnior (Dedé), explica que essa revitalização é o piloto do projeto Memomural encabeçado pela prefeitura. “É uma forma que encontramos de homenagear tanto no âmbito esportivo como no meio social, pessoas que tiveram um papel importante no dia a dia da comunidade, contribuindo de alguma forma como cidadãos e que merecem ser lembradas, como agradecimento por tudo o que realizaram”, diz.

No local, é possível admirar um belo grafite com quatro rostos de pessoas que fizeram história na região. De um lado, Divino Benedito Honorato da Silva, o Tigrão, personagem folclórico de Araxá que contaminou o Centro da cidade por muitos anos com sua alegria e mora na memória afetiva de muitas pessoas e, dois jogadores de futebol de Araxá, José Eurípedes de Paula, o Zé Mica, memorável atleta dos primórdios do futebol araxaense e Marco Antônio da Silva, o Salton, atleta que jogou em vários times mineiros e no São Paulo Futebol Clube, ambos ex-funcionários da CBMM. Do outro lado retrata Camila Brait, atleta da Seleção Brasileira de Vôlei que representou o projeto nos Jogos Olímpicos de Tóquio e compôs o time que disputou a final com os Estados Unidos e trouxe a medalha de prata para o Brasil, em homenagem às atletas do projeto “Meninas de Ouro”. Camila que é natural de Sacramento é uma grande incentivadora e madrinha de projetos que fomentam o esporte, especialmente o vôlei para crianças de comunidades carentes.

O responsável pela obra no ginásio é o artista Antônio Carlos Lima (Ton), paulistano residente em Araxá, desenhista, caricaturista, arte educador, grafiteiro, tatuador e professor de artes. “Fico muito grato pela possibilidade de visibilidade do projeto. O pessoal do bairro está gostando muito, os homenageados e suas famílias se sentiram representados e é muito importante que nós possamos ter essa oportunidade de produzir e registrar a memória local através desses murais permanentes, permitindo que as pessoas recontem essas histórias a partir das suas memórias afetivas”, destaca. Para a execução do painel de 204,10 m², Ton Lima contou com outros três artistas de longa história no grafite nacional: Mark Silva, paulistano também residente em Araxá; Fhero e Kim que são grandes representantes do grafite mineiro, residentes em Belo Horizonte e Uberlândia, respectivamente.

O analista de Relacionamento com a Comunidade da CBMM, Álvaro Rezende, enfatiza a importância da revitalização do espaço. “A CBMM que é grande apoiadora de projetos esportivos se orgulha de participar da primeira obra do Memomural. Dar vida ao ginásio que já abrigou tantos eventos importantes para a cidade, é valorizar as iniciativas locais voltadas para o esporte, a prática de atividades físicas e a promoção da qualidade de vida”, destaca. O prefeito Robson Magela agradece à CBMM pela parceria. “É muito importante essa iniciativa e parceria entre a CBMM e a prefeitura, pois temos vários ginásios na cidade e estamos passando por um momento de reforma e revitalização deles. E poder homenagear as pessoas que fizeram parte da história de Araxá é também muito importante. A CBMM parceira da administração municipal não mediu esforços para que pudéssemos tornar tudo isso realidade. Então, agradeço à CBMM por essa sensibilidade em poder fazer, juntamente com a prefeitura, a entrega desse espaço esportivo para a população”, afirma.

Captação de recursos é desafio no financiamento da cultura no interior

A ampliação da captação de recursos de modo a beneficiar projetos culturais no interior do Estado é o principal desafio a ser enfrentado na revisão da Lei Estadual de Financiamento da Cultura. A avaliação foi feita por técnicos da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) que participaram da segunda parte do debate público “Novos caminhos para a descentralização das políticas culturais em Minas Gerais” realizado pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), presidida pelo deputado estadual Bosco, em março passado. Para mudar essa realidade, o Projeto de Lei (PL) 2.976/21 do governador Romeu Zema altera o sistema de financiamento de modo a estimular a descentralização dos patrocínios culturais. “Serão promovidas mudanças no processo de seleção de projetos para beneficiar culturas populares. Além disso, as entidades vinculadas à Secult poderão ser responsáveis pela execução financeira dos fundos de desenvolvimento setorial”, propõe. O PL que integra o programa conhecido como Descentra Minas também prevê o estímulo à criação de sistemas municipais de cultura. Com as mudanças propostas no marco regulatório, a previsão da Secult é ampliar para cerca de 400 o total de municípios atendidos com recursos do FEC, beneficiando representantes de culturas tradicionais como mestres de capoeira e violeiros, gerando cerca de 25 mil postos de trabalho. Bosco elogia a iniciativa do governo estadual de enviar a proposta para a ALMG e lembra que esse era um requisito imposto pela Lei 22.944 de 2018 que determina a reavaliação da norma depois de dois anos da sua vigência. Ele ainda destaca a importância de se discutir o texto de forma rápida devido às perdas do setor cultural

Guilherme Dardanhan/ALMG durante a pandemia. O secretário estadual de Cultura, Leônidas Oliveira, informa que R$ 80 milhões de recursos disponíveis no Fundo Estadual de Cultura deixaram de ser distribuídos pelo território no ano passado, destacando a baixa execução de projetos. Ele explica que a aprovação do Descentra Cultura Minas Gerais deve mudar esse quadro. Sugestões - Ao final da reunião, Bosco e o subsecretário de Cultura, Igor Arci Gomes, receberam um documento com sugestões do Conselho Estadual de Política Cultural e do Sindicato da Indústria do Audiovisual para aprimorar o PL 2.976/21. O deputado destaca que a revisão é uma oportunidade para corrigir os entraves para o crescimento do patrocínio cultural. “À medida que a sociedade avança, é preciso acompanhar as mudanças e corrigir rotas”, afirma. O debate público da Comissão de Cultura integrou o Fiscaliza Mais, iniciativa da ALMG para aprofundar o monitoramento das políticas públicas estaduais, com foco em indicadores que permitam aferir os resultados das ações do Estado em prol dos cidadãos mineiros.

Nova diretoria da Aspra é empossada

A Associação dos Servidores Públicos de Araxá (Aspra) empossou os novos membros da diretoria e departamentos para a gestão 2022/2026, no último dia 23. O presidente Hely Aires destaca que o ato da posse apesar de obrigatório acontece pela primeira vez na história da associação fundada em 20/07/2007.

Para ele, a posse significa reconhecer o que está no estatuto e no regimento interno como forma de garantir ao servidor maior participação dentro da associação. “Nestes mais de 9 anos de criação de regimento interno, sempre existiu os diretores que deveriam ser nomeados pelas diretorias antecessoras a nós para ajudar na administração, pois isto nunca aconteceu. Fizemos diferente, durante a nossa chapa ‘Trabalho e Transparência’ apresentamos esses nomes para as diretorias, o que reforçou muito com o time de mesmo nível e peso da diretoria”, diz. Ele acrescenta que será criada a Ouvidoria da associação, “funcionando onde o servidor terá o livre direito de opinar, reclamando, elogiando e dando sugestões”.

Hely conclama o servidor para permanecer como associado da Aspra e esclarece a questão dos convênios. “Faço um chamamento para o servidor ficar na associação, pois estão usando o nome da Aspra dizendo que estamos rompendo com o convênio. Não, estamos buscando manter todos os convênios que estavam aqui, independentemente de quem os administra. Aqui, temos desconto em folha e convênio com o Hospital Dom Bosco” afirma.

Nova sede - O presidente informa que a nova diretoria já busca uma sede que vai gerar economia para a associação. “Vamos inaugurar a nova sede num espaço maior, com uma clínica médica com clínico geral e com a intenção de contratar um pediatra. O clínico geral já está garantido quando estivermos na rua Rio Branco para atender o servidor”, adianta. Ele acrescenta que o convênio odontológico é mais uma novidade.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Semana Santa 2022

Essa Semana não é diferente daquelas de outros anos, com abertura no Domingo de Ramos, na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, capital da fé do Povo de Deus daquele tempo. Os ramos trazidos pelas pessoas representam a alegria pela presença daquele, apresentado pelos profetas, como a esperança para todos. Ao lado da esperança, estava a preocupação das autoridades de Jerusalém.

Na visão comum da sociedade de então, o rei, que ia nascer, profetizado na literatura do Antigo Testamento, viria como sendo o "salvador da pátria", com capacidade além do que tinham os reis de seu tempo. Essa ideia causava espanto para as autoridades, e isso foi confirmado quando Jesus é acolhido pela multidão quando entrou, montado em um jumento, na cidade de Jerusalém.

A profundidade do mistério que envolve Jesus Cristo escapa aos olhos da cultura moderna, carente de fé. Não é fácil entender que, na paixão e morte do Senhor, estava o germe da vida cristã, culminando com a Ressurreição, com a Páscoa e com uma vida nova. Acompanhar esse itinerário da Paixão de Cristo na Semana Santa, em novos tempos, é ressignificar a dimensão do mistério da vida.

Já são mais de dois mil anos de cristianismo e os objetivos proféticos da vinda e da vida de Cristo ainda não atingiram o que fora proposto como aliança de Deus com o mundo. O mistério de Deus é colocado em segundo plano, ascendendo cada vez mais as práticas de tudo aquilo que degrada a dignidade da vida humana e o desrespeito para com a natureza, criada para o bem de todos.

A sensibilidade da Semana Santa toca no coração de quem admira Jesus como Deus e Homem, aquele que se despojou de todos os tipos de dignidade próprios de um rei. Foi realmente um caminho difícil, de martírio e de morte, assumido com liberdade e consciência clara quanto aos objetivos desse projeto do Pai. Foi como a semente plantada num campo, que morre para gerar nova vida.

O martírio vem acontecendo na vida de muita gente. É só olhar para a situação dos milhares de refugiados dos últimos tempos. No momento, o mundo está sendo sensibilizado diante dos migrantes venezuelanos, dos ucranianos forçados a sair de seu país, sem rumo e sem perspectiva de futuro, buscando refúgio em outros países. A Paixão de Cristo, da Semana Santa, se repete na vida das pessoas.